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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Efésios 1-23 - DEUS ESCOLHE OS SEUS PELA FÉ. A FÉ É O ÚNICO FILTRO DE DEUS.

Paulo escreveu aos efésios com o objetivo de ensinar aos cristãos o quanto é maravilhoso ser a igreja de Cristo e quais são as implicações práticas disso. Estamos no capítulo 1/6.
Breve síntese do capítulo 1.
Começamos novo livro da Bíblia. Trata-se da obra de Paulo aos Efésios. Uma das chamadas "Epístolas da Prisão" (As outras três: Colossenses, Filipenses e Filemom), pois, muito provavelmente, tenha sido escrita da sua prisão, em Roma. Ele escreveu esta Epístola quando estava, em sua visão, prisioneiro, por amor a Cristo. Veja as referências:
  • Efésios 3:1 Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios,
  • Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
  • Efésios 6:20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo.
Que noção fenomenal de soberania divina que Paulo nutria a ponto de se chamar de prisioneiro de Cristo e não de injustiçado, ou vítima do sistema, ou azarado/sem sorte. "Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo, chamado Tíquico (6.21; cf. Cl. 4.7)."[1]
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
1. SAUDAÇÃO (1.1-2).
Paulo começou a sua carta identificando a si mesmo e o seu ofício apostólico. A maioria dos manuscritos antigos também identifica os cristãos de Éfeso como os destinatários. Ele os saúda com a graça e a paz de nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
II. AS BÊNÇÃOS DA IGREJA EM CRISTO (1.3-23).
Deus havia abençoado e honrado o seu povo tão ricamente que a igreja deveria louvá-lo. O plano eterno de Deus desde antes da fundação do mundo era nos unir com Cristo e nos elevar aos domínios celestiais onde Cristo agora reina em glória. A igreja precisa se apegar à maravilha da esperança, da herança e do poder que vêm do fato de estar unida a Cristo.
Dos vs. 3 ao 23, veremos essas bênçãos da igreja em Cristo. Paulo louvou a Deus por ter abençoado o seu povo e orou para que Deus iluminasse ainda mais os efésios de modo que eles pudessem apreciar ainda mais essas bênçãos.
Dividimos esta parte, para maior compreensão, em duas seções, conforme a BEG: A. Louvor pelas bênçãos em Cristo (1.3-14) – veremos agora; e, B. Súplica por iluminação (1.15-23) – veremos agora também.
A. Louvor pelas bênçãos em Cristo (1.3-14).
Dos vs. 3 ao 14, veremos o louvor devido pelas bênçãos em Cristo. Paulo irrompeu em louvor a Deus nesses versículos, os quais formam uma única frase no grego.
Essa doxologia é semelhante ao louvor dos desígnios de Deus em Rm 8.28-30, embora seja grandemente expandida.
Ela se divide em três seções:
1.      Louvor a Pai que nos elege (vs. 3-6).
2.      Louvor ao Filho que nos redime (vs. 7 – 12).
3.      Louvor ao Espírito com o qual somos selados (vs. 13-14).
Paulo refletiu sobre a predestinação dos crentes na eternidade, no perdão no presente e na herança no futuro. Um conceito central aparece nessa adoração na repetição da expressão "em Cristo" ou na palavra "nele", as quais se referem à profunda união que Deus estabeleceu entre Cristo e o seu povo escolhido, absolvido e selado (sugestão da BEG: seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em GI 6).
1. Louvor a Pai que nos elege (vs. 3-6).
Paulo começou essa doxologia com louvor ao Pai pela sua graça eletiva.
Ele começa bendizendo ao Pai – vs. 3. Literalmente, "abençoado seja", linguagem comum de louvor no Antigo Testamento (p. ex., Gn 14.20; Êx 18.10; Rt 4.14; SI 17.47; 27.6; 30.22; 40.14; 65.20), nas regiões celestiais.
Essa expressão aparece cinco vezes em Efésios (1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12; cf. 1.10; 3.15; 6.9). Duas dessas ocorrências têm significado semelhante a esse.
1.      Primeiro, quando Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, ele sentou-se à mão direita do Pai "nos lugares celestiais" (1.20).
2.      Segundo, por causa da sua união com ele, os crentes foram ressuscitados e assentados com Cristo "nos lugares celestiais" (2.6).
Paulo está bendizendo a Deus por causa de sua acolhida a nós, nele. Deus escolheu pessoas para um relacionamento com ele (Rm 8.29-33; 9.6-26; 11 5,7,28; 16.13; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1).
Algumas pessoas sugerem que a palavra "nele" significa que Deus escolheu predestinar aqueles que ele previu que teriam fé em Cristo. Essa visão não apenas acrescenta um pensamento que não está no texto, como em outro lugar Paulo ensinou que o próprio estado de estar "em Cristo" é algo para o qual alguém é escolhido (1Co 1.26-31).
Além do mais, Paulo disse explicitamente que a base do amor eletivo de Deus reside em sua própria boa vontade (vs. 5.9; cf. Dt 7.7-8), não em qualquer coisa que fizemos ou faremos (Rm 9.11,16).
A palavra "nele" significa que a escolha de Deus sempre teve em vista um povo caído em união com seu Redentor (2Tm 1.9). 1Pe 1.18-21 e Ap 13.8 também lançam luz importante sobre a escolha de Deus do Redentor e de seu povo, santos e irrepreensíveis.
Deus leva aqueles que ele predestinou da morte espiritual e separação de Deus (2.1-5) para o perdão de seus pecados em Cristo (vs. 7) e para a eliminação do pecado de sua experiência quando eles forem finalmente transformados totalmente à semelhança de Cristo (Rm 8.29-30).
A predestinação de Deus ocorreu em amor. É incerto se essa expressão faz parte do que a precede ou do que vem a seguir. Se "em amor" pertence à frase precedente, ela explica a natureza da santidade e a irrepreensibilidade às quais os crentes são chamados.
