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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

JUSBRASIL - VIZINHO QUE INCOMODA, O QUE FAZER? (por Diego de Freitas)


Seu vizinho incomoda?

Muitas vezes incomoda sim! (e existem 02 maneiras legais de lidar com isso).

Publicado por Dyego de Freitas - 11 horas atrás
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Vizinho incomoda
Viver em sociedade está ficando a cada dia mais difícil e, com o aumento desenfreado das cidades, com a construção de edifícios e casas cada dia menores e mais próximas, o atrito entre os vizinhos cresce ainda mais.
Seja um vizinho residencial ou não residencial.
O ideal é que todos os problemas de convivência se resolvam com uma conversa amigável, mas as vezes não é possível e as relações não se estabelecem mais.
Na internet existem centenas de sites e blogs que comentam sobre o assunto,porém, na prática, o que a lei permite que seja feito quando o vizinho extrapola no seu direito?
Vamos lá!
Primeiramente vamos deixar duas coisas claras:
  1. Vizinho não é somente aquele que fica ao lado ou atrás. Abrange toda a vizinhança. Pense assim: se de dentro da sua casa você estiver sendo incomodado, considera-se como vizinho;
  2. Incômodo é toda perturbação à Saúde, Sossego e Segurança provocada pela propriedade vizinha.
Ok. Visto isso, vejamos que existem dois caminhos, que são paralelos e independentes, ou seja, um não exclui o outro e nem o prejudica.
Porém, o primeiro é ruim e ineficaz, mas o segundo é satisfatório e um pouco mais eficiente.
Primeiro Caminho: Direito Penal
  • Aciona-se a Polícia Militar ou a Guarda Municipal, que vai ao local e determina que o incômodo cesse (as vezes somente por alguns minutos).
  • Registra-se posteriormente um boletim de ocorrência na Delegacia (Polícia Civil) para a averiguação da contravenção penal de perturbação de sossego (art. 42 da Lei de Contravenções) ou de perturbação da tranquilidade (art. 65 da mesma Lei)- que são crimes de menor potencial ofensivo.
  • Em tese, para cada vez que o vizinho perturba, um novo boletim de ocorrência deve ser lavrado.
  • Quando a perturbação atingir o nível de causar danos a saúde humana, pode-se aplicar o artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais (que é mais rígida, porém de difícil constatação na prática).
Segundo Caminho: Direito Civil
  • Em caso de não haver acordo notifica-se o vizinho que perturba.
  • Propõe-se então ação de dano infecto ou pedido de tutela inibitória baseada no direito de vizinhança do Código Civil (art. 1277 e seguintes - uso anormal da propriedade) e artigo 461 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC/73) com pedido liminar para que cesse a perturbação sob pena de multa, ou seja, o juiz determina o pagamento de multa diária em caso de descumprimento. Além do ressarcimento de eventuais danos morais e materiais.
No caso de se tratar de um vizinho não residencial, há ainda um terceiro caminhoque se propõe na esfera administrativa, que é acionar a fiscalização do município para averiguar a regularidade do estabelecimento quanto ao alvará de funcionamento ou quanto às regras ambientais, pois muitas vezes a importunação vem do lançamento de resíduos em via pública ou em sua residência, fora o fato de que barulho também configura poluição sonora.
Ok!

Mas porque falamos que o segundo caminho é mais eficaz?

