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terça-feira, 14 de abril de 2015

Ezequiel 15:1-8 - A PARÁBOLA DA VIDEIRA.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “d”, estamos no capítulo 15:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27) - continuação.
d. A parábola da videira (15.1-8).
Neste capítulo estaremos vendo a parábola da vinha. Ezequiel comparou Israel a uma vinha que havia sido podada. Os galhos que foram cortados não serviam para mais nada a não ser serem queimados (cf. Jo 15.2-6).
Começamos, como de costume, com a palavra do Senhor vindo ao seu profeta e dizendo algo para ele para que ele diga aos destinatários e deixe registrado como Escritura para aprendizagem de todos nós. “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (II Tm 3.16, 17).
Ele faz uma pergunta a Ezequiel sobre o tipo de madeira da videira que se encontra entre as outras árvores do bosque, comparando árvores com nações.
A madeira da videira seria útil para qualquer obra? Ou mesmo dela se usaria para se fazer uma estaca e nela pendurar coisas? Para que serviria a sua madeira?
Ela não se prestava para fazer nenhum objeto útil, nem ao menos um modesto prendedor. Deus relembrou aos exilados que a sua escolha dos israelitas para serem o seu povo não estava baseada em qualquer valor intrínseco que possuíssem, mas dependia somente de sua graça (Dt 7:6-8).
Sendo essa madeira lançada ao fogo, o fogo devora primeiro as suas extremidades, mas o meio fica também queimado e para que serviria isso?  
Essa "chamuscadura" de Israel (uma queimadura de baixo grau que torna enegrecida a madeira) referia-se provavelmente ao exílio parcial que acontecera em 597 a.C. com a deportação de Joaquim e a maior parte da elite de Jerusalém. Veja 1.1-3.
Quando a cidade estava inteira, para nada prestava e agora que já consumida, qual o seu valor? Agora que a madeira/cidade estava danificada ela valia menos ainda. O profeta Zacarias aludiu a essa representação do exílio como um fogo, quando mais tarde ele descreveu o sumo sacerdote como um tição tirado do fogo (Zc 3.2).
Deus promete entregar ao fogo, como seu pasto, toda madeira imprestável, ou seja, os habitantes de Jerusalém – vs. 6.
Ez 15:1 De novo veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 15:2 Filho do homem,
que mais do que qualquer outro pau é o da videira,
o sarmento que está entre as árvores do bosque?
Ez 15:3 Tema-se dele madeira para fazer alguma obra?
ou toma-se dele alguma estaca,
para se lhe pendurar algum traste?
Ez 15:4 Eis que é lançado no fogo, para servir de pasto;
o fogo devora ambas as suas extremidades,
e o meio dele fica também queimado;
serve para alguma obra?
Ez 15:5 Ora, quando estava inteiro,
não servia para obra alguma;
quanto menos, estando consumido ou carbonizado pelo fogo,
se faria dele qualquer obra?
Ez 15:6 Portanto, assim diz o Senhor Deus:
Como entre as árvores do bosque é o pau da videira,
que entreguei para servir de pasto ao fogo,
assim entregarei os habitantes de Jerusalém.
Ez 15:7 E porei a minha face contra eles;
eles sairão do fogo, mas o fogo os devorará;
e sabereis que eu sou o Senhor,
quando tiver posto a minha face contra eles.
Ez 15:8 Farei da terra uma desolação,
porquanto eles se houveram traiçoeiramente,
diz o Senhor Deus.
Posteriormente, João Batista usou uma imagem semelhante para se referir a Jerusalém, quando o julgamento do exílio fosse cumprido numa dimensão ainda maior, sob o julgamento proferido pelo Messias (Lc 3 9 - E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo. Lucas 3:9).
Assim, a face do Senhor estará com eles e o fogo sairá e consumirá e devorará tudo que vier pela frente. Aqui, neste momento de grande terror e tribulação, é que o povo viria a saber que Deus é o Senhor! – vs. 7 – Quanto tiver posto a sua face contra eles.
A sua promessa incluía fazer da terra uma assolação, mas teve um motivo para isso, e a própria palavra explica, no vs. 8, que eles agiram traiçoeiramente.
Não podemos deixar de refletir também na figura da árvore com que Jesus se comparou. Ele afirmou ser a videira verdadeira, sendo o seu Pai o agricultor, e nós, os seus ramos. Todo ramo, nele, que produzir frutos, ele o limpará para que produza ainda mais, mas do ramo que não produzir frutos, ele o cortará e o lançará no fogo. (Jo 15).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ezequiel 14:1-8 - AS CONSEQUÊNCIAS DA IDOLATRIA.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “c”, estamos no capítulo 14:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27) - continuação.
c. As consequências da idolatria (14.1-23).
Neste capítulo, estaremos vendo as consequências da idolatria. Ezequiel confrontou a idolatria entre os exilados.
