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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Lucas 20 1-47- A MORTE É UMA SEPARAÇÃO HORIZONTAL, NÃO VERTICAL.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 20, parte V.
V. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS EM JERUSALÉM (19.28-21.38) - continuação.
Como já dissemos, tem-se início aqui do ministério público de Jesus em Jerusalém. Depois de detalhar os acontecimentos da viagem de Jesus da Caldeia para Jerusalém, Lucas passa a registrar nesse momento a quarta seção (estamos na quinta parte) mais importante de seu relato, chamando a atenção para uma série de coisas que Jesus fez antes de sua morte, ressurreição e ascensão.
O tema principal dessa seção é o relacionamento de Jesus com o templo de Jerusalém.
Para melhor exploração do conteúdo, estamos, seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 4 seções: A. A entrada triunfal (19.28-44) – já vimos; B. A purificação do templo (19.45-46) – já vimos; C. Ensinando no templo (19.47-21.4) – continuaremos a ver; e, D. O sermão do monte das Oliveiras (21.5-38).
Breve síntese do capítulo 20.
Jesus era cheio de paciência e amor para suportar tanta afronta e desfeita dos homens, principalmente daqueles guardiões do reino de Deus que não entravam nem deixavam os pecadores entrarem.
E estes querendo de todo jeito apanhá-lo em alguma falta armavam todos os tipos de ardis e astúcias das trevas inclusive usando mentiras e falsidades, mas Jesus saia de seus laços com tanta facilidade e sabedoria que ao final ficava exposto a verdadeira malignidade de seus corações pervertidos.
Tentaram apanhá-lo com relação ao pagamento de tributos, mas não conseguiram. Depois tentaram apanhá-lo com relação à questão da mulher que foi desposada por sete irmãos e a dúvida existia neles de quem seria ela na ressurreição dos mortos? Jesus responde e nos ensina que haverá a ressurreição dos mortos!
Que maravilha. Com certeza, morreremos todos, mas não ficaremos na sepultura por todos os tempos, ressuscitaremos para dai em diante pertencermos ao Senhor para sempre. Tantos entes queridos nossos já se foram e muitos deles até em época que não era para acontecer, mas aconteceu. Ressuscitaremos!
E quanto a estarmos vivos, que graça maravilhosa de Deus para nós que nos presenteou com a vida. Jamais morreremos! Sim, a morte agora é uma separação provisória horizontal, mas não vertical.
Ao deixarmos nosso corpo aqui, imediatamente entramos no Paraíso para termos comunhão lá e, em breve, quando se cumprirem tudo o que está escrito nas Escrituras, ganharemos novo corpo, como foi o caso do Primogênito!
Oh glórias! Deus você é digno de receber toda a honra e glória e louvor e domínio pelos séculos dos séculos, amém!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Ensinando no templo (19.47-21.4) - continuação.
Até o vs. 4, deste capítulo estaremos vendo Jesus ensinando no templo. Lucas continua enfatizando os judeus e o templo ao registrar os ensinamentos que Jesus pregou ali.

Enquanto Jesus trazia as boas-novas de Deus, seus inimigos tramavam contra ele. Eram os principais sacerdotes, escribas e os anciãos, pareciam ser uma delegação do Sinédrio que estavam querendo saber com que autoridade ele expulsava, por exemplo, os vendedores do templo.
Jesus não estava evitando a pergunta deles, pois João já havia testificado que Cristo era o Messias. Caso tivessem respondido a pergunta de Jesus, então teriam respondido também à sua própria.
Observem – vs. 5 e 6 - que eles não estavam interessados na verdade, mas apenas nas consequências de suas possíveis respostas.
Eles pensavam que estariam colocando Jesus em aperto, mas, habilmente, Jesus lhes devolve a pergunta tornando sua resposta condicional à resposta deles. Jesus não falava sobre autoridade com pessoas que se recusavam a responder uma pergunta religiosa tão importante; uma resposta que, aliás, eles já sabiam.
Eles foram forçados a dizer, mentirosamente, que não sabiam, o que desobrigou Jesus de responder a eles sobre a questão deles da autoridade.
Então, Jesus começou a dizer-lhes outra parábola sobre os lavradores maus. Os arrendatários que rejeitaram com violência os servos enviados para receber o aluguel que lhes era devido formam uma ilustração vívida de uma nação que rejeitou persistentemente os mensageiros de Deus enviados para chamá-los ao arrependimento.
Com a lei a seu favor, o dono da vinha poderia tomar medidas drásticas, uma vez que tentou sucessivamente receber o pagamento, mas só recebeu recusas, insultos e maus-tratos por parte dos arrendatários.
Assim como o dono dessa vinha, Deus continua a oferecer oportunidades para os pecadores se arrependerem.
