domingo, 20 de dezembro de 2015
domingo, dezembro 20, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 5 1-13 - ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO!
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 5/16.
Breve
síntese do capítulo 5.
Houve alguém em Coríntios que ultrapassou os limites e cometeu
atrocidade tal que nem mesmo entre os gentios se tinha ouvido. Aquele era um
caso gravíssimo e não poderiam as coisas prosseguirem sem uma exemplar punição.
O fato é que estamos todos no mesmo barco, Cristo, a caminho da pátria
celestial e dentro deste barco estão reunidos aqueles por quem Cristo morreu.
Ninguém no barco era flor que se cheirava, pelo contrário todos fedíamos.
Agora somos salvos, mas a salvação ainda não foi completada na presente
era por causa de nossa natureza e porque Deus ao nos salvar não nos levou
embora, mas nos deixou em convivência uns com os outros.
É natural, pois que surjam problemas, intrigas e muitas coisas
desagradáveis, mas todas elas parecem ter limites. Paulo não tolerava nem no
barco os que se dizendo salvos eram, declaradamente e sem temor a Deus,
voltados ao pecado.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estamos vendo esse
relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas
questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe"
(1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões,
seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos
(5.1-6.20).
B. Problemas morais e éticos (5.1-6.20).
Até ao capítulo 6.20, estaremos vendo os problemas
morais e éticos. Além de fomentar divisões, a arrogância dos coríntios havia
gerado vários problemas morais e éticos, segundo o relatório dos da casa de
Cloe. Paulo trata de três questões: um caso de incesto dentro da igreja
(5.1-13), processos judiciais entre cristãos (6.1-11) e imoralidade sexual
(6.12-20). Eles formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: 1. Um caso de
incesto (5.1-13) – veremos agora;2.
Litígios (6.1-11); e, 3. Imoralidade sexual (6.12-20).
1. Um caso de incesto (5.1-13).
Veremos neste capítulo, um caso de incesto
e como Paulo lidou com ele. Os coríntios estavam tão confiantes em si mesmos
que não enxergavam a gravidade do incesto para a igreja.
Não sabemos se o pai desse homem já estava
morto ou se esse filho casou-se de fato com a sua madrasta. Em qualquer caso,
fica explícito o relacionamento sexual incestuoso, conforme condenado em Lv
18.8.
O verbo grego "possuir" pode
significar "viver um relacionamento sexual imoral com" e fica
evidente pela reação de Paulo nesse capítulo que esse era o sentido em questão.
Ainda que a cultura greco-romana nos dias
de Paulo tolerasse discretamente uma vasta ordem de atividades imorais, até
mesmo os gentios censuravam esse tipo de incesto.
O problema fundamental da igreja em Corinto
não era a imoralidade de um de seus membros, mas a arrogância ao tolerar e
aceitar a prática de um ato incestuoso (vs. 6).
Os coríntios tinham tanto orgulho de sua
tolerância que passaram não apenas a desprezar os padrões morais bíblicos como
também a adotar os costumes dos ímpios (vs. 1). O orgulho os levou até mesmo a
desconsiderar os primeiros ensinamentos apostólicos de Paulo a essa igreja
(5.9).
Nos vs. de 3 a 5, temos uma passagem
bastante difícil. Embora distante da comunidade, Paulo emitiu sentença de
julgamento profético como se estivesse em Corinto.
De fato, Paulo deu ordens à igreja para
expulsar o transgressor ("entregue a Satanás"). Essa expulsão visava
ao arrependimento e à salvação da pessoa, algo que só poderia ser alcançado por
meio da "destruição da carne", isto é, quando esse homem obtivesse
domínio sobre suas tendências carnais.
De acordo com uma das interpretações de 2Co
2.5-11, esse homem se arrependeu de seu pecado. Eles se reuniram em nome do
Senhor Jesus, juntamente com Paulo, em espírito, ou seja, eles tinham
conhecimento de sua vontade no tocante a isso. A igreja reunida em assembleia
possui autoridade delegada por Jesus (Jo 14.13).
Paulo condenava o orgulho deles que era
como um bocado de fermento que poderia levedar toda a massa. Ou melhor, levedura,
que na verdade é uma pequena porção da massa fresca que é deixada para azedar.
Depois disso, pode ser adicionada a uma
porção maior de massa fresca, causando a fermentação desta. No entanto, esse
processo pode envolver riscos para a saúde se a fermentação durar muito tempo.
Como parte do rito anual de purificação da
festa da Páscoa, os israelitas precisavam retirar todo o fermento de suas casas
(Ex 12.15). Nesse sentido, Paulo usa o fermento para simbolizar a impureza e a
corrupção; e a nova massa, sem fermento, para simbolizar a pureza.
