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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Apocalipse 15 1-8 - APOCALIPSE É O LIVRO DO “VI” E DO “OUVI” E TAMBÉM DO “ESCREVE”. AQUI JOÃO NARRA A HISTÓRIA DOS VENCEDORES.

Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo. Estamos vendo o capítulo 15/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 15, explicado pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/_6oe3kFmWFg.
Breve síntese do capítulo 15.
Mais um grande sinal grande e admirável que João tinha visto. Lembram-se do primeiro? Está no capítulo 12, nos versos 1 e 3: sendo o verso 1, o que narra a história da mulher e o verso 3, o que vai descrever o dragão e sua queda do céu.
A veste da mulher é de sol com a lua debaixo de seus pés e com uma coroa de 12 estrelas na cabeça que se acha grávida, em dores de parto. Já o dragão é vermelho, com sete cabeças e dez chifres, sete diademas que se posiciona para apanhar o filho quando este nascer.
Já este outro sinal grande e admirável vem a falar dos sete anjos, com os sete flagelos que consumiriam a cólera de Deus.
Apocalipse é o livro do “vi” e do “ouvi” e também do “escreve”. Aqui João narra a história dos vencedores. Ora a promessa do Senhor não foi sempre endereçada aos vencedores? “Ao que vencer, ...”. Aqui estamos com os vencedores da besta, de sua imagem e do seu número.
Se há três vitórias há três lutas: a besta, a sua imagem e o seu número! Depois se abre no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho e os sete anjos recebem as últimas sete taças das mãos de um dos quatro seres viventes!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5, estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos (22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)   Sete selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)   Sete anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)   Sete histórias simbólicas (12.1-14.20) – já vimos.
(4)   Sete taças de ira (15.1-16.21) – começaremos a ver agora.
(5)   Babilônia e a igreja (17.1-19.10).
(6)   A batalha final (19.11-21).
(7)   O reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus, para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o resultado do conflito.
4. O quarto ciclo: sete taças da ira de Deus saindo do Templo (15.1-16.21)
Veremos dos vs. 15.1 ao 16.21, o quarto ciclo: sete taças da ira de Deus saindo do templo.
A cena inicial de culto (15.1-16.1) relembra o culto ao redor do trono de Deus em 4.1-5.14. Aqueles que venceram se regozijam na presença de Deus (15.2-4).
Sete anjos resplandecentes recebem as taças da presença de Deus no templo. As taças simbolizam o cálice da ira de Deus do qual as nações bebem (14.10; 16.19; Is 51.17-22; Jr 25 15-29; Lm 4.21; Ez 23.31-34; Hc 2.16).
Ao comando de Deus as taças são esvaziadas (16.1), resultando nas sete últimas pragas. As pragas levam à segunda vinda, uma vez que: "com estes se consumou a cólera de Deus" (vs. 1).
As sete taças apresentam notáveis semelhanças com as sete trombetas (8.2-11.19).
As quatro primeiras taças, como as quatro primeiras trombetas, resultam na destruição das quatro principais regiões ou esferas da criação: terra, mar, água fresca e céu.
Como as trombetas, as taças lembram as pragas contra o Egito. Mas as taças resultam em castigos mais severos do que as trombetas. O julgamento das trombetas afetou um terço do total, o das taças afetou o todo. As taças simbolizam o julgamento de Deus contra os malfeitores.
O padrão geral pode incluir tanto o julgamento contra os pagãos do Império Romano como o julgamento na crise final que leva à segunda vinda.
É João novamente que vê no céu outro grande e maravilhoso sinal no céu. Ele vê sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a santa, justa, boa e perfeita ira de Deus.
A misericórdia e a ira de Deus
Ao falar da misericórdia e da ira de Deus, faço questão de colocar na íntegra um texto que tive a oportunidade de ler e meditar e ouvir muitas vezes que servirá para esclarecer muito de nosso assunto, formando assim nossa base necessária para definição da salvação. O artigo se intitula A IRA DE Deus.[1]
1. Definição
A ira de Deus é a expressão do seu justo juízo contra o pecado e contra o pecador. “É uma manifestação da vingança divina contra os violadores da sua palavra e para quem não há manifestação da sua misericórdia”,1 a saber, os ímpios. 
