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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

I Timóteo 6 1-25 - VOCÊ QUER FICAR RICO? HÁ COISAS BEM MELHORES...

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 6/6.
Breve síntese do capítulo 6.
Devemos ser como aqueles que ao fazerem qualquer coisa lembram-se dos ensinamentos de Paulo: Cl 3:17 + Cl 3:23 + I Co 10:31 + Fp 2:14:
ü  Devemos tudo fazermos de coração como se ao Senhor estivéssemos fazendo (Cl 3:23)
ü  Em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17)
ü  Sem murmurações, nem contendas (Fp 2:14)
ü  Para a glória de Deus (I Co 10:31).
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES COM RESPEITO A GRUPOS ESPECÍFICOS (5.3-6.2) - continuação.
Como já dissemos, Paulo explicou como Timóteo deveria ministrar aos diferentes grupos da igreja que haviam se tornado vítimas de falsos mestres. O foco de Paulo na responsabilidade de Timóteo para se contrapor à apostasia em Éfeso o levou a acrescentar detalhes sobre algumas responsabilidades específicas.
Paulo disse, a Timóteo como ele deveria ministrar para três grupos específicos em Éfeso, conforme a BEG: A. Ministrando às viúvas (5.3-16) – já vimos; B. Ministrando aos presbíteros (5.17-25) – já vimos; e, C. Ministrando aos escravos (6.1-2) – concluiremos agora.
C. Ministrando aos escravos (6.1-2).
Finalmente, Paulo abordou o problema dos escravos que não estavam demonstrando o respeito adequado aos seus senhores cristãos.
Paulo forneceu mais orientações aos escravos em suas outras cartas (Ef 6.5-8; Cl 3.22-25; Tt 2.9-10). Percebe-se o seu zelo tanto pelo nome do Senhor como pela doutrina. Essa menção foi feita presumivelmente em contraste com a falsa doutrina que pode ter incentivado a insubordinação entre alguns dos escravos cristãos.
VI. A FALSA DOUTRINA E O LUCRO FINANCEIRO (6.3-19).
Paulo desafiou os motivos financeiros dos falsos mestres advertindo-os dos perigos da avareza e do amor ao dinheiro.
Assim, dos vs. 3 ao 19, Paulo fala dessa falsa doutrina e do lucro financeiro. Paulo retornou uma última vez ao problema dos falsos mestres, salientando especialmente a divisão que promoviam e a cobiça deles.
Sua abordagem dessa questão se divide em uma descrição da falsa doutrina (6.3-10) e da responsabilidade de Timóteo (vs. 1 1-19). Elas gerarão a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. A falsa doutrina (6.3-10) – veremos agora; e, B. A responsabilidade de Timóteo (6.11-19) – também veremos agora.
A. A falsa doutrina (6.3-10).
A falsa doutrina de que fala Paulo a Timóteo em sua primeira epístola a ele, inclui, entre outras coisas, a ideia que a piedade leva ao lucro financeiro.
O verdadeiro interesse de tais homens eram pelas discussões que envolviam questões e contendas de palavras. Essas discussões eram uma das características predominantes dos falsos mestres (1.4; 2Tm 2.14,23; Tt 3.9).
Aparentemente, alguns dos falsos mestres (e talvez seus seguidores) tivessem encontrado modos de obter lucro financeiro por meio de sua doutrina (vs. 10; 2Co 11.7; Tt 1.11). Também é possível que eles tenham ensinado que a adesão à lei de Deus resultaria necessariamente na prosperidade financeira (cf. 1.7-9).
Embora as Escrituras promovam o princípio geral da prosperidade para aqueles que obedecem à lei (p. ex., SI 1.2-3), elas não traçam um paralelo exato entre as duas coisas, nem ensinam que Deus é obrigado a abençoar financeiramente todo aquele que guardar a lei.
Os cristãos podem ficar contentes, pois as suas necessidades serão atendidas por Cristo (2Co 12.9-10; Fp 4.11-13) dentro daquilo que podemos entender dos planos de Deus. Se nada trouxemos a este mundo quando para ele viemos, nada poderemos levar dele, por isso que ele fala que bastariam o sustento (comer e beber) e o vestuário, para não ficarmos nus. O restante seria lucro.
Isso me fez lembrar de dois dos sobreviventes do voo Força Aérea Uruguaias 571 que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972.
Viajavam 45 pessoas e na queda morreram mais de um quarto de passageiros. Os sobreviventes estavam sobrevivendo em um ambiente hostil comendo carne humana dos acidentados.
Depois de esperarem resgate e que algo acontece que mudasse a sorte deles, dois deles resolveram trilhar a pé as cordilheiras dos Andes percorrendo mais de 60 km de trechos acidentados em busca de socorro.
Quando chegaram em um lugar onde haviam grama, rios, terras, um deles exclamou: estou num hotel cinco estrelas! De fato, tendo o que comer e o que vestir, todo restante é lucro.
