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sexta-feira, 11 de março de 2016

Tiago 3 1-18 - PARE DE QUEIXAR-SE! NÃO FAÇA MAU USO DA LÍNGUA!

Como falamos, Tiago foi escrito com o objetivo de ensinar a sabedoria de Deus para podermos perseverar em meio às dificuldades até o retorno de Cristo. Ela, provavelmente, foi escrita entre 44-62 d.C. Estamos vendo o capítulo 3/5.
Breve síntese do capítulo 3.
Tiago, inspiradíssimo, poeta do Senhor, fala da língua com maestria e deixa o recado pelo Espírito Santo de Deus aos nossos corações. Como será que está a nossa língua e o uso que fazemos dela diante do Senhor que nos deu este instrumento valioso capaz de colocar “navios” na direção certa?
Uma de nossas malditas especialidades é a queixa e as murmurações diante do Senhor. “Nossas orações algumas vezes parecem cópia dessa palavra de Elias: queixas e lamentos diante do Senhor. Precisamos orar para agradecer e louvar, para engrandecer e glorificar, para interceder e suplicar... sem queixas, sem lamentos, porque o Senhor tem o melhor para nós. Assim devemos lançar sobre ele a nossa ansiedade, certos de que ele cuida de nós; só assim, podemos prosseguir dentro do plano que o Senhor tem para nós.[1]
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. A SABEDORIA E SEUS EFEITOS NAS PROVAÇÕES (1.2-3.12) - continuação.
Estamos vendo de 1.2 a 3.12 a sabedoria e seus efeitos nas provações. Tiago passou imediatamente para a sua preocupação central: a sabedoria divina em meio às provações e aos sofrimentos.
Estamos seguindo a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. Pedindo a Deus por sabedoria (1.2-18) – já vimos; B. Ouvir e fazer (1.19-27) – já vimos; C. Favorecendo o rico (2.1-13) – já vimos; D. Fé e obediência (2.14-26) – já vimos; e, E. O controle da língua (3.1-12) – veremos agora.
E. O controle da língua (3.1-12).
Tiago forneceu ainda outra visão da maneira com que a sabedoria age nas provações e nos conflitos que testam a nossa fé. Ele apontou para a importância de controlar a nossa língua na comunidade cristã.
Ele começa o capítulo desestimulando aqueles que querem se tornar mestres; essa é uma sensata advertência com relação à responsabilidade dos mestres. Os mestres têm tanto a habilidade como a responsabilidade de estudar e conhecer a verdade. Como resultado, Deus os considera responsáveis de acordo com um padrão mais elevado (cf. Lc 12.47-48).
Os mestres também exercem unia influência sobre os alunos confiantes, um relacionamento que torna os alunos vulneráveis a sérios erros da parte dos seus mestres.
Esse julgamento mais severo deveria reprimir os mestres de dizer palavras incorretas ou descuidadas. A igreja antiga dava grande valor aos mestres (Mt 5.19; 18.6).
Ainda assim, Tiago rapidamente ampliou a sua perspectiva além deles para incluir todos os cristãos.
O fato é que mestres e não-mestres, todos tropeçamos. Tiago ainda estava falando principalmente dos mestres, indicando que ensinar algum erro é inevitável.
Assim, o rigoroso julgamento contra o pecado inevitável deveria dissuadir energicamente muitos de se tornarem mestres. Tiago usou esse ponto para prosseguir falando a respeito de ensinamentos que são universalmente aplicáveis ao uso da língua.
Dos vs. 3 ao 5, Tiago fez uso de metáforas da experiência comum para ilustrar o seu argumento principal de que grandes resultados podem ser alcançados por simples ações.
A língua é a menor parte do corpo, mas ela é capaz de criar tanto enormes desastres como fornecer orientações que elevam a vida.
Uma língua desenfreada é como um fogo que devasta sem controle (SI 120.3-4; Pv 16.27). Essa imagem realça o inacreditável prejuízo que pode ser feito com palavras - não somente àqueles aos quais as palavras são direcionadas, mas também aos outros em seu caminho e àqueles que as pronunciaram.
Como as palavras perversas podem causar muito (frequentemente imprevisível) prejuízo, os cristãos especialmente devem ser muito cuidadosos com o que dizem.
O mau uso das palavras (incluindo blasfêmia, fofoca, calúnia, mentiras, falso juramento e assim por diante) tem o poder de destruir, manchar ou corromper todo o caráter de uma pessoa.
O fato de que ela é posta ela mesma em chamas pelo inferno – vs. 6 -, trata-se de uma afirmação exagerada que indique a gravidade dos resultados das palavras perversas, ou uma indicação de que os próprios demônios tentam os cristãos a usar palavras destrutivas.
No vs. 7 quando ele afirma que todas as espécies de animais, aves, répteis e criaturas do mar tem sido domada, Tiago não tinha em vista a domesticação, mas a sujeição que a humanidade exerce sobre o reino animal (Gn 1.28).