Pink define a ira de Deus da seguinte maneira:
A ira de Deus é uma perfeição divina tanto como a Sua fidelidade, o Seu poder ou a Sua misericórdia. Só pode ser assim, pois não há mácula alguma, nem o mais ligeiro defeito no caráter de Deus, porém, haveria, se nEle não houvesse a Ira! A ira de Deus é a Sua eterna ojeriza por toda injustiça. É o desprazer e a indignação da divina eqüidade contra o mal. É a santidade de Deus posta em ação contra o pecado. É a causa motora daquela sentença justa que Ele lavra sobre os malfeitores. Deus está irado contra o pecado porque este é rebelião contra a Sua autoridade, um ultraje à Sua soberania inviolável.2
Vicent Cheung ressalta que a ira de Deus é a sua divina cólera contra tudo que é contrário à santidade e à retidão; é seu intenso aborrecimento para com o pecado e a impiedade.3 Em suma, a Ira de Deus, nas palavras J.I.Packer, “é a sua justiça reagindo contra a justiça”.[2]
2. Os aspectos da Ira de Deus
a) A necessidade da sua manifestação
Deus “não pode deixar de punir o pecado”.4 Ele não pode deixar impune o pecador. Ele estaria indo contra a sua própria natureza e negando a sua santidade e justiça. Essa manifestação de Deus em punir o pecado e os pecadores é visto na Escritura como o derramar da sua Ira.
Habacuque 1.13 – "Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade." (NVI) 
Não obstante, Deus é amor, é paciente e misericordioso. Entretanto, ele não é obrigado a manifestar o seu amor, a sua paciência e a sua misericórdia para com todos os homens. Mesmo Deus deixando de manifestar estes atributos, ele não deixa de possuí-los. Deus não deixará de ser amor, paciente e misericordioso porque faz parte da sua essência ser assim. Contudo, Deus não deve amor, paciência e misericórdia a nenhum dos homens porque eles não têm direito algum de exigir isso de Deus.
Por outro lado, “se Deus deixar de mostrar a sua ira, ele será injusto consigo mesmo (porque negará a sua própria santidade) e com os homens (porque não dará a eles o que merecem). Se Deus deixar de mostrar a sua ira, ele mostrará falta de caráter moral, porque a indiferença com o pecado é uma falta moral”.5 
Se Deus deixa de punir justamente manifestando a sua justiça retributiva aos pecadores obstinados dando-lhes o que castigo merecido, todavia ele estará indo contra si mesmo. Os homens nunca recebem a ira justa de Deus imerecidamente. Eles a recebem porque pecam contra Deus e são dignos dela.
Deus odeia o pecado não porque ele deseja odiá-lo, mas ele o odeia porque a sua natureza santa é impassível ao pecado. Portanto, a manifestação da ira de Deus contra o pecado e o pecador é uma necessidade imperativa. Deus odeia o pecado e, ao mesmo tempo, odeia e ama o pecador!
Provérbios 11.20a – "O Senhor abomina os perversos." (Almeida Século 21)
1 João 2.15 – "Não ameis o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (Almeida Século 21)
Tiago 4.4 – "Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus." (NVI)
b) A sua manifestação é imparcial
A manifestação da ira de Deus para com os todos os homens é justa e imparcial. Ou seja, não favorece um em detrimento do outro. A justiça retributiva de Deus deve ser manifestada a todos os seres racionais que infringem a sua lei porque Deus é justo e porque são dignos de receberem a punição.
Romanos 2.12 - "Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado." (NVI)
Porém, a punição da lei pode ser aplicada ao transgressor de maneira pessoal ou vicária, isto é, sobre a própria pessoa ou sobre alguém que a substitua.
No entanto, mesmo que o transgressor da lei não seja obrigado a receber a pena merecida, pois na administração divina ela não é absoluta, mas relativa; não obstante, ela pode ser transferida a alguém para que possa ser cumprida. O cumprimento da pena é imperativo. A justiça exige que o pecado seja punido sem parcialidade. Portanto, é a partir deste principio que Deus decidiu efetuar a expiação.
Ou seja, Cristo foi o substituto dos pecadores eleitos incapazes de obedecer à lei obedecendo à lei por eles, que podemos chamar de (obediência ativa), e na morte de cruz, que podemos chamar de (obediência passiva), onde Deus transferiu e puniu os pecados dos eleitos pecadores de todas as eras em Cristo na cruz, efetuando assim a sua justiça.
c) A sua manifestação é inexorável
A manifestação da ira de Deus é terrível nos seus efeitos. “Os pecadores brincam com os seus pecados como se nunca fosse acontecer nada com eles”.6 O dia do julgamento já foi determinado por Deus. Terrível será este dia para os ímpios quando a ira de Deus será manifesta implacavelmente! 
