quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
Jamais Desista
II Timóteo 2 1-26 - QUAL O SEU FOCO? DESMASCARAR O INSENSATO OU FAZÊ-LO RETORNAR À SENSATEZ?
Como falamos, Paulo escreveu essa sua segunda epístola por volta de 64-68
d.C. para convidar Timóteo a visitá-lo em seus últimos dias e também com o
objetivo de animar Timóteo em seu ministério contra os falsos mestres em Éfeso.
Estamos no capítulo 2/4.
Breve
síntese do capítulo 2.
Como iremos nos fortificar para darmos
continuidade à obra do Senhor? Paulo responde a Timóteo dizendo que é para
fortificar-se na graça! Mas onde está esta graça? Em Cristo Jesus, onde Deus
colocou e escondeu todas as coisas que o homem precisa para levar a sua vida
nessa terra aguardando o seu resgate.
Paulo adverte Timóteo das questões tolas que não
edificam e que somente trazem disputas de palavras e exibições humanas. Ele
adverte Timóteo para ficar longe disso, mas não manda ignorar os que precisam
entender melhor o Caminho, antes adverte-o dizendo para ser manso e piedoso,
brando e apto para instruir.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. SEGUNDAS REFLEXÕES E EXORTAÇÕES
(1.15-2.26) - continuação.
Como dissemos, Paulo
encorajou Timóteo a permanecer fiel em sua oposição aos falsos mestres, ao
contrário de alguns outros que haviam se afastado da verdadeira fé.
Elas formaram nossa
divisão proposta, conforme segue: A. Colaboradores de Paulo (1.15-18) – já vimos; e, B. Exortações a Timóteo
(2.1-26) – veremos agora.
B. Exortações a Timóteo (2.1-26)
Tendo contrastado os muitos que haviam
abandonado Paulo com aquele que havia sido fiel, Paulo exortou Timóteo a
permanecer leal enquanto lidava com os falsos medres em Éfeso.
A discussão de Paulo é dividida em duas
partes: seu chamado para que Timóteo fosse fiel (vs. 1-13) e sua ordem
explícita para lidar com os falsos mestres (vs. 14-26). Elas formarão nossa
divisão proposta, conforme a BEG: 1. Encorajamento à fidelidade (2.1-13) – veremos agora; e, 2. Lidando com os
falsos mestres (2.14-26) – veremos agora
também.
1. Encorajamento à fidelidade (2.1-13).
Paulo exortou Timóteo a permanecer fiel fazendo
três analogias da vida diária que enfatizavam a devoção sincera a uma tarefa.
Paulo, então, falou de sua própria
fidelidade na situação em que ele estava vivendo, antes de concluir com uma
meditação poética que afirmava a fidelidade de Cristo.
Ele concluiu o seu raciocínio dizendo
portanto para Timóteo fortificar-se na graça que há em Cristo Jesus. Seria como
encontrar em Cristo uma fonte da qual dela se extraísse à vontade quanta graça
pudéssemos levar que fosse necessária à viagem.
Também das coisas que aprendera com ele –
vs. 2 -, deveria Timóteo esforçar-se por encontrar homens capazes de instruir
outros com o mesmo ensinamento que ele tinha recebido de Paulo. Timóteo deveria
ordenar líderes na igreja os quais seriam fiéis ao ensino de Paulo (lTm 3.1-7;
5.17).
Paulo usou três analogias para explicar por
que Timóteo deveria esperar que a sua tarefa iria exigir um trabalho árduo.
(1)
Os
soldados excelentes se esforçam para agradar seu comandante.
(2)
Os
atletas devem competir de acordo com as regras do jogo.
(3)
Os
lavradores deveriam receber sua recompensa antes dos outros.
Timóteo não deveria esperar nada menos
daqueles que iriam liderar a igreja.
A ressurreição de Cristo é central para a
teologia de Paulo (Rm 6.4-10; 1Co 15.12-22). Aqui, ela forma a base para a
esperança expressa nos vs. 11-12.
Além dela, ele explora bem o fato do descendente
de Davi. Jesus cumpre a promessa que Deus havia feito de recompensar um dos
descendentes de Davi com um reino eterno (2Sm 7.12-16; Mt 1.1; Mc 12.35-37; Lc
1.32-33; Jo 7.42; At 2.29-36; Ap 5.5). Para a combinação da ressurreição de
Cristo e a herança de Davi, veja Rm 1.3-4.
