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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Jó 7:1-21 - A FORTE NOÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS EM JÓ

Continuamos na parte II de cinco de nossa divisão proposta, que vai tratar do diálogo entre Jó e os seus amigos. Jó se defendendo e seus amigos o acusando ao invés de consolá-lo – Jó 6:14.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
B. O primeiro ciclo de discursos – 4:1 – 14:22.
Nessa primeira série de discursos, como já dissemos, se fará referência a muitas perspectivas diferentes e possíveis explicações, mas todas serão insuficientes.
Dividimos essa parte “B”, como na BEG, em seis: 1. Elifaz – 4:1 – 5:27 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21 – estamos vendo agora. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A resposta de Jó a Bildade – 9:1 – 10:22. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21 - continuação.
Jó, na primeira parte de sua resposta ao primeiro discurso de seu amigo Elifaz, se defendeu das acusações e se justificou alegando a sua inocência, ou seja, não via ele, Jó, motivos naturais para tanto sofrimento.
Vimos que não havia necessidade, como nunca haverá de tantas explicações, no entanto, elas são boas para o leitor e para nós que estudamos a Bíblia por conhecer a mente de um homem de fé, que não abria mão de sua consciência de jeito nenhum.
Tendo falado a Elifaz, agora Jó se volta para Deus em seu discurso e começa falando da sua temporalidade.
Se nos atentarmos ao Salmos 8 e ao Salmos 90:12, veremos, considerando que Jó foi escrito primeiro que Salmos, que ambos os autores se inspiraram nesse capítulo ao escrevê-lo para nós.
A vida de Jó passava muito rapidamente como a vida de cada um de nós. De forma mais veloz ainda para os que se envolvem ou são envolvidos com a guerra que o homem faz sobre a terra desde que é homem e aprendeu a guerrear.
As disputas das guerras entre os homens sempre envolvem bens, terras, posses, conquistas, o egoísmo, a vaidade, o orgulho e, principalmente, a maldade dentro dos corações, pois com a morte do outro, quem questionará alguma coisa?
Tiago fala porque os homens fazem guerra e assim tornam sua vida que já é breve, mais breve ainda.
Tiago 4:1 De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Tiago 4:2 Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
Tiago 4:3 Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
Jó está falando com Deus, em orações, buscando entender ou saber porque seu sofrimento, mas Deus permanece calado, mudo, nada lhe diz, nem envia a ele qualquer alívio ou socorro nesse sentido. Jó se sente só, mas não desiste em momento algum de sua fé, apesar de sua dor grande.
Ele compreende também que os seus dias, que são breves, são cheios de vaidade e de trabalho para sustentar essa vaidade. É tudo canseira e enfado, como o autor de Eclesiastes diz que tudo é vaidade e correr atrás do vento – Ec 1:2.
Para Jó a noção do tempo é de fato relativa por causa de sua dor. A noite já não dura cerca de 8 horas, mas parece durar uma eternidade. Para quem está no prazer e na alegria nem vê o tempo passar, mas para o que está em suspense ou em prova cada segundo tem o peso de horas.
Por um lado, eles são velozes e se acabam sem esperança, por outro, eles são eternos e trazem muita dor.
Na sua oração, pede ao Senhor que o contemple e veja que ele passa e sua vida vai se passando diante dele. Pede então alívio para que possa desfrutar do pouco tempo que lhe resta de forma saudável e boa.
Pode-se notar que os seus olhos estão postos no Senhor e sabe que a sua vida, embora não esteja entendendo nada, está no controle de Deus que tudo tem noção e conhecimento, inclusive de sua dor e oração diante de sua face.
Jó nos impressiona por essa sua cosmovisão naquela época, onde muitos já o teriam abandonado certamente. Jó insiste em permanecer fiel apesar de tudo.
Jó sabe que Deus está no controle de tudo, por isso insistem em suas orações e em sustentar os eu discurso.
Jó 7:1 Porventura não tem o homem guerra sobre a terra?
                E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?
                               Jó 7:2 Como o servo que suspira pela sombra,
                                               e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
                               Jó 7:3 Assim me deram por herança meses de vaidade;
                                               e noites de trabalho me prepararam.
                Jó 7:4 Deitando-me a dormir, então digo:
                                Quando me levantarei? Mas comprida é a noite,
                                               e farto-me de me revolver na cama até à alva.
                Jó 7:5 A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó;
                               a minha pele está gretada, e se fez abominável.
                Jó 7:6 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão,
                               e acabam-se, sem esperança.
                Jó 7:7 Lembra-te de que a minha vida é como o vento;
                               os meus olhos não tornarão a ver o bem.
                Jó 7:8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais;
                               os teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais.
                Jó 7:9 Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce
                               à sepultura nunca tornará a subir.
                Jó 7:10 Nunca mais tornará à sua casa,
                               nem o seu lugar jamais o conhecerá.
                Jó 7:11 Por isso não reprimirei a minha boca;
                               falarei na angústia do meu espírito;
                                               queixar-me-ei na amargura da minha alma.
                Jó 7:12 Sou eu porventura o mar, ou a baleia,
                               para que me ponhas uma guarda?Jó 7:13 Dizendo eu:
                                               Consolar-me-á a minha cama;
                                                               meu leito aliviará a minha ânsia;
                Jó 7:14 Então me espantas com sonhos,
                               e com visões me assombras;
                Jó 7:15 Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação;
                               e antes a morte do que a vida.
                Jó 7:16 A minha vida abomino, pois não viveria para sempre;
                               retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias.
                Jó 7:17 Que é o homem, para que tanto o engrandeças,
                               e ponhas nele o teu coração,
                                               Jó 7:18 E cada manhã o visites,
                                                               e cada momento o proves?
                Jó 7:19 Até quando não apartarás de mim,
                               nem me largarás, até que engula a minha saliva?
                Jó 7:20 Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens?
                               Por que fizeste de mim um alvo para ti,
                                               para que a mim mesmo me seja pesado?
                Jó 7:21 E por que não perdoas a minha transgressão,
                               e não tiras a minha iniqüidade?
                                               Porque agora me deitarei no pó,
                                                               e de madrugada me buscarás,
                                                                              e não existirei mais.
Jó sente o peso do pecado e manifesta em sua fala a necessidade do Cristo, seu Salvador, que possa não justificá-lo, o que seria um contrassenso, mas ser o justificador, àquele que se fará justiça diante de Deus em seu lugar. Jó está pedindo e clamando por um remidor.
O seu apelo nos remete a Cristo e sua oração já está sendo respondida a ele, embora ainda o Cristo viria muitos anos depois dele, quase uns dois mil anos depois. É que a salvação e a justificação em Cristo não é temporal, mas eterna.
Embora somente ocorra no tempo, em um dado momento da história, o seu alcance é não temporal, ou seja tanto o passado quanto o presente quanto o futuro são alcançados pelo seu sacrifício eterno, tornando-se ele a nossa justiça para sempre!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.