Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 9/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 8/9 explicado
pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/aPbGw-Xc77c.
Breve
síntese do capítulo 9.
Estamos aqui agora, na sequência dos toques das trombetas por parte de
cada um dos sete anjos que se acham de pé diante da presença de Deus, na quinta
trombeta com o primeiro ai e também na sexta trombeta.
À medida que João vai narrando, ele também vai nos permitindo uma
pré-visualização das coisas celestes por causa de suas descrições. Há um trono
no céu e alguém sentado nele que é o Pai, isso já deu para perceber. Também há
um altar próximo ao trono que é de outro e que possui quatro ângulos.
Além das coisas que chamam a atenção, há também figuras celestiais e os
santos que são aqueles que morreram em Cristo Jesus e estão diante da presença
de Deus.
Reparem que somente há liberação de poderes ou de anjos poderosos para
danificarem a terra e os homens que nela habitam somente depois dos toques
respectivos de suas trombetas correspondentes.
É como se estivessem a aguardar e prontos a executarem o previsto. Isso
para mim é prova incontestável da soberania de Deus que não somente governa
como é o único governante.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – Estamos
vendo agora.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20).
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21).
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10).
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
(2) O segundo ciclo: Sete anjos com sete trombetas (8.2-11.19) - continuação.
Como já dissemos, com a abertura do sétimo
selo, temos o início de um novo ciclo que vai dos vs. 8.2 ao 11.19 – é o
segundo ciclo: sete anjos com sete trombetas. Sete anjos tocam sete trombetas.
As trombetas põem em movimento sete
julgamentos que levam à segunda vinda, descrevendo o governo de Deus sobre a
História a partir de vários ângulos.
b. Seis anjos tocam suas trombetas (8.7-9.21) – continuação.
Dissemos que dos vs. 8.7 ao 9.21, seis
anjos tocam suas trombetas.
As primeiras quatro pragas das trombetas (vs.
7-12) atacam os quatro aspectos mais importantes da criação:
·Terra.
·Mar.
·Água
fresca.
·Céu
(firmamento).
Depois, veremos que as
quatro primeiras taças afetam as mesmas quatro regiões (16.1-9).
A quinta trombeta – o primeiro ai.
Dos vs. 1 ao 12, veremos a quinta trombeta.
Esse toque põe em movimento um terrível exército de gafanhotos que são ativados
por fontes demoníacas (vs. 1-3).
O conjunto de imagens deriva de Êx 10.13-15
e de JI 2.1-11, em que uma praga de gafanhotos literal prefigura um julgamento
ainda mais devastador vindo de um exército divinamente autorizado (JI 2.11).
Seus poderes aterrorizantes só se comparam aos da besta (13.1-10).
Esses monstros infernais atacam apenas os
ímpios, não os santos (vs. 4). Os ímpios às vezes sofrem nesta vida de uma
maneira que pressagia o seu castigo final (20.11-15).
De acordo com intérpretes idealistas, essa
visão retrata a natureza atormentadora e que causa o próprio fracasso que a
impiedade exerce sobre a alma humana.
Os poderes do abismo não atacam os santos,
apenas os ímpios. Os historiastas têm geralmente encarado essa visão como uma
descrição da conquista islâmica da Europa ocidental degenerada (612-762 d.C.),
mas essa aplicação seria apenas uma concretização do princípio, e uma
concretização imperfeita.
Os futuristas compreendem a visão como uma
praga sobrenatural de espíritos demoníacos que devem ser soltos na terra pouco
antes da segunda vinda.
O princípio fundamental é o mesmo em todas
as interpretações, e múltiplas aplicações desse princípio são possíveis.
Essa terrível praga durará cinco meses. Uma
nuvem de gafanhotos normal desapareceria após alguns dias. Essa nuvem demoníaca
permanece durante todo o período e gafanhotos podem ser vistos durante todo
esse tempo.
