Outro
salmo de Davi realizado quando de suas fugas de Saul que o perseguia
injustamente. Ele está em contato com seu Deus e apresentando a sua oração e
súplica àquele que poderia mudar todos esse quadro. Nas suas orações há fé e
são exemplos para todos nós que nos angustiamos esperando nossa hora.
Tudo
vem de Deus, meus queridos! Se ele nos poupa por algum motivo e se ele nos
poupa muitas das vezes de nós mesmos e de nossas tolices, rendemos-lhe graças e
quando não? Simplesmente não clamamos por sua misericórdia? Ele nos livra e ele
nos deixa cair... reparem na oração do Pai Nosso: - não nos deixe cair em tentação...
Não
estou culpando Deus porque isso seria insensatez muito grande. Por nossos atos
tresloucados, seremos punidos diante da justiça dos homens e diante da justiça
de Deus. Não há culpa em Deus pela minha liberdade (não estou falando de
livre-arbítrio por que creio que mortos não tem livre-arbítrio - Spurgeon).
Então
o que me cabe se tudo vem e é de Deus? Eu entendo assim e assim procuro viver.
Meu esforço, sempre, é dar glórias a Deus e gozá-lo para sempre isso por que
sou, devido a sua pura graça, um pequeno Cristo em formação. O meu sinal de que
avancei demais e preciso recuar urgentemente é quando eu começo a ceder as
tentações.
Por
que começo a ceder? Porque em algum momento eu rejeitei o conhecimento de Deus
e ele me entregou a mim mesmo. Se eu voltar-me para ele e rejeitar a rejeição
dele, obviamente, ele me conduz novamente como sua ovelha de seu aprisco; do
contrário, a palavra de Romanos do capítulo primeiro se cumprirá em minha vida.
O
salmo também é messiânico pelas referências explicitas ao relacionamento de
Cristo com Judas que o traiu.
Calvino
em sua introdução deste salmo comenta a origem do salmo e fala dos sofrimentos
de Davi e de sua persistência junto com Deus.
Muitos intérpretes pensaram que este salmo se referia
à conspiração de Absalão, pela qual Davi foi levado do trono, e forçado a
refugiar-se em circunstâncias de grande aflição no deserto. Mas parece que já
foi escrito em um período em que ele foi reduzido a um perigo extremo pelas
perseguições de Saul. É uma oração, expressiva do sofrimento mais profundo e
cheia de fervor, exortando todas as considerações que poderiam ser supostamente
requerer a compaixão de Deus. Depois de ter derramado suas dores e pronunciado
seus pedidos, o salmista contempla a perspectiva da libertação e oferece ações
de graças a Deus como se ele já tivesse obtido.
Para o músico chefe em Neginoth. Um salmo de David
para instrução.
Sl 55:1
Dá ouvidos, ó Deus,
à
minha oração;
não te
escondas
da
minha súplica.
Sl 55:2
Atende-me
e
responde-me;
sinto-me perplexo em minha queixa
e ando perturbado,
Sl 55:3 por causa do clamor do inimigo
e da opressão do ímpio;
pois sobre mim lançam calamidade
e furiosamente me hostilizam.
Sl
55:4 Estremece-me no peito o coração,
terrores de morte me salteiam;
Sl 55:5 temor e tremor me sobrevêm,
e o horror se apodera de mim.
Sl 55:6
Então, disse eu:
quem
me dera asas como de pomba!
Voaria e acharia pouso.
Sl
55:7 Eis que fugiria para longe
e ficaria no deserto.
Sl
55:8 Dar-me-ia pressa em abrigar-me
do vendaval e da procela.
Sl 55:9
Destrói, Senhor, e confunde
os
seus conselhos,
porque vejo violência
e contenda na cidade.
Sl
55:10 Dia e noite giram nas suas muralhas,
e, muros a dentro,
campeia a perversidade e a malícia;
Sl
55:11 há destruição no meio dela;
das suas praças não se apartam a opressão
e o engano.
Sl 55:12
Com efeito,
não
é inimigo que me afronta;
se o fosse,
eu o suportaria;
nem
é o que me odeia
quem se exalta contra mim,
pois dele eu me esconderia;
Sl
55:13 mas és tu,
homem meu igual,
meu companheiro
e meu íntimo amigo.
Sl
55:14 Juntos andávamos,
juntos
nos entretínhamos
e íamos com a multidão à Casa de Deus.
