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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lucas 19.1-48- JESUS CONTINUA O MESMO...

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 19, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vimos; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – já vimos; J. Os dez leprosos (17.11-19) – já vimos; K. A vinda do reino (17.20-37) – já vimos; L. Parábolas sobre oração (18.1-14) – já vimos; M. Jesus e as crianças (18.15-17) – já vimos; N. O jovem rico (18.18-30) – já vimos; O. Profecia da Paixão (18.31-34) – já vimos; P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43) – já vimos; Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10) – veremos agora; R. A parábola das minas (19.11-27) – veremos agora.
Breve síntese do capítulo 19.
Na beira do caminho, indo para Jericó, Deus curou aquele cegou que clamava a ele e agora chegando à cidade um homem rico, chefe dos publicanos, de nome Zaqueu que tinha se encantado com a pessoa de Jesus e que, querendo vê-lo, sobe em uma árvore e isso chama a atenção de Jesus.
Todas as demonstrações de fé que os homens fizeram em relação ao Filho de Deus foram elogiadas, bem acolhidas e os resultados impressionantes. Jesus não mudou seu jeito de ser e continua a passar por vilas e aldeias anunciando por meio de seus novos discípulos do século XXI a sua palavra.
A alegria de Zaqueu, os votos de Zaqueu, a palavra dele agradou a Jesus por que viu nele um descendente de Abraão. Não são filhos os que somente são gerados pelo ventre de Sara, mas todos aqueles que, como o Pai Abraão, creem no evangelho. Para esses, a quem o Senhor veio chamar, a salvação chega e os alcança.
Ele ainda lhes conta a parábola dos talentos e a forma com que muitos desprezam o Senhor e enterram aquilo que o Senhor deu para ser devolvido com juros. Se o Senhor nos deu e enterramos por causa da glória dos homens ou do amor deste século, em nós, não reina o amor de Deus e somos tidos como servos negligentes.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10).
Até o vs. 10, veremos a história de um cobrador de impostos chamado Zaqueu. Lucas lembrou-se de outra ocasião (veja 18.35-43) em que um publicano, odiado por ser cobrador de impostos, acreditou em Jesus apesar de ser desprezado pelos outros.
Esse termo “maioral dos publicanos” só aparece aqui em todo o Novo Testamento e indica claramente que se tratava do chefe dos agentes de cobrança locais. Jericó ficava perto de uma rota de comércio e havia por perto os famosos bosques de bálsamo. Havia por ali muita riqueza para ser taxada, e por isso Zaqueu era muito rico.
Zaqueu era de baixa estatura, mesmo assim não deixou de empreender todos os seus esforços para ver a Jesus. Foi ai que teve a ideia de subir num pé de sicômoro. Uma árvore fácil de escalar, plantada geralmente à margem das estradas.
Aquele esforço e ato daquele homem não passou despercebido por Jesus que o chamou pelo seu nome e ainda se convidou para ir repousar justamente na casa dele. Jesus considerou a sua visita a Zaqueu como parte da missão divina para a qual fora enviado.
Zaqueu tratou de se apressar para receber tão ilustre hóspede. No entanto, os outros murmuravam e lamentavam o fato de Jesus ir para a casa de um pecador.
Zaqueu, de cara, prometeu dar aos pobres metade dos seus bens. No grego, o verbo está no tempo presente, pois Zaqueu já havia considerado a ação como realizada. Também sobre os que prejudicara, ele devolveria quatro vezes mais. A lei exigia que se pagasse o valor original mais vinte por cento (Lv 6.5; Nm 5.7).
Zaqueu estava reembolsando também o valor exigido para o crime do roubo, que envolvia o sacrifício de um animal (Êx 22.1; 2Sm 12.6). Estava fazendo muito mais do que a lei exigia.
Jesus então exclama que a salvação tinha entrado naquela casa naquele momento. Conquanto Jesus tivesse acabado de dizer que seria muito difícil para um rico ser salvo (18.24-25), a salvação de Zaqueu demonstrou que isso não era impossível (18.27).
Essa expressão “filho de Abraão” pode indicar que Zaqueu era uma das ovelhas perdidas de Israel, aqueles a quem Jesus percebia como sua missão especial (Mt 10.6; 15.24; cf. Lc 13.16). Uma outra alternativa é identificar de Zaqueu como filho espiritual de Abraão (Rm 4.16-17).
Jesus referindo-se a si mesmo como o Filho do homem acrescenta que veio justamente para isso: buscar e salvar o que se havia perdido – vs. 10.