Apocalipse 6.15-17 – "Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos — todos os homens quer escravos, quer livres, esconderam-se em cavernas e entre as rochas das montanhas. Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar? " (NVI)
Hebreus 10.30c-31 – "O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (ARA)
O povo descrito aqui não é o povo de Deus, isto é, os crentes, mas os Israelitas descrentes ou falsos crentes da época do autor a carta aos Hebreus que faziam parte da igreja. Aqui podemos perceber que o autor utiliza como exemplo para exortar e encorajar os crentes na fé, os rebeldes de Israel na época do AT que pereceram no deserto e sobre o terrível julgamento de Deus no qual estavam sujeitos.    
Além de Deus julgar o mundo ímpio, ele também julga o seu povo. Ou seja, a igreja composta dos verdadeiros crentes. Note o que Pedro diz acerca disso:
1 Pedro 4.17-18 – "Pois chegou à hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, se ao justo é difícil ser salvo, que será do ímpio e pecador?" (NVI)
Este julgamento aqui não se refere à condenação, pelo contrário. Deus julga os seus escolhidos corrigindo-os muitas vezes através das tribulações e dificuldades da vida, cujo intuito é a purificação o aperfeiçoamento deles e da igreja em geral.
d) A sua manifestação é gloriosa
A manifestação da ira divina, ao mesmo tempo em que é algo terrível para os ímpios, é cheia de glória, porque ela é a exaltação da justiça divina. Quando qualquer atributo de Deus é exaltado, o ser de Deus é glorificado. Deus se mostra glorioso cada vez que manifesta a sua justiça em ira, mas essa ira será ainda mais gloriosa no final, porque nesse dia todos haverão, para a glória de Deus, de reconhecer que Jesus Cristo é Senhor, dobrando-se humilhantemente diante dele (Fp 2.10-11)”. 6
3. Diferença entre Ira e ódio7
No caso dos seres humanos, a ira e o ódio não são distintos entre si, ambos representam a mesma coisa, isto é, um mesmo sentimento e uma mesma reação para com algo ou alguém. Porém, existe diferença entre ira e ódio em Deus. Estes dois aspectos que fazem parte da natureza divina são distintos entre si.
“Enquanto a ira é uma manifestação positiva da justiça divina sobre os transgressores da sua lei, o ódio é um sentimento negativo, onde Deus deixa de mostrar qualquer amor pela pessoa, ou deixa de fazer alguma coisa para redimi-la”.8 Noutras palavras, Deus simplesmente não faz nada em relação à pessoa a quem ele odeia.
A manifestação da ira de Deus é causada devido ao pecado dos seres humanos que ofende a sua santidade. Por outro lado, o ódio de Deus em relação a alguém está contido nele mesmo sem que a própria pessoa odiada tenha cometido algum pecado contra ele.
O ódio de Deus aos seres humanos não é devido ao pecado deles. Contudo, pela sua própria decisão soberana, cujos motivos são desconhecidos de nós, ele decidiu odiar uns não salvando, mas deixando-os entregues aos seus pecados a fim de perecerem sendo condenados ao lago de fogo no dia do julgamento final, e amando outros decidindo elegê-los para a salvação e vida eterna. Um exemplo clássico disso é o caso de Esaú e Jacó. Observe:
Romanos 9.11-16 – "Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa ou má — a fim de que o propósito de Deus conforme a eleição permanecesse, não por obras, mas por aquele que chama — foi dito a ela: O mais velho servirá ao mais novo. Como está escrito: Amei Jacó, mas rejeitei Esaú. E então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus." (NVI)
Conforme é dito no texto, Deus amou Jacó para a salvação e odiou Esaú decidindo não salvá-lo deixando entregue aos seus pecados. Isto é o que podemos chamar de preterição. Ou seja, é o ato de Deus em deixar os pecadores entregues nos seus pecados não os favorecendo com a graça regeneradora, cujo fim será a morte eterna para eles.
O motivo pelo qual Deus amou Jacó e odiou Esaú é desconhecido de nós. Não foi pelas obras que porventura eles fizeram, pois antes mesmo deles haverem nascido, Deus já tinha escolhido Jacó em amor para a salvação e odiado a Esaú rejeitando-o para a salvação. Portanto, aqueles foram rejeitados e entregues por Deus aos seus pecados nunca irão crer e se converter abandonando os seus pecados.
