sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
sexta-feira, janeiro 23, 2015
Jamais Desista
Isaías 57:1-21 - A DIVISÃO ENTRE JUSTOS E ÍMPIOS EM ISRAEL (PARA OS ÍMPIOS NÃO HÁ PAZ!).
Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui, no capítulo 57 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e
restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração
(56:1 – 66:24).
1. A importância do sábado da
justiça (56:1-58:14).
Como já dissemos, de 56:1 a 58:14, desta
parte “1”, veremos a ênfase na importância do sábado da justiça, não pelo
sábado em si, mas por causa da palavra de Deus e do senso da justiça. Nesses
capítulos, Isaías se concentrará na guarda do sábado como uma provisão de
justiça e retidão de Israel.
Nós dividimos esse material em três partes
principais: a. Os judeus e os gentios e o sábado e a justiça (56:1-8) – já vista; b. A divisão entre justos e
ímpios em Israel (56:9-57:21) – em
continuação, concluiremos agora; e, c. A necessidade de guardar o sábado
como um dia de justiça (58:1-14).
b. A divisão entre justos e ímpios em Israel (56:9-57:21) - continuação.
Dos versos 56:9 a 57:21, conforme falamos
no capítulo anterior, estaremos vendo o justo e o ímpio em Israel. Depois de
enfatizar a justiça (e o sábado) ao indicar que os gentios que mostrassem ter
compromisso com esse ideal receberiam salvação, Isaías adverte que, entre os
israelitas no exílio, haveriam os justos e os ímpios.
Perece o justo, mas quem se importa com
isso? Assim começa este capítulo falando do arrebatamento do justo, dos
compassivos, dos que andam na retidão que entrarão em paz e descansarão nas
suas camas. Há um tempo determinado por Deus para esse propósito e todos os
outros de sua vontade soberana!
Já não será da mesma forma com os filhos da
agoureira, da linhagem da prostituta, da adúltera - uma alusão aos rituais de
fertilidade dos cananeus (cf. Ez 16:3,45).
No verso 4, perguntas retóricas (27:7; 40:12)
aos filhos da transgressão, à estirpe da falsidade, aos ímpios que estão cheios
de sarcasmo e crítica (cf. 5:18-19; 28:9-10; 37:3). São esses que debaixo de
toda árvore frondosa e “sagrada” – Dt 12:2; Ez 6:13 - sacrificavam seus filhos.
Na adoração a Moloque era praticado o
sacrifício de crianças (vs. 9; cf. II Re 23:10; Sl 106:37-38; Jr 7:31; Ez 20:28,31;
Mq 6:7). Ao invés de o Senhor ser o seu quinhão e a sua porção (Dt 4:19-20; 9:26;
Sl 16:5; 142:5; Jr 10:16), os ídolos haviam se tornado seus parceiros de
aliança, para desgraça deles.
Era bem ali, sobre os montes altos e
elevados que punham o seu leito para práticas imorais e idólatras nos lugares
sagrados (Os 4:13) e, também era ali, por detrás das portas e dos umbrais – vs.
8 - que colocavam seu memorial, numa espécie de aliança com a imoralidade e a
luxúria.
Isso, para oferecerem ao rei - Moloque, um
deus amonita (vs. 5) - óleo, tendo seu corpo sido banhado em perfumes. Eram esforços
extremos que eram feitos numa área extensa para aplacar os deuses e nisso se
submetiam até o Seol, ou seja, em sua idolatria e servidão religiosa, estavam
dispostos a irem o máximo que podiam. O Seol aqui trata-se de uma hipérbole
para expressar até que ponto essas pessoas haviam caído.
No verso 10, podemos ver que o ímpio
encontrou uma vida falsa na imoralidade e na idolatria que o satisfez, que lhe
concedeu renovação de suas forças, mas que, no final, levava à morte. O que
adianta então essa satisfação que nos leva ao fim à morte e ao Lago de Fogo
para passarmos a eternidade com o diabo e os seus anjos?
Em resposta, o Senhor se calou, mas a opção
deles foi a mentira e o esquecimento com a consequente falta de temor. A justiça
deles não era genuína (58:2-3; 64:6), nem suas obras aproveitáveis.
Haveriam também de clamarem, mas quem os
livraria? Seus ídolos de vento? O próprio vento os levaria e um assopro os
arrebataria. Somente os que confiam no Senhor é que possuirão a terra e
herdarão o seu santo monte – vs. 13.
No vs. 14, Isaías lembrou Israel que um
tempo de restauração estava para chegar. E num imperativo duplo, com efeito de
ênfase, como em 40:1; 51:9,17; 52:1,11; 62:10; 65:1 ele dizia para aplainar,
aterrar e preparar o caminho do seu povo.
Por que o Alto, o Sublime - um epíteto para
o Senhor (6:1) – que habita na eternidade, cujo nome é santo também, da mesma
forma, habita com o contrito e também com o abatido de espírito.
Tendo exposto a pecaminosidade dos
exilados, Isaías deixa claro que Deus viveria com aqueles que humildemente se
arrependessem (Sl 34:17-18; 51:17; I Pe 5:6) e estaria presente com todo aquele
que caminhasse de maneira prudente diante dele (Mq 6:8). Este era o segredo, a
chave para a vitória, para ser abençoado pelo Senhor e estar totalmente seguro
e restaurado.
Até ao dia de hoje esse segredo de
prosperidade não mudou. Somente os que se arrependerem é que serão alcançados
para salvação e restauração de suas vidas.