A falsa doutrina evidentemente prometia um meio para o lucro financeiro, o que levou algumas pessoas a se desviarem da sã doutrina.
Os que querem ficar ricos – e como há desses que querem isso - caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição. Tornam-se cegos devido a ganância que os cega e ela tem um grande problema, nunca parece satisfeita.
Paulo então conclui que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. O dinheiro mesmo que representa também as riquezas não é nem mau nem bom, mas, sem o Espírito Santo, eles tem o poder de nos cegar e despertar em nós todas as espécies de cobiças, por conta de nossa velha natureza adâmica morta.
B. A responsabilidade de Timóteo (6.11-19).
Paulo continuou com seus comentários sobre os falsos mestres com exortações pessoais a Timóteo, concluindo com uma maravilhosa doxologia.
Ele pede para Timóteo então, como homem de Deus:
ü  Fugir de tudo isso.
ü  Buscar – vs. 11:
­   A justiça.
­   A piedade.
­   A fé.
­   O amor.
­   A perseverança.
­   A mansidão.
ü  Combater o bom combate da fé.
Uma metáfora para a vida cristã, vista de uma ótica de fidelidade a Cristo (2Tm 4.7). Ou seja, jamais desistir, estar sempre lutando e crendo na vitória. Ter uma atitude mental favorável ao reino de Deus e à sua justiça.
ü  Tomar posse da vida eterna.
Ou seja, não se tornar acomodado. Conquanto a fé em Cristo deu início a uma nova vida (4.8; 2Co 5.17), o objetivo máximo da vida cristã é sempre o futuro (1.16; 6.19; Fp 3.12; 2Tm 4.8).
Em primeiro lugar, a vida eterna não é uma coisa que escolhemos, mas algo a que somos chamados por Deus (Rm 8.30).
Em segundo lugar, o chamado de Timóteo não estava ligado temporalmente ao incidente descrito na próxima oração.
Essa frase “fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” pode referir-se ao batismo de Timóteo ou a alguma outra cerimônia pública em que ele havia professado a sua fé.
A "boa confissão" de que alguém entrou na fé em Cristo leva naturalmente ao "bom combate" e ao “tomar posse” de buscar uma vida de fidelidade a ele.
Paulo dá um mandato para Timóteo. Ele lhe manda diante de Deus, que todas as coisas vivifica e de Cristo Jesus “que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão” - provavelmente referindo-se ao julgamento de Jesus perante Pilatos (Mt 27.11; Mc 15.2; Lc 23.3; Jo 18.33-37; 19.8-11), embora, alguns, entretanto, traduzem-na como "que ao testemunhar na época de Pôncio Pilatos" e a tomam como referência à vida de Jesus, especialmente a sua morte – que ele deveria guardar este mandamento sem mácula e repreensão, até a aparição do Senhor Jesus Cristo - a segunda vinda de Cristo (2Tm 4.1,8; Tt 3) - a qual a seu tempo mostrará:
·         O bem-aventurado, e único poderoso Senhor.
·         O Rei dos reis e Senhor dos senhores. Essa expressão é aplicada a Cristo em Ap 19.16 (cf. 17.14).
·         O que tem, ele só, a imortalidade.
·         O que habita na luz inacessível.
·         Aquele que nenhum dos homens viu nem pode ver.
·         Aquele a quem é destinado a honra e poder sempiterno.
Para esclarecer que não se opunha às riquezas, Paulo fez uma exortação aos que se achavam ricos neste mundo (presumivelmente não pela cobiça) – vs. 17-19. Paulo orientava Timóteo que mandasse aos ricos deste mundo:
·         Que não fossem altivos.
·         Que não colocassem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.
Uma das maiores honras de sermos pessoas redimidas é que Deus criou o mundo não apenas para a sua glória, mas também para o nosso proveito – vs. 17.
·         Que fizessem o bem.
·         Que se enriquecessem de boas obras.
·         Que repartissem de boa mente.
·         Que fossem comunicáveis.
·         Que entesourassem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna – Mt 6.20.
VII. EXORTAÇÕES FINAIS (6.20-21).
Paulo concluiu a sua carta com várias exortações finais a Timóteo. Paulo levou essa carta à sua conclusão com uma última incumbência para Timóteo, mais uma vez colocada dentro do contexto do tratamento reservado aos falsos mestres.
Ele pede para Timóteo guardar o que lhe fora confiado, ou seja, a sã doutrina do evangelho (1.10-11; cf. 2Tm 1.14) e evitar as contradições do saber, ou seja, as conversas inúteis e profanas, mesmo contraditórias que os falsos mestres chamavam de conhecimento.
Essa conclusão abrupta “a graça seja convosco”, sem as saudações pessoais habituais de Paulo, sugere que Paulo via a situação de Éfeso como bastante grave. A palavra grega traduzida "convosco" está no plural. Paulo tinha o propósito de que a carta fosse lida diante de toda a igreja (2Tm 4.22; Tt 3.15).
