domingo, 31 de janeiro de 2016
domingo, janeiro 31, 2016
Jamais Desista
Colossenses 2 1-23 - ONDE ESTÁ A SABEDORIA E O CONHECIMENTO?
Como falamos, o propósito da epístola aos
colossenses foi o de afirmar e explicar a supremacia e a suficiência de Cristo
em oposição a todos os outros poderes e tentativas para obter a salvação. Estamos
no capítulo 2/4.
Breve
síntese do capítulo 2.
Paulo se esforçava em anunciar o mistério
de Deus: Cristo! Sabe do que precisamos hoje em dia em pleno século XXI? De
Cristo! Onde você acha que está a sabedoria e o conhecimento? Em Cristo!
Cristo é o mistério de Deus em quem todos
os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos. Sabedores disso,
jamais seremos enganados por raciocínios falazes, enganosos, mentirosos e
ilusórios.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. MINISTÉRIO DE PAULO AOS COLOSSENSES (1.24-2.7) – continuação.
Como dissemos, o ministério de Paulo à
igreja foi planejado para convencer os colossenses a se afastarem do falso
ensino que estava sendo ministrado entre eles. Dos vs. 1.24 a 2.7, estamos
vendo o ministério de Paulo aos colossenses.
Embora Paulo não tivesse visitado essa
igreja ainda, ele esperava que essa carta fosse lida pelos seus membros (4.16).
Ele afirmava que estava lutando pelos que
estavam em Laodiceia e por todos os que ainda não o conheciam pessoalmente.
Esforçava-se Paulo para que todos eles:
·
Fossem
fortalecidos em seus corações.
·
Fossem
unidos em amor.
·
Alcançassem
toda a riqueza do pleno entendimento.
O objetivo disso tudo era para que
conhecessem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo.
Cristo é o mistério de Deus onde todos os
tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos – vs. 3. Os falsos
mestres que estavam perturbando os cristãos na região prometiam sabedoria e
conhecimento secretos.
Paulo insistia, no entanto, que a sabedoria
e o conhecimento só podem ser encontrados em Cristo. Somente por meio da fé na
supremacia de Cristo, e pela prática dessa fé, eles conseguiriam penetrar na
divina revelação a ser alcançada.
Paulo dizia isso para eles não serem
enganados por raciocínios falazes. Paulo admitiu que os seus inimigos eram
sofisticados e que ofereciam argumentos elaborados que causavam forte impressão
para apoiar os seus pontos de vista, mas aqui e em outras partes ele advertiu
contra os perigos de confiar em tais sofisticações (veja 1Co 1.20-25).
Paulo zelava pela fé deles e procurava
alertá-los para não serem enganados. Assim como receberam a Cristo, assim deveriam
andar nele.
O termo "recebestes" refere-se a
aceitar o ensino sobre Cristo bem como a aceitar o próprio Cristo como o único
Senhor e Salvador da pessoa, reconhecendo que está unida a ele pela graça de
Deus.
Para mais esclarecimentos sobre o
entendimento de Paulo de que as boas-novas de Jesus Cristo é uma tradição
divinamente ordenada que pode ser recebida, veja 1Co 11.2; 15.1-5 (veja também
lTs 2.13; 2Ts 3.6).
Os colossenses tinham recebido o verdadeiro
evangelho dos apóstolos, mas eles precisavam perseverar naquela maneira de
viver. Somente então eles amadureceriam na fé cristã.
Se já receberam a Jesus como o Senhor, eles
deveriam, doravante – vs. 6 e 7:
·
Continuarem
a viver nele.
·
Enraizarem-se
e edificarem-se nele.
·
Firmarem-se
na fé, como foram ensinados.
·
Transbordarem-se
de gratidão.
Como seria fundamentada no que eles já
conheciam e haviam experimentado da supremacia de Cristo, a obediência
adicional dos colossenses deveria ser motivada pela ação de graças (2.7; 3.17),
e não pela culpa decepcionante e ansiosa.
IV. A SUPREMACIA E SUFICIÊNCIA DE CRISTO (2.8-23).
Em contraste com os falsos ensinos em
Colossos, os benefícios maravilhosos da salvação vinham somente por meio da
suficiência e supremacia de Cristo.
