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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Atos 16 1-40 - TOTALMENTE GRÁTIS E AINDA DISPONÍVEL: NÃO PERCA!

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 16, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 16
Lucas, com apoio, certamente de Paulo, redigiu tão bem esta epístola que ficamos maravilhados, perplexos e estupefatos diante dos fatos, dos acontecimentos, diante das reações tanto a favor como contra o evangelho.
Paulo aqui apanha Timóteo e depois de circuncidá-lo, por cautela, com ele sai para comunicar as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém e assim ir fortalecendo os irmãos na fé em Cristo.
Eles pensam e tomam a iniciativa de irem pregar a palavra por um lugar, mas quem é que se lhes opõem? O próprio Deus! Paulo, então, tem uma visão e recebe a interpretação com a direção do Senhor para irem por outro lugar pregarem a palavra de Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – estamos vendo; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22) - continuação.
Desde o verso 36, do capítulo 15, anterior, ao 18.22 estamos, como dissemos, vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios.
Eles chegaram A Derbe, depois a Listra e lá encontraram um jovem chamado Timóteo. Paulo encontrou esse jovem, de origem parte judia e parte grega, na pequena comunidade judaica de Listra.
Tal qual seu pai, Timóteo cresceu como um grego e não havia sido circuncidado. Visto que sua mãe era judia, Paulo não julgou estar transgredindo o princípio de liberdade dos gentios ao circuncidar Timóteo (vs. 3).
Eles estavam passando pelas cidades comunicando as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros. Como visto consistentemente até aqui, a decisão comunicada às igrejas não fora tomada pela assembleia de crentes, mas pelo concilio de apóstolos e presbíteros, com autoridade sobre as igrejas locais. As decisões foram comunicadas "para que as observassem".
A comunicação dessas decisões era para que fossem obedecidas e assim as igrejas iam sendo fortalecidas na fé e cresciam em número a cada dia.
Paulo e seus companheiros viajaram pela região frígio-gálata. Uma região localizada na parte sul da província da Galácia, incluindo a Frigia, Antioquia da Pisídia e áreas circunvizinhas.
Naquele momento o Espírito Santo estava impedindo eles de pregarem ali na Ásia. A província da Ásia, situada na parte ocidental da Ásia Menor, incluía a famosa cidade de Éfeso, onde Deus queria que Paulo fosse evangelizar mais tarde (cap. 19).
O Espírito Santo também é chamado de "Espírito de Jesus" (vs. 7) e "Deus" (vs. 10; 2Co 3.17). Esses versículos apontam para a doutrina da Trindade (cf. 2Co 13.14).
Quando eles chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas enfrentaram novamente oposição, por parte do mesmo Espírito, aqui chamado de “Espírito de Jesus” – vs.7.
Seguindo para o noroeste através da Galácia e Frigia, Paulo e Silas chegaram à Mísia, um distrito que se estendia do noroeste da Frigia até o litoral, abrangendo Helesponto (atual Estreito de Dardanelos) e Propôntida (o mar de Mármara). Bitínia ficava ao leste.
Então contornaram Mísia e desceram a Trôade. Trôade, um antigo e importante porto grego do mar Egeu por volta de 300 a.C., tornou-se uma cidade-estado e, mais tarde, uma colônia romana que funcionava como um importante porto para a região. O famoso sítio arqueológico de Troia ficava cerca de 16 km dali.
Foi durante a noite que Paulo teve a visão do homem da Macedônia que lhes pedia ajuda e ele entendeu que deveriam ir para lá, pregarem o evangelho.
Aqui tem início a primeira de uma série de frases construídas na primeira pessoa do plural, indicando que o autor acompanhou Paulo e Silas.
Eles partiram de Trôade e navegaram para Samotrácia - uma ilha notória situada ao norte do mar Egeu onde muitos navios paravam regularmente – e dali para Neápolis. Palavra grega que significa "cidade nova" (atual Cavala). Nela havia um porto que servia à cidade de Filipos, distante 16 km em direção ao noroeste.
De Neápolis foram para Filipos. Filipe II da Macedônia (pai de Alexandre o Grande) havia estabelecido ali uma grande colônia grega que chamou de Filipos. Os romanos a conquistaram em 167 a.C. e anexaram-na à província da Macedônia. Em Filipos eles ficaram vários dias.
Em um dia de sábado saíram da cidade e foram para a beira de um rio onde eles esperavam encontrar um lugar de oração – vs. 13. De acordo com a lei judaica, eram necessários pelo menos dez homens para estabelecer uma sinagoga.
Caso isso não acontecesse, um lugar de oração poderia ser formado ao ar livre, de preferência perto de algum lugar que tivesse água.
Eles se sentaram ali e começaram a conversarem com as mulheres que se haviam reunido ali. Elas se reuniam informalmente para ler e estudar as Escrituras, e esperavam receber instrução de algum mestre judeu que porventura passasse por ali.
Dentre essas mulheres havia uma que se chamava Lídia a qual era vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. Tiatira, cerca de 50 km a sudeste de Pérgamo, era uma cidade pertencente ao antigo reino da Lídia até que os romanos a reorganizaram e ela passou a fazer parte da província romana da Ásia.
Tiatira era famosa pela sua indústria de tinturas, especificamente pela produção de corantes na cor púrpura (que era a cor usada nos trajes reais).
O que vem a seguir é impressionante, pois o Senhor lhe abriu o coração para que compreendesse a mensagem que Paulo pregava. Essa iluminação e persuasão divinas são necessárias para que o coração, cego pelo pecado, possa reagir favoravelmente ao evangelho (Jr 13.23; Jo 6.44,65; Rm 9.16; ICo 2.14).
Esse convite eficaz da parte de Deus é garantia de que todos aqueles que foram eleitos irão aceitá-lo (13.48; 2Ts 2.13-14; 2Tm 1.9-10).
Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, ela os convidou a irem se abrigarem em sua própria casa e eles aceitaram.
Através da história da redenção, com frequência Deus tem concedido bênçãos para todos os integrantes da família (p. ex., Gn 17.7-14; At 2.38-39; 11.14; 16.31). Em Atos, o batismo dos membros da família são exemplos admiráveis dessa bênção (10.47-48; 16.31-33; cf. 1Co 1.16). Uma vez que tais batismos familiares eram uma prática comum, provavelmente incluíam crianças e até mesmo bebês.
