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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atos 15 1-41 - DIVIDIRAM-SE OU MULTIPLICARAM-SE?

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 15, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 15
Em primeiro lugar houve uma questão necessária de ser resolvida por causa do problema que trazia relacionado ao ensino da circuncisão, pois alguns diziam que os que cressem em Jesus deveriam circuncidar-se para serem salvos e Paulo e Barnabé não concordavam com eles.
A demanda foi tão grande que não houve solução. Foi necessário resolver o assunto com mais gente e assim foram escolhidos os apóstolos e presbíteros em Jerusalém para opinarem sobre o assunto.
Sobre o assunto, que ainda gerou forte discussão, primeiro falou Pedro e depois Tiago que por fim, para resolver a questão, prepararam uma orientação em forma de epístola que deveria ser lida e apresentada à igreja. Isto é interessante para vermos como era administrada a igreja nos primórdios e como as questões mais sérias eram tratadas e resolvidas.
Resolvida a questão, agora são enviados pela igreja homens notáveis juntamente com Paulo, Barnabé, Silas para tranquilizarem os irmãos.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – veremos agora; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – começaremos a ver agora; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
B. O concílio de Jerusalém (15.1-35).
Até ao vs. 35, estaremos vendo o concílio de Jerusalém. O sucesso evangelístico de Paulo suscitou questões a respeito da circuncisão desses cristãos gentios.
Lucas registrou a decisão desse primeiro concilio para servir de instrução à igreja caso a controvérsia aparecesse novamente.
As notícias de Paulo e Barnabé sobre o contato com os gentios nessa primeira viagem missionária podem ter chegado à Judeia e Jerusalém por meio de João Marcos, após ter retornado para casa (13.13).
Além disso, outras pessoas da Antioquia podem ter levado essas notícias durante a longa estadia de Paulo e Barnabé por ali. De qualquer modo, essas informações causaram receio nos cristãos judeus, pois temiam que a sua herança judaica estivesse sendo ameaçada. Por isso, raciocinaram que os cristãos gentios deveriam ser convertidos ao judaísmo por meio da circuncisão.
Porém, Paulo afirmou que forçar os gentios à circuncisão poderia levá-los a pensar que a salvação precisa ser merecida (cf. GI 2.15-16). Para evitar que isso acontecesse, Paulo precisou se opor aos judaizantes para que estes não impedissem a propagação do evangelho entre os gentios (1Ts 2.14-16).
Em virtude da controvérsia gerada, se reuniram – vs. 6 - os apóstolos e os presbíteros para considerarem a questão. O vs. 12 indica que toda a assembleia estava presente, mas o verso 6 indica que apenas os apóstolos e presbíteros examinaram a questão.
Pedro foi um dos primeiros a se levantar e a falar, não em nome de todos, mas em nome daqueles pelos quais ele se sentia responsável em disseminar o evangelho, entre os gentios.
Ele faz uma defesa da salvação pela graça de nosso Senhor Jesus sem a necessidade de impor a eles qualquer jugo judaico que nem eles mesmos conseguiram suportar ao longo de toda a história deles.
Enquanto isso, Paulo e Barnabé, contavam à igreja as maravilhas que Deus tinha operado, entre os judeus e os gentios, por meio da instrumentalidade deles.
Até que se levantou e falou Tiago – vs. 13. Tiago era o meio-irmão de Jesus (Mt 13.55) e parece ter-se tornado um líder proeminente na igreja de Jerusalém (GI 2.9). Tiago acrescentou um terceiro argumento, dizendo que os cristãos gentios não deveriam ser sobrecarregados com a observância da lei da circuncisão.
Ele fala de Pedro e como no início ele tinha sido separado para evangelizar os gentios e que isso concordava com o que estava escrito nas Escrituras e conclui que nenhum jugo deveriam eles imporem sobre os gentios.
Tiago encontrou apoio nas Escrituras e nos depoimentos de Simão Pedro, Barnabé e Paulo, de que Deus desejava que os gentios ficassem livres das cerimônias, práticas e exigências dos judaizantes.