Veremos dos vs. 8 ao 23, a supremacia e suficiência
de Cristo. Cristo é supremo sobre todos os outros poderes no universo. Ele é
suficiente para salvar todos aqueles que confiam nele e para capacitá-los a levar
uma vida consagrada.
Para melhor explorarmos o conteúdo deste capítulo,
resolvemos dividi-lo, conforme a BEG, nas seguintes partes: A. Advertência
contra o falso ensino (2.8) - veremos
agora; B. A plenitude da vida na plenitude de Deus (2.9-10) - veremos agora; C. A circuncisão e o
batismo em Cristo (2.11-12) - veremos
agora; D. Vida nova e perdão em Cristo (2.13-14) - veremos agora; E. Vitória em Cristo sobre os poderes hostis
(2.15) - veremos agora; e, F.
Liberdade do legalismo e do asceticismo (2.16-23) - veremos agora.
A. Advertência contra o falso ensino (2.8).
Paulo começou essa seção com uma
advertência direta ao falso ensino que estava tentando os colossenses. Nesse
contexto, o termo "filosofia" – vs. 8 - não se refere à busca
racional da verdade, mas a práticas ocultas que têm o objetivo de discernir os
mistérios e poderes cósmicos.
Essa difícil terminologia “conforme os
rudimentos do mundo” não se refere às leis do Antigo Testamento, como tem sido
frequentemente compreendida.
Paulo pode ter usado o termo
"rudimentos" para se referir aos poderes cósmicos ou aos deuses
associados às estrelas, aos planetas e aos elementos do mundo físico (cf.
2.18-20; Cl 4.8-9).
Na igreja em Colossos, a busca por tais
poderes parece ter sido misturada com os costumes judaicos, mas no que se
referia à sua orientação básica, o foco permanecia amplamente pagão.
Alternativamente, essa frase pode se
referir aos meios mundanos de procurar a salvação e a santidade (cf. 2.20-21;
Cl 4.3). O fato era que essas filosofias vãs e enganosas não se apoiavam em
Cristo, antes se apoiavam:
·
Em
tradições humanas
·
Nos
princípios elementares deste mundo.
B. A plenitude da vida na plenitude de Deus (2.9-10).
A plenitude da vida e a plenitude de Deus
estão somente em Cristo Jesus. De modo formidável, Paulo refutou os falsos
mestres que incentivavam a submissão aos "rudimentos" ou “princípios
elementares” – NVI - (vs. 8) como um meio de superar o medo da inadequação
diante de Deus.
Como em 1.19, aqui em 2.9, Paulo explica
que em Cristo habita toda a plenitude da divindade. Paulo deixou claro que o
discernimento dos mistérios divinos são encontrados em Cristo porque ele é Deus
encarnado. Ninguém pode oferecer mais do que ele.
Pelo fato de os cristãos colossenses
estarem em união com Cristo, que é o próprio Deus, eles estavam
"aperfeiçoados", ou completados, totalmente nele.
Se em Cristo habita plenamente toda
plenitude da divindade e se estamos nele que é o Cabeça de todo o poder e
autoridade, a lógica é que também recebemos a plenitude, ou nele fomos
totalmente aperfeiçoados.
Eles não precisavam de nada mais, como, por
exemplo, discernimento e poderes cósmicos tais como aqueles prometidos pelos
mestres ocultos. (Neste ponto, a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu
excelente artigo teológico "A união com Cristo", em Gl 6).
C. A circuncisão e o batismo em Cristo (2.11-12).
Paulo continuou a descrever as grandes
bênçãos encontradas em Cristo, agora focalizando na circuncisão e no batismo.
Muitas vezes, é especulado que os falsos
mestres em Colossos estavam recomendando a circuncisão, como aqueles na
Galácia, e que foi por isso que Paulo tratou desse assunto aqui.
Conquanto isso possa ser verdade, o fato de
que Paulo não argumentou diretamente contra a circuncisão, como havia feito em
Gálatas, sugere algo diferente.