Alguns dos anciãos vieram até Ezequiel e se assentaram diante dele e neste momento é que lhe veio a costumeira palavra do Senhor que dizia que aqueles homens sentados deram lugar em seus corações aos seus ídolos e puseram o tropeço da sua maldade diante de sua própria face.
Pode referir-se a uma idolatria secreta (veja os vs. 4.7). Esses ídolos haviam dominado o coração do povo de Deus. Essa idolatria era um tropeço para a iniquidade, uma frase comum em Ezequiel (vs. 4.7; 7.19; 18.30; 44.12).
Deus pergunta retoricamente a Ezequiel se ele, o Senhor, deveria ser interrogado por esses homens assentados diante dele. Então Deus lhe orienta por sua palavra a dizer-lhes e passa agora a virar regra geral para casos semelhantes.
Qualquer um da casa de Israel que for consultá-lo conforme os seus ídolos e suas maldades, o Senhor lhe responderá conforme a multidão de seus ídolos, de forma que possa apanhá-los desse jeito uma vez que se encontram totalmente alienados de Deus, de suas leis e de seus caminhos – vs. 4.
Isso é muito terrível! Sendo meu coração enganoso, como hei de confiar em minha sinceridade quando diante do Senhor? Se Deus me responder conforme os meus ídolos e maldades de meu coração, eu estarei em grandes apuros.
Por isso que há muitos falsos profetas que profetizam mentiras e enganos. Uma vez que quem se aproxima de Deus nada quer dele, antes pactuamento com suas obras malignas, também são enganados pelos seus próprios corações enganosos.
Aqui vale a grande lição do nosso próprio Senhor quando no Getsêmani orava ao Pai pedindo que, se possível, fosse afastado aquele cálice dele, mas que, contudo, não fosse feita a sua vontade, mas a dele, do Pai – Lc 22:41-45.
Também nós, ao nos aproximarmos de Deus, não invoquemos nossa sinceridade, planos, sonhos, vontades e desejos, mas, claramente, com a mente disposta a sair dali cumprindo a vontade de Deus, ainda que contrária à nossa vontade.
A palavra do Senhor para eles foi – e isso dá uma excelente pregação:
·         Convertam-se.  
·         Deixem os seus ídolos.
·         Desviai os vossos rostos de todas as vossas abominações.
Porque qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros
que peregrinam em Israel,
que se alienar de mim e der lugar no seu coração
aos seus ídolos,
e puser tropeço da sua maldade diante do seu rosto,
e vier ao profeta para me consultar a favor de si mesmo,
eu, o Senhor, lhe responderei por mim mesmo;
e porei o meu rosto contra o tal homem,
e o farei
ü  Um espanto.
ü  Um sinal.
ü  Um provérbio.
e exterminá-lo-ei do meio do meu povo;
e sabereis que eu sou o Senhor. (vs. 7 e 8).
Simplesmente, devemos tomar muito cuidado estando na presença do Senhor. A gente ouve aquilo que quer ouvir e muitas vezes queremos, malignamente, fazer Deus cúmplice de nossas astúcias.
No verso 9, fica ainda maia claro a intenção de Deus de até enganar o profeta em atendimento ao coração maligno que dele se aproxima com aparência de santo.
Uma das inúmeras passagens da Bíblia que afirmam tanto a soberania de Deus como a responsabilidade moral do ser humano, de tal modo que a vontade de Deus não pode nunca ser usada como desculpa para o mal moral (Et 4.12-14; JI 2.32; Mt 26.4; At 2.23).
Um falso profeta, embora instigado por Deus, assumiria a responsabilidade pelo seu erro (Veja 1 Rs 22.19-25.).
Aqui o profeta é enganado, o que o consulta é enganado, mas sobre ambos recai a culpa do erro e do engano. O castigo do profeta será igual ao castigo do que o consultar – vs. 10.
O que Deus quer é que cada um seja povo dele e que no meio deles se levantem profetas de Deus, falando e instruindo eles na palavra de Deus e não na mentira, na vaidade e no engano de seus corações malignos.
Os que se aproximarem dele traiçoeiramente, receberão conforme as suas próprias traições e o Senhor estenderá suas mãos contra eles e enviará contra eles a fome e o extermínio de homens e de animais.
O Senhor trata da noção esposada por alguns segundo a qual a presença de certo número de pessoas justas em Jerusalém protegeria a cidade da ira de Deus (cf. Gn 18.17-33).
Noé, Daniel e Jó são citados como exemplos de homens justos e de oração. Embora Noé fosse justo e irrepreensível entre os de sua geração (Gn 6.9), o mundo não foi poupado por causa da sua presença.
Jó também era irrepreensível e íntegro (Jó 1.1), mas isso não poupou a sua família.
A identidade de Daniel aqui mencionada é muito debatida. Alguns intérpretes sugerem ser o conhecido Daniel bíblico, um dos contemporâneos de Ezequiel no exílio, como também penso que é mesmo dele que a Bíblia está falando nesse momento.
