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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

I Timóteo 6 1-25 - VOCÊ QUER FICAR RICO? HÁ COISAS BEM MELHORES...

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 6/6.
Breve síntese do capítulo 6.
Devemos ser como aqueles que ao fazerem qualquer coisa lembram-se dos ensinamentos de Paulo: Cl 3:17 + Cl 3:23 + I Co 10:31 + Fp 2:14:
ü  Devemos tudo fazermos de coração como se ao Senhor estivéssemos fazendo (Cl 3:23)
ü  Em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17)
ü  Sem murmurações, nem contendas (Fp 2:14)
ü  Para a glória de Deus (I Co 10:31).
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES COM RESPEITO A GRUPOS ESPECÍFICOS (5.3-6.2) - continuação.
Como já dissemos, Paulo explicou como Timóteo deveria ministrar aos diferentes grupos da igreja que haviam se tornado vítimas de falsos mestres. O foco de Paulo na responsabilidade de Timóteo para se contrapor à apostasia em Éfeso o levou a acrescentar detalhes sobre algumas responsabilidades específicas.
Paulo disse, a Timóteo como ele deveria ministrar para três grupos específicos em Éfeso, conforme a BEG: A. Ministrando às viúvas (5.3-16) – já vimos; B. Ministrando aos presbíteros (5.17-25) – já vimos; e, C. Ministrando aos escravos (6.1-2) – concluiremos agora.
C. Ministrando aos escravos (6.1-2).
Finalmente, Paulo abordou o problema dos escravos que não estavam demonstrando o respeito adequado aos seus senhores cristãos.
Paulo forneceu mais orientações aos escravos em suas outras cartas (Ef 6.5-8; Cl 3.22-25; Tt 2.9-10). Percebe-se o seu zelo tanto pelo nome do Senhor como pela doutrina. Essa menção foi feita presumivelmente em contraste com a falsa doutrina que pode ter incentivado a insubordinação entre alguns dos escravos cristãos.
VI. A FALSA DOUTRINA E O LUCRO FINANCEIRO (6.3-19).
Paulo desafiou os motivos financeiros dos falsos mestres advertindo-os dos perigos da avareza e do amor ao dinheiro.
Assim, dos vs. 3 ao 19, Paulo fala dessa falsa doutrina e do lucro financeiro. Paulo retornou uma última vez ao problema dos falsos mestres, salientando especialmente a divisão que promoviam e a cobiça deles.
Sua abordagem dessa questão se divide em uma descrição da falsa doutrina (6.3-10) e da responsabilidade de Timóteo (vs. 1 1-19). Elas gerarão a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. A falsa doutrina (6.3-10) – veremos agora; e, B. A responsabilidade de Timóteo (6.11-19) – também veremos agora.
A. A falsa doutrina (6.3-10).
A falsa doutrina de que fala Paulo a Timóteo em sua primeira epístola a ele, inclui, entre outras coisas, a ideia que a piedade leva ao lucro financeiro.
O verdadeiro interesse de tais homens eram pelas discussões que envolviam questões e contendas de palavras. Essas discussões eram uma das características predominantes dos falsos mestres (1.4; 2Tm 2.14,23; Tt 3.9).
Aparentemente, alguns dos falsos mestres (e talvez seus seguidores) tivessem encontrado modos de obter lucro financeiro por meio de sua doutrina (vs. 10; 2Co 11.7; Tt 1.11). Também é possível que eles tenham ensinado que a adesão à lei de Deus resultaria necessariamente na prosperidade financeira (cf. 1.7-9).
Embora as Escrituras promovam o princípio geral da prosperidade para aqueles que obedecem à lei (p. ex., SI 1.2-3), elas não traçam um paralelo exato entre as duas coisas, nem ensinam que Deus é obrigado a abençoar financeiramente todo aquele que guardar a lei.
Os cristãos podem ficar contentes, pois as suas necessidades serão atendidas por Cristo (2Co 12.9-10; Fp 4.11-13) dentro daquilo que podemos entender dos planos de Deus. Se nada trouxemos a este mundo quando para ele viemos, nada poderemos levar dele, por isso que ele fala que bastariam o sustento (comer e beber) e o vestuário, para não ficarmos nus. O restante seria lucro.
Isso me fez lembrar de dois dos sobreviventes do voo Força Aérea Uruguaias 571 que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972.
Viajavam 45 pessoas e na queda morreram mais de um quarto de passageiros. Os sobreviventes estavam sobrevivendo em um ambiente hostil comendo carne humana dos acidentados.
