Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no
primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”,
alínea “d”, estamos no capítulo 15:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
Neste capítulo estaremos vendo a parábola
da vinha. Ezequiel comparou Israel a uma vinha que havia sido podada. Os galhos
que foram cortados não serviam para mais nada a não ser serem queimados (cf. Jo
15.2-6).
Começamos, como de costume, com a palavra
do Senhor vindo ao seu profeta e dizendo algo para ele para que ele diga aos
destinatários e deixe registrado como Escritura para aprendizagem de todos nós.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e
útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por
ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (II
Tm 3.16, 17).
Ele faz uma pergunta a Ezequiel sobre o
tipo de madeira da videira que se encontra entre as outras árvores do bosque,
comparando árvores com nações.
A madeira da videira seria útil para
qualquer obra? Ou mesmo dela se usaria para se fazer uma estaca e nela pendurar
coisas? Para que serviria a sua madeira?
Ela não se prestava para fazer nenhum
objeto útil, nem ao menos um modesto prendedor. Deus relembrou aos exilados que
a sua escolha dos israelitas para serem o seu povo não estava baseada em
qualquer valor intrínseco que possuíssem, mas dependia somente de sua graça (Dt
7:6-8).
Sendo essa madeira lançada ao fogo, o fogo
devora primeiro as suas extremidades, mas o meio fica também queimado e para
que serviria isso?
Essa "chamuscadura" de Israel (uma
queimadura de baixo grau que torna enegrecida a madeira) referia-se
provavelmente ao exílio parcial que acontecera em 597 a.C. com a deportação de
Joaquim e a maior parte da elite de Jerusalém. Veja 1.1-3.
Quando a cidade estava inteira, para nada
prestava e agora que já consumida, qual o seu valor? Agora que a madeira/cidade
estava danificada ela valia menos ainda. O profeta Zacarias aludiu a essa
representação do exílio como um fogo, quando mais tarde ele descreveu o sumo
sacerdote como um tição tirado do fogo (Zc 3.2).
Deus promete entregar ao fogo, como seu
pasto, toda madeira imprestável, ou seja, os habitantes de Jerusalém – vs. 6.
Ez 15:1 De novo veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 15:2 Filho
do homem,
que
mais do que qualquer outro pau é o da videira,
o
sarmento que está entre as árvores do bosque?
Ez 15:3
Tema-se dele madeira para fazer alguma obra?
ou
toma-se dele alguma estaca,
para
se lhe pendurar algum traste?
Ez 15:4 Eis
que é lançado no fogo, para servir de pasto;
o
fogo devora ambas as suas extremidades,
e
o meio dele fica também queimado;
serve
para alguma obra?
Ez 15:5 Ora,
quando estava inteiro,
não
servia para obra alguma;
quanto
menos, estando consumido ou carbonizado pelo fogo,
se
faria dele qualquer obra?
Ez 15:6 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Como entre as
árvores do bosque é o pau da videira,
que
entreguei para servir de pasto ao fogo,
assim
entregarei os habitantes de Jerusalém.
Ez 15:7 E
porei a minha face contra eles;
eles
sairão do fogo, mas o fogo os devorará;
e
sabereis que eu sou o Senhor,
quando
tiver posto a minha face contra eles.
Ez 15:8 Farei
da terra uma desolação,
porquanto
eles se houveram traiçoeiramente,
diz
o Senhor Deus.
Posteriormente, João Batista usou uma
imagem semelhante para se referir a Jerusalém, quando o julgamento do exílio
fosse cumprido numa dimensão ainda maior, sob o julgamento proferido pelo
Messias (Lc 3 9 - E também já está posto
o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto,
corta-se e lança-se no fogo. Lucas 3:9).
Assim, a face do Senhor estará com eles e o
fogo sairá e consumirá e devorará tudo que vier pela frente. Aqui, neste
momento de grande terror e tribulação, é que o povo viria a saber que Deus é o
Senhor! – vs. 7 – Quanto tiver posto a sua face contra eles.
A sua promessa incluía fazer da terra uma
assolação, mas teve um motivo para isso, e a própria palavra explica, no vs. 8,
que eles agiram traiçoeiramente.
Não podemos deixar de refletir também na
figura da árvore com que Jesus se comparou. Ele afirmou ser a videira
verdadeira, sendo o seu Pai o agricultor, e nós, os seus ramos. Todo ramo,
nele, que produzir frutos, ele o limpará para que produza ainda mais, mas do
ramo que não produzir frutos, ele o cortará e o lançará no fogo. (Jo 15).
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no
primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”,
alínea “c”, estamos no capítulo 14:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
Neste capítulo, estaremos vendo as consequências
da idolatria. Ezequiel confrontou a idolatria entre os exilados.
Alguns dos anciãos vieram até Ezequiel e se
assentaram diante dele e neste momento é que lhe veio a costumeira palavra do
Senhor que dizia que aqueles homens sentados deram lugar em seus corações aos
seus ídolos e puseram o tropeço da sua maldade diante de sua própria face.
