domingo, 17 de maio de 2015
domingo, maio 17, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 48:1-35 - OS LIMITES GEOGRÁFICOS E AS 12 PORTAS DA CIDADE - O SENHOR ESTÁ ALI!
Ressaltamos que já vimos:
·
Os
oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação
do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·
Uma
seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição
de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte
de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras
bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
5. O rio, a terra e a cidade (47.1-48.35) - continuação.
O guia angélico de Ezequiel o fez voltar –
cap. 47 - à entrada do templo e o profeta viu um rio se formando a partir de um
fio de água que fluía do templo (47.1-12). Depois ele começou a falar das
fronteiras da terra de Israel e agora, concluindo o livro, ele falará dos
limites: das sete tribos, dos sacerdotes e dos levitas, da cidade, do príncipe,
das outras cinco tribos e, por fim, falará das portas da cidade.
Conforme a BEG, na geografia visionaria de
Ezequiel, a divisão da Terra Prometida entre as tribos seria totalmente diferente
do que havia sido historicamente.
A cada tribo seria designada uma faixa de
terra que se ligava as fronteiras leste e oeste. A posição das esposas de Jacó
e das tribos individuais parece ter sido o fator determinante no arranjo da distribuição;
compare com Nm 2-3.
As tribos mais ao norte (Dã, Aser e
Naftali) eram tradicionalmente localizadas no norte; a tribo mais ao sul (Gade;
vs. 27) era historicamente uma tribo do norte.
Essas quatro tribos eram os descendentes de
Zilpa, serva de Lia, e da serva de Raquel, Bila (Gn 30.3-7,10-12); sendo tribos
descendentes de servas, elas seriam de acordo com a visão de Ezequiel,
localizadas nas extremidades mais remotas dos territórios tribais.
Olhando para as outras tribos ao norte da
"região sagrada", que estava no centro da Terra Prometida (vs. 8-22;
45.1-8), Judá seria a mais próxima da região sagrada.
Judá historicamente era uma tribo sulista;
ao colocar a tribo de Davi com as tribos do norte, Ezequiel pode ter indicado
que o norte "teria uma porção em Davi" (2Sm 20.1; 1 Rs 12.16; 2Cr
10.16).
Conforme continua a nos esclarecer a BEG, Judá
recebeu o lugar de honra que ordinariamente teria pertencido ao primogênito, Rúben;
o território de Rúben estaria imediatamente ao norte de Judá. Ao norte de Rubén
estariam as tribos de Jose: Efraim e Manassés, eles eram descendentes de Jacó
pela sua esposa favorita, Raquel.
Ao sul, e mais perto da região sagrada,
estaria Benjamim. Benjamim estava historicamente ao norte da cidade santa. Sua posição
favorecida reflete a posição favorecida de Raquel e contrabalançava a posição
favorecida das tribos de Jose no norte.
As demais três tribos do sul (Simeão,
Issacar e Zebulom) eram descendentes de Lia; Issacar e Zebulom historicamente possuíram
territórios no norte.
Dos versos 8 ao 22, ele fala de uma região
sagrada que deveria ser separada, limitando-se com Judá, desde o lado oriental
até ao ocidental e de 25 mil côvados (12,5 km) de largura e comprimento. Equivaleria
a uma das porções tribais, pra os sacerdotes – vs. 10 - e o santuário estaria
no centro dela.
Trata-se isso de uma elaboração de 45.1-8,
em particular a faixa de terra ao sul, dentro da porção sagrada que seria
reservada para a cidade (45.6). Essa herança também deveria ser inalienável - 46.16-18.
A partir do verso 30 até ao final ele fala
das portas da cidade. A cidade teria doze portas, cada uma levando a nome de
uma das doze tribos (compare com Ap 21.12-14).
·
As
portas ao norte receberiam os nomes de Rúben
(o primogênito), Judá (a tribo de
Davi e a linhagem real) e Levi (a
tribo dos ministros do templo).
·
As
portas ao leste seriam dos descendentes de Raquel - José (as tribos de Efraim e Manassés foram combinadas com “José”, a
fim de manter o número doze, por causa da agora relacionada tribo de Levi) e Benjamim - e de um filho de Bila, a
serva de Raquel - Dã.
·
As
portas ao sul seriam das tribos colocadas ao norte nos vs. 24-26 - a de Simeão, a de Issacar e a de Zebulom.
·
As
do oeste seriam os outros filhos de Zilpa e Bila - a porta de Gade, a porta de Aser e a porta de Naftali.