Numa época em que o título das terras era muitas vezes incerto, qualquer homem que tivesse trabalhado numa terra por três anos era considerado o seu proprietário. Ao recusar o pagamento do aluguel, os arrendatários estavam se recusando a reconhecer o verdadeiro dono, e podem ter raciocinado que a vinda do herdeiro, nessa parábola, significava que o pai havia morrido.
Assim, eliminando o herdeiro, presumiram que estaria confirmando o título da terra como de sua propriedade. A conclusão de Jesus é que a nação de Israel estava se comportando de maneira ultrajante diante de Deus.
Jesus citou SI 118.22, que aponta para uma reversão completa dos valores terrenos. A pedra, angular, era literalmente, "a cabeça da esquina". Pode se referir à pedra angular, uma pedra grande e pesada que era assentada nos cantos de uma fundação e cuja posição determinava o formato de todo o edifício; ou, pode se referir à última pedra depositada no topo da construção, dando o toque final ao acabamento.
Ele, Jesus, era e é essa pedra angular rejeitada pelos construtores, mas eleita e preciosa para Deus e para todos os crentes.
A partir do vs. 19, novamente uma ilustração de malevolência; porém, esses líderes religiosos, hostis a Jesus, não conseguiam encontrar um argumento jurídico capaz de prejudicá-lo.
Tratava-se de uma questão sobre impostos que poderia provocar Jesus a proferir alguma ofensa contra os romanos (que exigiam o pagamento dos impostos) ou contra os judeus (que se ressentiam ter de pagá-los).
É evidente que eles tinham grandes expectativas de que Jesus dissesse algo que o faria ser preso pelos romanos.
A abordagem lisonjeira tinha claramente o objetivo de pegar Jesus desprevenido.
Assim eles foram com toda a intencionalidade do inferno, crentes que apanharam o Mestre e Senhor. Esse questionamento – se é ou não lícito pagar tributos - traz uma pergunta implícita: "Isso está de acordo com a lei de Deus?" (Obviamente era um procedimento correto de acordo com a lei romana).
Do ponto de vista dos questionadores, a resposta iria inevitavelmente colocar Jesus em conflito com os judeus ou com os romanos.
Esse imposto a que eles estavam se referindo era diferente daquele relacionado com a alfândega no sentido de que era exigido deles por estrangeiros odiados, e pelo qual não recebiam nenhum benefício (o imposto alfandegário pelo menos permitia o comércio de bens).
Jesus pediu a seus inquisidores que lhe dessem uma moeda de prata romana, que representava normalmente o salário de um dia de serviço de um trabalhador e também o valor do tributo que deveria ser pago.
Nela havia uma imagem e a inscrição do imperador. Havia somente uma resposta que poderiam dar a Jesus e isso lhe deu oportunidade para responder a pergunta de modo totalmente inesperado.
Ao responder assim, Jesus não podia ser acusado de deslealdade pelos judeus e nem pelos romanos. Ele deixou claro que há obrigações para com Deus, mas também que há obrigações que devemos pagar ao estado para que ele possa cumprir as suas funções.
Jesus os deixou sem chão e admirados se calaram.
Agora chegou a vez dos saduceus que também pretendiam apanhá-lo. Lucas menciona os saduceus somente nesta passagem.
Uma vez que todos os escritos deles se perderam, somente podemos conhecê-los por meio da descrição de seus oponentes, eles eram parte da ala conservadora e aristocrática dos sumo sacerdotes, rejeitavam as tradições orais que os fariseus tanto admiravam e também a doutrina da ressurreição, alegando que esta não tinha fundamentação no Antigo Testamento.
Quando um homem judeu casado morria sem deixar filhos, a lei exigia que o irmão dele se casasse com a viúva e que o primeiro filho deles fosse registrado como pertencente ao falecido (Dt 25.5-10).
Os saduceus presumiam que essa história fazia a doutrina da ressurreição parecer absurda.
Os saduceus acreditavam que, caso houvesse vida após a morte, seria algo parecido com esta vida. Jesus negou essa interpretação incorreta e disse que o casamento é uma parte essencial desta vida, mas não da próxima; logo, a questão deles era inválida e irrelevante.
Na ressurreição, haverá uma mudança na natureza e os cristãos serão revestidos de corpos glorificados, como o de Cristo (1 Co 15.35-58).
O que Jesus quis dizer não era que a existência humana após a ressurreição seria exatamente igual à dos anjos, mas que o modo de existência dos anjos (particularmente a imortalidade) fornece pistas sobre a vida ressurreta dos cristãos (isto é, será caracterizada pela imortalidade; 1Co 15.42,52-55).
O casamento e a procriação não serão mais necessários, nem mesmo apropriados, depois da ressurreição final.
