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domingo, 10 de janeiro de 2016

II Coríntios 10 1-18 - A MILÍCIA CRISTÃ NA GUERRA ESPIRITUAL.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 10/13.
Breve síntese do capítulo 10.
Com uma mentalidade militar, Paulo fala da milícia cristã, mas esta força militar não é para gerar a destruição, mas a construção ou a reconstrução de vidas derrotadas pelo diabo.
Como eu sempre falo aos meus filhos, desde pequenos, que destruir, embora pareça mais atraente, por causa das superproduções cinematográficas, envolvendo grandes explosões e colisões fantásticas, é muito fácil e sem graça. O bom mesmo é construir. Toda construção requer trabalho, energia, força, garra, tempo e muita dedicação.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10).
Falsos apóstolos haviam aparecido em corinto que se opunham a Paulo. Ele defendeu o seu apostolado e advertiu com severidade os coríntios a seguirem os seus verdadeiros ensinamentos.
Veremos doravante de 10.1 a 13.10 a defesa de Paulo conta esses falsos apóstolos. Nesses quatro capítulos, Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
Mesmo com Tito tendo trazido as boas notícias sobre a resolução dos problemas anteriores em Corinto, esse problema adicional exigia a atenção de Paulo.
Paulo havia expressado confiança na igreja de Corinto como um todo (7.16), mas nem todos os coríntios foram totalmente persuadidos a apoiá-lo.
Entre 9.12-15 e 10.1, o tom de Paulo mudou abruptamente de esperança e agradecimento para exasperação à medida que ele se vê forçado a defender a genuinidade do seu chamado como apóstolo.
A atenção de Paulo dá a esse problema é dividida em três partes principais: o poder espiritual de Paulo (10.1-12), os seus motivos para gloriar-se (10.13-12.21) e uma advertência solene (13.1-10).
Elas geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. Poder espiritual (10.1-12) – veremos agora; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – começaremos a ver agora; e, C. Advertência (13.1-10).
A. Poder espiritual (10.1-12).
Paulo desafiou os seus inimigos chamando a atenção deles para o poder divino que acompanhava o seu ministério.
Paulo tinha a profunda preocupação de que os coríntios se lembrassem do ponto de vista cristão sobre a guerra espiritual. A guerra espiritual não é travada da mesma maneira que as nações do mundo guerreiam.
Mesmo sendo homens, não devemos lutar da mesma maneira que eles, segundo padrões humanos – vs. 3. As nossas armas não devem ser humanas, mas poderosas em Deus para destruição de fortalezas.
Entre elas, a oração, a proclamação da poderosa Palavra de Deus e a autoridade para desviar oposições demoníacas (At 16.18; Ef. 6.10-18). Além disso, existia um tipo de autoridade apostólica poderosa que podemos vislumbrar ligeiramente nas confrontações de Pedro com Ananias e Safira (At 5.1-11) e com Elimaz (At 13.8-12).
Essa autoridade apostólica tinha um poder irresistível quando era usada (Jo 14.13).
No reino espiritual (sobre o qual Paulo estava talando), a palavra "fortaleza" se refere a centros de oposição demoníacos ao evangelho (l Pe 5.8-9; 1Jo 5.19).
Paulo reconhecia que os seus inimigos em Corinto eram servos de Satanás (11.14-15), mas esse conhecimento não o assustava, porque o poder do Espírito Santo dentro dele era muito maior.
Falsa sabedoria e argumentos sofisticados eram algumas das armas usadas por aqueles servos de Satanás em seu ataque contra Paulo.
Paulo havia, anteriormente, falado sobre a diferença entre a sabedoria desse mundo e a sabedoria espiritual da mensagem da cruz, e ele havia advertido os coríntios quanto a serem iludidos pela sabedoria do mundo (1Co 1.18-2.16).
Agora, Paulo via que os seus inimigos haviam feito alguns avanços com a falsa sabedoria à qual ele deveria se opor totalmente e, ao mesmo tempo, ganhar novamente a lealdade e a obediência dos cristãos coríntios.
O uso correto de nossas armas serve para:
·         Destruir fortalezas.