Compare o acampamento das tribos no deserto, conforme Nm 2.
desde o
extremo norte, ao longo do caminho de Hetlom,
até
a entrada de Hamate, até Hazar-Enom,
junto
ao termo setentrional de Damasco,
defronte
de Hamate,
com
as suas fronteiras estendendo-se do oriente ao ocidente,
Dã
terá uma porção.
Ez 48:2 Junto
ao termo de Dã,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Aser
terá uma porção.
Ez 48:3 Junto
ao termo de Aser,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Naftali
terá uma porção.
Ez 48:4 Junto
ao termo de Naftali,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Manasses
terá uma porção.
Ez 48:5 Junto
ao termo de Manassés,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Efraim
terá uma porção.
Ez 48:6 Junto
ao termo de Efraim,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Rúben
terá uma porção.
Ez 48:7 Junto
ao termo de Rúben
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Judá
terá uma porção.
Ez 48:8 Junto
ao termo de Judá,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
será
a oferta que haveis de fazer
de
vinte e cinco mil canas de largura,
e
do comprimento de cada uma das porções,
desde a
fronteira oriental até a fronteira ocidental.
O
santuário estará no meio dela.
Ez 48:9 A
oferta que haveis de fazer ao Senhor
será
do comprimento de vinte e cinco mil canas,
e
da largura de dez mil.
Ez 48:10 Será
para os sacerdotes uma porção desta santa oferta,
medindo
para o norte vinte e cinco mil
canas
de comprimento,
para o
ocidente dez mil de largura,
para o
oriente dez mil de largura,
e para o sul
vinte e cinco mil de comprimento;
e
o santuário do Senhor estará no meio dela.
Ez 48:11 Sim,
será para os sacerdotes consagrados
dentre
os filhos de Zadoque,
que
guardaram a minha ordenança,
e
não se desviaram quando os filhos de Israel
se
extraviaram,
como se
extraviaram os outros levitas.
Ez 48:12 E o
oferecido ser-lhes-á repartido da santa oferta da terra,
coisa
santíssima, junto ao termo dos levitas.
Ez 48:13
Também os levitas terão, consoante o termo dos sacerdotes,
vinte
e cinco mil canas de comprimento, e de largura dez mil;
todo
o comprimento será vinte e cinco mil,
e
a largura dez mil.
Ez 48:14 E
não venderão nada disto nem o trocarão,
nem
transferirão as primícias da terra,
porque
é santo ao Senhor.
Ez 48:15 Mas
as cinco mil, as que restam da largura,
defronte
das vinte e cinco mil, ficarão para uso comum,
para
a cidade, para habitação e para arrabaldes;
e
a cidade estará no meio.
Ez 48:16 E
estas serão as suas medidas:
a
fronteira setentrional terá quatro mil e quinhentas canas,
e
a fronteira do sul quatro mil e quinhentas,
e
a fronteira oriental quatro mil e quinhentas,
e
a fronteira ocidental quatro mil e quinhentas.
Ez 48:17 Os
arrabaldes, que a cidade terá,
serão
para o norte de duzentas e cinqüenta canas,
e
para o sul de duzentas e cinqüenta,
e
para o oriente de duzentas e cinqüenta,
e
para o ocidente de duzentas e cinqüenta.
Ez 48:18 E,
quanto ao que ficou do resto no comprimento,
de
conformidade com a santa oferta,
será
de dez mil para o oriente
e
dez mil para o ocidente;
e
corresponderá à santa oferta;
e
a sua novidade será para sustento
daqueles
que servem a cidade.
Ez 48:19 E os
que servem a cidade,
dentre
todas as tribos de Israel, cultivá-lo-ão.
Ez 48:20 A
oferta inteira será de vinte e cinco mil canas
por
vinte e cinco mil;
em
quadrado a oferecereis como porção santa,
incluindo
o que possui a cidade.
Ez 48:21 O
que restar será para o príncipe;
desta
e da outra banda da santa oferta,
e
da possessão da cidade;
defronte das
vinte e cinco mil canas da oferta,
na
direção do termo oriental,
e
para o ocidente, defronte das vinte e cinco mil,
na
direção do termo ocidental,
correspondente
às porções,
isso
será a parte do príncipe;
e
a oferta santa e o santuário do templo
estarão
no meio.
Ez 48:22 A
possessão dos levitas, e a possessão da cidade
estarão
no meio do que pertencer ao príncipe.