I Tm 6:1 Todos os servos que estão debaixo de jugo
considerem dignos de toda honra o próprio senhor,
para que o nome de Deus
e a doutrina não sejam blasfemados.
I Tm 6:2 Também os que têm senhor fiel
não o tratem com desrespeito,
porque é irmão;
pelo contrário,
trabalhem ainda mais,
pois ele, que partilha do seu bom serviço, é crente e amado.
Ensina e recomenda estas coisas.
I Tm 6:3 Se alguém ensina
outra doutrina
e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo
e com o ensino segundo a piedade,
I Tm 6:4 é enfatuado,
nada entende,
mas tem mania por questões
e contendas de palavras,
de que nascem inveja,
provocação,
difamações,
suspeitas malignas,
I Tm 6:5 altercações sem fim,
por homens cuja mente
é pervertida
e privados da verdade,
supondo que a piedade é fonte de lucro.
I Tm 6:6 De fato, grande fonte de lucro
é a piedade
com o contentamento.
I Tm 6:7 Porque nada temos trazido para o mundo,
nem coisa alguma podemos levar dele.
I Tm 6:8 Tendo sustento
e com que nos vestir,
estejamos contentes.
I Tm 6:9 Ora, os que querem ficar ricos
caem em tentação,
e cilada,
e em muitas concupiscências
insensatas
e perniciosas,
as quais afogam os homens
na ruína
e perdição.
I Tm 6:10 Porque
o amor do dinheiro
é raiz de todos os males;
e alguns, nessa cobiça,
se desviaram da fé
e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
I Tm 6:11 Tu, porém, ó homem de Deus,
foge destas coisas; antes,
segue a justiça,
a piedade,
a fé,
o amor,
a constância,
a mansidão.
I Tm 6:12 Combate o bom combate da fé.
Toma posse da vida eterna,
para a qual também foste chamado
e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.
I Tm 6:13 Exorto-te, perante Deus,
que preserva a vida de todas as coisas,
e perante Cristo Jesus,
que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão,
I Tm 6:14 que guardes o mandato imaculado, irrepreensível,
até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo;
I Tm 6:15 a qual, em suas épocas determinadas,
há de ser revelada pelo
bendito e único Soberano,
o Rei dos reis
e Senhor dos senhores;
I Tm 6:16 o único que possui imortalidade,
que habita em luz inacessível,
a quem homem algum jamais viu,
nem é capaz de ver.
A ele honra e poder eterno. Amém!
I Tm 6:17 Exorta aos ricos do presente século
que não sejam orgulhosos,
nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus,
que tudo nos proporciona ricamente
para nosso aprazimento;
I Tm 6:18 que pratiquem o bem,
sejam ricos de boas obras,
generosos em dar
e prontos a repartir;
I Tm 6:19 que acumulem para si mesmos tesouros,
sólido fundamento para o futuro,
a fim de se apoderarem da verdadeira vida.
I Tm 6:20 E tu, ó Timóteo,
guarda o que te foi confiado,
evitando
os falatórios inúteis
e profanos
e as contradições do saber,
como falsamente lhe chamam,
I Tm 6:21 pois alguns,
professando-o,
se desviaram da fé.
A graça seja convosco.
Paulo neste capítulo ensina Timóteo acerca dos servos, dos senhores e principalmente dos que são ricos ou querem ficar ricos. Eu gostei muito quando ele ressalta que Deus é muito maior do que a riqueza porque Deus tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

I Timóteo 5 1-25 - É TÃO BOM RESPEITAR O OUTRO!

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 5/6.
Breve síntese do capítulo 5.
Como aprendemos tanto com Paulo quando ele procura ensinar a Timóteo dando-lhe conselhos que servem de regra bíblica para nossas igrejas hoje. Percebe-se em Paulo um respeito muito grande pelas pessoas. Ele trata as pessoas como pessoas ou trata gente como gente.
É tão bom respeitar o outro! Um dia desses ouvi uma pregação maravilhosa da Pra. Maria que aprendeu a amar as pessoas independentemente do que elas podem ou estão querendo fazer com ela. Ela disse que já não tinha mais inimigos porque seu inimigo é satanás.
Então quando alguém a afronta, ela procura pela oração, amor e a muita paciência levar aquela pessoa a Cristo. Quando aquela pessoa encontra o Cristo, ela se envergonha e nota que estava sendo usada pelo maligno.
Que tal olhar para aquele inimigo mortal ou para aquele ser desprezível que você quer distância máxima e enxergar nele, pela fé, um irmão/irmã e orar por ele e evangelizá-lo?
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. A FALSA DOUTRINA E O ASCETISMO (4.1-5.2) - continuação.