Pode referir-se a uma idolatria secreta
(veja os vs. 4.7). Esses ídolos haviam dominado o coração do povo de Deus. Essa
idolatria era um tropeço para a iniquidade, uma frase comum em Ezequiel (vs.
4.7; 7.19; 18.30; 44.12).
Deus pergunta retoricamente a Ezequiel se
ele, o Senhor, deveria ser interrogado por esses homens assentados diante dele.
Então Deus lhe orienta por sua palavra a dizer-lhes e passa agora a virar regra
geral para casos semelhantes.
Qualquer um da casa de Israel que for
consultá-lo conforme os seus ídolos e suas maldades, o Senhor lhe responderá
conforme a multidão de seus ídolos, de forma que possa apanhá-los desse jeito
uma vez que se encontram totalmente alienados de Deus, de suas leis e de seus
caminhos – vs. 4.
Isso é muito terrível! Sendo meu coração
enganoso, como hei de confiar em minha sinceridade quando diante do Senhor? Se
Deus me responder conforme os meus ídolos e maldades de meu coração, eu estarei
em grandes apuros.
Por isso que há muitos falsos profetas que
profetizam mentiras e enganos. Uma vez que quem se aproxima de Deus nada quer
dele, antes pactuamento com suas obras malignas, também são enganados pelos
seus próprios corações enganosos.
Aqui vale a grande lição do nosso próprio
Senhor quando no Getsêmani orava ao Pai pedindo que, se possível, fosse
afastado aquele cálice dele, mas que, contudo, não fosse feita a sua vontade,
mas a dele, do Pai – Lc 22:41-45.
Também nós, ao nos aproximarmos de Deus,
não invoquemos nossa sinceridade, planos, sonhos, vontades e desejos, mas,
claramente, com a mente disposta a sair dali cumprindo a vontade de Deus, ainda
que contrária à nossa vontade.
A palavra do Senhor para eles foi – e isso
dá uma excelente pregação:
·Convertam-se.
·Deixem
os seus ídolos.
·Desviai
os vossos rostos de todas as vossas abominações.
Porque qualquer homem da casa de Israel, ou
dos estrangeiros
que peregrinam em Israel,
que se alienar de mim e der lugar no seu
coração
aos seus ídolos,
e puser tropeço da sua maldade diante do seu
rosto,
e vier ao profeta para me consultar a favor
de si mesmo,
eu, o Senhor, lhe responderei por
mim mesmo;
e porei o meu rosto contra o tal homem,
e o farei
üUm espanto.
üUm sinal.
üUm provérbio.
e exterminá-lo-ei do meio do meu povo;
e sabereis que eu sou o Senhor. (vs. 7 e
8).
Simplesmente, devemos tomar muito cuidado
estando na presença do Senhor. A gente ouve aquilo que quer ouvir e muitas
vezes queremos, malignamente, fazer Deus cúmplice de nossas astúcias.
No verso 9, fica ainda maia claro a
intenção de Deus de até enganar o profeta em atendimento ao coração maligno que
dele se aproxima com aparência de santo.
Uma das inúmeras passagens da Bíblia que
afirmam tanto a soberania de Deus como a responsabilidade moral do ser humano,
de tal modo que a vontade de Deus não pode nunca ser usada como desculpa para o
mal moral (Et 4.12-14; JI 2.32; Mt 26.4; At 2.23).
Um falso profeta, embora instigado por
Deus, assumiria a responsabilidade pelo seu erro (Veja 1 Rs 22.19-25.).
Aqui o profeta é enganado, o que o consulta
é enganado, mas sobre ambos recai a culpa do erro e do engano. O castigo do
profeta será igual ao castigo do que o consultar – vs. 10.
O que Deus quer é que cada um seja povo
dele e que no meio deles se levantem profetas de Deus, falando e instruindo
eles na palavra de Deus e não na mentira, na vaidade e no engano de seus
corações malignos.
Os que se aproximarem dele traiçoeiramente,
receberão conforme as suas próprias traições e o Senhor estenderá suas mãos
contra eles e enviará contra eles a fome e o extermínio de homens e de animais.
O Senhor trata da noção esposada por alguns
segundo a qual a presença de certo número de pessoas justas em Jerusalém protegeria
a cidade da ira de Deus (cf. Gn 18.17-33).
Noé, Daniel e Jó são citados como exemplos
de homens justos e de oração. Embora Noé fosse justo e irrepreensível entre os
de sua geração (Gn 6.9), o mundo não foi poupado por causa da sua presença.
Jó também era irrepreensível e íntegro (Jó
1.1), mas isso não poupou a sua família.
A identidade de Daniel aqui mencionada é
muito debatida. Alguns intérpretes sugerem ser o conhecido Daniel bíblico, um
dos contemporâneos de Ezequiel no exílio, como também penso que é mesmo dele
que a Bíblia está falando nesse momento.
No entanto, conforme nos ensina a BEG, em
oposição a esse ponto de vista, está a diferente grafia do nome em hebraico. A
referência pode ser a uma figura heroica num texto ugarítico antigo, um rei
chamado Daniel, identificado como um governante justo (cf. 28.3), preocupado
com a difícil situação das viúvas e dos órfãos.