Antes da invenção da divisão bíblica em capítulos e versículos na Idade Média, as passagens da Escritura eram mencionadas de acordo com o seu conteúdo. Jesus fornece uma prova interessante da ressurreição ao citar uma passagem muito conhecida da Escritura (Mc 12.26-27).
Quanto à questão principal dos saduceus, Jesus provou a existência da ressurreição dos mortos ao indicar que quando Deus apareceu a Moisés ele se identificou como o Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos.
Os escribas e todos os outros ouvindo sua resposta se admiraram e o elogiaram e doravante não ousaram perguntar-lhe mais coisa alguma – vs. 37-40.
Como eles se calaram, Jesus lhes perguntou uma questão envolvendo o messias. As gerações mais antigas eram consideradas mais sábias e honradas do que a desse momento, e isso deu oportunidade para Jesus colocar uma questão, pois de acordo com a definição popular, cada um dos descendentes de Davi era menos importantes do que Davi.
Então, como era possível que Davi chamou o Messias de seu "senhor" (SI 110.1)? Por meio dessa passagem Jesus ensinou que o Messias não é apenas filho de Davi, mas sim o Filho de Deus e, desse modo, Senhor de Davi.
Em seguida, Jesus censura os escribas. Os líderes religiosos amavam as aparências externas: roupas, saudações elaboradas, assentos especiais e lugares de honra. Contudo, aceitavam doações de viúvas e as extorquiam, cobrando para resolverem suas causas. A punição deles estava garantida.
Lc 20:1 Aconteceu que,
num daqueles dias,
estando Jesus
a ensinar o povo no templo
e a evangelizar,
sobrevieram os principais sacerdotes
e os escribas,
juntamente com os anciãos,
Lc 20:2 e o argüiram nestes termos:
Dize-nos:
com que autoridade fazes estas coisas?
Ou quem te deu esta autoridade?
Lc 20:3 Respondeu-lhes:
Também eu vos farei uma pergunta; dizei-me:
Lc 20:4 o batismo de João
era dos céus ou dos homens?
Lc 20:5 Então, eles arrazoavam entre si:
Se dissermos: do céu, ele dirá:
Por que não acreditastes nele?
Lc 20:6 Mas, se dissermos: dos homens,
o povo todo nos apedrejará;
porque está convicto de ser
João um profeta.
Lc 20:7 Por fim, responderam que não sabiam.
Lc 20:8 Então, Jesus lhes replicou:
Pois nem eu vos digo com que autoridade
faço estas coisas.
Lc 20:9 A seguir,
passou Jesus a proferir ao povo esta parábola:
Certo homem plantou uma vinha,
arrendou-a a lavradores
e ausentou-se do país por prazo considerável.
Lc 20:10 No devido tempo,
mandou um servo aos lavradores
para que lhe dessem do fruto da vinha;
os lavradores, porém, depois de o espancarem,
o despacharam vazio.
Lc 20:11 Em vista disso,
enviou-lhes outro servo;
mas eles também a este espancaram
e, depois de o ultrajarem,
o despacharam vazio.
Lc 20:12 Mandou ainda um terceiro;
também a este,
depois de o ferirem, expulsaram.
Lc 20:13 Então, disse o dono da vinha:
Que farei?
Enviarei o meu filho amado;
talvez o respeitem.
Lc 20:14 Vendo-o, porém, os lavradores,
arrazoavam entre si, dizendo:
Este é o herdeiro;
matemo-lo, para que a herança
venha a ser nossa.
Lc 20:15 E, lançando-o fora da vinha,
o mataram.
Que lhes fará, pois, o dono da vinha?
Lc 20:16 Virá,
exterminará aqueles lavradores
e passará a vinha a outros.
Ao ouvirem isto, disseram:
Tal não aconteça!
Lc 20:17 Mas Jesus, fitando-os, disse:
Que quer dizer, pois, o que está escrito:
A pedra que os construtores rejeitaram,
esta veio a ser a principal pedra, angular?
Lc 20:18 Todo o que cair sobre esta pedra
ficará em pedaços;
e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
Lc 20:19Naquela mesma hora,
os escribas e os principais sacerdotes
procuravam lançar-lhe as mãos,
pois perceberam que,
em referência a eles,
dissera esta parábola;
mas temiam o povo.
Lc 20:20 Observando-o,
subornaram emissários que se fingiam de justos
para verem se o apanhavam em alguma palavra,
a fim de entregá-lo à jurisdição
e à autoridade do governador.
Lc 20:21 Então, o consultaram, dizendo:
Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente
e não te deixas levar de respeitos humanos,
porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade;
Lc 20:22 é lícito pagar tributo a César ou não?
