INSCREVA-SE!

domingo, 4 de outubro de 2015

Lucas 17.1-37 - JESUS ESTÁ VOLTANDO E SERÁ COMO NOS DIAS DE NOÉ E DE LÓ.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 17, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vimos; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – concluiremos agora; J. Os dez leprosos (17.11-19) – veremos agora; K. A vinda do reino (17.20-37) – veremos agora; L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 17.
Foi no momento em que Jesus falava aos discípulos sobre o dever de perdoar sempre o nosso irmão que arrependido viesse nos pedir perdão 7 vezes ao dia que os discípulos lhe pediram para que ele, Jesus, que aumentasse a fé deles.
Não foi por que queriam realizar grandes obras, nem grandes feitos, nem grandes conquistas, mas no momento em que se sentiram incapazes de perdoar. A resposta de Jesus ao pedido deles fala de grande poder e de um grande feito.
Primeiro, se tiverdes fé, mas não precisa ser aquela fé que parece que a gente faz força, não! É a fé simples, por isso foi comparada a um grão de mostarda.
Segundo, é necessário verbalizar, falar.
Terceiro, ela nos obedecerá. É a certeza de que se fará aquilo que declaramos.
No entanto, o assunto era perdão e, creio, dificuldade em ter uma mente predisposta ao perdão. A conclusão é que ainda que pareça impossível perdoar e, melhor ainda, perdoar sempre, transportar a amoreira pela fé também é impossível, mas devemos ter fé – não importa o tamanho dela – declarar o perdão e crer que perdoamos e fomos perdoados.
Logo em seguida, fala do servo que após fazer o que tinha de fazer, reconhece que é servo inútil e que nada fez se não obedecer. E quanto a nós, somos melhores servos? De modo algum.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) - continuação.
Jesus mesmo disse aos seus discípulos que seria impossível que não viessem escândalos. Do grego skandalon, um termo que se refere à isca que fica presa no gatilho de uma armadilha; mais tarde, essa palavra veio a significar qualquer coisa que faz alguém tropeçar e cair numa cilada. No entanto, aqueles que fazem as pessoas tropeçarem e pecarem serão condenados.
Jesus chega a dizer que melhor seria se lhe pusessem ao pescoço deste uma mó de atafona e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um desses pequeninos - podem ser as crianças ou cristãos (cf. 10.21) que não têm recursos em si mesmos e só podem contar com a ajuda de Deus. Uma pedra de moinho era uma pedra pesada que era usada na moagem de grãos.
O segredo seria estar vigilante e atento, sempre predisposto a perdoar. Ainda que viesse a pecar sete vezes no dia e nas sete vezes viesse pedir perdão, era para perdoar. Não significa que na oitava vez a ofensa não devesse ser perdoada, mas sim que o perdão deve ser uma prática constante. Isso é porque Deus nos conhece e sabe o bem que isso traz para o relacionamento.
Foi nesse momento que os discípulos se sentindo impotentes quanto ao desafio do perdão que pediram ao Senhor para a fé deles ser aumentada – vs. 5-6.
Aparentemente, os discípulos presumiam que, segundo o ensino de Jesus, somente uma fé muito grande seria capaz de perdoar. No entanto, Jesus disse que até mesmo uma fé minúscula poderia fazê-lo; além disso, mais importante do que a quantidade de fé que alguém possui é o objeto desta fé - o Deus Todo-Poderoso.
Em seguida, lhes ensina algo importante sobre o papel do servo – vs. 7 ao 10. Aqui, o termo significa "escravo". Depois de cumprir o que havia sido instruído a fazer, o escravo não fez nada que mereça agradecimento. O seu senhor não permite que ele coma antes que lhe prepare a sua refeição (contudo, observe o comportamento do senhor em 12.37; 22.27). Ou seja, servir a seu senhor é obrigação do escravo. Do mesmo modo, o nosso dever é servir a Deus e nunca poderemos fazer mais do que a nossa obrigação, uma vez que somos chamados por um Deus perfeitamente justo e bom para sermos perfeitos também (Mt 5.48).
J. Os dez leprosos (17.11-19).
Lucas registra até o vs. 19 que Jesus curou dez leprosos, porém apenas um voltou para agradecer a ele. Em Israel, muitos foram abençoados por Jesus, mas poucos abandonaram o pecado e voltaram para louvá-lo. Aqueles que fizeram isso foram muito abençoados.