Então, essas três pessoas teriam em comum o
fato de serem não israelitas conhecidas desde os tempos antigos pela
integridade pessoal. Mesmo as orações dessas pessoas não poderiam fazer com que
a ira de Deus fosse desviada.
A responsabilidade é pessoal! Cada um será
responsável por sua justiça e não pelas dos outros. Cada um deles, Noé, Jó e Daniel
livrariam a si mesmos e não aos demais, nem mesmo os seus próprios filhos ou
esposa seriam poupados.
Ez 14:1 Então vieram a mim alguns homens
dos anciãos de Israel,
e se
assentaram diante de mim.
Ez 14:2 E veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 14:3 Filho
do homem, estes homens deram lugar nos seus corações
aos
seus ídolos, e puseram o tropeço da sua maldade
diante
da sua face;
devo eu de
alguma maneira ser interrogado por eles?
Ez 14:4 Portanto fala com eles, e
dize-lhes:
Assim diz o
Senhor Deus:
Qualquer
homem da casa de Israel
que
der lugar no seu coração aos seus ídolos,
e
puser o tropeço da sua maldade diante da sua face,
e
vier ao profeta,
eu,
o Senhor, lhe responderei nisso
conforme
a multidão dos seus ídolos;
Ez 14:5 para
que possa apanhar a casa de Israel no seu coração,
porquanto
todos são alienados de mim pelos seus ídolos.
Ez 14:6 Portanto dize à casa de Israel:
Assim diz o
Senhor Deus:
Convertei-vos,
e deixai os vossos ídolos;
e desviai os
vossos rostos de todas as vossas abominações.
Ez 14:7
Porque qualquer homem da casa de Israel,
ou
dos estrangeiros que peregrinam em Israel,
que
se alienar de mim e der lugar no seu coração
aos
seus ídolos,
e
puser tropeço da sua maldade diante do seu rosto,
e
vier ao profeta para me consultar
a
favor de si mesmo,
eu, o Senhor,
lhe responderei por mim mesmo;
Ez 14:8 e
porei o meu rosto contra o tal homem, e o farei um espanto,
um
sinal e um provérbio, e exterminá-lo-ei do meio do meu
povo;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 14:9 E se
o profeta for enganado, e falar alguma coisa,
eu,
o Senhor, terei enganado esse profeta;
e
estenderei a minha mão contra ele,
e
destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel.
Ez 14:10 E
levarão o seu castigo.
O
castigo do profeta será como o castigo
de
quem o consultar;
Ez 14:11 para
que a casa de Israel não se desvie mais de mim,
nem
mais se contamine com todas as suas transgressões;
mas
que sejam eles o meu povo, e seja eu o seu Deus,
diz o Senhor
Deus.
Ez 14:12 Veio ainda a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 14:13
Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim,
agindo
traiçoeiramente, então estenderei a minha mão
contra
ela, e lhe quebrarei o báculo do pão,
e
enviarei contra ela a fome,
e
dela exterminarei homens e animais;
Ez 14:14
ainda que estivessem no meio dela estes três homens,
Noé,
Daniel e Jó, eles pela sua justiça,
livrariam
apenas a sua própria vida,
diz
o Senhor Deus.
Ez 14:15 Se
eu fizer passar pela terra bestas feras,
e
estas a assolarem, de modo que ela fique desolada,
sem que ninguém possa passar por ela por causa
das
feras;
Ez 14:16
ainda que esses três homens estivessem no meio dela,
vivo
eu, diz o Senhor Deus,
que
nem a filhos nem a filhas livrariam;
eles
só ficariam livres;
a
terra, porém, seria assolada.
Ez 14:17 Ou,
se eu trouxer a espada sobre aquela terra, e disser:
Espada,
passa pela terra; de modo que eu extermine dela
homens
e animais; Ez 14:18 ainda que aqueles três
homens
estivessem nela,
vivo
eu, diz o Senhor Deus, eles não livrariam nem filhos
nem
filhas, mas eles só ficariam livres.
Ez 14:19 Ou,
se eu enviar a peste sobre aquela terra,
e
derramar o meu furor sobre ela com sangue,
para
exterminar dela homens e animais;
Ez 14:20
ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu,
diz
o Senhor Deus, eles não livrariam nem filho nem filha,
tão
somente livrariam as suas próprias vidas
pela
sua justiça.
Ez 14:21 Pois assim diz o Senhor Deus:
Quanto mais
quando eu enviar contra Jerusalém
os
meus quatro juízos violentos,
a
espada, a fome, as bestas-feras e a peste,
pura
exterminar dela homens e animais?
Ez 14:22 Mas,
se ainda restarem nela alguns sobreviventes
que
levem para fora filhos e filhas,
quando
eles saírem a ter convosco,
vereis
o seu caminho e os seus feitos,
e ficareis
consolados do mal que eu trouxe sobre Jerusalém,
até
de tudo o que trouxe sobre ela.
Ez 14:23 E
sereis consolados, quando virdes o seu caminho
e
os seus feitos;
e
sabereis que não fiz sem razão tudo quanto nela tenho feito,
diz
o Senhor.