Lc 20:23 Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu:
Lc 20:24 Mostrai-me um denário.
De quem é a efígie e a inscrição?
Prontamente disseram:
De César.
Então, lhes recomendou Jesus:
Lc 20:25 Dai, pois, a César
o que é de César
e a Deus
o que é de Deus.
Lc 20:26 Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo;
e, admirados da sua resposta, calaram-se.
Lc 20:27 Chegando alguns dos saduceus,
homens que dizem não haver ressurreição, Lc 20:28 perguntaram-lhe:
Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém,
sendo aquele casado
e não deixando filhos,
seu irmão deve casar com a viúva
e suscitar descendência ao falecido.
Lc 20:29 Ora, havia sete irmãos:
o primeiro casou e morreu sem filhos;
Lc 20:30 o segundo e o terceiro também desposaram a viúva;
Lc 20:31 igualmente os sete não tiveram filhos e morreram.
Lc 20:32 Por fim, morreu também a mulher.
Lc 20:33 Esta mulher,
pois, no dia da ressurreição,
de qual deles será esposa?
Porque os sete a desposaram.
Lc 20:34 Então, lhes acrescentou Jesus:
Os filhos deste mundo
casam-se
e dão-se em casamento;
Lc 20:35 mas os que são havidos por dignos
de alcançar a era vindoura
e a ressurreição dentre os mortos
não casam,
nem se dão em casamento.
Lc 20:36 Pois não podem mais morrer,
porque são iguais aos anjos
e são filhos de Deus,
sendo filhos da ressurreição.
Lc 20:37 E que os mortos hão de ressuscitar,
Moisés o indicou no trecho referente à sarça,
quando chama ao Senhor
o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.
Lc 20:38 Ora,
Deus não é Deus de mortos,
e sim de vivos;
porque para ele todos vivem.
Lc 20:39 Então, disseram alguns dos escribas:
Mestre, respondeste bem!
Lc 20:40 Dali por diante,
não ousaram mais interrogá-lo.
Lc 20:41 Mas Jesus lhes perguntou:
Como podem dizer que o Cristo é filho de Davi?
Lc 20:42 Visto como o próprio Davi
afirma no livro dos Salmos:
Disse o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te à minha direita,
Lc 20:43 até que eu ponha os teus inimigos
por estrado dos teus pés.
Lc 20:44 Assim, pois,
Davi lhe chama Senhor,
e como pode ser ele seu filho?
Lc 20:45 Ouvindo-o todo o povo,
recomendou Jesus a seus discípulos:
Lc 20:46 Guardai-vos dos escribas,
que gostam de andar com vestes talares
e muito apreciam as saudações nas praças,
as primeiras cadeiras nas sinagogas
e os primeiros lugares nos banquetes;
Lc 20:47 os quais devoram as casas das viúvas
e, para o justificar,
fazem longas orações;
estes sofrerão juízo
muito mais severo.
Fazer uso da oração para justificar o pecado é abominável! Jesus mesmo censurou os escribas por que devoravam as casas das viúvas e depois se metiam em longas orações para se justificarem.
É óbvio que sabiam o mal que praticavam por isso o comportamento seguinte estranho das longas orações. Nós sabemos quando estamos andando com Deus e quando estamos andando em trevas.
Não dá para praticarmos o pecado na presença de Deus por isso nos enchemos de justificativas esfarrapadas para usá-las como escudo diante do Sol da Justiça. Pecamos e depois vem o peso, por isso o comportamento estranho dos escribas com suas longas orações.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lucas 19.1-48- JESUS CONTINUA O MESMO...

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 19, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vimos; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – já vimos; J. Os dez leprosos (17.11-19) – já vimos; K. A vinda do reino (17.20-37) – já vimos; L. Parábolas sobre oração (18.1-14) – já vimos; M. Jesus e as crianças (18.15-17) – já vimos; N. O jovem rico (18.18-30) – já vimos; O. Profecia da Paixão (18.31-34) – já vimos; P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43) – já vimos; Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10) – veremos agora; R. A parábola das minas (19.11-27) – veremos agora.
Breve síntese do capítulo 19.
Na beira do caminho, indo para Jericó, Deus curou aquele cegou que clamava a ele e agora chegando à cidade um homem rico, chefe dos publicanos, de nome Zaqueu que tinha se encantado com a pessoa de Jesus e que, querendo vê-lo, sobe em uma árvore e isso chama a atenção de Jesus.
Todas as demonstrações de fé que os homens fizeram em relação ao Filho de Deus foram elogiadas, bem acolhidas e os resultados impressionantes. Jesus não mudou seu jeito de ser e continua a passar por vilas e aldeias anunciando por meio de seus novos discípulos do século XXI a sua palavra.