·         Destruirmos argumentos anulando todo sofisma.
·         Destruirmos toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus.
·         Levarmos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.
Se os coríntios cerrassem fileiras para se opuserem a esses falsos apóstolos, Paulo estava pronto para exercitar a disciplina na igreja quanto aos falsos apóstolos pelo mal que eles haviam trazido para a igreja.
Paulo sabia que deveria se revestir da autoridade que Cristo havia dado a ele e advertiu os coríntios que ele estava disposto a exercer essa autoridade (vs. 4).
Paulo não usava o tipo de oratória treinada e prezada pelo mundo e que era projetada para trazer glória para o orador. Os que foram influenciados pelos inimigos de Paulo desvalorizaram o ministério de Paulo porque ele não tinha, ou escolheu não usar, essa habilidade (cf. as notas sobre 1Co 1.17; 2.1).
Incentivados pelos "apóstolos" rivais, alguns coríntios influentes haviam começado a considerar esses homens como superiores a Paulo. Paulo foi julgado deficiente como orador (vs. 10; 11.5), que oscilava entre a firmeza enquanto ausente e a timidez quando presente (vs. 10-11), sem amor para com eles (ao recusar uma doação em dinheiro, o que, na visão deles, os desconsiderava como inferiores; 11.7-11; 12.14-18) e deficiente em algumas experiências religiosas de “poder" (12.1-5).
Paulo preferiu lidar com esse problema recusando-se a comparar-se com os seus inimigos de maneira direta, uma vez que os padrões de comparação escolhidos pelos coríntios (a sabedoria do mundo) eram imperfeitos.
Em vez disso, Paulo comparou-se aos seus inimigos de uma maneira irônica, usando um tipo de comparação, mas que na essência mostrava o contraste absoluto que havia entre eles e ele próprio (11.16-12.10).
B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21).
Dos vs. 10.13 ao 12.21, veremos os motivos de Paulo para gloriar-se. Enquanto continuava a defender-se contra os falsos mestres, Paulo mudou de tática e começou a gloriar-se.
Essa seção é dividida em quatro assuntos principais: a glorificação apropriada e a imprópria (10.13-11.21), sofrimento e fraqueza (11.22-33), visão celestial (12.1 -10) e seu cuidado pelos coríntios (12.11-21). Elas também geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: 1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) – começaremos a ver agora; 2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33); 3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10); e, 4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21).
1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21).
Dos vs. 10.13 ao 11.21, veremos essa definição da glorificação apropriada. Paulo cuidadosamente identificou o tipo de glorificação que é aceitável na fé cristã.
Paulo começou a "gloriar-se" só para dizer o que Deus havia feito por meio dele, incluindo a conversão dos próprios coríntios. Deus havia enviado Paulo para trabalhar em Corinto - algo que Paulo deu a entender que não era verdade quanto aos seus inimigos.
Paulo estava esperando que os coríntios repudiassem os falsos apóstolos e crescessem ainda mais na fé.
Então, a igreja de Corinto proveria uma base perfeita da qual ele poderia iniciar uma outra viagem missionária na direção do Ocidente, para Roma e, posteriormente, para a Espanha (At 19.21; Rm 15.22-29). Porém, a situação cm Corinto deveria ser resolvida antes que ele pudesse fazer isso.
Nos vs. 17, Paulo cita Jr 9.24 "quem se gloriar, glorie-se no Senhor", em que o profeta esclarece que a glorificação era verdadeira somente quando reconhecemos a grandeza de Deus.
Todos os motivos de orgulho mencionados por Paulo nessa epístola terminam do modo correto: dando glória a Deus e, desse modo, gloriando-se no Senhor.
Novamente Paulo – vs. 18 - muda o foco da perspectiva humana (não é aprovado o que se gloria a si mesmo), meramente horizontal, para a perspectiva divina (cf. 5.11,16; 6.8-10), onde é louvado aquele que o Senhor louva.