Entre
o termo de Judá e o termo de Benjamim
será
a porção do príncipe.
Ez 48:23 Ora
quanto ao resto das tribos:
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Benjamim
terá uma porção.
Ez 48:24
Junto ao termo de Benjamim,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Simeão
terá uma porção.
Ez 48:25
Junto ao termo de Simeão,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Issacar
terá uma porção.
Ez 48:26
Junto ao termo de Issacar,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Zebulom terá uma porção.
Ez 48:27
Junto ao termo de Zebulom,
desde
a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Gade
terá uma porção.
Ez 48:28
Junto ao termo de Gade,
na
fronteira sul, para o sul, o termo será desde Tamar
até
as águas de Meribate-Cades,
até
o Ribeiro do Egito, e até o Mar Grande.
Ez 48:29 Esta é a terra que sorteareis
em herança para as tribos de Israel,
e são estas
as suas respectivas porções, diz o Senhor Deus.
Ez 48:30 E estas são as saídas da
cidade:
da banda do
norte quatro mil e quinhentos côvados por medida;
Ez
48:31 e as portas da cidade serão conforme os nomes
das
tribos de Israel;
três
portas para o norte;
a porta de
Rúben a porta de Judá, e a porta de Levi.
Ez 48:32 Da
banda do oriente quatro mil e quinhentos côvados,
e
três portas, a saber:
a
porta de José, a porta de Benjamim, e a porta de Dã.
Ez 48:33 Da
banda do sul quatro mil e quinhentos côvados,
e
três portas:
a
porta de Simeão, a porta de Issacar, e a porta de Zebulom.
Ez 48:34 Da
banda do ocidente quatro mil e quinhentos côvados,
e
as suas três portas:
a
porta de Gade, a porta de Aser, e a porta de Naftali.
Ez 48:35
Dezoito mil côvados terá ao redor;
e
o nome da cidade desde aquele dia será Jeová-Samá.
A visão de Ezequiel da cidade gloriosa
seria cumprida no fato de a morte e a ressurreição de Cristo ter ocorrido perto
de Jerusalém celestial, onde Cristo está agora (At 2.33; I Pe 3.22) e na
descida da nova Jerusalém, quando Cristo retornar em glória – Ap 21.1-2.
Desde o início do AT, Deus revelou a sua
intenção de estar com o seu povo. Ele andou e falou com esse povo no jardim do
Éden e habitou em santuários construídos no meio de Israel. É adequado que a esperança
do NT em Cristo atinja o clímax com a descrição da cidade de Deus e de um tempo
quando a habitação de Deus seria na terra – Ap. 21.3. Inclusive o nome da cidade deixa isso bem
claro: O SENHOR ESTÁ ALI!
A esperança de Ezequiel permanece sendo a
mesma da igreja ao longo dos séculos.
Estamos satisfeitos com o resultado
alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos
algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa
missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a
nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele
cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em
cada um dos 48 capítulos da história de vida desse profeta de Deus que nos
ensinou grandes lições.
Em cada um dos homens de Deus temos
visto uma grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se
humilharem diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam
em vão.
Em Ezequiel vimos um profeta que
teve que enfrentar situações difíceis para entregar o recado profético, mas que
não recuou em sua missão.
Por cerca de mais de 46 vezes,
quase que uma vez por capítulo, o livro fala afirmando que haverão de saber que
o Senhor é Deus. Tanto povos como animais e a própria natureza haverão de saber
que o Senhor é Deus. O triste é notarmos que esse saber está vinculado
geralmente a um grande juízo com as consequências advindas de forma
irreparável.
Também aprendemos que os reis nada
haveriam de fazer sem que a Providência divina agisse derretendo os seus
corações para serem conformes às necessidades do povo de Deus.
Não são os líderes que são
colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e serem destaques,
antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de Deus pelo
qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder,
mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de
Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou
mesmo enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do
início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus
orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que
forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na
história de Israel e que se utiliza de líderes e profetas por ele escolhidos
para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Ezequiel.
Do Senhor sempre veio a ordem e a
organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os
artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora
mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e
sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as
intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho
de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes
messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face
de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim,
abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos
milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
Não é hora de desanimar, embora tantas
não foram as vezes que pensamos nisso, principalmente ao tirar os olhos do
Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de nós.
Que sejamos testemunhas do poder
que existe somente no Senhor. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, nosso Senhor e
Salvador. Amém e amém!
...
1 comentários:
Glórias a Deus :)
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.