Em um determinado dia, estando eles indo para o costumeiro lugar de oração, encontraram uma escrava que estava possessa de espirito adivinhador, literalmente, "um espírito de pitonisa". O termo se referia originalmente à serpente mítica que guardava o templo e o oráculo do deus grego Apoio, em Delfos.
Posteriormente, essa expressão veio a indicar uma pessoa possessa por demônios ou mesmo um ventríloquo. As pessoas de Filipos devem ter pensado que ela estava possuída por um demónio que adivinhava o destino.
O fato era que com suas adivinhações, ela dava muito dinheiro para os seus senhores. Ela começou a seguir Paulo e a gritar anunciando a todos que eles eram servos do Deus Altíssimo e que anunciavam no evangelho, o caminho da salvação.
Um judeu teria compreendido que esse título “Deus Altíssimo” se aplica a Javé (El Elyon; Nm 24.16; SI 78.35), ao passo que um gentio o atribuiria a Zeus.
E por muitos dias ela se manifestava desse jeito quando eles passavam. Até que Paulo se incomodou com aquilo e a repreendeu em nome de Jesus Cristo dizendo para aquele espírito se retirar dela – vs. 18. Aquele espírito a deixou imediatamente e ela nada mais pode adivinhar.
De acordo com o entendimento da expressão "Deus Altíssimo", todos entenderam que Paulo estava querendo transmitir a ideia de que Jesus, como divindade, é quem havia expulsado o demônio.
Com a saída do espirito adivinhador do corpo daquela jovem, seus senhores viram seu negócio fácil se desmoronar e então agarraram a Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades.
Agarraram somente esses dois porque eram judeus e líderes da equipe missionária, uma vez que seus companheiros (Lucas, um gentio da Antioquia da Síria, e Timóteo, um meio-gentio de Listra) eram gentios e por isso não foram acusados.
A acusação era de que Paulo e Silas estavam ensinando uma religião ilegal (em latim, religio illicita e, desse modo, perturbando a paz romana (pax romana). No entanto, essa acusação foi motivada por questões culturais e preconceito religioso.
Acusaram injustamente Paulo e Silas de serem agitadores, de serem judeus, de propagarem costumes aos romanos os quais não era permitido nem aceitar, nem praticar, de estarem perturbando a cidade. Paulo e Silas eram cidadãos romanos e, politicamente, não deveriam ter recebido esse tratamento. No entanto, esse direito foi ignorado no clima de agitação da multidão.
A multidão agora se volta contra eles e os magistrados depois de os despirem, ordena que fossem açoitados e em seguida lançados na prisão. Na prisão, o carcereiro recebera ordem especial para guardar aquelas vidas.
Por causa dessa ordem, ele tratou de prendê-los com a máxima segurança, lançando-os no cárcere interior e lhes prendendo os pés no tronco. Foram tratados conto criminosos e colocados numa cela de segurança máxima.
O dia para eles tinha sido difícil, mas à meia-noite estavam eles adorando e cantando louvores a Deus. Poderiam eles terem escolhido o caminho das maldições, das reclamações, das murmurações, do apelo à injustiça, mas não, resolveram louvar a Deus. Todos os presos os ouviam louvando a Deus.
O que acontece em seguida? Um grande terremoto, violento mesmo, a tal ponto forte que abalou os alicerces da prisão e imediatamente todas as portas da prisão foram abertas e as correntes de todos foram soltas. Existe uma realidade física-espiritual onde a matéria obedece ao comando de vontades externas, como a daqueles anjos que estavam ali, libertando a todos.
Quando o carcereiro acordou e viu todas as portas abertas, puxou da sua espada com a intenção de matar-se. De acordo com a lei romana, se um prisioneiro fugisse, o guarda responsável deveria morrer em seu lugar (12.19).
No entanto, Paulo interviu a tempo e lhe pediu que não fizesse mal a si mesmo. O carcereiro estava trêmulo, assustado, com medo e se prostou diante de Paulo e Silas, depois os levou para fora da prisão e perguntou a eles o que deveria ele fazer para ser salvo.
A resposta deles foi: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa" – vs. 31 - para outros exemplos de salvação em família, veja 2.38-39; 10.24,48; 16.15; ICo 1.16. Quando uma pessoa aceitava uma determinada religião, toda a família era envolvida (vs. 34).
Aquela noite estava sendo muito especial. Eles pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa e naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados.
O carcereiro os havia levado para a sua própria casa onde serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus – vs 32 ao 34.
Aquela libertação miraculosa a noite apensa serviu para a salvação do carcereiro e de toda a sua família, pois que eles mesmos voltaram para a prisão à espera do amanhecer do dia.
Amanheceu o dia e aqueles magistrados que prenderam Paulo e Silas pediram ao carcereiro que soltasse eles, mas Paulo não acatou, antes os desafiou a irem pessoalmente libertá-los pois que eram cidadãos romanos e foram açoitados sem o devido processo legal.
Paulo apelou à sua cidadania romana, que o eximia de brutalidades como açoites e tortura. Quando um cidadão romano era julgado num tribunal romano, lhe era concedido o direito de levar o seu caso perante César (25.11; 26.32).
Com aquela notícia todos temeram muito e foram até eles pedirem desculpas, conforme Paulo e Silas pediram. Aqueles magistrados foram os que os conduziram para fora da prisão e pediram a eles que deixassem aquela cidade.
Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. Era frequente que os primeiros cristãos se reunissem em casas particulares para adorar a Deus (Fm 2). O termo "irmão' geralmente se refere a todos os cristãos. Nesse caso, o termo inclui: Lídia e os da sua casa, a jovem possessa, provavelmente o carcereiro e os da sua casa, e Lucas, que nesse momento estava em Filipos.
Depois disso, Paulo e Silas partiram – vs. 40.
At 16:1 Chegou também a Derbe e a Listra.
Havia ali um discípulo chamado Timóteo,
                filho de uma judia crente,
                mas de pai grego;
                               At 16:2 dele davam bom testemunho
os irmãos em Listra e Icônio.
At 16:3 Quis Paulo que ele fosse em sua companhia
e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares;