Sl 55:15
A morte os assalte,
e
vivos desçam à cova!
Porque há maldade nas suas moradas
e no seu íntimo.
Sl 55:16
Eu, porém,
invocarei
a Deus,
e o
SENHOR
me
salvará.
Sl
55:17 À tarde,
pela
manhã
e
ao meio-dia,
farei as minhas queixas
e lamentarei;
e
ele ouvirá a minha voz.
Sl 55:18
Livra-me a alma,
em
paz,
dos que me perseguem;
pois são muitos contra mim.
Sl 55:19
Deus ouvirá e lhes responderá,
ele,
que preside desde a eternidade,
porque não há neles mudança nenhuma,
e não temem a Deus.
Sl 55:20
Tal homem estendeu as mãos
contra
os que tinham paz com ele;
corrompeu a sua aliança.
Sl
55:21 A sua boca era mais macia que a manteiga,
porém no coração havia guerra;
as
suas palavras eram mais brandas que o azeite;
contudo, eram espadas desembainhadas.
Sl 55:22
Confia os teus cuidados ao SENHOR,
e
ele te susterá;
jamais permitirá que o justo seja abalado.
Sl 55:23
Tu, porém, ó Deus,
os
precipitarás à cova profunda;
homens sanguinários e fraudulentos
não chegarão à metade dos seus dias;
eu, todavia,
confiarei em ti.
Não foi Davi, mas o Espírito Santo por meio de Davi que trouxe a
palavra de vitória para nós nesta manhã. É para confiarmos os nossos
cuidados ao Senhor que ele nos susterá! Quanto aos
ímpios, espera ainda mais um pouquinho por que em breve já não mais existirão.
Salmo
de Davi escrito por ocasião da traição dos zifeus que delataram que Davi estava
entre eles e por duas vezes (1 Samuel 23:19; 1
Samuel 26:1) quase foram exterminados por Saul que os procuravam
desesperadamente.
Em quem confiar ou no que confiar? Haverá traidores,
malfeitores, homens de belial querendo nos prejudicar por causa da causa de
Cristo. Gente de toda a espécie nos ronda, inclusive dentro de nossas igrejas,
quando não dentro de nossas próprias casas. É por isso que o autor de
provérbios, de Jeremias nos alerta e também Cristo nos alertou a sermos
prudentes e sábios.
Quando formos pregar, e esse é nosso chamado de Deus, devemos
estar com nossos corações ligados no trono da graça para podermos alcançar todo
tipo de gente, conforme o Espírito nos guiar.
Cristo nos garantiu perseguições e a afirmação é dele, pelo seu
Espírito na vida de Paulo: todos que quiserem viver piamente sofrerão
perseguições! (II Timóteo 3:12 Ora, todos quantos querem viver piedosamente em
Cristo Jesus serão perseguidos.)
Marcos 10:30 que não receba, já no presente, o cêntuplo
de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.
II Coríntios 12:10 Pelo
que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nasperseguições, nas angústias, por amor de Cristo.
Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.
II Tessalonicenses 1:4 a tal
ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da
vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e
nas tribulações que suportais,
II Timóteo 3:11 as
minhas perseguições e os meus
sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, - que
variadas perseguições tenho
suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor.
A
palavra ainda diz em Mateus 5:10 “Bem-aventurados
os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.”. Se
assim somos perseguidos é por que somos bem-aventurados; mas se somos
perseguidos por causa de escândalos ou comportamentos inadequados diante da lei
e dos homens, sob nós pesa a mão de Deus.
No
comentário de Calvino, em sua introdução também podemos ver tais coisas:
Davi registrou neste salmo as orações
que ele ofereceu a Deus quando ele soube ter sido traído pelos Ziphites e foi
reduzido a uma situação de extremo perigo. Não pode deixar de nos impressionar sua
idéia elevada de fé indomável que nos mostra ele invocando o nome de Deus mesmo
na perspectiva imediata da morte.
Para o músico chefe em Neginoth. Um
salmo de Davi para instrução: quando os Ziphites vieram e disseram a Saul: Davi
não se esconde conosco?