Depois de esperarem resgate e que algo acontece que mudasse a sorte deles, dois deles resolveram trilhar a pé as cordilheiras dos Andes percorrendo mais de 60 km de trechos acidentados em busca de socorro.
Quando chegaram em um lugar onde haviam grama, rios, terras, um deles exclamou: estou num hotel cinco estrelas! De fato, tendo o que comer e o que vestir, todo restante é lucro.
A falsa doutrina evidentemente prometia um meio para o lucro financeiro, o que levou algumas pessoas a se desviarem da sã doutrina.
Os que querem ficar ricos – e como há desses que querem isso - caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição. Tornam-se cegos devido a ganância que os cega e ela tem um grande problema, nunca parece satisfeita.
Paulo então conclui que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. O dinheiro mesmo que representa também as riquezas não é nem mau nem bom, mas, sem o Espírito Santo, eles tem o poder de nos cegar e despertar em nós todas as espécies de cobiças, por conta de nossa velha natureza adâmica morta.
B. A responsabilidade de Timóteo (6.11-19).
Paulo continuou com seus comentários sobre os falsos mestres com exortações pessoais a Timóteo, concluindo com uma maravilhosa doxologia.
Ele pede para Timóteo então, como homem de Deus:
ü  Fugir de tudo isso.
ü  Buscar – vs. 11:
­   A justiça.
­   A piedade.
­   A fé.
­   O amor.
­   A perseverança.
­   A mansidão.
ü  Combater o bom combate da fé.
Uma metáfora para a vida cristã, vista de uma ótica de fidelidade a Cristo (2Tm 4.7). Ou seja, jamais desistir, estar sempre lutando e crendo na vitória. Ter uma atitude mental favorável ao reino de Deus e à sua justiça.
ü  Tomar posse da vida eterna.
Ou seja, não se tornar acomodado. Conquanto a fé em Cristo deu início a uma nova vida (4.8; 2Co 5.17), o objetivo máximo da vida cristã é sempre o futuro (1.16; 6.19; Fp 3.12; 2Tm 4.8).
Em primeiro lugar, a vida eterna não é uma coisa que escolhemos, mas algo a que somos chamados por Deus (Rm 8.30).
Em segundo lugar, o chamado de Timóteo não estava ligado temporalmente ao incidente descrito na próxima oração.
Essa frase “fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” pode referir-se ao batismo de Timóteo ou a alguma outra cerimônia pública em que ele havia professado a sua fé.
A "boa confissão" de que alguém entrou na fé em Cristo leva naturalmente ao "bom combate" e ao “tomar posse” de buscar uma vida de fidelidade a ele.
Paulo dá um mandato para Timóteo. Ele lhe manda diante de Deus, que todas as coisas vivifica e de Cristo Jesus “que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão” - provavelmente referindo-se ao julgamento de Jesus perante Pilatos (Mt 27.11; Mc 15.2; Lc 23.3; Jo 18.33-37; 19.8-11), embora, alguns, entretanto, traduzem-na como "que ao testemunhar na época de Pôncio Pilatos" e a tomam como referência à vida de Jesus, especialmente a sua morte – que ele deveria guardar este mandamento sem mácula e repreensão, até a aparição do Senhor Jesus Cristo - a segunda vinda de Cristo (2Tm 4.1,8; Tt 3) - a qual a seu tempo mostrará:
·         O bem-aventurado, e único poderoso Senhor.
·         O Rei dos reis e Senhor dos senhores. Essa expressão é aplicada a Cristo em Ap 19.16 (cf. 17.14).
·         O que tem, ele só, a imortalidade.
·         O que habita na luz inacessível.
·         Aquele que nenhum dos homens viu nem pode ver.
·         Aquele a quem é destinado a honra e poder sempiterno.
Para esclarecer que não se opunha às riquezas, Paulo fez uma exortação aos que se achavam ricos neste mundo (presumivelmente não pela cobiça) – vs. 17-19. Paulo orientava Timóteo que mandasse aos ricos deste mundo:
·         Que não fossem altivos.
·         Que não colocassem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.
Uma das maiores honras de sermos pessoas redimidas é que Deus criou o mundo não apenas para a sua glória, mas também para o nosso proveito – vs. 17.
·         Que fizessem o bem.
·         Que se enriquecessem de boas obras.
·         Que repartissem de boa mente.
·         Que fossem comunicáveis.