R. A parábola das minas (19.11-27).
Dos versos de 11 ao 27, lhes conta a parábola das minas. O povo pensava que Jesus iria estabelecer o reino imediatamente (vs. 11).
Essa parábola adverte quanto à importância de permanecermos fiéis, mesmo quando nos parece que o reino demora em se completar. A viagem de Jesus para Jerusalém já estava se aproximando do fim e alguns pensavam que ali ele iria estabelecer um reino terreno magnífico.
A parábola dos talentos (Mt 25.14-29) é semelhante a essa, porém em Mateus as quantias são maiores e variadas, e os servos estão sendo testados em suas aptidões para receberem tarefas maiores.
Aqui, porém, a quantia é pequena e igual para todos. Os ouvintes estão sendo ensinados que todos nós temos uma tarefa básica: servir a Deus com fidelidade.
O senhor que iria partir para uma terra distante - essa prática existiu realmente, conforme exemplificado por Herodes, a quem os romanos deram o governo da Judeia – para tomar para si um reino e voltar depois, chama os seus dez servos e a cada um deu uma mina e a orientação de que era para negociarem com ela até a sua volta.
Uma mina valia cem dracmas, a moeda dos gregos, e uma dracma equivalia geralmente ao valor pago por um dia de trabalho.
Quando Arquelau, filho de Herodes, viajou para Roma com o objetivo de tentar conseguir o governo de Herodes (isso aconteceu cerca de trinta anos antes do nascimento de Cristo), os judeus vassalos de Herodes enviaram uma delegação para pedir a Arquelau que não reinasse sobre eles.
Dois servos procederam corretamente e foram recompensados com uma nova oportunidade para servir, proporcional ao sucesso obtido. Observe a modéstia deles ("a tua mina rendeu") e a responsabilidade e autoridade maiores que receberam.
Foi o medo que impediu o terceiro homem de agir, embora soubesse que o seu senhor tinha grandes expectativas. Nada mais é dito sobre os outros sete servos. A parábola apresenta duas categorias: aqueles que trabalham e aqueles não trabalham.
A punição por não fazer uso daquilo que se possui é a perda, um princípio que tem muitas aplicações: aqueles que utilizam suas oportunidades espirituais encontram outras mais, porém aqueles que não o fazem acabam perdendo a habilidade de encontrar novas oportunidades. Daí a sua máxima que ecoa pela eternidade: a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado – vs. 26.
V. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS EM JERUSALÉM (19.28-21.38).
Estamos entrando agora na quinta parte proposta em nossa divisão, seguindo sempre a BEG.
Lucas relatou a entrada de Jesus em Jerusalém e os conflitos que ele enfrentou no templo. Jesus confrontou a principal instituição religiosa do Antigo Testamento, o templo, e declarou que este seria destruído por causa dos pecados do povo de Deus.
Tem-se início aqui do ministério público de Jesus em Jerusalém. Depois de detalhar os acontecimentos da viagem de Jesus da Caldeia para Jerusalém, Lucas passa a registrar nesse momento a quarta seção (estamos na quinta parte) mais importante de seu relato, chamando a atenção para uma série de coisas que Jesus fez antes de sua morte, ressurreição e ascensão.
O tema principal dessa seção é o relacionamento de Jesus com o templo de Jerusalém.
Para melhor exploração do conteúdo, propomos, seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 4 seções: A. A entrada triunfal (19.28-44) – veremos agora; B. A purificação do templo (19.45-46) – veremos agora; C. Ensinando no templo (19.47-21.4) – começaremos a ver agora; e, D. O sermão do monte das Oliveiras (21.5-38).
A. A entrada triunfal (19.28-44).
Até ao vs. 44, veremos a entrada triunfal. Lucas começa o relato sobre a estadia de Jesus em Jerusalém descrevendo a sua entrada na cidade. As multidões saudavam Jesus como o rei Messias vitorioso, num contraste surpreendente com o que viriam a fazer mais tarde.
Ele estava seguindo para Jerusalém, mas aconteceu que chegando perto de Betfagé e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou dois de seus discípulos buscarem um jumentinho. Betânia era uma vila distante 3 km de Jerusalém. Betfagé devia estar localizada nessas redondezas, pois era considerada uma cidade que fazia fronteira com Jerusalém.
No grego, o termo “jumentinho” pode se referir a um cavalo ou um burro; de qualquer modo, os outros Evangelhos deixam claro que se tratava de um jumento. O fato de ninguém tê-lo montado indica que não era destinado ao uso secular, e assim serviria perfeitamente para um propósito sagrado (Nm 19.2; 1Sm 6.7).