Paulo estava preso por causa do evangelho e
isso ele sabia. Ele sofria com isso e por isso, mas também sabia que a palavra
de Deus não estava presa, pelo contrário onde estava achava lugar como a água
de um rio à procura de caminho em direção ao mar.
Paulo tudo suportava por causa dos eleitos
o que nos remete a também Gálatas 4.19 onde ele sofria dores de parto pelos que
estariam sendo formados em Cristo Jesus.
Os eleitos – vs. 10 – são aqueles que Deus
escolheu para crerem em Cristo. Ninguém sabe precisamente quem são es eleitos,
mas todos os crentes servem a Cristo com a confiança de que o povo escolhido
espera para ser alcançado e conduzido. Para melhor entendimento do assunto, a
BEG recomenda nesse ponto a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico
"Predestinação e presciência", em Rm 8.
Sobre a salvação que vem por meio da união
com Cristo Jesus (3.15), há também outro excelente artigo teológico "A
união com Cristo", em Cl 6.
Isso tudo ele suportava por causa dos
eleitos para que alcançassem a salvação que está unicamente em Cristo Jesus,
com eterna glória. Outra metáfora para a vida eterna (vs. 11-12; Mt 13.43).
Assim como Cristo ressuscitou num corpo glorificado, todos os crentes unidos a
Cristo receberão corpos glorificados no dia da ressurreição (cf. 1Co 15.12-56).
Essa é promessa de Deus que em breve se cumprirá para sempre! Portanto, a morte
não é o nosso fim!
O que se segue – vs. 11 ao 13 - pode ser
uma parte de um antigo hino cristão.
II Tm 2:11 Fiel é esta palavra:
Se já morremos com ele,
também viveremos
com ele;
II Tm 2:12 se perseveramos,
também com ele
reinaremos;
se o negamos,
ele, por sua vez,
nos negará;
II Tm
2:13 se somos infiéis,
ele permanece
fiel,
pois de maneira
nenhuma pode
negar-se a si
mesmo.
Se já morremos com ele, também viveremos
com ele. Paulo está se referindo à sua crença básica de que a salvação é
somente para aqueles que estão unidos com Crista pela fé.
Assim como Cristo morreu sob o julgamento
do pecado e da morte, os crentes também morrem por causa do pecado e da morte.
Assim como Cristo ressuscitou em novidade
de vida, assim também os crentes andarão em novidade de vida na época vindoura
(veja Rm 6.1-8). Veja ainda outro excelente artigo teológico “O plano das
eras", em Hb 7.
Paulo afirmava, claramente, que se
perseveramos, com ele também reinaremos. Trata-se da perseverança em face das
dificuldades (vs.10).
Embora a salvação seja totalmente pela
graça de Deus, todos os crentes verdadeiros perseverarão em serviço fiel a
Cristo como uma demonstração da graça de Deus trabalhando neles (veja outro
excelente artigo teológico da BEG “A perseverança e a preservação dos
santos", em Fp 1).
E se, assim, perseverarmos, também com ele
reinaremos. Uma imagem do Novo Testamento para a glória eterna que os cristãos
recebem por meio de Cristo. Quando Cristo retornar em glória, todos aqueles que
creram nele reinarão sobre a nova terra com ele (Rm 5.17; Ap 3.21; 5.10;
20.4,6; 22.5).
Porém, se o negamos, ele, por sua vez, nos
negará. Uma séria advertência contra a apostasia (Mt 10.33). Paulo tinha em
mente aqui a apostasia absoluta, não um fracasso ou uma queda temporária.
Ele deveria estar pensando particularmente
naqueles mencionados em 1.15 (veja também 2.17-18). Os verdadeiros crentes não
se desviarão em rebelião flagrante contra Cristo (veja mais outro excelente
artigo teológico da BEG: "A perseverança e a preservação dos santos",
em Fp 1).
No entanto, se somos infiéis – vs. 13 -,
ele permanece fiel. Muitos intérpretes tomam esse versículo como uma afirmação
maravilhosa de que a salvação não se baseia prioritariamente na nossa fé, mas
na fé de Cristo (vs.19; cf. Jo 10.28-29).
