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sábado, 16 de maio de 2015

Ezequiel 47:1-23 - UM RIO DE VIDA FLUINDO DO TEMPLO

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “5”, também a última seção, no capítulo 47. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
5. O rio, a terra e a cidade (47.1-48.35).
O guia angélico de Ezequiel o fez voltar à entrada do templo e o profeta viu um rio se formando a partir de um fio de água que fluía do templo (47.1-12).
Essa seção é seguida de um sumário sobre a distribuição da terra e uma descrição das porções da cidade (47.13 – 48.35).
Em sua visão, Ezequiel retratou a centralidade do templo, os seus ministros e as suas cerimônias como um rio de águas vivas que fluía do templo.
Essa última seção foi dividida em três partes: a. Um rio de águas que dão vida (47.1-12) – veremos agora; b. A restauração da Terra Prometida (47.13-48.29) – começaremos agora; c. A restauração da cidade (48.30-35);
a. Um rio de águas que dão vida (47.1-12).
Ezequiel estava na entrada do templo, lugar onde o seu guia angelical o tinha levado e águas começavam a sair por debaixo do limiar do templo, para o oriente uma vez que a frente do templo também dava para o oriente e elas desciam do lado meridional do templo ao sul do altar.
Aquele ser o levou para fora pela porta norte, e conduziu-o pelo lado de fora até a porta externa que dá para o leste, e a água fluía do lado sul.
A BEG nos diz que no átrio do tabernáculo havia uma grande bacia ou lavatório onde os sacerdotes se lavavam (Ex 30.17-21). No templo de Salomão, essa bacia foi substituiria por um mar muito maior (IRs 7.23-26).
Esse mar era usado pelos sacerdotes para as purificações rituais (2Cr 4.6), mas, como o nome sugere, ele simbolizava também, por sua abundância de água fresca, plenitude de vida na presença de Deus.
Na visão do templo em Ezequiel, essas bacias anteriores foram substituídas por um rio de águas vivas (cf. Ap 21.1; 22.1-2).
O lavatório do tabernáculo e o mar do templo ficavam ao sul do altar no átrio do santuário; o rio também se originava do sul do altar.
Essa passagem deve ser comparada com outras que falam de um rio na cidade de Deus (Sl 46.6) ou descrevem a erupção de uma fonte de dentro da cidade (Jl 3.18; Zc 14.3-8).
Uma vez que o templo, em parte, simbolizava o Paraíso, esse rio relembra os rios que partiam do jardim do Éden (Gn 2.10-14).
Ezequiel estava sendo conduzido pelo seu guia angelical que ia medindo a cada 100 côvados e guiando Ezequiel que avançava nas águas.
A cada 500 metros (1000 côvados para ser mais exato) as águas se tornavam mais fundas. Os primeiros 500 metros as águas batiam em seu tornozelo, depois em seu joelho, depois em sua cintura e,  por fim, o cobriam de tal maneira que somente poderia atravessar nadando.
O rio traria vida para todos os lugares por onde passasse e transformaria Israel num jardim paradisíaco. Ele também entraria no mar dando vida por onde passasse.
As águas eram tantas que o guia perguntou para Ezequiel, retoricamente, se ele tinha visto isso e ele o levou de volta à margem do rio onde Ezequiel notou muitas árvores em cada lado do rio.
No mar Morto, Jerusalém situa-se sobre uma cadeia de montanhas, numa linha divisória de águas; as chuvas que caem na cidade também fluem para o vale de Cedrom e seguem para o mar Morto.
Jesus apelou para as imagens usadas nessa passagem para descrever-se a si mesmo. Ele disse à mulher samaritana que ele era uma fonte de água viva (Jo 4.10-14).
A BEG continua a falar que quando os discípulos se admiraram pelo fato de Jesus ter-se dignado a falar com ela, o mestre falou-lhes sobre uma colheita interminável que já havia começado (Jo 4.27-38), baseando-se na ilustração das árvores de Ezequiel produzindo doze colheitas por ano.
João também relata a pregação de Jesus afirmando que ele era fonte de rios de água viva, acrescentado o comentário de que Jesus estava falando sobre o Espírito de Deus (Jo 7.37-39).
As águas do rio geravam vida e a sustentavam ao longo por onde passavam. Animais, peixes, pescadores ao longo do litoral, desde En-Gedi, localizado a meia distância ao longo da costa oeste do mar Morto - Gn 14.7; Is 15.62; I Sm 23.29; 2Cr 20.2 – até En-Egiatm, próximo ao ângulo nordeste do mar Morto.