Por um lado, os cristãos verdadeiros em
Corinto já haviam sido genuinamente purificados por Cristo e, desse modo, Paulo
continuou a dispensar à igreja visível o generoso tratamento de considerar seus
membros como cristãos genuínos.
No entanto, ao tolerarem o incesto na
comunidade, a igreja visível de Corinto havia se tornado corrupta e precisava
ser purificada.
A verdadeira natureza de cada indivíduo
torna-se mais clara conforme a fé de cada um é examinada e provada pelo tempo
(2Co 13.5-6) – aqui a BEG recomenda refletir em seu excelente artigo teológico
"A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1.
Paulo desenvolve essa representação da
Páscoa ao sugerir que o sacrifício pascal, sendo sombra das coisas reais que
virão (1-1b 10.1), apontava para o seu cumprimento definitivo na morte de Jesus
Cristo.
O estágio final da argumentação de Paulo, e
em particular o mais belo, foi traçar um paralelo entre a festa dos Pães Asmos
e a vida pura que os cristãos devem ter. Como povo de Deus vivendo entre a
primeira e a segunda vinda de Cristo, todos os dias são motivo para celebrarmos
essa festa.
Antes de escrever 1 Coríntios, Paulo havia
enviado outra carta (que não chegou até nós) instruindo os coríntios a
apartarem-se de cristãos que continuavam a praticar a imoralidade.
Os coríntios não entenderam o que Paulo
quis dizer (pensando que a ideia era apartar-se totalmente do mundo) ou
tentaram evadir o assunto argumentando que o apóstolo exagerava.
Paulo aproveitou a oportunidade para
esclarecer que se referia àqueles que se dizem “irmãos", porém viviam de
maneira contraditória com a fé que professavam.
A ordem para banir os transgressores
("com esse tal, nem ainda comais") referia-se principalmente à vida
em comunidade e provavelmente não tinha intenção de evitar contato pessoal
(veja 2Ts 3.15).
Ao citar a ordem repetitiva em Deuteronômio
para expulsar os ímpios de Israel (p. ex., Dt 17.7,12), Paulo apresenta um
paralelo importante entre a comunidade da aliança no Antigo Testamento e a
igreja cristã (10.1-11).
A igreja visível deve disciplinar seus
próprios membros, assim como fazia o povo de Israel no Antigo Testamento.
Contudo, os de fora não devem ser disciplinados (isto é, excluídos do contato pessoal;
vs. 11) pela igreja.
Nem mesmo Paulo em sua autoridade
apostólica julgava "os de fora". Isso não significa que Paulo não
tenha criticado e chamado os ímpios ao arrependimento, mas que ele não lhes
impunha a disciplina que se aplicava à igreja.
como nem mesmo
entre os gentios, isto é,
haver
quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.
I Co 5:2 E, contudo, andais vós ensoberbecidos
e não chegastes a lamentar,
para que fosse
tirado do vosso meio
quem
tamanho ultraje praticou?
I Co 5:3 Eu, na verdade,
ainda que ausente
em pessoa,
mas
presente em espírito,
já
sentenciei, como se estivesse presente,
que
o autor de tal infâmia seja,
I
Co 5:4 em nome do Senhor Jesus,
reunidos
vós
e
o meu espírito,
com
o poder de Jesus,
nosso
Senhor,
I Co 5:5 entregue a Satanás
para a destruição
da carne,
a
fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].
I Co 5:6 Não é boa a vossa jactância.
Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?
I Co 5:7 Lançai fora o velho fermento,
para que sejais
nova massa,
como
sois, de fato, sem fermento.
Pois também Cristo,
nosso Cordeiro
pascal, foi imolado.
I Co
5:8 Por isso, celebremos a festa
não
com o velho fermento,
nem
com o fermento da maldade e da malícia,
e
sim com os asmos da sinceridade
e da verdade.
I Co 5:9 Já em carta vos escrevi
que não vos
associásseis com os impuros;
I Co
5:10 refiro-me, com isto, não propriamente
aos
impuros deste mundo,
ou
aos avarentos,
ou
roubadores,
ou
idólatras;
pois,
neste caso, teríeis de sair do mundo.
I Co 5:11 Mas, agora, vos escrevo
que não vos
associeis com alguém que,
dizendo-se
irmão,
for
impuro,
ou
avarento,
ou
idólatra,
ou
maldizente,
ou
beberrão,
ou
roubador;
com
esse tal, nem ainda comais.
I Co 5:12 Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora?
Não julgais vós os
de dentro?
I Co
5:13 Os de fora, porém, Deus os julgará.
Expulsai, pois, de entre
vós o malfeitor.