                pois todos sabiam que seu pai era grego.
At 16:4 Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos,
                para que as observassem,                 as decisões tomadas
                               pelos apóstolos
                               e presbíteros de Jerusalém.
At 16:5 Assim, as igrejas
                eram fortalecidas na fé
                e, dia a dia,
                               aumentavam em número.
At 16:6 E, percorrendo a região frígio-gálata,
                tendo sido impedidos
                               pelo Espírito Santo
                                               de pregar a palavra na Ásia,
                                                               At 16:7 defrontando Mísia,
                                                                              tentavam ir para Bitínia,
                               mas o Espírito de Jesus
                                               não o permitiu.
At 16:8 E, tendo contornado Mísia,
                desceram a Trôade.
At 16:9 À noite,
                sobreveio a Paulo uma visão
                               na qual um varão macedônio estava em pé
                               e lhe rogava, dizendo:
                                               Passa à Macedônia
                                               e ajuda-nos.
At 16:10 Assim que teve a visão,
                imediatamente, procuramos partir para aquele destino,
                               concluindo que Deus nos havia chamado
                                               para lhes anunciar o evangelho.
At 16:11 Tendo, pois, navegado de Trôade,
                seguimos em direitura a Samotrácia,
no dia seguinte,
                a Neápolis
At 16:12 e dali,
                a Filipos, cidade da Macedônia,
                               primeira do distrito e colônia.
Nesta cidade,
                permanecemos alguns dias.
At 16:13 No sábado,
                saímos da cidade para junto do rio,
                               onde nos pareceu haver um lugar de oração;
                               e, assentando-nos,
                                               falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.
At 16:14 Certa mulher, chamada Lídia,
                da cidade de Tiatira,
                vendedora de púrpura,
                temente a Deus, nos escutava;
                               o Senhor lhe abriu o coração
                                               para atender às coisas que Paulo dizia.
At 16:15 Depois de ser batizada,
                ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo:
                               Se julgais que eu sou fiel ao Senhor,
                                               entrai em minha casa e aí ficai.
                               E nos constrangeu a isso.
At 16:16 Aconteceu que,
                indo nós para o lugar de oração,
                               nos saiu ao encontro uma jovem
                                               possessa de espírito adivinhador,
                                                               a qual, adivinhando,
                                                               dava grande lucro aos seus senhores.
At 16:17 Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo:
                Estes homens são servos do Deus Altíssimo
                e vos anunciam o caminho da salvação.
At 16:18 Isto se repetia por muitos dias.
Então, Paulo, já indignado,
                voltando-se, disse ao espírito:
                               Em nome de Jesus Cristo,
                                               eu te mando:
                                                               retira-te dela.
                               E ele, na mesma hora,
                                               saiu.
At 16:19 Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro,
                agarrando em Paulo e Silas,
                os arrastaram para a praça, à presença das autoridades;
                At 16:20 e, levando-os aos pretores, disseram:
                               Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade,
                                               At 16:21 propagando costumes que não podemos
receber, nem praticar,
                                                                               porque somos romanos.
At 16:22 Levantou-se a multidão,
                unida contra eles,
e os pretores, rasgando-lhes as vestes,
                mandaram açoitá-los com varas.
At 16:23 E, depois de lhes darem muitos açoites,
                os lançaram no cárcere,
                               ordenando ao carcereiro que os guardasse
com toda a segurança.
At 16:24 Este, recebendo tal ordem,
                levou-os para o cárcere interior
                e lhes prendeu os pés no tronco.
At 16:25 Por volta da meia-noite,
                Paulo e Silas oravam
                e cantavam louvores a Deus,
                e os demais companheiros de prisão escutavam.
At 16:26 De repente,
                sobreveio tamanho terremoto,
                               que sacudiu os alicerces da prisão;
                abriram-se todas as portas,
                e soltaram-se as cadeias de todos.
At 16:27 O carcereiro despertou do sono
e, vendo abertas as portas do cárcere,
                puxando da espada, ia suicidar-se,
supondo que os presos tivessem fugido.
At 16:28 Mas Paulo bradou em alta voz:
                Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!
At 16:29 Então, o carcereiro,
                tendo pedido uma luz,
                               entrou precipitadamente
                               e, trêmulo,
                                               prostrou-se diante de Paulo e Silas.
                               At 16:30 Depois, trazendo-os para fora, disse:
                                               Senhores, que devo fazer para que seja salvo?
                               At 16:31 Responderam-lhe:
                                               Crê no Senhor Jesus
                                               e serás salvo,
                                                               tu e tua casa.
                               At 16:32 E lhe pregaram a palavra de Deus