A viagem de Jesus em direção à Jerusalém e à cruz continuava (13.22). Como os samaritanos não viam com bons olhos um grupo de judeus viajando através do seu território (9.51-53), Jesus e seus discípulos caminhavam pela fronteira.
A lei exigia que as pessoas com lepra ficassem longe dos sadios (Lv 13.46). Esses leprosos ousaram se aproximar tanto quanto puderam e gritaram para que Jesus tivesse misericórdia deles.
Quando alguém afirmava ter sido curado de qualquer doença de pele classificada sob o termo lepra, essa pessoa deveria se apresentar ao sacerdote para que este confirmasse a cura e, após o ritual de sacrifício, declarar que ela estava apta para retornar ao convívio da sociedade (Lv 14.1-32).
A ordem de Jesus, quando nada ainda havia acontecido aos homens, foi um teste de fé. Eles foram curados enquanto obedeciam a Jesus, pois em resposta ao pedido de cura deles, foi que Jesus deu a ordem para irem se mostrarem aos sacerdotes.
Compelido pela gratidão, um dos que foram curados retornou a Jesus louvando a Deus pelo milagre. O que mais chama a atenção é o fato de que esse homem era samaritano, pois não era esperado que fosse demonstrar gratidão a um judeu. Somente a este foi que Jesus disse: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.
K. A vinda do reino (17.20-37).
A temática agora até o vs. 37 é a vinda do reino. Jesus falou sobre a ocasião e a urgência da vinda do reino de Deus em resposta à provocação dos fariseus – vs. 20.
Jesus disse que o reino de Deus não viria com aparência exterior – vs. 20 – mas estaria entre eles. Pode significar que o reino está presente como uma realidade interior, como algo escondido dentro do coração (cf. Rm 14.17). Uma tradução alternativa seria "o Reino de Deus está entre vocês", que pode ser entendida como apontando para a presença do reino entre eles na pessoa de Jesus.
Depois, Jesus disse as seus discípulos que dias viriam em que haveria o desejo de ver um dos dias do Filho do Homem. É provável que seja uma referência à manifestação completa do reino quando da segunda vinda de Cristo (vs. 26,30). Os cristãos irão almejar pela paz e justiça que a segunda de vinda de Cristo trará.
Embora alguns irão afirmar que a segunda vinda do Messias já aconteu (21.8-9), na verdade essa vinda será tão notória que todas as pessoas perceberão assim como se percebe um relâmpago que cruza os céus de um para outro lado.
No entanto, antes de tudo isso seria necessário que acontecesse muitas coisas. A palavra "importa" é muito expressiva, pois indica o propósito soberano de Deus (At 4.27-28).
A geração de Noé serve de exemplo de como as pessoas conduzem a própria vida normalmente e negligenciam o arrependimento enquanto há oportunidade para isso. Jesus confirma o pecado da geração de Noé (Gn 6.5-6) e focaliza o repentino julgamento que lhes sobreveio.
Da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló. A época de Ló fornece outro exemplo semelhante, pois tal como a geração de Noé, a iniquidade de Sodoma era muito conhecida (cf. Mt 10.15; 11.23-24; Lc 10.12). Confirmando a gravidade do pecado deles, Jesus se concentra nos fatos ordinários da vida nos quais as pessoas estão tão absorvidas que perdem a oportunidade de se arrependerem. Noé e Ló eram pecadores, porém deram atenção às advertências e foram salvos, pois não estavam totalmente concentrados nas questões desta vida.
E o que dizer dos dias atuais? Estamos no século XXI, ano 2015 e o Brasil e o mundo parecem mergulhados em tanta podridão. Seus sábios estão se tornando inflamados pelo inferno que os está cegando no entendimento e na razoabilidade.
O fato é que antes do grande dia, estarão vivendo suas vidas normais e assim será no dia que o Filho do homem se há de se manifestar. Refere-se, esse dia, à segunda vinda de Cristo. As pessoas não devem colocar primariamente a sua atenção nas coisas desta vida.
Em sua pregação, Jesus nos fala para lembrarmos-nos da mulher de Ló! A advertência é muito válida nessa hora, pois a esposa de Ló chegou muito perto de ser salva, mas ao olhar para trás perdeu tudo (Gn 19.26).
Jesus repete o ensino (veja 9.24) de que o egoísmo e a autoafirmação conduzem à morte espiritual. A proximidade ou o relacionamento com uma pessoa salva não ajudará em nada no dia da vinda de Cristo.