Foi Jesus posto, montado, na jumentinha. Evidentemente, as roupas foram utilizadas para fazer uma sela, e as roupas colocadas no caminho formaram um tapete triunfal.
Essa entrada em Jerusalém cumpriu uma profecia (Zc 9.9) e resultou numa aclamação pública de messianidade. Contudo, foi uma aclamação de um tipo diferente de messianidade, pois o jumento era um animal montado por um homem de paz (um rei conquistador teria montado um cavalo). O povo parece ter reconhecido a messianidade, mas não a ênfase na paz.
E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto,
Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.
É uma citação de SI 118.26, mas aqui está se referindo explicitamente ao rei. Somente o Evangelho de Lucas traz as palavras "paz" e "glória"; Lucas pode ter optado por estas em lugar de "Hosana" (que os outros Evangelhos registram a multidão aclamando), pois seus leitores gentios não a compreenderiam. A palavra "glória" transmite o significado.
Os fariseus ficaram muito irados e exigiram de Jesus que fizesse calar os seus discípulos. Os fariseus não queriam que nada perturbasse a paz e trouxesse problemas com os romanos. No entanto, Jesus responde – pelas Escrituras – que se eles se calassem, as pedras clamariam, ou seja, as Escrituras haveriam de se cumprirem - compare com Hc 2.11.
Somente Lucas registra o lamento de Jesus quando ele se aproximava da cidade. Cristo sabia que a excitação da multidão não correspondia a uma percepção espiritual genuína, e que o resultado daquilo que ele estava realizando inevitavelmente traria a guerra, e não a paz.
Jesus sabia o que estava encoberto aos olhos deles e fez uma descrição típica de uma cidade sitiada. O fato era que eles não reconheceram – nenhum sequer – que estaria entrando ali, na cidade, o Criador de todas as coisas.
Por conta disso, dias iriam vir sobre eles em que os seus inimigos os cercariam de trincheiras. As trincheiras eram erguidas para a proteção dos atacantes, que as utilizavam como base para lançarem seus ataques.
A cidade seria completamente destruída, e as pessoas teriam de encarar as consequências de terem rejeitado o Messias de Deus.
Será que também nós da presente geração estamos reconhecendo o Espírito Santo entre nós?
B. A purificação do templo (19.45-46).
Em seguida, Jesus entrou no templo e ali, não resistindo, fez a purificação do templo.
Os quatro Evangelhos relatam a expulsão dos mercadores do templo, porém Mateus, Marcos e Lucas colocam esse acontecimento como tendo ocorrido no final do ministério de Jesus, enquanto João o coloca no começo; é muito provável que houve duas purificações.
Os mercadores do templo eram cambistas (somente as moedas de Tiro eram aceitas no templo; logo, outras moedas tinham de ser trocadas antes que as ofertas fossem feitas) e também vendedores de animais para os sacrifícios.
Era conveniente que ficassem perto do templo, porém a presença deles dentro do pátio do templo tornava difícil o culto de adoração. Os mercadores ficavam no pátio dos gentios, o único lugar do templo onde os gentios tinham permissão para orar.
Jesus expulsa todos os que vendiam e compravam e lhes dizia que a sua casa seria chamada de casa de oração e não o que fizeram com ela, como se ela fosse um covil de salteadores. Evidentemente, muitos comerciantes eram desonestos.
C. Ensinando no templo (19.47-21.4).
Do vs. 47 até o vs. 4, do próximo capítulo estaremos vendo Jesus ensinando no templo. Lucas continua enfatizando os judeus e o templo ao registrar os ensinamentos que Jesus pregou ali.
O templo era o lugar habitual para ensinar. A oposição contra Jesus agora incluía um novo grupo: os "maiorais do povo", ou seja, leigos proeminentes que agora se juntaram aos sacerdotes e escribas em se oporem a Jesus.
Lc 19:1 Tendo Jesus entrado em Jericó,
ia atravessando a cidade.   
Lc 19:2 Havia ali um homem chamado Zaqueu,
o qual era chefe de publicanos e era rico.   
Lc 19:3 Este procurava ver quem era Jesus,
e não podia,
por causa da multidão,
porque era de pequena estatura.   
Lc 19:4 E correndo adiante,
subiu a um sicômoro a fim de vê-lo,
porque havia de passar por ali.   