                               e a todos os de sua casa.
At 16:33 Naquela mesma hora da noite,
                cuidando deles,
                               lavou-lhes os vergões dos açoites.
A seguir,
                foi ele batizado,
                e todos os seus.
At 16:34 Então,
                levando-os para a sua própria casa,
                               lhes pôs a mesa;
                               e, com todos os seus,
                                               manifestava grande alegria,
                                                               por terem crido em Deus.
At 16:35 Quando amanheceu,
                os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem:
                               Põe aqueles homens em liberdade.
At 16:36 Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras:
                Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade.
Agora, pois,
                saí
                e ide em paz.
At 16:37 Paulo, porém, lhes replicou:
                Sem ter havido processo formal contra nós,
                               nos açoitaram publicamente
                               e nos recolheram ao cárcere,
                                               sendo nós cidadãos romanos;
                querem agora,
                               às ocultas,
                                               lançar-nos fora?
Não será assim;
                pelo contrário,
                               venham eles
                               e, pessoalmente,
                                               nos ponham em liberdade.
At 16:38 Os oficiais de justiça
                comunicaram isso aos pretores;
                e estes ficaram possuídos de temor,
                               quando souberam que se tratava de cidadãos romanos.
At 16:39 Então,
                foram ter com eles
                e lhes pediram desculpas;
                e, relaxando-lhes a prisão,
                               rogaram que se retirassem da cidade.
At 16:40 Tendo-se retirado do cárcere,
                dirigiram-se para a casa de Lídia
                e, vendo os irmãos,
                               os confortaram.
Então, partiram.
A mente deles, em Atos dos Apóstolos, parecia programada para SEMPRE pregarem o evangelho – (II Timóteo 4:2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.)
Impressiona-me o levante contrário em Atos com uma forte oposição à pregação da palavra de Deus. Paulo e Silas acabaram por isso presos e torturados, mas nem se importavam... queriam apenas pregarem e serem efetivos, eficazes e eficientes.
Chamado efetivo e conversão: Posso resistir ao Espírito Santo?[1]
A doutrina reformada da graça irresistível, também chamada de graça eficaz, afirma que Deus regenera e converte os eleitos por meio daquilo que é conhecido como o chamado efetivo. Esse é o chamado interior do Espírito Santo que persuade e convida o pecador a receber a Cristo, ao mesmo tempo em que o pecador é regenerado e renovado interiormente de modo a amar ao Senhor e crer prontamente no evangelho. Esse chamado deve ser distinguido do chamado exterior do evangelho, o convite feito a todas as pessoas indiscriminadamente pela pregação do evangelho, do testemunho, da ministração dos sacramentos e de outras proclamações da Palavra de Deus. Não obstante, o chamado interior muitas vezes acompanha e opera por meio do chamado exterior. Enquanto outras tradições ensinam que esse convite interior do Espírito Santo pode ser aceito ou rejeitado, a teologia reformada insiste que o chamado interior de Deus é efetivo ou seja, nunca deixa de salvar aqueles que são chamados desse modo. 
A Bíblia fala do chamado efetivo de Deus em várias passagens, mas talvez a que o distingue mais claramente do chamado exterior é Rm 8.29-30. Nesses versículos, Paulo indica que o grupo daqueles que são chamados corresponde ao grupo daqueles que são predestinados, justificados e, por fim, glorificados. Fica evidente que esse chamado é dirigido somente aos que são salvos - bem como a todos os que são salvos (cf. Rm 1.7; Jd 1; Ap 17.14).
O chamado efetivo é necessário em função do estado decaído da humanidade. Entorpecidos e envoltos em pecado, somos totalmente incapazes de responder de maneira afirmativa ao chamado exterior do evangelho; não dispomos dos meios para poder compreender corretamente Deus e sua mensagem de salvação (1 Co 2.12-14) e odiamos  a Deus e seus mandamentos (Rm 8.5-8). Nenhuma pessoa decaída tem a capacidade moral de receber Cristo; somente aqueles a quem Deus concedeu essa capacidade podem crer no evangelho e ser convertidos (Dt 30.6; Mt 1 1.2 5-2 7; 13.1 0-1 6; Jo 6.4 4,6 3-65; At 1 6.1 4).
Diante da nossa incapacidade, Deus escolheu transformar o coração dos eleitos mediante o seu chamado efetivo, implantando dentro deles uma nova capacidade moral e novos desejos, de modo que aceitem, inevitavelmente, o convite de Deus quando forem chamados (Jo 6.4 4-4 5; 10.1-5). É Deus quem inicia esse processo ao regenerar o nosso espírito e renovar o nosso coração (Dt 30.6; Jo 1.12-13; 3.5-8; At 1 6.1 4; Fp 2.1 2-1 3; veja o artigo teológico "Regeneração e novo nascimento", em Jo 3). Ele nos converte concedendo-nos a fé salvadora como meio infalível de obtermos a salvação (At 13.48; 1Co 1.22-31; Ef 2.8-9; Fp 1.29; I Jo 5.20).
Nem sempre Deus chama os eleitos dessa maneira na primeira vez que ouvem o evangelho; uma pessoa pode ser eleita e, ainda assim, rejeitar o evangelho por muitos anos. Quando isso acontece, os eleitos se comportam como todas as outras pessoas decaídas, rejeitando necessariamente o evangelho devido ao seu ódio por Deus e sua falta de capacidade moral de obedecer a ele. Muitas vezes, os cristãos pressupõem indevidamente que isso significa que o chamado interior e efetivo do Espírito Santo pode ser resistido. O chamado exterior por meio da pregação e do testemunho pode, de fato, ser resistido (At 13.45-46,49-51; 14.1-4). Na verdade, o chamado exterior sempre provoca resistência a menos que seja acompanhado do chamado interior efetivo. Mas o chamado interior d Espírito Santo sempre resulta em conversão.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Artigo teológico da BEG em At 16 – reproduzido na íntegra.

