INSCREVA-SE!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Daniel 10:1-21 - UM ANJO PODEROSO É ENVIADO A DANIEL PARA QUE ELE ENTENDESSE A VISÃO

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13) – continuação.
Como também já dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28) – já vimos.
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos.
ü  As "setenta semanas" (9.1-27) – já vimos.
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – veremos agora..
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos; C. A visão das setenta semanas (9.1-27) – já vimos; e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13)veremos agora.
D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Veremos do capítulo 10 ao 12, concluindo o livro de Daniel, a visão do futuro do povo de Deus.
O profeta volta a sua atenção para uma visão final e longa que focaliza o reinado de Antíoco IV Epífanes e olha também para além desse reino.
Esse material se divide em quatro seções principais, conforme já citado acima: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) – começaremos agora; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1).
Até o primeiro versículo do próximo capítulo, estaremos vendo a mensagem do anjo para Daniel. Daniel foi preparado por um ser angélico para receber a visão relativa a "dias ainda distantes" (10.14).
Foi no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, por volta de 537 a.C., que foi revelada a Daniel uma palavra – palavra verdadeira – relacionada a um grande conflito, o qual Daniel, à época, entendeu a palavra e a visão, obviamente de forma parcial, uma vez que ele era um cidadão de uma época bem distante.
Nesse tempo, nos esclarece o nosso guia, a BEG, que os exilados repatriados estavam de volta na Terra Prometida para reconstruir o templo (Ed 1.1-4; 3.8), mas logo teriam de abandonar a reconstrução (Ed 4.24).
Foram naqueles dias que Daniel ficou pranteando por 21 dias ou 3 semanas (3 x 7) nas quais teve um propósito em jejum:
·         Nenhuma coisa desejável comeu.
·         Nem carne nem vinho entraram em sua boca.
·         Nem se ungiu com unguento.
Provavelmente o pranto de Daniel foi causado pelo estado de Jerusalém (Ne 1.4; Is 61.3-4; 68.8-12; 66.10).
Assim foi com ele até que no dia 24 do primeiro mês estando ele à borda do grande rio Tigre, levantou os seus olhos e viu um homem vestido de linho com seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz. Esses vs. 5-6 dão uma visão detalhada de um anjo, talvez Gabriel (9.21) ou aquele que falou por Gabriel (8.16).
A aparência dele era semelhante à da glória do Senhor (Ez 1.26-28; Ap 1.12-16). Para outras referências a anjos, podemos ver em Jz 13.6; Ez 9.2-3; 10.2; Lc 24.4. Reparemos melhor em sua aparência incrível:
·         Vestido de linho.
·         Lombos cingidos com ouro fino de Ufaz.
·         Corpo era como o berilo.
·         Rosto como um relâmpago.
·         Olhos eram como tochas de fogo.
·         Braços e pés como o brilho de bronze polido.
·         Voz das suas palavras como a voz duma multidão.
Daniel não resistiu e sobre ele sobre todos os que estavam ali caiu grande temor. - vs. 7; Is 6.5; Lc 5.8. Daniel viu, mas os que estavam ali com ele nada viram, mas sentiram e se esconderam.
Aquelas palavras de oração de Daniel foram ouvidas e, por causa delas é que aquele ser fantástico veio até ele, em obediência a Deus. A visão e a revelação recebidas por Daniel vieram como resposta direta às suas orações.
Por causa da visão, Daniel perdeu as suas forças e desfigurou-se o seu rosto, mas ainda assim podia ouvir a voz dele, mas Daniel caiu em profundo sono, com o rosto em terra, de tão cansado, exausto.
Naquele momento uma mão o tocou e ela fez com que ele se levantasse, mas tremia e seus joelhos batiam um no outro. Apoiando em seu joelho e com as palmas das suas mãos, reuniu forças para se levantar.