No entanto, conforme nos ensina a BEG, em oposição a esse ponto de vista, está a diferente grafia do nome em hebraico. A referência pode ser a uma figura heroica num texto ugarítico antigo, um rei chamado Daniel, identificado como um governante justo (cf. 28.3), preocupado com a difícil situação das viúvas e dos órfãos.
Então, essas três pessoas teriam em comum o fato de serem não israelitas conhecidas desde os tempos antigos pela integridade pessoal. Mesmo as orações dessas pessoas não poderiam fazer com que a ira de Deus fosse desviada.
A responsabilidade é pessoal! Cada um será responsável por sua justiça e não pelas dos outros. Cada um deles, Noé, Jó e Daniel livrariam a si mesmos e não aos demais, nem mesmo os seus próprios filhos ou esposa seriam poupados.
Ez 14:1 Então vieram a mim alguns homens dos anciãos de Israel,
e se assentaram diante de mim.
Ez 14:2 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 14:3 Filho do homem, estes homens deram lugar nos seus corações
aos seus ídolos, e puseram o tropeço da sua maldade
diante da sua face;
devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles?
Ez 14:4 Portanto fala com eles, e dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus:
Qualquer homem da casa de Israel
que der lugar no seu coração aos seus ídolos,
e puser o tropeço da sua maldade diante da sua face,
e vier ao profeta,
eu, o Senhor, lhe responderei nisso
conforme a multidão dos seus ídolos;
Ez 14:5 para que possa apanhar a casa de Israel no seu coração,
porquanto todos são alienados de mim pelos seus ídolos.
Ez 14:6 Portanto dize à casa de Israel:
Assim diz o Senhor Deus:
Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos;
e desviai os vossos rostos de todas as vossas abominações.
Ez 14:7 Porque qualquer homem da casa de Israel,
ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel,
que se alienar de mim e der lugar no seu coração
aos seus ídolos,
e puser tropeço da sua maldade diante do seu rosto,
e vier ao profeta para me consultar
a favor de si mesmo,
eu, o Senhor, lhe responderei por mim mesmo;
Ez 14:8 e porei o meu rosto contra o tal homem, e o farei um espanto,
um sinal e um provérbio, e exterminá-lo-ei do meio do meu
povo; e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 14:9 E se o profeta for enganado, e falar alguma coisa,
eu, o Senhor, terei enganado esse profeta;
e estenderei a minha mão contra ele,
e destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel.
Ez 14:10 E levarão o seu castigo.
O castigo do profeta será como o castigo
de quem o consultar;
Ez 14:11 para que a casa de Israel não se desvie mais de mim,
nem mais se contamine com todas as suas transgressões;
mas que sejam eles o meu povo, e seja eu o seu Deus,
diz o Senhor Deus.
Ez 14:12 Veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 14:13 Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim,
agindo traiçoeiramente, então estenderei a minha mão
contra ela, e lhe quebrarei o báculo do pão,
e enviarei contra ela a fome,
e dela exterminarei homens e animais;
Ez 14:14 ainda que estivessem no meio dela estes três homens,
Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça,
livrariam apenas a sua própria vida,
diz o Senhor Deus.
Ez 14:15 Se eu fizer passar pela terra bestas feras,
e estas a assolarem, de modo que ela fique desolada,
 sem que ninguém possa passar por ela por causa
das feras;
Ez 14:16 ainda que esses três homens estivessem no meio dela,
vivo eu, diz o Senhor Deus,
que nem a filhos nem a filhas livrariam;
eles só ficariam livres;
a terra, porém, seria assolada.
Ez 14:17 Ou, se eu trouxer a espada sobre aquela terra, e disser:
Espada, passa pela terra; de modo que eu extermine dela
homens e animais; Ez 14:18 ainda que aqueles três
homens estivessem nela,
vivo eu, diz o Senhor Deus, eles não livrariam nem filhos
nem filhas, mas eles só ficariam livres.
Ez 14:19 Ou, se eu enviar a peste sobre aquela terra,
e derramar o meu furor sobre ela com sangue,
para exterminar dela homens e animais;
Ez 14:20 ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu,
diz o Senhor Deus, eles não livrariam nem filho nem filha,
tão somente livrariam as suas próprias vidas
pela sua justiça.
Ez 14:21 Pois assim diz o Senhor Deus:
Quanto mais quando eu enviar contra Jerusalém
os meus quatro juízos violentos,
a espada, a fome, as bestas-feras e a peste,
pura exterminar dela homens e animais?
Ez 14:22 Mas, se ainda restarem nela alguns sobreviventes
que levem para fora filhos e filhas,
quando eles saírem a ter convosco,
vereis o seu caminho e os seus feitos,
e ficareis consolados do mal que eu trouxe sobre Jerusalém,
até de tudo o que trouxe sobre ela.