II Co 10:1 E eu mesmo, Paulo, vos rogo,
                pela mansidão
                e benignidade de Cristo,
eu que, na verdade, quando presente entre vós,
                sou humilde;
mas, quando ausente,
                ousado para convosco,
II Co 10:2 sim, eu vos rogo que não tenha de ser ousado,
                quando presente, servindo-me daquela firmeza com que penso
                               devo tratar alguns que nos julgam
                                               como se andássemos em disposições
de mundano proceder.
II Co 10:3 Porque, embora andando na carne,
                não militamos segundo a carne.
II Co 10:4 Porque as armas da nossa milícia
                não são carnais,
                e sim poderosas em Deus,
                               para destruir fortalezas,
                               anulando nós sofismas
                               II Co 10:5 e toda altivez
                                               que se levante
                                                               contra o conhecimento de Deus,
                e levando cativo
                               todo pensamento
                                               à obediência de Cristo,
II Co 10:6 e estando prontos para punir
                toda desobediência,
                               uma vez completa
                                               a vossa submissão.
II Co 10:7 Observai o que está evidente.
Se alguém confia em si que é de Cristo,
                pense outra vez consigo mesmo que,
assim como ele é de Cristo,
                também nós o somos.
II Co 10:8 Porque, se eu me gloriar um pouco mais
a respeito da nossa autoridade,
                                a qual o Senhor nos conferiu para edificação
                                               e não para destruição vossa,
                                                              não me envergonharei,
II Co 10:9 para que não pareça ser meu intuito
                intimidar-vos por meio de cartas.
                II Co 10:10 As cartas, com efeito, dizem,
                               são graves
                               e fortes;
                mas a presença pessoal dele
                               é fraca, e a palavra,
                               desprezível.
II Co 10:11 Considere o tal isto:
que o que somos na palavra por cartas, estando ausentes,
                               tal seremos em atos, quando presentes.
II Co 10:12 Porque não ousamos
                classificar-nos
                ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos;
                mas eles,
                               medindo-se consigo mesmos
                               e comparando-se consigo mesmos,
                                               revelam insensatez.
II Co 10:13 Nós, porém, não nos gloriaremos sem medida,
                mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus
nos demarcou
                                               e que se estende até vós.
II Co 10:14 Porque não ultrapassamos os nossos limites
                como se não devêssemos chegar até vós,
                posto que já chegamos até vós
                               com o evangelho de Cristo;
                                               II Co 10:15 não nos gloriando fora de medida
nos trabalhos alheios
                                               e tendo esperança de que,
                                                               crescendo a vossa fé,
                                                                              seremos sobremaneira
engrandecidos entre vós,
                                                                              dentro da nossa esfera de ação,
                               II Co 10:16 a fim de anunciar o evangelho
                                               para além das vossas fronteiras,
                                               sem com isto nos gloriarmos de coisas
já realizadas em campo alheio.
II Co 10:17 Aquele, porém, que se gloria,
                glorie-se no Senhor.
II Co 10:18 Porque não é aprovado
                quem a si mesmo se louva,
                e sim aquele
                               a quem o Senhor louva.
Não destrua a vida de seu próximo lançando-lhe palavras espinhosas e malignas, antes procure gerar nele vida e levar todo pensamento contrário à obediência de Cristo. Estude mais as Escrituras e aprenda a usá-la para a salvação de almas.
Os apóstolos: É possível haver apóstolos nos dias de hoje?[1]
A teologia reformada nega a possibilidade da existência de apóstolos investidos de autoridade nos dias de hoje. No entanto, algumas tradições cristãs ainda ordenam pessoas como apóstolos. O catolicismo, por exemplo, insiste que certos elementos da função e autoridade que outrora pertencia aos apóstolos foram transmitidos aos bispos mediante a sucessão apostólica, sem as prerrogativas pessoais relativas aos apóstolos propriamente ditos. Em decorrência disso, os católicos acreditam que os bispos possuem, coletivamente, o direito de julgar a doutrina com autoridade, do mesmo modo como os apóstolos tinham autoridade num nível individual. Num certo sentido, acreditam na continuação de uma forma modificada do apostolado. Apesar de algumas tradições protestantes também crerem que o apostolado continua a existir, normalmente fazem algum tipo de distinção entre os primeiros apóstolos e os apóstolos modernos.