Embora isso seja verdadeiro, o paralelismo
com o vs. 12 e o contexto precedente (vs. 8-11) sugerem que Paulo quis dizer
que Deus permaneceria fiel no sentido de permanecer firme quanto à ameaça de
julgamento: Deus não deixará de julgar aqueles que se afastaram de Cristo, pois
de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
Deus permanecerá para sempre verdadeiro em
seu caráter. Tanto a esperança cristã quanto a ameaça do julgamento estão
firmemente enraizadas no caráter de Deus (Nm 23.19; Tt 1.2).
2. Lidando com os falsos mestres (2.14-26).
Nos vs. de 14 a 26, Paulo estará lidando
com falsos mestres. Paulo voltou-se para a questão da fidelidade em face dos
falsos mestres, dando a Timóteo instruções tanto quanto à igreja como a ele
mesmo e concluiu com uma exortação a Timóteo para procurar aqueles que haviam
sido enganados e que haviam se distanciado da verdade.
Uma das características dos falsos mestres era
discutir a respeito de minúcias (vs. 23; 1Tm 1.4; 6.4; Tt 3.9). Ao invés das
discussões tola e nada edificantes, deveria Timóteo procurar se apresentar a
Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a
palavra da verdade - o evangelho (2.8-9; 4.2).
Timóteo deveria evitar essas conversas
inúteis e profanas, pois os que se davam a isso prosseguiam cada vez mais para
a impiedade, não para a santidade. Os seus ensinos eram como o câncer e entre
eles estavam Himeneu e Fileto. Himeneu foi mencionado também em 1Tm 1.20 como
um dos que tinham vindo "a naufragar na fé" (1Tm 1.19). Já Fileto, não
foi mencionado em nenhum outro lugar nas Escrituras.
Tanto se desviavam da verdade que já
estavam proclamando que a ressurreição já se realizou. Aparentemente, pelo
menos alguns dos falsos mestres em Éfeso negavam que a ressurreição corporal
acontecerá no dia vindouro do julgamento final, afirmando, em vez disso, uma
ressurreição espiritual na conversão (1Co 15.12-14).
Com isso eles estavam pervertendo a fé a
alguns. A negação da ressurreição corporal dificilmente poderia ser considerada
uma questão de pouca importância.
Aqueles que seguiam esse ensinamento
estavam se no caminho da total apostasia. Timóteo deveria advertir a igreja
contra esses falsos mestres (vs.14).
Apesar disso, o firme fundamento de Deus
permanecia. Paulo usou a metáfora da fundação de uma construção para
representar a igreja.
O Senhor conhece os que lhe pertencem.
Paulo descreveu a igreja do Novo Testamento de uma maneira que derivava de Nm
16.5 na Septuaginta (a tradução grega do AT).
Desse modo, ele descreveu a continuidade
entre a Israel do Antigo Testamento e a igreja do Novo Testamento.
No contexto do Antigo Testamento, essas
palavras indicavam que Deus distinguiu entre a nação de Israel aqueles que eram
verdadeiros crentes e aqueles que não eram.
Essa sua fala sobre o fundamento de Deus que
fica firme com o selo de que o Senhor conhece os que são seus, e que qualquer
que profere o nome de Cristo deve se apartar da iniquidade indica que Deus
continua fazendo distinção entre os crentes e os não crentes na igreja do Novo
Testamento (cf. vs. 20; encontra-se aqui mais uma indicação para se ver o
excelente artigo teológico da BEG: "A igreja visível e a invisível",
em 1 Pe 4).
O chamado de Deus à santidade também se
estendia à igreja (vs. 21). Assim como na Israel do Antigo Testamento, os
crentes verdadeiros deveriam distinguir-se dos outros na igreja visível pelo
afastamento do pecado.
Seguindo o vs. 19, que se refere à igreja
visível, "grande casa" quase naturalmente continua a descrição da
igreja visível.
Nesse contexto, "de ouro e de prata"
e "honra" representam metaforicamente os verdadeiros crentes,
enquanto "de madeira e de barro" e "desonra" representam
aqueles que não creem.
A metáfora, entretanto, enfatiza o fato de
que a igreja invisível contém tanto crentes quanto não crentes (veja outro
excelente artigo teológico da BEG: "A igreja visível e a invisível",
em 1Pe 4).