Ez 14:23 E sereis consolados, quando virdes o seu caminho
e os seus feitos;
e sabereis que não fiz sem razão tudo quanto nela tenho feito,
diz o Senhor.
Deus promete enviar os seus quatro maus juízos violentos contra os povos rebeldes que não se arrependerem:
·         A espada.
·         A fome.
·         As bestas-feras.
·         A peste.
Isso tudo para eliminar homens e animais da face da terra que insistem em se esquecer de Deus e praticar a injustiça e a vaidade.
Quanto aos sobreviventes, eles seriam testemunhas e veriam e seriam consolados e entenderiam que tudo foi feito com propósitos, nada por acaso ou por puro capricho – vs. 22 e 23.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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Obs.: todos os estudos abaixo são em inglês.


domingo, 12 de abril de 2015

Ezequiel 13:1-23 - FALSOS PROFETAS E PROFETISAS.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “b”, estamos no capítulo 13:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27) - continuação.
b. Falsos profetas e profetisas (13.1-23).
Até ao final deste capítulo, veremos os falsos profetas e profetisas. O cap. 13 está dividido em dois oráculos: (1) O primeiro contra falsos profetas (vs. 1-16) e (2) O segundo contra falsas profetisas (vs. 17-23). O tema principal é o conflito entre Ezequiel e os que profetizavam falsamente sobre a destruição de Jerusalém.
(1) O primeiro contra falsos profetas (vs. 1-16)
A palavra de Deus novamente veio a Ezequiel e dessa vez contra os que profetizam o que vê o seu coração enganoso, pois seguem os seus próprios espíritos, sem nada terem visto, não o que lhe mostra o Senhor.
São, portanto tidos como raposas no deserto – vs. 4. Como carniceiras, as raposas não se importavam com o que tinham sido antes as ruínas; elas existiam apenas para a sua própria conveniência e proveito. Não tinham o menor interesse em como suas ações afetavam a cidade ou os seus habitantes.
O foco estava na conduta dos profetas: um verdadeiro profeta se identificava com o povo de Deus a ponto de correr riscos pelo bem deles.
Quando um muro era rompido por um exército em ataque, a posição de maior perigo era a do local da fenda, e a decisão difícil era quanto a montar guarda ou reparar a brecha.
Uma vez que a batalha anunciada deveria acontecer "no dia do SENHOR", o invasor parecia ser o próprio Deus trazendo julgamento sobre o seu povo rebelde.
Os falsos profetas não haviam procurado proteger o povo do julgamento de Deus, seja montando guarda junto às brechas (isto é, intercedendo com Deus em favor do povo), seja reparando-as (isto é, encorajando o povo ao arrependimento). Compare com 22.30.
Ao invés disso, faziam era desviar o povo de Deus com suas visões carnais de suas mentes corrompidas. Eram pura vaidade e adivinhação mentirosa falando em nome do Senhor quando o Senhor não os enviara, por isso que o Senhor seria contra eles.
O Senhor seria contra eles e eles não entrariam no concílio do seu povo, nem nos registros da casa de Israel – provavelmente, o censo e os recenseadores do povo de Israel, a contraparte humana dos registros celestiais - se escreverão, nem entrarão na terra de Israel e, nesse momento, saberiam que o Senhor é Deus.
Reparem quando seria que eles reconheceriam que o Senhor é Deus: naquele pior momento de sua pior tribulação quando tudo pareceria já perdido, definido e sem volta. Não seria melhor adotar uma atitude mental de reconhecimento do Senhor antecipada? Digo isso, pensando em nós, cristãos do século XXI.
A acusação contra eles é muito séria. Estão sendo acusados de desviarem o povo de Deus da conduta certa. Ao anunciarem a paz, não havendo paz, estavam na verdade, condenando à destruição o povo de Deus.
A imagem da brecha no muro (v. 5) pode ter propiciado essa descrição posterior das ações dos falsos profetas, dos vs. 10 ao 12. Suas visões falsas e adivinhações mentirosas eram um muro de construção precária - quando rebocadas ou caiadas podiam parecer robustas, mas não podiam resistir ao tempo, muito menos ao dia do julgamento do Senhor.
Paulo usa a mesma ilustração para indicar a hipocrisia do sumo sacerdote (At 23.3), embora, a seguir, tivesse se desculpado; Jesus usa uma ilustração semelhante para indicar a hipocrisia dos escribas e fariseus (Mt 23.27).
O fato é que o Senhor se empenharia, ele mesmo, de derrubar a parede rebocada com argamassa fraca e dar com ela por terra, de modo que até seus fundamentos seriam descobertos quando ela caísse. O que aconteceria em seguida? O povo pereceria no meio dela e saberiam que o Senhor é Deus!
(2) O segundo contra falsas profetisas (vs. 17-23).
Agora a voz profética fala para Ezequiel profetizar, dirigir o seu rosto contra as filhas do seu povo que igualmente profetizam de seu próprio coração falsas profecias.