Por isso, no dia do julgamento, estas pessoas irão receber a manifestação da ira de Deus como punição pelos seus pecados. Elas serão lançadas no lago de fogo e enxofre onde sofrerão eternamente com dores e angustias prementes sem fim!
4. A relação entre Ira e Misericórdia9
Conforme vimos, é absolutamente necessário Deus manifestar a sua justiça em ira, porém, não é necessário “que a sua justiça seja manifesta na pessoa do pecador”.10 No entanto, uma outra pessoa, que no caso, Jesus, foi quem assumiu as responsabilidade legais dos pecadores eleitos recebendo a manifestação da justiça de Deus em ira sobre si na cruz, pagando assim pelos pecados deles.
Como resultado da dívida do pecado paga por Jesus, agora os eleitos redimidos não sofrerão a manifestação da ira divina, pois a eles foi manifestada a misericórdia. Jesus desviou a ira de Deus dos pecadores eleitos para si. Por outro lado, os pecadores não eleitos pelos quais Jesus não pagou a sua dívida de pecado, irão receber a manifestação da ira divina.
Via de regra, é importante enfatizar para que possamos compreender de fato que a misericórdia é a não aplicação da punição divina, e a ira é a aplicação da justiça divina. Estes dois atributos – ira e misericórdia não podem ser aplicados em uma mesma pessoa. Portanto, misericórdia é Deus não punir, ao mesmo tempo em que quando pune disciplinando os seus filhos para o próprio bem deles, também mostra misericórdia (veja Hb 12.4-11).
5. A relação entre Ira e Amor
É lamentável vermos atualmente uma ignorância extraordinária por parte da igreja evangélica em relação ao conhecimento dos atributos de Deus! Para muitos pastores e crentes este assunto é completamente desconhecido. Quando alguns poucos conhecem acerca dos atributos de Deus, conhecem apenas sobre o seu amor, e, ainda assim, o conhecem de maneira equivocada.
No que tange a ira de divina, muitos opositores da fé reformada, especialmente grande parte dos evangélicos neopentecostais, se esquecem de que a justiça de Deus é essencial nele, e que a sua manifestação é imprescindível devido a sua santidade. Apesar de Deus ser um Deus de amor, todavia, ele não está na obrigação de amar todos os seres humanos; em contrapartida, em relação a sua justiça, ele é obrigado a manifestá-la. Mesmo que Deus não ame a todos, contudo, ele não deixa de ser um Deus de amor. O Amar de Deus é uma decisão soberana! Cabe a ele unicamente a decisão de quem amar e de quem não amar!
Porém, a manifestação da ira de Deus é absolutamente necessária devido “a sua prerrogativa de julgar o mundo, que é o violador de suas leis”.11 Deus nunca é injusto por manifestar a sua ira conforme muitos evangélicos pensam. Paulo na sua carta aos Romanos combate esta ideia errônea de se pensar que Deus é injusto em manifestar a sua ira. Veja a sua argumentação:
Romanos 3.5b-6 – Mas, se a nossa injustiça (pecado contra Deus) traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplica a sua ir? (falo como homem.) (ARA)
Se Deus não faz justiça em julgar os homens pecadores ele estará negando a si mesmo. E sabemos que isto é impossível de acontecer com o Deus que é perfeito!
6. O tempo da Ira Divina12
A justiça de Deus nem sempre é executada no momento e da maneira que pensamos que deva ser. Embora Deus seja muito paciente mesmo quando o pecado e a maldade permeiam tão veemente no mundo, ainda assim, a sua justiça é e será manifestada.
Entretanto, mesmo que a justiça de Deus não venha ser executada aqui na terra com todo o seu ápice contra os ímpios obstinados e merecedores dela, todavia, ela é manifesta através de juízos parciais e finais. Senão vejamos:
a) A manifestação parcial da Ira Divina
No Antigo Testamento, podemos ver inúmeros exemplos da manifestação não total e final, mas parcial da ira de Deus contra os que violaram os seus mandamentos (veja Js 7.1, 11, 13, 24-25; Nm 16.1-49; Gn 6.5, 13, 17, 18.25, 19.19, 23-29). Deus no presente momento traz apenas castigos de ordem temporal aos obstinados como um prelúdio anunciando acerca do castigo final e total que sobrevirá a eles no dia do julgamento. Sobre esta manifestação parcial da ira de Deus, Paulo diz:
Romanos 1.18 – "Porque do céu se manifesta (o verbo está no presente, o que implica uma constante manifestação da ira divina) a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens..." (ARA)
Salmos 7.11 – "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias." (ARC)
b) A manifestação final da Ira Divina   
Não obstante, é de vital importância enfatizar que todos os que foram e são objetos da ira parcial de Deus haverão ainda de sofrer a manifestação final e total da sua ira. A ira parcial que é manifestada na história é um prelúdio que elucida a ira final e total que se manifestará no dia do julgamento.