Vejamos!
Por mais que todos tenhamos aquela impressão que o Direito Penal é mais rígido e punitivo, temos que entender que ele se rege pelos princípios da fragmentariedade e da intervenção mínima que, em resumo, dizem que o Direito Penal deve proteger apenas os bens mais importantes (vida, patrimônio etc.) e intervir apenas quando outros ramos do direito não conseguem prevenir a conduta ilícita.
Desta maneira, vemos que o legislador aplicou penas muito brandas para os crimes de perturbação aos direitos de vizinhança, justamente porque a lei civil já tratava do tema e possuía instrumentos mais eficazes (leia-se penalizar em "dinheiro") para prevenir tal conduta.
Nos processos criminais, no fim das contas, o resultado prático será uma espécie de acordo, chamada de transação penal ou, quando este não couber, caso haja condenação, uma pena branda que será convertida em prestação de serviço à comunidade. Fora o tempo que o processo pode tomar.
Já a ação civil pode estabelecer uma multa diária (chamada de astreintes) caso o perturbador não cesse imediatamente a perturbação. Só isso já nos parece mais alentador, mas ainda tem o fato de que os eventuais danos materiais que você tenha com o incômodo (gastos com pintura, isolamento acústico, remédios, limpeza etc.) sejam ressarcidos ao final do processo, bem como os danos morais nos casos extremos de uso anormal da propriedade. Este processo também pode demorar, porém o incômodo já passou, ou, se não passou está condenando o vizinho a pagar diariamente uma multa que será revertida para você no fim do processo, acrescida dos danos materiais e morais que forem comprovados.
Concluímos então que procurando um auxílio jurídico adequado pode-se conseguir muito mais efetividade nas relações envolvendo direito de vizinhança e não ficar com aquela sensação de impotência quando o vizinho incomoda.


Tape as brechas

O furo no barco

Um homem foi chamado para pintar um barco.
Trouxe com ele tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como o dono lhe pediu.
Enquanto pintava, percebeu que havia um furo no casco e decidiu consertá-lo.
Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque, muito maior do que o pagamento pela pintura.
O pintor ficou surpreso:
– O senhor já me pagou pela pintura do barco!
- disse ele.
– Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o furo do barco.
– Ah! Mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
– Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu.
Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar sobre o furo.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eles não sabiam que havia um furo.
Eu não estava em casa naquele momento.
Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me de que o barco tinha um furo.
Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando da pescaria.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez?
Salvou a vida de meus filhos!
Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.

Não importa quem, quando ou de que maneira.
Apenas ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.

Pode ser que você tenha tampado inúmeros "furos" de "barcos" de várias pessoas sem saber quantas vidas você já salvou.

Em meio a um mundo tão tenebroso e mal, vamos a cada dia propagar tudo aquilo que Jesus nos ensinou: Amar ao próximo como a nós mesmos. (A.D.)

Deus abençoe você! 🙏
www.jamaisdesista.com.br

Filipenses 2 1-30 - TOPA UM DESAFIO DE "NÃO MURMURAR" POR APENAS 21 DIAS?