QUANTO À SALVAÇÃO DE ALMAS:
  • Não se trata de convencimento, nem de luta, nem de discussão...
  • Não se trata de concordância ou não...
A mensagem de salvação está ainda disponível a todos: muçulmanos, hinduístas, espíritas, católicos, evangélicos, espiritualistas, ateus, religiosos, não religiosos, ...

A urgência da mensagem de salvação sempre foi e agora mais do que nunca é a grande nova que precisa ganhar o mundo, como foi nos primeiros tempos.


"Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa!" - (At 16.31)

Ainda sobre Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor:


"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (At 4.12).

Ouça esse pedaço do sermão de John Piper que foi muito feliz ao abordar essa tão delicada questão: 

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https://youtu.be/-zfsOl2sK3k

...


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

CORRA: AINDA DÁ TEMPO!

Não se trata de convencimento, nem de luta, nem de discussão...
Não se trata de concordância ou não...

A mensagem de salvação está ainda disponível a todos: muçulmanos, hinduístas, espíritas, católicos, evangélicos, espiritualistas, ateus, religiosos, não religiosos, ...

A urgência da mensagem de salvação sempre foi e agora mais do que nunca é a grande nova que precisa ganhar o mundo, como foi nos primeiros tempos.

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa!" - (At 16.31)

Ainda sobre Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor:

"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (At 4.12).

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https://youtu.be/-zfsOl2sK3k

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Atos 15 1-41 - DIVIDIRAM-SE OU MULTIPLICARAM-SE?