Paulo optou pela expulsão deste irmão que cometeu tão grande
malignidade, mas garantiu que o mesmo seria ainda salvo. Outro exemplo cruel
que temos de convivência difícil foi o caso de Judas, porém judas não se
salvou. No caso de Judas, Jesus o amou até o fim para nos mostrar o exemplo da
paciência e da fé.
Disciplina eclesiástica e
exclusão: Quem deve ser disciplinado?[1]
O conceito cristão de disciplina abrange urna ampla gama de
procedimentos que incluem o desenvolvimento, a instrução e o treinamento
necessários para formar discípulos de Cristo. A teologia reformada enfatiza a
importância da disciplina eclesiástica reconhecendo que a mesma é um dos sinais
necessários da verdadeira igreja (juntamente com a pregação da Palavra e a
ministração correta dos sacramentos). A disciplina eclesiástica inclui o
incentivo informal do aprendizado, da devoção, do culto, da comunhão, da
retidão e do serviço num contexto de cuidado e responsabilidade (Mt 28.20; Jo
21.15-17; 2Tm 2.14-26; Tt 2; Hb 13.17). O Novo Testamento também mostra que a
disciplina formal ou judicial tem um lugar importante no amadurecimento da
igreja e das pessoas (1 Co 5.1-13; 2Co 2.5-11; 2Ts 3.6,14-15; Tt 1.10-14;
3.9-11).
A disciplina judicial foi instituída por Deus no Antigo Testamento e
fica evidente em passagens que exigem a aplicação de penas legais para
determinados crimes. Por exemplo, correspondendo à exclusão de hoje, a pena por
vários crimes no Antigo Testamento era a eliminação do transgressor do meio do
seu povo (Gn 17.14; Êx 30.33,38; 31.14; Lv 7.20-21,25,27; 17.4,9; 19.8; 23.29;
Nm 9.13; 15.30). No Novo Testamento, Jesus outorga esse poder aos apóstolos,
autorizando-os a ligar e desligar (isto é, proibir e permitir; Mt 18.18) e a
declarar os pecados perdoados ou retidos (Jo 20.23). Na teologia reformada, as
"chaves do reino", que inicialmente foram dadas a Pedro e definidas
como o poder de ligar e desligar (Mt 16.19), costumam ser entendidas como a
autoridade dos apóstolos de estabelecer doutrinas e impor a disciplina de modo
infalível. Esse mesmo poder se reflete, ainda que de modo falível e imperfeito,
na pregação do evangelho pela igreja e em sua autoridade nos tribunais eclesiásticos
devidamente instituídos.
Nas igrejas reformadas, a disciplina eclesiástica vai desde a
admoestação até a exclusão da Ceia do Senhor e exclusão da congregação, que é
descrita como entregar uma pessoa a Satanás, o príncipe deste mundo (Mt 18.15-17:
1Co 5.1-5,11; 1Tm 1.20; Tt 3.10-11). Os pecados públicos (isto é, aqueles que
foram cometidos diante de a igreja), devem ser corrigidos publicamente na
presença da congregação (1Co 5.4-5; 1Tim 5.20; cf. Cl 2.11-14). No caso de uma
transgressão pessoal, Jesus ensinou que o procedimento inicial deve ser
particular, empregado na esperança de não ser necessário pedir à igreja que
repreenda publicamente as pessoas envolvidas (Mt 18.15-17).
O propósito maior da disciplina eclesiástica em todas as suas formas é
preservar a pureza e paz da igreja e resgatar aqueles que se desviaram dos
caminhos da fé cristã. Mesmo nos casos de exclusão, urna vez que o
arrependimento seja constatado pelas autoridades devidamente ordenadas, a
igreja deve então reconhecer a remissão de pecados e receber o transgressor de
volta à comunhão plena (2Co 2.6-8). Veja CFW 30; CB 32; CH 83,84,85.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
sábado, 19 de dezembro de 2015
sábado, dezembro 19, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 4 1-21 - PEDE PARA SAIR!
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 4/16.
Breve
síntese do capítulo 4.
Será que os homens nos têm visto como ministros de Cristo e despenseiros
dos mistérios de Deus? E o que se requer de todo despenseiro? A palavra de Deus
nos diz que deve ser achado fiel. Pedro também fala do despenseiro “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom
que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pedro
4:10).
Somente nestes dois apóstolos vemos que há um despenseiro que o é dos
mistérios de Deus e da multiforme graça de Deus. Quem mais fala, na Bíblia, de
despenseiros? Vejamos:
Gênesis 43:16 Vendo José a Benjamim com eles, disse ao despenseiro de sua casa: Leva estes homens para
casa, mata reses e prepara tudo; pois estes homens comerão comigo ao
meio-dia.
|
I Coríntios 9:17 Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se
constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que
me está confiada.
|
Tito 1:7 Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível
como despenseiro de Deus, não
arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de
torpe ganância;
|
Em Tito, mais uma vez, Paulo fala do despenseiro de Deus como quem está
falando do bispo e lhe apontando suas qualidades e características
fundamentais.