No entanto, apesar disso, a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar. A língua é mais difícil de domar do que os animais selvagens, ou seja, o pecado verbal está entre os mais difíceis de serem resistidos, pois que a língua está carregada de veneno mortífero.
A língua é mais cheia de veneno peçonhento do que uma víbora (SI 58.4; 140.3; Rm 3.13-14). Nessa metáfora, Tiago talvez estivesse fazendo referência à serpente no jardim do Éden: suas palavras aparentemente inocentes trouxeram a destruição sobre toda a raça humana (Gn 3).
Embora os pecados verbais sejam fáceis de serem cometidos, eles podem provocar terríveis destruições.
Nos vs. 9 ao falar das bênçãos e maldições, Tiago estava aplicando seus princípios aos relacionamentos humanos. Sua principal preocupação a respeito do controle da língua era que os cristãos deveriam perceber que amaldiçoar a imagem e semelhança de Deus equivale a amaldiçoar o próprio Deus.
Além disso, é totalmente inaceitável que alguém faça declarações piedosas enquanto ignora ou maltrata os outros, especialmente aqueles que são fracos e desamparados.
A consideração apropriada pelas pessoas como portadoras da imagem de Deus nos motivará a falar com elas com a dignidade e a honra que Deus concedeu a elas (veja 1Jo 3.17; 4.8). Veja também o excelente artigo teológico da BEG: "Criados à imagem de Deus", em Gn 1.
Sobre essa imagem e semelhança, podemos ainda nos valer do sermão A ORIGEM DA FAMÍLIA[2] (Pr. Daniel Deusdete), a seguir copiado.
“Adão no hebraico é הָֽאָדָ֗ (Adam) que no original está conectado a duas palavras hebraicas que significam “sangue” (dam) e “solo” ou “terra” (adamah) – essas duas palavras nos remetem à humanidade. Sangue + solo = humanidade. Para se tornar alma vivente, Deus teve de soprar em suas narinas aquilo que é a sua essência, o seu Espírito. Deus jogou para dentro dele aquilo que era a sua própria essência, o seu Espírito.
Em Gn 2.7, nós lemos que o Senhor Deus:
ü  Formou o homem do pó da terra.
ü  Soprou em suas narinas o fôlego de vida.
ü  O homem se tornou um ser vivente.
Assim, Adão não é simplesmente formado a partir da “terra” (adamah), mas a partir de עָפָר֙ (afar) da terra, ou do pó (pó, cinzas ou restos) da terra.
E agora Deus ao criar o homem, o faz à sua imagem (tzelem) e à sua semelhança (demut). Quando Deus disse que iria criar o homem à sua imagem e à sua semelhança ele estava já executando seu plano eterno desde quando nem tempo havia.
A criação do homem por causa da imagem e da semelhança de Deus é algo especial e único no universo. O homem foi a última coisa a ser criada por Deus. E nada da criação se compara ao homem.
Pois a ninguém disse o que disse Deus ao homem quando o criou, nem em criatura alguma criada ele soprou em suas narinas para que se tornasse alma vivente. Deus teve de soprar algo de si mesmo ao homem para torná-lo alma vivente.
Deus soprou nele aquilo que é a sua essência, o seu espírito. Deus jogou para dentro dele aquilo que era a sua essência, seu Espírito.
O homem não foi criado por causa do mundo, mas o mundo foi criado por causa da família!
Calvino fala sobre a imagem e a semelhança como termos sinônimos que não representam características físicas do Criador porque Deus é espírito e não tem aparência física, nem características suas de domínio, mas representam:
·         Retidão e verdadeira santidade
·         Imortalidade
·         Inteligência, razão e afeição.
A Bíblia de Estudo de Genebra fala que a imagem e a semelhança representa aspectos pessoais, criativos, racionais e morais pertencentes a Deus e comunicados aos homens na sua criação. Deus tem atributos que não são comunicáveis como a onipotência, onisciência, onipresença, mas compartilha com o homem de sua imagem e semelhança quanto aos seus atributos comunicáveis como a verdade, a justiça, o amor, a bondade.
Mesmo o homem caído por causa do pecado do primeiro Adão guarda a imagem e a semelhança de Deus por causa dos seus atributos comunicáveis. Certamente que maculada ou deturpada, mas ele a carrega.
No hebraico temos uma construção literária chamada de paralelismo onde a segunda linha (neste caso a palavra “imagem” e “semelhança”) está dizendo basicamente a mesma coisa que a primeira, ampliando assim o significado do primeiro conceito. É o que se chama também de expansão. Por exemplo, eu digo “a” e depois “aa”, o primeiro significado é o de “a” e o segundo é, no mínimo, o dobro do primeiro.
  • (Tzelem) está ligado com a ideia de uma "sombra".
  • (Tzel), uma imagem imperfeita que se assemelha ao que a projeta. Apesar de imperfeita, essa sombra/imagem guarda conexão com aquilo que a projeta.
  • (Dmut) é paralela à (tzelem) e são conectadas com as ideias, "semelhança" e "imaginação".
Tanto "imagem" e "semelhança" usam diferentes prefixos, “bet” (para) e “caf” (como/de acordo com), mas isso é normal no Hebraico e não há um significado peculiar nessa construção.