A ênfase desses versículos revela que as
filosofias pagãs que estavam perturbando os colossenses haviam sido misturadas
com o legalismo judaico, mas Paulo introduziu o tópico da circuncisão para
mostrar que um elemento dos que os colossenses estavam procurando dos falsos
mestres - poder sobre a carne (v. 23) - já era deles por meio da união deles
com Cristo.
Como rito introdutório da antiga aliança, a
circuncisão significava eliminar o pecado, transformar o coração e incluir a
pessoa na família da fé (Dt 10.16; 30.6; Jr 4.4; 9.25-26; Ez 44.7,9).
De maneira dramática, Paulo mostrou que, ao
terem sido batizados em Cristo, esses gentios haviam sido circuncidados.
Chamado aqui de "a circuncisão de Cristo", o batismo significa
realidades como (At 2.38; Rm 6.4; 1Co 12.13; GI 3.26-29; Cl 2.13; Tt 3.5; 1Pe
3.21):
·
Ter
os pecados lavados.
·
Passar
por uma renovação pessoal pelo Espírito de Deus.
·
Tornar-se
membro do corpo de Cristo.
Essa passagem faz uma declaração muito
importante sobre a unidade da administração da aliança de Deus: não era
esperado dos cristãos gentios que eles seguissem o antigo modo de se
identificar com Deus e seu povo (At 15).
Contudo, a fé que eles tinham em Cristo
tornava-os, no entanto, tão filhos de Abraão como o eram os cristãos que eram
judeus de nascimento (Rm 2.28-29; Cl 3.26-29; Fp 3.3).
Embora o batismo não seja idêntico à
circuncisão, eles têm importantes paralelos pactuais (a BEG recomenda a leitura
e a reflexão em seu excelente artigo teológico "O batismo de crianças ou
de convertidos", em Cl 2 – reproduzido aqui, no final dessa exposição).
Por meio da união deles com Cristo - não
por meio da busca de falsas filosofias - os cristãos encontram a plenitude das
bênçãos de Deus na sua própria vida. Mais uma vez a BEG recomenda a leitura e a
reflexão em seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em Gl
6.
Nele fomos circuncidados, não com uma
circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que
é o despojar do corpo da carne.
Isso aconteceu quando nós fomos sepultados
com ele no batismo, e com ele fomos ressuscitados mediante a fé no poder de
Deus que o ressuscitou dentre os mortos – vs. 11,12.
D. Vida nova e perdão em Cristo (2.13-14).
Paulo continuou a se opor ao falso ensino
ao elaborar sobre o quanto Cristo oferece ao seu povo. É mais característico de
Paulo falar da justificação do que do perdão e do pecado individual do que do pecado
no plural (cf. Rm 5.12-21).
Aparentemente, Paulo queria enfatizar que
Deus não tinha simplesmente conquistado o poder geral do pecado, mas também
erradicado a culpa que resulta de atos particulares pelos quais os pecadores
ofendem o seu caráter.
Em oposição aos elementos do legalismo
judaico, Paulo aplicou essa vívida imagem do mundo comercial que comparava a
lei a um certificado de dívida escrito pelas próprias mãos do devedor.
Jesus havia "nascido sob a lei"
(Gl 4.4) e foi, portanto, sujeito às suas exigências e maldições. Na cruz, ele
foi feito “pecado por nós” (2Co 5.21) e sofreu a "maldição” da lei contra
a injustiça (Gl 3.13).
Na sentença da morte que pregou Jesus na
cruz, Paulo via o cancelamento da sentença de morte que havia contra os transgressores
da lei. O cristão não mais está sob o risco de ser condenado pela lei.
E. Vitória em Cristo sobre os poderes hostis (2.15).
Paulo descreveu – vs. 15 - ainda outra
maneira na qual Cristo se mostrou superior aos princípios do falso ensino:
nosso Senhor conquistou todos os poderes iníquos ao tirar o poder para acusar
(cf. Zc 3.1; Rm 8.33-34,38; Ap 12.10).
Paulo novamente se referiu aos poderes
angélicos e demoníacos (veja 2.8). Mediante a morte de Jesus em favor dos
pecadores, Satanás (lit., "acusador") foi despojado do seu poder para
intimidar e controlar os seres humanos.