Ele propôs, com muito tato, que judeus e gentios praticassem a moderação, isto é: os cristãos judeus deveriam reconhecer que os cristãos gentios não estavam presos às tradições judaicas quanto aos aspectos cerimoniais da lei; por sua vez, os cristãos gentios deveriam considerar atentamente as observâncias dos cristãos judeus e procurar não ofendê-los ingerindo alimento sacrificado a ídolos, nem carne de animais estrangulados, nem beber sangue (Lv 17.10-14; 19.26).
Além desses escrúpulos judaicos, os cristãos gentios também deveriam ficar longe das imoralidades sexuais, que era a prática mais comum nas sociedades pagãs.
Agora sim – vs. 22 ao 25 - a igreja toda foi envolvida, não no debate da matéria em pauta, mas na eleição de delegados que, juntamente com Paulo e Barnabé, levariam a decisão conciliar às igrejas.
Na carta que eles estavam enviando, eles começavam dizendo que eram os irmãos apóstolos e presbíteros que estavam se dirigindo aos cristãos gentios da Antioquia, da Síria e da Silícica.
Os irmãos era uma expressão que os líderes cristãos judeus usavam para deixar os cristãos gentios mais à vontade, pois todos eram irmãos e irmãs juntos na mesma igreja.
Observe-se, porém, que, segundo os próprios apóstolos e presbíteros, a decisão fora deles (cf.16.4), não da assembleia, e eles tomavam a iniciativa de comunicá-la às igrejas para que a colocassem em prática.
Eles falam de pessoas que saíram dali, do meio deles, falando no nome deles, mas sem a devida autorização Essa expressão “autorização” pressupõe a autoridade desses apóstolos e presbíteros, aqui reunidos em concílio, sendo eles responsáveis pelo que se ensinava nas igrejas. O que lhes parecesse bem, e ao Espírito Santo, eles poderiam ou não impor às igrejas (cf. v.28; 16.4).
Eles citam naquela carta que estariam enviando Paulo e Barnabé como escolhidos e dignos de respeito por terem, inclusive, arriscado suas próprias vidas na divulgação do evangelho. Seriam eles os escolhidos para anunciarem essas coisas e Judas e Silas também, como aqueles que estariam confirmando todas essas decisões.
No verso 26, vemos que a citação diz respeito a eles terem arriscado as suas vidas pelo nome de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. O título completo de Jesus foi empregado pela primeira vez em 11.17. A palavra "Senhor" se refere à sua soberania; "Jesus" significa "Salvador" (do hebraico Joshua, que significa "Jeová salva"; Ex 17.9), e "Cristo" significa "Messias", "o ungido do Senhor".
Naquela carta, eles citaram que pareceu bem ao Espírito Santo e a eles não imporem nenhuma das necessidades além daquelas que eles iriam mencionarem a eles para serem observadas. Como todos eram pessoas cheias do Espírito Santo (2.1-41; 4.8; 6.5; 9.17; 13.4), reconheceram a orientação do Espírito em relação ao debate e à decisão que deveria ser tomada.
As exigências eram: “Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual” – vs. 29.
Quando todos os gentios leram e tomaram conhecimento do teor da carta, muito se alegraram. Assim, Judas e Silas, que eram também profetas, os encorajaram e os fortaleceram com muitas palavras.
A principal função do profeta (um porta-voz de Deus) no Antigo Testamento ao proclamar a mensagem de Deus era encorajar e fortalecer os fiéis. Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo em sua segunda viagem missionária (vs. 40) e auxiliá-lo na pregação da Palavra.
Eles ficaram ainda algum tempo por ali e resolveram voltar, sendo abençoados pela igreja local. Silas preferiu ficar ali com os irmãos.
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22).
A partir do vs. 36 ao 18.22 estaremos vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios. Após desentender-se com Barnabé, Paulo visitou as igrejas de sua viagem anterior e depois continuou rumo ao Ocidente, para a Grécia.
Paulo e Barnabé tinham decidido ficar em Antioquia onde ensinavam e pregavam até que Paulo sugeriu a Barnabé uma viagem de retorno para visitar os irmãos e verem como eles estariam se saindo.
Barnabé concordou, mas queria levar consigo a João Marcos, Paulo, no entanto, não achava prudente levá-lo uma vez que ele os tinha abandonado na Panfília.
Ai começou uma grande e forte discussão entre eles a tal ponto de virem a se separar. Essa discórdia surgiu porque Barnabé queria levar João Marcos (que era primo de Barnabé, Cl 4.10) para acompanhá-los na segunda viagem missionária, apesar de Marcos ter abandonado Paulo e Barnabé durante a primeira viagem (13.13).