Cada ser humano que anda por ai, mesmo os ímpios foram criados por Deus e portanto levam de alguma forma a imagem e a semelhança de Deus neles. Destruí-los é afrontar a Deus porque ali está a sua imagem e a sua semelhança.
Vejamos um pequeno trecho de João Calvino falando disso e reforçando em nós o conceito do perdão que Jesus nos ensinou:
“Seja quem for que se apresente a nós como necessitado do nosso auxílio,
não há o que justifique que nos neguemos a servi-lo.
Se dissermos que é um estranho,
o Senhor imprimiu nele uma marca
que deveríamos reconhecer facilmente. 
Se alegarmos que é desprezível e de nenhum valor,
o Senhor nos contestará,
relembrando-nos que o honrou criando-o à Sua imagem.
Se dissermos que não há nada que nos ligue a ele,
o Senhor nos dirá que se coloca no lugar dele
para que reconheçamos nele os benefícios
que Ele nos tem feito.
Se dissermos que ele não é digno de que demos sequer um passo para ajudá-lo,
a imagem de Deus,
que devemos contemplar nele,
é digna de que por ela nos arrisquemos,
com tudo o que temos.
Mesmo que tal homem,
além de não merecer nada de nós
também nos fez muitas injúrias ultrajantes,
ainda assim
isso não é causa suficiente para que deixemos de
amá-lo, agradá-lo e servi-lo.
Porque, se dissermos que ele não merece nada disso de nós,
Deus nos poderá perguntar que é que merecemos dele.
E quando Ele nos ordena
que perdoemos aos homens as ofensas
que nos fizeram ou fizerem,
é como se o fizéssemos a Ele.
 (Mt 6.14,15; 18.35; Lc 17.3)”. (João Calvino).”
Com relação aos vs. 11 e 12, observe a semelhança aqui entre as metáforas de Tiago e as usadas por Jesus em Mt 7.16. Usar a língua para pecar é incompatível com o caráter do cristão e a identidade em Cristo.
III. A SABEDORIA E SEUS EFEITOS NAS DISPUTAS (3.13-5.11).
Num segundo momento, Tiago explicou como a sabedoria divina era necessária para as provações que os seus leitores estavam enfrentando, especialmente a provação dos conflitos entre os cristãos.
A sabedoria proveniente de Deus é humilde, mas a sabedoria terrena é orgulhosa e invejosa. Os cristãos devem evitar falar mal uns dos os outros porque somente Deus é nosso juiz.
Os cristãos devem evitar também o orgulho perante Deus, sabendo que ele controla a nossa vida. O rico que oprime o pobre arrisca-se a receber o eterno castigo de Deus. A paciência é necessária para todos nós porque iremos receber a nossa recompensa quando Cristo retornar.
Veremos, pois, dos vs. 3.13 ao 5.11, a sabedoria e seus efeitos nas disputas. Tiago retornou explicitamente ao tema da sabedoria.
Seus interesses aqui são semelhantes àqueles expressados na primeira metade da sua epístola, mas agora ele focaliza mais na sabedoria manifestada no contexto do conflito.
Sua discussão se divide em cinco partes: humildade e paz como sinais distintivos da sabedoria proveniente de Deus (3.13-4.10), a impropriedade da maledicência (4.11-12), a arrogância (4.13-17), advertências aos os cristãos ricos (5.1-6) e a importância da paciência (5.7-11). Elas formarão a nossa seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. Distinguindo a sabedoria proveniente de Deus (3.13-4.10) – começaremos a ver agora; B. Maledicência (4.11-12); C. Advertências contra a presunção (4.13-17); D. Advertências aos ricos (5.1-6); e, E. Paciência (5.7-11).
A. Distinguindo a sabedoria proveniente de Deus (3.13-4.10).
Dos vs. 3.13 ao 4.10, estaremos distinguindo a sabedoria proveniente de Deus. Há dois tipos de sabedoria: uma de Deus e outra do mundo. Tiago informou a seus leitores sobre como distinguir uma da outra.
Assim como Tiago exorta os cristãos a demonstrar a fé por meio das obras, ele também insiste que a sabedoria seja demonstrada mediante uma vida piedosa.
Um sinal de sabedoria é um espírito manso e humilde. Como a arrogância e a insensatez andam juntas, assim também é com a humildade e a sabedoria.
De maneira realista, a sabedoria dá valor à vida e promove a humildade na pessoa sábia. Conquanto até mesmo o exemplo de Jesus demonstre que a passividade recatada nem é sempre apropriada (Jo 2.15-16), as pessoas sábias possuem suficiente conhecimento sobre si mesmas e sobre o mundo no qual vivem para servir a Deus com um espírito de humildade e mansidão.
Abrigar no coração inveja amargurada e sentimento faccioso – vs. 14 – é um péssimo sinal. A inveja e a cobiça envenenam o espírito. Elas estão ligadas à ambição egocêntrica e egoísta. Essas imperfeições surgem da insensatez. Elas são contrárias ao verdadeiro entendimento e ao amor ao próximo.
Aqui – vs. 15 - a verdadeira sabedoria é colocada em nítido contraste com a "sabedoria" deste mundo a qual é terrena, animal e demoníaca. A sabedoria da carne reflete o engano de Satanás e é loucura aos olhos de Deus (veja 1Co 1.19-21).