Já dissemos que Paulo desafiou o ascetismo legalista dos falsos mestres explicando como todas as coisas foram criadas para o nosso proveito. A falsa doutrina em Éfeso tinha muitas dimensões. Nesse ponto, Paulo tocou na inclinação de pelo menos alguns para o ascetismo, a negação dos prazeres físicos. Nós dividimos essa parte IV, conforme a BEG: A. A falsa doutrina (4.1-5) – já vimos; e, B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2) – concluiremos agora.
B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2) - continuação.
Nós vimos que dos vs. 4.6 a 5.2, Paulo fala sobre a responsabilidade de Timóteo. Tendo exposto a verdade a respeito dos falsos mestres, Paulo continuou numa série de admoestações a Timóteo em relação à sua reação a esse problema.
Paulo o orienta a não repreender ao homem idoso, mas ter paciência e jeito com eles. Uma ordem que tinha de ser equilibrada com 4.12. Timóteo não deveria abusar da autoridade que lhe fora concedida. Exorta-o, ou "incentiva-o". Um bom ministro se dirige aos outros fiéis com uma atitude de respeito que é semelhante àquela reservada aos membros da família.
V. INSTRUÇÕES COM RESPEITO A GRUPOS ESPECÍFICOS (5.3-6.2).
Paulo explicou como Timóteo deveria ministrar aos diferentes grupos da igreja que haviam se tornado vítimas de falsos mestres.

Assim, dos vs. 5.3 ao 6.2, estaremos vendo essas orientações em relação a grupos específicos.
O foco de Paulo na responsabilidade de Timóteo para se contrapor à apostasia em Éfeso o levou a acrescentar detalhes sobre algumas responsabilidades específicas.
Paulo disse, a Timóteo como ele deveria ministrar para três grupos específicos em Éfeso: viúvas (5.3-16), presbíteros (5.17-25) e escravos (6.1-2). Destarte, dividimos essa parte, conforme a BEG: A. Ministrando às viúvas (5.3-16) – veremos agora; B. Ministrando aos presbíteros (5.17-25) – também veremos agora; e, C. Ministrando aos escravos (6.1-2).
A. Ministrando às viúvas (5.3-16).
A preocupação de Paulo em identificar as viúvas necessitadas e fornecer a elas o cuidado adequado forma o cenário para a discussão dos problemas das viúvas mais jovens, algumas das quais aparentemente haviam sido influenciadas pela falsa doutrina em Éfeso.
Ele deveria honrar as viúvas, isto é, cuidar delas, das viúvas verdadeiramente viúvas. O cuidado com as viúvas, que em muitos casos tinham grandes necessidades materiais, é tema primordial no Antigo Testamento (Dt 24.19-21; Is 1.17; Ir 22.3; Zc 7.9-10; MI 3.5) e era uma preocupação especial da igreja primitiva (vs. 16; At 6.1; Tg 1.27).
A verdadeira viúva necessitada não tinha família de quem receber o sustento (vs. 8,16); se tivesse, esses deveriam aprender a primeiramente colocar a sua religião em prática cuidando delas.
Muitas vezes, a pobreza verdadeira levava as viúvas a terem vidas exemplares de oração e dependência fiel em Deus. Para essas viúvas, a igreja devia ser a "mão" visível de Deus que supria suas necessidades.
No entanto, aquelas que vivem para os prazeres, ainda que estejam vivas, estão mortas – vs. 6. Timóteo deveria ordenar essas coisas e ter cuidado delas para se tornar irrepreensível. Sendo alguém descuidado com seus parentes, e especialmente com os de sua própria família, esse teria negado a própria a fé, tornando-se pior ainda que um descrente – vs. 8.
O primeiro rebanho de um ministro de Cristo é a sua própria família; falhando nela, não poderia ter êxito na igreja de Cristo Jesus.
Alguns veem aqui – vs. 9 - uma ordem oficial ou ofício das viúvas com obrigações a serem executadas (vs. 5,10); outros veem um acordo pelo qual algumas viúvas ofereciam determinados serviços para a igreja em troca do sustento material.
É muito provável que a lista era simplesmente das viúvas que deviam receber o sustento da igreja (vs. 16). Essa lista continha uma parte de um grupo maior de viúvas citadas nos vs. 3-6.
O limite de idade de mais de sessenta anos era uma expressão genérica que reflete a perspectiva cultural da época para a idade em que um segundo casamento seria improvável (cf. vs. 11-14).
Na lista – vs. 9 – as mulheres viúvas a serem incluídas deveriam ter as seguintes características:
ü  Ter mais de 60 anos.
ü  Tenha sido fiel a seu marido.
ü  Tenha sido conhecida pelas suas obras, principalmente por ter criado filhos.
ü  Tenha sido hospitaleira.
ü  Tenha lavado aos pés dos santos.