Paulo aplicou a mesma metáfora a uma
pessoa, no vs. 21, indicando que ele pretendia que a alusão fosse um tanto
ambígua, referindo-se tanto à igreja quanto a cada pessoa individualmente.
Paulo agora – vs. 21 - aplica a metáfora do
vs. 20 a cada indivíduo. Nesse segundo sentido do simbolismo, "de ouro e
de prata"' e "honra" se referem às boas obras e ao ensino
piedoso, enquanto "de madeira e de barro" e "desonra" se
referem às coisas que o crente deve eliminar de sua vida.
Paulo deve ter especificamente tido em
mente os falsos ensinamentos em Éfeso como "de madeira e de barro"
que deveriam ser evitados.
Paulo também apelou para o primeiro sentido
da metáfora indicando que aquele que se autopurifica das coisas
"desonrosas", se torna "preparado para toda boa obra".
Em seguida, Paulo passa a dar diversos
conselhos a Timóteo – vs. 22 a 26 - para que ele fosse ainda mais exemplar e
tivesse êxito em sua missão, com Cristo. São elas:
ü
Fugir
das paixões da mocidade.
Essa
expressão certamente incluiria luxúrias sexuais, mas o contraste com "a
justiça, a fé e o amor", assim como o foco nas questões e contendas nos
vs. 23-24, indica que Paulo também queria que Timóteo evitasse a propensão dos
jovens aos falsos ensinos e à divisão.
ü
Seguir
a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o
Senhor.
ü
Rejeitar
as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.
ü
Não
contender, mas sim, ser manso para com todos.
ü
Ser
apto para ensinar, sofredor.
ü
Instruir
com mansidão os que resistem uma vez que Deus poderia lhes dar arrependimento
para conhecerem a verdade e, destarte, tornarem a despertar, desprendendo-se
dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.
O
cristão nunca deve presumir que aqueles que estão presos numa armadilha pelo
falso ensinamento do mal estão irremediavelmente perdidos.
O
evangelho deve ser proclamado a todos.
II Tm
2:1 Tu, pois, filho meu,
fortifica-te na graça
que
está em Cristo Jesus.
II Tm 2:2 E o que de minha parte ouviste
através de muitas testemunhas,
isso mesmo transmite a
homens fiéis
e também idôneos
para
instruir a outros.
II Tm 2:3 Participa dos meus sofrimentos
como bom soldado de
Cristo Jesus.
II Tm
2:4 Nenhum soldado em serviço
se envolve em negócios
desta vida,
porque
o seu objetivo
é
satisfazer àquele que o arregimentou.
II Tm 2:5 Igualmente, o atleta não é coroado
se não lutar segundo as
normas.
II Tm 2:6 O lavrador que trabalha
deve ser o primeiro a
participar dos frutos.
II Tm 2:7 Pondera o que acabo de dizer,
porque o Senhor te dará
compreensão em todas as coisas.
II Tm 2:8 Lembra-te de Jesus Cristo,
ressuscitado de entre os
mortos,
descendente de Davi,
segundo o meu evangelho;
II Tm 2:9 pelo qual estou
sofrendo até algemas,
como
malfeitor;
contudo,
a palavra de Deus
não
está algemada.
II Tm 2:10 Por esta razão,
tudo suporto por causa
dos eleitos,
para
que também eles obtenham a salvação
que
está em Cristo Jesus,
com
eterna glória.
II Tm 2:11 Fiel é esta palavra:
Se já morremos com ele,
também
viveremos com ele;
II Tm 2:12 se
perseveramos,
também
com ele reinaremos;
se o negamos,
ele,
por sua vez, nos negará;
II Tm 2:13 se somos infiéis,
ele
permanece fiel,
pois
de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
II Tm 2:14 Recomenda estas coisas.
Dá testemunho solene a todos perante Deus,
para que evitem contendas
de palavras
que
para nada aproveitam,
exceto
para a subversão dos ouvintes.
II Tm 2:15 Procura apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro
que
não tem de que se envergonhar,
que
maneja bem a palavra da verdade.
II Tm 2:16 Evita, igualmente,
os falatórios inúteis e
profanos,
pois
os que deles usam
passarão
a impiedade ainda maior.
II Tm 2:17 Além disso, a linguagem deles
corrói como câncer;
entre
os quais se incluem Himeneu e Fileto.