Como dissemos, Paulo escreveu essa epístola para agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e animá-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Cristo. Estamos no capítulo 2/4.
Breve síntese do capítulo 2.
Fazei tudo sem murmurações. Um dia desses, em pregação na Primeira Igreja Presbiteriana, o Rev. Sabino Cordeiro Dourado fez um desafio à igreja, obviamente aos que se sentiram tocados pelo Espírito Santo, para fazerem uma campanha por 21 dias sem murmurações.
Ele nos ofereceu uma pulseira como lembrete do compromisso. Eu apanhei a pulseira e a usei para me lembrar de não murmurar. Sabem o que descobri? Que sou viciado em murmurações! Do momento que apanhei a pulseira até o momento que cheguei a casa saindo da igreja, eu já havia murmurado tanto!
A experiência é válida para nos lembrar de quem somos e de como carecemos do Espírito Santo para continuarmos nossa jornada nesta vida. Na verdade, eu sou egoísta, orgulhoso, ... pecador! Se a experiência de não murmurar se constituir em lei para mim: “- não murmurarás”, eu jamais a vencerei.
Amados, nós não somos capazes de vencer o pecado, por isso Cristo morreu por nós. Se pudéssemos vencê-lo, não precisaríamos de Cristo. O segredo então é Cristo. Quer não murmurar? O segredo é Cristo!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O PROGRESSO DO EVANGELHO (1.12-2.30) - continuação.
Estamos vendo, portanto, nos vs. de 1.12 a 2.30, esse progresso do evangelho. Paulo iniciou a principal parte de sua carta com uma apresentação positiva dos métodos para o avanço do evangelho.
Assim, foi dividida esta parte também em duas, conforme a BEG: A. Progressos por meio de Paulo (1.12-26) – já vimos; B. O progresso por meio dos filipenses (1.27-2.30) – concluiremos agora.
B. O progresso por meio dos filipenses (1.27-2.30) - continuação.
Como dissemos, dos vs. 1.27 ao 2.30, estamos vendo o progresso por meio dos filipenses. Tendo descrito o evangelho em relação à sua própria vida, Paulo agora se volta para o papel dele na vida dos filipenses.
Elas foram divididas, conforme a BEG, do seguinte modo: 1. Um chamado à unidade (1.27-2.5) – concluiremos agora; 2. O exemplo de Cristo (2.6-11) – veremos agora; 3. Um chamado mais profundo à unidade (2.12-18) – veremos agora; e, 4. Dois exemplos de serviço (2.19-30) – veremos agora.
1. Um chamado à unidade (1.27-2.5).
A principal preocupação de Paulo nesse momento era de que os filipenses vissem a unidade entre os crentes como uma consequência essencial do evangelho.
Paulo suplicou pelo encorajamento ou esperança que todos os crentes obtêm do fato de estarem unidos a Cristo por meio da fé (a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em Cl 6).
A repetição dessa expressão – se há - tornou as palavras de Paulo especialmente vigorosas. Além disso, as qualidades mencionadas são verdadeiras para todos os crentes de um nível ou outro.
Como um resultado, o apelo do vs. 1 fornece a base para as exortações dos vs. 2-4. Se essas condições são realidades em algum grau (vs. 1), então os resultados (vs. 2-4) devem estar em evidência também.
Se por estarmos em Cristo, nós temos:
·         Alguma motivação.
Cristo nos foi exemplo em tudo e o fato de ele ter sido bem sucedido do início ao fim, nos motiva a seguirmos os seus exemplos, confiados no seu poder,
·         Alguma exortação de amor.
Paulo também apela para o fato de todos os crentes recebem encorajamento tanto do amor de Cristo por eles quanto do amor deles por Cristo.
·         Alguma comunhão no Espírito.
A expressão também pode ser interpretada como "relacionamento produzido pelo Espírito". A maravilha da obra do Espírito é evidente de alguma maneira na vida de crente verdadeiro.
·         Alguma profunda afeição e compaixão
Essas qualidades têm a sua fonte em Deus, e elas encontram expressão na atitude que os cristãos têm uns para com os outros (1.8; Cl 3.12). Elas estão intimamente associadas com o amor, uma qualidade de vida que todo cristão verdadeiro possui.
Então, Paulo, conclui, completem a minha alegria, mas como? Paulo fez uma profunda súplica pessoal. Se os filipenses tivessem até mesmo a menor medida das qualidades mencionadas no vs. 1, então Paulo queria que eles dessem um passo a mais e o enchessem de alegria.
Respondendo ao como – vs. 2 a 5 – vejamos de que forma:
·         Tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.