Temos algo para entregarmos da parte de Deus que nos foi confiado e pelo
qual somos chamados de despenseiros! Seria interessante o aprofundamento deste
estudo para fins de pregação, ensino e prática.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estamos vendo esse
relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas
questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe"
(1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões,
seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos
(5.1-6.20).
A. Divisões na igreja (1.10-4.21) - continuação.
Como falamos, estamos vendo dos vs. 10 ao
4.21, essas divisões na igreja. As pessoas da casa de Cloe informaram que havia
um movimento de separação muito sério dentro da igreja.
Para melhor entender isso, nós fizemos as
seguintes divisões: 1. Relatório (1.10-17) – já vimos; 2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) – estamos vendo; e, 3. Ministério e
apostolado (3.5-4.21).
3. Ministério e apostolado (3.5-4.21) - continuação.
Estamos estudando o ministério e o
apostolado de Paulo com o objetivo de entender as divisões que assolavam a
igreja de Corinto. Paulo fornece a perspectiva correta para definir um líder de
verdade e explica por que esses líderes não devem ser motivo de disputa na
igreja.
A preocupação de Paulo era de que os outros
os vissem como despenseiros de Deus, como ministros de Cristo. Essas palavras e
os versículos seguintes não deixam dúvidas de que Paulo estava sendo atacado e
condenado por pelo menos alguns dos coríntios.
Uma das primeiras coisas requeridas de tais
encarregados era a fidelidade. Embora Paulo tivesse uma consciência limpa (vs.
4), no final das contas quem determina se alguém permanece fiel, ou não, é
Deus.
O critério válido para todos os casos era
não ser precipitado no julgamento. Não é uma proibição contra o discernimento e
a formação de opinião em geral (cf. 5.3; 6.2), mas uma referência às críticas sem
fundamento formuladas contra Paulo.
Paulo defendia e ensinava que nada passará
despercebido no julgamento de Deus (Mt 10.26; Mc 4.22; Lc 8.17).
Paulo tinha aplicado essas coisas sobre si
mesmo e sobre Apolo, por amor deles e ele entendeu que não era para ultrapassar
o que estava escrito – vs. 6. Talvez Paulo esteja citando um provérbio popular
semelhante a "jogar conforme as regras", ou exortando os coríntios a
viver de acordo com os princípios bíblicos. Nesse último caso, talvez esteja
aludindo especificamente a 1.31.
Nenhum dos despenseiros poderia se gabar de
algo como se não o tivesse recebido – vs. 7. Na verdade, o que temos nós que
seja de nós mesmos e não de Cristo, das Escrituras? Gabar-se disso ou defender
alguém nisso não era condizente com Cristo. A única glória devida e justa
pertence ao Senhor.
Nessa passagem vigorosa – de 8 ao 13 -,
Pauto faz uso de ironia e sarcasmo para demonstrar aos coríntios a
insignificância das preocupações deles e a injustiça da crítica que lhe
dirigem.
Os sofrimentos de Paulo são comparáveis às
dores físicas e à humilhação pública dos prisioneiros condenados à morte (2Co
11.23-30). Em contraste, alguns coríntios se imaginavam superiores em fé e
sabedoria, mas agiam assim apenas porque não compreendiam o significado
verdadeiro de ser louco por causa de Cristo.
Paulo diz deles que já estariam ricos e
abastados e que não precisariam mais dele, nem de ninguém mais – vs. 8 “já estais ricos; chegastes a reinar”. Essa
é uma descrição do pensamento de alguns coríntios sobre si mesmos, que
acreditavam que eram tão abençoados que se imaginavam acima de todos os outros.
Paulo revela o problema central da igreja em Corinto: os cristãos não
reconheciam que, na verdade, eram muito fracos.
Mais sarcasmo da parte de Paulo no vs. 10.
Vivendo numa cultura sofisticada, os coríntios demonstravam arrogância quanto à
superioridade de suas bênçãos.
Em contraste, os apóstolos, os líderes
dotados da autoridade de Cristo na igreja, sofriam ao extremo e pareciam agir
como loucos. O sofrimento dos apóstolos demonstrava que os coríntios não
chegavam nem perto da glória que pensavam possuir.
Paulo expõe as lutas, os trabalhos dos
apóstolos, os sofrimentos – vs. 9 ao 13:
·
Os
apóstolos estavam em último lugar, como condenados à morte.
·
Eram
eles um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens.
·
Eles
eram considerados por causa de Cristo, loucos, fracos, desprezados!