O rei que eles tinham – vs. 11 – se chama o
anjo do Abismo que em hebraico significa Abadom e no grego Apoliom. Ambos os
nomes significam "destruidor". Talvez haja uma alusão irônica a Nero
ou a Domiciano, ambos os quais se consideravam como imitadores do deus grego
Apolo.
A agonia dos ímpios será tão terrível que
pedirão a morte e mesmo a buscarão, mas não a encontrarão – vs. 6. Esse foi o
primeiro “ai”, a quinta trombeta.
A sexta trombeta – o segundo ai.
Dos vs. 13 ao 21, teremos a sexta trombeta.
O Império Romano temia um ataque dos partos, dalém do rio Eufrates, (vs. 14), a
fronteira oriental do império. Mas todos esses temores se tornam ínfimos diante
daquilo que Apocalipse retrata. As ameaças externas sofridas pelo Império
Romano prenunciam o dia final da batalha cósmica (16.14).
Essa passagem é semelhante à de 16.14, mas
as consequências nesse caso são menos graves, e é permitido um tempo para
arrependimento (vs. 18-21).
Quando o sexto anjo tocou a sua trombeta,
João ouvi uma voz que vinha das pontas do altar de ouro que está diante de
Deus. A voz dizia ao sexto anjo que tinha a trombeta: "Solte os quatro
anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates" – vs. 13 e 14.
O Antigo Testamento mostra que certos anjos
dominam governos e reinos terrestres (Dn 10.13,20-21). Esses anjos podem estar
mencionados aqui, de modo que forças militares humanas causam as pragas
retratadas nos vs. 16-19.
Também é possível que os exércitos
representem figurativamente calamidades naturais ou sobrenaturais.
Eles eram os quatro anjos, que estavam
preparados para aquela hora, dia, mês e ano, foram soltos para matar um terço
da humanidade – vs. 15.
Com essa soltura, tem-se início uma onda de
destruição envolvendo exércitos numerosos. O número dos cavaleiros que
compunham os exércitos era de duzentos milhões. João destaca que ouviu isso
claramente, o que deve tê-lo impressionado muito.
Quanto a esse grande exército, os cavalos e
os cavaleiros que João viu em sua visão tinham o seguinte aspecto:
üAs
suas couraças eram vermelhas como o fogo, azul-escuras, e amarelas como o
enxofre.
üA
cabeça dos cavalos parecia a cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça
e enxofre.
Por meio deles, um terço da humanidade foi
morto pelas três pragas de fogo, fumaça e enxofre que saíam das suas bocas.
João ainda informa que o poder dos cavalos estava na boca e na cauda; pois as
suas caudas eram como cobras; tinham cabeças com as quais feriam as pessoas. (Vs.
16-19).
Dos que sobraram, dois terços da
humanidade, não contando os crentes, aqueles selados na fronte, mesmo assim,
apesar das coisas que estavam acontecendo, não se arrependeram. Isso nos lembra
de Faraó que via o poder de Deus e a demonstração de sua força e mesmo assim
não se arrependia, nem buscava o perdão de Deus.
Esse restante da humanidade que não morreu
por essas pragas, tendo conhecimento do juízo de Deus, mas estando endurecidos,
não se arrependeram das obras das suas mãos (vs. 20-21):
üEles
não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e
madeira, ídolos que não podem ver nem ouvir nem andar.
üDos
seus assassinatos.
üDas
suas feitiçarias.
üDa
sua imoralidade sexual.
üDos
seus roubos.
Isso é uma indicação de que as calamidades
são infligidas com a compreensão — talvez tornada conhecida pelo testemunho
profético em 10.1-11.14 (veremos no próximo capítulo) — de que o arrependimento
do pecado poderia evitar a vinda das calamidades.
Ap 9:1 O quinto anjo tocou a trombeta,
e vi
uma estrela caída do céu na
terra.
E foi-lhe dada a chave do
poço do abismo.
Ap 9:2 Ela abriu o poço do abismo,
e subiu fumaça do poço como
fumaça de grande fornalha,
e, com a fumaceira saída do
poço,
escureceu-se
o sol
e o ar.