Todavia, no Antigo testamento, o povo já tinha consciência de que o juízo final de Deus seria num dia futuro e já determinando por ele. Observe as palavras do profeta Sofonias sobre isto:
Sofonias 1.14-15, 18 – "O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão. Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e negridão; Nem a sua prata nem o seu ouro poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. No fogo do seu zelo o mundo inteiro será consumido, pois ele dará fim repentino a todos os que vivem na terra." (NVI)
Aqui, o profeta Sofonias faz menção da manifestação final e total da ira divina no último dia, quando todos irão comparecer diante do Senhor para receberem a recompensa pelos seus pecados.
No Novo Testamento, vemos também a descrição acerca dessa manifestação final e total da justiça de Deus onde será executada no dia do julgamento. Note as palavras de Paulo no seu discurso aos gregos e filósofos no areópago de Atenas:
Atos 17.30-31 – "Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam, pois determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao ressuscitá-lo dentre os mortos." (Almeida Século 21)
Não há como os homens escaparem da justiça divina! Não há como escapar do julgamento daquele grande dia já reservado desde antes a fundação do mundo!
Romanos 2.8 – "Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça." (NVI)
João 3.36 – "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele." (NVI)
7. Jesus e a ira de Deus
Jesus possui três papéis com relação à ira de Deus. Um tem a ver consigo mesmo, outro tem a ver com os filhos de Deus, e outro com os ímpios.13 Senão vejamos:
a) Jesus recebeu a Ira de Deus no lugar dos pecadores eleitos
Isaías 53.5 – "Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados." (NVI)
b) Jesus salvou os pecadores eleitos da Ira de Deus
Romanos 5.9 – "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." (ARA)
c) Jesus é o aplicador da Ira de Deus aos ímpios
Atos 17.31 – "Pois (Deus) determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao ressuscitá-lo dentre os mortos." (Almeida Século 21)
João 5.27 – "E (o Pai) deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem." (NVI)
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Notas:
[1] Heber Carlos de Campos - O Ser de Deus e os Seus atributos, Ed. Cultura Cristã.
[2] A.W.Pink. Os atributos de Deus, Ed. PES.
[3] Vicent Cheung. Teologia Sistemática.
[4] Heber Carlos de Campos - O Ser de Deus e os Seus atributos, Ed. Cultura Cristã.
[5] Ibid.
[6] Ibid.
[7] Ibid.
[8] Ibid.
[9] Ibid.
[10] Ibid.
[11] Ibid.
[12] Ibid.
[13] Ibid.
Também João viu algo semelhante a um mar de vidro. Ele era misturado com fogo, e, de pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome.
Esses vencedores eram os santos que por meio de suas orações têm um papel a desempenhar nos julgamentos de Deus (6.9-11). Como 7.1-17, eles são protegidos dos castigos que caem sobre a terra.
Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos". - Ap 15:2-415.3.
O cântico de Moisés era uma alusão a Êx 15. Como os israelitas, os santos são libertados da opressão idólatra por meio das pragas enviadas por Deus.
Os castigos enviados por Deus nunca são arbitrários ou rancorosos, mas a justa retribuição pelas maldades cometidas (vs. 4; 16.5,7; 19.2,11; veja acima o texto sobre a ira de Deus).
Depois disso, João ainda viu mais e ele vê que se abriu no céu o santuário, o tabernáculo da aliança. A parte interna da morada celestial de Deus já foi retratada. Ele vê saírem do santuário esses sete anjos com as sete pragas.
As vestes dos anjos eram de linho puro e resplandecente. As vestes sacerdotais do Antigo Testamento eram feitas de linho (Êx 28.42; Lv 16.4). A santidade dos julgamentos de Deus é, desse modo, enfatizada.
João viu que quem deu aos sete anjos as sete taças foi um dos quatro seres viventes. Elas eram taças de ouro e estavam cheias da ira de Deus, que vive para todo sempre. João ainda viu que o santuário ficou cheio de fumaça. É frequente que fumaça ou uma nuvem espessa acompanhem a presença de Deus, especialmente quando ele está irado. As associações incluem o monte Sinai (Êx 19.9,16,18; 20.18) e as visões de Isaías e Ezequiel (Is 6.4; Ez 1.4; cf. Nm 12.5; SI 18 8,11).