A alegria de Zaqueu, os votos de Zaqueu, a palavra dele agradou a Jesus por que viu nele um descendente de Abraão. Não são filhos os que somente são gerados pelo ventre de Sara, mas todos aqueles que, como o Pai Abraão, creem no evangelho. Para esses, a quem o Senhor veio chamar, a salvação chega e os alcança.
Ele ainda lhes conta a parábola dos talentos e a forma com que muitos desprezam o Senhor e enterram aquilo que o Senhor deu para ser devolvido com juros. Se o Senhor nos deu e enterramos por causa da glória dos homens ou do amor deste século, em nós, não reina o amor de Deus e somos tidos como servos negligentes.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10).
Até o vs. 10, veremos a história de um cobrador de impostos chamado Zaqueu. Lucas lembrou-se de outra ocasião (veja 18.35-43) em que um publicano, odiado por ser cobrador de impostos, acreditou em Jesus apesar de ser desprezado pelos outros.
Esse termo “maioral dos publicanos” só aparece aqui em todo o Novo Testamento e indica claramente que se tratava do chefe dos agentes de cobrança locais. Jericó ficava perto de uma rota de comércio e havia por perto os famosos bosques de bálsamo. Havia por ali muita riqueza para ser taxada, e por isso Zaqueu era muito rico.
Zaqueu era de baixa estatura, mesmo assim não deixou de empreender todos os seus esforços para ver a Jesus. Foi ai que teve a ideia de subir num pé de sicômoro. Uma árvore fácil de escalar, plantada geralmente à margem das estradas.
Aquele esforço e ato daquele homem não passou despercebido por Jesus que o chamou pelo seu nome e ainda se convidou para ir repousar justamente na casa dele. Jesus considerou a sua visita a Zaqueu como parte da missão divina para a qual fora enviado.
Zaqueu tratou de se apressar para receber tão ilustre hóspede. No entanto, os outros murmuravam e lamentavam o fato de Jesus ir para a casa de um pecador.
Zaqueu, de cara, prometeu dar aos pobres metade dos seus bens. No grego, o verbo está no tempo presente, pois Zaqueu já havia considerado a ação como realizada. Também sobre os que prejudicara, ele devolveria quatro vezes mais. A lei exigia que se pagasse o valor original mais vinte por cento (Lv 6.5; Nm 5.7).
Zaqueu estava reembolsando também o valor exigido para o crime do roubo, que envolvia o sacrifício de um animal (Êx 22.1; 2Sm 12.6). Estava fazendo muito mais do que a lei exigia.
Jesus então exclama que a salvação tinha entrado naquela casa naquele momento. Conquanto Jesus tivesse acabado de dizer que seria muito difícil para um rico ser salvo (18.24-25), a salvação de Zaqueu demonstrou que isso não era impossível (18.27).
Essa expressão “filho de Abraão” pode indicar que Zaqueu era uma das ovelhas perdidas de Israel, aqueles a quem Jesus percebia como sua missão especial (Mt 10.6; 15.24; cf. Lc 13.16). Uma outra alternativa é identificar de Zaqueu como filho espiritual de Abraão (Rm 4.16-17).
Jesus referindo-se a si mesmo como o Filho do homem acrescenta que veio justamente para isso: buscar e salvar o que se havia perdido – vs. 10.
R. A parábola das minas (19.11-27).
Dos versos de 11 ao 27, lhes conta a parábola das minas. O povo pensava que Jesus iria estabelecer o reino imediatamente (vs. 11).
Essa parábola adverte quanto à importância de permanecermos fiéis, mesmo quando nos parece que o reino demora em se completar. A viagem de Jesus para Jerusalém já estava se aproximando do fim e alguns pensavam que ali ele iria estabelecer um reino terreno magnífico.
A parábola dos talentos (Mt 25.14-29) é semelhante a essa, porém em Mateus as quantias são maiores e variadas, e os servos estão sendo testados em suas aptidões para receberem tarefas maiores.
Aqui, porém, a quantia é pequena e igual para todos. Os ouvintes estão sendo ensinados que todos nós temos uma tarefa básica: servir a Deus com fidelidade.
O senhor que iria partir para uma terra distante - essa prática existiu realmente, conforme exemplificado por Herodes, a quem os romanos deram o governo da Judeia – para tomar para si um reino e voltar depois, chama os seus dez servos e a cada um deu uma mina e a orientação de que era para negociarem com ela até a sua volta.
Uma mina valia cem dracmas, a moeda dos gregos, e uma dracma equivalia geralmente ao valor pago por um dia de trabalho.
Quando Arquelau, filho de Herodes, viajou para Roma com o objetivo de tentar conseguir o governo de Herodes (isso aconteceu cerca de trinta anos antes do nascimento de Cristo), os judeus vassalos de Herodes enviaram uma delegação para pedir a Arquelau que não reinasse sobre eles.