Ap 9:3 Também da fumaça saíram gafanhotos para a
terra;
e foi-lhes dado poder
como o que têm os
escorpiões da terra,
Ap 9:4 e foi-lhes dito que não causassem dano
à erva da terra,
nem a qualquer coisa verde,
nem a árvore alguma
e tão-somente aos homens
que não têm
o selo de Deus sobre a
fronte.
Ap 9:5 Foi-lhes também dado, não que os matassem,
e sim que os atormentassem
durante cinco meses.
E o seu tormento era como
tormento
de escorpião quando fere
alguém.
Ap 9:6 Naqueles dias, os homens buscarão a morte
e não a acharão;
também terão ardente desejo de morrer,
mas a morte fugirá deles.
Ap 9:7 O aspecto dos gafanhotos
era semelhante a cavalos preparados para a peleja;
na sua cabeça havia como
que coroas parecendo de ouro;
e o seu rosto era como
rosto de homem;
Ap 9:8 tinham também cabelos, como cabelos de
mulher;
os seus dentes, como dentes
de leão;
Ap 9:9 tinham couraças, como couraças de ferro;
o barulho que as suas asas
faziam
era como o barulho de
carros de muitos cavalos,
quando correm à peleja;
Ap 9:10 tinham ainda cauda, como escorpiões,
e ferrão;
na cauda tinham poder
para causar dano aos
homens,
por cinco meses;
Ap 9:11 e tinham sobre eles, como seu rei,
o anjo do abismo, cujo nome
em hebraico é Abadom,
e em grego, Apoliom.
Ap 9:12 O primeiro ai passou.
Eis que, depois destas coisas,
vêm ainda dois ais.
Ap 9:13 O sexto anjo tocou a trombeta,
e ouvi
uma voz procedente
dos quatro ângulos do altar
de ouro
que se encontra na presença
de Deus,
Ap 9:14 dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a
trombeta:
Solta os quatro anjos
que se encontram atados
junto ao grande rio Eufrates.
Ap 9:15 Foram, então,
soltos
os quatro anjos que se achavam preparados para
a hora,
o dia,
o mês
e o ano,
para que matassem a terça parte dos homens.
Ap 9:16 O número dos
exércitos da cavalaria
era de vinte mil vezes dez
milhares;
eu ouvi o seu número.
Ap 9:17 Assim, nesta visão,
contemplei
que os cavalos
e os seus cavaleiros tinham
couraças
cor de fogo,
de jacinto
e de enxofre.
A cabeça dos cavalos
era como cabeça de leão,
e de sua boca saía
fogo,
fumaça
e enxofre.
Ap 9:18 Por meio destes
três flagelos, a saber,
pelo fogo,
pela fumaça
e pelo enxofre que saíam da
sua boca,
foi morta a terça parte dos
homens;
Ap 9:19 pois a força dos
cavalos
estava na sua boca
e na sua cauda,
porquanto a sua cauda se
parecia com serpentes,
e tinha cabeça,
e com ela causavam dano.
Ap 9:20 Os outros homens,
aqueles que não foram mortos por esses flagelos,
não se arrependeram das
obras das suas mãos,
deixando de adorar os demônios e os ídolos
de ouro,
de prata,
de cobre,
de pedra
e de pau,
que nem podem ver,
nem ouvir,
nem andar;
Ap 9:21 nem ainda se arrependeram
dos seus assassínios,
nem das suas feitiçarias,
nem da sua prostituição,
nem dos seus furtos.
Reparem que à despeito de quaisquer interpretações possíveis aos juízos
proclamados, não vemos em Apocalipse uma guerra entre o bem e o mal, antes um
Governante e um único Senhor executando juízo e justiça em seu reino.
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
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Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 8/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 8 explicado pelo
Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/aPbGw-Xc77c.
Breve
síntese do capítulo 8.
A história de Apocalipse sendo desenrolada no céu ao qual João está
testemunhando, vendo, ouvindo e escrevendo tem continuação em sua sequência e
agora é aberto o sétimo selo que deles geram sete trombetas.
