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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Colossenses 4 1-18 - ORAR, VIGIAR E AGRADECER SEMPRE.

Como falamos, o propósito da epístola aos colossenses foi o de afirmar e explicar a supremacia e a suficiência de Cristo em oposição a todos os outros poderes e tentativas para obter a salvação. Estamos no capítulo 4/4.
Breve síntese do capítulo 4.
Paulo foi um dos servos de Cristo que foi perseguido e que fez parte da igreja sofredora. Nesta epístola que estamos acabando nossa reflexão e segmentação, podemos perceber o zelo e a mentalidade que ele tinha em relação ao Caminho do Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. VIVENDO EM CRISTO (3.1-4.6) - continuação.
Estamos vendo que a vida diária dos cristãos requer união permanente e essencial com Cristo. Muitas implicações práticas fluem da dependência dos cristãos em Cristo. Paulo encerrou a carta com saudações finais e palavras de encorajamento.
Assim, dividimos a discussão de Paulo em duas partes: A. Antiga humanidade, nova humanidade (3.1-17) – já vimos; e, B. Orientação prática (3.18-4.6) – concluiremos agora.
B. Orientação prática (3.18-4.6) - continuação.
Como dissemos, após ter fornecido uma orientação para a vida cristã, Paulo se voltou para algumas questões práticas. Assim, dividimos essa parte “B” em três, conforme a BEG: 1. Autoridade e submissão (3.18-4.1) – concluiremos agora; 2. Na oração (4.2-4) – veremos agora; 3. Entre os incrédulos (4.5-6) – veremos agora.
1. Autoridade e submissão (3.18-4.1) - continuação.
Estamos vendo que a primeira área de interesse prático de Paulo foi a dinâmica dos relacionamentos que envolviam a autoridade. Ele vai falar e orientar maridos, mulheres, filhos, pais, escravos.
No primeiro verso, em continuação ao que vinha falando, ele chama a atenção para agirmos com justiça, amor e cuidado até com os escravos e compara a situação deles com a nossa diante do Senhor. Para aquela época essa preocupação de Paulo era algo fenomenal.
2. Na oração (4.2-4).
O conselho geral de Paulo era para sermos mais dedicados à oração, mas sem nos esquecermos das ações de graça. Outra maneira na qual Paulo esperava que os colossenses vivessem como a nova humanidade era pela devoção à oração.
Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos". (Colossenses 4.2) Três verbos se destacam nesse verso 2: “dedicar-se”, “vigiar” e “agradecer”. A vida de oração de um servo de Deus não pode de modo algum ser negligenciada, mas trabalhada (avodah, no hebraico – implica mais atividade do que passividade) com duas coisas muito importantes que as acompanham: a vigilância ou o estado de alerta e o lembrete de sermos agradecidos em tudo. Podemos resumir da seguinte maneira: Ore, vigie e agradeça! Quando? Em todo tempo, querido!
Paulo aproveitou o gancho para pedir oração e seus motivos são claros: ele desejava portas abertas para que a mensagem do evangelho alcançasse mais vidas. Ele chamava a mensagem do evangelho de mistério de Cristo pelo qual ele estava preso.
Seu desejo – vs. 4 – era para ele poder manifestar essa mensagem livremente. Paulo estava particularmente interessado em que os colossenses orassem pelo seu ministério de proclamação do evangelho - que as portas se abrissem para ele e ele pudesse ter muitas oportunidades para explicar claramente as boas-novas de Cristo.
Embora fosse desejável estar livre no corpo também, o foco de Paulo era a mensagem do evangelho e não suas necessidades. Quem dera também nós pudéssemos ser como ele, com essa disposição mental liberta, apesar do corpo estar preso.
3. Entre os incrédulos (4.5-6).
Paulo, nos vs. 5 e 6, dá conselhos aos irmãos entre os não-cristãos. O desejo de Paulo por orações pelo seu ministério para os não cristãos originou uma questão semelhante na vida dos colossenses cristãos: viver como a nova humanidade em suas interações com não cristãos.
A partir dos exemplos de Paulo e do próprio Cristo, nós sabemos que essa instrução não significa que os cristãos devem ser sempre positivos ou aprovadores em suas conversas com não cristãos.