A Bíblia registra as ações de várias profetisas verdadeiras – Miriã, Débora, Hulda e Ana (Êx 15.20, Jz 4.4; 2Rs 22.14; 2Cr 34 22; Lc 2.36) - e algumas falsas profetisas (Ne 6.14; Ap 2.20).
Aqui, as mulheres estavam envolvidas com magia e feitiçaria, práticas proibidas para Israel; veja 12.21-14.11. Elas ganhavam a vida vendendo amuletos ou outros encantamentos para afastar o mal; reforçados por tal confiança falsa, seus fregueses deixavam de atender ao grito do atalaia e assim iam para a morte (3.17).
As falsas profetisas foram comparadas a caçadoras de almas que punham armadilhas ou enganavam as pessoas - 12.13.
Depois que o juízo de Deus as alcançasse e a dor e o sofrimento estivessem no seu encalço, haveriam de saber que o Senhor é Deus – vs. 21 - e que contra ele desviaram o povo dele para seguirem suas vaidades e enganos e mentiras.
Os valores foram invertidos pelas profetizas na distribuição da justiça e da verdade. O coração do justo entristecera com a falsidade, não havendo o Senhor o entristecido e as mãos dos ímpios, elas fortaleceram, sendo que o Senhor os abominava.
Ez 13:1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
 Ez 13:2 Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel
e dize a esses videntes que só profetizam
o que vê o seu coração:
Ouvi a palavra do Senhor.
Ez 13:3 Assim diz o Senhor Deus:
Ai dos profetas insensatos, que seguem o seu próprio espírito
sem nada ter visto.
 Ez 13:4 Os teus profetas, ó Israel,
têm sido como raposas nos desertos. 
Ez 13:5 Não subistes às brechas, nem fizestes uma cerca
para a casa de Israel, para que permaneça firme
na peleja no dia do Senhor. 
Ez 13:6 Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem:
O Senhor diz; quando o Senhor não os enviou;
e esperam que seja cumprida a palavra. 
Ez 13:7 Acaso não tivestes visão de vaidade,
e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes:
O Senhor diz; sendo que eu tal não falei? 
Ez 13:8 Portanto assim diz o Senhor Deus:
Porque tendes falado vaidade, e visto mentiras,
por isso eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Deus. 
Ez 13:9 E a minha mão será contra os profetas que vêem vaidade
e que adivinham mentira;
não estarão no concílio do meu povo,
nem nos registros da casa de Israel se escreverão,
nem entrarão na terra de Israel;
e sabereis que eu sou o Senhor Deus. 
Ez 13:10 Portanto, sim, porquanto desviaram o meu povo, dizendo:
Paz; e não há paz; e quando se edifica uma parede,
eis que a rebocam de argamassa fraca; 
Ez 13:11 dize aos que a rebocam de argamassa fraca que ela cairá.
Sobrevirá forte chuva, grandes pedras de saraiva cairão,
e um vento tempestuoso a fenderá. 
Ez 13:12 Ora, eis que, caindo a parede, não vos dirão:
Onde está o reboco de que a rebocastes? 
Ez 13:13 Portanto assim diz o Senhor Deus:
fendê-la-ei no meu furor com vento tempestuoso e, na minha ira,
farei cair forte chuva, e grandes pedras de saraiva,
na minha indignação, para a consumir. 
Ez 13:14 E derribarei a parede que rebocastes com argamassa fraca,
e darei com ela por terra, de modo que seja descoberto
o seu fundamento;
quando ela cair, vós perecereis no meio dela;
e sabereis que eu sou o Senhor. 
Ez 13:15 Assim cumprirei o meu furor contra a parede,
e contra os que a rebocam de argamassa fraca; e vos direi:
A parede já não existe,
nem aqueles que a rebocaram, a saber, 
Ez 13:16 os profetas de Israel, que profetizam acerca de Jerusalém,
e vêem para ela visão de paz, não havendo paz,
diz o Senhor Deus. 
Ez 13:17 E tu, ó filho do homem, dirige o teu rosto
contra as filhas do teu povo,
que profetizam de seu próprio coração;
e profetiza contra elas. 
Ez 13:18 e dize:
Assim diz o Senhor Deus:
Ai das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços,
e que fazem véus para as cabeças de pessoas
de toda estatura para caçarem as almas!
Porventura caçareis as almas do meu povo?
e conservareis em vida almas para vosso proveito? 
Ez 13:19 Vós me profanastes entre o meu povo
por punhados de cevada, e por pedaços de pão,
matando aqueles que não haviam de morrer,
e guardando vivos aqueles que não haviam de viver,
mentindo ao meu povo que escuta a mentira. 
Ez 13:20 Portanto assim diz o Senhor Deus:
Eis aqui eu sou contra as vossas pulseiras mágicas
com que vós ali caçais as almas como aves,
e as arrancarei de vossos braços;
e soltarei as almas,
sim as almas que vós caçais como aves. 