Não seria para sempre que Deus contenderia
com toda a carne, nem com ela ficaria irado por toda a eternidade – vs. 16. Em
vez disso, em sua graça soberana, Deus concederia perdão e salvação para os
arrependidos no exílio (54:9; 57:19; Gn 8:21-22; Sl 130:3-4) e para todos os
que ouviriam a mensagem do evangelho e se arrependessem. Ela tem alcançado
vidas em todas as eras e continuará a alcançar até a volta gloriosa do Senhor
nas nuvens onde todo olho o verá – At 1:11; Ap 1:7.
Foi por causa de sua iniquidade e de sua avareza
que o Senhor se indignou, o feriu e se escondeu. Rebelando-se ele contra o
Senhor, seguiu seu próprio caminho de destruição e morte de seu coração enfermo
pelo pecado.
Apesar disso, nos vs 18 e19 o Senhor
promete que o sarará, que lhe dará consolação. O Senhor é o médico (30:26), o
mestre (49:10) e o consolador perfeito (12:1; 40:1; Jo 14:26; 15:26). O Senhor
tem visto os seus caminhos que são caminhos de morte, mas ainda assim o sarará,
o guiará e o consolará.
É o Senhor quem cria o fruto dos lábios que
concede a paz ao que está longe e ao que está perto, o que sara aquele que
sofre com seu caminho errado, de rebeldia e de morte. Onde quer que os exilados
se encontrassem, o humilde e o arrependido, entre eles, seria restaurado (At 2:39;
Ef 2:13,17) para a glória de Deus.
Agora quanto aos ímpios e aos perversos –
vs. 20 e 21 – são como o mar agitado que não pode estar quieto e cujas águas
lançam de si lama e lodo – Jd 13 - e nada mais. O fim do ímpio em Israel é
contrastado com o daqueles que humildemente haviam servido a Deus.
os
homens compassivos são arrebatados,
e
não há ninguém que entenda.
Pois
o justo é arrebatado da calamidade,
Is
57:2 entra em paz; descansam nas suas camas todos
os
que andam na retidão.
Is
57:3 Mas chegai-vos aqui, vós os filhos da agoureira,
linhagem
do adúltero e da prostituta.
Is
57:4 De quem fazeis escárnio? Contra quem escancarais a boca,
e
deitais para fora a língua?
Porventura
não sois vós filhos da transgressão,
estirpe
da falsidade,
Is
57:5 que vos inflamais junto aos terebintos,
debaixo de toda árvore verde, e
sacrificais os filhos
nos
vales, debaixo das fendas dos penhascos?
Is
57:6 Por entre as pedras lisas do vale está o teu quinhão;
estas,
estas são a tua sorte; também a estas derramaste
a
tua libação e lhes ofereceste uma oblação.
Contentar-me-ia
com estas coisas?
Is
57:7 sobre um monte alto e levantado puseste a tua cama;
e
lá subiste para oferecer sacrifícios.
Is
57:8 Detrás das portas e dos umbrais colocaste o teu memorial;
pois
te descobriste a outro que não a mim,
e
subiste, e alargaste a tua cama;
e
fizeste para ti um pacto com eles;
amaste
a sua cama, onde quer que a viste.
Is
57:9 E foste ao rei com óleo, e multiplicaste os teus perfumes,
e
enviaste os teus embaixadores para longe,
e
te abateste até o Seol.
Is
57:10 Na tua comprida viagem te cansaste; contudo não disseste:
Não
há esperança; achaste com que renovar as tuas forças;
por
isso não enfraqueceste.
Is
57:11 Mas de quem tiveste receio ou medo, para que mentisses,
e
não te lembrasses de mim, nem te importasses?
Não
é porventura porque eu me calei,
e
isso há muito tempo, e não me temes?
Is
57:12 Eu publicarei essa justiça tua; e quanto às tuas obras,
elas
não te aproveitarão.
Is
57:13 Quando clamares, livrem-te os ídolos que ajuntaste;
mas
o vento a todos levará, e um assopro os arrebatará;
mas
o que confia em mim possuirá a terra,
e
herdarão o meu santo monte.
Is
57:14 E dir-se-á:
Aplanai,
aplanai, preparai e caminho,
tirai
os tropeços do caminho do meu povo.
Is
57:15 Porque assim diz o Alto e o Excelso,
que
habita na eternidade e cujo nome é santo:
Num
alto e santo lugar habito,
e
também com o contrito e humilde de espírito,
para
vivificar o espírito dos humildes,
e
para vivificar o coração dos contritos.
Is
57:16 Pois eu não contenderei para sempre,
nem
continuamente ficarei irado;
porque
de mim procede o espírito,
bem
como o fôlego da vida que eu criei.
Is
57:17 Por causa da iniquidade da sua avareza me indignei e o feri;
escondi-me,
e indignei-me; mas, rebelando-se,
ele
seguiu o caminho do seu coração.
Is
57:18 Tenho visto os seus caminhos, mas eu o sararei;
também
o guiarei, e tornarei a dar-lhe consolação,
a
ele e aos que o pranteiam.
Is
57:19 Eu crio o fruto dos lábios;
paz,
paz, para o que está longe, e para o que está perto
diz
o Senhor; e eu o sararei.
Is
57:20 Mas os ímpios são como o mar agitado;
pois
não pode estar quieto,
e
as suas águas lançam de si lama e lodo.
Is 57:21 Não há paz para os
ímpios,
diz o meu Deus.
Novamente a declaração enfática de que para
o ímpio não há paz, ou seja, não há salvação. Se não nos arrependermos de
nossos pecados, estaremos como os ímpios, sem a paz do Senhor, sem a sua
salvação e com nossos dias contados para passarmos a eternidade no Lago de Fogo,
junto com o diabo e seus anjos, junto com o inferno e todos os ímpios.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.