Bondade e integridade nas palavras implicam paciência e longanimidade, não abster-se de falar a verdade (Mt 12.34; 16.23; GI 3.1-5).
VI. SAUDAÇÕES FINAIS (4.7-18).
A partir do vs. 7 ao 18, são suas saudações finais. A carta encerra com um breve olhar na complexa e fluida rede de líderes que unia as igrejas de Paulo. Observe a sobreposição dos obreiros em Fm 23-24.
Tíquico era o principal portador das cartas de Colossenses, Filemom e Efésios (Ef 6.21-22) foram mencionados pela primeira vez como parte do grupo de Paulo em At 20.4; já Tíquico era da província da Ásia, na costa ocidental da Ásia Menor, e, perto do final do ministério do apóstolo, ele parece ter sido um dos mensageiros mais confiáveis de Paulo (2Tm 4.12; Tt 3.12).
Sobre Onésimo – vs. 9, ele vai falar muito na epístola de Filemom.
Aristarco – vs. 10 – era um judeu de Tessalônica. Ele esteve publicamente associado com o ministério tumultuado de Paulo em Éfeso (At 19.29) e tinha viajado na companhia de Paulo até a Grécia (At 20.4) Jerusalém e Roma (At 27.2), onde nesse momento compartilhava a prisão do apóstolo.
A crise que tinha aparecido doze anos antes entre Paulo e os primos Barnabé e João Marcos (autor do Evangelho de Marcos; At 13.13; 15.37-40) tinha sido já solucionada (2Tm 4.11; Fm 24).
O fato de Paulo ter mencionado Marcos afirma o poder da obra reconciliadora de Cristo (1.20,22) e da paz que deve reinar dentro do corpo de Cristo (3.15).
Jesus, conhecido por Justo – vs. 11 - não é mencionado em nenhum outro lugar nas Escrituras.
Epafras – vs. 12 - era aquele que aparece em 1.7 que instruiu sobre a graça de Deus aos colossenses. Paulo o tinha como amado conservo e fiel ministro de Cristo.
Algumas vezes Lucas viajou com Paulo (At 16.10) e estava com Paulo no que pode ter sido a véspera de sua morte (2Tm 4.11). Como autor de Lucas e Atos, ele também foi o historiador de Paulo.
Ainda que seus escritos o revelem como excepcionalmente letrado, a menção da sua ocupação não necessariamente o marca com um homem de posição da alta sociedade, uma vez que os médicos eram muitas vezes escravos.
A única outra menção de Demas o mostra abandonando Paulo quando da sua segunda prisão em Roma (2Tm 4.10).
Já Ninfa, se a melhor evidencia textual esta correta, era uma mulher que cedia a sua casa para reuniões da igreja em Laodiceia.
Junto com outras referências práticas a mulheres como benfeitoras ou anfitriãs de igrejas ou como obreiras no ministério (At 12.12; 16.13-15; Rm 16.1-2,6-7,12-13; Fp 4.2-3; 2Jo 1,5), essa passagem indica que o exemplo de subordinação de 3.18 e seus paralelos (1 Co 14.33-35; Ef 5.22-33; 1Tm 2.11-15) não é incompatível com o forte sentido de parceria entre homens e mulheres no ministério da igreja primitiva.
Não há evidência, até a metade do século 3, de igrejas possuírem propriedades separadas para o propósito de adoração. Até então, a norma era igrejas que se reuniam numa casa.
Aqueles que praticavam um ministério de hospitalidade por receber igrejas na própria casa eram importantes benfeitores da igreja antiga (Rm 12.13; 1Tm 3.2; Tt 1.8; Hb 13.2; 1Pe 4.9). Para menção de outras casas igrejas, veja At 12.12; Rm 16.5; 1Co 16.19; Fm 2.
Alguns sugerem, quando Paulo estava falando de ler a carta aos de Laodiceia, que ele estava se referindo ao que nós conhecemos como a carta aos Efésios, à qual em muitos antigos manuscritos falta a menção aos destinatários, e que deve ter sido enviada como uma carta circular.
Desde que Tíquico foi também o portador da carta aos Efésios (Ef 6.21-22), esse cenário implicaria que Colossenses e Efésios foram escritas aproximadamente na mesma época e que Tíquico viajou primeiro para Laodiceia e depois para Colossos.