Ap 15:1 Vi no céu
outro sinal grande e admirável:
sete anjos tendo os sete últimos flagelos,
pois com estes se consumou a cólera de Deus.
Ap 15:2 Vi
como que um mar de vidro,
mesclado de fogo,
e os vencedores
da besta,
da sua imagem
e do número do seu nome,
que se achavam em pé no mar de vidro,
tendo harpas de Deus;
Ap 15:3 e entoavam o cântico de Moisés,
servo de Deus,
e o cântico do Cordeiro, dizendo:
Grandes e admiráveis são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-Poderoso!
Justos e verdadeiros são os teus caminhos,
ó Rei das nações!
Ap 15:4 Quem não temerá
e não glorificará o teu nome, ó Senhor?
Pois só tu és santo;
por isso, todas as nações
virão
e adorarão diante de ti,
porque os teus atos de justiça
se fizeram manifestos.
Ap 15:5 Depois destas coisas, olhei,
e abriu-se no céu
o santuário do tabernáculo do Testemunho,
Ap 15:6 e os sete anjos
que tinham os sete flagelos saíram do santuário,
vestidos de linho puro
e resplandecente
e cingidos ao peito com cintas de ouro.
Ap 15:7 Então, um dos quatro seres viventes
deu aos sete anjos
sete taças de ouro,
cheias da cólera de Deus,
que vive pelos séculos dos séculos.
Ap 15:8 O santuário se encheu de fumaça
procedente da glória de Deus
e do seu poder,
e ninguém podia penetrar no santuário,
enquanto não se cumprissem
os sete flagelos dos sete anjos.
Enquanto não se cumprirem os sete últimos flagelos, ninguém poderá entrar no santuário por causa da fumaça da glória de Deus e do seu poder.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. http://www.jamaisdesista.com.br


[2] O correto seria “é a sua justiça reagindo contra a injustiça
...

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terça-feira, 12 de abril de 2016

Apocalipse 14 1-20 - A HORA DA SEPARAÇÃO ENTRE O TRIGO E O JOIO.

Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo. Estamos vendo o capítulo 14/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 14, explicado pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/tCfMtMWGAvo.
Breve síntese do capítulo 14.
Apocalipse 14 descreve o momento da colheita por parte dos anjos conforme o Senhor já anunciara e conforme está escrito em diversas passagens.
Será nesta hora que será separado o trigo do joio e o joio será amarrado e lançado no fogo, enquanto o trigo irá para o celeiro do Senhor. Por enquanto, temos de tolerar o joio no meio da igreja, que cresce junto e se parece com o trigo, mas que não pode ser tirado para não danificar o trigo.
Judas foi um joio e foi um exemplo de como devemos tratar nossos irmãos que conosco estão na caminha cristã. Jesus o amou até o fim e mesmo no final ainda o chamou de amigo, mesmo sabendo que aquele era filho do diabo.
O amor de Deus é incondicional e sempre pronto a perdoar e a acreditar na mudança e Jesus jamais desistiu de Judas, antes este que desistiu e morreu.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5, estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos (22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)   Sete selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)   Sete anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)   Sete histórias simbólicas (12.1-14.20) – concluiremos agora.
(4)   Sete taças de ira (15.1-16.21).
(5)   Babilônia e a igreja (17.1-19.10).
(6)   A batalha final (19.11-21).
(7)   O reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus, para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o resultado do conflito.
3. O terceiro ciclo: sete histórias simbólicas (12.1-14.20) - continuação.
Como já dissemos, começamos aqui no 12.1 e iremos até ao 14.20 com o terceiro ciclo: sete histórias simbólicas. Esse terceiro ciclo de visões consiste, primariamente, de histórias sobre personagens-chave que são simbólicas: o dragão, a mulher, a besta, o falso profeta, os cento e quarenta e quatro mil, arautos ou mensageiros angélicos e o Filho do Homem.
b. Seis histórias simbólicas (12.7-14.11) - continuação.
Estamos vendo - vs. 12.7-14.11 - seis histórias simbólicas. Seis breves relatos metafóricos relacionam vários aspectos do conflito entre as forças de Deus e de Satanás: (1) o dragão (12.7-12) – já vimos; (2) a mulher (12.13-17) – já vimos; (3) a besta do mar (13.1-10) – já vimos; (4) a besta da terra: o falso profeta (13.11-18) – já vimos; (5) os cento e quarenta e quatro mil (14.1-5) – veremos agora; e (6) três mensageiros angélicos (14.6-11) – veremos agora.