A ênfase na unidade é forte no versículo (1.27; 2.2). Por meio da unidade na igreja, Paulo receberia muita alegria.
·         Nada fazendo nada por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerando os outros superiores a si mesmos.
Paulo acrescentou uma proibição contra as atitudes que destroem a unidade cristã. O orgulho coloca um cristão acima dos outros e, portanto, promove conflitos em vez de harmonia nos relacionamentos pessoais. Em contraste, a humildade coloca o cristão abaixo dos outros numa posição de serviço com uma preocupação pelas necessidades e pelos interesses dos outros (1.27; 2.2,4,14). O amor (vs. 2) é essencial, uma vez que os crentes devem se relacionar mutuamente com humildade (também a oração de 1.9; cf. 1Co 13.4-5).
·         Cada um cuidando, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.
·         Sendo a nossa atitude a mesma de Cristo Jesus.
Esse versículo 5 que fala de mesmo sentimento ou nossa atitude de ser a mesma de Cristo, conforme a NVI, liga as exortações dos vs. 1-4 com o louvor a Cristo nos vs. 6-11. Paulo fez a ligação com a mesma palavra grega (aqui traduzida "sentimento") que ele havia usado duas vezes no vs. 2.
Ao falar do orgulho que estava na raiz da desunião dos filipenses (1.27-2.4), Paulo evocou Cristo como o exemplo supremo de humildade.
Para Paulo, Cristo é primeiramente Senhor e Salvador (v. 11; 3.20), mas ele e certamente um exemplo também (Rm 15.1-3; 2Co 10.1).
A alegria de Paulo somente estaria completa diante dos filipenses se ele pudesse contemplar a unidade na vida deles e Cristo é também exemplo para nós.
2. O exemplo de Cristo (2.6-11).
Dos vs. 6 ao 11, veremos esse exemplo de Cristo. Paulo escreveu sobre o que deve ter sido um hino que era cantado na igreja primitiva.
Esse hino de adoração a Cristo pode ser convenientemente dividido em seis versos. Os primeiros três (vs. 6-8) celebram a humilhação de Cristo; os três últimos (9-11) a sua exaltação.
Jesus Cristo subsistiu em forma de Deus sem a isso se apegar, antes de si mesmo esvaziou-se. A palavra "forma" testemunha a realidade básica. A expressão "forma de Deus" aponta para a divindade de Jesus.
O verbo "subsistindo" indica não somente existência, mas também possessão. Cristo possui a divindade, uma divindade à qual ele não renunciou ao se tornar homem (vs. 7).
Isso indica algo desejável – que ele poderia ter usurpado - e, nesse caso, de posse da pessoa. Jesus não se apegou à glória de seu estado celeste de maneira egoísta, mas, em vez disso, comportou-se da maneira descrita no vs. 7.
Nesse exemplo – o ser igual a Deus -, o artigo definido “o” aponta para algo anteriormente mencionado (isto é, Cristo "subsistindo em forma de Deus"). Subsistir "em forma de Deus" é ser igual a Deus. No entanto, ele não se apegou a isso, mas – vs. 7 - a si mesmo se esvaziou.
Não é dito que Cristo esvaziou-se de seus atributos divinos. A frase significa que ele se entregou totalmente, que ele se gastou totalmente ao se tornar um homem.
A natureza do seu esvaziamento é definida nas três expressões que se seguem ("assumindo... tornando-se... reconhecido"). Paulo aqui descreve a renúncia de Cristo à sua glória celestial (veja Jo 17.5), não a abdicação de Cristo de sua natureza divina e de seus poderes divinos.
Cristo tomou a forma de um escravo sem abandonar a forma de Deus. Nesse estado encarnado, ele não abandonou, mas manifestou, a essência e o caráter de Deus.
Assumiu, destarte, a forma de servo. Essa linguagem expressa vividamente a voluntariedade de Cristo de se privar de sua glória, tornando-se em semelhança de homens.
Cristo não possuía apenas aparência humana. Sua encarnação não era uma ilusão. Ele escolheu revelar-se por meio de sua humanidade, por isso que foi reconhecido em figura humana.
Cristo é verdadeiramente humano. A palavra "reconhecido" não nega a realidade da sua humanidade. Para que pudesse morrer (vs. 8), Cristo teria de ser genuinamente humano.
Ao mesmo tempo, Paulo fez uma distinção entre Cristo e os outros seres humanos normais, comuns. Ao contrário deles, Cristo não é pecador (2Co 5.21); ele pertence essencialmente (quanto à sua natureza divina) ao mundo transcendente.
Mesmo ao se esvaziar e se humilhar, ele permaneceu um ser celestial (aqui a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Jesus Cristo, Deus e homem", em Jo 1).