No entanto, talvez seja mais natural assumir, com base do estilo mais reflexivo de Efésios, que ela foi escrita algum tempo depois de Colossenses e que Tíquico a entregou para as igrejas numa viagem subsequente (se era uma carta circular).
A melhor proposta para a identidade da "carta de Laodiceia" é que Paulo escreveu uma carta separada, que não existe mais, para os cristãos em Laodiceia, a qual deveria posteriormente ser passada à igreja em Colossos.
Se Filemom cedia a sua casa para a igreja de Colossos, que havia testemunhado o incidente de Onésimo, esse versículo – vs. 17 - pode sugerir que Arquipo era o seu líder espiritual.
Paulo diz que a sua saudação é de próprio punho. A prática geral de Paulo era ditar o corpo de suas cartas e depois finalizá-las de próprio punho. Essas seções que encerram a carta variam, dependendo das circunstâncias.
Às vezes, elas incluem saudações pessoais para fortalecer o laço entre ele, seus obreiros e suas igrejas (p. ex., 4.7-17; Rm 16). Outras vezes, elas resumem o conteúdo da carta (p. ex., Cl 6.11-17), e em outras ocasiões (como aqui) elas fornecem uma assinatura para garantir a autenticidade da carta (1Co 16.21; 2Ts 3.17; Sl 19).
 Cl 4:1 Senhores,
tratai os servos com justiça e com equidade,
certos de que também vós tendes
Senhor no céu.
Cl 4:2 Perseverai na oração,
vigiando
com ações de graças.
Cl 4:3 Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós,
para que Deus nos abra porta
à palavra,
a fim de falarmos do mistério de Cristo,
pelo qual também estou algemado;
Cl 4:4 para que eu o manifeste,
como devo fazer.
Cl 4:5 Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora;
aproveitai as oportunidades.
Cl 4:6 A vossa palavra seja
sempre agradável,
temperada com sal,
para saberdes
como deveis responder a cada um.
Cl 4:7 Quanto à minha situação,
Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor, de tudo vos informará.
Cl 4:8 Eu vo-lo envio com o expresso propósito
de vos dar conhecimento da nossa situação
e de alentar o vosso coração.
Cl 4:9 Em sua companhia,
vos envio Onésimo,
o fiel e amado irmão, que é do vosso meio.
Eles vos farão saber
tudo o que por aqui ocorre.
Cl 4:10 Saúda-vos Aristarco,
prisioneiro comigo,
e Marcos, primo de Barnabé
(sobre quem recebestes instruções;
se ele for ter convosco, acolhei-o),
Cl 4:11 e Jesus,
conhecido por Justo,
os quais são os únicos da circuncisão
que cooperam pessoalmente comigo
pelo reino de Deus.
Eles têm sido o meu lenitivo.
Cl 4:12 Saúda-vos Epafras,
que é dentre vós,
servo de Cristo Jesus,
o qual se esforça sobremaneira,
continuamente, por vós
nas orações,
para que vos conserveis perfeitos
e plenamente convictos
em toda a vontade de Deus.
Cl 4:13 E dele
dou testemunho de que muito se preocupa por vós,
pelos de Laodicéia
e pelos de Hierápolis.
Cl 4:14 Saúda-vos Lucas,
o médico amado,
e também Demas.
Cl 4:15 Saudai os irmãos de Laodicéia,
e Ninfa,
e à igreja
que ela hospeda em sua casa.
Cl 4:16 E, uma vez lida esta epístola perante vós,
providenciai por que seja também
lida na igreja dos laodicenses;
e a dos de Laodicéia,
lede-a igualmente perante vós.
Cl 4:17 Também dizei a Arquipo:
atenta para o ministério
que recebeste no Senhor,
para o cumprires.
Cl 4:18 A saudação é de próprio punho:
Paulo.
Lembrai-vos das minhas algemas.
A graça seja convosco.
Como é gostoso e bom vermos a preocupação de Paulo com a Palavra de Deus! Isso me anima a pregar, a falar do mistério de Cristo. Que zelo e convicção de seu chamado ele transmite para nós. Aquele seu convencimento me alcança aqui há mais de 2000 anos de distância dele. Incrível!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. 
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.