Sabemos da história sagrada que Davi
frequentemente se escondeu naquela parte do deserto que estava adjacente aos
Ziphites. Parece (1 Samuel 23:19; 1 Samuel 26: 1) que ele foi traído por eles
em duas ocasiões diferentes; e ele toma conhecimento das circunstâncias
particulares em que o salmo foi escrito, para nos ensinar que nunca devemos
desesperar da ajuda divina mesmo na pior situação. Cercado como ele estava por
tropas hostis e cercado de todos os lados por destruição aparentemente
inevitável, não podemos deixar de admirar a intrepidez rara e heróica que ele
mostrou ao se comprometer, pela oração, ao Todo-Poderoso. Poderia ter aparecido
tão credível que Deus poderia tirar os mortos do túmulo, como ele poderia
preservá-lo em tais circunstâncias; pois parecia impossível que ele escapasse
da caverna onde ele estava escondido com a vida dele.
Sl 54:1 Ó
Deus,
salva-me,
pelo teu nome,
e
faze-me justiça,
pelo teu poder.
Sl
54:2 Escuta,
ó Deus,
a minha oração,
dá
ouvidos
às palavras da minha boca.
Sl 54:3 Pois contra mim se levantam os
insolentes,
e os violentos procuram tirar-me a vida;
não têm Deus diante de si.
Sl 54:4 Eis
que Deus é o meu ajudador,
o
SENHOR é quem me sustenta a vida.
Sl 54:5 Ele retribuirá o mal
aos meus opressores;
por tua fidelidade
dá cabo deles.
Sl
54:6 Oferecer-te-ei
voluntariamente sacrifícios;
louvarei
o teu nome, ó SENHOR,
porque é bom.
Sl
54:7 Pois me livrou
de todas as tribulações;
e os meus olhos
se enchem com a ruína dos meus inimigos.
Realmente entendo, cada vez mais que me aprofundo no livro
sagrado, que o reino de Deus não é como o dos homens onde quem é mais esperto e
chega na frente será o primeiro, antes aquele que piamente serve seu Deus em
coração e em verdade.
Salmo
bem pequenino, mas muito profundo! Talvez um dos mais profundos de toda a
Bíblia. Paulo irá citá-lo em suas epístolas reforçando a ideia de que é tolice
a ideia da não existência de Deus. Como já havíamos falado anteriormente, a
Bíblia que é o livro de Deus – assim chamamos – jamais em suas letras questiona
a existência de Deus.
Seu
pressuposto básico é de que existe um Criador e sustentador da vida, soberano,
sábio, tanto transcendente quanto imanente. Por isso que ela fala que o
insensato diz no seu coração que não há Deus. Por que diria isso alguém?
Óbvio
que é para ficarem à vontade em suas práticas que vão de encontro aos
mandamentos de Deus. Não dá para fazer parceria da prática do pecado com Deus,
por isso precisamos de desculpas para justificar os nossos atos.
A
morte de Deus anunciada pelo filósofo alemão, filho de pastores evangélicos
"Deus está morto" ("Gott ist tot" em alemão), Friedrich
Nietzsche (1844-1900) foi uma tentativa desesperada de ficar a sós com seus
pecados. A declaração forte foi uma justificativa de sua consciência que se
perturbava com a ideia do pecado.
Não
dá simplesmente para dizer para nossa consciência que Deus está morto ou que
não existe Deus por que Deus existe. É loucura forçar isso e o máximo que
conseguiremos serão momentos de uma falsa liberdade de Deus. Nunca foi, nem
nunca serão livres os que fazem o que querem, antes aqueles que em tudo se
dominam por causa da justiça, da verdade, do amor, em fim de Cristo!
Este salmo sendo quase idêntico ao décimo quarto, não
foi considerado necessário subjugar qualquer comentário distinto.
Para o principal músico de Mahalath.
Um salmo de David para instrução.
Sl 53:1
Diz o insensato no seu coração:
Não
há Deus.
Corrompem-se e praticam iniquidade;
já não há quem faça o bem.
Sl 53:2
Do céu,
olha
Deus para os filhos dos homens,
para ver se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.
Sl 53:3 Todos se extraviaram
e juntamente se corromperam;
não
há quem faça o bem,
não há nem sequer um.
Sl
53:4 Acaso, não entendem os obreiros da iniquidade?
Esses, que devoram o meu povo como quem
come pão?
Eles não invocam a Deus.
Sl 53:5 Tomam-se de grande pavor,
onde não há a quem temer;
porque Deus dispersa os ossos daquele que
te sitia;
tu os envergonhas,
porque Deus os rejeita.