Ez 13:21 Também rasgarei os vossos véus,
e livrarei o meu povo das vossas mãos,
e eles não estarão mais em vossas mãos
para serem caçados;
e sabereis que eu sou e Senhor. 
Ez 13:22 Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade,
não o havendo eu entristecido,
e fortalecestes as mãos do ímpio,
para que não se desviasse do seu mau caminho, e vivesse; 
Ez 13:23 portanto não tereis mais visões vãs,
nem mais fareis adivinhações;
mas livrarei o meu povo das vossas mãos,
e sabereis que eu sou o Senhor.
Todo pregador do evangelho deve igualmente estar atento para não fazer conforme os falsos profetas e profetizas, torcendo todo o direito, justiça, verdade e juízo. Entre nós há os que precisam ser desiludidos e entre nós, há os que necessitam ser fortalecidos.
Quando pregarmos ao povo de Deus, ali não terá somente santos e anjos, mas junto, travestidos, verdadeiros demônios e capetas acostumados com a devoração santa de almas.
Ore e peça a sabedoria do Espírito Santo de Deus para que sua palavra seja como uma espada afiada de dois gumes, capaz de dividir a alma do espírito, juntas e medulas e penetrar no mais profundo do coração, não trazendo a morte certa, mas a vida dentre os mortos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sábado, 11 de abril de 2015

Ezequiel 12:1-28 - OU SOMOS CRENTES OU CASAS REBELDES.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na segunda seção “2”, estamos no capítulo 11:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
2. Os atos simbólicos (12.1-20).
Dos versos 1 ao 20, estaremos vendo esses atos simbólicos. Paralelamente a 4.1-5.17 (vejam nossas reflexões do capítulo 4), Ezequiel realizou dois atos simbólicos relacionados com a partida para o exílio. Ele preparou a sua bagagem (vs. 1-16) e comeu e bebeu (vs. 17-20).
a. A preparação da bagagem (12.1-16).
Até ao verso 16, estaremos vendo a preparação de sua bagagem que é outro ato simbólico (veja 4.1-3). Ezequiel encenou o exílio final daqueles que ainda permaneciam em Jerusalém.
Ele continua a dizer que ainda lhe veio a palavra do Senhor e esta lhe dizia que ele, Ezequiel, habitava no meio de uma casa rebelde que tendo olhos e ouvidos, não vê, nem ouve, ou seja, na verdade, não se importam, justamente porque são casa rebelde.
Assim, vejo também todos os rebeldes ao Senhor e à sua palavra. Ou somos crentes, porque cremos que ele falou, ou somos rebeldes, porque rejeitamos, desprezamos, a sua fala. Veja 2.3-8; 3.9,26-27; compare com Dt 29.4; Pv 20.12, Is 6.10; 32.3; Jr 5.21; Mt 13.15-16; Mc 8.18; At 28.26; Rm 11.8. Toda a seção faz frequentes alusões à faculdade de ver (vs. 4-7, 12-13).
Um exilado podia carregar apenas um mínimo necessário: talvez uma capa, um par de recipientes para alimento e água e uns poucos itens pessoais. Os bens restantes ficavam como espólio para o conquistador. Nem uma fuga rápida e segura, nem uma jornada penosa até o local do exílio seriam possíveis se as coisas de valor fossem levadas (veja Mt 10.9-10; Lc 10.4; 22.35-36).
Os seus procedimentos todos deviam ser feitos “`a vista deles” e por diversas vezes a instrução clara a Ezequiel enfatizava essa preocupação de que tudo o que faria, deveria ser à vista deles, pois Ezequiel estava sendo por sinal à casa de Israel.
A partida à tarde visava facilitar uma saída furtiva, sob o manto da escuridão, também simbolizada pela abertura de um buraco na parede da casa. Ezequiel retrata o esforço frustrado de Zedequias de fugir da Jerusalém sitiada (vs. 10-11; 2Rs 25.3-7).
Ele deveria também cobrir o seu rosto, um gesto tanto de vergonha como de lamento (24.17,22; Is 13.45; 2Sm 19.4; Et 6.12; 7.8; SI 44.15; 69.7). Isso sugere também que os exilados nunca veriam Jerusalém novamente e particularmente que Zedequias perderia o seu sentido da visão (vs. 12-13; 2Rs 25.7).
Ezequiel cumpriu assim todas as instruções. A palavra profética perguntou-lhe se alguém tinha notado algo e se tinham indagado de seu proceder estranho. Ele deveria explicar os detalhes, principalmente relacionados ao príncipe em Jerusalém e a toda casa de Israel no meio dela.
Ezequiel deveria dizer que ele era um sinal para eles e que, em breve, o estariam imitando nos mínimos detalhes porque a palavra haveria de se cumprir e eles iriam para o exílio para o cativeiro.
