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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

I Coríntios 10 1-33 - PARA QUE FOSSEM SALVOS...

Como já dissemos, Coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto. Estamos vendo a parte II, cap. 10/16.
Breve síntese do capítulo 10.
I Co 10 lembrou-me de Hebreus quando o autor de Hebreus advertia o povo de Deus com relação à incredulidade e à murmuração.
Paulo entende a travessia do mar como se fosse um batismo simbolizando nós que somos batizados em Cristo Jesus e com água; assim, todos então comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual, ou seja, da pedra espiritual que os seguia, a qual é Cristo. Não é tremendo?
Isto tudo é uma parábola para nós e uma advertência de que estamos hoje sob a mesma nuvem e sob a mesma coluna de fogo tanto de dia como de noite, mas não da forma visível que eles tinham, mas melhor e mais profunda.
Cristo está hoje nos cercando com seu amor e nele, batizados, participamos de sua carne e de seu sangue e com ele temos comunhão e caminhamos rumo agora à nossa pátria celestial, a Nova Canaã. Aliás não somos nós que conduzimos, mas estamos sendo conduzidos por ele!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Como dissemos, estamos vendo que Paulo respondeu às questões levantadas na carta enviada pela igreja de Corinto. Ele falou em detalhes sobre os desafios específicos enfrentados pelos coríntios, que envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e virgindade. Como dissemos, depois de tratar das questões levantadas pelos da casa de Cloe, Paulo se volta, então, para outras questões levantadas pela igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – estamos vendo; C. Problemas no culto (11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e, F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) - continuação.
Até 11.1, conforme já dissemos, estamos vendo as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Essa questão foi dividida em quatro partes: 1. Questões centrais (8.1-13) – já vimos; 2. A autoridade de Paulo (9.1-27) – já vimos; 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22) – veremos agora; e, 4. Conclusões (10.23-11.1) – veremos agora.
3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22).
Depois de encorajar os coríntios a pensarem na vida cristã como uma corrida, Paulo explica a importância dessa perspectiva ao chamar a atenção para o exemplo de Israel no deserto.
Afinal de contas continuamos nele, no deserto (fase de transição entre a antiga vida e a nova vida com Cristo) onde acabamos de sair do Egito (deixando o mundo) e estamos nos dirigindo à Terra Santa, a nova Canaã, a Jerusalém Celestial.
Considerando que o batismo cristão enfatiza a união da pessoa com Cristo, Paulo faz uso desse sacramento para delinear semelhanças entre o povo de Israel no Antigo Testamento e a igreja de Corinto. Todos os israelitas da geração do êxodo passaram pela provação e pelo livramento desse acontecimento (que envolveu a travessia pelo mar) por causa da identificação do povo com seu líder, Moisés.
Observe a repetição do termo "todos" nos vs. 1-3 (também em 12.13). Essa passagem (10.1-12) serve como exemplo e esclarece a advertência em 9.24-27. Todos os membros da igreja visível em Corinto foram batizados em Cristo e, portanto, experimentaram o livramento que Deus oferece.
Contudo, isso não era garantia de que Deus se agradaria em salvar todos eles. (A BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A igreja visível e a invisível", em 1 Pe 4).
Além da analogia com o batismo, Paulo exorta os coríntios a não buscarem falso consolo no fato de também terem participado da Ceia do Senhor (vs. 14-22).
Os israelitas, como povo visível de Deus, também haviam participado da comida e bebida espiritual divina. Aqui, o termo "espiritual" não significa "não material" e nem sugere que o maná e a água tinham algum significado espiritual mais profundo.
Pelo contrário, Paulo se refere ao Espírito Santo (veja 2.6,14; 3.1; 15.44-46). Aqueles israelitas foram privilegiados por receber alimento sobrenatural fornecido pelo Espírito Santo, assim como a igreja é nutrida pelo Espírito Santo na Ceia do Senhor.
E a pedra era Cristo, ou seja, no Antigo Testamento, Deus geralmente é comparado a uma pedra, pois ele é a Pedra de Israel (p. ex., Gn 49.24; SI 95.1-3).
Ezequiel falou sobre água fluindo do templo, o lugar do trono régio de Deus na terra após a restauração do exílio (Ez 47.1-12).
A pedra que fornecia água para Israel durante o êxodo se encaixa nessa tipologia de realeza.
Nesse sentido, Paulo viu na pedra que fornecia água no deserto uma demonstração da majestade de Deus e do cuidado pelo seu povo. Por analogia, essa pedra prefigurava Jesus, o rei definitivo e vivificador.