II
Tm 2:18 Estes se desviaram da verdade,
asseverando que a
ressurreição já se realizou,
e
estão pervertendo a fé a alguns.
II Tm 2:19 Entretanto, o firme fundamento de
Deus permanece,
tendo este selo:
O
Senhor conhece os que lhe pertencem.
E mais: Aparte-se da
injustiça
todo
aquele que professa o nome do Senhor.
II Tm 2:20 Ora, numa grande casa
não há somente utensílios
de ouro e de prata;
há também de madeira e de
barro.
Alguns,
para honra;
outros,
porém, para desonra.
II Tm 2:21 Assim, pois, se alguém a si mesmo
se purificar destes erros,
será utensílio para
honra,
santificado
e útil ao seu possuidor,
estando
preparado para toda boa obra.
II Tm 2:22 Foge, outrossim,
das paixões da mocidade.
Segue a justiça,
a fé,
o amor
e a paz com os que, de coração puro,
invocam o Senhor.
II Tm 2:23 E repele as questões insensatas e
absurdas,
pois sabes que só
engendram contendas.
II Tm 2:24 Ora, é necessário que o servo do
Senhor
não viva a contender,
e
sim deve ser brando para com todos,
apto
para instruir,
paciente,
II
Tm 2:25 disciplinando com mansidão os que se opõem,
na
expectativa de que Deus lhes conceda
não
só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,
II
Tm 2:26 mas também o retorno à sensatez,
livrando-se
eles dos laços do diabo,
tendo
sido feitos cativos por ele
para
cumprirem a sua vontade.
A nossa expectativa diante daqueles que
resistem à pregação não deve ser o desmascaramento do insensato que está se opondo à
sã doutrina, mas que Deus lhe conceda arrependimento e retorno à sensatez.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
...
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
quarta-feira, fevereiro 17, 2016
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quarta-feira, fevereiro 17, 2016
Jamais Desista
II Timóteo 1 1-18 - CRISTO, MEDIADOR DA ALIANÇA DA GRAÇA!
Paulo escreveu essa sua segunda epístola por volta de 64-68 d.C. para
convidar Timóteo a visitá-lo em seus últimos dias e também com o objetivo de
animar Timóteo em seu ministério contra os falsos mestres em Éfeso. Estamos no
capítulo 1/4.
Breve
síntese do capítulo 1.
Paulo novamente escreve a Timóteo e lhe dá
conselhos, exortações, desabafa, explica seu ministério e o instrui. No vs. 6
ele fala da passagem de dons a Timóteo que se deu mediante a imposição de mãos
sobre ele e lhe pede que reavives o dom de Deus recebido.
Paulo continua com o mesmo discurso de sempre e
o mesmo zelo pelo evangelho procurando formar líderes que darão continuidade ao
ministério. A palavra da salvação dos homens anunciada pelos homens não pode
ficar encaixotada, mas deve ser anunciada com ousadia, poder, amor e moderação
e assim solicita que Timóteo não se envergonhe do evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. SAUDAÇÕES (1.1-2).
Paulo identificou-se como o autor e Timóteo
como o destinatário da carta. Paulo começou a carta do seu modo costumeiro,
identificando-se e também o seu destinatário e oferecendo uma bênção.
Paulo se identifica como apóstolo de Cristo
Jesus, alguém enviado como representante oficial e com autoridade de Cristo (1
Tm 1.1; 2Co 1.1) que estava ali pela vontade de Deus. Paulo estabelecia a sua
autoridade com base unicamente na vontade de Deus (1Co 1.1; 2Co 1.1; Cl
1.1,10-16; Ef 1.1; Cl 1.1). E também de conformidade com a promessa da vida que
está em Cristo Jesus. Uma das funções dos apóstolos era proclamar a vida eterna
que está disponível em Cristo (1Tm 1.16).
Ele identifica Timóteo como o seu amado
filho. Ou "querido filho" (1Co 4.17; cf. 1Tm 1.2). Paulo não tinha
descendentes diretos conhecidos, mas aqui ele identifica Timóteo como seu filho
espiritual (cf. Cl 4.19). A ele ministrava a tríplice bênção da graça,
misericórdia e paz.
Paulo normalmente usava "graça"
em lugar do cumprimento mais tradicional "saudações" (cf. Tg 1.1).