O príncipe que está no meio deles tentaria fugir, fazendo uma abertura na parede, da forma como Ezequiel estava narrando em detalhes. Embora os muros de Jerusalém tivessem sido arrombados no tempo de Zedequias, o rei e todo o seu séquito conseguiram escapar por uma porta (2Rs 25.4).
No entanto, Deus estenderá a sua rede sobre ele - Deus é apresentado aqui como um caçador ou montador de armadilhas (17.20; 32.3; Jó 19.6; Sl 91.3; Pv 6.5; Is 8.14; 24.18; 51.20; Jr 50.24; Lm 1.13; Os 7.12) – e o apanharão e será levado para a Babilônia, mas não a verá com seus olhos.
Quanto aos seus seguidores e protetores, suas tropas, seriam dispersas e perseguidas pela fome, pela peste e pela espada, no entanto, Deus deixará que sobrem uns poucos que confessarão as suas abominações entre as nações para onde forem e ali saberão que o Senhor é Deus.
Por diversas vezes, nós estudantes da palavra de Deus, nos deparamos com a frase, muito comum “e saberão que eu sou o Senhor”. Reparem que ela está associada aos juízos, aos sofrimentos decorrentes das consequências das desobediências do povo de Deus, à dor provocada pelos seus atos rebeldes, às provações, perseguições, fomes, pestes, espada, guerras. Não seria melhor saber disso – de que ele é o Senhor -, sem ter de passar por isso tudo?
b. Comida e bebida (12.17-20).
Dos versos 17 ao 20, veremos o comer e o beber, outra ação simbólica. O alimento e a água de Ezequiel eram, presumidamente, as rações de fome que lhe foram atribuídas em 4.9-11.
Sua fraqueza física e seus tremores representavam a sorte de todos Os que permaneceram em Jerusalém.
Novamente, somente saberão que o Senhor é Deus, depois de passarem pelo crivo da dor, do sofrimento e da perseguição.
·         O pão comerão com receio.
·         A água beberão com susto.
·         A terra será despojada de sua abundância.
Mas por quê? A explicação está no próprio versículo 9, por causa da violência de todos os que nela habitam!
Tem muita coisa acontecendo em nosso mundo hoje de ruim que ninguém associa com nossos comportamentos rebeldes, mas com problemas ambientais e outras questões científicas, totalmente desassociadas de qualquer vínculo ou viés comportamental, contrário às leis de Deus.
3. Discursos relacionados (12.21-24.27).
Do vs. 21 ao capítulo 24, estaremos vendo os discursos relacionados. Em paralelo com a seção anterior de discursos (5.5 a 7.27), Ezequiel comunicou alguns oráculos com relação ao que seus atos simbólicos anteriores mostravam.
Dividiremos esses discursos em quatorze partes:
a.       Um provérbio falso (12.21-28).
b.      Falsos profetas e profetisas (13.1-23).
c.       As consequências da idolatria (14.1-23).
d.      A parábola da videira (15.1-18).
e.       Jerusalém como uma criança e uma prostituta (16.1-63).
f.       A parábola das duas águias (17.1-24).
g.      Responsabilidade individual (18.1-32).
h.      Canto fúnebre para os reis de Israel (19.1-14).
i.        A história e o futuro das nações (20.1-49).
j.        Babilônia, a espada de Deus (21.1-32).
k.      Os pecados de Jerusalém (22.1-31).
a.       A parábola das duas irmãs meretrizes (23.1-49).
l.        A parábola da panela (24.1-14).
m.    A morte da esposa de Ezequiel (24.15-27).
a. Um provérbio falso (12.21-28).
Até ao final deste capítulo, veremos um falso provérbio. Deus direcionou Ezequiel para abordar a questão de um provérbio que circulava entre os que haviam sido deixados em Jerusalém. Esse provérbio falacioso provavelmente havia sido espalhado por falsos profetas que insistiam que as ameaças de destruição e exílio para Jerusalém eram sem fundamento.
E continua Ezequiel dizendo que lhe veio ainda a palavra do Senhor a ele e dessa vez lhe perguntando que ditado era aquele que estavam dizendo do dilatamento dos dias e da falha das visões.
A alegação era de que, a despeito das predições dos profetas, nada havia acontecido (uma resistência semelhante à palavra profética foi predita em 2Pe 3.3-4 quando Pedro fala da vinda dos escarnecedores cobrando a volta do Senhor Jesus, como se ela não viesse a ocorrer jamais).
Deus responde a eles dizendo que faria cessar esse provérbio e anuncia que estão próximos os dias e o cumprimento de toda a visão. O Senhor volta a afirmar à casa rebelde que não haverá mais nenhuma visão vã, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel – vs. 24.
·         Falará e a palavra que falar, se cumprirá!
·         Não mais seria adiada!
O cumprimento de profecias havia, algumas vezes, sido adiado devido às respostas das pessoas, mas Ezequiel deixou claro que as suas ameaças de destruição de Jerusalém veriam realização imediata. Isso porque ele, o Senhor é Deus.