O fato de Barnabé não ter apoiado os cristãos gentios (GI 2.13) talvez tenha também contribuído para esse desentendimento. No entanto, embora a partir desse ponto o registro de Atos não faça mais menção de Paulo e Barnabé trabalhando juntos, Paulo mencionou Barnabé de maneira positiva (1Co 9.6).
A sua posterior consideração por Marcos é evidente (Cl 4.10; 2Tm 4.11; Fm 24). Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Barnabé levou o seu primo Marcos (Cl 4.10) para uma viagem missionária à ilha de Chipre, lar de Barnabé, o que sem dúvida proporcionou uma oportunidade para Barnabé encorajar (4.36) o jovem Marcos.
Embora chato o fato, temos aqui algo bom para a igreja, pois agora haviam duas frentes de evangelismo: uma com Paulo e Silas e outra com Barnabé e seu primo João Marcos. O evangelho ia se espalhando cada vez mais.
At 15:1 Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos:
Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés,
não podeis ser salvos.
At 15:2 Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé,
contenda e não pequena discussão com eles,
resolveram que esses dois
e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém,
aos apóstolos e presbíteros,
com respeito a esta questão.
At 15:3 Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja,
atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria
e, narrando a conversão dos gentios,
causaram grande alegria a todos os irmãos.
At 15:4 Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos
pela igreja,
pelos apóstolos
e pelos presbíteros
e relataram tudo o que Deus fizera com eles.
At 15:5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus
que haviam crido, dizendo:
É necessário circuncidá-los
e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.
At 15:6 Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros
para examinar a questão.
At 15:7 Havendo grande debate,
Pedro tomou a palavra e lhes disse:
Irmãos, vós sabeis que, desde há muito,
Deus me escolheu dentre vós
para que, por meu intermédio,
ouvissem os gentios a palavra do evangelho
e cressem.
At 15:8 Ora, Deus, que conhece os corações,
lhes deu testemunho,
concedendo o Espírito Santo a eles,
como também a nós nos concedera.
At 15:9 E não estabeleceu distinção alguma
entre nós e eles,
purificando-lhes pela fé o coração.
At 15:10 Agora, pois, por que tentais a Deus,
pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo
que nem nossos pais puderam suportar,
 nem nós?
At 15:11 Mas cremos que fomos salvos pela graça
do Senhor Jesus,
como também aqueles o foram.
At 15:12 E toda a multidão silenciou,
passando a ouvir a Barnabé e a Paulo,
que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera
por meio deles entre os gentios.
At 15:13 Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo:
Irmãos, atentai nas minhas palavras:
At 15:14 expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios,
a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome.
At 15:15 Conferem com isto as palavras dos profetas,
como está escrito:
At 15:16 Cumpridas estas coisas,
voltarei
e reedificarei o tabernáculo caído de Davi;
e, levantando-o de suas ruínas,
restaurá-lo-ei.
At 15:17 Para que os demais homens
busquem o Senhor,
e também todos os gentios sobre os quais
tem sido invocado o meu nome,
At 15:18 diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.
At 15:19 Pelo que, julgo eu,
não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios,
se convertem a Deus,
At 15:20 mas escrever-lhes
que se abstenham das contaminações dos ídolos,
bem como das relações sexuais ilícitas,
da carne de animais sufocados e do sangue.
At 15:21 Porque Moisés tem, em cada cidade,
desde tempos antigos,
os que o pregam nas sinagogas,
onde é lido todos os sábados.
At 15:22 Então, pareceu bem
aos apóstolos
e aos presbíteros,
com toda a igreja,
tendo elegido homens dentre eles,
enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia:
foram Judas, chamado Barsabás,
e Silas, homens notáveis entre os irmãos,
At 15:23 escrevendo, por mão deles:
Os irmãos,
tanto os apóstolos como os presbíteros,
aos irmãos
de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.
At 15:24 Visto sabermos que alguns [que saíram] de entre nós,
sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras,
transtornando a vossa alma,
At 15:25 pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo,
eleger alguns homens e enviá-los a vós outros
com os nossos amados Barnabé e Paulo,
At 15:26 homens que têm exposto a vida
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
At 15:27 Enviamos, portanto, Judas e Silas,
os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas.