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 15, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 15
Em primeiro lugar houve uma questão necessária de ser resolvida por causa do problema que trazia relacionado ao ensino da circuncisão, pois alguns diziam que os que cressem em Jesus deveriam circuncidar-se para serem salvos e Paulo e Barnabé não concordavam com eles.
A demanda foi tão grande que não houve solução. Foi necessário resolver o assunto com mais gente e assim foram escolhidos os apóstolos e presbíteros em Jerusalém para opinarem sobre o assunto.
Sobre o assunto, que ainda gerou forte discussão, primeiro falou Pedro e depois Tiago que por fim, para resolver a questão, prepararam uma orientação em forma de epístola que deveria ser lida e apresentada à igreja. Isto é interessante para vermos como era administrada a igreja nos primórdios e como as questões mais sérias eram tratadas e resolvidas.
Resolvida a questão, agora são enviados pela igreja homens notáveis juntamente com Paulo, Barnabé, Silas para tranquilizarem os irmãos.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – veremos agora; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – começaremos a ver agora; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
B. O concílio de Jerusalém (15.1-35).
Até ao vs. 35, estaremos vendo o concílio de Jerusalém. O sucesso evangelístico de Paulo suscitou questões a respeito da circuncisão desses cristãos gentios.
Lucas registrou a decisão desse primeiro concilio para servir de instrução à igreja caso a controvérsia aparecesse novamente.
As notícias de Paulo e Barnabé sobre o contato com os gentios nessa primeira viagem missionária podem ter chegado à Judeia e Jerusalém por meio de João Marcos, após ter retornado para casa (13.13).
Além disso, outras pessoas da Antioquia podem ter levado essas notícias durante a longa estadia de Paulo e Barnabé por ali. De qualquer modo, essas informações causaram receio nos cristãos judeus, pois temiam que a sua herança judaica estivesse sendo ameaçada. Por isso, raciocinaram que os cristãos gentios deveriam ser convertidos ao judaísmo por meio da circuncisão.
Porém, Paulo afirmou que forçar os gentios à circuncisão poderia levá-los a pensar que a salvação precisa ser merecida (cf. GI 2.15-16). Para evitar que isso acontecesse, Paulo precisou se opor aos judaizantes para que estes não impedissem a propagação do evangelho entre os gentios (1Ts 2.14-16).
Em virtude da controvérsia gerada, se reuniram – vs. 6 - os apóstolos e os presbíteros para considerarem a questão. O vs. 12 indica que toda a assembleia estava presente, mas o verso 6 indica que apenas os apóstolos e presbíteros examinaram a questão.
Pedro foi um dos primeiros a se levantar e a falar, não em nome de todos, mas em nome daqueles pelos quais ele se sentia responsável em disseminar o evangelho, entre os gentios.
Ele faz uma defesa da salvação pela graça de nosso Senhor Jesus sem a necessidade de impor a eles qualquer jugo judaico que nem eles mesmos conseguiram suportar ao longo de toda a história deles.
Enquanto isso, Paulo e Barnabé, contavam à igreja as maravilhas que Deus tinha operado, entre os judeus e os gentios, por meio da instrumentalidade deles.
Até que se levantou e falou Tiago – vs. 13. Tiago era o meio-irmão de Jesus (Mt 13.55) e parece ter-se tornado um líder proeminente na igreja de Jerusalém (GI 2.9). Tiago acrescentou um terceiro argumento, dizendo que os cristãos gentios não deveriam ser sobrecarregados com a observância da lei da circuncisão.
Ele fala de Pedro e como no início ele tinha sido separado para evangelizar os gentios e que isso concordava com o que estava escrito nas Escrituras e conclui que nenhum jugo deveriam eles imporem sobre os gentios.
Tiago encontrou apoio nas Escrituras e nos depoimentos de Simão Pedro, Barnabé e Paulo, de que Deus desejava que os gentios ficassem livres das cerimônias, práticas e exigências dos judaizantes.
Ele propôs, com muito tato, que judeus e gentios praticassem a moderação, isto é: os cristãos judeus deveriam reconhecer que os cristãos gentios não estavam presos às tradições judaicas quanto aos aspectos cerimoniais da lei; por sua vez, os cristãos gentios deveriam considerar atentamente as observâncias dos cristãos judeus e procurar não ofendê-los ingerindo alimento sacrificado a ídolos, nem carne de animais estrangulados, nem beber sangue (Lv 17.10-14; 19.26).
Além desses escrúpulos judaicos, os cristãos gentios também deveriam ficar longe das imoralidades sexuais, que era a prática mais comum nas sociedades pagãs.
Agora sim – vs. 22 ao 25 - a igreja toda foi envolvida, não no debate da matéria em pauta, mas na eleição de delegados que, juntamente com Paulo e Barnabé, levariam a decisão conciliar às igrejas.
Na carta que eles estavam enviando, eles começavam dizendo que eram os irmãos apóstolos e presbíteros que estavam se dirigindo aos cristãos gentios da Antioquia, da Síria e da Silícica.
Os irmãos era uma expressão que os líderes cristãos judeus usavam para deixar os cristãos gentios mais à vontade, pois todos eram irmãos e irmãs juntos na mesma igreja.
Observe-se, porém, que, segundo os próprios apóstolos e presbíteros, a decisão fora deles (cf.16.4), não da assembleia, e eles tomavam a iniciativa de comunicá-la às igrejas para que a colocassem em prática.
Eles falam de pessoas que saíram dali, do meio deles, falando no nome deles, mas sem a devida autorização Essa expressão “autorização” pressupõe a autoridade desses apóstolos e presbíteros, aqui reunidos em concílio, sendo eles responsáveis pelo que se ensinava nas igrejas. O que lhes parecesse bem, e ao Espírito Santo, eles poderiam ou não impor às igrejas (cf. v.28; 16.4).
Eles citam naquela carta que estariam enviando Paulo e Barnabé como escolhidos e dignos de respeito por terem, inclusive, arriscado suas próprias vidas na divulgação do evangelho. Seriam eles os escolhidos para anunciarem essas coisas e Judas e Silas também, como aqueles que estariam confirmando todas essas decisões.