Uma expressão humilde de hospitalidade numa cultura em que o povo calçava sandálias e caminhava por estradas poeirentas (cf. Jo 13.4-5). Jesus ordenou que seus discípulos lavassem os pés uns dos outros (Jo 13.14-15).
ü  Tenha socorrido aos atribulados.
ü  Tenha se dedicado a todo tipo de boa obra.
ü  Não deveriam ser incluídas aqui as mais jovens.
A preocupação de Paulo não era com o que a viúva ainda podia fazer pela igreja, mas sim com o que ela tinha realizado em sua vida. Observe o conceito estreitamente relacionado em 2.15; 5.14.
O desejo de uma viúva de casar-se de novo não é pecaminoso em si mesmo (vs. 14). A linguagem usada por Paulo aqui é um tanto obscura, mas provavelmente o fato de que elas se tornavam "levianas contra Cristo" (ou seja, que a dedicação da viúva a Cristo havia sido superada pelos seus desejos sensuais), sugere um desejo de casar com um descrente, o que tornava esse desejo impróprio.
Essa condenação do vs. 12, provavelmente não é uma referência ao compromisso do celibato ou à devoção a igreja, mas ao compromisso fundamental com Cristo (vs. 11,15).
O fato da possibilidade de elas viverem falando o que não devem – vs. 13 - pode ser uma referência à falsa doutrina (cf. v. 15; 1.3; 4.7) ou simplesmente à tagarelice e intromissão inadequada na vida dos outros.
O conselho de Paulo, nesses casos, portanto, era que as viúvas mais jovens se casassem, tivessem filhos, administrassem suas casas e não dessem ao inimigo nenhum motivo para maledicência – vs. 14.
O fato de Paulo ter dado muita atenção às viúvas, talvez se explique porque algumas das viúvas mais jovens tivessem se deixado influenciar pelos falsos mestres (2Tm 3.6-7) ou tivessem sido levadas, por causa de seus desejos sensuais, a abandonar a fé (vs. 11-12).
B. Ministrando aos presbíteros (5.17-25).
Do mesmo modo que havia feito com relação às viúvas, Paulo dirigiu-se às questões da honra adequada devida aos presbíteros e a maneira de lidar com os que pecavam.
A honra da posição bem como a remuneração financeira (vs. 18) são destacados por Paulo nesses versículos. Essa é uma referência a dois tipos de presbíteros: aqueles que presidem na igreja e aqueles que acrescentam à governança o ministério mais especializado da pregação e do ensino.
Independentemente dessas diferenças, porém, todos os presbíteros têm a responsabilidade de pastorear o rebanho (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).
O fato de Paulo ter citado tanto Dt 25.4 como uma palavra de Jesus registrada em Lc 10.7 como "Escritura", indica como eram antigos os textos ora incluídos no Novo Testamento, que foram colocados no mesmo nível de autoridade daqueles do Antigo Testamento (2Pe 3.15-16).
Os presbíteros que pecam ou que vivem no pecado – v. 20. Talvez alguns estivessem envolvidos com a falsa doutrina, embora o conselho seja aplicável a outros pecados graves que causam impacto na igreja. O vs.1 indica que nem todo pecado dos presbíteros devia ser tratado dessa maneira.
Paulo exortava solenemente, diante de Deus, de Cristo Jesus e dos anjos eleitos - aqueles que presumivelmente servirão de testemunhas no juízo (cf. Mt 25.31; Ap 14.10) – que eles deveriam procurar observar essas instruções sem parcialidade, nem favoritismos.
Paulo ainda os ensinava que a ninguém deveria ele impor precipitadamente as mãos. Esse versículo foi interpretado de vários modos.
Se a "imposição de mãos" refere-se à ordenação, pode significar que a ordenação de um presbítero sem qualificação significaria aprovação tácita e, portanto, participação nos pecados do mesmo.
Caso se refira à restauração e confirmação de um presbítero acusado de pecar (vs. 19-20), ou pecadores repreendidos em geral, pode indicar que a restauração precipitada é uma maneira pecaminosa de favoritismo (vs. 21).
Em todo caso, o que prevaleceria seria que ele se conservasse a si mesmo puro. Veja 4.12,16.
A prática de se abster do vinho como questão de princípio talvez reflita a influência do conceito de pureza dos falsos mestres (4.3), ou talvez fosse para proteger os cristãos mais fracos de tropeçar (Rm 14.21). Paulo reconhecia o valor medicinal do vinho – vs. 23.
Nos vs. 24 e 25, ele novamente faz outra referência à importância da triagem cuidadosa dos candidatos à ordenação.
I Tm 5:1 Não repreendas ao homem idoso; antes,
exorta-o como a pai;
aos moços,
como a irmãos;
I Tm 5:2 às mulheres idosas,
como a mães;
às moças,
como a irmãs, com toda a pureza.
I Tm 5:3 Honra as viúvas verdadeiramente viúvas.