(5) Os cento e quarenta e quatro mil (14.1-5).
Os cento e quarenta e quatro mil dos vs. 1 ao 5 representam o número total de santos (7.4-8). Formam um conjunto sacerdotal consagrado para oferecer louvores a Deus no monte Sião.
Foi João que viu tanto o Cordeiro como os 144 mil de pé sobre o monte Sião. Outra de suas características é que eles traziam em suas testas o nome dele e o nome de seu Pai.
Eles ainda cantavam um cântico novo diante do trono, dos quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os cento e quarenta e quatro mil que haviam sido comprados da terra.
Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois se conservaram castos e seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os homens e ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro. Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas; são imaculados – vs. 3 ao 5.
Uma de suas principais características é que eles são castos. O simbolismo sexual é usado para indicar pureza espiritual. Os seguidores fiéis de Cristo se mantêm afastados de Babilônia, a prostituta e, como sua noiva pura, são leais exclusivamente a Cristo (19.7-8; Ef 5.26-27).
Pureza no comportamento sexual é incluído como um elemento necessário nessa pureza total (1Co 6.15-20).
 (6) Três mensageiros angélicos (14.6-11).
João continua com suas visões e agora ele viu três mensageiros angélicos. Os três anjos aparecem de modo harmônico conceitualmente formando uma. imagem única, unida, com uma tripla mensagem.
O primeiro anjo tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. João viu e ouviu que ele dizia em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas" – vs. 7.
O segundo anjo saiu anunciando a queda da grande Babilônia. Veja também o capítulo 17.1-19.10. Era ela que fez todas as nações beberem do vinho da sua prostituição.
Imoralidade sexual e idolatria, que é adultério espiritual, eram as maiores tentações das sete igrejas (2.20). O efeito da imoralidade e da idolatria, como o da embriaguez, é vergonha, loucura e degradação (17.2,4;.18.3; 19.2; Pv 9.13-18; Jr 51.7).
Um terceiro anjo saiu dizendo em alta voz que se alguém adorasse a besta e a sua imagem e recebesse a marca da besta na testa ou na mão também beberia do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira.
Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro, e a fumaça do tormento de tais pessoas sobe para todo o sempre. Para todos os que adoram a besta e a sua imagem, e para quem recebe a marca do seu nome, não há descanso, dia e noite" – vs. 10 e 11.
Ainda assim muitos homens desprezarão a palavra de salvação.
c. Cuidado pelos santos (14.12-13).
Por entre as advertências e julgamentos das sete histórias (12.1 a 14.20) vem essa certeza do cuidado pelos crentes – vs. 12 e 13.
A perseverança dos santos, dos crentes, está em que obedeçam aos mandamentos de Deus e permaneçam fiéis a Jesus.
João ainda ouvi uma voz do céu dizendo:
"Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante". Diz o Espírito: "Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão".
A morte nunca foi um peso para o fiel, antes é um alívio e um momento de descanso em sua terrível jornada num mundo totalmente averso à ideia de Deus que está sob julgamento e irá receber da ira santa, justa e boa de Deus.
d. A sétima história simbólica: um semelhante a filho de homem (14.14-20).
Essa é uma descrição da segunda vinda como a colheita presidida pelo Filho do Homem (JI 3.12-16; Mt 13.36-43). Esse "semelhante a filho de homem" é Jesus Cristo (1.13; Dn 7.13-14).
Duas colheitas são descritas:
·       Grãos (vs. 14-16).
·       Uvas (vs. 17-20).
Estes são, talvez, dois aspectos do mesmo acontecimento de julgamento. Ou, a colheita de grãos pode ser a colheita dos justos (Lc 3.17) e a de uvas, a colheita dos ímpios.
A colheita dos grãos.
O que João viu diante dele foi que estava ali uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém "semelhante a um filho de homem". Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. Com certeza se trata de Jesus Cristo.
João viu que saiu do santuário um outro anjo, que bradou em alta voz àquele que estava assentado sobre a nuvem:
"Tome a sua foice e faça a colheita, pois a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la".
Assim, aquele que estava assentado sobre a nuvem passou sua foice pela terra, e a terra foi ceifada.
A colheita das uvas.
Aqui também são dois anjos à semelhança do que foi feito com os grãos.