Isso é consistente com o uso da expressão em outra parte em Efésios (3.17; 4.2,15,16; 5.2). Se "em amor" pertence ao vs. 5, no entanto, a expressão nesse caso qualifica a predestinação como sendo não apenas um ato da boa vontade de Deus, mas também um ato do seu amor.
Essa é provavelmente a melhor interpretação e é consistente tanto com 2.4 quanto com a compreensão hebraica de "de antemão conheceu" em Rm 8.29 (ou seja, virtualmente equivalente a "amados de antemão").
Foi em amor que ele nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade e para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado – vs. 5 e 6.
O pensamento do amor do Deus todo-poderoso leva a uma torrente extravagante de louvor (vs. 12,14) pela graça impressionante de um Deus que não apenas tem o poder de superar todos os obstáculos para levar corpos espiritualmente sem vida para um relacionamento vivo com ele, mas também a vontade de fazer isso.
Isso é expandido em 2.1-10. Esse louvor é o objetivo do propósito e da obra redentores de Deus.
Paulo explica que tudo isso se deu para o louvor da glória da sua graça, no Amado. Essa linguagem lembra a de Cl 1.13, mas também recorda o próprio Redentor como um objeto do amor eletivo de Deus (1 Pe 1.18-21; Ap 13.8).
2. Louvor ao Filho que nos redime (vs. 7 – 12).
Dos vs. 7 ao 12, Paulo louvou a Jesus Cristo pela sua obra redentora em favor dos crentes.
A redenção dele vem por meio de seu sangue – vs. 7. Redenção significa libertar alguém (geralmente da escravidão ou prisão) pelo pagamento de um preço ou resgate.
Na teologia de Paulo, a redenção é passada, presente e futura - com respeito à essa redenção que ainda está por vir, veja 1.14; 4.30; Cl 1.14. No tocante à remissão dos pecados, veja também Cl 2.13.
Nele, em Jesus Cristo, nós temos – vs. 7 e 8:
·         A redenção por meio de seu sangue. O seu alcance é no passado, no presente e no futuro.
·         O perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento.
Assim, ele nos revelou o mistério da sua vontade, conforme o seu bom propósito que ele mesmo estabeleceu em Cristo Jesus, ou seja, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestes e terrestres, na dispensação da plenitude dos tempos – vs. 9 e 10.
Em virtude de sua morte e ressurreição, Cristo já assumiu a liderança da igreja, e, embora por trás da cena, ele já governa o universo (At 2.32-36; Cl 1.15-20).
Porém, um foco futuro é dominante nesse versículo. Paulo quis inculcar nos seus leitores que a unidade visível da igreja é a inauguração do reino visível final de Cristo sobre todas as coisas. E por isso que Paulo enfatizou a unidade de judeus e gentios na igreja (vs. 11-14; 2.11-22) e a prática do amor entre os cristãos (4.2,15; 4.32-5.2; 5.21-23). OS vs. 9-12 são expandidos em 3.2-12.
Dos vs. 11 ao 14, Paulo antecipou o que ele diria em 3.6 sobre judeus e gentios serem "coerdeiros" da promessa em Cristo.
Os judeus crentes da época de Paulo, os "que de antemão esperamos em Cristo" (vs. 12), estavam onde estavam pela vontade de Deus, e eram para o louvor da glória de Deus.
Os gentios crentes que responderam ao evangelho receberam a mesma promessa que havia sido feita a Israel (ou seja, o recebimento do Espírito Santo), e da mesma maneira estavam onde estavam para o louvor da glória de Deus.
A declaração de Paulo no vs. 11 sobre a extensão da vontade de Deus é arrebatadora. O propósito do Pai é convergir em Cristo Jesus todas as coisas, tanto as celestiais como as terrenas, nessa dispensação da plenitude dos tempos.
3. Louvor ao Espírito com o qual somos selados (vs. 13-14).
Depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho de nossa salvação, por causa de Cristo, no qual cremos, nós fomos selados – vs. 13. Como a impressão indelével deixada pelo selo do anel de um rei, o Espírito Santo é uma marca interior da posse de Deus sobre o seu povo.
O Santo Espírito da promessa, como Jesus disse (Lc 24.49), o Espírito Santo é a promessa do Pai. De modo notável, essa promessa é estendida aos gentios, bem como aos judeus, com base na crença deles em Cristo (Ez 36.26-27; JI 2.28; Jo 14-16; At 1.4-5; 2.33,38-39; GI 3.14; 4.6).
Não foi a pretensa evolução do ser, nem o conhecimento superior, não foi a riqueza, não foi o status, nem a fama, nem o prestígio, nem a cultura, nem a pobreza o filtro usado por Deus para selecionar os crentes, mas a fé. Você acredita no discurso de Deus? Então você é crente; do contrário, você está em rebeldia contra o Senhor que pode salvá-lo.
O Espírito não é apenas um cumprimento da promessa de Deus de habitar em seu povo, mas também uma garantia de que Deus lhes dará a sua herança final.
Como uma entrada ou primeira parcela de sua redenção total, o Espírito é uma garantia e um antegozo da glória dos tempos que estão por vir (Rm 8.18-23).
Para a redenção que já é desfrutada, veja o vs. 7. da sua propriedade. Isso evoca a noção do Antigo Testamento de que Deus escolheu um povo como sua herança (Dt 32.9; SI 33.12) e comprou-o da escravidão para que se tornasse uma posse de grande valor (Ex 19.5; Dt 7.6).
Pedro concordou com a aplicação que Paulo fez dessa linguagem judaica aos gentios (veja 1 Pe 2.9).
B. Súplica por iluminação (1.15-23).
Dos vs. 15 ao 23, Paulo apresenta uma súplica por iluminação. Paulo orou para que Deus iluminasse os cristãos efésios de modo que eles tivessem maior motivação para louvar a Deus pelas bênçãos que receberam e receberiam, para que se unissem e ministrassem uns aos outros dentro da igreja.