No verso 26, vemos que a citação diz respeito a eles terem arriscado as suas vidas pelo nome de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. O título completo de Jesus foi empregado pela primeira vez em 11.17. A palavra "Senhor" se refere à sua soberania; "Jesus" significa "Salvador" (do hebraico Joshua, que significa "Jeová salva"; Ex 17.9), e "Cristo" significa "Messias", "o ungido do Senhor".
Naquela carta, eles citaram que pareceu bem ao Espírito Santo e a eles não imporem nenhuma das necessidades além daquelas que eles iriam mencionarem a eles para serem observadas. Como todos eram pessoas cheias do Espírito Santo (2.1-41; 4.8; 6.5; 9.17; 13.4), reconheceram a orientação do Espírito em relação ao debate e à decisão que deveria ser tomada.
As exigências eram: “Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual” – vs. 29.
Quando todos os gentios leram e tomaram conhecimento do teor da carta, muito se alegraram. Assim, Judas e Silas, que eram também profetas, os encorajaram e os fortaleceram com muitas palavras.
A principal função do profeta (um porta-voz de Deus) no Antigo Testamento ao proclamar a mensagem de Deus era encorajar e fortalecer os fiéis. Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo em sua segunda viagem missionária (vs. 40) e auxiliá-lo na pregação da Palavra.
Eles ficaram ainda algum tempo por ali e resolveram voltar, sendo abençoados pela igreja local. Silas preferiu ficar ali com os irmãos.
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22).
A partir do vs. 36 ao 18.22 estaremos vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios. Após desentender-se com Barnabé, Paulo visitou as igrejas de sua viagem anterior e depois continuou rumo ao Ocidente, para a Grécia.
Paulo e Barnabé tinham decidido ficar em Antioquia onde ensinavam e pregavam até que Paulo sugeriu a Barnabé uma viagem de retorno para visitar os irmãos e verem como eles estariam se saindo.
Barnabé concordou, mas queria levar consigo a João Marcos, Paulo, no entanto, não achava prudente levá-lo uma vez que ele os tinha abandonado na Panfília.
Ai começou uma grande e forte discussão entre eles a tal ponto de virem a se separar. Essa discórdia surgiu porque Barnabé queria levar João Marcos (que era primo de Barnabé, Cl 4.10) para acompanhá-los na segunda viagem missionária, apesar de Marcos ter abandonado Paulo e Barnabé durante a primeira viagem (13.13).
O fato de Barnabé não ter apoiado os cristãos gentios (GI 2.13) talvez tenha também contribuído para esse desentendimento. No entanto, embora a partir desse ponto o registro de Atos não faça mais menção de Paulo e Barnabé trabalhando juntos, Paulo mencionou Barnabé de maneira positiva (1Co 9.6).
A sua posterior consideração por Marcos é evidente (Cl 4.10; 2Tm 4.11; Fm 24). Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Barnabé levou o seu primo Marcos (Cl 4.10) para uma viagem missionária à ilha de Chipre, lar de Barnabé, o que sem dúvida proporcionou uma oportunidade para Barnabé encorajar (4.36) o jovem Marcos.
Embora chato o fato, temos aqui algo bom para a igreja, pois agora haviam duas frentes de evangelismo: uma com Paulo e Silas e outra com Barnabé e seu primo João Marcos. O evangelho ia se espalhando cada vez mais.
At 15:1 Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos:
Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés,
não podeis ser salvos.
At 15:2 Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé,
contenda e não pequena discussão com eles,
resolveram que esses dois
e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém,
aos apóstolos e presbíteros,
com respeito a esta questão.
At 15:3 Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja,
atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria
e, narrando a conversão dos gentios,
causaram grande alegria a todos os irmãos.
At 15:4 Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos
pela igreja,
pelos apóstolos
e pelos presbíteros
e relataram tudo o que Deus fizera com eles.
At 15:5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus
que haviam crido, dizendo:
É necessário circuncidá-los
e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.
At 15:6 Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros
para examinar a questão.
At 15:7 Havendo grande debate,
Pedro tomou a palavra e lhes disse:
Irmãos, vós sabeis que, desde há muito,
Deus me escolheu dentre vós
para que, por meu intermédio,
ouvissem os gentios a palavra do evangelho
e cressem.
At 15:8 Ora, Deus, que conhece os corações,
lhes deu testemunho,
concedendo o Espírito Santo a eles,
como também a nós nos concedera.
At 15:9 E não estabeleceu distinção alguma
entre nós e eles,
purificando-lhes pela fé o coração.
At 15:10 Agora, pois, por que tentais a Deus,
pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo
que nem nossos pais puderam suportar,
 nem nós?
At 15:11 Mas cremos que fomos salvos pela graça
do Senhor Jesus,
como também aqueles o foram.
At 15:12 E toda a multidão silenciou,
passando a ouvir a Barnabé e a Paulo,
que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera
por meio deles entre os gentios.
At 15:13 Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo:
Irmãos, atentai nas minhas palavras:
At 15:14 expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios,
a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome.
At 15:15 Conferem com isto as palavras dos profetas,
como está escrito:
At 15:16 Cumpridas estas coisas,
voltarei
e reedificarei o tabernáculo caído de Davi;
e, levantando-o de suas ruínas,
restaurá-lo-ei.
At 15:17 Para que os demais homens
busquem o Senhor,
e também todos os gentios sobre os quais
tem sido invocado o meu nome,
At 15:18 diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.