Dois servos procederam corretamente e foram recompensados com uma nova oportunidade para servir, proporcional ao sucesso obtido. Observe a modéstia deles ("a tua mina rendeu") e a responsabilidade e autoridade maiores que receberam.
Foi o medo que impediu o terceiro homem de agir, embora soubesse que o seu senhor tinha grandes expectativas. Nada mais é dito sobre os outros sete servos. A parábola apresenta duas categorias: aqueles que trabalham e aqueles não trabalham.
A punição por não fazer uso daquilo que se possui é a perda, um princípio que tem muitas aplicações: aqueles que utilizam suas oportunidades espirituais encontram outras mais, porém aqueles que não o fazem acabam perdendo a habilidade de encontrar novas oportunidades. Daí a sua máxima que ecoa pela eternidade: a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado – vs. 26.
V. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS EM JERUSALÉM (19.28-21.38).
Estamos entrando agora na quinta parte proposta em nossa divisão, seguindo sempre a BEG.
Lucas relatou a entrada de Jesus em Jerusalém e os conflitos que ele enfrentou no templo. Jesus confrontou a principal instituição religiosa do Antigo Testamento, o templo, e declarou que este seria destruído por causa dos pecados do povo de Deus.
Tem-se início aqui do ministério público de Jesus em Jerusalém. Depois de detalhar os acontecimentos da viagem de Jesus da Caldeia para Jerusalém, Lucas passa a registrar nesse momento a quarta seção (estamos na quinta parte) mais importante de seu relato, chamando a atenção para uma série de coisas que Jesus fez antes de sua morte, ressurreição e ascensão.
O tema principal dessa seção é o relacionamento de Jesus com o templo de Jerusalém.
Para melhor exploração do conteúdo, propomos, seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 4 seções: A. A entrada triunfal (19.28-44) – veremos agora; B. A purificação do templo (19.45-46) – veremos agora; C. Ensinando no templo (19.47-21.4) – começaremos a ver agora; e, D. O sermão do monte das Oliveiras (21.5-38).
A. A entrada triunfal (19.28-44).
Até ao vs. 44, veremos a entrada triunfal. Lucas começa o relato sobre a estadia de Jesus em Jerusalém descrevendo a sua entrada na cidade. As multidões saudavam Jesus como o rei Messias vitorioso, num contraste surpreendente com o que viriam a fazer mais tarde.
Ele estava seguindo para Jerusalém, mas aconteceu que chegando perto de Betfagé e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou dois de seus discípulos buscarem um jumentinho. Betânia era uma vila distante 3 km de Jerusalém. Betfagé devia estar localizada nessas redondezas, pois era considerada uma cidade que fazia fronteira com Jerusalém.
No grego, o termo “jumentinho” pode se referir a um cavalo ou um burro; de qualquer modo, os outros Evangelhos deixam claro que se tratava de um jumento. O fato de ninguém tê-lo montado indica que não era destinado ao uso secular, e assim serviria perfeitamente para um propósito sagrado (Nm 19.2; 1Sm 6.7).
Foi Jesus posto, montado, na jumentinha. Evidentemente, as roupas foram utilizadas para fazer uma sela, e as roupas colocadas no caminho formaram um tapete triunfal.
Essa entrada em Jerusalém cumpriu uma profecia (Zc 9.9) e resultou numa aclamação pública de messianidade. Contudo, foi uma aclamação de um tipo diferente de messianidade, pois o jumento era um animal montado por um homem de paz (um rei conquistador teria montado um cavalo). O povo parece ter reconhecido a messianidade, mas não a ênfase na paz.
E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto,
Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.
É uma citação de SI 118.26, mas aqui está se referindo explicitamente ao rei. Somente o Evangelho de Lucas traz as palavras "paz" e "glória"; Lucas pode ter optado por estas em lugar de "Hosana" (que os outros Evangelhos registram a multidão aclamando), pois seus leitores gentios não a compreenderiam. A palavra "glória" transmite o significado.
Os fariseus ficaram muito irados e exigiram de Jesus que fizesse calar os seus discípulos. Os fariseus não queriam que nada perturbasse a paz e trouxesse problemas com os romanos. No entanto, Jesus responde – pelas Escrituras – que se eles se calassem, as pedras clamariam, ou seja, as Escrituras haveriam de se cumprirem - compare com Hc 2.11.
Somente Lucas registra o lamento de Jesus quando ele se aproximava da cidade. Cristo sabia que a excitação da multidão não correspondia a uma percepção espiritual genuína, e que o resultado daquilo que ele estava realizando inevitavelmente traria a guerra, e não a paz.