Ele a si mesmo se humilhou. A linguagem aqui corresponde à frase "a si mesmo se esvaziou" no vs. 7. Cada ato aconteceu pelo livre exercício da própria vontade de Cristo. Os leitores de Paulo deveriam fazer o mesmo.
Assim fazendo e agindo, ele se tornou obediente até a morte. A submissão à vontade do Pai (Hb 10.5-9) é mais significativa para aquele que é igual ao Pai (vs. 6) mais do que para aquele que não é.
As palavras de Paulo infundem toda a vida de Cristo de obediência incondicional e enfatiza que a suprema expressão dessa obediência aconteceu na sua morte.
Por isso que sofreu a morte de cruz. O ponto principal aqui é ter sofrido a morte mais vergonhosa e dolorosa de todas as mortes, e não no maravilhoso significado desse acontecimento (cf. Rm 3.21-26).
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! – vs. 8. Pelo que também Deus o exaltou.
O ato do Pai foi uma resposta direta à obediência do Filho. Ele o exaltou sobremaneira. O verbo "exaltou" aqui não significa que Deus proporcionou a Cristo uma situação mais elevada do que antes, mas que Deus deu a ele a máxima exaltação possível.
Cristo foi restaurado à glória que ele tinha no início - a glória a que ele voluntariamente renunciou para que pudesse se tornar um ser humano. Por isso que recebeu o nome que está acima de todo nome.
Diante do nome de Jesus agora todo joelho deverá se dobrar e confessar que ele é o Senhor, no céu, na terra e ainda debaixo da terra.
Essa expressão “ao nome de Jesus” pode significar "o nome que pertence a Jesus" (ou seja, "Senhor", como no vs. 11). Porém, é mais provável que Paulo quisesse dizer que a declaração do nome "Jesus" é o sinal para que "todo joelho se dobre" para oferecer a ele adoração e para aclamá-lo como Senhor.
"Jesus" vem da forma grega do hebraico "Josué", que significa "Javé é salvação". Já a expressão “nos céus, na terra e debaixo da terra” envolve todo o cosmos, tanto do mundo físico, natural, quanto do espiritual. A linguagem é compreensiva, mas a questão dos poderes demoníacos hostis deve estar especificamente em pauta (cf. Ef 1.19-21; Cl 2.15).
Agora sim toda língua deve confessar que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. A ação que deveria acompanhar o dobrar dos joelhos, que Jesus Cristo é Senhor. A segunda pessoa da Trindade tomou o nome "Jesus" em sua encarnação.
Consequentemente, nesse contexto o nome enfatiza a sua humildade. "Cristo" é um título advindo de sua tarefa humana como Messias ou rei de Israel.
Além disso, é como alguém humilde que Cristo é exaltado; a sua humildade é a sua glória (cf. Mt 23.12). O "nome que está acima de todo nome" (vs. 9) é "Senhor".
Na Septuaginta (a tradução grega do AT), Deus é representado pelo título de "Senhor" (grego, kyrios). Em Is 45.23, é Yahweh diante de quem "se dobrará todo joelho" e por quem "jurará toda língua".
Em Filipenses, Cristo é então aclamado por ser quem ele sempre foi: o próprio Deus. Ao confessar que "Jesus Cristo é Senhor", as criaturas reconhecem tanto o fato quanto o caráter de sua deidade.
A atribuição de adoração enfatiza a humanidade ("Jesus Cristo") e também a deidade ("Senhor") de Cristo; ele é adorado como o Deus-homem, para glória de Deus Pai.
Jesus Cristo é, por implicação, o filho do Pai. Tanto Cristo como o Pai podem receber adoração. Os membros da Trindade são tão unidos que o próprio ato de adorar o filho glorifica o Pai.  
3. Um chamado mais profundo à unidade (2.12-18).
Dos vs. 12 ao 18, depois dessa demonstração da deidade de Cristo que ganhou o mais excelente nome que se possa nomear, Paulo volta ao assunto e faz um novo chamado à unidade.
Tendo dado atenção à maravilha da humilhação de Cristo como um modelo para a vida cristã, Paulo novamente exortou os filipenses à unidade e ao serviço.
Tendo como base o exemplo supremo de Cristo, Paulo retomou o seu apelo. A presença do apóstolo incentivava ainda mais os filipenses a obedecerem, mas a maior motivação vinha do fato de que "Deus é quem efetu(ava)" neles (vs. 13) para que a obediência deles se desenvolvesse também na ausência de Paulo (1.27).
Paulo não acreditava que a salvação vem por meio das obras ao dizer a eles para desenvolverem a salvação deles com temor e tremor. Isso é evidentemente claro em seus outros escritos (Rm 4.2ss.; 9.2; Cl 2.16; 3.10; 2Tm 1.9). Como em 1.28, Paulo falou aqui sobre a salvação em termos da obra da salvação inicial na santificação diária dos crentes, que os leva à eterna salvação que virá com a volta de Cristo.