At 15:19 Pelo que, julgo eu,
não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios,
se convertem a Deus,
At 15:20 mas escrever-lhes
que se abstenham das contaminações dos ídolos,
bem como das relações sexuais ilícitas,
da carne de animais sufocados e do sangue.
At 15:21 Porque Moisés tem, em cada cidade,
desde tempos antigos,
os que o pregam nas sinagogas,
onde é lido todos os sábados.
At 15:22 Então, pareceu bem
aos apóstolos
e aos presbíteros,
com toda a igreja,
tendo elegido homens dentre eles,
enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia:
foram Judas, chamado Barsabás,
e Silas, homens notáveis entre os irmãos,
At 15:23 escrevendo, por mão deles:
Os irmãos,
tanto os apóstolos como os presbíteros,
aos irmãos
de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.
At 15:24 Visto sabermos que alguns [que saíram] de entre nós,
sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras,
transtornando a vossa alma,
At 15:25 pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo,
eleger alguns homens e enviá-los a vós outros
com os nossos amados Barnabé e Paulo,
At 15:26 homens que têm exposto a vida
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
At 15:27 Enviamos, portanto, Judas e Silas,
os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas.
At 15:28 Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós
não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:
At 15:29 que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos,
bem como do sangue, da carne de animais sufocados
e das relações sexuais ilícitas;
destas coisas fareis bem se vos guardardes.
Saúde.
At 15:30 Os que foram enviados desceram logo para Antioquia
e, tendo reunido a comunidade,
entregaram a epístola.
At 15:31 Quando a leram,
sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido.
At 15:32 Judas e Silas,
que eram também profetas,
consolaram os irmãos com muitos conselhos
e os fortaleceram.
At 15:33 Tendo-se demorado ali por algum tempo,
os irmãos os deixaram voltar em paz
aos que os enviaram.
At 15:34 [Mas pareceu bem a Silas permanecer ali.]
At 15:35 Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia,
ensinando
e pregando, com muitos outros,
a palavra do Senhor.
At 15:36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé:
Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades
nas quais anunciamos a palavra do Senhor,
para ver como passam.
At 15:37 E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos.
At 15:38 Mas Paulo não achava justo levarem aquele
que se afastara desde a Panfília,
não os acompanhando no trabalho.
At 15:39 Houve entre eles tal desavença,
que vieram a separar-se.
Então, Barnabé,
levando consigo a Marcos,
navegou para Chipre.
At 15:40 Mas Paulo,
tendo escolhido a Silas,
partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.
At 15:41 E passou pela Síria e Cilícia,
confirmando as igrejas.
Depois destas coisas, Paulo pretendeu voltar visitando os irmãos em todas as cidades onde tinham anunciado a palavra do Senhor e aqui, novamente, um problema entre eles e uma desavença tal que tiveram que se separar.
É engraçado que a desavença entre eles gerou duas frentes de pregação agora com as duplas Paulo e Silas, indo para Síria e Cilícia e Barnabé e João Marcos que foram para Chipre. Com certeza que o problema foi sério, mas que o resultado foi bom para o evangelho, isso foi.
A vida do apóstolo Paulo[1]
Não é possível dizer com certeza o ano em que Paulo nasceu e o ano em que ele morreu. Porém, em geral, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo nos permitem traçar o seu ministério.
Entre 5 e 10 d.C.
Nascimento, na cidade de Tarso, da Cilicia (At 21.39; At 7.58 "um jovem").
35 d.C.
Testemunha a morte de Estêvão (At 7.58-8.1). Perseguidor dos seguidores de Jesus na Judeia (At 8.1-3; 9.1).
35 d.C.
Conversão, na estrada de Damasco (At 9.2-19; 216-16; 26.12-18; Cl 1.15-16; 1Co 15.8; 9.1).
35-38 d.C.
Na Arábia e em Damasco (Cl 1.17-18; 2Co 11.32-33; At 9.9-25).
38 d.C.
Em Jerusalém, passando duas semanas com Pedro e Tiago (Cl 1.18-19; At 9.25-30).
38-43 d.C.
Na Síria e na Cilicia (At 9.30; Cl 1.21). e um ano em Antioquia (At 11.25-26).
43 ou 44 d.C.
Em Jerusalém, levando ajuda para as vítimas da fome (At 11.27-30; 12.25).
46-48 d.C.
A primeira viagem missionária (At 13.2-14.28).
49 ou 50 d.C.
A reunião em Jerusalém (At 15.1-34; Cl 2.1-10).
?
A disputa com Pedro, em Antioquia (At 15.35; Cl 2.11-14).
50-52 d.C.
A segunda viagem missionária (At 15.36-18.22).
1Tessalonicenses (em Corinto; At 18.1-18).
 2Tessalonicenses (em Corinto).
53 d.C.
Gaiatas (?).
53-57 d.C.
A terceira viagem missionária (At 18.23-21.16).
55 d.C.
1Corintios (em Éfeso). 2Coríntios (na Macedónia).
57 d.C.
Romanos (em Cencreia ou em Corinto). Preso em Jerusalém (At 21.17-23.30).
57-59 d.C.
Em Cesareia, na prisão (At 23.31-26.32).
59 d.C.
A viagem para Roma (At 27.1-28.16).
59-61 d.C.
Em Roma, dois anos na prisão (At 28.16-31) Efésios Colossenses Filemom Filipenses.
62 d.C.
Paulo é solto da prisão.
62-66 d.C.
A quarta viagem missionária 1 Timóteo Tito.
66-67 d.C.
Na prisão, em Roma 2Timóteo.
67 ou 68 d.C.
Paulo é morto, em Roma.
Eusébio, historiador eclesiástico do século 49. d.C., escreveu que Paulo foi morto quando Nero era o imperador romano (54-68 d.C.). O Pai Apostólico Tertuliano, do século 39. d.C., disse que Paulo foi decapitado na margem esquerda do rio Tibre, cerca de 5 quilómetros de Roma, e foi sepultado num cemitério na Via Óstia, perto de Roma.
p.s.: link da imagem original: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CKvzqT4PbS51l_S5AIAe4sj0sN-91nYbGegUbAujDfABsIpeWYwPAW6-RHSDGkgNbHva8VPPZr58YC6rNVaX3u5_RDkKUcsyi3W_85YnVfo-eryLSteG6RfZZOOyszwFvviF9Sjfv3xU/s400/segunda+viagem+missionaria+de+paulo.jpg.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Quadro cronológico da vida do apóstolo Paulo disponibilizado pela BEG em Atos 10.
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