Lc 19:5 Quando Jesus chegou àquele lugar,
olhou para cima e disse-lhe:
Zaqueu, desce depressa;
porque importa que eu fique hoje em tua casa.   
Lc 19:6 Desceu,
pois, a toda a pressa,
e o recebeu com alegria.   
Lc 19:7 Ao verem isso,
todos murmuravam, dizendo:
Entrou para ser hóspede de um homem pecador.   
Lc 19:8 Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor:
Eis aqui, Senhor,
dou aos pobres metade dos meus bens;
e se em alguma coisa tenho defraudado alguém,
eu lho restituo quadruplicado.   
Lc 19:9 Disse-lhe Jesus:
Hoje veio a salvação a esta casa,
porquanto também este é filho de Abraão.   
Lc 19:10 Porque o Filho do homem
veio buscar
e salvar o que se havia perdido.   
Lc 19:11 Ouvindo eles isso,
prosseguiu Jesus,
e contou uma parábola,
visto estar ele perto de Jerusalém,
e pensarem eles que o reino de Deus se havia
de manifestar imediatamente.   
Lc 19:12 Disse pois:
Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua,
a fim de tomar posse de um reino e depois voltar.   
Lc 19:13 E chamando dez servos seus,
deu-lhes dez minas, e disse-lhes:
Negociai até que eu venha.   
Lc 19:14 Mas os seus concidadãos odiavam-no,
e enviaram após ele uma embaixada, dizendo:
Não queremos que este homem reine sobre nós.   
Lc 19:15 E sucedeu que,
ao voltar ele, depois de ter tomado posse do reino,
mandou chamar aqueles servos
a quem entregara o dinheiro,
a fim de saber como
cada um havia negociado.             
Lc 19:16 Apresentou-se, pois, o primeiro, e disse:
Senhor, a tua mina rendeu dez minas.   
Lc 19:17 Respondeu-lhe o senhor:
Bem está, servo bom!
porque no mínimo foste fiel,
sobre dez cidades terás autoridade.   
Lc 19:18 Veio o segundo, dizendo:
Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.   
Lc 19:19 A este também respondeu:
Sê tu também sobre cinco cidades.   
Lc 19:20 E veio outro, dizendo:
Senhor, eis aqui a tua mina,
que guardei num lenço;   
Lc 19:21 pois tinha medo de ti,
porque és homem severo;
tomas o que não puseste,
e ceifas o que não semeaste.   
Lc 19:22 Disse-lhe o Senhor:
Servo mau! pela tua boca te julgarei;
sabias que eu sou homem severo,
que tomo o que não pus,
e ceifo o que não semeei;   
Lc 19:23 por que, pois, não puseste
o meu dinheiro no banco?
então vindo eu,
o teria retirado com os juros.   
Lc 19:24 E disse aos que estavam ali:
Tirai-lhe a mina,
e dai-a ao que tem as dez minas.   
Lc 19:25 Responderam-lhe eles:
Senhor, ele tem dez minas.   
Lc 19:26 Pois eu vos digo que
a todo o que tem,
dar-se-lhe-á;
mas ao que não tem,
até aquilo que tem
ser-lhe-á tirado.   
Lc 19:27 Quanto, porém,
àqueles meus inimigos que não quiseram
que eu reinasse sobre eles,
trazei-os aqui,
e matai-os diante de mim.   
Lc 19:28 Tendo Jesus assim falado,
ia caminhando adiante deles,
subindo para Jerusalém.   
Lc 19:29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia,
junto do monte que se chama das Oliveiras,
enviou dois dos discípulos,    Lc 19:30 dizendo-lhes:
Ide à aldeia que está defronte,
e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho
em que ninguém jamais montou;
desprendei-o
e trazei-o.   
Lc 19:31 Se alguém vos perguntar:
Por que o desprendeis?
respondereis assim:
O Senhor precisa dele.   
Lc 19:32 Partiram, pois,
os que tinham sido enviados,
e acharam conforme lhes dissera.   
Lc 19:33 Enquanto desprendiam o jumentinho,
os seus donos lhes perguntaram:
Por que desprendeis o jumentinho?   
Lc 19:34 Responderam eles:
O Senhor precisa dele.   
Lc 19:35 Trouxeram-no, pois, a Jesus
e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho,
fizeram que Jesus montasse.   
Lc 19:36 E, enquanto ele ia passando,
outros estendiam no caminho os seus mantos.   