Sl 53:6
Quem me dera
que
de Sião viesse já o livramento de Israel!
Quando
Deus restaurar a sorte do seu povo,
então,
exultará Jacó,
e Israel se alegrará.
Davi como sempre em seus salmos encerra com uma palavra de
vitória e de esperança para ele ou para seu povo. Ele anseia que já pudesse
estar vindo o livramento de Israel QUANDO Deus irá restaurar todas as coisas.
Nós aguardamos ansiosamente este dia juntamente com a própria natureza. Ele vai
chegar e já não mais tardará! Maranata!
No
título do salmo, vemos que este foi composto por Davi pela ocasião da morte dos
sacerdotes:
1. Davi
havia derrotado Golias e por isso tinha sido aclamado o que despertou a inveja
de Saul que passou a querer matá-lo.
2. Davi
estava fugindo de Saul (dica de Jonatas, filho de Saul) devido ao seu temor a
Deus!
3. Na
fuga, Davi foi a Nobe, lugar próximo a Jerusalém (I Sm 21:1).
4. Em
Nobe, Davi mente a Aimeleque ou Aís, sumo sacerdote, bisneto de Eli e filho de
Aitube.
a. Come
dos pães da proposição que eram renovados aos sábados e em número de 12, dos
quais serviam somente os sacerdotes (Ex 25:30; Lv 24:5-9; Mc 2:25,26).
b. Apanha a espada de Golias que estava
ali guardada como memorial no santuário.
Observação: estava
ali detido, talvez por causa de lepra (Lv 14:4, 11, 21) Doegue (Idumeu. Seu
nome significa tímido) que seria posteriormente o carrasco de Nobe.
5. De
Nobe, vai para Gate
a. Com medo de Aquis, se fez passar por
doido diante do rei dos filisteus.
6. Saul
persegue Davi, chega em Nobe e dá ordens de extermínio dos sacerdotes e
familiares (I Sm 22:18-19)
a. Saul dá ordens a seus soldados para
matar os sacerdotes e familiares
b. Guardas recusam, mas Doegue executa a
ordem tresloucada de Saul (85 sacerdotes + 300 familiares, entre crianças,
mulheres, animais)
7. Continuou
fugindo e foi parar na caverna de Adulão (significa refúgio) que ficava
distante uns 25 km ao sudoeste de Jerusalém, na metade do caminho entre Gate e
Hebron.
8. Na
caverna encontrou:
a. Seus familiares que por causa de Saul
também fugiam por medo de retaliações
b. Tornou-se chefe de um grupo de pessoas
– “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem
endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e
eram com ele uns quatrocentos homens.” (I Sm 22:2).
9. Após
isso, foi para Mispa de Moabe, para o rei de Moabe, lugar seguro, onde deixou
seus pais até saber o que Deus iria fazer com ele. Ali ficou um pouco de tempo.
10. O
profeta Gade, porém lhe disse para sair daquele lugar seguro e ir para Judá e
ele foi.
11. Em
resumo:
Davi fugia, estava cansado, com fome, com
medo, mentiu, se fez de louco e ainda lhe pesava em seu coração a culpa da
morte dos sacerdotes. Ali estava o homem segundo o coração de Deus, dentro de
uma caverna. Foi ali, naquela caverna, que ele escreve este Salmo 52 (também o
142) onde Deus falara com ele e também ainda hoje, mais de 3.000 anos após,
fala conosco.
No
comentário de Calvino, ele também explica isso:
Este salmo foi composto por Davi no momento em que a
morte de Abimeleque e os outros sacerdotes se espalharam pelo temor universal
entre as pessoas, indispondo-as por emprestar qualquer semblante à sua causa, e
quando Doeg estava triunfando na questão bem-sucedida de sua informação.
Apoiado, mesmo nessas circunstâncias, pela influência elevada da fé, ele
inventa contra a cruel traição desse informante sem princípios, e se encoraja
pelo reflexo, que Deus, que é juiz no céu, reivindicará os interesses de como
temê-lo, e punir o orgulho dos ímpios.
Para o cantor-chefe. Um salmo de Davi para instrução;
Quando Doeg, o Edomita, veio e contou a Saul, e disse-lhe que Davi havia
entrado na casa de Abimeleque.