Era característico que ele acrescentasse a saudação judaica "paz",
que significa "saúde, plenitude de vida". Aqui e em ITm 1.2 ele
também acrescentou "misericórdia".
II. PRIMEIRAS REFLEXÕES E EXORTAÇÕES (1.3-14).
Paulo tinha grande confiança em Timóteo e o
encorajou a permanecer firme na verdade contra os falsos mestres. Paulo começou
a principal parte de sua epístola com várias reflexões, seguidas de exortações
a Timóteo.
Nessa seção, Paulo descreveu como ele se
lembrava da fé e da história de vida de Timóteo (vs. 3-5). Em seguida, com base
nesses fatos, ele exortou Timóteo (vs. 6-14). Assim, também dividimos, conforme
a BEG: A. A fé de Timóteo e a maneira como ele foi criado (1.3-5) – veremos agora; e, B. Exortações a
Timóteo (1.6-14) – também veremos agora.
A. A fé de Timóteo e a maneira como ele foi criado (1.3-5).
Na maioria de suas cartas (exceto em Gálatas,
1Timóteo e Tito), Paulo começa a relatar as suas preocupações com uma descrição
de sua apreciação pelos seus leitores.
Aqui ele enfatizou a sua confiança na fé de
Timóteo e no modo como ele havia sido criado.
Provavelmente, Paulo estava se lembrando
das lágrimas que Timóteo havia derramado na última vez que havia estado com ele
e por isso estava desejoso ou ansioso por vê-lo. Paulo antecipou o seu pedido
registrado em 4,9,21.
Paulo também reconheceu a importância da
criação de Timóteo, que aconteceu na condição santificada de um lar cristão.
Timóteo era um excelente exemplo de uma criança que foi feita santa, separada
do mundo, por causa da fé de seus pais (veja 1 Co 7.14).
O fato de ter parentes cristãos não
assegurou a salvação de Timóteo, mas eles foram instrumentos usados por Deus
para levá-lo à fé (a BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente
artigo teológico "O batismo de crianças ou de convertidos", em Cl 2).
B. Exortações a Timóteo (1.6-14).
Dos vs. 6 ao 14, Paulo dá a ele diversas
exortações. Com base na criação de Timóteo na fé e no seu compromisso pessoal
com Cristo, Paulo encorajou o seu jovem amigo a ser ousado na medida em que
compartilhava com Paulo do sofrimento do ministério de Cristo.
Essa forte expressão “te admoesto que reavives
o dom de Deus” sugere que Timóteo estava sendo menos vigoroso do que ele
deveria ser ao fazer uso do dom espiritual que Deus lhe havia dado.
As palavras de Paulo a Timóteo indicam que
cada crente é responsável por nutrir e desenvolver a obra do Espírito em sua
própria vida.
Assim como é possível apagar o Espírito
(ITs 5.19), é possível reavivar o dom do Espírito até ele se tornar em chamas. O
vs. 6 também nos remete a I Tm 1.18 que fala que quando Paulo se dirige a
Timóteo dando-lhe aquela instrução, segundo as profecias de que antecipadamente
fora objeto, ele estava se referindo a um acontecimento (cf. 4.14; 2Tm 1.6ss.)
em que um grupo de presbíteros, juntamente com Paulo, havia imposto as mãos
sobre Timóteo (talvez quando 'Timóteo foi separado para o ministério).
Deus não nos deu o espírito de covardia –
vs. 7 - ou "timidez". Aparentemente, Timóteo tinha uma reticência
natural com relação à assertividade em seu ensino. A gravidade da situação em
Éfeso exigia força e coragem. Deus nos tinha dado o espírito de poder, de amor
e de equilíbrio, ou seja, mesmo na responsabilidade humana, tudo é de Deus, vem
de Deus é para Deus. A Deus toda a glória, sempre!
Paulo não queria que Timóteo se
envergonhasse dele e da sua situação de encarceramento. Essa era provavelmente
a segunda vez que Paulo atava preso em Roma. Paulo deu a isso – essas
tribulações - o nome de sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus –
vs. 8.
O objetivo da eleição e do chamado de Deus
é a santificação do seu povo (Ef 1.4). Seria interessante e oportuno ler o
excelente artigo teológico “Santificação", em Ti 3.