Deus promete enviar os seus quatro maus
juízos violentos contra os povos rebeldes que não se arrependerem:
·A
espada.
·A
fome.
·As
bestas-feras.
·A
peste.
Isso tudo para eliminar homens e animais da
face da terra que insistem em se esquecer de Deus e praticar a injustiça e a
vaidade.
Quanto aos sobreviventes, eles seriam
testemunhas e veriam e seriam consolados e entenderiam que tudo foi feito com
propósitos, nada por acaso ou por puro capricho – vs. 22 e 23.
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Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro
capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “b”,
estamos no capítulo 13:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
Até ao final deste capítulo, veremos os falsos
profetas e profetisas. O cap. 13 está dividido em dois oráculos: (1) O primeiro
contra falsos profetas (vs. 1-16) e (2) O segundo contra falsas profetisas (vs.
17-23). O tema principal é o conflito entre Ezequiel e os que profetizavam
falsamente sobre a destruição de Jerusalém.
(1) O primeiro contra falsos profetas (vs. 1-16)
A palavra de Deus novamente veio a Ezequiel
e dessa vez contra os que profetizam o que vê o seu coração enganoso, pois
seguem os seus próprios espíritos, sem nada terem visto, não o que lhe mostra o
Senhor.
São, portanto tidos como raposas no deserto
– vs. 4. Como carniceiras, as raposas não se importavam com o que tinham sido
antes as ruínas; elas existiam apenas para a sua própria conveniência e
proveito. Não tinham o menor interesse em como suas ações afetavam a cidade ou
os seus habitantes.
O foco estava na conduta dos profetas: um
verdadeiro profeta se identificava com o povo de Deus a ponto de correr riscos
pelo bem deles.
Quando um muro era rompido por um exército
em ataque, a posição de maior perigo era a do local da fenda, e a decisão
difícil era quanto a montar guarda ou reparar a brecha.
Uma vez que a batalha anunciada deveria
acontecer "no dia do SENHOR", o invasor parecia ser o próprio Deus
trazendo julgamento sobre o seu povo rebelde.
Os falsos profetas não haviam procurado
proteger o povo do julgamento de Deus, seja montando guarda junto às brechas
(isto é, intercedendo com Deus em favor do povo), seja reparando-as (isto é,
encorajando o povo ao arrependimento). Compare com 22.30.
Ao invés disso, faziam era desviar o povo
de Deus com suas visões carnais de suas mentes corrompidas. Eram pura vaidade e
adivinhação mentirosa falando em nome do Senhor quando o Senhor não os enviara,
por isso que o Senhor seria contra eles.
O Senhor seria contra eles e eles não
entrariam no concílio do seu povo, nem nos registros da casa de Israel – provavelmente,
o censo e os recenseadores do povo de Israel, a contraparte humana dos
registros celestiais - se escreverão, nem entrarão na terra de Israel e, nesse
momento, saberiam que o Senhor é Deus.
Reparem quando seria que eles reconheceriam
que o Senhor é Deus: naquele pior momento de sua pior tribulação quando tudo
pareceria já perdido, definido e sem volta. Não seria melhor adotar uma atitude
mental de reconhecimento do Senhor antecipada? Digo isso, pensando em nós,
cristãos do século XXI.
A acusação contra eles é muito séria. Estão
sendo acusados de desviarem o povo de Deus da conduta certa. Ao anunciarem a
paz, não havendo paz, estavam na verdade, condenando à destruição o povo de
Deus.
A imagem da brecha no muro (v. 5) pode ter
propiciado essa descrição posterior das ações dos falsos profetas, dos vs. 10
ao 12. Suas visões falsas e adivinhações mentirosas eram um muro de construção
precária - quando rebocadas ou caiadas podiam parecer robustas, mas não podiam
resistir ao tempo, muito menos ao dia do julgamento do Senhor.
Paulo usa a mesma ilustração para indicar a
hipocrisia do sumo sacerdote (At 23.3), embora, a seguir, tivesse se
desculpado; Jesus usa uma ilustração semelhante para indicar a hipocrisia dos
escribas e fariseus (Mt 23.27).
O fato é que o Senhor se empenharia, ele
mesmo, de derrubar a parede rebocada com argamassa fraca e dar com ela por
terra, de modo que até seus fundamentos seriam descobertos quando ela caísse. O
que aconteceria em seguida? O povo pereceria no meio dela e saberiam que o
Senhor é Deus!
(2) O segundo contra falsas profetisas (vs. 17-23).
Agora a voz profética fala para Ezequiel
profetizar, dirigir o seu rosto contra as filhas do seu povo que igualmente
profetizam de seu próprio coração falsas profecias.
A Bíblia registra as ações de várias
profetisas verdadeiras – Miriã, Débora, Hulda e Ana (Êx 15.20, Jz 4.4; 2Rs
22.14; 2Cr 34 22; Lc 2.36) - e algumas falsas profetisas (Ne 6.14; Ap 2.20).