O mar era saneado pela água que ali desaguava, mas não ocorria o mesmo com os charcos e os pântanos, deixados para o sal – vs. 11.
Essa afirmação do verso 11 de que charcos e pântanos seriam deixados para o sal poderia indicar uma familiaridade com a tradição de que as porções rasas ao sul do mar Morto representavam local das antigas cidades Sodoma e Gomorra (Gn 19.27-29).
Árvores frutíferas de toda espécie cresceriam em ambas as margens do rio. Suas folhas não murchariam e os seus frutos não cairiam. Todo mês também produziriam, porque a água vinda do santuário chegava a elas gerando e mantendo a vida. Além do mais, seus frutos serviriam de comida, e suas folhas de remédio, conforme está também em Ap 22:1-4:
1 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro,
2 no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando fruto todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações.
3 Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão.
4 Eles verão a sua face, e o seu nome estará em suas testas. (NVI)
Essa é sem dúvidas uma ilustração da abundância de alimento, uma bênção da restauração completa do povo de Deus após o exilio. Para os cristãos, essa promessa é cumprida em parte pela vinda do Espirito Santo, o qual é associado à restauração da natureza (Gn 1.2; Sl 104.30) e com a herança de novos céus e nova terra - 28.25,26: 34.25-26.
b. A restauração da Terra Prometida (47.13-48.29).
Dos versos 13 ao final deste, veremos as fronteiras da terra de Israel, a restauração da terra. A visão de Ezequiel sobre a futura restauração incluía a restauração da terra à sua ordem criada por Deus.
A palavra é do Senhor que assim dizia em sua soberania que estas seriam as fronteiras pelas quais eles deveriam dividir a terra como herança entre as doze tribos de Israel, com duas porções para José.
A missão deles seria uma divisão justa uma vez que o Senhor jurou de mão erguida que a daria aos seus antepassados, esta terra, então, se tornaria herança deles.
Na visão de Ezequiel, a Terra Prometida seria dividida igualmente entre as doze tribos. Uma vez que a tribo de Levi não tinha herança territorial, mas vivia da sua porção das ofertas do povo, o número doze era mantido pela divisão da tribo de José em duas tribos que tinham o nome de seus dois filhos: Efraim e Manasses (Gn 48.1-6).
A Terra Prometida seria a que Deus havia prometido aos patriarcas (Gn 12.7; 15.18-21; 22.17; 28.4) e que havia sido possuída durante os reinados de Davi e Salomão (1 Rs 8.65; 1Cr 10.11; 13.5; 2Cr 9.26).
Os limites aqui detalhados (vs. 15-20) mencionam algumas localidades que não são conhecidas, mas que correspondem aproximadamente a outras listas (Nm 34.1-12; 1Rs 8.65).
Entretanto, a distribuição da terra (cap. 48) é totalmente diferente dos limites históricos das tribos.
Os limites ocidentais e orientais são fáceis de identificar. A leste o limite começava na nascente do Jordão ao sul de Damasco descendo pelo rio Jordão e ao longo da costa oeste do mar Morto; na fronteira oeste estava o mar Mediterrâneo. As fronteiras norte e sul são mais difíceis de estabelecer.
No norte, a fronteira começava perto de Tiro e seguia para o leste até um ponto ao norte do mar da Galileia; no sul ela corria de um ponto abaixo do mar Morto até um ribeiro do Egito (uádi el-Arish), na costa do Mediterrâneo.
Ez 47:1 Depois disso me fez voltar à entrada do templo;
e eis que saíam umas águas por debaixo do limiar do templo,
para o oriente; pois a frente do templo dava para o oriente;
e as águas desciam pelo lado meridional
do templo ao sul do altar.
Ez 47:2 Então me levou para fora pelo caminho da porta do norte,
e me fez dar uma volta pelo caminho de fora
até a porta exterior, pelo caminho da porta oriental;
e eis que corriam umas águas pelo lado meridional.
Ez 47:3 Saindo o homem para o oriente,
tendo na mão um cordel de medir,
mediu mil côvados,
e me fez passar pelas águas,
águas que me davam pelos artelhos.
Ez 47:4 De novo mediu mil,
e me fez passar pelas águas,
águas que me davam pelos joelhos;
outra vez mediu mil,
e me fez passar pelas águas,
águas que me davam pelos lombos.
Ez 47:5 Ainda mediu mais mil,
e era um rio, que eu não podia atravessar;
pois as águas tinham crescido,
águas para nelas nadar,
um rio pelo qual não se podia passar a vau.