Éfeso era uma igreja na qual Paulo havia ministrado por mais de dois anos, embora quando ele escreveu essa carta já haviam se passado cinco anos desde que ele havia estado lá. Se essa carta foi de fato endereçada a essa igreja, fica claro que a igreja havia crescido consideravelmente desde a última vez em que ele a havia visto.
Por outro lado, o fato de ter mencionado povos sobre cuja fé e amor ele havia apenas ouvido, pode ser uma indicação de que a intenção era que essa fosse uma carta circular para as igrejas que ele não havia visitado.
Esses versículos – vs. 19 a 23 - retificam o ensinamento do Novo Testamento sobre a ressurreição e entronização de Jesus (Cl 1.18).
Mas eles também trazem duas contribuições vitais para a compreensão do Novo Testamento a respeito da ressurreição de Jesus e da posição dos crentes.
1.      Primeiro, Paulo disse que o mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos está em ação sobre os crentes (2.4-5; 3.16-17).
2.      Segundo, o apóstolo afirmou que Cristo tem prazer em ter sido dado "à igreja" para ficar na posição de cabeça sobre tudo (v. 22).
Cristo não está apenas na posição mais elevada do universo, mas ele está lá como o representante dos crentes (Ef 2.6; CI 3.3), governando o universo em benefício (ou seja, para o bem) de sua igreja.
A ética dos efésios se apoiava na verdade de que a autoridade existe para servir. O uso nobre do poder e da autoridade de Jesus em benefício do seu povo é o modelo cristão (4.1-2; 7-13; 4.32-5.2; 5.22-23).
Todo o cap. 2 foi escrito para lembrar os leitores gentios de Paulo das duas maneiras específicas pelas quais o poder de Cristo foi exercido para beneficiá-los: Cristo os havia levado
(1)   Da morte para a vida (2.1-10).
(2)   Da alienação do povo de Deus para a qualidade de membro entre eles (2.11-22).
Sobre os que creem há uma grande bênção, pois uma sobre-excelente grandeza do seu poder está sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder.
O mesmo poder sobrenatural que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; o mesmo poder que sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos; o mesmo poder é o que opera em nós os que cremos para a honra e glória do Pai no Filho, mediante o Espírito Santo de Deus.
Ef 1:1 Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus
por vontade de Deus,
aos santos que vivem em Éfeso
e fiéis em Cristo Jesus,
Ef 1:2 graça a vós outros
e paz,
da parte de Deus, nosso Pai,
e do Senhor Jesus Cristo.
Ef 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais
em Cristo,
Ef 1:4 assim como nos escolheu,
nele,
antes da fundação do mundo,
para sermos
santos
e irrepreensíveis perante ele;
e em amor
Ef 1:5 nos predestinou para ele,
para a adoção de filhos,
por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade,
Ef 1:6 para louvor da glória de sua graça,
que ele nos concedeu
gratuitamente no Amado,
Ef 1:7 no qual temos a redenção,
pelo seu sangue,
a remissão dos pecados,
segundo a riqueza da sua graça,
Ef 1:8 que Deus derramou
abundantemente sobre nós
em toda a sabedoria e prudência,
Ef 1:9 desvendando-nos o mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,
Ef 1:10 de fazer convergir nele,
na dispensação da plenitude dos tempos,
todas as coisas,
tanto as do céu
como as da terra;
Ef 1:11 nele, digo,
no qual fomos também feitos herança,
predestinados segundo o propósito daquele
que faz todas as coisas
conforme o conselho da sua vontade,
Ef 1:12 a fim de sermos
para louvor da sua glória,
nós, os que de antemão esperamos em Cristo;
Ef 1:13 em quem também vós,
depois que ouvistes a palavra da verdade,
o evangelho da vossa salvação,
tendo nele também crido,
fostes selados com o Santo Espírito da promessa;
Ef 1:14 o qual é o penhor da nossa herança,
até ao resgate da sua propriedade,
em louvor da sua glória.
Ef 1:15 Por isso, também eu,
tendo ouvido
a fé que há entre vós no Senhor Jesus
e o amor para com todos os santos,
Ef 1:16 não cesso de dar graças por vós,
fazendo menção de vós nas minhas orações,
Ef 1:17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos conceda
espírito de sabedoria
e de revelação
no pleno conhecimento dele,
Ef 1:18 iluminados os olhos do vosso coração,
para saberdes
qual é a esperança do seu chamamento,
qual a riqueza da glória da sua herança nos santos
Ef 1:19 e qual a suprema grandeza do seu poder
para com os que cremos,
segundo a eficácia da força do seu poder;
Ef 1:20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos
e fazendo-o sentar à sua direita
nos lugares celestiais,
Ef 1:21 acima de todo principado,               
e potestade,
e poder,
e domínio,
e de todo nome que se possa referir
não só no presente século,
mas também no vindouro.
Ef 1:22 E pôs todas as coisas
debaixo dos pés
e, para ser
o cabeça
sobre todas as coisas,
o deu à igreja,
Ef 1:23 a qual é o seu corpo,
a plenitude daquele que a tudo enche
em todas as coisas.
Reparem no verso 13 que Paulo fala que depois de ouvirem, creram e depois de crerem foram selados e comparem com Romanos 10 :13 – 17 que fala de salvar, invocar, crer, ouvir, pregar, enviar!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. http://www.jamaisdesista.com.br


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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Gálatas 6 1-18 - A LEI DA SEMEADURA É BÍBLICA!

Como dissemos, Gálatas foi escrito para auxiliar os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei. Estamos refletindo no capítulo 6/6.
Breve síntese do capítulo 6.
Paulo fala muito no último capítulo de Gálatas depois de diversas exortações e explanações sobre obras, sobre semear. “... pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” – Gl 6:7. A chamada LEI DA SEMEADURA é bíblica e não vinda de algum movimento ou de alguém especial, mas da Bíblia.
Veja outros trechos semelhantes que falam disso:
  • Romanos 2:6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
  • Salmos 62:12 e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras.