I Tm 5:4 Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos,
que estes aprendam primeiro a exercer piedade
para com a própria casa
e a recompensar a seus progenitores;
pois isto é aceitável diante de Deus.
I Tm 5:5 Aquela, porém, que é verdadeiramente viúva e não tem amparo
espera em Deus
e persevera em súplicas e orações, noite e dia;
I Tm 5:6 entretanto, a que se entrega aos prazeres,
mesmo viva, está morta.
I Tm 5:7 Prescreve, pois, estas coisas,
para que sejam irrepreensíveis.
I Tm 5:8 Ora, se alguém não tem cuidado dos seus
e especialmente dos da própria casa,
tem negado a fé e
é pior do que o descrente.
I Tm 5:9 Não seja inscrita senão viúva
que conte ao menos sessenta anos de idade,
tenha sido esposa de um só marido,
I Tm 5:10 seja recomendada pelo testemunho de boas obras,
tenha criado filhos,
exercitado hospitalidade,
lavado os pés aos santos,
socorrido a atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra.
I Tm 5:11 Mas rejeita viúvas mais novas,
porque, quando se tornam levianas contra Cristo,
querem casar-se,
I Tm 5:12 tornando-se condenáveis por anularem
o seu primeiro compromisso.
I Tm 5:13 Além do mais,
aprendem também a viver ociosas,
andando de casa em casa;
e não somente ociosas,
mas ainda tagarelas e intrigantes,
 falando o que não devem.
I Tm 5:14 Quero, portanto, que as viúvas mais novas
se casem,
criem filhos,
sejam boas donas de casa
e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência.
I Tm 5:15 Pois, com efeito,
já algumas se desviaram,
seguindo a Satanás.
I Tm 5:16 Se alguma crente tem viúvas em sua família,
socorra-as,
e não fique sobrecarregada a igreja,
para que esta possa socorrer
as que são verdadeiramente viúvas.
I Tm 5:17 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários
os presbíteros
que presidem bem,
com especialidade os que se afadigam
na palavra
e no ensino.
I Tm 5:18 Pois a Escritura declara:
Não amordaces o boi, quando pisa o trigo.
E ainda:
O trabalhador é digno do seu salário.
I Tm 5:19 Não aceites denúncia contra presbítero,
senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas.
I Tm 5:20 Quanto aos que vivem no pecado,
repreende-os na presença de todos,
para que também os demais temam.
I Tm 5:21 Conjuro-te,
perante Deus,
e Cristo Jesus,
e os anjos eleitos,
que guardes estes conselhos,
sem prevenção,
nada fazendo com parcialidade.
I Tm 5:22 A ninguém
imponhas precipitadamente as mãos.
Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.
Conserva-te a ti mesmo puro.
I Tm 5:23 Não continues a beber somente água;
usa um pouco de vinho,
por causa do teu estômago
e das tuas freqüentes enfermidades.
I Tm 5:24 Os pecados de alguns homens
são notórios
e levam a juízo,
ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam.
I Tm 5:25 Da mesma sorte também as boas obras,
antecipadamente, se evidenciam
e, quando assim não seja,
não podem ocultar-se.
Chamou-me a atenção o vs. 21 quando Paulo pede para Timóteo guardar esses conselhos. Ele conjura, ou seja, ele fala a ele chamando-o à responsabilidade perante Deus, Cristo Jesus e os anjos eleitos...
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

I Timóteo 4 1-16 - O PERIGO DAS DROGAS - A DROGA DA IGNORÂNCIA BÍBLICA.

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 4/6.
Breve síntese do capítulo 4.
São conselhos, advertências e exortações que Paulo transmite a Timóteo principalmente contra os que apostatarão da fé e darão crédito a espíritos enganadores e a ensinos de demônio. O selo deles é a mentira, o engano e a ilusão que o incauto se deixa levar.
Ser bom ministro de Cristo significa estar comprometido com a palavra que Deus nos deu para nos alimentar e nos guiar. Nela encontraremos a boa doutrina que Timóteo estava seguindo.
É preciso tomar muito cuidado para não trocar as Escrituras por experiências, sinais, milagres e maravilhas que vão além da Bíblia e tornam as pessoas dependentes delas. Não é somente a droga que causa dependência, mas a droga da ignorância bíblica que leva muitos a buscarem a Deus onde ele não está, nem estará nunca.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. A FALSA DOUTRINA E O ASCETISMO (4.1-5.2).
Paulo desafiou o ascetismo legalista dos falsos mestres explicando como todas as coisas foram criadas para o nosso proveito.
A falsa doutrina em Éfeso tinha muitas dimensões. Nesse ponto, Paulo tocou na inclinação de pelo menos alguns para o ascetismo, a negação dos prazeres físicos. Sua discussão se divide em uma exposição da falsa doutrina (4.1-5) e a importante responsabilidade de Timóteo (4.6-5.2). Elas formarão a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. A falsa doutrina (4.1-5) – veremos agora; e, B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2) – começaremos a ver agora.