·         Que entesourassem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna – Mt 6.20.
VII. EXORTAÇÕES FINAIS (6.20-21).
Paulo concluiu a sua carta com várias exortações finais a Timóteo. Paulo levou essa carta à sua conclusão com uma última incumbência para Timóteo, mais uma vez colocada dentro do contexto do tratamento reservado aos falsos mestres.
Ele pede para Timóteo guardar o que lhe fora confiado, ou seja, a sã doutrina do evangelho (1.10-11; cf. 2Tm 1.14) e evitar as contradições do saber, ou seja, as conversas inúteis e profanas, mesmo contraditórias que os falsos mestres chamavam de conhecimento.
Essa conclusão abrupta “a graça seja convosco”, sem as saudações pessoais habituais de Paulo, sugere que Paulo via a situação de Éfeso como bastante grave. A palavra grega traduzida "convosco" está no plural. Paulo tinha o propósito de que a carta fosse lida diante de toda a igreja (2Tm 4.22; Tt 3.15).
I Tm 6:1 Todos os servos que estão debaixo de jugo
considerem dignos de toda honra o próprio senhor,
para que o nome de Deus
e a doutrina não sejam blasfemados.
I Tm 6:2 Também os que têm senhor fiel
não o tratem com desrespeito,
porque é irmão;
pelo contrário,
trabalhem ainda mais,
pois ele, que partilha do seu bom serviço, é crente e amado.
Ensina e recomenda estas coisas.
I Tm 6:3 Se alguém ensina
outra doutrina
e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo
e com o ensino segundo a piedade,
I Tm 6:4 é enfatuado,
nada entende,
mas tem mania por questões
e contendas de palavras,
de que nascem inveja,
provocação,
difamações,
suspeitas malignas,
I Tm 6:5 altercações sem fim,
por homens cuja mente
é pervertida
e privados da verdade,
supondo que a piedade é fonte de lucro.
I Tm 6:6 De fato, grande fonte de lucro
é a piedade
com o contentamento.
I Tm 6:7 Porque nada temos trazido para o mundo,
nem coisa alguma podemos levar dele.
I Tm 6:8 Tendo sustento
e com que nos vestir,
estejamos contentes.
I Tm 6:9 Ora, os que querem ficar ricos
caem em tentação,
e cilada,
e em muitas concupiscências
insensatas
e perniciosas,
as quais afogam os homens
na ruína
e perdição.
I Tm 6:10 Porque
o amor do dinheiro
é raiz de todos os males;
e alguns, nessa cobiça,
se desviaram da fé
e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
I Tm 6:11 Tu, porém, ó homem de Deus,
foge destas coisas; antes,
segue a justiça,
a piedade,
a fé,
o amor,
a constância,
a mansidão.
I Tm 6:12 Combate o bom combate da fé.
Toma posse da vida eterna,
para a qual também foste chamado
e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.
I Tm 6:13 Exorto-te, perante Deus,
que preserva a vida de todas as coisas,
e perante Cristo Jesus,
que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão,
I Tm 6:14 que guardes o mandato imaculado, irrepreensível,
até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo;
I Tm 6:15 a qual, em suas épocas determinadas,
há de ser revelada pelo
bendito e único Soberano,
o Rei dos reis
e Senhor dos senhores;
I Tm 6:16 o único que possui imortalidade,
que habita em luz inacessível,
a quem homem algum jamais viu,
nem é capaz de ver.
A ele honra e poder eterno. Amém!
I Tm 6:17 Exorta aos ricos do presente século
que não sejam orgulhosos,
nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus,
que tudo nos proporciona ricamente
para nosso aprazimento;
I Tm 6:18 que pratiquem o bem,
sejam ricos de boas obras,
generosos em dar
e prontos a repartir;
I Tm 6:19 que acumulem para si mesmos tesouros,
sólido fundamento para o futuro,
a fim de se apoderarem da verdadeira vida.
I Tm 6:20 E tu, ó Timóteo,
guarda o que te foi confiado,
evitando
os falatórios inúteis
e profanos
e as contradições do saber,
como falsamente lhe chamam,
I Tm 6:21 pois alguns,
professando-o,
se desviaram da fé.
A graça seja convosco.
Paulo neste capítulo ensina Timóteo acerca dos servos, dos senhores e principalmente dos que são ricos ou querem ficar ricos. Eu gostei muito quando ele ressalta que Deus é muito maior do que a riqueza porque Deus tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.