O seu chamado não se deu pelas obras, mas
pela graça Essa é uma maravilhosa afirmação de que todos os aspectos da
salvação, incluindo a santificação, são alcançados inteiramente pela graça, não
por mérito humano (Ef 2.8-9).
Da eleição incondicional "antes da
fundação do mundo" (Ef 1.4) até a nossa glorificação final em Cristo (Rm
8.30), a salvação é inteiramente pela graça de Deus e conforme a sua própria
determinação.
O decreto de Deus com relação à redenção é
baseado unicamente no seu próprio propósito e na sua boa vontade. Em outros
lugares, o propósito divino é identificado como misericórdia (Tt 3.5) e amor
(Ef 1.4-5). Isso tudo antes mesmo dos tempos eternos, ou seja, essa é uma
afirmação da natureza eterna da decisão divina de nos redimir por meio de
Cristo (Ef 1.4; Tt 1.2; Ap 13.8).
Como mediador da aliança da graça, Cristo é
Salvador (Tt 1.4; 2.13; 3.6), o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz
a vida e a imortalidade. Mediante sua morte e ressurreição, Cristo abriu as
podas para a vida eterna (11b 2.14-15; Ap 1.18).
A morte foi destruída no sentido de que ela
não mais tem poder sobre Cristo (Rm 6.9) ou sobre aquela que estão em Cristo
(Rm 6.11). A destruição final da morte acontecerá no julgamento do mundo quando
Cristo voltar (1Co 15.51-57; Ap 20.11-15).
Paulo foi constituído pregador, e apóstolo,
e doutor dos gentios e por isso estava sofrendo. Paulo estava na prisão (vs. 8;
2.9), mas não se envergonhava. Tendo advertido Timóteo a não se envergonhar de
falar sobre Cristo (vs. 8), Paulo se apresentou como um modelo de ousadia em
face do perigo e do sofrimento (2.8-10; 3.10-11) até aquele dia, ou seja até ao
dia do julgamento (vs.18; 4.8).
Paulo orienta ele a guardar o modelo das
sãs palavras – vs. 13. Esse tema percorre as epístolas pastorais (3.9; 4.6;
6.3; 2Tm 1.13-14; 2.2; 4.3; Tt 1.9,13; 2.1-2). São essas as palavras que dele
tinha Timóteo ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus.
Paulo fala para Timóteo guardar o bom
depósito que pelo Espírito Santo habita em nós. Ou seja, a sã doutrina do
evangelho (cf. I Tm 1.10-11; 6.20). Na época do Novo Testamento, a presença e o
dom do Espírito Santo eram muito maiores do que na época do Antigo Testamento.
O poder do Espírito capacita os crentes a
serem fiéis aos mandamentos de Deus. Entretanto, o poder que o Espírito Santo
nos dá não vem sempre separadamente de nossa atenção a ele.
Paulo não somente encorajou Timóteo a ser
determinado; ele relembrou a ele que (como o crescimento cristão em geral) é
impossível amadurecer como um líder sem uma dependência consciente do Espírito
Santo (cf. Cl 5.25).
Paulo encorajou Timóteo
a permanecer fiel em sua oposição aos falsos mestres, ao contrário de alguns
outros que haviam se afastado da verdadeira fé.
Dos vs. 1.15 ao 2.26,
veremos essas segundas reflexões e exortações. Paulo voltou-se para diversas
outras reflexões que o levaram a continuar a exortar Timóteo.
Aqui o apóstolo instruiu
diretamente Timóteo a resistir aos falsos mestres em Éfeso. Esse material é
dividido em duas seções: uma discussão acerca de alguns outros companheiros de
Paulo (1.15-18) e várias exortações a Timóteo (2.1-26). Elas formarão nossa
divisão proposta, conforme segue: A. Colaboradores de Paulo (1.15-18) – veremos agora; e, B. Exortações a
Timóteo (2.1-26).
A. Colaboradores de Paulo (1.15-18).
Paulo relembrou a
Timóteo que muitos de seus companheiros o haviam abandonado no seu momento de
provação e disse a ele a respeito de um outro que havia permanecido leal.
Paulo estava
provavelmente usando uma hipérbole (um exagero intencional para causar efeito)
a fim de comunicar que muitas pessoas na Ásia haviam sido desleais. O
sentimento de Paulo era que quase todos da Ásia - provinda romana cuja
principal cidade era Éfeso, onde Timóteo estava trabalhando como representante
de Paulo nessa época - o haviam abandonado.