Aqui, as mulheres estavam envolvidas com
magia e feitiçaria, práticas proibidas para Israel; veja 12.21-14.11. Elas
ganhavam a vida vendendo amuletos ou outros encantamentos para afastar o mal;
reforçados por tal confiança falsa, seus fregueses deixavam de atender ao grito
do atalaia e assim iam para a morte (3.17).
As falsas profetisas foram comparadas a
caçadoras de almas que punham armadilhas ou enganavam as pessoas - 12.13.
Depois que o juízo de Deus as alcançasse e
a dor e o sofrimento estivessem no seu encalço, haveriam de saber que o Senhor
é Deus – vs. 21 - e que contra ele desviaram o povo dele para seguirem suas
vaidades e enganos e mentiras.
Os valores foram invertidos pelas
profetizas na distribuição da justiça e da verdade. O coração do justo
entristecera com a falsidade, não havendo o Senhor o entristecido e as mãos dos
ímpios, elas fortaleceram, sendo que o Senhor os abominava.
Ez 13:1 E veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 13:2 Filho do homem, profetiza contra os
profetas de Israel
e
dize a esses videntes que só profetizam
o
que vê o seu coração:
Ouvi
a palavra do Senhor.
Ez 13:3 Assim diz o Senhor Deus:
Ai dos
profetas insensatos, que seguem o seu próprio espírito
sem
nada ter visto.
Ez 13:4 Os teus profetas, ó Israel,
têm
sido como raposas nos desertos.
Ez 13:5 Não
subistes às brechas, nem fizestes uma cerca
para
a casa de Israel, para que permaneça firme
na
peleja no dia do Senhor.
Ez 13:6 Viram
vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem:
O
Senhor diz; quando o Senhor não os enviou;
e
esperam que seja cumprida a palavra.
Ez 13:7 Acaso
não tivestes visão de vaidade,
e
não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes:
O
Senhor diz; sendo que eu tal não falei?
Ez 13:8 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Porque tendes
falado vaidade, e visto mentiras,
por
isso eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Deus.
Ez 13:9 E a
minha mão será contra os profetas que vêem vaidade
e
que adivinham mentira;
não
estarão no concílio do meu povo,
nem
nos registros da casa de Israel se escreverão,
nem
entrarão na terra de Israel;
e
sabereis que eu sou o Senhor Deus.
Ez 13:10
Portanto, sim, porquanto desviaram o meu povo, dizendo:
Paz;
e não há paz; e quando se edifica uma parede,
eis
que a rebocam de argamassa fraca;
Ez 13:11 dize
aos que a rebocam de argamassa fraca que ela cairá.
Sobrevirá
forte chuva, grandes pedras de saraiva cairão,
e
um vento tempestuoso a fenderá.
Ez 13:12 Ora,
eis que, caindo a parede, não vos dirão:
Onde
está o reboco de que a rebocastes?
Ez 13:13 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
fendê-la-ei
no meu furor com vento tempestuoso e, na minha ira,
farei
cair forte chuva, e grandes pedras de saraiva,
na
minha indignação, para a consumir.
Ez 13:14 E
derribarei a parede que rebocastes com argamassa fraca,
e
darei com ela por terra, de modo que seja descoberto
o
seu fundamento;
quando
ela cair, vós perecereis no meio dela;
e
sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 13:15
Assim cumprirei o meu furor contra a parede,
e
contra os que a rebocam de argamassa fraca; e vos direi:
A
parede já não existe,
nem
aqueles que a rebocaram, a saber,
Ez 13:16 os
profetas de Israel, que profetizam acerca de Jerusalém,
e
vêem para ela visão de paz, não havendo paz,
diz
o Senhor Deus.
Ez 13:17 E
tu, ó filho do homem, dirige o teu rosto
contra
as filhas do teu povo,
que
profetizam de seu próprio coração;
e
profetiza contra elas.
Ez 13:18 e dize:
Assim diz o
Senhor Deus:
Ai
das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços,
e
que fazem véus para as cabeças de pessoas
de
toda estatura para caçarem as almas!
Porventura
caçareis as almas do meu povo?
e
conservareis em vida almas para vosso proveito?
Ez 13:19 Vós
me profanastes entre o meu povo
por
punhados de cevada, e por pedaços de pão,
matando
aqueles que não haviam de morrer,
e
guardando vivos aqueles que não haviam de viver,
mentindo ao
meu povo que escuta a mentira.
Ez 13:20 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Eis aqui eu
sou contra as vossas pulseiras mágicas
com
que vós ali caçais as almas como aves,
e
as arrancarei de vossos braços;
e
soltarei as almas,
sim as almas
que vós caçais como aves.
Ez 13:21
Também rasgarei os vossos véus,
e
livrarei o meu povo das vossas mãos,
e
eles não estarão mais em vossas mãos
para
serem caçados;
e
sabereis que eu sou e Senhor.
Ez 13:22
Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade,
não
o havendo eu entristecido,
e
fortalecestes as mãos do ímpio,
para
que não se desviasse do seu mau caminho, e vivesse;
Ez 13:23
portanto não tereis mais visões vãs,
nem
mais fareis adivinhações;
mas
livrarei o meu povo das vossas mãos,
e
sabereis que eu sou o Senhor.