Neste capítulo, as trombetas são abertas até a quarta e anunciado, ao
final, que ai dos moradores da terra porque ainda faltam três trombetas para serem
tocadas. As trombetas são tocadas por cada um dos sete anjos que se acham em pé
diante de Deus.
Na abertura do sétimo selo não houve, como nas demais aberturas dos
outros selos que somente o Cordeiro poderia fazê-lo, juízo, mas um silêncio no
céu por cerca de meia hora e depois a entrega das trombetas aos anjos.
Também há outro anjo junto ao altar que fica de frente ao trono com um
incensário nas mãos que é oferecido junto com as orações de todos os santos.
Depois de ter subido à presença de Deus as orações e a fumaça do incenso, este
anjo, enche o incensário com fogo do altar e o lança à terra onde ocorrem
fenômenos da natureza, como trovões, relâmpagos, vozes e até terremoto.
Somente após isso é que ocorrem os toques das trombetas onde cada uma
começa a trazer novos juízos como acontecia com os selos.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – concluiremos
agora.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – começaremos
agora.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20).
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21).
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10).
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
(1) O primeiro ciclo: O rolo e seus sete selos (4.1-8.1) - continuação.
Como dissemos, dos vs. 4.1 ao 8.1, estamos
vendo o primeiro ciclo: o rolo e seus sete selos. Há diversas características
que se percebem nesse primeiro ciclo de visões (veja o capítulo 4).
d. A abertura do sétimo selo (8.1).
Quando ele (o Cordeiro) abriu o sétimo
selo, houve silêncio no céu por volta de meia hora. O próximo acontecimento
depois de 6.12-17 seria, muito naturalmente, o aparecimento do próprio Cristo
como o Guerreiro e Juiz final (Mc 13.24-26), mas as certezas de 7.1-17
intervêm. Ao voltar aos selos, a suposição seria que o retorno de Cristo está à
vista.
Embora a passagem não indique
explicitamente o retorno de Cristo quando o sétimo selo é quebrado, o silêncio
pode indicar que o céu permanece em êxtase diante de sua presença (Hc 2.20; Sf
1.7).
Nesse ponto, João não recebe uma figura
mais completa descrevendo os acontecimentos do julgamento final e da recriação.
Essa demora mantém o interesse do leitor nos ciclos posteriores de julgamento
durante os quais esses detalhes serão revelados.
(2) O segundo ciclo: Sete anjos com sete trombetas (8.2-11.19).
Com a abertura do sétimo selo, temos o
início de um novo ciclo que vai dos vs. 8.2 ao 11.19 – é o segundo ciclo: sete
anjos com sete trombetas. Sete anjos tocam sete trombetas.
As trombetas põem em movimento sete
julgamentos que levam à segunda vinda, descrevendo o governo de Deus sobre a
História a partir de vários ângulos.
Assim como as trombetas usadas na batalha
de Jericó (Js 6), essas trombetas levam à queda da cidade mundana (11.13) e, na
sétima trombeta, à vitória total de Deus.
As pragas das trombetas lembram as pragas
do Egito, significando o castigo de Deus sobre o poder idólatra.
Os sete selos começaram com o anúncio de
cavaleiros comissionados para trazer calamidades (6.1-8.1). A sétima trombeta,
ao contrário, contém descrições das próprias calamidades.
A intensidade do castigo é acelerada. Ainda
assim, parte da criação é poupada: a maioria das pragas da trombeta cai sobre
um terço do povo ou da terra, e não sobre toda ela.
Por exemplo, a praga dos gafanhotos termina
após cinco meses e algumas pessoas sobrevivem ao colapso da cidade em 11.13. Em
contraste, os castigos posteriores com as taças (15.1-16.21) são totalmente
devastadores.
a. Setes anjos diante de Deus (8.2-6).
Os julgamentos da trombeta partem dos anjos
de Deus que estão diante do seu trono (vs. 2). A visão de 4.1-5.14 permanece
como uma âncora para esse novo ciclo de visões.