Jesus sabia o que estava encoberto aos olhos deles e fez uma descrição típica de uma cidade sitiada. O fato era que eles não reconheceram – nenhum sequer – que estaria entrando ali, na cidade, o Criador de todas as coisas.
Por conta disso, dias iriam vir sobre eles em que os seus inimigos os cercariam de trincheiras. As trincheiras eram erguidas para a proteção dos atacantes, que as utilizavam como base para lançarem seus ataques.
A cidade seria completamente destruída, e as pessoas teriam de encarar as consequências de terem rejeitado o Messias de Deus.
Será que também nós da presente geração estamos reconhecendo o Espírito Santo entre nós?
B. A purificação do templo (19.45-46).
Em seguida, Jesus entrou no templo e ali, não resistindo, fez a purificação do templo.
Os quatro Evangelhos relatam a expulsão dos mercadores do templo, porém Mateus, Marcos e Lucas colocam esse acontecimento como tendo ocorrido no final do ministério de Jesus, enquanto João o coloca no começo; é muito provável que houve duas purificações.
Os mercadores do templo eram cambistas (somente as moedas de Tiro eram aceitas no templo; logo, outras moedas tinham de ser trocadas antes que as ofertas fossem feitas) e também vendedores de animais para os sacrifícios.
Era conveniente que ficassem perto do templo, porém a presença deles dentro do pátio do templo tornava difícil o culto de adoração. Os mercadores ficavam no pátio dos gentios, o único lugar do templo onde os gentios tinham permissão para orar.
Jesus expulsa todos os que vendiam e compravam e lhes dizia que a sua casa seria chamada de casa de oração e não o que fizeram com ela, como se ela fosse um covil de salteadores. Evidentemente, muitos comerciantes eram desonestos.
C. Ensinando no templo (19.47-21.4).
Do vs. 47 até o vs. 4, do próximo capítulo estaremos vendo Jesus ensinando no templo. Lucas continua enfatizando os judeus e o templo ao registrar os ensinamentos que Jesus pregou ali.
O templo era o lugar habitual para ensinar. A oposição contra Jesus agora incluía um novo grupo: os "maiorais do povo", ou seja, leigos proeminentes que agora se juntaram aos sacerdotes e escribas em se oporem a Jesus.
Lc 19:1 Tendo Jesus entrado em Jericó,
ia atravessando a cidade.   
Lc 19:2 Havia ali um homem chamado Zaqueu,
o qual era chefe de publicanos e era rico.   
Lc 19:3 Este procurava ver quem era Jesus,
e não podia,
por causa da multidão,
porque era de pequena estatura.   
Lc 19:4 E correndo adiante,
subiu a um sicômoro a fim de vê-lo,
porque havia de passar por ali.   
Lc 19:5 Quando Jesus chegou àquele lugar,
olhou para cima e disse-lhe:
Zaqueu, desce depressa;
porque importa que eu fique hoje em tua casa.   
Lc 19:6 Desceu,
pois, a toda a pressa,
e o recebeu com alegria.   
Lc 19:7 Ao verem isso,
todos murmuravam, dizendo:
Entrou para ser hóspede de um homem pecador.   
Lc 19:8 Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor:
Eis aqui, Senhor,
dou aos pobres metade dos meus bens;
e se em alguma coisa tenho defraudado alguém,
eu lho restituo quadruplicado.   
Lc 19:9 Disse-lhe Jesus:
Hoje veio a salvação a esta casa,
porquanto também este é filho de Abraão.   
Lc 19:10 Porque o Filho do homem
veio buscar
e salvar o que se havia perdido.   
Lc 19:11 Ouvindo eles isso,
prosseguiu Jesus,
e contou uma parábola,
visto estar ele perto de Jerusalém,
e pensarem eles que o reino de Deus se havia
de manifestar imediatamente.   
Lc 19:12 Disse pois:
Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua,
a fim de tomar posse de um reino e depois voltar.   
Lc 19:13 E chamando dez servos seus,
deu-lhes dez minas, e disse-lhes:
Negociai até que eu venha.   
Lc 19:14 Mas os seus concidadãos odiavam-no,
e enviaram após ele uma embaixada, dizendo:
Não queremos que este homem reine sobre nós.   
Lc 19:15 E sucedeu que,
ao voltar ele, depois de ter tomado posse do reino,
mandou chamar aqueles servos
a quem entregara o dinheiro,
a fim de saber como
cada um havia negociado.             
Lc 19:16 Apresentou-se, pois, o primeiro, e disse:
Senhor, a tua mina rendeu dez minas.   
Lc 19:17 Respondeu-lhe o senhor:
Bem está, servo bom!
porque no mínimo foste fiel,
sobre dez cidades terás autoridade.   