Lc 19:37 Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras,
toda a multidão dos discípulos,     
regozijando-se,
começou a louvar a Deus em alta voz,
por todos os milagres que tinha visto,
Lc 19:38 dizendo:
Bendito o Rei que vem em nome do Senhor;
paz no céu,
e glória nas alturas.   
Lc 19:39 Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão:
Mestre, repreende os teus discípulos.   
Lc 19:40 Ao que ele respondeu:
Digo-vos que, se estes se calarem,
as pedras clamarão.   
Lc 19:41 E quando chegou perto
e viu a cidade,
chorou sobre ela, Lc 19:42 dizendo:
Ah! se tu conhecesses,
ao menos neste dia,
o que te poderia trazer a paz!
mas agora isso está encoberto aos teus olhos.   
Lc 19:43 Porque dias virão sobre ti
em que os teus inimigos
te cercarão de trincheiras,
e te sitiarão,
e te apertarão de todos os lados,   
Lc 19:44 e te derribarão,
a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem;
e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
porque não conheceste o tempo da tua visitação.   
Lc 19:45 Então,
entrando ele no templo,
começou a expulsar os que ali vendiam,
Lc 19:46 dizendo-lhes:
Está escrito:
A minha casa será casa de oração;
vós, porém, a fizestes covil de salteadores.   
Lc 19:47 E todos os dias
ensinava no templo;
mas os principais sacerdotes,
os escribas,
e os principais do povo
procuravam matá-lo;   
Lc 19:48 mas não achavam meio de o fazer;
porque todo o povo ficava enlevado ao ouvi-lo.    
A entrada de Jesus em Jerusalém foi triunfal e cercada de alegria e louvores a Deus que os fariseus tentaram impedir, repreendendo o Senhor, mas ele lhes diz que se esses se calassem, as pedras tomariam lugar dele para o louvarem.
Assim os fariseus, os principais sacerdotes e os escribas que deviam orientar corretamente o povo para darem ouvidos a Deus, o odiavam e queriam mata-lo, mas como iriam fazer isso se ele era amado, respeitado e aclamado nas multidões? Jesus contudo os ensinava e evangelizava todos os dias, no templo, para a glória de seu Pai. E quanto a nós aqui mais de 2000 anos decorridos? Vamos seguir os passos de Jesus!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Lucas 18.1-43- QUEM SE EXALTA, SERÁ HUMILHADO.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 18, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vimos; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – já vimos; J. Os dez leprosos (17.11-19) – já vimos; K. A vinda do reino (17.20-37) – já vimos; L. Parábolas sobre oração (18.1-14) – veremos agora; M. Jesus e as crianças (18.15-17) – veremos agora; N. O jovem rico (18.18-30) – veremos agora; O. Profecia da Paixão (18.31-34) – veremos agora; P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43) – veremos agora; Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 18.
Jesus nos orientou e nos deu exemplos do dever de orar sempre sem nunca esmorecer. Para isso ilustrou com uma história de um juiz iniquo que não temia a Deus, nem homem algum, mas que, contudo atendeu a viúva pobre por causa da importunação.
O raciocínio de Jesus foi que se o homem mal pode fazer justiça a uma viúva insignificante que lhe importunava, quanto mais não fará justiça o nosso Pai quando a ele recorrermos em oração dia e noite sobre algo que nos perturba?
Contou-lhes ainda mais uma parábola sobre duas pessoas que se apresentavam diante de Deus em oração. Uma delas, um fariseu, cheio de justificativas e de obras; a outra, um publicano, pecador e cheio de defeitos.
Não são as obras do fariseu boas? Não devemos praticá-las? Não havia nada de errado com suas obras, mas havia com a sua exaltação, com seu orgulho e com seu coração desviado de Deus e voltado para si mesmo. O publicano desceu justificado porque não depositou em si mesmo qualquer valor, mas em Deus.
Jesus abençoa as crianças dizendo que devemos ser como elas para recebermos o reino de Deus e depois se defronta com um jovem interessante, mas que era apegado às riquezas. Deus não divide sua glória com ninguém! Ou servimos a Deus ou à riqueza. Então não podemos ser ricos? Eu não disse isso. Quem lê, entenda!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
L. Parábolas sobre oração (18.1-14).
Até o vs. 14, Jesus falou sobre duas atitudes na oração.
O contexto da narrativa anterior (17.20-37) e a referência à segunda vinda (18.8) sugerem que aqui está em evidência a persistência e a humildade na oração, para que Cristo venha e prevaleça sobre o mal (1Co 16.22; Ap 22.20), ainda que essa vinda pareça estar atrasada.