Como os julgamentos dos selos em 6.1-8.1,
esses julgamentos são executados de acordo com os planos de Deus e segundo as
suas ordens.
As orações dos santos representam uma parte
notável na iniciação dos julgamentos (vs. 3-4).
b. Seis anjos tocam suas trombetas (8.7-9.21).
Dos vs. 8.7 ao 9.21, seis anjos tocam suas
trombetas.
As primeiras quatro pragas das trombetas
(vs. 7-12) atacam os quatro aspectos mais importantes da criação:
·Terra.
·Mar.
·Água
fresca.
·Céu
(firmamento).
Depois, veremos que as quatro primeiras
taças afetam as mesmas quatro regiões (16.1-9).
Dentro do período da igreja primitiva,
essas visões foram cumpridas tanto por meio de calamidades naturais quanto por
meio de calamidades espirituais semelhantes que afligiam a alma dos ímpios (no
simbolismo apocalíptico, o natural pode representar o espiritual).
Os princípios gerais podem ser mais amplamente.
Tanto os seres humanos como o mundo natural sofrem aflição até o momento da
renovação final (Rm 8.18-25).
Reparem nos paralelos do vs. 7, da Saraiva
e fogo com Êx 9.23-24; do vs. 8, da água se transformando em sangue, com Êx
7.14-24; do vs. 12, da escuridão, com Êx 10.21-23.
No vs. 13 os “Ai!” - típico início de um
oráculo profético (p. ex., Am 5.18; 6.1). As três últimas trombetas são agrupadas
como três "ais" (9.12; 11.14). Essas pragas discriminam
especificamente entre justos e ímpios, como aconteceu com as pragas finais do
Egito (p. ex., Êx 9.4-6; 10.22-23; 11.1-7).
O que aconteceu
Os efeitos
As consequências
O primeiro anjo tocou a sua trombeta
granizo e fogo misturado com sangue foram lançados
sobre a terra
Foi queimado
um terço da terra
um terço das árvores e toda a planta verde
O segundo anjo tocou a sua trombeta
algo como um grande monte em chamas foi lançado ao
mar
Um terço do mar transformou-se em sangue
morreu um terço das criaturas vivas do mar e foi
destruído um terço das embarcações.
O terceiro anjo tocou a sua trombeta
caiu do céu uma grande estrela (o nome da estrela é
Absinto), queimando como tocha
sobre um terço dos rios e das fontes de águas
Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos
morreram pela ação das águas que se tornaram amargas
O quarto anjo tocou a sua trombeta
foi ferido um terço do sol, um terço da lua e um
terço das estrelas
de forma que um terço deles escureceu
Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da
noite
(Ap 8.7-12)
Como já dissemos, quer entender bem o
presente e saber como será o futuro, estude a história e seja sábio na
aplicação, pois, embora os tempos e as estações sejam diferentes, o modo
operante parece igual.
No vs. 13, enquanto João olhava, ele ouviu
uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta voz: - "Ai, ai, ai
dos que habitam na terra, por causa do toque das trombetas que está prestes a
ser dado pelos três outros anjos!".
Ap 8:1 Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo,
houve silêncio no céu cerca de meia hora.
Ap 8:2 Então, vi
os sete anjos
que se acham em pé diante
de Deus,
e lhes foram dadas sete
trombetas.
Ap 8:3 Veio outro anjo e
ficou de pé junto ao altar,
com um incensário de ouro,
e foi-lhe dado muito
incenso para oferecê-lo
com as orações de todos os
santos
sobre o altar de ouro que
se acha diante do trono;
Ap 8:4 e da mão do anjo
subiu à presença de Deus
a fumaça do incenso,
com as orações dos santos.
Ap 8:5 E o anjo tomou o
incensário,
encheu-o do fogo do altar
e o atirou à terra.
E houve trovões,
vozes,
relâmpagos
e terremoto.