Todos esses processos são dons totalmente graciosos de Deus, mas o processo de santificação exige apenas uma contínua obediência.
Na versão NVI a expressão não seria desenvolver a salvação, antes, por em ação a salvação já alcançada com temor e tremor. Refere-se a respeito e reverência em vez de pânico e alarme.
Essas emoções são essenciais para a vida cristã por muitas razões, e a perspectiva do julgamento que vem sobre aqueles que provam que eles nunca haviam tido fé salvadora ao se afastarem do evangelho, não é a menor delas (aqui, novamente, a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Devemos por em ação a nossa salvação com temor e tremor porque Deus é quem efetua em nós tanto o querer como o realizar. O emprego do esforço humano (vs.12), longe de violar a soberana vontade de Deus (cf. Ef 2.10), é exatamente o que Deus pede para que possamos obter o seu propósito salvador.
Além disso, a sua obra em nós dá poder aos crentes para desenvolverem a sua santificação. Tendo apelado para o exemplo de Cristo, Paulo agora ofereceu a segurança necessária de que os filipenses não trabalhariam independentemente, mas que seus desejos e ações seriam as próprias áreas nas quais o próprio poder de Deus se manifestaria (4.13; lTs 2.13).
No vs. 14 ele nos diz para tudo fazermos sem murmurações nem contendas. Os filipenses deveriam evitar imitar os antigos israelitas (Ex 15.24; 16.7-9; 1Co 10.10). Observe também a alusão a Dt 32.5 no vs. 15. Os filipenses podem muito bem ter resmungado a respeito dos líderes da igreja, como os israelitas haviam feito com relação a Moisés (v. 29; lTs 5.12-13).
Sem queixas e discussões, sem reclamações e murmurações está em vista o testemunho corporativo de uma igreja unida. Assim, seriam irrepreensíveis e sinceros, mesmo inculpáveis. Os significados desses termos se sobrepõem consideravelmente. Paulo descreve a qualidade de vida requerida dos "filhos de Deus".
Essas pessoas irão resplandecer "como luzeiros no mundo" - em total contraste com a geração "pervertida e corrupta" dos seus contemporâneos - mas eles oferecerão esperança aos seus contemporâneos também (Mt 5.14-16; At 2.40).
A palavra da vida, as Escrituras, deveriam ser retidas firmemente. Paulo estava preocupado com a fidelidade dos filipenses ao evangelho de Jesus Cristo (1.27; 2.1-5).
Por sua vez, o fato de os crentes preservarem o evangelho em amor mútuo constitui-se num poderoso testemunho para o mundo (Jo 13.34-35). Essa palavra da vida se refere tanto ao evangelho quanto aos ensinamentos éticos que são baseados nele (1.27; 4.8-9).
O orgulho de Paulo no "dia de Cristo" (1.6,10) será o desenvolvimento espiritual dos filipenses em vez do dele próprio (1.9-11).
Paulo aqui – vs. 17 - se referiu não ao sofrimento que ele enfrentava no momento, mas à possibilidade (embora não a certeza) do seu martírio.
Como um seguidor de Cristo, o servo (vs. 6-9), Paulo desejava doar-se ao máximo para o seu povo (2Co 12.15). Tanto que desejava ser uma libação (normalmente vinho, não sangue) que devia acompanhar um sacrifício ao ser derramado como oferta. O sacrifício e serviço da fé dos filipenses eram os presentes dos filipenses a Paulo (4.10-12).
O sofrimento em si não é prazeroso, mas Paulo encontrava razões para ter alegria mesmo em meio ao sofrimento. E assim deveria ser também com os filipenses (v.18).
4. Dois exemplos de serviço (2.19-30).
A ênfase de Paulo na humilhação e no serviço como necessidades da vida cristã o levou a mencionar dois importantes modelos de tais serviços: Timóteo (vs. 19-24) e Epafrodito (vs. 25-30).
Timóteo (vs. 19-24).
Paulo queria enviar Timóteo de Roma para Filipos (veja 1.1) para levar saudações e obter informações sobre a igreja de lá. Timóteo havia mostrado grande interesse pelo bem-estar dos filipenses (vs. 20).
Esse versículo é semelhante ao vs. 4, em que a expressão "propriamente seu" primeiramente ocorre. A vida de Timóteo era um modelo da humildade para a qual Paulo havia chamado a atenção de seus leitores assim como uma imagem da humilhação do próprio Cristo (vs. 5-11).
Timóteo trabalhava intimamente com Paulo para Cristo o Senhor; ambos eram servos de Cristo (1.1).
Em meio às circunstâncias difíceis (1.12-30), talvez incluindo a provação vindoura, Paulo precisava de uma pessoa do caráter de Timóteo. Nos vs. 23-24 Paulo reafirmou a confiança que ele havia expressado em 1.19-26.