Entre os que o
abandonaram estavam Figelo e Hermógenes. Essas pessoas não são mencionadas em
nenhum outro lugar no Novo Testamento. O fato de Paulo tê-los mencionado aqui é
provavelmente uma indicação de que ele havia contado com a ajuda deles.
Aparentemente Timóteo sabia quem eram essas pessoas e o que elas haviam feito.
Já Onesíforo era um
membro da igreja em Éfeso que havia se diferenciado dos outros por causa de sua
lealdade a Paulo (v.18; cf. 4.19) que dele cuidou sem mesmo se envergonhar
disso. É provável que Onesíforo – conforme o vs. 17 - tivesse viajado até Roma
para ajudar Paulo. Paulo estava mesmo grato por ele tanto que ora por ele e
pede ao Senhor misericórdia.
II Tm 1:1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus,
pela vontade de Deus,
de
conformidade com a promessa da vida
que
está em Cristo Jesus,
II Tm 1:2 ao amado filho Timóteo,
graça,
misericórdia
e paz,
da
parte de Deus Pai
e
de Cristo Jesus, nosso Senhor.
II Tm 1:3 Dou graças a Deus,
a quem, desde os meus
antepassados,
sirvo
com consciência pura,
porque,
sem cessar, me lembro de ti
nas
minhas orações, noite e dia.
II Tm 1:4 Lembrado das tuas lágrimas,
estou ansioso por ver-te,
para
que eu transborde de alegria
II Tm 1:5 pela recordação
que guardo de tua fé sem fingimento,
a mesma que,
primeiramente, habitou em tua avó Lóide
e
em tua mãe Eunice,
e
estou certo de que também, em ti.
II Tm 1:6 Por esta razão, pois, te admoesto
que reavives o dom de
Deus que há em ti
pela
imposição das minhas mãos.
II Tm 1:7 Porque Deus
não nos tem dado espírito
de covardia,
mas
de poder,
de
amor
e
de moderação.
II Tm 1:8 Não te envergonhes,
portanto, do testemunho
de nosso Senhor,
nem do seu encarcerado,
que sou eu;
pelo
contrário,
participa
comigo dos sofrimentos,
a
favor do evangelho,
segundo
o poder de Deus,
II
Tm 1:9 que nos salvou
e nos chamou com santa
vocação;
não
segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação
e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos,
II Tm 1:10 e manifestada, agora,
pelo aparecimento de
nosso
Salvador
Cristo Jesus,
o
qual não só destruiu a morte,
como
trouxe à luz
a
vida
e
a imortalidade,
mediante
o evangelho,
II
Tm 1:11 para o qual eu fui designado
pregador,
apóstolo
e
mestre
II Tm 1:12 e, por isso, estou sofrendo estas
coisas;
todavia, não me
envergonho,
porque
sei em quem tenho crido
e
estou certo de que ele
é
poderoso para guardar
o
meu depósito até aquele Dia.
II Tm 1:13 Mantém o padrão das sãs palavras
que de mim ouviste com fé
e com o amor que está em
Cristo Jesus.
II Tm 1:14 Guarda o bom depósito,
mediante o Espírito Santo
que
habita em nós.
II Tm 1:15 Estás ciente de que todos os da
Ásia me abandonaram;
dentre eles cito Fígelo e Hermógenes.
II Tm 1:16 Conceda o Senhor misericórdia
à casa de Onesíforo,
porque,
muitas vezes, me deu ânimo
e
nunca se envergonhou das minhas algemas;
II Tm 1:17 antes, tendo
ele chegado a Roma,
me
procurou solicitamente até me encontrar.
II Tm 1:18 O Senhor lhe
conceda, naquele Dia,
achar
misericórdia da parte do Senhor.
E
tu sabes, melhor do que eu,
quantos
serviços me prestou ele
em
Éfeso.
Assim como Paulo, estamos nós aqui no século
XXI como pregadores do evangelho. Não mais como apóstolos mas como servos.
Paulo foi apóstolo do Senhor e pelo evangelho sofreu muito, mas sua fé era
forte e firme para o sustentar em todo tempo.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
http://www.jamaisdesista.com.br
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
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