Ap 8:6 Então, os sete anjos
que tinham as sete
trombetas
prepararam-se para tocar.
Ap 8:7 O primeiro anjo tocou a trombeta,
e houve saraiva
e fogo de mistura com sangue,
e foram atirados à terra.
Foi, então, queimada a
terça parte
da terra,
e das árvores,
e também toda erva verde.
Ap 8:8 O segundo anjo tocou a trombeta,
e uma como que grande montanha ardendo em chamas
foi atirada ao mar,
cuja terça parte se tornou
em sangue,
Ap 8:9 e morreu a terça
parte da criação
que tinha vida, existente
no mar,
e foi destruída a terça
parte das embarcações.
Ap 8:10 O terceiro anjo tocou a trombeta,
e caiu do céu
sobre a terça parte dos
rios,
e sobre as fontes das águas
uma grande estrela, ardendo
como tocha.
Ap 8:11 O nome da estrela é Absinto;
e a terça parte das águas
se tornou em absinto,
e muitos dos homens morreram por causa dessas
águas,
porque se tornaram
amargosas.
Ap 8:12 O quarto anjo tocou a trombeta,
e foi ferida a terça parte
do sol,
da lua
e das estrelas,
para que a terça parte
deles escurecesse
e, na sua terça parte, não
brilhasse,
tanto o dia como também a
noite.
Ap 8:13 Então, vi e ouvi
uma águia que,
voando pelo meio do céu,
dizia em grande voz:
Ai! Ai! Ai dos que moram na
terra,
por causa das restantes
vozes da trombeta
dos três anjos
que ainda têm de tocar!
João subiu ao céu por convite quando ele olhou e viu uma porta aberta no
céu e ouviu a voz como de trombeta ao falar com ele, dizendo para ele subir a
fim de que fosse a ele mostrado as coisas que deviam acontecer depois e,
imediatamente, ele se achou lá em espírito onde viu, armado no céu, um trono –
isso ocorreu no capítulo 4.
João ainda está no céu e já estamos na abertura da quarta trombeta, no
capítulo 8 que começou com a cena do Cordeiro abrindo o sétimo selo e revelando
as sete trombetas, não sem antes ocorrer um silêncio no céu de cerca de meia
hora.
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 7/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 7 explicado pelo
Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/DgcvtetteeU.
Breve
síntese do capítulo 7.
O cenário ainda é o céu e as coisas continuam a ter seu prosseguimento e
ainda estamos no sexto selo, pois o sétimo selo será aberto somente no capítulo
8.
João continua vendo e ouvindo e escrevendo os mistérios e falas de
apocalipse. Há 4 anjos que se encontram nos 4 cantos da terra e que saem para
assinalarem na testa o selo do Deus vivo e ele busca desses, somente os filhos
de Israel, ou Jacó.
Aqui ele começa com Judá, de onde veio o Messias, o Cristo, o Cordeiro
que está no céu onde Deus está no trono e termina com Benjamim, o 12º
patriarca. O primogênito é Ruben, mas este foi desprezado porque desprezou seu
pai.
Além dos 144 mil, também há uma grande multidão inumerável que clamavam
em grande voz dizendo que ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao
Cordeiro, pertence a salvação. Há também os que vieram da grande tribulação e
todos no céu adoram a Deus e ao Cordeiro.
Também percebemos muitas palavras de consolo, de edificação e são feitas
muitas promessas de vitórias aos santos.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – estamos vendo
agora.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19).
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20).
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21).
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10).
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
1. O primeiro ciclo: O rolo e seus sete selos (4.1-8.1) - continuação.
Como dissemos, dos vs. 4.1 ao 8.1, estamos
vendo o primeiro ciclo: o rolo e seus sete selos. Há diversas características
que se percebem nesse primeiro ciclo de visões (veja o capítulo 4).
c. O cuidado pelos santos (7.1-17).
Como já dissemos ainda estamos no período
referente à abertura do sexto selo por parte do Cordeiro. Aqui, nesses
versículos, veremos o cuidado com os santos.