A morte de Jesus retirou de nós o medo da
morte e do julgamento eterno que o pecado merece e que a lei requer (Ez 18; Rm
5.12; 6.23; Hb 2.14-15).
Embora a luta cósmica com Satanás e suas
legiões continuará até o retorno do Senhor em glória (2Co 4.4; Ef 6.10-18; 1Pe
5.8), o poder do mal foi quebrado de modo decisivo e permanente pela morte e
ressurreição de Cristo.
Quando ele diz que publicamente os expôs,
ele está usando uma imagem de um general romano conquistador fazendo um cortejo
com os seus inimigos derrotados e humilhados seguindo atrás de sua carruagem.
Uma batalha cósmica invisível ocorreu na
cruz e o príncipe deste mundo foi
·
"Expulso"
(Jo 12.31).
·
"Atirado"
(Ap 12.9).
·
"Preso"
(Ap 20.2).
Dos vs. 16 ao 23, Paulo vai falar da liberdade
do legalismo e do asceticismo. Paulo relembrou os colossenses que Cristo os
havia libertado das práticas pagãs e do uso incorreto das leis de Deus.
Paulo pode ter pretendido dizer que a
observação das celebrações tradicionais judaicas era agora opcional para os
cristãos, ou que aqueles que guardavam esses dias do modo correto não deveriam
aceitar a condenação daqueles que as corrompiam com práticas pagãs.
Esses termos “comida e bebida, ou dia de
festa, ou lua nova, ou sábados” referem-se aos hábitos religiosos judaicos
tradicionais.
Alguns estudiosos argumentam que o
asceticismo pagão em Colossos (vs. 15) estava misturado com essas celebrações,
talvez numa tentativa de aplacar poderes astrais ou angélicos que eram ditos
direcionar o curso das estrelas, regular o calendário e determinar o destino
humano.
Outros insistem que as celebrações eram
simplesmente observadas de uma maneira legalista. Em qualquer caso, essas
práticas eram o próprio tipo de escravidão da qual Cristo veio para libertar as
pessoas.
Paulo não rejeitava a observância cristã
correta das festas ou do quarto mandamento (veja Ex 20.8-11; Rm 7.12-16; 1Tm
1.8), assim como não rejeitava o jejum ou outros observações religiosas praticadas
com a motivação correta.
Mas ele afirmava que elas eram sombra do
que havia de vir. Até mesmo em sua forma para, as cerimônias do Antigo
Testamento haviam sido designadas para apontar para o estágio mais importante
do reino de Deus que viria por meio de Cristo (Hb 10.1).
A observância legalista de regulamentos
escolhidos do Antigo Testamento, especialmente quando misturados com a filosofia
pagã, não poderia fornecer sabedoria, conhecimento ou salvação. Ao dizer isso,
no entanto, Paulo não estava se opondo ao uso correto da lei de Deus dada por
intermédio de Moisés (Novamente a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu
excelente artigo teológico "Os três usos da lei", em SI 119).
À luz da menção das visões feita por Paulo
– vs. 18 -, alguns intérpretes têm visto nessa frase uma referência a um tipo
de piedade encontrado entre alguns místicos judeus.
O objetivo era a participação no culto dos
anjos de Deus no trono celestial, e era dito que essa experiência de êxtase era
alcançada mediante o asceticismo e a observação rigorosa da Torá.
Nesse caso, a expressão "culto dos
anjos" deve ser compreendida como "culto com os anjos". No
entanto, parece ser mais provável que os colossenses eram tentados à falsa
humildade no sentido de se acovardarem numa veneração ("adoração")
imprópria de seres espirituais que eles acreditavam que estavam situados entre
Deus e os seres humanos.
Como em todas as suas epístolas, Paulo
escreveu para a igreja visível, que inclui mais do que verdadeiros crentes. Paulo
os advertia quanto àqueles que queria se fazer de árbitros julgando o que
deveriam ou não fazer.
Quando aqueles que confessam ser seguidores
de Cristo cometem flagrante apostasia, eles demonstram que não são
verdadeiramente regenerados e se desqualificam para o prêmio da salvação em
Cristo (outra vez, nova recomendação de leitura e reflexão em seu excelente
artigo teológico "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp
1).