·
Passavam
fome, sede e necessidade de roupas.
·
Estavam
sendo tratados brutalmente.
·
Não
tinham residência certa.
·
Trabalhavam
arduamente com as próprias mãos.
·
Quando
eram amaldiçoados, abençoavam.
·
Quando
perseguidos, suportavam.
·
Quando
caluniados, respondiam amavelmente.
·
Até
agora tinham se tornado a escória da terra, o lixo do mundo.
Paulo dizia isso não para envergonhá-los,
mas para adverti-los. O vocabulário áspero da passagem anterior tinha a
intenção não apenas de mostrar a inferioridade dos coríntios, mas ajudá-los a
perceber a verdadeira situação em que se encontravam.
Eles poderiam até ter milhares de
preceptores. "Preceptores" (ou "aios", "tutores")
é uma tradução do termo grega paidagogos,
que no Novo Testamento ocorre apenas aqui e em Gl 3.24-25. Eram escravos
encarregados da educação e da proteção dos filhos do seu senhor até que eles
chegassem à maturidade. O trabalho do aio começava quando o das amas terminava.
Embora haja discordância sobre a natureza
do papel que desempenhavam, aparentemente a função do aio era treinar as
crianças nos bons modos e padrões morais, porém não nos estudos acadêmicos,
embora uma de suas funções incluísse levar as crianças à escola e depois
buscá-las.
O aio deveria proteger e conter as
crianças, disciplinando-as quando necessário. Nessa analogia, Paulo dá a
entender que esses "preceptores" eram aqueles que ministravam aos
coríntios depois que ele havia plantado a igreja, tal como Apolo, que a havia
regado (3.6) e edificaram sobre o fundamento que Paulo havia posto lá (3.10).
Ao vangloriarem-se por pertencer a Apolo,
Pedro e outros, os coríntios sugeriam que não precisavam de Paulo. No entanto,
Paulo chamou a atenção para o seu relacionamento paternal singular com a igreja
de Corinto, e afirmou que eles não tinham nenhum bom motivo para atacá-lo.
Ainda que muitos ministros tivessem vindo
depois da partida dele ("milhares" representa, sem dúvida, uma
hipérbole), os coríntios deveriam ter um respeito especial por ele, uma vez que
havia sido Paulo quem os havia levado à fé.
Era por essa razão que Paulo tinha enviado
Timóteo, seu filho amado na fé e fiel no Senhor, aos coríntios. O verbo também
pode ser traduzido no gerúndio, "estou lhes enviando". No entanto, é
bastante provável que Timóteo tivesse partido antes mesmo de Paulo começar a
escrever a carta (16.10). A missão dele seria levar à lembrança deles a maneira
de viver de Paulo em Cristo Jesus, de acordo com o que ele ensinava por toda
parte, em todas as igrejas.
Posteriormente, outro grupo de coríntios começou
a dizer que Paulo mostrava coragem somente por meio de cartas, e que teria medo
de falar com autoridade pessoalmente (2Co 10.1-2).
É possível que nesse momento essa ideia
ainda estivesse presente em Corinto e Paulo tenha decidido enviar Timóteo (vs. 17)
em vez de ir ele mesmo, justamente para evitar um confronto desagradável (vs.
21; 2Co 13.1-10).
Para Paulo, o Reino de Deus não consistia
de palavras, mas de poder. Ele, então pergunta para eles o que eles queriam, se
ele iria a eles com vara ou com amor e espírito de mansidão – vs. 20-21.
I Co 4:1 Assim, pois, importa que os homens
nos considerem como ministros de Cristo
e despenseiros dos mistérios de Deus.
I Co 4:2 Ora, além disso, o
que se requer dos despenseiros
é que cada um deles seja
encontrado fiel.
I Co 4:3 Todavia, a mim mui pouco se me dá
de ser julgado por vós ou por tribunal humano;
nem eu tampouco julgo a mim mesmo.
I Co 4:4 Porque de nada me
argúi a consciência;
contudo, nem por isso me
dou por justificado,
pois quem me julga é o
Senhor.
I Co 4:5 Portanto, nada julgueis antes do tempo,
até que venha o Senhor,
o qual não somente trará à
plena luz
as coisas ocultas das
trevas,
mas também manifestará os
desígnios dos corações;
e, então, cada um receberá
o seu louvor
da parte de Deus.
I Co 4:6 Estas coisas, irmãos,
apliquei-as figuradamente a mim mesmo
e a Apolo, por vossa causa,
para que por nosso exemplo
aprendais isto:
não ultrapasseis o que está
escrito;
a fim de que ninguém se
ensoberbeça
a favor de um
em detrimento de outro.
I Co 4:7 Pois quem é que te faz sobressair?