E onde há inveja e ambição egoísta, haverá confusão e toda espécie de coisas ruins. A inveja e o egoísmo resultam da falta de sabedoria divina. Essa insensatez leva a diferentes tipos de pecados prejudiciais.
No entanto – vs. 17 -, a sabedoria verdadeira vem lá do alto. A sabedoria que é um dom de Deus reflete a pureza do próprio Deus. Novamente a sabedoria é ligada à piedade, uma vez que o próprio Deus é a fonte e o manancial da verdadeira sabedoria a qual é pura; depois pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera – vs. 17.
Assim, ela está livre de qualquer atitude belicosa; é atenciosa e gentil com os sentimentos das outras pessoas; é tratável, isto é, disposta a ouvir e a submeter-se à opinião dos outros quando apropriado; é plena de misericórdia - não avarenta quanto a mostrar misericórdia, mas suficientemente consciente de sua própria necessidade por misericórdia para ser misericordiosa com os outros; é imparcial, sem fingimento; é justa e livre de fraude ou de engano.  
O fruto colhido pelo plantio da sabedoria – vs. 18 - é uma abundante safra de retidão, tanto em si mesmo como naqueles que foram afetados positivamente por atitudes e ações da pessoa.
Tg 3:1 Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres,
                sabendo que havemos de receber maior juízo.
Tg 3:2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas.
Se alguém não tropeça no falar,
                é perfeito varão,
                capaz de refrear também todo o corpo.
Tg 3:3 Ora, se pomos freio na boca dos cavalos,
                para nos obedecerem,
                               também lhes dirigimos o corpo inteiro.
Tg 3:4 Observai, igualmente,
                os navios que,
                               sendo tão grandes e batidos de rijos ventos,
                                               por um pequeníssimo leme são dirigidos
                                                               para onde queira o impulso do timoneiro.
Tg 3:5 Assim, também a língua,
                pequeno órgão,
                               se gaba de grandes coisas.
Vede como uma fagulha
                põe em brasas tão grande selva!
Tg 3:6 Ora, a língua
                é fogo;
                é mundo de iniquidade;
a língua está situada entre os membros de nosso corpo,
e contamina o corpo inteiro,
e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana,
                como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.
Tg 3:7 Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos
                se doma e tem sido domada pelo gênero humano;
Tg 3:8 a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar;
                é mal incontido,
                carregado de veneno mortífero.
Tg 3:9 Com ela,
                bendizemos ao Senhor e Pai;
                também, com ela, amaldiçoamos os homens,
                               feitos à semelhança de Deus.
Tg 3:10 De uma só boca procede
                bênção e maldição.
Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim.
Tg 3:11 Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar
                o que é doce e o que é amargoso?
Tg 3:12 Acaso, meus irmãos,
                pode a figueira produzir azeitonas
                ou a videira, figos?
                Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.
Tg 3:13 Quem entre vós é sábio e inteligente?
                Mostre em mansidão de sabedoria,
                               mediante condigno proceder,
                                               as suas obras.
Tg 3:14 Se, pelo contrário, tendes em vosso coração
                inveja amargurada
                e sentimento faccioso,
                               nem vos glorieis disso,
                               nem mintais contra a verdade.
Tg 3:15 Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes,
                é terrena,
                animal
                e demoníaca.
Tg 3:16 Pois, onde há inveja e sentimento faccioso,
                aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.
Tg 3:17 A sabedoria, porém, lá do alto
                é, primeiramente, pura;
                depois, pacífica,
                indulgente,
                tratável,
                plena de misericórdia e de bons frutos,
                imparcial,
                sem fingimento.
Tg 3:18 Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça,
                para os que promovem a paz.
Permitam-me uma singela oração. Obrigado Senhor pela língua que me deste para louvá-lo, engrandecer-te, cantar-te louvores e adorá-lo. Perdoe-me o uso insensato que as vezes faço para queixas e lamentos como se o Senhor não cuidasse de mim. Estou envergonhado... perdoe-me!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 