Aqui – vs. 19 - Paulo não quis dizer que a
salvação pode ser possuída e, depois, perdida. Ele ainda estava se referindo
aos membros do corpo visível de Cristo (a igreja), os quais tinham uma aliança
com Deus, mas não eram, necessariamente, verdadeiramente regenerados.
Ao buscar o favor dos seres angélicos, eles
deixavam de dar a Cristo a honra que é apenas dele como "plenitude da
Divindade" (2.9), como também deixavam de desfrutar da totalidade da redenção
obtida pela morte e ressurreição de Cristo (1.20-22; 2.10-15).
Essa linguagem envolvendo as partes do
corpo de Cristo – vs. 19 - volta a 1.18, bem como olha para frente, para o modo
como Paulo desenvolveria a ideia da vida cristã sob a autoridade de Cristo no
contexto da igreja (3.1-4.6).
A lógica da argumentação de Paulo se
baseava no fato de que já morremos com Cristo para os princípios elementares
deste mundo. Sendo assim, dessa forma, por que é que eles ainda vivessem como
se pertencessem a ele, se submetendo regras: "Não manuseie!” "Não
prove!” "Não toque!”?
Paulo explica que todas essas coisas estão
destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos
humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa
religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor
algum para refrear os impulsos da carne – vs. 20 a 23.
Cl 2:1 Gostaria, pois, que soubésseis
quão
grande luta venho mantendo por vós,
pelos
laodicenses
e
por quantos não me viram face a face;
Cl
2:2 para que o coração deles seja confortado
e
vinculado juntamente em amor,
e
eles tenham toda a riqueza
da
forte convicção do entendimento,
para
compreenderem plenamente
o
mistério de Deus,
Cristo,
Cl
2:3 em quem todos os tesouros da sabedoria
e
do conhecimento estão ocultos.
Cl 2:4 Assim digo para que ninguém vos
engane
com
raciocínios falazes.
Cl 2:5 Pois, embora ausente quanto ao
corpo,
contudo,
em espírito,
estou
convosco,
alegrando-me
e
verificando a vossa boa ordem
e
a firmeza da vossa fé em Cristo.
Cl 2:6 Ora, como recebestes Cristo
Jesus, o Senhor,
assim
andai nele,
Cl
2:7 nele radicados,
e
edificados,
e
confirmados na fé,
tal
como fostes instruídos,
crescendo
em ações de graças.
Cl 2:8 Cuidado que ninguém vos venha a
enredar
com sua
filosofia e vãs sutilezas,
conforme a tradição dos homens,
conforme
os rudimentos do mundo
e não segundo Cristo;
Cl 2:9 porquanto, nele,
habita,
corporalmente,
toda
a plenitude da Divindade.
Cl 2:10 Também, nele,
estais
aperfeiçoados.
Ele é
o
cabeça de todo principado
e
potestade.
Cl 2:11 Nele,
também
fostes circuncidados, não por intermédio de mãos,
mas
no despojamento do corpo da carne,
que
é a circuncisão de Cristo,
Cl
2:12 tendo sido sepultados,
juntamente
com ele,
no
batismo,
no
qual igualmente fostes ressuscitados
mediante
a fé
no
poder de Deus
que
o ressuscitou dentre os mortos.
Cl 2:13 E a vós outros, que estáveis
mortos
pelas
vossas transgressões
e
pela incircuncisão da vossa carne,
vos
deu vida juntamente com ele,
perdoando
todos os nossos delitos;
Cl
2:14 tendo cancelado o escrito de dívida,
que
era contra nós
e
que constava de ordenanças,
o
qual nos era prejudicial,
removeu-o
inteiramente,
encravando-o
na cruz;
Cl
2:15 e, despojando
os
principados
e
as potestades,
publicamente
os expôs
ao
desprezo,
triunfando
deles na cruz.
Cl 2:16 Ninguém, pois, vos julgue
por
causa de comida e bebida,
ou
dia de festa, ou lua nova, ou sábados,
Cl 2:17 porque tudo isso tem sido sombra das
coisas que haviam de vir;
porém
o corpo é de Cristo.