O anúncio do sétimo selo é dramaticamente
retardado enquanto os santos recebem a certeza e a segurança de que Deus os
conhece e cuida deles (vs. 3) em meio às calamidades retratadas em 6.1-17.
Eles estão selados contra o mal com uma
marca de propriedade e proteção (vs. 1-10; 9.4; cf. Ez 9.4) e lhes é dado
perfeito descanso no final (vs. 15-17).
Essas promessas mantêm os santos ao longo
do período da história da igreja, assim como mantiveram as sete igrejas no
século 1.
João relata que depois disso (dos fatos
narrados até aqui) ele viu quatro anjos de pé nos quatro cantos da terra que
retiam os quatro ventos que impediam que qualquer vento soprasse na terra, no
mar ou em qualquer árvore. Também viu um anjo subindo do Oriente, tendo o selo
do Deus vivo que bradou em alta voz aos quatro anjos a quem tinha sido o dado
poder para danificar a terra e o mar para não danificar nem a terra, nem o mar
nem as árvores, até que fossem seladas as testas dos servos de Deus.
Os fiéis aqui são selados com um sinal de
proteção e propriedade (9.4; 14.1), semelhante àquele em Ez 9.4.
Dos vs. 4 ao 8, o equilíbrio dos números
sugere que doze é um número simbólico para a plenitude do povo de Deus. João
ouviu o número dos que foram selados: doze mil de cada tribo. Dã é omitido,
possivelmente porque essa tribo estava associada com idolatria (cf. Jz 18 com
Ap 21.8; 22.15).
Alguns pensam que o número cento e quarenta
e quatro mil inclui apenas os crentes judeus, mas a expressão "servos do
nosso Deus" no vs. 3, deve incluir os santos gentios também.
A posição equivalente de gentios e judeus
na igreja (Rm 9.8; Ef 2.11-22) e as promessas associadas somente com os cento e
quarenta e quatro mil (9.4; 14.1-5) confirmam isso.
De acordo com os vs. 1-8, os santos são
individualmente conhecidos por Deus e nenhum escapa do seu poder (Mt 10.30).
De acordo com os vs. 9-17, nenhum ser
humano consegue contar o seu número. Percebe-se nisso que há dois povos que
foram selados os 144 mil dos judeus, povo escolhido por Deus, e os gentios que
foram alcançados pela pregação do evangelho, a partir do Novo Testamento.
Depois disso João olhou – vs. 9 -, e diante
dele estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes
brancas e segurando palmas e eles clamavam em alta voz: - "A salvação
pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro". (Vs. 10).
Nos vs. 11 e 12, todos os anjos que estavam
de pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes se prostraram
com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus dizendo: - "Amém!
Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso
Deus para todo o sempre. Amém!". – (Vs. 12).
Nisso, um dos anciãos pergunta para João
quem eram aqueles que estavam vestidos de branco e de onde vieram. João
responde que a resposta estava mesmo com quem perguntava. Ele responde “Senhor,
tu o sabes”. E o ancião lhe responde quem eram eles (vs. 14 ao 17). Repare que
a pergunta foi feita de um ancião para João e a resposta de João foi endereçada
ao Senhor e não ao ancião. Isso porque, talvez, aquele ancião representava e
falava em nome do Senhor.
O ancião então explica e diz que eles eram
os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no
sangue do Cordeiro. Por isso, eles estão diante do trono de Deus e o servem dia
e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre
eles o seu tabernáculo. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Não cairá
sobre eles sol, e nenhum calor abrasador, pois o Cordeiro que está no centro do
trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará
dos seus olhos toda lágrima.
Muitos identificam a grande tribulação –
vs. 14 - com o período final de perseguição que terá lugar imediatamente antes,
durante e depois da segunda vinda (a BEG recomenda ler seu excelente artigo
teológico "O milênio", em Ap 20).
Porém, tribulações para os cristãos têm
ocorrido e continuarão a ocorrer ao longo de toda a era da igreja, portanto,
todo esse período pode ser caracterizado como um tempo de tribulação (2Ts
1.5-6; 2Tm 3.1,12).