Já tive ocasião de observar que o termo mskyl, maskil,
é estrictamente afixado aos salmos em que Davi faz menção de ter sido castigado
por Deus, ou pelo menos admoestado, por algumas espécies de aflição, enviado,
como a vara do professor, para administrar a correção. Disto, temos exemplos
nos Salmos 32 e 42. Como inscrito acima do salmo 45, seu significado é um pouco
diferente. Lá, parece projetado para intimar ao leitor que a música, apesar de
respirar de amor, não pretendia agradar um mero gosto despreocupado, mas
descreve o casamento espiritual de Cristo com sua Igreja. Neste e nos seguintes
salmos, o termo admite ser entendido como instrução significante, mais
particularmente, como o resultado da correção; e Davi, ao empregá-lo,
evidentemente insinuaria que ele estava submetido a julgamentos peculiares
neste momento, para instruí-lo no dever de colocar uma confiança absoluta em
Deus. A parcela da história a que se refere o salmo é bem conhecida. Quando
Davi fugiu para Abimeleque em Nobe, obteve provisões e a espada de Golias das
mãos desse sacerdote, tendo escondido dele o perigo real em que ele estava, e
fingiu que estava executando um negócio secreto e importante do rei. Doegue,
chefe dos pastores do rei, tendo transmitido a informação a Saul, na expectativa
de uma recompensa, era o meio de tirar a raiva do tirano, não só sobre aquele
indivíduo inocente, mas o sacerdócio inteiro. O exemplo sangrento que foi feito
assim deve ter dissuadido o povo de se estender a Davi até os escritórios mais
comuns da humanidade, e todas as vias de alívio pareciam presas ao miserável
exílio. Como Doegue triunfou no sucesso de seu crime, e outros podem ser
tentados, pela recompensa que recebeu, para meditar a ruína de Davi, o encontramos
neste salmo animando sua alma com consolações divinas e desafiando seus
inimigos com o audácia de sua conduta.
Sl 52:1
Por que te glorias na maldade,
ó
homem poderoso?
Pois a bondade de Deus dura para sempre.
Sl
52:2 A tua língua urde planos de destruição;
é qual navalha afiada,
ó praticadora de enganos!
Sl
52:3 Amas o mal antes que o bem;
preferes
mentir a falar retamente.
Sl
52:4 Amas todas as palavras devoradoras,
ó língua fraudulenta!
Sl 52:5 Também Deus te destruirá para
sempre;
há de arrebatar-te
e arrancar-te da tua tenda
e te extirpará da terra dos viventes.
Sl
52:6 Os justos hão de ver tudo isso,
temerão e se rirão dele, dizendo:
Sl 52:7 Eis o homem que não fazia de Deus
a sua fortaleza;
antes, confiava na abundância dos seus
próprios bens
e na sua perversidade se fortalecia.
Sl
52:8 Quanto a mim, porém,
sou como a oliveira verdejante,
na Casa de Deus;
confio na misericórdia de Deus para todo o
sempre.
Sl 52:9 Dar-te-ei graças para sempre,
porque assim o fizeste;
na presença dos teus fiéis,
esperarei no teu nome,
porque é bom.
A palavra de Deus é clara neste salmo de Davi ao apontar para um
tempo futuro onde Deus intervirá na história do homem para julgá-lo e fazer
justiça. O fim do ímpio é certo! O gozo eterno do justo é certo. A Deus toda a
glória!
Algumas pessoas acreditam que ficar parado é sinônimo de estar seguro, talvez pela falsa sensação de não ser notado ou percebido quando estamos assim, mas na realidade quando paramos nas coisas do céu deixamos de experimentar novas experiências e crescer. Isto vale para qualquer área na vida de uma pessoa, portanto não fique na mesmice da unção de ontem ou de semana passada, caminhe mais em direção a Cruz para a profundidade do Espiritual de Cristo. Venha participar do Primeiro congresso Mais de Deus 2013 para Casais, e leve mais de Deus para sua Família.
Famoso
salmo de Davi que foi criado por causa de seu pecado com Urias e Bete-Sabá. Ele
foi escrito depois que Natã o confrontou e contando uma pequena parábola
despertou no seu rei a cólera contra quem tinha pecado tão gravemente na
parábola de um rei que querendo agradar seu convidado não tomou de suas ovelhas
para lhe oferecer um banquete, mas do camponês que tinha uma única ovelha.