[1] Moraes, Jilton. HOMILÉTICA – do púlpito ao ouvinte. Pg. 204. Ed. Vida Acadêmica.
...
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quinta-feira, 10 de março de 2016

Vamos Orar pelo Brasil?

Chegou a nossa h(ora) de orar com fé!
...
Click e ouça:  Orar-10-3-16 

Manifestação nas ruas em 13 de março de 2016 - Há esperanças para o Brasil... mas você precisa orar!

“Neste próximo domingo 13 eu irei à igreja, celebrarei a Ceia do Senhor e depois irei às ruas. Você meu irmão, deve ir à igreja e à rua também.

Sim, ir à rua pelo Brasil, é uma extensão da adoração. (I Coríntios 10:31). Precisa dizer às raposas que envergonham e achincalham o nosso país que você não concorda com o estado de coisas em que vivemos.

Diga que não aguenta mais ver o pobre sem saúde, a criança sem educação de qualidade, o jovem egresso da Universidade sem rumo e sem chão por falta de emprego e a violência ceifando inocentes.

Grite que está cansado de corrupção, de ironização da nossa Democracia por grupos de raposas (Herodes) que escravizam a nossa nação e que vivem nababescamente, sem escrúpulo, desavergonhadamente.

Este protesto seu, é o espírito do Evangelho. Jesus está na rua, reza Lucas, quando Herodes lhe manda um recado para que se cale e volte para casa.

Jesus envia um recado a Herodes: "Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermo e, no terceiro dia, terminarei”. (Lucas 13:32).

Esse estado de coisas precisa findar, a jararaca precisa ter a cabeça esmagada pela justiça, seus filhotes também. Herodes é uma autoridade permitida, mas não é divina.

Quando se corrompe precisa que alguém lhe diga: "Nenhum poder terás mais sobre mim; porquanto, te corrompeste e não és mais digna do meu respeito." (João 19:11).


O mal por si mesmo é o mal. Não falar é falar, não agir é agir. Viva o Brasil, viva a liberdade, viva o Estado de Direito. Ninguém está imune a ele, nem o Barba, nem os seus comparsas.” (Pr. Joel Paulo Sousa Filho).


Meus queridos, sobre a oração quero ainda lembrá-los do que o Pr. Ian Lima, do Ministério Mais de Deus disse: "A pior coisa que aconteceu com a igreja nesse mundo marcado pelo pós-modernismos a meu ver tem sido seu completo abandono da vida de oração. 

Ao relativizarmos a oração, cometemos contra nós mesmos um atentado. O mundo sempre foi hostil à igreja, mas uma igreja que ora sempre terá auxilio dos céus em sua direção. Não importa o pluralismo, a tecnologia e a indiferença onde existe oração, as muralhas são arrebentadas pelo poder de Deus. 

Lembremos que oração não é fuga, nem escapismo, ou ficar alienado, pois quem ora, vence; pois esta ao lado daquele que venceu poderosamente na cruz.

Todos nós subestimamos o valor insubstituível de uma vida cheia de oração. Podemos contextualizar nossos sermões, podemos ser até relevantes, sermos ouvidos e respeitados. Todavia ao abandonarmos a oração, a vida intima com Deus, abandonamos a nossa fonte primaria e única de poder. 

Nós colocamos em uma situação perigosa de independência de pensarmos que sozinhos poderemos enfrentar as forças contraria a nós. 

Sem uma vida dobrada no altar da oração, podemos programar nossas ações evangelísticas e intelectuais para perder essa batalha contra esse sistema atual. Ao abandonarmos a oração ficamos a merce da própria sorte. Nada, digo, nada pode substituir a oração; nada , nada: eloquência alguma , intelecto algum muda os destino de um homem mas uma igreja que ORA vai ter poder dos céus, unção e graça, para ganhar almas. 

Sem oração sem poder" Ou nas palavras de John Piper "A oração faz coisas acontecerem que se não orássemos, não aconteceriam".