A. A falsa doutrina (4.1-5).
Retornando à sua preocupação principal (1.3-20), Paulo continuou o seu ataque aos falsos mestres e aos ensinos deles.
Paulo começa o capítulo com, provavelmente, uma revelação específica que o Espírito Santo concedeu a alguém, talvez ao próprio Paulo (At 20.22-31; cf. 21.11) de que nos últimos tempos - isso não se refere a um período imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Pelo contrário, mantendo-se coerente com a perspectiva geral do Novo Testamento, essa é a era que foi instaurada com a primeira vinda de Cristo e será concluída com a sua segunda vinda (At 2.17; Hb 1.2; 1 Pe 1.20; 1Jo 2.18; cf. 2Tm 3.1; a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7) – alguns abandonariam a fé e seguiriam espíritos enganadores e doutrinas de demônios.
Paulo entendia que toda a era do Novo Testamento seria caracterizada por falsas doutrinas e que isso seria muito danoso a igreja fazendo muitos apostatar e seguir demônios - uma referência aos falsos mestres que tinham se levantado dentro da igreja.
Os seus ensinamentos, oriundos de homens hipócritas, que teriam a consciência cauterizada, proibiriam o casamento e exigiriam abstinência de alimentos.
Os falsos mestres promoviam um rigoroso estilo de vida de autonegação (cf. Cl 2.20-23). Parecia que os efésios haviam sucumbido ao ensino helenístico de que, uma vez que o mundo material é perverso, a pessoa espiritualizada deveria evitá-lo.
Parece que os falsos mestres tinham distorcido a lei do Antigo Testamento para que apoiasse seus pontos de vista (1.7). Paulo já havia afirmado e falado sobre o casamento em 3.2,12 e, agora, o argumento seguinte seria focado nos alimentos.
Para isso ele começa arrazoando que tudo que Deus criou é bom. Contrário aos falsos mestres, Paulo afirmava a bondade essencial da criação de Deus (Gn 1). A raça humana foi criada para ser parte do universo físico da criação, do mesmo modo que fomos criados como corpos físicos. O usufruto apropriado dessas coisas seria totalmente adequado (6.17).
Assim, nada poderia ser rejeitado, pelo contrário, aceito e recebido com ações de graça, pois pela palavra de Deus e pela oração seriam santificados – vs. 5. Paulo não acreditava que toda atividade possível no mundo físico fosse automaticamente consagrada a Deus. Em vez disso, cada atividade devia ser pronunciada assim pela Palavra de Deus, e devia ser dedicada a Deus pela prática da oração, com ações de graça.
B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2).
Dos vs. 4.6 a 5.2, Paulo fala sobre a responsabilidade de Timóteo. Tendo exposto a verdade a respeito dos falsos mestres, Paulo continuou numa série de admoestações a Timóteo em relação à sua reação a esse problema.
O "bom ministro" deve ser alimentado continuamente pela verdadeira doutrina.
As tais fábulas profanas e de velhas caducas deveriam ser rejeitadas. Além disso, deveria ele exercita-se, pessoalmente, na piedade. Ao longo de toda essa parte, Paulo entreteceu a disciplina pessoal com as obrigações oficiais.
Essa declaração sobre o corpo de que o exercício físico é pouco proveitoso indica que Paulo ainda tinha em mente o ascetismo dos falsos mestres. A disciplina na piedade é de grande valor se comparada a qualquer negação ou disciplina física.
O corpo, templo do Espírito Santo, deve, de fato, ser cuidado e devemos lhe dar atenção e buscar a saúde e hábitos saudáveis, enquanto estivermos nessa vida, mas ele perecerá e se sucumbirá ao tempo, por isso que seria de pouco proveito qualquer investimento exagerado nele, como se fosse durar para sempre.
Já a piedade, o exercício nela, é para todo o sempre e abrange tanto a vida presente quando à futura – vs. 8.
Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens. Como em 2.1,4,6; 6.10, "todos" aqui – vs. 10 - significa "todos os tipos de". A oferta graciosa do evangelho - o chamado ao arrependimento e à salvação - é estendida a todos os tipos de pessoas (Mt 11.28). Novamente temos a indicação de leitura da BEG de um excelente artigo teológico "Expiação limitada", em Jo 10.
De fato ele é o Salvador de todos os homens, mas em especial dos fiéis. Paulo diminuiu a perspectiva para indicar que a salvação se estende efetivamente a todos os fiéis (Mt 22.14; Rm 8.30). Eu tenho dito que o filtro de Deus em relação à humanidade, aos homens, não é sua condição física, emocional, social, cultural, econômica, mas a sua fé!
Paulo pede a Timóteo que tanto ordene isso, como também ensine – vs. 11. Sendo assim, que ninguém viesse a desprezá-lo. As ordens negativas aqui e no vs. 14 podem indicar que Timóteo tendia a ser acanhado ou tímido.