Paulo está exortando os coríntios da severidade do fato de estarmos em Cristo e toda a história tinha acontecido como exemplos para nós. No grego, esse termo “exemplos” está relacionado à palavra portuguesa "tipo" (bem como no vs. 11).
Os acontecimentos do êxodo mencionados aqui representam um padrão de livramento que corresponde à libertação que Jesus trouxe para o seu povo.
Podemos sintetiza esses acontecimentos (vs. 6 ao 11):
·         Eles cobiçaram coisas más.
·         Foram idólatras.
·         Assentaram-se para comer e beber, e, depois, levantaram-se para se entregar à farra.
·         Praticaram a imoralidade. Consequência: 23 mil mortos num só dia.
·         Colocaram o Senhor à prova. Consequência: mortos por serpente.
·         Queixaram-se e murmuraram desenfreadamente. Consequência: foram mortos pelo anjo destruidor.
O que tinha acontecido tinha atingido aquele povo, daquela época, mas isso atingia, de certa forma, nós também, pois que era chegado o fim dos tempos – vs. 11.
Essa declaração mostra a convicção de Paulo de que a ainda de Cristo inaugurou os "últimos dias" (1.20; Hb 1.2), o período em que as promessas do Antigo Testamento passam a se cumprir. Ao falar sobre esse assunto, Paulo procura ajudar os coríntios a perceberem que os acontecimentos do Antigo Testamento também se aplicam a eles.
Esses acontecimentos também sugerem que, considerando sua posição privilegiada, os coríntios deveriam ter percebido a responsabilidade que tinham diante de Deus (Lc 12.48). A BEG ainda recomenda a leitura de seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7.
Paulo entendia que aquele que estivesse firme, deveria se cuidar muito para não cair. Também as provações nunca foram superiores às forças para vencê-las, pelo contrário, Deus sempre proveu livramento.
Esse versículo bastante conhecido tem sido muito útil para encorajar cristãos que enfrentam tentações. Contudo, os cristãos devem perceber que, na verdade, as palavras de Paulo trazem, além de encorajamento, exortação.
Se Deus não permite tentação maior do que o indivíduo pode suportar, então, sem dúvida, o cristão não tem desculpas válidas para pecar. Embora nenhum cristão evite totalmente o pecado (1 Rs 8.46; 1Jo 1.8-10), não há tentação que não possa ser resistida.
Então Paulo fala para fugirmos da idolatria. Esse mandamento não constitui um elemento totalmente novo na argumentação de Paulo. Antes, se aplica ao tema anterior sobre a questão dos alimentos oferecidos aos ídolos nos caps. 8-10.
Paulo estava angustiado pelo fato de alguns coríntios praticarem idolatria quando faziam suas refeições nos templos pagãos (8.7,10,11,12).  
Não era concebível que se enganassem e caíssem nesse laço. Era necessário julgar por eles mesmos que eram pessoas sensatas. Essa alusão à Ceia do Senhor tencionava demonstrar a importância do ato de participar de uma refeição manifestamente religiosa.
Assim como é impossível tomar parte na Ceia do Senhor e, ao mesmo tempo, negar a sua importância religiosa, do mesmo modo os coríntios agiam com ingenuidade ao imaginar que a participação nas festas dos templos gregos não envolvia idolatria.
Além disso, a união "do corpo de Cristo", simbolizada pelo partir do pão e beber do cálice, exclui a união com ídolos.
Embora os ídolos não sejam coisa alguma (vs. 19), os rituais pagãos se apoiam na realidade da obra de Satanás e os cristãos devem se afastar dessas coisas.
Aqui, o ensino de Paulo cria alguma tensão com suas declarações no cap. 8, onde parece permitir as refeições nos templos pagãos. A melhor explicação para isso é que nem todas as refeições oferecidas nos templos pagãos aconteciam no contexto de festa religiosa.
Os animais, antes de serem abatidos para suprir o mercado, eram oferecidos com regularidade aos ídolos pagãos. Por isso, sem dúvida a quantidade de carne sacrificada aos ídolos que circulava no mercado excedia àquela usada nas festas e cerimônias religiosas (vs. 25).
Paulo não pretende afirmar a impossibilidade de participar, em termos de presença física, da cerimônia com os demônios e depois da Ceia do Senhor. Antes, instrui que isso não deve acontecer e, caso aconteça, haverá punição.