Aqui, há também um princípio geral quanto à importância da oração persistente e humilde em todas as circunstâncias.
A viúva era uma mulher desamparada e com uma causa justa (ela queria justiça, e não vingança). Ela não tinha outro jeito a não ser importunar quem poderia resolver o seu caso. Importunar é uma expressão pitoresca que no original lê-se literalmente "me causa olho roxo".
Se até mesmo um juiz iníquo às vezes faz o que é correto, quanto mais não fará o Deus justo? Deus escolhe pessoas que oram a ele continuamente, e não irá abandoná-las.
Toda demora tem uma razão; por exemplo, fortalecer aquele que ora ou oferecer oportunidade de arrependimento para aqueles pelos quais oram os cristãos.
De acordo com o tempo de Deus (2Pe 3.8), e não de acordo com a nossa percepção, Deus irá nos atender. Para nós isso pode se chamar de demora, mas no prisma de Deus, não.
Toda oração também entendo ser um privilégio que Deus concede às suas criaturas dando-lhes a oportunidade de junto com ele regerem soberanamente o universo.
A conclusão de Jesus é que o juiz mal se apressaria em atender a viúva pobre por causa da importunação, mas e na volta do Filho do homem, acharia este fé na terra – vs. 8? Não significa que não haverá cristãos, mas sim que nem todas as pessoas serão cristãs.
A seguir lhes conta uma parábola comparando dois homens que oravam diante de Deus, sendo um deles um fariseu, zeloso de boas obras e um publicano descuidado com tudo.
A oração individual podia ser feita no templo a qualquer momento do dia, e não apenas durante o culto formal. Ambos oraram de pé, na posição tradicional para orar.
O fariseu gastava seu tempo dando justificativas para Deus como o fato de que jejuava duas vezes por semana. O único jejum prescrito na lei de Moisés era aquele estipulado para o Dia da Expiação (Lv 16.29-31; 23.27), embora o jejum voluntário pudesse acompanhar as orações (SI 35.13), a penitência (1Rs 21.27) e o lamento (2Sm 1.12).
No período intertestamentário, a tradição oral judaica acrescentou uma série de jejuns que as pessoas piedosas deveriam observar.
O jejum pode ser útil no exercício religioso (5.33-35; At 13.2-3), porém Jesus condenou-o veementemente como maneira de obter favores de Deus (vs. 11-12) ou fazer ostentação de piedade (Mt 6.16-18; cf. Is 58.1-6).
Quem jejua com a intenção de estar forçando a divindade a funcionar a seu favor, não conhece o Deus que é soberano.
O publicano se sentia tão indigno que nem ousava levantar os olhos ao céu. Era comum olhar para cima durante a oração, porém esse homem estava muito consciente de sua indignidade para fazê-lo; ele apenas pediu misericórdia e admitiu o seu pecado.
O resultado positivo foi que o publicano desceu justificado para sua casa. Foi o penitente, e não o orgulhoso, que foi para casa justificado (isto é, considerado justo).
O fariseu confiou em seus próprios méritos, porém isso não era suficiente; ele ainda não havia compreendido que nenhuma boa ação é suficiente para um Deus que exige perfeição (Mt 5.48).
O publicano confiou apenas na misericórdia de Deus, e a encontrou.
M. Jesus e as crianças (18.15-17).
Enquanto isso, eram trazidas até Jesus muitas crianças – vs. 15-17. Lucas colocou aqui essa pequena ilustração visando demonstrar a necessidade da humildade no reino.
Jesus apresentou as crianças como modelo para aqueles que desejam herdar o reino. A fé que os seus seguidores devem ter em Deus deve lembrar a fé que a criança pequena tem em seus pais.
N. O jovem rico (18.18-30).
Dos versos 18 ao 30, iremos ver o caso de um jovem rico que queria herdar a vida eterna e fez questionamentos a Jesus. Aqui, Lucas trata do problema do orgulho e da riqueza, e como essas coisas podem impedir uma pessoa de herdar o reino.
O jovem rico contrasta com a fé inocente da criança, mencionada na passagem anterior.
Ele era homem de posição. Apenas Lucas registra que esse homem tinha uma posição importante. O termo é de uso geral, mas deixa claro que o homem pertencia à elite. Bom Mestre. Não era um tratamento usado no judaísmo, mas um tipo de bajulação. Esse homem presumiu que seus méritos poderiam conquistar a vida eterna.