E que tens tu que não tenhas recebido?
E, se o recebeste, por que te vanglorias,
como se o não tiveras recebido?
I Co 4:8 Já estais fartos,
já estais ricos;
chegastes a reinar sem nós;
sim, tomara reinásseis para que também
nós viéssemos a reinar
convosco.
I Co 4:9 Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós,
os apóstolos, em último lugar,
como se fôssemos condenados
à morte;
porque nos tornamos
espetáculo ao mundo,
tanto a anjos,
como a homens.
I Co 4:10 Nós somos loucos por causa de Cristo,
e vós, sábios em Cristo;
nós, fracos,
e vós, fortes;
vós, nobres,
e nós, desprezíveis.
I Co 4:11 Até à presente hora,
sofremos fome, e sede, e
nudez;
e somos esbofeteados,
e não temos morada certa,
I Co 4:12 e nos afadigamos,
trabalhando com
as nossas próprias mãos.
Quando somos injuriados, bendizemos;
quando perseguidos, suportamos;
I Co 4:13 quando caluniados, procuramos
conciliação;
até agora, temos chegado a ser considerados lixo do
mundo,
escória de todos.
I Co 4:14 Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar;
pelo contrário, para vos admoestar como a filhos
meus amados.
I Co 4:15 Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo,
não teríeis, contudo, muitos pais;
pois eu, pelo evangelho,
vos gerei em Cristo Jesus.
I Co 4:16 Admoesto-vos, portanto,
a que sejais meus imitadores.
I Co 4:17 Por esta causa, vos mandei Timóteo,
que é meu filho amado
e fiel no Senhor,
o qual vos lembrará os meus
caminhos em Cristo Jesus,
como, por toda parte,
ensino em cada igreja.
I Co 4:18 Alguns se ensoberbeceram,
como se eu não tivesse de ir ter convosco;
I Co 4:19 mas, em breve,
irei visitar-vos,
se o Senhor quiser,
e, então, conhecerei não a
palavra,
mas o poder dos
ensoberbecidos.
I Co 4:20 Porque o reino de Deus
consiste não em palavra,
mas em poder.
I Co 4:21 Que preferis?
Irei a vós outros com vara
ou com amor
e espírito de mansidão?
Aqui, aquele que nos chama a atenção dizendo que devemos ser
despenseiros de Deus, nos aponta um exemplo para termos de referência: ele
mesmo! E você pastor, reverendo, bispo, presbítero, diácono, despenseiro de
Deus pode também dizer: sede meus imitadores como eu sou de Cristo? Se não
pode, “... pede para sair! ...” Não
brinquemos com as coisas de Deus!
p.s.: link da imagem original: http://sp9.fotolog.com/photo/25/28/19/dxgabz/1201842896_f.jpg
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
sexta-feira, dezembro 18, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 3 1-23 - SOMOS AINDA CARNAIS?
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 3/16.
Breve
síntese do capítulo 3.
Somos ainda carnais diz o apóstolo Paulo porque há dissensões entre nós
e uns se acham de Paulo, outros de Apolo, outros de Cefas e ainda outros de
Cristo... Como carnais, não podemos receber o alimento sólido, mas o leite...
Há tantas divisões entre nós, mesmo hoje e haverá sempre! Logo, a
tolerância, a paciência, o amor devem abundar em nossos corações para que não
sirvamos de tropeço na vida do irmão pelo qual o Senhor morreu por ele.
Há um só Senhor, mas há inúmeros irmãos que estão certos e inúmeros que
estão errados. Continuamos meninos na nossa fé por causa dos ciúmes e das
contendas.
Quando
eu sou e quero ser melhor, mais espiritual, mais forte, mais iluminado que o
meu irmão é porque me esqueci do amor de Cristo e estou provocando divisões no
Corpo.
No
entanto, eu acredito na busca de melhorias contínuas também no Caminho do
Senhor e como estou buscando a excelência, óbvio que serei ou quererei ser
melhor, mais espiritual, mais forte, mais iluminado, mas jamais que o meu irmão
por quem Cristo também morreu, antes diante de Deus e para a sua glória!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes,
conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estaremos vendo esse
relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas
questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe"
(1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões,
seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos
(5.1-6.20).
A. Divisões na igreja (1.10-4.21) - continuação.
Como falamos, estamos vendo dos vs. 10 ao
4.21, essas divisões na igreja. As pessoas da casa de Cloe informaram que havia
um movimento de separação muito sério dentro da igreja.
Para melhor entender isso, nós fizemos as
seguintes divisões: 1. Relatório (1.10-17) – já vimos; 2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) – estamos vendo; e, 3. Ministério e
apostolado (3.5-4.21).
2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) - continuação.