Nesse caso – vs. 22, zelos no Senhor? - não se refere ao zelo pelo seu povo, mas ao zelo pela sua própria santidade e pela honra que é devida exclusivamente a ele e sua Ceia. Mais uma vez, Paulo adverte os coríntios por meio de expressões fortes.
4. Conclusões (10.23-11.1).
Paulo chega a diversas conclusões e instruções práticas com relação às coisas oferecidas aos ídolos.
Embora tudo pudesse lhe parecer permitido, a regra geral deveria ser se tal coisa fosse conveniente e trouxesse edificação.
Ele instrui para se comer de tudo o que se vende no mercado. Apesar de empregar expressões fortes contra a participação em cerimônias idólatras, Paulo não desejava que os coríntios tivessem zelo excessivo.
O fato de um alimento ter sido oferecido a um ídolo não altera a natureza da substância em si mesma e nem a contamina com espíritos maus. Podemos comer de tudo que se vende no mercado sem fazer perguntas por causa da consciência, pois, em sua visão, do Senhor é a terra e tudo o que nela existe – vs. 26.
Agora, se alguém dissesse que tal coisa tinha sido oferecida em sacrifício, a regra era não comer. Quando alguém indicava que tal alimento havia sido oferecido aos ídolos em cerimônias pagãs, presumia-se que essa informação era oferecida pela pessoa mais escrupulosa (isto é, o cristão fraco; 8.7-12). Nesse caso, a atitude apropriada para o cristão mais forte seria abster-se do alimento, "por causa daquele que vos advertiu".
Essa pergunta do vs. 30 na qual ele, Paulo, participava da refeição com ação de graças, porque era condenado por algo que ele dava graças? Isso parece indicar que Paulo foi acusado de ingerir alimento oferecido aos ídolos, inferindo que, nesse caso, ele não tinha o direito de proibir os coríntios de fazer o mesmo.
Paulo resume todo seu discurso e instrução no vs. 31 que diz que quer comamos, quer bebamos ou façamos qualquer outra coisa, que tudo seja feito para a glória de Deus e assim tudo está resolvido e certo.
Este princípio - não buscando o nosso próprio interesse, mas o de muitos – vs. 33 -, combinado ao desejo de fazer tudo para a glória de Deus (v. 31), constituía o critério que norteava o comportamento de Paulo. Sabem para o quê? Para que fossem salvos! – vs. 33. Na verdade, esse também é o princípio do amor cristão, que "não procura os seus interesses" (13.5).
I Co 10:1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis
que nossos pais estiveram todos sob a nuvem,
e todos passaram pelo mar,
I Co 10:2 tendo sido todos batizados,
assim na nuvem como no mar,
com respeito a Moisés.
I Co 10:3 Todos eles comeram
de um só manjar espiritual
I Co 10:4 e beberam
da mesma fonte espiritual;
porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia.
E a pedra era Cristo.
I Co 10:5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles,
razão por que ficaram prostrados no deserto.
I Co 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós,
a fim de que não cobicemos as coisas más,
como eles cobiçaram.
I Co 10:7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles;
porquanto está escrito:
O povo assentou-se para comer e beber
e levantou-se para divertir-se.
I Co 10:8 E não pratiquemos imoralidade,
como alguns deles o fizeram,
e caíram, num só dia, vinte e três mil.
I Co 10:9 Não ponhamos o Senhor à prova,
como alguns deles já fizeram
e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
I Co 10:10 Nem murmureis,
como alguns deles murmuraram
e foram destruídos pelo exterminador.
I Co 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos
e foram escritas para advertência nossa,
de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
I Co 10:12 Aquele, pois, que pensa estar em pé
veja que não caia.
I Co 10:13 Não vos sobreveio tentação
que não fosse humana;
mas Deus é fiel
e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças;
pelo contrário, juntamente com a tentação,
vos proverá livramento,
de sorte que a possais suportar.
I Co 10:14 Portanto, meus amados,
fugi da idolatria.
I Co 10:15 Falo como a criteriosos;
julgai vós mesmos o que digo.
I Co 10:16 Porventura, o cálice da bênção que abençoamos
não é a comunhão do sangue de Cristo?
O pão que partimos
não é a comunhão do corpo de Cristo?
I Co 10:17 Porque nós, embora muitos,
somos unicamente um pão,
um só corpo;
porque todos participamos do único pão.
I Co 10:18 Considerai o Israel segundo a carne;
não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios
são participantes do altar?
I Co 10:19 Que digo, pois?
Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
Ou que o próprio ídolo tem algum valor?
I Co 10:20 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam,
é a demônios que as sacrificam
e não a Deus;
e eu não quero que vos torneis associados
aos demônios.