At 15:28 Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós
não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:
At 15:29 que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos,
bem como do sangue, da carne de animais sufocados
e das relações sexuais ilícitas;
destas coisas fareis bem se vos guardardes.
Saúde.
At 15:30 Os que foram enviados desceram logo para Antioquia
e, tendo reunido a comunidade,
entregaram a epístola.
At 15:31 Quando a leram,
sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido.
At 15:32 Judas e Silas,
que eram também profetas,
consolaram os irmãos com muitos conselhos
e os fortaleceram.
At 15:33 Tendo-se demorado ali por algum tempo,
os irmãos os deixaram voltar em paz
aos que os enviaram.
At 15:34 [Mas pareceu bem a Silas permanecer ali.]
At 15:35 Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia,
ensinando
e pregando, com muitos outros,
a palavra do Senhor.
At 15:36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé:
Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades
nas quais anunciamos a palavra do Senhor,
para ver como passam.
At 15:37 E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos.
At 15:38 Mas Paulo não achava justo levarem aquele
que se afastara desde a Panfília,
não os acompanhando no trabalho.
At 15:39 Houve entre eles tal desavença,
que vieram a separar-se.
Então, Barnabé,
levando consigo a Marcos,
navegou para Chipre.
At 15:40 Mas Paulo,
tendo escolhido a Silas,
partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.
At 15:41 E passou pela Síria e Cilícia,
confirmando as igrejas.
Depois destas coisas, Paulo pretendeu voltar visitando os irmãos em todas as cidades onde tinham anunciado a palavra do Senhor e aqui, novamente, um problema entre eles e uma desavença tal que tiveram que se separar.
É engraçado que a desavença entre eles gerou duas frentes de pregação agora com as duplas Paulo e Silas, indo para Síria e Cilícia e Barnabé e João Marcos que foram para Chipre. Com certeza que o problema foi sério, mas que o resultado foi bom para o evangelho, isso foi.
A vida do apóstolo Paulo[1]
Não é possível dizer com certeza o ano em que Paulo nasceu e o ano em que ele morreu. Porém, em geral, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo nos permitem traçar o seu ministério.
Entre 5 e 10 d.C.
Nascimento, na cidade de Tarso, da Cilicia (At 21.39; At 7.58 "um jovem").
35 d.C.
Testemunha a morte de Estêvão (At 7.58-8.1). Perseguidor dos seguidores de Jesus na Judeia (At 8.1-3; 9.1).
35 d.C.
Conversão, na estrada de Damasco (At 9.2-19; 216-16; 26.12-18; Cl 1.15-16; 1Co 15.8; 9.1).
35-38 d.C.
Na Arábia e em Damasco (Cl 1.17-18; 2Co 11.32-33; At 9.9-25).
38 d.C.
Em Jerusalém, passando duas semanas com Pedro e Tiago (Cl 1.18-19; At 9.25-30).
38-43 d.C.
Na Síria e na Cilicia (At 9.30; Cl 1.21). e um ano em Antioquia (At 11.25-26).
43 ou 44 d.C.
Em Jerusalém, levando ajuda para as vítimas da fome (At 11.27-30; 12.25).
46-48 d.C.
A primeira viagem missionária (At 13.2-14.28).
49 ou 50 d.C.
A reunião em Jerusalém (At 15.1-34; Cl 2.1-10).
?
A disputa com Pedro, em Antioquia (At 15.35; Cl 2.11-14).
50-52 d.C.
A segunda viagem missionária (At 15.36-18.22).
1Tessalonicenses (em Corinto; At 18.1-18).
 2Tessalonicenses (em Corinto).
53 d.C.
Gaiatas (?).
53-57 d.C.
A terceira viagem missionária (At 18.23-21.16).
55 d.C.
1Corintios (em Éfeso). 2Coríntios (na Macedónia).
57 d.C.
Romanos (em Cencreia ou em Corinto). Preso em Jerusalém (At 21.17-23.30).
57-59 d.C.
Em Cesareia, na prisão (At 23.31-26.32).
59 d.C.
A viagem para Roma (At 27.1-28.16).
59-61 d.C.
Em Roma, dois anos na prisão (At 28.16-31) Efésios Colossenses Filemom Filipenses.