  • Provérbios 24:12 Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?
Poderíamos estudar mais o assunto e citar muitos outros trechos bíblicos importantes, mas estes bastam, no momento. O que você semear, meu amigo, repercutirá no que você recolherá! Mas não de uma vida sua para outra vida sua, em outro tempo. Fique ligado para não ser enganado por espíritos que se fazem de anjos de luz: cuidado!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (5.1-6.10) - continuação.
Finalizando a epístola, como já dissemos, estamos vendo dos vs. 5.1 a 6.10 diversas exortações práticas. Esse material foi dividido em três partes, conforme a BEG: A. A liberdade em Cristo (5.1-15) – já vimos; B. O poder do Espírito Santo (5.16-6.6) – concluiremos agora; e, C. Julgamento divino e bênçãos (6.7-10) – veremos e concluiremos agora.
B. O poder do Espírito Santo (5.16-6.6) - continuação.
Dos vs. 5.16 ao 6.6, estamos vendo Paulo discorrendo sobre o poder do Espírito. Confiar no Espírito Santo é o único caminho para viver para Cristo.
Nos escritos de Paulo a palavra "espiritual" com frequência significa "do Espírito Santo" (p. ex., Rm 1.11; 1Co 2.13; 12.1; 14.1,37; Cl 1.9). Ser espiritual para Paulo, nesses casos, não tinha o mesmo sentido atual de espiritualista, mas aquele que era cheio do Espírito e não de espíritos, como pretendem alguns.
Aqueles que estão em compasso com o Espírito (5.25) devem corrigir os que foram enganados pelo pecado. Devem ter cuidado, porém, ao fazê-lo, para que o pecado não os agarre no processo.
O fardo pesado da lei de Cristo incluia não apenas amar o próximo (Mt 22.39; GI 5.14), mas também o inimigo (Mt 5.43), tendo o amor de Deus como padrão. O cuidado de Paulo era muito grande com as suas ovelhas, mesmo as que estivessem incorrendo em erro. Exortá-las, sim, era necessário e mesmo vital, mas a regra disso era o amor.
Examinar-se a si mesmo era a regra geral para se saber se a própria pessoa não seria repreendida e reprovada por seus critérios. Era preciso provar cada um o seu próprio labor.
Paulo insiste com os gálatas cristãos para examinarem a si mesmos como indivíduos perante Deus e a não derivarem falsa confiança a partir de comparações relativas com os outros (cf. 2Co 13.5-6).
Aquele que quisesse se gloriar, deveria fazê-lo unicamente em si. Literalmente, "ter razão para orgulhar-se de si mesmo". Como Paulo deixou bem claro logo em seguida, a razão para "gloriar-se" não deve ser buscada na obediência à lei.
Enquanto os falsos mestres se gloriavam no sucesso do avanço do legalismo (vs. 13), Paulo se gloriava exclusivamente na cruz de Cristo (vs. 14; cf. 2Co 11.16-12.10).
Cada um de nós deverá levar o seu próprio fardo, ou carga. No grego, bem como na tradução para o português, essa palavra é diferente da que Paulo usou em 6.2 ("cargas"), e essa mudança de palavra indica uma mudança de significado.
Em 6.2, Paulo quis dizer que devemos ajudar os outros a resistirem ao "peso" da tentação do pecado. Aqui, Paulo quis dizer que não devemos nos orgulhar da nossa superioridade em relação aos outros, pois Deus é o nosso juiz e nós, como indivíduos, somos responsáveis perante ele. Logo, devemos cumprir o nosso chamado para a glória de Cristo.
C. Julgamento divino e bênçãos (6.7-10).
Vos vs. 7 ao 10, vemos o julgamento divino e bênçãos decorrentes, obviamente daquilo que o próprio homem semear. Paulo encerra as suas exortações práticas com uma advertência severa e um encorajamento firme. Todos serão julgados por Deus, mas os cristãos que andam pelo Espírito colherão uma recompensa eterna.
A igreja tem a responsabilidade de ajudar a aliviar o sofrimento daqueles que não compartilham da comunhão, mas tem ainda uma responsabilidade especial para ajudar os irmãos e irmãs em Cristo que estão necessitados (1Ts 3.12).
A regra da semeadura aqui diz que aquele que semeia para a carne, dela colherá destruição; mas o que semeia para o Espírito, dele colherá a vida eterna. E agora, o que estamos semeando e o que colheremos?
Quem faz o bem, com certeza colherá o bem, mas deverá permanecer firme, sem desanimar – vs. 9. Destarte, enquanto tivermos oportunidade de fazer o bem, façamos o bem a todos, mas em especial, aos da fé ou do caminho. Quem faz o bem, bem faz. Faça sempre o bem e, por favor, pode cobrar isso de mim sempre. Te amarei ainda mais por isso. Tá bem?
VI. POSFÁCIO (6.11-18).
Paulo resume a sua carta e faz uma saudação de encerramento.
Dos vs. 11 ao 18, Paulo encerra a epístola com um sumário de sua mensagem e uma saudação final.
Às vezes, Paulo ditava suas cartas a um secretário (Rm 16.22), mas habitualmente pegava ele mesmo a pena para escrever o final da carta (1 Co 16.21; Cl 4.18; 2Ts 3.17).
Suas cartas com essas “letras grandes” têm sido, às vezes, consideradas como evidência de sua dificuldade para enxergar (4.15).
É possível que aqueles que defendiam a circuncisão na Galácia – vs. 12 - o faziam sob pressão de judeus nacionalistas da Judeia, pessoas extremamente zelosas (4.17). Eles o faziam apenas para gloriarem-se neles e não na cruz – vs. 14 -, pois eles mesmos eram incapazes de cumprirem a lei. Para mais detalhes sobre esse conceito, veja 1Co 1.18-2.5.
Em muitos aspectos, essa afirmação resume a carta de Paulo aos gálatas. Paulo queria que os gálatas abandonassem as coisas decaídas da velha criação (incluindo a circuncisão) e abraçassem a maravilha da criação renovada que começou com a morte e ressurreição de Cristo.