· Um anjo saiu do santuário do céu, trazendo também uma foice afiada.
· Outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada:
"Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas estão maduras!".
Parece o mesmo modus operandi da colheita dos grãos. O anjo, provavelmente aquele que saiu do santuário do céu, passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e as lançou no grande lagar da ira de Deus.
Repare no que acontece com as uvas reforçando ainda mais a ideia de que se trata mesmo da colheita dos ímpios:
· Elas foram pisadas no lagar.
· Elas foram pisadas fora da cidade.
· Do lagar, correu o seu sangue, chegando ao nível dos freios dos cavalos, numa distância de cerca de trezentos quilômetros, ou seja, houve muito derramamento de sangue.
Ap 14:1 Olhei,
e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião,
e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito
o seu nome
e o nome de seu Pai.
Ap 14:2 Ouvi
uma voz do céu como voz de muitas águas,
como voz de grande trovão;
também a voz que ouvi era como de harpistas
quando tangem a sua harpa.
Ap 14:3 Entoavam novo cântico
diante do trono,
diante dos quatro seres viventes
e dos anciãos.
E ninguém pôde aprender o cântico,
senão os cento e quarenta e quatro mil
que foram comprados da terra.
Ap 14:4 São estes os que não se macularam com mulheres,
porque são castos.
São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá.
São os que foram redimidos dentre os homens,
primícias para Deus
e para o Cordeiro;
Ap 14:5 e não se achou mentira na sua boca;
não têm mácula.
Ap 14:6 Vi
outro anjo voando pelo meio do céu,
tendo um evangelho eterno
para pregar
aos que se assentam sobre a terra,
e a cada nação,
e tribo,
e língua,
e povo,
Ap 14:7 dizendo, em grande voz:
Temei a Deus
e dai-lhe glória,
pois é chegada a hora do seu juízo;
e adorai aquele que fez
o céu,
e a terra,
e o mar,
e as fontes das águas.
Ap 14:8 Seguiu-se outro anjo,
o segundo, dizendo:
Caiu, caiu a grande Babilônia
que tem dado a beber a todas as nações
do vinho da fúria da sua prostituição.
Ap 14:9 Seguiu-se a estes outro anjo,
o terceiro, dizendo, em grande voz:
Se alguém adora a besta
e a sua imagem
e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão,
Ap 14:10 também esse beberá do vinho da cólera de Deus,
preparado, sem mistura, do cálice da sua ira,
e será atormentado com fogo e enxofre,
diante dos santos anjos
e na presença do Cordeiro.
Ap 14:11 A fumaça do seu tormento
sobe pelos séculos dos séculos,
e não têm descanso algum,
nem de dia nem de noite,
os adoradores da besta
e da sua imagem
e quem quer que receba a marca do seu nome.
Ap 14:12 Aqui está a perseverança dos santos,
os que guardam os mandamentos de Deus
e a fé em Jesus.
Ap 14:13 Então,
ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve:
Bem-aventurados os mortos
que, desde agora, morrem no Senhor.
Sim, diz o Espírito,
para que descansem das suas fadigas,
pois as suas obras os acompanham.
Ap 14:14 Olhei,
e eis uma nuvem branca,
e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem,
tendo na cabeça uma coroa de ouro
e na mão uma foice afiada.
Ap 14:15 Outro anjo saiu do santuário,
gritando em grande voz
para aquele que se achava sentado sobre a nuvem:
Toma a tua foice
e ceifa,
pois chegou a hora de ceifar,
visto que a seara da terra
já amadureceu!
Ap 14:16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem
passou a sua foice sobre a terra,
e a terra foi ceifada.
Ap 14:17 Então, saiu do santuário,
que se encontra no céu,
outro anjo,
tendo ele mesmo também uma foice afiada.
Ap 14:18 Saiu ainda do altar outro anjo,
aquele que tem autoridade
sobre o fogo,
e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo:
Toma a tua foice afiada
e ajunta os cachos da videira da terra,
porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
Ap 14:19 Então, o anjo
passou a sua foice na terra,
e vindimou a videira da terra,
e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus.
Ap 14:20 E o lagar foi pisado fora da cidade,
e correu sangue do lagar
até aos freios dos cavalos,
numa extensão de mil e seiscentos estádios.
A perseverança dos santos está em guardar os mandamentos de Deus e a fé em Jesus! Ai daqueles que desprezam a palavra de Deus, substituindo-a por algo “melhor”, ou equiparando-a a outros escritos. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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