62 d.C.
Paulo é solto da prisão.
62-66 d.C.
A quarta viagem missionária 1 Timóteo Tito.
66-67 d.C.
Na prisão, em Roma 2Timóteo.
67 ou 68 d.C.
Paulo é morto, em Roma.
Eusébio, historiador eclesiástico do século 49. d.C., escreveu que Paulo foi morto quando Nero era o imperador romano (54-68 d.C.). O Pai Apostólico Tertuliano, do século 39. d.C., disse que Paulo foi decapitado na margem esquerda do rio Tibre, cerca de 5 quilómetros de Roma, e foi sepultado num cemitério na Via Óstia, perto de Roma.
p.s.: link da imagem original: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CKvzqT4PbS51l_S5AIAe4sj0sN-91nYbGegUbAujDfABsIpeWYwPAW6-RHSDGkgNbHva8VPPZr58YC6rNVaX3u5_RDkKUcsyi3W_85YnVfo-eryLSteG6RfZZOOyszwFvviF9Sjfv3xU/s400/segunda+viagem+missionaria+de+paulo.jpg.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Quadro cronológico da vida do apóstolo Paulo disponibilizado pela BEG em Atos 10.
...


domingo, 15 de novembro de 2015

Atos 14.1-28 - INDO SEMPRE, MAS COM OUSADIA, GRAÇA E PODER

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 14, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 14
Enquanto eles iam pregando ousadamente e alcançando resultados incríveis na evangelização, haviam os judeus incrédulos que trabalhavam ao contrário...
O Senhor cooperava com eles na pregação confirmando a palavra pregada da sua graça ao conceder a eles que pelas suas mãos se fizessem sinais e prodígios. Quem era então aquele que trabalhava contra o Senhor?
Por um lado, a pregação ousada e sinais, curas e maravilhas; por outro, um povo invejoso que tentava de todas as formas impedir a pregação. Em virtude da confusão formada, são obrigados a partirem e vão para Listra e Derbe, cidades da Icônia, pregarem o evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – concluiremos agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) - continuação.
Estamos vendo, como falamos, a primeira viagem missionária de Paulo. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Eles chegam em Icônio e Paulo e Barnabé, como de costume, foram à sinagoga judaica pregarem o evangelho com ousadia, graça e poder.
O resultado disso foi que muitos creram neles, tanto judeus como gentios, mas alguns dos judeus que se tinham recusado a crer – eles poderiam ter escolhido crer! - incitaram os gentios e irritaram-lhes os ânimos contra os irmãos.
Mesmo assim, Paulo e Barnabé passaram bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que confirmava a mensagem de sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos deles.
Com a chegada deles, o povo da cidade ficou dividido: alguns estavam a favor dos judeus, outros a favor dos apóstolos.
Essa é a primeira vez em Atos – vs. 4 - em que o termo “apóstolos” é usado num sentido mais amplo que inclui outros homens (p. ex., Barnabé) além dos apóstolos escolhidos por Jesus (Mt 10.1-4; At 1.24-26; em 2Co 1.1, Paulo se distinguiu dos demais companheiros designando-se a si mesmo como apóstolo).
Uma conspiração estava formada de gentios e judeus para os maltratarem e os apedrejarem. O apedrejamento era um modo de execução judaica que visava punir com a morte os crimes de blasfêmia (7.58-59).
Eles foram avisados e fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia. Embora essas duas cidades pertencessem mais precisamente à província romana da Galácia, juntamente com Icônio, também faziam parte do subdistrito chamado Licaônia. Contudo, entre 37-72 d.C., Icônio foi considerada, em termos linguísticos e políticos, como pertencente à Frigia.
Eles pareciam nem ligar para as consequências ou para os acontecimentos, o fato era que estavam sempre pregando as boas novas – vs. 7.
Assim, em Listra encontraram um homem paralítico dos pés e aleijado desde o nascimento. Em 6 d.C., o imperador Augusto fortificou esse antigo assentamento licaônico (Listra) e o transformou numa colônia romana pertencente à província da Galácia, povoando-a com veteranos do exército romano.
Paulo depois de sua prédica, encontrou-se com o paralítico e olhando nos olhos dele, viu que tinha fé para ser curado e deu uma ordem para seu corpo em nome de Jesus. Ele foi muito objetivo e disse: "Levante-se! Fique de pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar – vs. 10.