Estamos vendo dos vs. 18 ao 3.4, Paulo
falando da verdadeira sabedoria e do poder de Deus.
Paulo no diz que não pode se referir a eles
como a espirituais. Isto é, como a quem pertence ao Espírito Santo. “Carnais”
ou, "mundano", Paulo não fala da carne como corpo físico, mas
refere-se à inclinação da natureza humana decaída que segue as tendências da
era perversa em que vivemos.
Os coríntios que receberam o Espírito
tornaram-se espirituais no sentido mais fundamental da palavra. Mesmo assim,
havia alguns na igreja visível de Corinto que não criam em Cristo e, por isso,
não receberam o Espírito.
Além do mais, alguns cristãos verdadeiros
estavam levando uma vida tão discordante do Espírito que Paulo teve de
tratá-los como se fossem ímpios.
A rivalidade entre os coríntios era prova
de que precisavam ser tratados como carnais (vs. 1). Eles haviam se tornado tão
fúteis e insensatos que se dividiram em grupos que eram leais a vários líderes.
Ainda hoje, século XXI, mudamos muitas coisas ou continuamos com as mesmas
meninices e suas respectivas tolices?
3. Ministério e apostolado (3.5-4.21).
A partir do vs. 5 até 4.21, Paulo falará um
pouco de seu ministério e apostolado com o objetivo de conter as divisões que
assolavam a igreja de Corinto. Paulo fornece a perspectiva correta para definir
um líder de verdade e explica por que esses líderes não devem ser motivo de
disputa na igreja.
Em primeiro lugar ele chama tais lideres de
servos. Jesus deixou claro que, em seu reino, os líderes são aqueles que
praticam a humildade e o serviço (Mc 9.35).
Paulo e Apolo, por exemplo, eram nada mais
do que servos. Se Paulo plantou, Apolo regou, mas isso pouco importa se Deus
não der o crescimento. O desejo de Paulo, "pregar o evangelho, não onde
Cristo já foi anunciado" (Rm 15.20), motivou-o a estabelecer muitas
igrejas (At 13-20).
Não é, no entanto, em vão que cada um
cumpre o seu propósito diante de Deus. Certamente, todos serão recompensados,
conforme as obras que fizerem, mas de Deus, todos devemos ser cooperadores.
Provavelmente Paulo tinha a intenção de
dizer que os obreiros cristãos são cooperadores com Deus, ou que os cristãos
que cooperam uns com os outros pertencem a Deus. O objetivo de Paulo fica mais
claro a partir do contexto: somente Deus é o responsável pelo êxito do
ministério cristão.
Paulo passa da metáfora da vinha (vs. 6-8)
para a do construtor, ao nos falar que de Deus o povo era lavoura e edifício
dele e eles, cooperadores com o verdadeiro Agricultor e Construtor.
Cada um tem o seu papel definido nas obras
de Deus. Chamado para proclamar o evangelho em lugares onde este não era
conhecido, Paulo decidiu concentrar a sua pregação no Cristo crucificado. Então,
de forma prudente, literalmente, "sábio", ele faz uma alusão ao
discurso anterior sobre a sabedoria verdadeira (1.17ss.; 2.9-10).
Embora seja o construtor, o fundamento deve
ser Cristo e se alguém construir sobre esse fundamento, prosperará; se não,
não. Esses versículos - 12 ao 15 - tratam especificamente da avaliação do
ministério cristão.
Alguns construtores em Corinto buscavam
participar da obra de Deus, mas, como confiavam apenas na sabedoria humana,
usavam materiais perecíveis ("madeira, feno, palha") que não
sobreviverão quando forem revelados pelo fogo do julgamento de Deus.
Os próprios construtores escaparão por
pouco da destruição. Paulo advertiu aos membros da igreja em Corinto que eles,
como o templo de Salomão (1 Cr 22.14-16), deveriam ser edificados com o que é
permanente.
Paulo então faz uma
revelação interessante do que é e do papel de cada crente no reino de Deus. Ele
os chama de santuário de Deus.
Assim como Deus
demonstrou a sua presença no templo ao enchê-lo com a nuvem de sua glória (1 Rs
8.10-11), do mesmo modo habita com seu povo ao enchê-los com o Espírito.
Aqui, Paulo focaliza a
atenção no povo de Deus como uma corporação, mas em 6.19 mudará o foco para os
indivíduos que a compõem.
Paulo indica a
possibilidade de que alguns "construtores" em Corinto não apenas
usavam materiais perecíveis como também destruíam a obra de Deus. Estes não
seriam poupados no dia do julgamento.
Já nos vs. 18 a 20, Paulo
volta a falar de modo mais direito sobre o contraste entre a sabedoria divina e
a humana.