Assim, a si mesmo atribui o veredito e, então, caindo em si viu que Natã falava
dele mesmo e que aquele homem maligno que acabara de julgar e condenar à morte
era ele mesmo.
Outros
homens também pecaram gravemente na história e uns foram perdoados e outros
poderiam ter sido perdoados, mas seu coração endurecido os levou ao remorso e
não ao arrependimento. Exemplos: Pedro, que também se arrependeu e Judas, que
sendo do maligno, não se arrependeu.
Davi
se arrependeu e Deus o perdoou! Isso é tremendo, não o fato de podermos pecar
para obter o arrependimento, mas o fato de Deus, apesar de nós, nos oferecer o
perdão gratuitamente. Eu não vivo na garantia de que pecando terei
oportunidades de arrependimento. Quem vive assim dessa forma jamais conheceu a
Deus e não é dele, antes do maligno, como Judas foi.
Em
Cristo Jesus, Deus nos perdoou de nossos pecados e nos deu vida nova nos
aceitando agora como filhos dele. O perdão é certo para nós pecadores e a regra
do obter é dar. Por isso que está escrito: ... perdoais as nossas ofensas, como temos perdoado aos nossos ofensores...
É
tão bom sabermos que temos Deus que nos ama apesar de nós e que nos perdoa em
Cristo Jesus. Davi conhecia seu Deus e sua oração é um presente para nós em
aprendizado de relacionamento com Deus. Davi, todavia, não foi poupado das
consequências de seus atos tresloucados, antes sofreu demasiadamente.
Se
na hora da transgressão lhe fosse mostrado o preço a pagar, jamais, quero crer,
o autor deste Salmo 51, Davi, teria se enveredado por este caminho reprovado
por Deus. Quer um conselho sobre esta situação que você está vivendo? Cai fora
urgentemente, antes que sejas devorado(a).
No
comentário de Calvino, na sua introdução, ele comenta e situa este salmo na
vida de Davi:
Aprendemos a causa que levou à composição deste salmo por
causa do título anexado a ele, e que imediatamente será submetido a nossa
consideração. Durante um longo período depois de sua melancólica queda, Davi
parece ter mergulhado em uma letargia espiritual; mas, quando despertou com a
exposição de Nathan, ele estava cheio de auto-aversão e humilhação aos olhos de
Deus, e estava ansioso para testemunhar o arrependimento dele ao redor dele e
deixar alguma prova duradoura para a posteridade. No começo do salmo, tendo os
olhos direcionados para o atormentado de sua culpa, ele se encoraja a desejar o
perdão, considerando a infinita misericórdia de Deus. Isso ele exalta em termos
elevados, e com uma variedade de expressões, como alguém que sentiu que ele
merecia multiplicar a condenação. Na parte posterior do salmo, ele ora pela
restauração do favor de Deus, consciente de que ele mereceu ser expulso para
sempre e privado de todos os dons do Espírito Santo. Ele promete, se o perdão fosse
concedido a ele, manter-se em profundidade de gratidão. Para a conclusão, ele
declara que é para o bem da Igreja que Deus deve conceder seu pedido; e, de
fato, quando a maneira peculiar em que Deus depositou sua aliança de graça com
Davi é considerada, não pode deixar de ser sentida que a esperança comum da
salvação de todos deve ter sido abalada na suposição de sua rejeição final.
Para o principal músico. Um salmo de Davi, quando o
profeta Natã veio até ele, depois de ter adulterado com Bate-Seba.
Quando Nathan, o profeta, chegou a ele, expressa-se claramente
que o profeta tenha vindo antes de o salmo ter sido escrito, provando, como
faz, a profunda letargia em que Davi deve ter caído. Foi uma circunstância
maravilhosa que um homem tão grande, e um tão eminentemente dotado com o
Espírito, deveria ter continuado nesse estado perigoso por mais de um ano. Nada
além de influência satânica pode explicar esse estupor de consciência que
poderia levá-lo a desprezar ou a diminuir o julgamento divino que ele havia
incorrido. Ele serve, além disso, para marcar a momento em que ele havia caído,
que ele parece não ter compungido seu pecado até que o profeta veio até ele.