Todo pregador do evangelho deve igualmente
estar atento para não fazer conforme os falsos profetas e profetizas, torcendo
todo o direito, justiça, verdade e juízo. Entre nós há os que precisam ser
desiludidos e entre nós, há os que necessitam ser fortalecidos.
Quando pregarmos ao povo de Deus, ali não
terá somente santos e anjos, mas junto, travestidos, verdadeiros demônios e
capetas acostumados com a devoração santa de almas.
Ore e peça a sabedoria do Espírito Santo de
Deus para que sua palavra seja como uma espada afiada de dois gumes, capaz de
dividir a alma do espírito, juntas e medulas e penetrar no mais profundo do
coração, não trazendo a morte certa, mas a vida dentre os mortos.
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compartilhe/divulgue. Obs.: todos os estudos abaixo são em inglês.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no
primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na segunda seção “2”,
estamos no capítulo 11:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
2. Os atos simbólicos (12.1-20).
Dos versos 1 ao 20, estaremos vendo esses
atos simbólicos. Paralelamente a 4.1-5.17 (vejam nossas reflexões do capítulo
4), Ezequiel realizou dois atos simbólicos relacionados com a partida para o
exílio. Ele preparou a sua bagagem (vs. 1-16) e comeu e bebeu (vs. 17-20).
a. A preparação da bagagem (12.1-16).
Até ao verso 16, estaremos vendo a
preparação de sua bagagem que é outro ato simbólico (veja 4.1-3). Ezequiel
encenou o exílio final daqueles que ainda permaneciam em Jerusalém.
Ele continua a dizer que ainda lhe veio a
palavra do Senhor e esta lhe dizia que ele, Ezequiel, habitava no meio de uma
casa rebelde que tendo olhos e ouvidos, não vê, nem ouve, ou seja, na verdade,
não se importam, justamente porque são casa rebelde.
Assim, vejo também todos os rebeldes ao
Senhor e à sua palavra. Ou somos crentes, porque cremos que ele falou, ou somos
rebeldes, porque rejeitamos, desprezamos, a sua fala. Veja 2.3-8; 3.9,26-27; compare com Dt 29.4; Pv
20.12, Is 6.10; 32.3; Jr 5.21; Mt 13.15-16; Mc 8.18; At 28.26; Rm 11.8. Toda
a seção faz frequentes alusões à faculdade de ver (vs. 4-7, 12-13).
Um exilado podia carregar apenas um mínimo
necessário: talvez uma capa, um par de recipientes para alimento e água e uns
poucos itens pessoais. Os bens restantes ficavam como espólio para o conquistador.
Nem uma fuga rápida e segura, nem uma jornada penosa até o local do exílio
seriam possíveis se as coisas de valor fossem levadas (veja Mt 10.9-10; Lc
10.4; 22.35-36).
Os seus procedimentos todos deviam ser
feitos “`a vista deles” e por diversas vezes a instrução clara a Ezequiel
enfatizava essa preocupação de que tudo o que faria, deveria ser à vista deles,
pois Ezequiel estava sendo por sinal à casa de Israel.
A partida à tarde visava facilitar uma
saída furtiva, sob o manto da escuridão, também simbolizada pela abertura de um
buraco na parede da casa. Ezequiel retrata o esforço frustrado de Zedequias de
fugir da Jerusalém sitiada (vs. 10-11; 2Rs 25.3-7).
Ele deveria também cobrir o seu rosto, um
gesto tanto de vergonha como de lamento (24.17,22; Is 13.45; 2Sm 19.4; Et 6.12;
7.8; SI 44.15; 69.7). Isso sugere também que os exilados nunca veriam Jerusalém
novamente e particularmente que Zedequias perderia o seu sentido da visão (vs.
12-13; 2Rs 25.7).
Ezequiel cumpriu assim todas as instruções.
A palavra profética perguntou-lhe se alguém tinha notado algo e se tinham
indagado de seu proceder estranho. Ele deveria explicar os detalhes,
principalmente relacionados ao príncipe em Jerusalém e a toda casa de Israel no
meio dela.
Ezequiel deveria dizer que ele era um sinal
para eles e que, em breve, o estariam imitando nos mínimos detalhes porque a
palavra haveria de se cumprir e eles iriam para o exílio para o cativeiro.
O príncipe que está no meio deles tentaria
fugir, fazendo uma abertura na parede, da forma como Ezequiel estava narrando
em detalhes. Embora os muros de Jerusalém tivessem sido arrombados no tempo de
Zedequias, o rei e todo o seu séquito conseguiram escapar por uma porta (2Rs
25.4).
No entanto, Deus estenderá a sua rede sobre
ele - Deus é apresentado aqui como um caçador ou montador de armadilhas (17.20;
32.3; Jó 19.6; Sl 91.3; Pv 6.5; Is 8.14; 24.18; 51.20; Jr 50.24; Lm 1.13; Os
7.12) – e o apanharão e será levado para a Babilônia, mas não a verá com seus
olhos.