Os planos com relação a Timóteo e Paulo haviam sido submetidos à vontade de Deus (vs. 19).
Epafrodito (vs. 25-30).
Esse companheiro de trabalho de Paulo, assim como Timóteo, era digno de honra. Como Timóteo, e como o próprio Jesus, ele era um homem devotado a outros. Ele obedecia a Cristo trabalhando no serviço de Jesus em prol de outros crentes - tanto para os filipenses (4.18) quanto para Paulo, por quem ele havia arriscado a vida (vs. 26-27,30).
Epafrodito estava mais preocupado pelo fato de os filipenses estarem entristecidos pelas notícias de sua doença do que ele mesmo estava com o seu próprio sofrimento. Paulo considerava a sua atitude como um exemplo de serviço e humildade cristãos.
Paulo recomenda que sejam bem recebidos e até mesmo com honras pelo que demonstraram no Senhor. Epafrodito havia estado perto da morte (vs. 30), então Paulo o enviou para casa em Filipos. Paulo encorajou os filipenses a honrarem não somente a Epafrodito com também outras pessoas que serviam Cristo como ele fazia.
 Fp 2:1 Se há, pois,
                alguma exortação em Cristo,
                alguma consolação de amor,
                alguma comunhão do Espírito,
                se há entranhados afetos
                e misericórdias,
                               Fp 2:2 completai a minha alegria,
                                               de modo que penseis a mesma coisa,
                               tenhais o mesmo amor,
                               sejais unidos de alma,
                                               tendo o mesmo sentimento.
                Fp 2:3 Nada façais por partidarismo ou vanglória,
                               mas por humildade,
                                               considerando cada um os outros
superiores a si mesmo.
                Fp 2:4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu,
                               senão também cada qual o que é dos outros.
                Fp 2:5 Tende em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus,
                               Fp 2:6 pois ele, subsistindo em forma de Deus,
                                               não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
                               Fp 2:7 antes,
                                                               a si mesmo se esvaziou,
                                                               assumindo a forma de servo,
                                                               tornando-se em semelhança de homens;
                                                               e, reconhecido em figura humana,
                                                               Fp 2:8 a si mesmo se humilhou,
                                                               tornando-se obediente
até à morte e morte de cruz.
Fp 2:9 Pelo que também
                Deus o exaltou sobremaneira
                e lhe deu o nome
                               que está acima de todo nome,
                Fp 2:10 para que ao nome de Jesus
                               se dobre todo joelho,
                                               nos céus,
                                               na terra
                                               e debaixo da terra,
                               Fp 2:11 e toda língua confesse que
                                               Jesus Cristo é Senhor,
                                                               para glória de Deus Pai.
Fp 2:12 Assim, pois, amados meus,
                como sempre obedecestes,
                               não só na minha presença,
porém, muito mais agora, na minha ausência,          
                                               desenvolvei a vossa salvação
                                                               com temor
                                                               e tremor;
                                               Fp 2:13 porque Deus é quem efetua em vós
                                                               tanto o querer
                                                              como o realizar, segundo
a sua boa vontade.
Fp 2:14 Fazei tudo
                sem murmurações
                nem contendas,
                               Fp 2:15 para que vos torneis
                                               irrepreensíveis