Cl 2:18 Ninguém se faça árbitro contra
vós outros,
pretextando
humildade
e
culto dos anjos,
baseando-se
em visões, enfatuado,
sem
motivo algum, na sua mente carnal,
Cl
2:19 e não retendo a cabeça,
da
qual todo o corpo,
suprido
e bem vinculado
por
suas juntas e ligamentos,
cresce
o crescimento que procede de Deus.
Cl 2:20 Se morrestes com Cristo
para
os rudimentos do mundo,
por
que, como se vivêsseis no mundo,
vos
sujeitais a ordenanças:
Cl
2:21 não manuseies isto,
não
proves aquilo,
não
toques aquiloutro,
Cl
2:22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens?
Pois que todas estas coisas,
com
o uso, se destroem.
Cl 2:23 Tais coisas, com efeito,
têm
aparência de sabedoria,
como
culto de si mesmo,
e
de falsa humildade,
e
de rigor ascético;
todavia,
não têm valor algum
contra
a sensualidade.
Paulo parecia ter uma aversão natural
contra a lei e regras. Elas tem poder contra nós de nos escravizar e mesmo que
as cumpramos, eles tem outro poder o de nos gloriarmos. Você quer cumprir a
lei? Não a torne em regra, mas cumpra-a. A lei perde a sua força quando a
cumprimos e não quando procuramos cumpri-la. Isso parece complexo.
Batismo de crianças ou de
convertidos: Devemos batizar os nossos filhos?[1]
Não há um consenso entre os teólogos reformados quanto a quem deve ser
batizado. Devemos batizar somente aqueles que professam a fé em Cristo (a visão
batista reformada)? Ou devemos batizar os cristãos e seus filhos (a visão
pedobatista reformada)? As diferenças de opinião se refletem nas nossas
confissões (comparar CFW 28; CB 34; CBL 29) e persistem há tanto tempo que
parece pouco provável que as várias igrejas que aderem à teologia reformada
cheguem a um acordo quanto a esta questão. No entanto, é importante que todos
nós compreendamos e avaliemos devidamente esses pontos de vista diferentes.
De um modo geral, os batistas reformados baseiam sua argumentação em
dois fundamentos. Em primeiro lugar, todos os mandamentos e exemplos de batismo
no Novo Testamento são antecedidos de arrependimento e fé. O padrão do Novo
Testamento pode ser observado nas palavras de Pedro: "Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado... para remissão dos vossos pecados" (At
2.38). Jesus associou o ensino e o batismo ao instruir, "Ide, portanto, e
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os... ensinando-os" (Mt
28.19-20).
Em segundo lugar, os batistas reformados argumentam que na passagem da
história bíblica do Antigo Testamento para a nova aliança em Cristo, ocorreu
uma purificação do povo de Deus. Ao contrário da comunidade do Antigo Testamento
que incluía os fiéis, bem como seus vizinhos, filhos e servos incrédulos, a comunidade
da nova aliança se restringe, em princípio, apenas àqueles que creem. Essa
questão é ilustrada pela predição de Jeremias acerca da pureza da comunidade da
nova aliança: "Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao
seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o
menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e
dos seus pecados jamais me lembrarei" (Jr 31.34). Apesar de todos os
batistas reformados concordarem que, na verdade, a igreja não é absolutamente
pura, argumentam que devemos buscar esse ideal, esforçando-nos ao máximo para
garantir que todas as pessoas batizadas na igreja tenham feito uma profissão de
fé sincera.
Os pedobatistas reconhecem prontamente que o Novo Testamento não ordena
nem ilustra de modo incontestável o batismo de crianças. É possível que as
crianças estejam incluídas nas poucas referências ao batismo de famílias
inteiras, mas os textos não deixam isso explícito (At 10.44ss; 16.13-15,30-34).
Ademais, os pedobatistas afirmam que o padrão de evangelização deve ser
"arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado" (At 2.38). No
tocante a essas questões, há uma concordância quase geral entre os batistas e
pedobatistas.