Nessa nova criação, a atividade do Espírito Santo na vida do cristão começa a reverter os efeitos da queda e a produzir uma nova pessoa (2Co 5.17). Quando Cristo retornar, tomaremos o nosso lugar nos novos céus e na nova terra (Ap 21.1).
Enquanto isso, devemos nos concentrar em viver nas bênçãos da nova criação, que já é uma realidade.
Paulo deseja a todos a paz e a misericórdia, ou a graça sobre todos os que seguem os seus ensinos e andam conforme à lei do Espírito e sobre todo o Israel de Deus.
Essa expressão “Israel de Deus” se refere ao recém-constituído povo de Deus. A marca identificadora deles é o Espírito Santo, e não a circuncisão, e, como um grupo, inclui tanto gentios como judeus.
Em outras passagens, expressões semelhantes se referem à eleição da nação judaica, cuja salvação era motivo de muita preocupação para Paulo (Rm 9.1-6; 11.12,26,31); porém, no contexto dessa carta, essa interpretação é insustentável - especialmente à luz do vs. 15, que indica que o Israel de Deus contém cristãos tanto circuncisos quanto incircuncisos.
Finalizando, ele diz que não quer ser perturbado por ninguém, pois já trazia em si mesmo, em seu corpo as marcas de Jesus – vs. 17. A palavra grega indica as marcas feitas nos escravos pelo ferro em brasa, visando indicar que eles pertenciam um determinado proprietário.
A palavra também foi usada para se referir à marca que os sacerdotes pagãos utilizavam para identificar o deus a quem serviam. É mais provável que Paulo estivesse se referindo às cicatrizes que recebeu durante as suas atividades missionárias (2Co 11.23-25).
Essas cicatrizes o identificavam como um escravo de Cristo (Rm 1.1; Fp 1.1; Tf 1.1).
Por último, finaliza desejando que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo fosse com o espírito deles todos – vs. 18. Essa bênção é uma conclusão adequada para essa carta, na qual Paulo estava muito preocupado com a graça de Deus.
Ela resume a esperança de Paulo de que o evangelho da graça de Deus triunfará entre os gálatas.
Gl 6:1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta,
vós, que sois espirituais,
corrigi-o
com espírito de brandura;
e guarda-te para que não sejas também tentado.
Gl 6:2 Levai as cargas uns dos outros
e, assim, cumprireis a lei de Cristo.
Gl 6:3 Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada,
a si mesmo se engana.
Gl 6:4 Mas prove cada um o seu labor
e, então, terá motivo de gloriar-se
unicamente em si
e não em outro.
Gl 6:5 Porque cada um
levará o seu próprio fardo.
Gl 6:6 Mas aquele que está sendo instruído na palavra
faça participante de todas as coisas boas
aquele que o instrui.
Gl 6:7 Não vos enganeis:
de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem semear,
isso também ceifará.
Gl 6:8 Porque o que semeia para a sua própria carne
da carne colherá corrupção;
mas o que semeia para o Espírito
do Espírito colherá vida eterna.
Gl 6:9 E não nos cansemos de fazer o bem,
porque a seu tempo ceifaremos,
se não desfalecermos.
Gl 6:10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade,
façamos o bem a todos,
mas principalmente aos da família da fé.
Gl 6:11 Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho.
Gl 6:12 Todos os que querem ostentar-se na carne,
esses vos constrangem a vos circuncidardes,
somente para não serem perseguidos
por causa da cruz de Cristo.
Gl 6:13 Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar
guardam a lei;
antes, querem que vos circuncideis,
para se gloriarem na vossa carne.
Gl 6:14 Mas longe esteja de mim
gloriar-me,
senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo,
pela qual o mundo está crucificado para mim,
e eu, para o mundo.
Gl 6:15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão,
mas o ser nova criatura.
Gl 6:16 E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra,
paz
e misericórdia
sejam sobre eles
e sobre o Israel de Deus.
Gl 6:17 Quanto ao mais,
ninguém me moleste;
porque eu trago no corpo as marcas de Jesus.
Gl 6:18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém!
A exortação final aqui, em Gálatas 6, é para TODOS nós, para fazermos o bem a todos, repito, TODOS, mas principalmente aos da família da fé. Faça sempre o bem, pois isto te fará bem!
A união com Cristo: O que significa estar "em Cristo"?[1]
Uma das doutrinas mais citadas pelos escritores do Novo Testamento é a da união dos cristãos com Cristo. Ela está presente na grande maioria das ocasiões em que são usadas expressões como "em Cristo", "em Jesus" e "nele". Em geral, a teologia reformada reconhece duas ideias centrais nessa união: (1) os cristãos são unidos de modo místico e vital com Jesus, de modo que ele permanece nos cristãos e eles permanecem nele; e (2) Jesus é o representante dos cristãos diante do Pai, especialmente em sua morte e ressurreição.
É comum falar da união vital entre Jesus e os cristãos como uma união mística, pois a Bíblia não define exatamente como ela ocorre ou quais são suas implicações. Não obstante, as Escrituras deixam claro que essa união envolve tanto o nosso corpo quanto o nosso espírito (1 Co 6.1 5-1 7). Ela é a fonte de nossa vida espiritual e resultará, por fim, na ressurreição e glorificação do nosso corpo (Rm 8.9-11; Cl 3.3-4). Por meio dessa união, Cristo nos liberta do domínio do pecado sobre a nossa vida (Rm 6.3-11; GI 5.24), nos capacita e impele a realizar boas obras (Jo 15.1-8) e mostra o seu próprio poder por nosso intermédio (2Co 1 3.3-6). A união de Cristo com os cristãos é tão próxima que é possível dizer que os cristãos sofrem porque Jesus sofre (Rm 8.1 7; 2Co 1.5; Fp 3.10; Cl 1.24) - não se tratando apenas de Jesus sofrer ao ver as dificuldades do seu povo, mas também de seu povo suportar novas adversidades como uma extensão dos sofrimentos que sobrevieram primeiro a Jesus. Desse modo, o consolo que Jesus experimenta também flui para os cristãos (2Co 1.4-5). Na verdade, uma vez que ele já deu início à era vindoura (veja o artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7) e já começou a desfrutar, em parte, as bênçãos dessa era (p. ex., a sua ressurreição em glória), os cristãos também podem participar parcialmente das bênçãos dessa era vindoura (2Co 5.1 7).