Ez 47:6 E me perguntou:
Viste, filho do homem?
Então me levou, e me fez voltar à margem do rio.
Ez 47:7 Tendo eu voltado, eis que à margem do rio
havia árvores em grande número,
de uma e de outra banda.
Ez 47:8 Então me disse:
Estas águas saem para a região oriental e, descendo pela Arabá,
entrarão no Mar Morto,
e ao entrarem nas águas salgadas,
estas se tornarão saudáveis.
Ez 47:9 E por onde quer que entrar o rio
viverá todo ser vivente que vive em enxames,
e haverá muitíssimo peixe;
porque lá chegarão estas águas,
para que as águas do mar se tornem doces,
e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.
Ez 47:10 Os pescadores estarão junto dele;
desde En-Gedi até En-Eglaim,
haverá lugar para estender as redes;
o seu peixe será, segundo a sua espécie,
como o peixe do Mar Grande,
em multidão excessiva.
Ez 47:11 Mas os seus charcos e os seus pântanos não sararão;
serão deixados para sal.
Ez 47:12 E junto do rio, à sua margem, de uma e de outra banda,
nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer.
Não murchará a sua folha, nem faltará o seu fruto.
Nos seus meses produzirá novos frutos,
porque as suas águas saem do santuário.
O seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio.
Ez 47:13 Assim diz o Senhor Deus:
Este será o termo conforme o qual repartireis a terra em herança,
segundo as doze tribos de Israel.
José terá duas partes.
Ez 47:14 E vós a herdareis, tanto um como o outro;
pois sobre ela levantei a minha mão,
jurando que a daria a vossos pais;
assim esta terra vos cairá a vós em herança.
Ez 47:15 E este será o termo da terra:
da banda do norte, desde o Mar Grande,
pelo caminho de Hetlom,
até a entrada de Zedade;
Ez 47:16 Hamate, Berota, Sibraim,
que está entre o termo de Damasco e o termo de Hamate;
Hazer-Haticom, que está junto ao termo de Haurã.
Ez 47:17 O termo irá do mar até Hazar-Enom,
junto ao termo setentrional de Damasco, tendo ao norte
o termo de Hamate.
Essa será a fronteira do norte.
Ez 47:18 E a fronteira do oriente, entre Haurã, e Damasco,
e Gileade, e a terra de Israel, será o Jordão;
desde o termo do norte até o mar
do oriente medireis.
Essa será a fronteira do oriente.
Ez 47:19 E a fronteira meridional será desde Tamar
até as águas de Meribote-Cades,
ao longo do Ribeiro do Egito até o Mar Grande.
Essa será a fronteira meridional.
Ez 47:20 E a fronteira do ocidente será o Mar Grande,
desde o termo do sul até a entrada de Hamate.
Essa será a fronteira do ocidente.
Ez 47:21 Repartireis, pois, esta terra entre vós,
segundo as tribos de Israel.
Ez 47:22 Reparti-la-eis em herança por sortes entre vós
e entre os estrangeiros que habitam no meio de vós
e que têm gerado filhos no meio de vós;
e vós os tereis como naturais entre os filhos de Israel;
convosco terão herança,
no meio das tribos de Israel.
Ez 47:23 E será que na tribo em que peregrinar o estrangeiro,
ali lhe dareis a sua herança,
diz o Senhor Deus.
Eles, seguindo as instruções de Deus, deveriam distribuir como herança para eles mesmos e para os estrangeiros residentes no meio deles e que tinham filhos. Reparem no cuidado do Senhor com os estrangeiros que ali estavam buscando a Deus ou quisessem estar próximos ao povo de Deus
Esses estrangeiros nessas condições especiais seriam considerados como israelitas de nascimento. Juntamente com eles deveria ser designada uma herança entre as tribos de Israel.
Qualquer que fosse a tribo no qual o estrangeiro teria se instalado, ali eles lhe dariam a herança que lhe coubesse. Essa era palavra do Senhor Deus Soberano.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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3 comentários:



carmen motta g motta guerra09:28




Glórias a Deus, Alelkuias. Aproveito para pedir aos irmãos em Cristo Jesus, que orem por mim, são momentos difíceis, que só Deus pode agir e mover as águas em favor da minha vida, Socorro, socorro, socorrro. amem? Agradeço e desejo e profetizo toda sorte de bençãos para todos servos valorosos de Deus.Carmen Motta G

Estaremos sim orando por ti. Confie em Deus que ele não te deixará. Procure por nós na igreja que ajudaremos você. Carmen, Deus abençoe!

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
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