I Co 10:21 Não podeis beber
o cálice do Senhor
e o cálice dos demônios;
não podeis ser participantes da mesa
do Senhor
e da mesa dos demônios.
I Co 10:22 Ou provocaremos zelos no Senhor?
Somos, acaso, mais fortes do que ele?
I Co 10:23 Todas as coisas são lícitas,
mas nem todas convêm;
todas são lícitas,
mas nem todas edificam.
I Co 10:24 Ninguém busque o seu próprio interesse,
e sim o de outrem.
I Co 10:25 Comei de tudo o que se vende no mercado,
sem nada perguntardes por motivo de consciência;
I Co 10:26 porque do Senhor é a terra e a sua plenitude.
I Co 10:27 Se algum dentre os incrédulos vos convidar,
e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto diante de vós,
sem nada perguntardes por motivo de consciência.
I Co 10:28 Porém, se alguém vos disser:
Isto é coisa sacrificada a ídolo,
não comais,
por causa daquele que vos advertiu
e por causa da consciência;
I Co 10:29 consciência, digo,
não a tua propriamente,
mas a do outro.
Pois por que há de ser julgada
a minha liberdade pela consciência alheia?
I Co 10:30 Se eu participo com ações de graças,
por que hei de ser vituperado por causa daquilo por que dou graças?
I Co 10:31 Portanto,
quer comais,
quer bebais
ou façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de Deus.
I Co 10:32 Não vos torneis causa de tropeço
nem para judeus,
nem para gentios,
nem tampouco para a igreja de Deus,
I Co 10:33 assim como também eu procuro,
em tudo,
ser agradável a todos,
não buscando o meu próprio interesse,
mas o de muitos,
para que sejam salvos.
Sendo assim, já que estamos como nossos irmãos no deserto, não devemos ser como a maioria deles foram e ficaram e pereceram no deserto por causa da incredulidade e da murmuração. Não há tempo para brincarmos com o pecado!
Demônios: Posso ser possuído por um demônio?[1]
Os demônios são seres espirituais (incorpóreos) corruptos e hostis a Deus e à humanidade. São espíritos decaídos, criaturas imortais associadas a Satanás (em Mt 12.24-29, Jesus equipara Belzebu, seu suposto príncipe, a Satanás). Foram expulsos do céu a fim de aguardar o julgamento final por seus pecados (2Pe 2.4; Jd 6) e não podem ser redimidos. Seu objetivo constante é opor-se à glória de Deus e ao bem-estar dos seres humanos; eles estão além da redenção.
No Antigo Testamento os demônios são associados com frequência, porém não sempre, à idolatria e às práticas de adoração pagãs (Lv 1 7.7; Dt 32.1 7; SI 1 06.37). Também é dito que exerciam domínio sobre nações gentias (SI 82.1; Dn 1 0.1 3,20; Mt 4.8-9; Lc 4.5-7), como aquelas que se entregavam aos cultos pagãos. Para Israel, adorar os deuses de outras nações era o mesmo que adorar demônios e o próprio Satanás.
A apostasia grave de Israel e a tirania das potências estrangeiras durante os séculos entre o Antigo e o Novo Testamento provocaram a infiltração de muitos demônios em Israel nesse período. Em decorrência disso, Jesus expulsou esses espíritos malignos de várias pessoas (chamadas de endemoninhadas). A frequência e intensidade das manifestações demoníacas durante o ministério de Cristo são singulares; não houve nada igual no Antigo Testamento nem desde então. Quando Jesus começou a estabelecer o reino de Deus, começando em Israel (veja o artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4), Satanás e seus demônios procuraram desesperadamente resistir ao seu avanço (Mt 1 2.29). Esses demônios tinham conhecimento (Mc 1.24) e força (9.1 7-2 7) e se aproveitavam de doenças físicas e mentais (Mc 5.1-1 5; 9.1 7-1 8; Lc 11.14).
Ainda assim, esses espíritos malignos reconheciam e temiam a Cristo. Estavam sujeitos à sua autoridade (Mc 1.25-26; 3.11-12; 9.25-26), apesar de Jesus admitir que alguns deles eram tão fortes que só podiam ser expulsos mediante oração intensa (Mc 9.29). Cristo também autorizou e capacitou seus apóstolos e os outros setenta e dois discípulos para expulsar demónios em seu nome (isto é, pela delegação de seu poder e autoridade; Lc 9.1; 10.17; At 16.18), indicando que os seguidores de Jesus também têm autoridade sobre os demônios desde que exercitem a devida devoção e dependência do Espírito Santo (1Jo 4.4). Em essência, o poder de Satanás sobre as nações já foi destruído por Cristo (Mt 12.28-29; Cl 2.15; 1Pe 3.21-22; Ap 20.2-3), mas o inimigo e seus exércitos demoníacos ainda não se encontram inteiramente impotentes (Ef 6.11-12; 1 Pe 5.8).