Uma vez que os cristãos são misticamente unidos com Cristo, compartilham não apenas suas experiências, mas sua própria identidade, de modo que o Pai olha para os cristãos como se fossem o próprio Cristo, atribuindo-lhes a posição e os direitos do Filho (GI 3.26-29). Por meio dessa identificação, Jesus também representa os cristãos. Eis alguns dos principais resultados dessa identificação: (1) A morte de Jesus é imputada aos cristãos como se fosse sua própria morte; assim, eles cumpriram plenamente o requisito do castigo pelo pecado e jamais serão condenados (Rm 5.15-19; 6.3-11; 7.1-6; 8.1; 2Co 5.14). (2) A ressurreição de Jesus garante a ressurreição futura de todos os que estão nele (Rm 6.3-11; 2Tm 2.11); ele se tornou merecedor de vida não apenas para si mesmo, mas para os seus. (3) A ascensão de Jesus até a destra do Pai concede honra e segurança aos cristãos, e também autoridade (Ef 1.18-23; 2.6-7; Cl 3.1; cf. Rm 5.1 7; 2Tm 2.12). (4) Até mesmo a predestinação dos cristãos à salvação depende dessa identificação e representação (Ef 1.4,11). (5) Além disso, todas as outras bênçãos da aliança de Deus que Cristo herdou também pertencem aos cristãos - não apenas a vida eterna e o perdão, mas também consolo, alegria, intimidade, amor, riqueza e muitas outras dádivas eternas. Cristo obteve todas essas bênçãos para si, mas pelo fato de os cristãos serem identificados com o Filho, ele as compartilha com eles (GI 3.26-29).
Além dessas bênçãos decorrentes da união dos cristãos com Cristo, também somos unidos misticamente uns com os outros nele (Rm 12.5; GI 3.26-28; Ef 4.25). Por esse motivo, compartilhamos as alegrias e dores uns dos outros (1 Co 12.26). Ademais, não obstante os nossos relacionamentos sociais uns com os outros segundo os padrões do mundo, temos a mesma dignidade diante em Cristo (2Co 5.14-16; GI 3.28; Cl 3.11) e devemos tratar uns aos outros de acordo com essa verdade, com toda paciência e amor (1Co 1 2.14-25; Cl 3.12-15).
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Extraído da BEG – Artigo teológico referente à Gálatas 6.
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Gálatas 5 1-26 - VOCÊ DE FATO É LIVRE? DUVIDO!

Como dissemos, Gálatas foi escrito para auxiliar os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei. Estamos refletindo no capítulo 5/6.
Breve síntese do capítulo 5.
Que liberdade é esta que temos em Cristo Jesus que nos livrou da lei? Seria, porventura, para nos esbaldarmos em pecado para que a graça de Cristo superabunde? Paulo mesmo dá a resposta e nos diz que Cristo não é ministro do pecado, mas da justiça.
Não brinque com o pecado. Não flerte com ele. Não lhe dê ocasiões. Não adie decisões importantes de não se deixar levar pelos seus folguedos. Estamos livres da lei, mas não para darmos liberdade ao pecado e sermos seus escravos. Cristo nos libertou para agora sermos servos da justiça.
Repare que não somos senhores, nem do pecado para a morte, nem da justiça para a vida. Antes somos servos. Se do pecado, para a morte. Se da justiça, para a vida, em Cristo Jesus.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (5.1-6.10).
O evangelho da justificação exclusivamente pela fé conduz a várias considerações práticas:
·         Cristo libertou os cristãos das tradições humanas legalistas.
·         Os cristãos são livres, mas não para cometerem pecado, antes, livres para obedecerem a Deus, confiando no Espírito Santo e assim evitando confiar na carne;
·         As bênçãos de Deus virão somente para aqueles que vivem pela fé, porém o julgamento aguarda aqueles que se desviam do verdadeiro evangelho.
Finalizando a epístola, veremos dos vs. 5.1 a 6.10 diversas exortações práticas. Ao final da mais importante seção dessa epístola, Paulo passa à exortação prática que procede do verdadeiro evangelho da justificação exclusivamente pela fé.
Esse material está dividido em três partes: liberdade em Cristo (5.1-15), o poder do Espírito (5.16-6.6) e a bênção e o julgamento divino (6.7-10). Elas geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. A liberdade em Cristo (5.1-15) – veremos agora; B. O poder do Espírito Santo (5.16-6.6) – começaremos a ver agora; e, C. Julgamento divino e bênçãos (6.7-10).
A. A liberdade em Cristo (5.1-15).
O apelo de Paulo para abandonarmos o legalismo suscita uma questão importante: os cristãos são livres para viver da maneira como quiserem? Paulo responde a essa pergunta ao considerar o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade.
Na verdade mesmo, não é livre o que faz o que quer, na hora que quer, quando quer, como quiser, antes, é livre somente aquele que em tudo se domina, por uma causa maior.
Quem faz o que quer, na hora que quer e como quiser, nunca foi livre, mas escravo de suas vontades e desejos, esse não domina nada, antes é dominado por tudo.
A literatura judaica na época de Paulo algumas vezes se referia à submissão à instrução da lei como estando debaixo do jugo da lei. Paulo estava preocupado que seus leitores gentios não deixassem a lei ocupar o lugar de Cristo na vida deles (Mt 11.29; At 15.10 – aqui, a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Liberdade cristã", em Rm 14).