Em função disso, ninguém
– vs. 21 – deveria se gloriar. Uma vez que Cristo é de Deus e os cristãos são
de Cristo (vs. 23), os seguidores de Cristo irão reinar na nova terra quando
Cristo retornar (2Tm 2.12; Ap 2.26-27).
Em vista da herança
valiosa que está reservada aos coríntios, percebe-se o absurdo das brigas e
insensatez da igreja em relação a seus líderes ("Eu sou de", 1.12).
Além disso, esse
"tudo" que pertence aos cristãos (veja Rm 8.17; Hb 1.2) também inclui
os líderes da igreja.
Ora, se esses líderes
lhe pertencem, é tolice ficar com ciúmes deles. Essa falta de gratidão
demonstrada pelos coríntios quanto aos privilégios que o cristão possui também
é salientada em 6.2.
não vos pude falar como a espirituais,
e sim como a carnais, como
a crianças em Cristo.
I Co 3:2 Leite vos dei a
beber,
não vos dei alimento sólido;
porque ainda não podíeis
suportá-lo.
Nem ainda agora podeis,
porque ainda sois carnais.
I Co 3:3 Porquanto, havendo entre vós
ciúmes e contendas,
não é assim que sois
carnais
e andais segundo o homem?
I Co 3:4 Quando, pois, alguém diz:
Eu sou de Paulo,
e outro:
Eu, de Apolo,
não é evidente que andais
segundo os homens?
I Co 3:5 Quem é Apolo?
E quem é Paulo?
Servos por meio de quem crestes,
e isto conforme o Senhor
concedeu a cada um.
I Co 3:6 Eu plantei,
Apolo regou;
mas o crescimento veio de
Deus.
I Co 3:7 De modo que nem o que planta é alguma coisa,
nem o que rega,
mas Deus, que dá o crescimento.
I Co 3:8 Ora, o que planta e o que rega são um;
e cada um receberá o seu galardão,
segundo o seu próprio
trabalho.
I Co 3:9 Porque de Deus
somos cooperadores;
lavoura de Deus,
edifício de Deus sois vós.
I Co 3:10 Segundo a graça de Deus que me foi dada,
lancei o fundamento como prudente construtor;
e outro edifica sobre ele.
Porém cada um veja como
edifica.
I Co 3:11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento,
além do que foi posto,
o qual é Jesus Cristo.
I Co 3:12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento
é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno,
palha,
I Co 3:13 manifesta se
tornará a obra de cada um;
pois o Dia a demonstrará,
porque está sendo revelada
pelo fogo;
e qual seja a obra de cada um
o próprio fogo o provará.
I Co 3:14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento
edificou,
esse receberá galardão;
I Co 3:15 se a obra de alguém se queimar,
sofrerá ele dano;
mas esse mesmo será salvo,
todavia, como que através
do fogo.
I Co 3:16 Não sabeis que sois santuário de Deus
e que o Espírito de Deus habita em vós?
I Co 3:17 Se alguém destruir o santuário de Deus,
Deus o destruirá;
porque o santuário de Deus,
que sois vós,
é sagrado.
I Co 3:18 Ninguém se engane a si mesmo:
se alguém dentre vós se tem por sábio neste século,
faça-se estulto para se
tornar sábio.
I Co 3:19 Porque a sabedoria deste mundo
é loucura diante de Deus;
porquanto está escrito:
Ele apanha os sábios na
própria astúcia deles.
I Co 3:20 E outra vez:
O Senhor conhece os
pensamentos dos sábios,
que são pensamentos vãos.
I Co 3:21 Portanto, ninguém se glorie nos homens;
porque tudo é vosso:
I Co 3:22 seja Paulo,
seja Apolo,
seja Cefas,
seja o mundo,
seja a vida,
seja a morte,
sejam as coisas presentes,
sejam as futuras,
tudo é vosso,
I Co 3:23 e vós, de Cristo,
e Cristo,
de Deus.
A finalização deste capítulo é muito interessante em relação à ideia que
Paulo está desenvolvendo e nos diz que a glória não deve ser dos homens, mas de
Deus. Assim, Paulo, Cefas, Apolo, mundo, vida, morte, coisas presentes e
futuras, tudo é nosso e nós de Cristo e Cristo de Deus.
Ficaria muito interessante se trocássemos Paulo, Cefas, Apolo, no texto
acima, por Batistas, Presbiterianos, Metodistas, Assembleianos, etc... Sou eu
contra os Batistas, Presbiterianos, Metodistas, Assembleianos, etc.? Nunca!
Deveriam se unificar e ser apenas uma igreja? Também não creio. Assim, tudo é
nosso e nós somos de Cristo e Cristo de Deus!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
http://www.jamaisdesista.com.br
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