Ao longo da história da igreja, os demônios parecem ser particularmente ativos nas fronteiras do reino de Deus e nas regiões em que a fé se perdeu (terras outrora cristãs, mas que, posteriormente, negaram o evangelho). Como nas Escrituras, os demônios se mostram particularmente agressivos nos lugares e épocas em que a igreja avança pela primeira vez sobre territórios pagãos. Não é incomum missionários relatarem embates dramáticos com espíritos malignos. Além disso, como mostra o exemplo de Israel (Dt 32.1 7; SI 106.37; Mt 10.6-8), a atividade demoníaca aumenta nos lugares e épocas de apostasia grave na igreja. Ainda assim, os verdadeiros cristãos têm acesso ao poder de Cristo para combater esses espíritos malignos.
Infelizmente, cristãos bem-intencionados se preocupam de tal modo com esse assunto que acabam atribuindo todos os problemas a demônios. Outros cristãos temem a atividade demoníaca de tal modo que se tornam ineficientes no reino de Deus. As Escrituras rejeitam essas duas ideias e distinguem a atividade demoníaca, que é extraordinária e sobrenatural, das dificuldades comuns causadas pela queda em pecado. Ademais, as Escrituras indicam que, embora os demônios fomentem problemas de vários tipos na vida de pessoas regeneradas, na qual o Espírito Santo habita, eles não têm o poder de possuir os verdadeiros cristãos (Mt 12.28-29; 1Jo 4.4), nem de frustrar o propósito de Deus de salvar os seus eleitos (Jo 10.28-29; Rm 8.38-39) e que não podem evitar o seu próprio tormento final (2Pe 2.4; Jd 6). Os demônios são inimigos derrotados de Deus (Cl 2.15), e o seu poder limitado é prolongado apenas para o avanço da glória de Deus à medida que o seu povo luta contra esses seres malignos. Enquanto permanecerem fiéis a Cristo e dependerem do seu poder para vencer seus inimigos espirituais, os seguidores de Cristo não precisam temer o poder dos demônios.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Artigo Teológico da BEG, referente a I Co 10.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

I Coríntios 9 1-27 - O EVANGELHO É UM GRANDE NEGÓCIO?

Como já dissemos, Coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto. Estamos vendo a parte II, cap. 9/16.
Breve síntese do capítulo 9.
Que zelo pelo evangelho e que dedicação de Paulo, aliás, não de Paulo, mas da graça de Deus na vida de Paulo. Será que somos assim com relação ao evangelho como Paulo era zeloso?
Ou estamos mercandejando a Palavra de Deus e a transformando em um grande negócio? Paulo dispensou inclusive seu direito de viver pelo evangelho por amor ao evangelho. E nós, por amor ao dinheiro, iremos viver o evangelho?
Neste capítulo, Paulo está se defendendo de alguns que injustamente estão acusando ele de exploração das ovelhas em nome do evangelho. Ele até se via no direito de exigir certas coisas, mas preferiu não fazê-lo, antes trabalhar com suas próprias mãos a fim de não ser pesado a ninguém.
Não é errado viver do evangelho se você prega o evangelho, mas fazer do evangelho um grande negócio neste mundo é fazer aliança não com o Senhor, mas com Mamom.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Paulo respondeu às questões levantadas na carta enviada pela igreja de Corinto. Ele falou em detalhes sobre os desafios específicos enfrentados pelos coríntios, que envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e virgindade. Como dissemos, depois de tratar das questões levantadas pelos da casa de Cloe, Paulo se volta, então, para outras questões levantadas pela igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – estamos vendo; C. Problemas no culto (11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e, F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) - continuação.
Até 11.1, conforme já dissemos, estamos vendo as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Essa questão foi dividida em quatro partes: 1. Questões centrais (8.1-13) – já vimos; 2. A autoridade de Paulo (9.1-27) – veremos agora; 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22); e, 4. Conclusões (10.23-11.1).
2. A autoridade de Paulo (9.1-27).
Visto que Paulo não encerrou o assunto sobre a idolatria e as coisas sacrificadas aos ídolos (10.14-33), esse capítulo provavelmente se refere ao mesmo problema.