Quanto aos seus seguidores e protetores,
suas tropas, seriam dispersas e perseguidas pela fome, pela peste e pela
espada, no entanto, Deus deixará que sobrem uns poucos que confessarão as suas
abominações entre as nações para onde forem e ali saberão que o Senhor é Deus.
Por diversas vezes, nós estudantes da
palavra de Deus, nos deparamos com a frase, muito comum “e saberão que eu sou o
Senhor”. Reparem que ela está associada aos juízos, aos sofrimentos decorrentes
das consequências das desobediências do povo de Deus, à dor provocada pelos
seus atos rebeldes, às provações, perseguições, fomes, pestes, espada, guerras.
Não seria melhor saber disso – de que ele é o Senhor -, sem ter de passar por
isso tudo?
b. Comida e bebida (12.17-20).
Dos versos 17 ao 20, veremos o comer e o beber,
outra ação simbólica. O alimento e a água de Ezequiel eram, presumidamente, as
rações de fome que lhe foram atribuídas em 4.9-11.
Sua fraqueza física e seus tremores
representavam a sorte de todos Os que permaneceram em Jerusalém.
Novamente, somente saberão que o Senhor é
Deus, depois de passarem pelo crivo da dor, do sofrimento e da perseguição.
·O
pão comerão com receio.
·A
água beberão com susto.
·A
terra será despojada de sua abundância.
Mas por quê? A explicação está no próprio versículo
9, por causa da violência de todos os que nela habitam!
Tem muita coisa acontecendo em nosso mundo
hoje de ruim que ninguém associa com nossos comportamentos rebeldes, mas com
problemas ambientais e outras questões científicas, totalmente desassociadas de
qualquer vínculo ou viés comportamental, contrário às leis de Deus.
3. Discursos relacionados (12.21-24.27).
Do vs. 21 ao capítulo 24, estaremos vendo
os discursos relacionados. Em paralelo com a seção anterior de discursos (5.5 a
7.27), Ezequiel comunicou alguns oráculos com relação ao que seus atos
simbólicos anteriores mostravam.
Dividiremos esses discursos em quatorze
partes:
a.Um
provérbio falso (12.21-28).
b.Falsos
profetas e profetisas (13.1-23).
c.As
consequências da idolatria (14.1-23).
d.A
parábola da videira (15.1-18).
e.Jerusalém
como uma criança e uma prostituta (16.1-63).
f.A
parábola das duas águias (17.1-24).
g.Responsabilidade
individual (18.1-32).
h.Canto
fúnebre para os reis de Israel (19.1-14).
i.A
história e o futuro das nações (20.1-49).
j.Babilônia,
a espada de Deus (21.1-32).
k.Os
pecados de Jerusalém (22.1-31).
a.A
parábola das duas irmãs meretrizes (23.1-49).
l.A
parábola da panela (24.1-14).
m.A
morte da esposa de Ezequiel (24.15-27).
a. Um provérbio falso (12.21-28).
Até ao final deste capítulo, veremos um
falso provérbio. Deus direcionou Ezequiel para abordar a questão de um
provérbio que circulava entre os que haviam sido deixados em Jerusalém. Esse
provérbio falacioso provavelmente havia sido espalhado por falsos profetas que
insistiam que as ameaças de destruição e exílio para Jerusalém eram sem
fundamento.
E continua Ezequiel dizendo que lhe veio
ainda a palavra do Senhor a ele e dessa vez lhe perguntando que ditado era
aquele que estavam dizendo do dilatamento dos dias e da falha das visões.
A alegação era de que, a despeito das predições
dos profetas, nada havia acontecido (uma resistência semelhante à palavra
profética foi predita em 2Pe 3.3-4 quando Pedro fala da vinda dos
escarnecedores cobrando a volta do Senhor Jesus, como se ela não viesse a
ocorrer jamais).
Deus responde a eles dizendo que faria
cessar esse provérbio e anuncia que estão próximos os dias e o cumprimento de
toda a visão. O Senhor volta a afirmar à casa rebelde que não haverá mais
nenhuma visão vã, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel – vs.
24.
·Falará
e a palavra que falar, se cumprirá!
·Não
mais seria adiada!
O cumprimento de profecias havia, algumas
vezes, sido adiado devido às respostas das pessoas, mas Ezequiel deixou claro
que as suas ameaças de destruição de Jerusalém veriam realização imediata. Isso
porque ele, o Senhor é Deus.
Ez 12:1 Ainda veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 12:2 Filho
do homem, tu habitas no meio da casa rebelde,
que
tem olhos para ver e não vê,
e
tem ouvidos para ouvir e não ouve;
porque
é casa rebelde.
Ez 12:3 Tu,
pois, ó filho do homem,
prepara-te
os trastes para mudares para o exílio,
e
de dia muda à vista deles;
e do teu
lugar mudarás para outro lugar à vista deles;
bem
pode ser que reparem nisso,
ainda
que eles são casa rebelde.
Ez 12:4 À
vista deles, pois, tirarás para fora,
de
dia, os teus trastes, como para mudança;
então
tu sairás de tarde à vista deles,
como
quem sai para o exílio.