E o anjo lhe disse que ele era muito amado e que era para ele entender e levantar-se sobre os seus pés, pois que ele, o anjo, lhe era enviado.
Daniel reagiu a sua fala e conseguiu pôr-se de pé, com dificuldades e ainda tremendo.
O anjo volta a lhe falar e explicar as coisas. Ele começa dizendo que desde o primeiro dia, dos vinte e um, ele foi enviado a Daniel. Chama atenção o fato de que Daniel aplicou seu coração a compreender e a se humilhar perante Deus e foi por isso que foram ouvidas as suas palavras e por causa das palavras dele é que o anjo tinha vindo.
No entanto, houve problemas no caminho do anjo, pois o príncipe da Pérsia o resistiu e isso por vinte e um dias! Se aquele anjo pode ser resistido, imaginem quem se lhe opôs e ainda por vinte e um dias. Nem dá para imaginar tamanhos confrontos angelicais. Este anjo teve de receber ajuda de outro anjo, chamado de príncipe, um dos primeiros, que veio ajudá-lo. Seu nome Miguel.
No contexto fica aparente que esse príncipe que resistiu ao anjo por vinte e um dias se refere a um ser espiritual poderoso, mas maligno (cf. Jó 1.6-12; SI 82; Is 24.21; Lc 11.14-26), designado por Satanás para agir no interesse do governo persa.
Do mesmo modo, o arcanjo Miguel é chamado "o grande príncipe, o defensor" de Israel (12.1).
Em outras ocasiões no Antigo Testamento os exércitos do céu são mencionados como lutando por Israel (Jz 5.20; 2Rs 6.15-18; SI 103.20-21). Miguel é retratado como comandante dos santos anjos em Jd 9 e em Ap 12.7.
Aqui temos um vislumbre das batalhas espirituais travadas no céu e que afetam os acontecimentos sobre a terra (Ef 6.12; Ap 12.7-9).
O fato era que aquele anjo vinha fazer entender o que haveria de suceder ao povo de Israel nos derradeiros dias, pois a visão era para muitos dias à frente. Ao falar ele com Daniel aquelas palavras, Daniel abaixou o seu rosto para terra e emudeceu. Fugiram-se as palavras de sua boca!
Nesse interim, surge um ser que tinha a semelhança dos filhos dos homens e tocou nos lábios de Daniel e ele pode abrir a sua boca e falar. Pode dizer àquele que estava diante dele que por causa da visão é que lhe sobreveio muitas dores e ele se encontrava extenuado e não podia, nem conseguia falar, nem ouvir dele coisa alguma, uma vez que lhe faltavam forças e mesmo fôlego.
Novamente aquele ser, provavelmente o mesmo que o tocou no início, o que tinha a semelhança de filho dos homens, tocou novamente nele, em Daniel e conseguiu consolá-lo. Ele disse para ele algo incrível:
·         Não temas, homem muito amado.
·         Paz seja contigo.
·         Sê forte e tem bom ânimo.
Na ação desse anjo – dupla ação de toque - para fortalecer Daniel vemos duas coisas o toque e as palavras. Foi quando ele falava com ele que as suas forças começaram a retornar a ele de forma que pode dizer: pode falar-me, meu senhor, pois que me fortaleceste.
Dn 10:1 No ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia,
foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar,
uma palavra verdadeira concernente a um grande conflito;
e ele entendeu esta palavra,
e teve entendimento da visão.
Dn 10:2 Naqueles dias eu, Daniel,
estava pranteando por três semanas inteiras.
Dn 10:3 Nenhuma coisa desejável comi,
nem carne nem vinho entraram na minha boca,
nem me ungi com ungüento,
até que se cumpriram as três semanas completas.
Dn 10:4 No dia vinte e quatro do primeiro mês,
estava eu à borda do grande rio, o Tigre;
Dn 10:5 levantei os meus olhos, e olhei,
e eis um homem vestido de linho
e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;
Dn 10:6 o seu corpo era como o berilo,
e o seu rosto como um relâmpago;
os seus olhos eram como tochas de fogo,
e os seus braços e os seus pés
como o brilho de bronze polido;
e a voz das suas palavras como a voz duma multidão.
Dn 10:7 Ora, só eu, Daniel, vi aquela visão;