Tiago 2 1-26 - A FÉ E AS OBRAS

Como falamos, Tiago foi escrito com o objetivo de ensinar a sabedoria de Deus para podermos perseverar em meio às dificuldades até o retorno de Cristo. Ela, provavelmente, foi escrita entre 44-62 d.C. Estamos vendo o capítulo 2/5.
Breve síntese do capítulo 2.
Primeiro Tiago vai falar da acepção das pessoas. O homem dá muito valor às aparências e despreza o coração. Nesse julgamento, ele acaba cometendo injustiças, pois o que se vê é aparente e não se vê o real do interior de uma pessoa.
Quem tem a oportunidade de se vestir melhor porque tem mais condições financeiras é tido de maior valor quando, na verdade, o valor de alguém não é medido por suas posses. No entanto, muito nos enganamos com as aparências até o dia de hoje e assim o será até nosso fim.
Por fazermos acepção de pessoas continuamente, devemos estar alertas para isso aceitando quando necessária a devida repreensão para voltarmos ao caminho da justiça e não das aparências.
Depois aborda um tema controverso e muito difícil a questão entre obras e fé. Eu não vejo contradições entre Paulo e Tiago. Ambos falam a mesma coisa. Eu somente vou dizer algo: quando as minhas obras me fazem maiores do que meu irmão, então elas não são obras da fé; mas quando elas são maiores não porque eu as fiz, mas porque a graça de Deus me fez frutífero, então elas, de fato serão maiores, mas nada tenho que me gloriar, nem diante de meu irmão.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. A SABEDORIA E SEUS EFEITOS NAS PROVAÇÕES (1.2-3.12) - continuação.
Estamos vendo de 1.2 a 3.12 a sabedoria e seus efeitos nas provações. Tiago passou imediatamente para a sua preocupação central: a sabedoria divina em meio às provações e aos sofrimentos.
Estamos seguindo a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. Pedindo a Deus por sabedoria (1.2-18) – já vimos; B. Ouvir e fazer (1.19-27) – já vimos; C. Favorecendo o rico (2.1-13) – veremos agora; D. Fé e obediência (2.14-26) – veremos agora; e, E. O controle da língua (3.1-12).
C. Favorecendo o rico (2.1-13).
Novamente Tiago refere-se de maneira explícita ao tema dos relacionamentos entre os ricos e os pobres (veja 1.9-11) porque essa era uma questão crucial com a qual seus leitores defrontavam. Aqui ele ressaltou que é contrário à Palavra de Deus (e, portanto, contrário à sabedoria de Deus) mostrar favoritismo aos ricos.
Somos crentes no Senhor Jesus Cristo, no Senhor da glória. Isso poderia ser traduzido "nosso Senhor Jesus Cristo, a glória". Aqui Jesus pode ser identificado com a glória de Deus. Ele era a viva e encarnada nuvem da glória (Êx 16.10; 24.16; 40. 34-35), Deus habitando entre nós.
E como crentes que somos, não devemos andar em acepção de pessoas. Isso indica um respeito pelas pessoas baseado puramente nas aparências. É contrário ao comportamento de Deus, aquele que não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; Ef 6.9; Cl 3.25). À luz da divina glória de Cristo, é insensato mostrar favoritismo com base nos níveis inferiores da glória humana.
Quem julga os outros fazendo distinção, está discriminando. Deus nos manda discernir entre o bem e o mal. No entanto, favorecer uma pessoa acima de outra com base nas exterioridades, como posição econômica, etnia ou critérios semelhantes é pecado. Em cada um de nós Deus imprimiu a sua imagem e a sua semelhança e qualquer afronta ou desrespeito, é mesmo uma afronta e um desrespeito a quem o criou.
A herança no reino de Deus está baseada na eleição soberana de Deus, não em qualquer tipo de mérito humano. A Escritura revela que Deus dá atenção especial a todos aqueles que são fracos e humildes segundos os padrões humanos.
Com frequência Deus escolhe o seu povo dentre a classe dos pobres a fim de manifestar a glória do seu poder para salvar (Lc 6.20; 1Co 1.28-29).
Do mesmo modo que a verdadeira religião deveria dar atenção às viúvas e aos órfãos (1.27), ela também não deve mostrar favoritismo com respeito aos ricos.
O verbo "oprimir" – vs. 6 - é forte e em outra parte refere-se à obra de opressão feita por Satanás (At 10.38). Era muito comum que os ricos fizessem uso dos poderes políticos e judiciais para explorar os pobres, e muitos ainda confiavam em sua riqueza e seu poder em vez de em Cristo para a salvação.
Os leitores de Tiago haviam mostrado falta de fé ao concordar com o sistema de valores do mundo. Eles favoreciam os ricos, embora estes maltratassem os cristãos e caluniassem Cristo, apesar de que Deus favorece os pobres, mas não com imparcialidade porque é pobre. Deus é justo e jamais comete injustiças, mas julga retamente.
Não há, diante de Deus, vantagem alguma em ser pobre ou rico, sábio ou ignorante, culto ou analfabeto, famoso ou desconhecido, poderoso ou desprezível, inteligente ou estulto, pois Deus trata a todos com justiça e amor. O filtro de Deus, ou para quem Deus olhará, será sempre para aquele que tem fé nele.