Por que me chamas bom? Jesus convidou o jovem a considerar o que significa a saudação que lhe dirigiu. Cristo não disse que era errado chamá-lo de bom, mas queria que o rico percebesse que estava fazendo uma afirmação importante a respeito de Jesus.
Jesus, então, para levar o jovem à reflexão, lança diante dele um grande desafio o qual seria vender tudo o que tinha. O desafio para vender tudo revelou que o jovem rico não compreendia realmente os mandamentos, pois quando confrontado com a escolha, ficou claro que amava mais a sua riqueza de que a Deus.
Os ricos são tentados a confiar nas coisas terrenas (do mesmo modo que fazem aqueles cuja riqueza são as realizações intelectuais, artísticas, etc.). Os grandes empreendedores têm muita dificuldade em confiar inteiramente na misericórdia de Deus.
Seria de fato mais fácil passar um camelo no buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus - Mc 10.25.
Se o rico, com todas as suas vantagens, não pode ser salvo facilmente, então quem pode? A resposta é que a salvação, quer do pobre ou do rico, é sempre um dom de Deus.
A reposta que Jesus deu a Pedro significa que os dons de Deus sempre sobrepujarão qualquer coisa de que Pedro vier a se desfazer.
Jesus falou sobre recompensas espirituais e familiares que eram muito melhores do que as físicas. O sacrifício de uma pessoa em favor do reino não obriga Deus a conceder recompensas materiais ou familiares durante esta vida.
O. Profecia da Paixão (18.31-34).
Nessa hora, Jesus chamou os doze e lhes falou que sua hora se aproximava veloz. Jesus profetizou o seu sofrimento e a sua morte (cf. 5.35; 9.22,43-45; 12.50; 13.32-33; 17.25), sendo essa a primeira vez que falou sobre ser "entregue aos gentios" (isto é, os romanos), que eram um assunto especial para Lucas.
P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43).
Jesus estava próximo de Jericó e no seu caminho havia um cego mendigando. Ele parecia estar de propósito ali, esperando aquele dia em que o Messias haveria de passar por ali. Então ele se certifica de que era mesmo Jesus.
Lucas registra – vs. 35 ao 43 - um acontecimento no qual um cego demonstrou fé em Jesus, mesmo em face da oposição de terceiros.
Também veremos essa mesma história em Mt 20.29; Mc 10.46. Mt 20.30 relata que dois cegos foram ao encontro de Jesus enquanto ele saía de Jericó; Mc 10.46 relata o encontro com o cego Bartimeu, a quem Jesus encontrou (novamente) quando saía da cidade. Um dos homens pode ter sido o porta-voz do outro.
Ele clamava a plenos pulmões a Jesus como o Filho de Davi – vs. 38. Um título real dado ao Messias, o maior dos filhos de Davi.
Jesus não resiste, para e manda chamá-lo. A fé foi a maneira pela qual a graça foi recebida, e não o poder que a produziu. Foi ela a fé dele que o salvou. Também pode ser traduzido como "te curou", porém aqui "salvou" se encaixa melhor, tendo em vista que o homem passou a seguir Jesus e louvar a Deus.
Lc 18:1 Disse-lhes Jesus uma parábola
sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:
Lc 18:2 Havia em certa cidade um juiz
que não temia a Deus,
nem respeitava homem algum.
Lc 18:3 Havia também, naquela mesma cidade,
uma viúva que vinha ter com ele, dizendo:
Julga a minha causa contra o meu adversário.
Lc 18:4 Ele, por algum tempo, não a quis atender;
mas, depois, disse consigo:
Bem que eu não temo a Deus,
nem respeito a homem algum;
Lc 18:5 todavia, como esta viúva me importuna,
julgarei a sua causa,
para não suceder que, por fim,
venha a molestar-me.
Lc 18:6 Então, disse o Senhor:
Considerai no que diz este juiz iníquo.
Lc 18:7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos,
que a ele clamam dia e noite,
embora pareça demorado em defendê-los?
Lc 18:8 Digo-vos que,
depressa,
lhes fará justiça.
Contudo, quando vier o Filho do Homem,
achará, porventura,
fé na terra?
Lc 18:9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos,
por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
Lc 18:10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar:
um, fariseu,
e o outro, publicano.
Lc 18:11 O fariseu,
posto em pé,
orava de si para si mesmo, desta forma:
Ó Deus, graças te dou porque não sou
como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros,
nem ainda como este publicano;
Lc 18:12 jejuo duas vezes por semana
e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
Lc 18:13 O publicano,
estando em pé,
longe,
não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo:
Ó Deus,
sê propício a mim, pecador!