pois os homens que estavam comigo não a viram:
não obstante, caiu sobre eles um grande temor,
e fugiram para se esconder.
Dn 10:8 Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão,
e não ficou força em mim;
desfigurou-se a feição do meu rosto,
e não retive força alguma.
Dn 10:9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras;
e, ouvindo o som das suas palavras,
eu caí num profundo sono, com o rosto em terra.
Dn 10:10 E eis que uma mão me tocou,
e fez com que me levantasse, tremendo,
sobre os meus joelhos
e sobre as palmas das minhas mãos.
Dn 10:11 E me disse:
Daniel, homem muito amado,
entende as palavras que te vou dizer,
e levanta-te sobre os teus pés;
pois agora te sou enviado.
Ao falar ele comigo esta palavra,
pus-me em pé tremendo.
Dn 10:12 Então me disse:
Não temas, Daniel;
porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração
a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus,
são ouvidas as tuas palavras,
e por causa das tuas palavras eu vim.
Dn 10:13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu
por vinte e um dias;
e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes,
veio para ajudar-me,
e eu o deixei ali com os reis da Pérsia.
Dn 10:14 Agora vim, para fazer-te entender o que há de suceder
ao teu povo nos derradeiros dias;
pois a visão se refere a dias ainda distantes.
Dn 10:15 Ao falar ele comigo estas palavras,
abaixei o rosto para a terra e emudeci.
Dn 10:16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens
me tocou os lábios;
então abri a boca e falei,
e disse àquele que estava em pé diante de mim:
Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores,
e não retenho força alguma.
Dn 10:17 Como, pois, pode o servo do meu Senhor
falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim,
desde agora não resta força em mim,
nem fôlego ficou em mim.
Dn 10:18 Então tornou a tocar-me um que tinha
a semelhança dum homem, e me consolou.
Dn 10:19 E disse:
Não temas, homem muito amado;
paz seja contigo;
sê forte, e tem bom ânimo.
E quando ele falou comigo, fiquei fortalecido, e disse:
Fala, meu senhor, pois me fortaleceste.
Dn 10:20 Ainda disse ele:
Sabes por que eu vim a ti?
Agora tornarei a pelejar
contra o príncipe dos persas;
e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.
Dn 10:21 Contudo eu te declararei
o que está gravado na escritura da verdade;
e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles,
senão Miguel, vosso príncipe.
O anjo lhe pergunta mais uma vez se ele sabia por que ele tinha vindo e lhe diz que voltaria a pelejar contra o príncipe dos persas e, que saindo ele, viria o príncipe da Grécia - um anjo caído ou poder demoníaco designado por Satanás para participar dos negócios do reino grego (vs. 13; veja Jo 14.30; Ef 6.12).
Embora tanto a Pérsia quanto a Grécia tenham conquistado o povo de Deus, Daniel deveria entender que o seu poder seria limitado pelo poder de Deus, cujos propósitos sempre prevalecem.
O anjo encerra sua ministração a Daniel afirmando que o que ele declarara a ele era o que estava gravado na escritura da verdade, provavelmente, como nos diz a BEG, uma metáfora para o conhecimento e controle de Deus sobre toda a História.
Também desabafou para Daniel que ninguém havia que se esforçava com ele contra aqueles, senão Miguel a quem ele chamou de nosso príncipe. O interesse de Miguel em proteger Israel (vs. 13; cf. 12.1) corresponde ao do mensageiro, que estava diretamente envolvido com os propósitos de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

3 comentários:

porque daniel chama o anjo de senhor e ele aceita

Não devemos adorar os anjos nem eles aceitam adoração. Daniel aqui não adora o ser celestial que se lhe manifesta mas fica muito impactado e profundamente abalado em suas forças.

Ótima explicação do texto.. Paz do Senhor.

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.