A lei suprema ordenada por Deus, o grande Rei, para suas imagens reais em Cristo (a BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Criados à imagem de Deus", em Gn 1) é a lei régia – vs. 8 - amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Tiago considerava o pecado do favoritismo como uma violação do grande mandamento (Lv 19.18; Dt 6.5; Mt 22.36-39), o que fazia do infrator um transgressor da lei.
Tiago não negou o claro ensinamento do Antigo e do Novo Testamento de que alguns pecados são mais sérios do que outros (Êx 21.12-14; Mt 11.22; Mc 3.29; 1Jo 5.16).
Em vez disso, ele enfatizou que, por Deus ter dado todas as estipulações da lei, nenhum de seus requerimentos é insignificante (Mt 5.17-19).
Porque toda a lei reflete a personalidade perfeita de Deus de algum modo, qualquer violação da lei se constitui numa transgressão contra ele e, desse modo, também contra o espírito de toda a lei.
Aparentemente, Tiago acreditava que seus leitores poderiam tratar essa questão de maneira inconsequente ao isentar-se de amar ao próximo e continuar a favorecer os ricos.
No dia do julgamento, os cristãos não serão julgados com base nos seus próprios méritos. Caso isso acontecesse, seríamos todos condenados.
Pela misericórdia de Deus, seremos julgados com base no mérito de Cristo. Por termos sido julgados misericordiosamente, devemos julgar outros cristãos da mesma maneira, mostrando misericórdia em vez de discriminação. Esse é o ponto chave de seu argumento.
Dessa forma, a misericórdia triunfa sobre o próprio juízo. (Veja Mt 5.7; 18.21-35; cf. Zc 7.9). Embora Deus não seja obrigado a mostrar misericórdia, ele livremente escolhe mostrá-la em abundância.
Ele se reserva o divino privilégio de mostrar misericórdia a quem ele quer (Rm 9.18), óbvio que aí está implícito os princípios divinos de sua soberania, sabedoria e bondade máxima.
Pela sua lei, no entanto, nós somos ordenados a equilibrar a justiça com a misericórdia. Somos advertidos por ele que, se nós nos recusarmos a mostrar misericórdia, não receberemos a sua misericórdia.
D. Fé e obediência (2.14-26).
Tendo enfatizado a importância de ir além do conhecimento da Palavra de Deus na área do amor ao próximo, Tiago voltou-se para o outro lado da mesma questão: o relacionamento entre fé e obras quanto a cuidar dos companheiros cristãos.
Pode, acaso, semelhante fé (que alega ser algo, mas que não faz absolutamente nada) salvá-lo? É importante relembrar que o Novo Testamento emprega o termo "fé" de diferentes maneiras.
Os teólogos têm distinguido esses diferentes significados de diversas maneiras. Aqui Tiago estava distinguindo "fé salvadora" (a fé que resultará na salvação eterna) da falsa fé. A fé que não produz boas obras não é a fé que salva.
Tiago ilustrou o que ele entendia por fé sem obras no vs. 15. Como essa ilustração mostra, ele continuou a focalizar em mostrar misericórdia aos pobres (veja 2.1-13).
Aqui, no entanto, ele aponta para o fato de que a fé que não serve ao pobre não é a fé salvadora. Embora o raciocínio de Tiago esteja estreitamente focado, nós podemos aplicar o mesmo tipo pensamento de modo mais amplo.
Se não manifestamos as boas obras que se originam da nossa fé em Cristo, então não temos fé salvadora.
Quando Lutero e os reformadores insistiram na fórmula "justificação somente pela fé", a intenção deles era deixar bem claro que a justificação vinha por meio da fé e não por meio das boas obras.
A palavra "somente" não significa que fé salvadora ou justificadora existe sem nenhum subsequente fruto da obediência. Lutero insistia que a fé salvadora é uma fé viva.
A imagem de fé morta não se refere a uma fé que pereceu, mas a uma fé que nunca teve verdadeira vida dentro dela. Essa fé não pode ser o meio para a justificação.
Tiago desafiou qualquer pessoa que afirmava ter fé a demonstrá-la, torná-la visível. A única evidência visível disponível aos olhos humanos é a das obras da obediência.
Embora Deus possa ler o coração das pessoas, a única maneira pela qual a humanidade pode ver o coração é pelo seu fruto exterior.
Saber que há somente um Deus (de fato, que Deus existe) é assentir concordar com uma proposição que até mesmo os demônios reconhecem. Crer "em" Deus, por outro lado, requer confiança pessoal. A fé salvadora inclui o conhecimento cognitivo, mas vai, além disso, chegando à confiança e submissão pessoal.
Ao se referir ao homem insensato – vs. 20 – ele está fazendo uso de uma forte repreensão. Trata-se de um julgamento moral e não intelectual, lembrando o julgamento que cai sobre o insensato na Literatura de Sabedoria do no Antigo Testamento. A fé desse é inoperante, ou seja, destituída de fruto.
Tiago citou Abraão como o exemplo principal de uma pessoa que foi justificada pelas suas obras. Tiago não está em conflito com Paulo, que também citou Abraão — como a prova principal de uma pessoa que foi justificada pela fé à parte das obras (p. ex., Rm 4.1-25; Gl 3.6-9).
A diferença entre as afirmações de Paulo e Tiago é que Paulo, nesse contexto, usou a palavra "justificado" para se referir ao fato de a justificação ter sido imputada a Abraão (p. ex., Rm 4.3,9,22; 01 3.6), o que encontramos registrado em Gn 15.6.
Tiago usou a palavra "justificado" para referir-se à prova, ou vindicação, da fé de Abraão que ocorreu muitos anos mais tarde (Gn 22.12).