Lc 18:14 Digo-vos
que este desceu justificado para sua casa,
e não aquele;
porque todo o que se exalta
será humilhado;
mas o que se humilha
será exaltado.
Lc 18:15 Traziam-lhe também as crianças,
para que as tocasse;
e os discípulos,
vendo,
os repreendiam.
Lc 18:16 Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou:
Deixai vir a mim os pequeninos
e não os embaraceis,
porque dos tais é o reino de Deus.
Lc 18:17 Em verdade vos digo:
Quem não receber o reino de Deus
como uma criança
de maneira alguma entrará nele.
Lc 18:18 Certo homem de posição perguntou-lhe:
Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Lc 18:19 Respondeu-lhe Jesus:
Por que me chamas bom?
Ninguém é bom, senão um, que é Deus.
Lc 18:20 Sabes os mandamentos:
Não adulterarás, não matarás, não furtarás,
não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.
Lc 18:21 Replicou ele:
Tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
Lc 18:22 Ouvindo-o Jesus, disse-lhe:
Uma coisa ainda te falta:
vende tudo o que tens,
dá-o aos pobres
e terás um tesouro nos céus;
depois,
vem
e segue-me.
Lc 18:23 Mas, ouvindo ele estas palavras,
ficou muito triste,
porque era riquíssimo.
Lc 18:24 E Jesus, vendo-o assim triste, disse:
Quão dificilmente entrarão no reino de Deus
os que têm riquezas!
Lc 18:25 Porque
é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha
do que entrar um rico no reino de Deus.
Lc 18:26 E os que ouviram disseram:
Sendo assim, quem pode ser salvo?
Lc 18:27 Mas ele respondeu:
Os impossíveis dos homens
são possíveis para Deus.
Lc 18:28 E disse Pedro:
Eis que nós deixamos nossa casa e te seguimos.
Lc 18:29 Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado
casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos,
por causa do reino de Deus,
Lc 18:30 que não receba, no presente,
muitas vezes mais
e, no mundo por vir, a vida eterna.
Lc 18:31 Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus:
Eis que subimos para Jerusalém,
e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito
por intermédio dos profetas,
no tocante ao Filho do Homem;
Lc 18:32 pois será ele
entregue aos gentios,
escarnecido,
ultrajado
e cuspido;
Lc 18:33 e, depois de o açoitarem,
tirar-lhe-ão a vida;
mas, ao terceiro dia,
ressuscitará.
Lc 18:34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas;
e o sentido destas palavras era-lhes encoberto,
de sorte que não percebiam o que ele dizia.
Lc 18:35 Aconteceu que,
ao aproximar-se ele de Jericó,
estava um cego assentado à beira do caminho,
pedindo esmolas.
Lc 18:36 E, ouvindo o tropel da multidão que passava,
perguntou o que era aquilo.
Lc 18:37 Anunciaram-lhe
que passava Jesus, o Nazareno.
Lc 18:38 Então, ele clamou:
Jesus, Filho de Davi,
tem compaixão de mim!
Lc 18:39 E os que iam na frente
o repreendiam para que se calasse;
ele, porém,
cada vez gritava mais:
Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Lc 18:40 Então,
parou Jesus
e mandou que lho trouxessem.
E,
tendo ele chegado,
perguntou-lhe:
Lc 18:41 Que queres que eu te faça?
Respondeu ele:
Senhor, que eu torne a ver.
Lc 18:42 Então, Jesus lhe disse:
Recupera a tua vista;
a tua fé te salvou.
Lc 18:43 Imediatamente,
tornou a ver
e seguia-o
glorificando a Deus.
Também
todo o povo,
vendo isto,
dava louvores a Deus.
Jesus fala aos discípulos das coisas que em breve irão acontecer com ele e os adverte, mas eles ainda não entendiam. Em seguida, ele cura o cego de Jericó; no entanto, se aquele cego continuasse ali calado e quieto sabendo quem era o que passava por ali, certamente, estaria cego até o dia de hoje.
Ele, o cego de Jericó, sabia quem era Jesus e que ali passaria ou estava passando. Ele enfrentou dificuldades ao tentar se aproximar de Jesus, mas foi perseverante. Ele chamou a atenção de Jesus para ele e Jesus o atendeu: o que queres que eu te faça? Ele foi claro: eu quero ver! Jesus pronuncia a palavra de cura: seja feito! Em seguida, elogia a sua fé: a tua fé te salvou!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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