As questões levantadas no vs. 1 sugerem que alguns coríntios justificavam a própria conduta por meio de questionamentos e críticas quanto à autoridade e ao comportamento do apóstolo. Paulo responde essas objeções aqui.
Paulo começa este versículo com uma série de perguntas retóricas para mostrar a eles que era ele apóstolo escolhido pelo Senhor para anunciar o evangelho. Não sou eu... livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus... Vocês não são o resultado do meu trabalho.
Paulo nasceu como cidadão romano e homem livre - livre para fazer suas próprias escolhas sem precisar consultar outros homens.
Além disso, era um apóstolo que tinha autoridade, possuindo todos os requisitos para exercer esse ofício, incluindo ter visto o Senhor (Seria interessante a leitura e reflexão de um excelente artigo teológico da BEG: "Os apóstolos", em 2Co 10).
E mais ainda, os coríntios chegaram à conversão pela pregação de Paulo. Por tudo isso, jamais deveriam questionar a autoridade dele.
Paulo foi criticado e assim se sente no direito de se defender apresentando seus arrazoados. Os próximos dez versículos trazem mais de uma dúzia de questões retóricas que refletem comoções profundas que atingiram o coração do apóstolo, e também nos dão pistas sobre circunstâncias históricas.
Sem dúvida, Paulo está defendendo o seu direito de ser sustentado financeiramente pelas igrejas, porém essa defesa tem apenas a intenção de salientar (vs. 15-18) a sua opção por não exercer esse direito.
Talvez alguns coríntios tenham inferido que a falta de patrocínio tornava Paulo um apóstolo ilegítimo (2Co 11.7-12). Sendo assim, por que os coríntios deveriam ouvir suas instruções sobre coisas sacrificadas aos ídolos?
No vs. 5, Paulo se diz no direito de também levar consigo uma esposa crente, literalmente, "uma irmã como esposa". Não está claro se foram os coríntios que questionaram esse assunto (como se a falta de uma esposa fosse descrédito para Paulo e Barnabé) ou se Paulo mencionou-o apenas para ilustrar a distinção entre possuir um direito e exercê-lo.
Paulo e Barnabé eram solteiros quando iniciaram a obra missionária, mas não há como determinar com certeza se haviam sido casados antes disso. Observe que Paulo, nesse versículo, não deu importância ao fato de que poderia estar casado se quisesse, contanto que sua esposa fosse cristã.
Paulo não nega, no vs. 10, que Dt 25.4 demonstra a preocupação de Deus com os animais. Sua intenção aqui é mostrar que o modo de tratar os animais não é a única questão a que a lei se refere: por extensão, essa norma ilustra o princípio do tratamento justo aos trabalhadores.
Ele está falando do direito deles que anunciam o evangelho de receberem deles pagamentos: se eles estavam semeando coisas espirituais, não seria demais eles colherem deles coisas materiais – vs. 11.
No entanto, faz ele questão de não usar desse direito. Apesar das pressões do trabalho (Paulo tinha de trabalhar para pagar o seu sustento), além do peso das exigências do seu ministério apostólico, ele mantinha firme o propósito pessoal de não ser um peso para as igrejas (lTs 2.6-9).
O texto de 2Co 11.7-12 dá a impressão de que os coríntios interpretaram mal os motivos desse propósito. Contudo, por razões não esclarecidas, o apóstolo tez uma exceção no caso da igreja em Filipos, na Macedônia (Fp 4.15-16).
A lógica era bem simples, pois quem trabalhava no templo deveria viver das coisas do templo, do mesmo modo quem trabalhava no altar, deveria servir-se do que ali seria oferecido, assim, também, deveriam viver do evangelho os que anunciavam o evangelho.
Esse princípio aparece não apenas no sacerdócio do Antigo Testamento (mencionado por Paulo no vs. 13), como também em várias passagens do Novo Testamento (p. ex., Lc 10.7; Cl 6.6; 1Tm 5.17-18).
Apesar disso, Paulo afirma que não tinha, nem pretendia usar desse direito, antes lhe fora melhor morrer, antes que alguém lhe anulasse esta glória.
Se ele anunciava o evangelho, não tinha de que se gloriar. No grego, a primeira sentença está interrompida. No original, essas duas frases podem ser traduzidas, literalmente, "é melhor eu morrer do que... Ninguém anulará meu orgulho, pois se eu prego, isso não é [motivo para] que eu me glorie".