Éramos escravos e fomos libertados por Cristo para a liberdade. Considerar Cristo e a circuncisão como necessários para a salvação é o equivalente a negar a suficiência de Cristo para a salvação.
Aceitar a circuncisão como exigência para a salvação significa não apenas admitir um padrão de obras de justiça que não pode ser alcançado (2.21), mas também rejeitar o que Cristo realizou. É um retorno ao domínio do pecado e à maldição da lei.
Assim, todos os que procuram se justificar diante de Deus pelas obras da lei, separaram-se de Cristo e da graça, caíram. Ou seja, estavam renunciando à graça de Deus, pois não mais confiavam nela.
Aqueles que são escolhidos em Cristo serão protegidos de renunciar ao evangelho, e Paulo continuava confiante que ao menos alguns na Galácia dariam ouvidos às suas advertências (vs. 10).
Todavia, pode ter havido alguns que aparentavam ser membros de Cristo, mas demonstraram não o ser de fato ao abandonar o evangelho (Rm 11.22; 1Jo 2.19).
Por essa razão, a Escritura nos exorta a "com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição" (2Pe 1.10) e a viver de maneira a manifestar a presença do Espírito dentro de nós (5.16-6.10; 2Pe 1.5-11).
O Espírito nos dá esperança da justificação no último dia, pois já fomos justificados em Cristo (Rm 5.1-5,9-10). O Espírito é nosso antegozo da herança da glória (2Co 5.5; Ef 1.13).
Nós, que estamos no Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. A certeza da esperança da justiça pela fé é contrastada com a vã esperança da justificação pelas obras da lei.
Paulo não estava argumentando contra a circuncisão em si (6.15; At 16.3; 1Co 7.19), mas contra a tentativa de transformar esse ritual numa exigência para a salvação.
Aquele que acredita em Jesus Cristo e demonstra a realidade de sua fé mediante uma vida santificada está salvo, quer seja circuncidado ou não.
Aquela mudança na forma de pensar tinha de ter alguém por trás que os estava desviando da simplicidade do Evangelho.
Como poderia ainda Paulo estar sendo perseguido se ele pregasse a circuncisão? Paulo pode estar se referindo à sua vida antes da conversão, ou pode estar refutando uma falsa acusação de seus oponentes, que diziam que ele pregava a necessidade da circuncisão para a salvação quando estava com os apóstolos em Jerusalém, mas deixava de lado essa exigência quando em companhia de gentios (1.10).
Se fosse assim, o escândalo da cruz teria sido removido. Paulo sabia que alguém estaria por trás disso e desejou mesmo que fossem mutilados, ou que se "castrassem" (Fp 3.2). A indignação de Paulo foi resultado de ter observado cristãos novatos serem desviados. Jesus usou palavras de advertência semelhantes para aqueles que ousassem levar outros a errar (Lc 17.1-2).
A liberdade cristã é a liberdade do pecado, e não liberdade para pecar (Rm 6.1-7.6). Nós fomos chamados para essa liberdade, em Cristo Jesus – vs. 13.
Paulo faz um resumo de toda a lei – vs. 14. Paulo não anulou a lei; pelo contrário, afirmou-a. Cristo não aboliu a lei; antes, cumpriu-a (Mt 5.17).
Muitos aspectos externos da lei, tais como as prescrições sociais e alimentares, devem ser reinterpretadas à luz da obra de Cristo. Mas as exigências morais da lei continuam a afirmar a vontade de Deus quanto ao comportamento dos cristãos (Rm 8.2-8; 13.8-10). Novamente a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Os três usos da Lei", em SI 119 – pedagógico, civil e moral.
Enfim – vs. 14 - toda a lei se resume num só mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo" - Mt 19.19; Rm 13.10; 1Co 13.
B. O poder do Espírito Santo (5.16-6.6).
Dos vs. 5.16 ao 6.6, veremos Paulo discorrendo sobre o poder do Espírito. Paulo havia acabado de chamar a atenção dos gálatas para agirem com responsabilidade em sua a liberdade em Cristo, mas como obedeceriam à vontade de Deus se não estavam sob o jugo e as restrições do legalismo? Confiar no Espírito Santo é o único caminho para viver para Cristo.
Paula dá a dica, em forma imperativa – vs. 16 – “andai no Espírito”. O Espírito Santo habitando dentro do cristão é um sinal de que somos herdeiros das promessas da aliança dadas a Abraão (3.14; 4.6; 5.5). A presença do Espírito também é um sinal de que no último dia Deus irá declarar o cristão como sendo justo (vs. 5; 2Co 1.22; 5.5).
Já a carne, ou "natureza pecaminosa", desejava o contrário. Paulo disse em 6.13 que os agitadores da Galácia procuravam circuncidar os gálatas para "se gloriarem na vossa [dos gálatas] carne".
Em 2.16 ele diz que "ninguém será justificado" pelas obras da lei.
Paulo usava a palavra "carne" em pelo menos três sentidos.
1.      Um primeiro, mais geral, se refere simplesmente à humanidade.
2.      Um segundo, mais reduzido, se refere ao aspecto físico da vida humana.
3.      Um terceiro, ainda mais restrito, especialmente quando colocado em contraste com o "Espírito", se refere à natureza humana decaída e pecaminosa, que inclui tanto a mente como a alma.
Se os gálatas haviam abandonado a Cristo e colocado a confiança na lei, então estavam retornando à dependência da carne e, desse modo, à maldição da lei.
Há tanto esperança como advertência nas palavras de Paulo. O desejo da carne se opõe ao Espírito, mas a capacidade de vida do cristão flui do fato de que o oposto também é verdadeiro: o desejo do Espírito nos liberta da carne e da lei.
Dos vs. 19 ao 21, Paulo faz uma lista de pecados graves que os legalistas considerariam deploráveis (p. ex., a imoralidade sexual e a idolatria), mas depois diz que, na verdade, os próprios legalistas estão envolvidos em pecados que os fazem morder uns aos outros e devorar-se mutuamente (p. ex., facções e ambições egoístas, cf. vs. 15).