Além do mais, algumas pessoas na igreja de Éfeso talvez não tivessem aceitado a sua autoridade. Provavelmente Timóteo tinha por volta de trinta e poucos anos e, portanto, era mais jovem do que muitos dos cristãos (e presbíteros) em Éfeso. No entanto, deveria ele torna-se padrão na pureza. Timóteo deveria estabelecer a sua autoridade sem alardeá-la, mediante o exemplo de uma vida piedosa (Tt 2.7).
Paulo queria que ele o esperasse lendo, estudando , meditando, pregando e ensinando por meio das Sagradas Escrituras – vs. 13. Para Paulo a aplicação de Timóteo à leitura pública da Escritura e à exortação e ao ensino, eram métodos positivos para expor a falsa doutrina e neutralizar o seu impacto (cf. 1.3-4) além do que garantiria a fé dos que estavam começando e atrairia novos membros para o Evangelho.
Além do que havia sobre ele dons derramados pelo Espírito Santo quando ele foi consagrado pela imposição de mãos dos presbíteros. Assim, deveria ele ser diligente nessas coisas e os conselhos, orientações e exortações de Paulo iriam ajuda-lo muito nessa caminhada.
Não haveria como não ser diferente o progresso dele, de Timóteo, seguindo Paulo. Nota-se aqui uma referência ao progresso que Timóteo havia feito na vida espiritual, ao seu ministério ou a ambos. Repare que esse amadurecimento foi descrito como "progresso", e não produto do acaso.
A maneira como Paulo resumiu as suas orientações para Timóteo é indicação do ponto onde os falsos mestres tinham se desviado e, portanto, onde os cristãos em geral podiam se desviar.
Somente Deus concede a salvação (1.1; 2.3; 4.10), mas ele fica satisfeito de poder usar o seu povo como instrumento para levar a salvação a outros.
A salvação não é concluída quando alguém chega à fé. É certo que a fé traz a justificação e a certeza da salvação. Mas a fé também dá início a um processo de santificação que dura a vida inteira, e que não é concluído até que a vida terrena do cristão termine. A santificação é uma obra de Deus que requer a ação cooperadora do cristão (Fp 2.12).
I Tm 4:1 Ora, o Espírito afirma expressamente que,
nos últimos tempos,
alguns apostatarão da fé,
por obedecerem
a espíritos enganadores
e a ensinos de demônios,
I Tm 4:2 pela hipocrisia dos que falam mentiras
e que têm cauterizada a própria consciência,
I Tm 4:3 que proíbem o casamento
e exigem abstinência de alimentos que Deus criou
para serem recebidos, com ações de graças,
pelos fiéis e por quantos conhecem
plenamente a verdade;
I Tm 4:4 pois tudo que Deus criou
é bom,
e, recebido com ações de graças,
nada é recusável, I Tm 4:5 porque,
pela palavra de Deus
e pela oração, é santificado.
I Tm 4:6 Expondo estas coisas aos irmãos,
serás bom ministro de Cristo Jesus,
alimentado com
as palavras da fé
e da boa doutrina que tens seguido.
I Tm 4:7 Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas.
Exercita-te, pessoalmente, na piedade.
I Tm 4:8 Pois o exercício físico para pouco é proveitoso,
mas a piedade para tudo é proveitosa,
porque tem a promessa da vida
que agora é
e da que há de ser.
I Tm 4:9 Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação.
I Tm 4:10 Ora, é para esse fim
que labutamos
e nos esforçamos sobremodo,
porquanto temos posto a nossa esperança
no Deus vivo,
Salvador de todos os homens,
especialmente dos fiéis.
I Tm 4:11 Ordena e ensina estas coisas.
I Tm 4:12 Ninguém despreze a tua mocidade;
pelo contrário,
torna-te padrão dos fiéis,
na palavra,
no procedimento,
no amor,
na fé,
na pureza.
I Tm 4:13 Até à minha chegada, aplica-te
à leitura,
à exortação,
ao ensino.
I Tm 4:14 Não te faças negligente para com o dom
que há em ti,
o qual te foi concedido mediante profecia,
com a imposição das mãos do presbitério.
I Tm 4:15 Medita estas coisas
e nelas sê diligente,
para que o teu progresso a todos seja manifesto.
I Tm 4:16 Tem cuidado
de ti mesmo
e da doutrina.
Continua nestes deveres;
porque, fazendo assim,
salvarás tanto a ti mesmo
como aos teus ouvintes.
Paulo estaria indo até Timóteo para lhe ajudar e fortalecê-lo na sua fé, mas enquanto não chegasse, ele o orienta a aplicar-se à leitura, à exortação e ao ensino. Podemos perceber continuando a leitura do capítulo até o seu final o seu cuidado com os verbos que emprega: ler, exortar, ensinar, meditar, ter cuidado, continuar.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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