Lc 19:18 Veio o segundo, dizendo:
Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.   
Lc 19:19 A este também respondeu:
Sê tu também sobre cinco cidades.   
Lc 19:20 E veio outro, dizendo:
Senhor, eis aqui a tua mina,
que guardei num lenço;   
Lc 19:21 pois tinha medo de ti,
porque és homem severo;
tomas o que não puseste,
e ceifas o que não semeaste.   
Lc 19:22 Disse-lhe o Senhor:
Servo mau! pela tua boca te julgarei;
sabias que eu sou homem severo,
que tomo o que não pus,
e ceifo o que não semeei;   
Lc 19:23 por que, pois, não puseste
o meu dinheiro no banco?
então vindo eu,
o teria retirado com os juros.   
Lc 19:24 E disse aos que estavam ali:
Tirai-lhe a mina,
e dai-a ao que tem as dez minas.   
Lc 19:25 Responderam-lhe eles:
Senhor, ele tem dez minas.   
Lc 19:26 Pois eu vos digo que
a todo o que tem,
dar-se-lhe-á;
mas ao que não tem,
até aquilo que tem
ser-lhe-á tirado.   
Lc 19:27 Quanto, porém,
àqueles meus inimigos que não quiseram
que eu reinasse sobre eles,
trazei-os aqui,
e matai-os diante de mim.   
Lc 19:28 Tendo Jesus assim falado,
ia caminhando adiante deles,
subindo para Jerusalém.   
Lc 19:29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia,
junto do monte que se chama das Oliveiras,
enviou dois dos discípulos,    Lc 19:30 dizendo-lhes:
Ide à aldeia que está defronte,
e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho
em que ninguém jamais montou;
desprendei-o
e trazei-o.   
Lc 19:31 Se alguém vos perguntar:
Por que o desprendeis?
respondereis assim:
O Senhor precisa dele.   
Lc 19:32 Partiram, pois,
os que tinham sido enviados,
e acharam conforme lhes dissera.   
Lc 19:33 Enquanto desprendiam o jumentinho,
os seus donos lhes perguntaram:
Por que desprendeis o jumentinho?   
Lc 19:34 Responderam eles:
O Senhor precisa dele.   
Lc 19:35 Trouxeram-no, pois, a Jesus
e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho,
fizeram que Jesus montasse.   
Lc 19:36 E, enquanto ele ia passando,
outros estendiam no caminho os seus mantos.   
Lc 19:37 Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras,
toda a multidão dos discípulos,     
regozijando-se,
começou a louvar a Deus em alta voz,
por todos os milagres que tinha visto,
Lc 19:38 dizendo:
Bendito o Rei que vem em nome do Senhor;
paz no céu,
e glória nas alturas.   
Lc 19:39 Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão:
Mestre, repreende os teus discípulos.   
Lc 19:40 Ao que ele respondeu:
Digo-vos que, se estes se calarem,
as pedras clamarão.   
Lc 19:41 E quando chegou perto
e viu a cidade,
chorou sobre ela, Lc 19:42 dizendo:
Ah! se tu conhecesses,
ao menos neste dia,
o que te poderia trazer a paz!
mas agora isso está encoberto aos teus olhos.   
Lc 19:43 Porque dias virão sobre ti
em que os teus inimigos
te cercarão de trincheiras,
e te sitiarão,
e te apertarão de todos os lados,   
Lc 19:44 e te derribarão,
a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem;
e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
porque não conheceste o tempo da tua visitação.   
Lc 19:45 Então,
entrando ele no templo,
começou a expulsar os que ali vendiam,
Lc 19:46 dizendo-lhes:
Está escrito:
A minha casa será casa de oração;
vós, porém, a fizestes covil de salteadores.   
Lc 19:47 E todos os dias
ensinava no templo;
mas os principais sacerdotes,
os escribas,
e os principais do povo
procuravam matá-lo;   
Lc 19:48 mas não achavam meio de o fazer;
porque todo o povo ficava enlevado ao ouvi-lo.    
A entrada de Jesus em Jerusalém foi triunfal e cercada de alegria e louvores a Deus que os fariseus tentaram impedir, repreendendo o Senhor, mas ele lhes diz que se esses se calassem, as pedras tomariam lugar dele para o louvarem.
Assim os fariseus, os principais sacerdotes e os escribas que deviam orientar corretamente o povo para darem ouvidos a Deus, o odiavam e queriam mata-lo, mas como iriam fazer isso se ele era amado, respeitado e aclamado nas multidões? Jesus contudo os ensinava e evangelizava todos os dias, no templo, para a glória de seu Pai. E quanto a nós aqui mais de 2000 anos decorridos? Vamos seguir os passos de Jesus!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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