Paulo sabia que não podia se orgulhar da pregação: ele havia sido chamado para isso, não tinha escolha. No entanto, não tinha sido chamado para pregar de graça. Logo, sua recompensa, isto é, seu motivo de orgulho, era pregar sem receber pagamento em troca (vs. 18), e ele não queria que ninguém o impedisse de perseverar nessa decisão. Talvez a intenção de Paulo fosse obedecer à ordem de Jesus para acumular tesouros no céu (Mt 6.19-21).
Precisamos de mais “Paulo(s)” que estejam dispostos a viver assim e tenham tamanho amor e dedicação ao povo escolhido de Deus.
Embora livre de todos, Paulo se fez escravo de todos para de todos os modos anunciar plenamente o evangelho. Paulo estava disposto a abrir mão de muitos direitos e liberdades caso o exercício de qualquer desses privilégios pudesse causar empecilho à sua habilidade de pregar o evangelho ou tornar as pessoas menos dispostas a acreditar em sua mensagem. Paulo repetiu esse tema por mais três vezes nessa passagem (vs. 20,21,22).
Quando pregava aos judeus, Paulo procedia de acordo com os regulamentos cerimoniais do Antigo Testamento e, desse modo, do ponto de vista das aparências, se parecia com alguém que vive debaixo da condenação da lei. Paulo acomodava o seu comportamento às interpretações judaicas da lei, mas não aceitava as perspectivas teológicas do judaísmo.
Quando pregava aos gentios, Paulo adotava o estilo de vida deles, reconhecendo, porém, que não era livre para desobedecer a Deus, antes estava debaixo da lei de Cristo. Paulo não colocou Moisés em oposição a Cristo. Aqui, Paulo faz um contraste entre a interpretação que Cristo deu a Moisés e a interpretação legalista judaica, que Paulo considerava "debaixo da lei".
Paulo tinha foco, objetivo, estratégias e de todas as formas ele aproveitava as oportunidades para anunciar plenamente o evangelho; assim, se fez fraco para com os fracos - uma reiteração da questão formulada em 8.13 – e forte para com os fortes. Paulo se recusava a exercer a própria liberdade caso isso levasse outras pessoas a pecar.
Paulo tudo fazia por causa do evangelho para dele ser coparticipante – vs. 23.
Estamos nós numa corrida e devemos correr segundo as regras e de tal modo a alcançarmos o objetivo principal. Em outra passagem, Paulo utiliza a ilustração de uma corrida e seu respectivo prêmio para salientar a necessidade de concentração, determinação e perseverança (Fp 3.12-14; 2Tm 4.7-8).
Essa analogia é legítima porque a fé salvadora prova a si mesma por meio da perseverança. (Recomendamos, como a BEG, a leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Paulo continua – vs. 27 - a metáfora da corrida atlética ao lembrar seus leitores de que os lutadores precisam disciplinar o próprio corpo se quiserem chegar à vitória.
Do mesmo modo, o cristão deve estar disposto a abandonar seus interesses egoístas (p. ex., ingerir alimentos sacrificados aos ídolos, 8.13) em benefício do seu objetivo principal.
Isso para evitar que fosse desqualificado, depois de ter anunciado o evangelho de uma certa maneira. Essa declaração tem sido usada como evidência de que o cristão pode perder a salvação.
Contudo, o testemunho do Novo Testamento, em particular o de Paulo, é claro ao afirmar que as pessoas chamadas por Deus (Rm 8.28-30) pertencem a ele para sempre, pois a salvação do cristão tem caráter eterno (Jo 5.24).
Deus terminará, infalivelmente, aquilo que começou (Fp 1.6). Logo, aqueles que abandonam a fé mostram que nunca haviam pertencido a Deus (Jo 10.2-29; 1Jo 2.19). Óbvio que somente serão salvos os salvos e não os perdidos, assim o salvo não se perde nunca, mas sim os perdidos.
Contudo, devemos ter cuidado para não minimizarmos a importância dessa e outras passagens (p. ex., 15.2; Fp 3.11; Cl 1.23), sugerindo que se trata apenas de uma hipótese ou que se aplica apenas às recompensas e não à salvação.
Embora Paulo tivesse a certeza de que não havia absolutamente nada que pudesse separá-lo do amor de Deus (Rm 8.38-39), não se atreveu a presumir que os casos de rebelião evidente contra Deus seriam negligenciados.