Ez 12:1 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:2 Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde,
que tem olhos para ver e não vê,
e tem ouvidos para ouvir e não ouve;
porque é casa rebelde.
Ez 12:3 Tu, pois, ó filho do homem,
prepara-te os trastes para mudares para o exílio,
e de dia muda à vista deles;
e do teu lugar mudarás para outro lugar à vista deles;
bem pode ser que reparem nisso,
ainda que eles são casa rebelde.
Ez 12:4 À vista deles, pois, tirarás para fora,
de dia, os teus trastes, como para mudança;
então tu sairás de tarde à vista deles,
como quem sai para o exílio.
Ez 12:5 Faze para ti, à vista deles,
uma abertura na parede, e por ali sairás.
Ez 12:6 À vista deles levarás aos ombros os teus trastes,
e às escuras os transportarás,
e cobrirás o teu rosto, para que não vejas o chão;
porque te pus por sinal à casa de Israel.
Ez 12:7 E fiz assim, como se me deu ordem:
os meus trastes tirei para fora de dia,
como para o exílio;
então à tarde fiz com a mão uma abertura na parede;
às escuras saí, carregando-os aos ombros,
à vista deles.
Ez 12:8 E veio a mim a palavra do Senhor, pela manhã, dizendo:
Ez 12:9 Filho do homem, não te perguntou a casa de Israel,
aquela casa rebelde:
Que fazes tu?
Ez 12:10 Dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus:
Este oráculo se refere ao príncipe em Jerusalém,
e a toda a casa de Israel que está no meio dela.
Ez 12:11 Dize:
Eu sou o vosso sinal:
Assim como eu fiz, assim se lhes fará a eles;
irão para o exílio para o cativeiro,
Ez 12:12 E o príncipe que está no meio deles levará aos ombros
os trastes, e às escuras sairá;
ele fará uma abertura na parede e sairá por ela;
ele cobrirá o seu rosto,
pois com os seus olhos não verá o chão.
Ez 12:13 Também estenderei a minha rede sobre ele,
e ele será apanhado no meu laço;
e o levarei para Babilônia, para a terra dos caldeus;
contudo não a verá, ainda que ali morrerá.
Ez 12:14 E todos os que estiverem ao redor dele para seu socorro
e todas as suas tropas, espalhá-los-ei a todos os ventos;
e desembainharei a espada atrás deles.
Ez 12:15 Assim saberão que eu sou o Senhor,
quando eu os dispersar entre as nações
e os espalhar entre os países.
Ez 12:16 Mas deles deixarei ficar alguns poucos,
escapos da espada, da fome, e da peste,
para que confessem todas as suas abominações
entre as nações para onde forem;
e saberão que eu sou o Senhor.
Ez 12:17 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:18 Filho do homem, come o teu pão com tremor,
e bebe a tua água com estremecimento e com receio.
Ez 12:19 E dirás ao povo da terra:
Assim diz o Senhor Deus acerca dos habitantes de Jerusalém,
na terra de Israel:
O seu pão comerão com receio,
e a sua água beberão com susto
pois a sua terra será despojada
de sua abundância,
por causa da violência de todos os que nela habitam.
Ez 12:20 E as cidades habitadas serão devastadas,
e a terra se tornará em desolação;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 12:21 E veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:22 Filho do homem, que provérbio é este que vós tendes
na terra de Israel, dizendo:
Dilatam-se os dias, e falha toda a visão?
Ez 12:23 Portanto, dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus: Farei cessar este provérbio,
e não será mais usado em Israel;
mas dize-lhes:
Estão próximos os dias, e o cumprimento de toda a visão.
Ez 12:24 Pois não haverá mais nenhuma visão vã,
nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel.
Ez 12:25 Porque eu sou o Senhor;
falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá.
Não será mais adiada; pois em nossos dias,
ó casa rebelde,
falarei a palavra e a cumprirei, diz o Senhor Deus.
Ez 12:26 Veio mais a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:27 Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem:
A visão que este vê é para muitos dias no futuro,
e ele profetiza de tempos que estão longe.
Ez 12:28 Portanto dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus:
Não será mais adiada nenhuma
das minhas palavras,
mas a palavra que falei se cumprirá,
diz o Senhor Deus.
No verso 26, veio mais a ele a palavra do Senhor sobre a interpretação local de que os tempos proféticos falados por Ezequiel ainda estavam para se cumprir no futuro, em tempos muito longe.
Alguns concluíram que Ezequiel devia estar se referindo a algum outro período de tempo que não aquele em que viviam. Para os falsos profetas, era importante, talvez por razões de ganho financeiro (p. ex., para prolongar o seu emprego), assegurar a uma população assustada que a desgraça não estava para acontecer.
 Senhor faz questão de deixar claro que sua palavra seria cumprida ali, naquele tempo presente, sem mais qualquer adiamento.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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