Ao verem tal fato inusitado o povo começou a gritar em sua própria língua licaônica. A língua nativa da maior parte do povo. Eles achavam terem os deuses descido até eles em forma humana.
Uma antiga lenda que circulava em Listra dizia que o deus grego Zeus (chefe dos deuses) e Hermes (o mensageiro de Zeus) andavam pela região disfarçados como seres humanos.
De acordo com a lenda, eles foram para o interior da Frigia para conhecer a hospitalidade do povo; porém, somente um casal os recebeu e, como recompensa, a cabana deles foi transformada num templo com colunas de mármore e teto de ouro; as outras pessoas que haviam se recusado a recebê-los tiveram suas casas destruídas.
E possível que os habitantes de Listra tivessem identificado Barnabé como Zeus (Júpiter, para os romanos) e Paulo como Hermes (Mercúrio, para os romanos). Logo, procurando evitar a ira divina, os habitantes passaram a honrá-los como se fossem deuses.
De imediato, eles recusaram aquela homenagem e rasgaram suas vestes numa demonstração de angústia.
O conteúdo desse sermão de Paulo – vs. 15 ao 17 - é semelhante àquele que ele pregou em Atenas (17.22-31), sendo ambos dirigidos a uma multidão pagã que não entenderia as citações e explicações das Escrituras do Antigo Testamento. Paulo salientou o fato de que o poder criador e o cuidado de Deus também se estendiam às pessoas de Listra.
·         Eles eram homens como eles.
·         Eles eram arautos do Deus verdadeiro.
·         Eles estariam trazendo boas novas desse Deus.
·         A palavra de Deus dizia para eles se afastarem dessas coisas vãs e se voltarem para o Deus vivo.
·         Esse Deus vivo foi quem fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.
·         Esse Deus vivo, no passado, permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos.
·         Nesse tempo, esse Deus vivo não ficou sem testemunho mostrando a sua bondade:
ü Dando-lhes chuva do céu.
ü Dando-lhes colheitas no tempo certo.
ü Concedendo-lhes sustento com fartura.
ü Enchendo de alegria os seus corações.
Ainda assim, tiveram muita dificuldade em impedir a oferta de sacrifícios para eles.
Alguns judeus que chegaram de Antioquia e de Icônio, percebendo a situação, trataram de reverter o ânimo da multidão, fazendo com que ela passasse a odiá-los a tal ponto de apedrejarem Paulo e darem ele como morto e assim o arrastaram para fora da cidade, pensando estar ele morto.
Veja a cena de forma completa. Paulo e Barnabé iam de cidade em cidade pregando o evangelho e alguns judeus iam no mesmo caminho, mas procurando de todas as formas desfazerem todo trabalho missionário deles.
Ora, se Deus estava levando Paulo e Barnabé a pregarem; o diabo, certamente, estaria fazendo o mesmo, mas ao contrário.
Quando os discípulos chegaram perto de Paulo, este se levantou e ainda voltou para a cidade e somente no dia seguinte partiram para Derbe - outra cidade na fronteira da província de Licaónia (atual Kerti Huyuk, na Turquia) situada no sudeste da Galácia, distante cerca de 105 km a sudeste de Listra. Quão triste e terrível é ver a Turquia hoje totalmente esquecida do evangelho.
Em Derbe, continuaram o trabalho de evangelização e missões onde fizeram muitos discípulos. Depois, voltaram no caminho de ida para Listra, Icônio e Antioquia para fortalecer os discípulos, encorajá-los a permanecerem na fé afirmando a eles que era necessário que passassem por muitas tribulações para entrarem no Reino de Deus.
O trabalho de Paulo e Barnabé era contínuo em cada lugar, em cada igreja, sempre com oração e jejum e deixando presbíteros e oficiais da igreja encomendados ao Senhor, em quem haviam confiado.
Eles continuam suas viagens e passando pela Pisídia, chegaram à Panfília e, tendo pregado a palavra em Perge, desceram para Atália. De Atália, navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado.
Havia realmente muito a ser compartilhado com todos e chegando em Antioquia de onde tudo começou reuniram a igreja e relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da fé aos gentios. Diz a palavra de Deus que eles ficaram ali muito tempo com os discípulos.