Em Tiago, a frase "foi justificado" (aqui) e "é justificada" (vs. 24) não se refere à reconciliação com Deus, à demonstração da verdade de uma alegação anterior.
Jesus usou o mesmo verbo (dikaioo) nesse sentido em Lc 7.35 quando declarou que "a sabedoria é justificada por todos os seus filhos" (ou seja, a sabedoria é demonstrada ser sabedoria verdadeira pelos seus resultados).
Assim como a verdadeira sabedoria é demonstrado pelos seus frutos, a alegação de fé de Abraão foi justificada (ou seja, demonstrada) pela sua obediência exterior. No entanto, suas obras não foram a causa meritória da sua salvação; elas nada acrescentaram ao perfeito e suficiente mérito de Cristo.
A fé verdadeiramente operante é vista nas obras. A fé verdadeira sempre produz frutos. Fé e obras podem ser distinguidas, mas nunca separadas ou divorciadas.
A fé verdadeira necessariamente produz boas obras (v. 17). Portanto, quando Abraão realizou as boas obras de Gn 22, ele cumpriu as expectativas criadas pela declaração de sua fé em Gn 15.6.
Uma pessoa não prova ser justificada apenas por professar, ou mesmo por possuir, fé. Uma pessoa revela ser justificada pelo que ela faz.
À vista de Deus, nenhuma de nossas obras é digna da justificação definitiva. Somente o mérito de Cristo é eficaz para esse tipo de justificação, de modo que apenas por confiar em Cristo somente nós podemos ser considerados justos na visão de Deus.
Aqui Tiago atacou todas as formas de antinomianismo que busca ter Jesus como Salvador sem aceitá-lo como Senhor. Do mesmo modo que Paulo demonstrou que confiar nas próprias obras para salvação é fatal, também Tiago ensinou que depender de fé vazia ou morta é igualmente fatal.
Tg 2:1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso
Senhor Jesus Cristo,
Senhor da glória,
em acepção de pessoas.
Tg 2:2 Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem
com anéis de ouro nos dedos,
em trajos de luxo,
e entrar também algum
pobre andrajoso,
Tg 2:3 e tratardes com deferência
o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes:
Tu, assenta-te aqui em lugar de honra;
e disserdes ao pobre:
Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés,
Tg 2:4 não fizestes distinção entre vós mesmos
e não vos tornastes juízes
tomados de perversos pensamentos?
Tg 2:5 Ouvi, meus amados irmãos.
Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres,
 para serem ricos em fé
e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?
Tg 2:6 Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre.
Não são os ricos que vos oprimem
e não são eles que vos arrastam para tribunais?
Tg 2:7 Não são eles os que blasfemam o bom nome
que sobre vós foi invocado?
Tg 2:8 Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo,
fazeis bem;
Tg 2:9 se, todavia, fazeis acepção de pessoas,
cometeis pecado,
sendo argüidos pela lei
como transgressores.
Tg 2:10 Pois qualquer que guarda toda a lei,
mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.
Tg 2:11 Porquanto, aquele que disse:
Não adulterarás também ordenou:
Não matarás.
Ora, se não adulteras,
porém matas,
vens a ser transgressor da lei.
Tg 2:12 Falai de tal maneira
e de tal maneira procedei
como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.
Tg 2:13 Porque o juízo é sem misericórdia
para com aquele que não usou de misericórdia.
A misericórdia triunfa sobre o juízo.
Tg 2:14 Meus irmãos, qual é o proveito,
se alguém disser que tem fé,
mas não tiver obras?
Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?
Tg 2:15 Se um irmão ou uma irmã
estiverem carecidos de roupa
e necessitados do alimento cotidiano,
Tg 2:16 e qualquer dentre vós lhes disser:
Ide em paz,
aquecei-vos
e fartai-vos,
sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo,
qual é o proveito disso?
Tg 2:17 Assim, também a fé,
se não tiver obras,
por si só está morta.
Tg 2:18 Mas alguém dirá:
Tu tens fé,
e eu tenho obras;
mostra-me essa tua fé sem as obras,
e eu, com as obras,
te mostrarei a minha fé.
Tg 2:19 Crês, tu, que Deus é um só?
Fazes bem.
Até os demônios crêem e tremem.
Tg 2:20 Queres, pois, ficar certo,
ó homem insensato,
de que a fé sem as obras
é inoperante?
Tg 2:21 Não foi por obras que Abraão,
o nosso pai, foi justificado,
quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
Tg 2:22 Vês como a fé operava
juntamente com as suas obras;
com efeito, foi pelas obras
que a fé se consumou,
Tg 2:23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz:
Ora, Abraão creu em Deus,
e isso lhe foi imputado para justiça;
e: Foi chamado
amigo de Deus.
Tg 2:24 Verificais que uma pessoa é justificada
por obras
e não por fé somente.
Tg 2:25 De igual modo,
não foi também justificada por obras
a meretriz Raabe,
quando acolheu os emissários
e os fez partir por outro caminho?
Tg 2:26 Porque, assim como o corpo
sem espírito é morto,
assim também a fé sem obras
é morta.
Assim como aconteceu com Abraão, as ações de Raabe demonstraram a autenticidade de sua fé. O capítulo 2 se conclui – vs. 26 - com a citação de Tiago de que assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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