Temos aqui uma ilustração impressionante, ao mesmo tempo, da misericórdia de
Deus ao enviar o profeta para recuperá-lo quando ele vagou. Nesta visão, há uma
antítese na repetição da palavra veio. Foi quando Davi pecou com Bate-Seba que
Nathan veio até ele. Por esse passo pecaminoso, ele se colocou a uma distância
de Deus; e o Divino Deus foi exibido de forma significativa ao contemplar sua
restauração. Não imaginamos que Davi, durante este intervalo, ficou tão privado
do sentido da religião como não mais reconhecer a supremacia do Ser Divino. Com
toda a probabilidade, ele continuou a orar diariamente, envolvido nos atos de
adoração divina e visando conformar sua vida com a lei de Deus. Não há razão
para pensar que a graça estava completamente extinta em seu coração; mas apenas
que ele era possuído por um espírito de negligência em um ponto particular, e
trabalhou sob uma insensibilidade fatal quanto à sua exposição presente à ira
divina. A graça, ou o que quer que seja que ele possa emitir em outras
direções, foi sufocada, por assim dizer, nisso. Bem, possamos tremer para contemplar
o fato de que um profeta tão sagrado, e um rei tão excelente, deveria ter se
afundado em tal condição! Que a sensação de religião não estava totalmente
extinta em sua mente, é provada pela maneira como ele foi afetado imediatamente
após receber a repreensão do profeta. Tal foi o caso, ele não poderia ter
gritado como ele, "eu pequei contra o Senhor" (2 Samuel 12:13), nem
ele se teria submetido tão facilmente, no espírito da mansidão, à admoestação e
correção. A este respeito, ele deu um exemplo a todos, como pode ter pecado
contra Deus, ensinando-lhes o dever de cumprir humildemente os apelos ao
arrependimento, que podem ser dirigidos a eles por seus servos, em vez de
permanecerem sob o pecado até que sejam surpreendido pela vingança final do Céu.
Sl 51:1
Compadece-te de mim, ó Deus,
segundo
a tua benignidade;
e,
segundo a multidão das tuas misericórdias,
apaga as minhas transgressões.
Sl 51:2
Lava-me completamente da minha iniquidade
e
purifica-me do meu pecado.
Sl 51:3 Pois eu conheço as minhas
transgressões,
e o meu pecado está sempre diante de mim.
Sl
51:4 Pequei contra ti,
contra ti somente,
e fiz o que é mau perante os teus olhos,
de maneira que serás tido por justo no teu
falar
e puro no teu julgar.
Sl
51:5 Eu nasci na iniquidade,
e em pecado me concebeu minha mãe.
Sl
51:6 Eis que te comprazes na verdade no íntimo
e no recôndito me fazes conhecer a
sabedoria.
Sl
51:7 Purifica-me com hissopo,
e ficarei limpo;
lava-me,
e ficarei mais alvo que a neve.
Sl
51:8 Faze-me ouvir júbilo e alegria,
para que exultem os ossos que esmagaste.
Sl
51:9 Esconde o rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas iniqüidades.
Sl
51:10 Cria em mim, ó Deus,
um coração puro
e
renova dentro de mim
um espírito inabalável.
Sl
51:11 Não me repulses da tua presença,
nem me retires o teu Santo Espírito.
Sl
51:12 Restitui-me a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito voluntário.
Sl
51:13 Então,
ensinarei aos transgressores
os teus caminhos,
e os pecadores
se converterão a ti.
Sl
51:14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus,
Deus da minha salvação,
e
a minha língua
exaltará a tua justiça.
Sl
51:15 Abre, Senhor,
os meus lábios,
e a minha boca manifestará os teus
louvores.
Sl
51:16 Pois não te comprazes em sacrifícios;
do contrário, eu tos daria;
e
não te agradas de holocaustos.
Sl 51:17 Sacrifícios agradáveis a Deus
são o espírito quebrantado;
coração
compungido e contrito,
não o desprezarás, ó Deus.
Sl
51:18 Faze bem a Sião,
segundo a tua boa vontade;
edifica
os muros de Jerusalém.
Sl 51:19 Então, te agradarás
dos sacrifícios de justiça,
dos holocaustos
e das ofertas queimadas;
e sobre o teu altar
se oferecerão novilhos.
O salmo é lindo e uma grande lição no nosso relacionamento com
Deus que todas as coisas vê. Ele está certo de que Deus não aceitará
sacrifícios nem ofertas nem holocaustos tendo um coração contrário e rebelde. O
que agrada a Deus é: espírito quebrantado, coração compungido e contrito.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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