Esse versículo provou ser um conforto
relevante para os cristãos do século 1 (e o será também para aqueles que
enfrentarem a crise final). A palavra grega (thlipsis) traduzida aqui como
"tribulação" pode ser traduzida como "sofrimento",
"aflições", "perseguição" e "sofrer' – e todos esses
significados se relacionam às circunstâncias dos leitores do século 1.
Ap 7:1 Depois disto, vi
quatro anjos em pé
nos quatro cantos da terra,
conservando seguros
os quatro ventos da terra,
para que nenhum vento
soprasse sobre a terra,
nem sobre o mar,
nem sobre árvore alguma.
Ap 7:2 Vi
outro anjo que subia do nascente do sol,
tendo o selo do Deus vivo,
e clamou em grande voz aos
quatro anjos,
aqueles aos quais fora dado
fazer dano à terra e ao
mar,
Ap 7:3 dizendo: Não
danifiqueis
nem a terra,
nem o mar,
nem as árvores,
até selarmos na fronte
os servos do nosso Deus.
Ap 7:4 Então, ouvi o número dos que foram selados,
que era cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos
filhos de Israel:
Ap 7:5 da tribo de Judá
foram selados doze mil;
da tribo de Ruben, doze
mil;
da tribo de Gade, doze mil;
Ap 7:6 da tribo de Aser,
doze mil;
da tribo de Naftali, doze
mil;
da tribo de Manassés, doze
mil;
Ap 7:7 da tribo de Simeão,
doze mil;
da tribo de Levi, doze mil;
da tribo de Issacar, doze
mil;
Ap 7:8 da tribo de Zebulom,
doze mil;
da tribo de José, doze mil;
da tribo de Benjamim foram
selados doze mil.
Ap 7:9 Depois destas coisas, vi,
e eis grande multidão que ninguém podia enumerar,
de todas as nações,
tribos,
povos
e línguas,
em pé
diante do trono
e diante do Cordeiro,
vestidos de vestiduras
brancas,
com palmas nas mãos;
Ap 7:10 e clamavam em
grande voz, dizendo:
Ao nosso Deus, que se
assenta no trono,
e ao Cordeiro, pertence a
salvação.
Ap 7:11 Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono,
os anciãos
e os quatro seres viventes,
e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto,
e adoraram a Deus, Ap 7:12 dizendo:
Amém!
O louvor,
e a glória,
e a sabedoria,
e as ações de graças,
e a honra,
e o poder,
e a força
sejam ao nosso Deus,
pelos séculos dos séculos.
Amém!
Ap 7:13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo:
Estes, que se vestem de vestiduras brancas,
quem são e donde vieram?
Ap 7:14 Respondi-lhe:
meu Senhor, tu o sabes.
Ele, então, me disse:
São estes os que vêm da
grande tribulação,
lavaram suas vestiduras
e as alvejaram no sangue do
Cordeiro,
Ap 7:15 razão por que se acham
diante do trono de Deus
e o servem de dia
e de noite no seu
santuário;
e aquele que se assenta no
trono
estenderá sobre eles o seu
tabernáculo.
Ap 7:16 Jamais terão fome,
nunca mais terão sede,
não cairá sobre eles o sol,
nem ardor algum,
Ap 7:17 pois o Cordeiro
que se encontra
no meio do trono
os apascentará
e os guiará
para as fontes da água da
vida.
E Deus lhes enxugará dos
olhos
toda lágrima.
Realmente estamos num tempo diferente que começou mesmo com a primeira
vinda de Jesus, como o Filho de Deus. Na Bíblia é chamado esse período de os
últimos tempos e, de fato, eles podem também ser entendidos como o período da
grande tribulação. Obviamente que imediatamente antes da segunda vinda do
Senhor os rumos da história estarão no seu ápice sendo os efeitos mais
avassaladores o que resultaria também num ápice dessa grande tribulação.
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