Não obstante, os pedobatistas argumentam que os filhos dos cristãos
devem ser batizados por dois motivos. Em primeiro lugar, afirmam que é
impossível a igreja visível ser inteiramente purificada antes da volta de
Cristo e que é errado a igreja impedir aqueles que não são puros de se tornarem
membros (Mt 13.24-30,36-43). Todos concordam que as alianças
veterotestamentárias firmadas com Noé (Gn 9), Abraão (Gn 15; 17), Moisés (Ex
20-24; 34) e Davi (2Sm 7; SI 89; 132) incluíam tanto os crentes quanto os
incrédulos. Além disso, todas as alianças do Antigo Testamento reservavam um
lugar especial para os filhos dos fiéis, pois havia a expectativa - porém não a
garantia - de que seriam herdeiros das promessas da aliança (Gn 9.9; 15.18;
17.7; Dt 7.9; SI 89.28-29; 132.11-12).
No entanto, os pedobatistas acrescentam que, apesar de vivermos na era
da nova aliança (Lc 22.20; 2Co 3.6; Hb 9.15; 12.24), as promessas da mesma
ainda não se cumpriram de todo. Por exemplo, continua sendo necessário
ensinarmos ao nosso próximo, aos nossos irmãos e irmãs dizendo, "Conhece
ao Senhor" (Hb 8.11), apesar de Jeremias ter afirmado que isso não
aconteceria no período da nova aliança. Essa e outras promessas da nova aliança
só se cumprirão plenamente quando Cristo voltar em glória. Aliás, a parábola do
joio e do trigo (Mt 13.24-30,36-43) revela como é perigoso tentar retirar da
igreja todos os incrédulos antes do julgamento final, a menos que haja
evidências claras de apostasia. Até então, vários padrões da comunidade do
Antigo Testamento continuam sendo válidos para a comunidade da nova aliança.
Pedro anunciou um desses padrões no dia de Pentecostes ao dizer,
"... para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que
ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar" (At
239). A ordem de prioridade é a mesma no Antigo e no Novo Testamento. As
promessas de Deus são primeiramente para aqueles que creem, depois para os seus
filhos e, por fim, para os que estão longe. Do mesmo modo, Paulo argumenta em
favor da santificação dos cônjuges incrédulos casados com cristãos, observando
que, "Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são
santos" (1 Co 7.14). Esse padrão veterotestamentário aparece no Novo
Testamento porque essa dimensão geracional da vida na aliança só chegará ao fim
quando não houver mais novas gerações por vir. Portanto, não é de surpreender
que Jesus tenha abençoado crianças e bebês (Lc 18.15) para conceder a eles uma
bênção da aliança (Mc 10.16).
Em segundo lugar, os pedobatistas reformados desenvolvem sua
argumentação com base em paralelos existentes entre a circuncisão e o batismo.
Nas alianças feitas com Israel como nação, Deus ordenou que os filhos dos fiéis
fossem circuncidados de modo a simbolizar a sua inclusão sob as sanções das
alianças (veja o artigo teológico "As alianças divinas", em Jr 31). A
omissão dessa prática representava uma transgressão da aliança (Gn 17.14). Em
Cl 2.11-12 Paulo ressalta que o batismo do Novo Testamento tomou o lugar do
sinal da circuncisão no Antigo Testamento, ao dizer, "Nele, também fostes
circuncidados... tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo".
Com base nisso, os pedobatistas batizam não apenas aqueles que professam a fé
em Cristo, mas também os seus filhos.
Sem dúvida os dois lados apresentam vários elementos em comum. Todos
creem que o batismo não salva, mas que representa a introdução da pessoa numa
relação especial de aliança com Deus. Todos creem que os membros adultos da
igreja devem professar sua fé antes de receber o batismo. Os batistas e os
pedobatistas instruem seus filhos na fé cristã de maneira semelhante: os bebês
são consagrados a Deus, quer pelo batismo ou pela cerimônia de dedicação; são
criados nos caminhos do Senhor e levados a declarar a sua fé publicamente por
meio da profissão de fé ou do batismo.
...
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2 comentários:
Muito esclarecedor o estudo, Deus o abençõe.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.