Ez 12:5 Faze
para ti, à vista deles,
uma
abertura na parede, e por ali sairás.
Ez 12:6 À
vista deles levarás aos ombros os teus trastes,
e
às escuras os transportarás,
e
cobrirás o teu rosto, para que não vejas o chão;
porque
te pus por sinal à casa de Israel.
Ez 12:7 E fiz
assim, como se me deu ordem:
os
meus trastes tirei para fora de dia,
como
para o exílio;
então à tarde
fiz com a mão uma abertura na parede;
às
escuras saí, carregando-os aos ombros,
à
vista deles.
Ez 12:8 E veio a mim a palavra do
Senhor, pela manhã, dizendo:
Ez 12:9 Filho
do homem, não te perguntou a casa de Israel,
aquela
casa rebelde:
Que
fazes tu?
Ez 12:10 Dize-lhes:
Assim diz o
Senhor Deus:
Este
oráculo se refere ao príncipe em Jerusalém,
e
a toda a casa de Israel que está no meio dela.
Ez 12:11 Dize:
Eu sou o
vosso sinal:
Assim
como eu fiz, assim se lhes fará a eles;
irão
para o exílio para o cativeiro,
Ez 12:12 E o
príncipe que está no meio deles levará aos ombros
os
trastes, e às escuras sairá;
ele
fará uma abertura na parede e sairá por ela;
ele
cobrirá o seu rosto,
pois
com os seus olhos não verá o chão.
Ez 12:13
Também estenderei a minha rede sobre ele,
e
ele será apanhado no meu laço;
e
o levarei para Babilônia, para a terra dos caldeus;
contudo
não a verá, ainda que ali morrerá.
Ez 12:14 E
todos os que estiverem ao redor dele para seu socorro
e
todas as suas tropas, espalhá-los-ei a todos os ventos;
e
desembainharei a espada atrás deles.
Ez 12:15
Assim saberão que eu sou o Senhor,
quando
eu os dispersar entre as nações
e
os espalhar entre os países.
Ez 12:16 Mas
deles deixarei ficar alguns poucos,
escapos
da espada, da fome, e da peste,
para
que confessem todas as suas abominações
entre
as nações para onde forem;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 12:17 Ainda veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 12:18
Filho do homem, come o teu pão com tremor,
e
bebe a tua água com estremecimento e com receio.
Ez 12:19 E dirás ao povo da terra:
Assim diz o
Senhor Deus acerca dos habitantes de Jerusalém,
na
terra de Israel:
O
seu pão comerão com receio,
e
a sua água beberão com susto
pois
a sua terra será despojada
de
sua abundância,
por
causa da violência de todos os que nela habitam.
Ez 12:20 E as
cidades habitadas serão devastadas,
e
a terra se tornará em desolação;
e
sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 12:21 E veio ainda a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 12:22
Filho do homem, que provérbio é este que vós tendes
na
terra de Israel, dizendo:
Dilatam-se
os dias, e falha toda a visão?
Ez 12:23 Portanto, dize-lhes:
Assim diz o
Senhor Deus: Farei cessar este provérbio,
e
não será mais usado em Israel;
mas
dize-lhes:
Estão
próximos os dias, e o cumprimento de toda a visão.
Ez 12:24 Pois
não haverá mais nenhuma visão vã,
nem
adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel.
Ez 12:25
Porque eu sou o Senhor;
falarei,
e a palavra que eu falar se cumprirá.
Não
será mais adiada; pois em nossos dias,
ó
casa rebelde,
falarei
a palavra e a cumprirei, diz o Senhor Deus.
Ez 12:26 Veio mais a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 12:27
Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem:
A
visão que este vê é para muitos dias no futuro,
e
ele profetiza de tempos que estão longe.
Ez 12:28
Portanto dize-lhes:
Assim
diz o Senhor Deus:
Não
será mais adiada nenhuma
das
minhas palavras,
mas
a palavra que falei se cumprirá,
diz
o Senhor Deus.
No verso 26, veio mais a ele a palavra do
Senhor sobre a interpretação local de que os tempos proféticos falados por
Ezequiel ainda estavam para se cumprir no futuro, em tempos muito longe.
Alguns concluíram que Ezequiel devia estar
se referindo a algum outro período de tempo que não aquele em que viviam. Para
os falsos profetas, era importante, talvez por razões de ganho financeiro (p. ex.,
para prolongar o seu emprego), assegurar a uma população assustada que a
desgraça não estava para acontecer.
Senhor faz questão de deixar claro que sua
palavra seria cumprida ali, naquele tempo presente, sem mais qualquer
adiamento.
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"OS IDOSOS"
-
"Nascemos nos anos 30-40-50-60-70."
"Nós crescemos nos anos 50-60-70-80."
"Estudamos nos anos 60-70-80-90."
"Estávamos namorando nos anos 70-80-90."...
O Nascimento e a Infância de Jesus
-
*O NASCIMENTO E A INFÂNCIA DE JESUS*
Neste breve sumário iremos ver os fatos relacionados com o nascimento de
Jesus. Eles estão ausentes no Evangelho de...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...