Havia um gás neles, uma energia constante, uma disposição mental que os transformavam em máquinas eficientes de pregação, cuidado e trabalho produtivo para o reino de Deus. Eles se foram, mas o trabalho de Deus ainda não.
Enquanto Jesus não voltar, o tempo é o mesmo da pregação, do cuidado e do trabalho produtivo para o reino de Deus, não importando os problemas, nem as circunstâncias, muito menos as oposições – também reais e sempre presentes – do diabo para tentar impedir de todas as formas o sucesso de nossa empreitada santa.
Vamos queridos em frente, sem jamais desistir, caminhando com eles, nossos primeiros pais, pois nosso tempo se abrevia velozmente.
At 14:1 Em Icônio,
 Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga judaica
e falaram de tal modo,
que veio a crer grande multidão,
tanto de judeus como de gregos.
At 14:2 Mas os judeus incrédulos
incitaram
e irritaram
os ânimos dos gentios contra os irmãos.
At 14:3 Entretanto,
demoraram-se ali muito tempo,
falando ousadamente no Senhor,
o qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo que, por mão deles,
se fizessem sinais e prodígios.
At 14:4 Mas dividiu-se o povo da cidade:
uns eram pelos judeus;
outros, pelos apóstolos.
At 14:5 E, como surgisse um tumulto dos gentios e judeus,
associados com as suas autoridades,
para os ultrajar e apedrejar,
At 14:6 sabendo-o eles,
fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia e circunvizinhança,
At 14:7 onde anunciaram o evangelho.
At 14:8 Em Listra, costumava estar assentado
certo homem aleijado,
paralítico desde o seu nascimento,
o qual jamais pudera andar.
At 14:9 Esse homem ouviu falar Paulo,
que, fixando nele os olhos
e vendo que possuía fé para ser curado,
At 14:10 disse-lhe em alta voz:
Apruma-te direito sobre os pés!
Ele saltou
e andava.
At 14:11 Quando as multidões viram o que Paulo fizera,
gritaram em língua licaônica, dizendo:
Os deuses, em forma de homens,
baixaram até nós.
At 14:12 A Barnabé chamavam Júpiter,
e a Paulo, Mercúrio,
porque era este o principal portador da palavra.
At 14:13 O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade,
trazendo para junto das portas touros e grinaldas,
queria sacrificar juntamente com as multidões.
At 14:14 Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo,
rasgando as suas vestes,
saltaram para o meio da multidão, clamando:
At 14:15 Senhores, por que fazeis isto?
Nós também somos homens como vós,
sujeitos aos mesmos sentimentos,
e vos anunciamos
o evangelho
para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo,
que fez o céu,
a terra,
o mar
e tudo o que há neles;
At 14:16 o qual, nas gerações passadas,
permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
At 14:17 contudo, não se deixou ficar
sem testemunho de si mesmo,
fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas
e estações frutíferas,
enchendo o vosso coração de fartura
e de alegria.
At 14:18 Dizendo isto, foi ainda com dificuldade
que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.
At 14:19 Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio
e, instigando as multidões
e apedrejando a Paulo,
arrastaram-no para fora da cidade,
dando-o por morto.
At 14:20 Rodeando-o, porém, os discípulos,
levantou-se
e entrou na cidade.
No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe.
At 14:21 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade
e feito muitos discípulos,
voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,
At 14:22 fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os a permanecer firmes na fé;
e mostrando que, através de muitas tribulações,
nos importa entrar no reino de Deus.
At 14:23 E, promovendo-lhes, em cada igreja,
a eleição de presbíteros,
depois de orar com jejuns,
os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
At 14:24 Atravessando a Pisídia,
dirigiram-se a Panfília.
At 14:25 E, tendo anunciado a palavra em Perge,
desceram a Atália
At 14:26 e dali navegaram para Antioquia,
onde tinham sido recomendados à graça de Deus
para a obra que haviam já cumprido.
At 14:27 Ali chegados,
reunida a igreja,
relataram quantas coisas fizera Deus com eles
e como abrira aos gentios a porta da fé.
At 14:28 E permaneceram
não pouco tempo com os discípulos.
A vida dos discípulos era viajar e pregar a palavra e Deus, sempre cooperando com eles e, igualmente, os inimigos, se levantando contra eles.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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