Esses, não herdarão o reino de Deus – vs. 21. Paulo emprega essa frase várias vezes em suas cartas (1Co 6.9-10; 15.50; cf. Ef 5.5).
A questão principal é que aqueles que não demonstrarem a influência do Espírito na própria vida não terão parte na consumação do reino de Deus que acontecerá quando Cristo retornar.
Já no vs. 22, contrastando com as obras da carne, Paulo fala do fruto do Espírito – não “frutos”, mas fruto. Em outras passagens, Paulo utilizou a metáfora da produção agrícola para descrever a conduta dos cristãos (Rm 6.22; Ef 5.9; Fp 1.11).
Do mesmo modo, João Batista pregou que o verdadeiro arrependimento produziria "fruto" visível de mudança de comportamento (Mt 3.8; Lc 3.8). O amor produzido pelo Espírito é tal qual o amor de Cristo. Ele vai muito além do desempenho da autojustiça legalista (Lc 10.25-37).
OBRAS DA CARNE
FRUTO DO ESPÍRITO
Imoralidade sexual.
Impureza.
Libertinagem.
Idolatria.
Feitiçaria.
Ódio.
Discórdia.
Ciúmes.
Ira.
Egoísmo.
Dissensões.
Facções.
Inveja.
Embriaguez.
Orgias.
E coisas semelhantes.
Gálatas 5:19-21
Amor.
Alegria.
Paz.
Paciência.
Amabilidade.
Bondade.
Fidelidade.
Mansidão
E domínio próprio.
Gálatas 5:22.23
Nós que pertencemos a Cristo, crucificamos a carne, com todas as suas paixões e desejos – vs. 24; veja ainda 2.20; 6.14; Rm 6.6.) Para o povo de Cristo, a cruz quebrou o jugo da lei da condenação (2.19).
Os cristãos devem, pela fé, reconhecer a realidade da nova união com Cristo em sua morte e, além disso, reconhecerem também que foram elevados a uma nova vida no Espírito de Cristo. Logo, devem viver no Espírito (Cl 3.1,3,5).
Gl 5:1 Para a liberdade
foi que Cristo nos libertou.
Permanecei,
pois, firmes
e não vos submetais,
de novo,
a jugo de escravidão.
Gl 5:2 Eu, Paulo, vos digo que,
se vos deixardes circuncidar,
Cristo de nada vos aproveitará.
Gl 5:3 De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar
que está obrigado a guardar toda a lei.
Gl 5:4 De Cristo vos desligastes,
vós que procurais justificar-vos na lei;
da graça decaístes.
Gl 5:5 Porque nós,
pelo Espírito,
aguardamos a esperança da justiça
que provém da fé.
Gl 5:6 Porque, em Cristo Jesus,
nem a circuncisão,
nem a incircuncisão têm valor algum,
mas a fé que atua pelo amor.
Gl 5:7 Vós corríeis bem;
quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?
Gl 5:8 Esta persuasão
não vem daquele que vos chama.
Gl 5:9 Um pouco de fermento leveda toda a massa.
Gl 5:10 Confio de vós, no Senhor,
que não alimentareis nenhum outro sentimento;
mas aquele que vos perturba,
seja ele quem for, sofrerá a condenação.
Gl 5:11 Eu, porém, irmãos,
se ainda prego a circuncisão,
por que continuo sendo perseguido?
Logo, está desfeito o escândalo da cruz.
Gl 5:12 Tomara até se mutilassem
os que vos incitam à rebeldia.
Gl 5:13 Porque vós, irmãos,
fostes chamados à liberdade;
porém não useis da liberdade
para dar ocasião à carne;
sede, antes,
servos uns dos outros,
pelo amor.
Gl 5:14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito,
a saber:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Gl 5:15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros,
vede que não sejais mutuamente destruídos.
Gl 5:16 Digo, porém:
andai no Espírito
e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
Gl 5:17 Porque a carne
milita contra o Espírito,
e o Espírito,
contra a carne,
porque são opostos entre si;
para que não façais o que, porventura,
seja do vosso querer.
Gl 5:18 Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a lei.
Gl 5:19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia,
Gl 5:20 idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções,
Gl 5:21 invejas, bebedices, glutonarias
e coisas semelhantes a estas,
a respeito das quais eu vos declaro,
como já, outrora, vos preveni,
que não herdarão o reino de Deus
os que tais coisas praticam.
Gl 5:22 Mas o fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, Gl 5:23 mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei.
Gl 5:24 E os que são de Cristo Jesus
crucificaram a carne,
com as suas paixões
e concupiscências.
Gl 5:25 Se vivemos no Espírito,
andemos também no Espírito.
Gl 5:26 Não nos deixemos possuir de vanglória,
provocando uns aos outros,
tendo inveja uns dos outros.
Meus queridos, nós que vivemos no Espírito, ANDEMOS TAMBÉM NO ESPÍRITO! Que no dia de hoje nossos esforços e concentração sejam dedicados a cumprirmos este mandamento.
John MacArthur Jr, em O CAOS CARISMÁTICO, Ed. Fiel, ebook, página 135 fala que há, em relação ao crente e ao Espírito Santo, somente 5 mandamentos nas Epístolas do Novo Testamento: “Em todas as epístolas do Novo Testamento, encontram-se apenas cinco mandamentos relacionados ao crente e ao Espírito Santo:
  1. “Andemos... no Espírito” (Gl 5.25).
  2. “Não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4.30).
  3. “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
  4. “Não apagueis o Espírito” (1 Ts 5.19).
  5. “Orando no Espírito” (Jd 20).[1]
O vs. 25 diz assim: “Gl 5:25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.”
Paulo conclui o capítulo dizendo para não sermos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros – vs. 26.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. 
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[1] Jr, John MacArthur, O CAOS CARISMÁTICO, Editora Fiel, ebook, página 135.
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.