A Bíblia emprega o termo "apóstolo" com dois sentidos diferentes. Por um lado, a designação se aplica a um dos "Doze", isto é, do grupo inicial de doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2-4), considerando a substituição posterior de Judas Iscariotes por Matias (At 1.1 5-2 6) e o acréscimo de Paulo (p. ex., Tt 1.1). Esse modo de uso se refere ao ofício de apóstolo comissionado por Deus, investido de autoridade e do poder de realizar milagres e é o sentido mais comum no Novo Testamento. O termo é empregado com essa acepção nas passagens que descrevem os requisitos para o apostolado (At 1.1 5-2 6; 1Co 9.1-2; 15.7-8; 2Co 1 2.1 2; GI 1.1), ou seja: ter visto e sido ensinado pelo Senhor Jesus (At 1.2 0-2 6; 1Co 9.1; GI 1.1 1-1 8); realizar sinais, prodígios e milagres (2Co 1 2.1 2); e ter recebido a comissão direta de Deus (At 1.24-26). Quando os teólogos reformados negam a possibilidade de apóstolos modernos, estão se referindo a esse tipo de apostolado.
Os teólogos reformados apresentam vários motivos pelos quais não é mais possível haver apóstolos investidos de autoridade nos dias de hoje. (1) Paulo foi a última pessoa para a qual o Senhor apareceu depois de ter ressuscitado, e as circunstâncias desse acontecimento são tão extraordinárias que não devemos esperar que se repitam (1 Co 1 5.8). O encontro pessoal com o Senhor, uma das qualificações para o apostolado (1 Co 9.1), exclui, portanto, apóstolos modernos. (2) O apostolado tem um sentido fundamental, ou seja, diz respeito apenas ao período de fundação da igreja (1Co 3.10-12; Ef 2.20). (3) Paulo reconheceu o apostolado como o melhor dom espiritual e incentivou os cristãos a buscarem os melhores dons (1Co 12.28-31). Não obstante, incentivou os cristãos a almejarem o segundo melhor dom: a profecia (1Co 12.28; 14.1), mostrando que pressupunha a impossibilidade de outros cristãos se tornarem apóstolos.
Por outro lado, o termo grego traduzido como "apóstolo" também é usado para se referir a outras pessoas além dos Doze e Paulo, como Andrônico e Júnias (Rm 1 6.7), Barnabé (1 Co 9.5-6), irmãos cujos nomes não são citados (traduzido como "mensageiros" em 2Co 8.23), Tiago (G1 1.19), Epafrodito (traduzido como "mensageiro" em Fp 2.25), e Silas e Timóteo (1Ts 2.6-7; cf. 1.1). Não é possível que todos esses indivíduos preenchessem os requisitos mencionados anteriormente; Timóteo, por exemplo, nunca viu pessoalmente o Senhor ressuscitado. Ademais, a Bíblia não dá nenhuma indicação de que algum desses cristãos tenha recebido o seu chamado ao ministério diretamente de Deus. Nesses casos, o significado de "apóstolo" é mais geral, referindo-se àqueles que eram comissionados e enviados pela igreja para a obra do ministério ou simplesmente como mensageiros. Essas pessoas não possuíam a autoridade delegada de Cristo. É possível que a distinção entre esse significado e aquele de apóstolo investido de autoridade se reflita na descrição de Paulo e Pedro como apóstolos "de Jesus Cristo" (1Co 1.1; 2Co 1.1; Ef 1.1; 1Tm 1.1; 2Tm 1.1; cf. Tt 1.1; 1Pe 1.1; 2Pe 1.1), enquanto certos irmãos cujos nomes não são citados eram apóstolos ou mensageiros "das igrejas" (veja 2Co 8.2 3, onde "mensageiros" é o mesmo termo grego traduzido em outras passagens como "apóstolos"). Apóstolos desse tipo ainda podem existir nos dias de hoje.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Extraído da BEG: artigo teológico sobre a questão da existência os apóstolos nos dias atuais.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.