Nenhum cristão (nem mesmo um apóstolo) pode se permitir ignorar essas advertências bíblicas (10.12). Desviar-se da fé é prova de que não houve fé salvadora, e até mesmo um apóstolo poderia se desviar (p. ex., Judas Iscariotes) – encerramos este capítulo sugerindo mais uma leitura e reflexão no excelente artigo teológico da BEG "A perseverança e a preservação dos santos”, em Fp 1.
I Co 9:1 Não sou eu, porventura, livre?
Não sou apóstolo?
Não vi Jesus, nosso Senhor?
Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?
I Co 9:2 Se não sou apóstolo para outrem,
                certamente, o sou para vós outros;
                               porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.
I Co 9:3 A minha defesa perante os que me interpelam é esta:
                I Co 9:4 não temos nós o direito de comer e beber?
                I Co 9:5 E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã,
                               como fazem os demais apóstolos,
                               e os irmãos do Senhor,
                               e Cefas?
I Co 9:6 Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?
I Co 9:7 Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?
Quem planta a vinha e não come do seu fruto?
Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
I Co 9:8 Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei?
I Co 9:9 Porque na lei de Moisés está escrito:
                Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo.
                               Acaso, é com bois que Deus se preocupa?
                I Co 9:10 Ou é, seguramente, por nós que ele o diz?
                               Certo que é por nós que está escrito;
                                               pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança;
                                               o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber
a parte que lhe é devida.
                               I Co 9:11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais,
                                               será muito recolhermos de vós
bens materiais?
                               I Co 9:12 Se outros participam desse direito sobre vós,
                                               não o temos nós em maior medida?
Entretanto, não usamos desse direito;
                antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
I Co 9:13 Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados
                do próprio templo se alimentam?
                               E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento?
I Co 9:14 Assim ordenou também o Senhor
                aos que pregam o evangelho
                               que vivam do evangelho;
I Co 9:15 eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas
                e não escrevo isto para que assim se faça comigo;
                               porque melhor me fora morrer,
                                               antes que alguém me anule esta glória.
I Co 9:16 Se anuncio o evangelho,
                não tenho de que me gloriar,
                               pois sobre mim pesa essa obrigação;
                                               porque ai de mim se não pregar o evangelho!
I Co 9:17 Se o faço de livre vontade,
                tenho galardão;
                               mas, se constrangido,
                                               é, então, a responsabilidade de despenseiro
que me está confiada.
                               I Co 9:18 Nesse caso, qual é o meu galardão?
                                               É que, evangelizando, proponha, de graça,
                                                              o evangelho, para não me valer do direito
                                                                              que ele me dá.
I Co 9:19 Porque, sendo livre de todos,
                fiz-me escravo de todos,
                               a fim de ganhar o maior número possível.
I Co 9:20 Procedi, para com os judeus,
                como judeu,
                               a fim de ganhar os judeus;
para os que vivem sob o regime da lei,
                como se eu mesmo assim vivesse,
                               para ganhar os que vivem debaixo da lei,
                                               embora não esteja eu debaixo da lei.
I Co 9:21 Aos sem lei,
                como se eu mesmo o fosse,
                               não estando sem lei para com Deus,
                                               mas debaixo da lei de Cristo,
                                                               para ganhar os que vivem fora
 do regime da lei.
I Co 9:22 Fiz-me fraco
                para com os fracos,
                               com o fim de ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para com todos,
                com o fim de, por todos os modos,
                               salvar alguns.
I Co 9:23 Tudo faço por causa do evangelho,
                com o fim de me tornar cooperador com ele.
I Co 9:24 Não sabeis vós que os que correm no estádio,
                todos, na verdade, correm,
                               mas um só leva o prêmio?
                                               Correi de tal maneira que o alcanceis.
I Co 9:25 Todo atleta
                em tudo se domina;
                               aqueles,
                                               para alcançar uma coroa corruptível;
                               nós, porém,
                                               a incorruptível.
I Co 9:26 Assim corro também eu,
                não sem meta;
assim luto,
                não como desferindo golpes no ar.
                               I Co 9:27 Mas esmurro o meu corpo
                               e o reduzo à escravidão,
                                               para que, tendo pregado a outros,
                                                               não venha eu mesmo
                                                                              a ser desqualificado.
Paulo se fez de tudo para de todos os modos salvar alguns e nós o que estamos fazendo? Há tantas vidas lá fora precisando que deixemos nossa zona de conforto para entrarmos na guerra da batalha da alma dos homens... Neste exato momento quantos não estão pela primeira vez passando por experiências terríveis que poderão significar traumas futuros incuráveis? E o que faremos diante disso? Aprendamos com o apóstolo dos gentios, por amor aos judeus, Paulo.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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