                                               e sinceros,
                                                               filhos de Deus
                                                               inculpáveis no meio de uma geração
                                                                              pervertida
                                                                              e corrupta,
                                               na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
                               Fp 2:16 preservando a palavra da vida,
                                               para que, no Dia de Cristo,
                                               eu me glorie de que não corri em vão,
                                                               nem me esforcei inutilmente.
Fp 2:17 Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação
                sobre o sacrifício
                e serviço da vossa fé,
                               alegro-me            
                               e, com todos vós, me congratulo.
Fp 2:18 Assim, vós também, pela mesma razão,
                alegrai-vos
                e congratulai-vos comigo.
Fp 2:19 Espero, porém,
                no Senhor Jesus,
                               mandar-vos Timóteo, o mais breve possível,
                                               a fim de que eu me sinta animado também,
                                                               tendo conhecimento da vossa situação.
Fp 2:20 Porque a ninguém tenho de igual sentimento
                que, sinceramente, cuide dos vossos interesses;
Fp 2:21 pois todos eles buscam
                o que é seu próprio,
                               não o que é de Cristo Jesus.
Fp 2:22 E conheceis o seu caráter provado,
                pois serviu ao evangelho,
                               junto comigo,
                               como filho ao pai.
Fp 2:23 Este, com efeito, é quem espero enviar,
                tão logo tenha eu visto a minha situação.
Fp 2:24 E estou persuadido no Senhor de que também eu mesmo,
                brevemente, irei.
Fp 2:25 Julguei, todavia, necessário mandar até vós
                Epafrodito,
                               por um lado, meu irmão,
                                               cooperador
                                               e companheiro de lutas;
                               e, por outro,
                                               vosso mensageiro
                                               e vosso auxiliar nas minhas necessidades;
Fp 2:26 visto que ele
                tinha saudade de todos vós
                e estava angustiado porque ouvistes que adoeceu.
                               Fp 2:27 Com efeito, adoeceu mortalmente;
                                               Deus, porém, se compadeceu dele
e não somente dele,
                                                               mas também de mim,
                                               para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
Fp 2:28 Por isso, tanto mais
                me apresso em mandá-lo,
                               para que, vendo-o novamente,
                                               vos alegreis,
                                               e eu tenha menos tristeza.
Fp 2:29 Recebei-o, pois,
                no Senhor,
                               com toda a alegria,
                               e honrai sempre a homens como esse;
                Fp 2:30 visto que, por causa da obra de Cristo,
                               chegou ele às portas da morte
                               e se dispôs a dar a própria vida,
                               para suprir a vossa carência de socorro para comigo.
Precisamos, hodiernamente, de vários Paulos, Timóteos e Epafroditos que se gastam e se deixam gastar por almas – pela igreja de Cristo - e cuja glória está no outro ao verem que compeltaram e cumpriram a fé; mais mesmo se gloriam nos outros que eles levaram a Cristo que em suas próprias conquistas.
Que nosso Senhor tenha, hoje em dia, muitos Timóteos e Epafroditos para ele enviar à sua obra com à semelhança das mesmas recomendações feita por Paulo. Temos muitos deles hoje?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. 
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