Finalizando – vs. 37 - aparentemente, Jesus usou um provérbio popular para ensinar que, assim como os cadáveres atraem os abutres, do mesmo modo a morte espiritual atrai o julgamento.
Lc 17:1 Disse Jesus a seus discípulos:
É inevitável que venham escândalos,
mas ai do homem pelo qual eles vêm!
Lc 17:2 Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma pedra de moinho,
e fosse atirado no mar,
do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.
Lc 17:3 Acautelai-vos.
Se teu irmão pecar contra ti,
repreende-o;
se ele se arrepender,
perdoa-lhe.
Lc 17:4 Se,
por sete vezes no dia,
pecar contra ti
e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo:
Estou arrependido,
perdoa-lhe.
Lc 17:5 Então,
disseram os apóstolos ao Senhor:
Aumenta-nos a fé.
Lc 17:6 Respondeu-lhes o Senhor:
Se tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis a esta amoreira:
Arranca-te
e transplanta-te no mar;
e ela vos obedecerá.
Lc 17:7 Qual de vós,
tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado,
lhe dirá quando ele voltar do campo:
Vem já e põe-te à mesa?
Lc 17:8 E que, antes, não lhe diga:
Prepara-me a ceia,
cinge-te
e serve-me,
enquanto eu como e bebo;
depois, comerás tu e beberás?
Lc 17:9 Porventura,
terá de agradecer ao servo
porque este fez o que lhe havia ordenado?
Lc 17:10 Assim também vós,
depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado,
dizei:
Somos servos inúteis,
porque fizemos apenas o que devíamos fazer.
Lc 17:11 De caminho para Jerusalém,
passava Jesus
pelo meio de Samaria e da Galiléia.
Lc 17:12 Ao entrar numa aldeia,
saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
Lc 17:13 que ficaram de longe
e lhe gritaram, dizendo:
Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
Lc 17:14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus:
Ide
e mostrai-vos aos sacerdotes.
Aconteceu que,
indo eles,
foram purificados.
Lc 17:15 Um dos dez,
vendo que fora curado,
voltou,
dando glória a Deus em alta voz,
Lc 17:16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus,
agradecendo-lhe;
e este era samaritano.
Lc 17:17 Então, Jesus lhe perguntou:
Não eram dez os que foram curados?
Onde estão os nove?
Lc 17:18 Não houve, porventura,
quem voltasse para dar glória a Deus,
senão este estrangeiro?
Lc 17:19 E disse-lhe:
Levanta-te
e vai;
a tua fé te salvou.
Lc 17:20 Interrogado pelos fariseus
sobre quando viria o reino de Deus,
Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com visível aparência.
Lc 17:21 Nem dirão:
Ei-lo aqui!
Ou:
Lá está!
Porque o reino de Deus está dentro de vós.
Lc 17:22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos:
Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem
e não o vereis.
Lc 17:23 E vos dirão:
Ei-lo aqui!
Ou:
Lá está!
Não vades
nem os sigais;
Lc 17:24 porque assim como o relâmpago, fuzilando,
brilha de uma à outra extremidade do céu,
assim será,
no seu dia, o Filho do Homem.
Lc 17:25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas
e seja rejeitado por esta geração.
Lc 17:26 Assim como foi nos dias de Noé,
será também nos dias do Filho do Homem:
Lc 17:27 comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca,
e veio o dilúvio
e destruiu a todos.
Lc 17:28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló:
comiam,
bebiam,
compravam,
vendiam,
plantavam
e edificavam;
Lc 17:29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma,
choveu do céu fogo e enxofre
e destruiu a todos.
Lc 17:30 Assim será
no dia em que o Filho do Homem se manifestar.
Lc 17:31 Naquele dia,
quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa
não desça para tirá-los;
e de igual modo quem estiver no campo
não volte para trás.
Lc 17:32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
Lc 17:33 Quem quiser preservar a sua vida
perdê-la-á;
e quem a perder
de fato a salvará.
Lc 17:34 Digo-vos que,
naquela noite,
dois estarão numa cama;
um será tomado,
e deixado o outro;
Lc 17:35 duas mulheres estarão juntas moendo;
uma será tomada,
e deixada a outra.
Lc 17:36 [Dois estarão no campo;
um será tomado,
e o outro, deixado.]
Lc 17:37 Então, lhe perguntaram:
Onde será isso, Senhor?
Respondeu-lhes:
Onde estiver o corpo,
aí se ajuntarão também os abutres.
Jesus cura dez leprosos, mas somente um que era estrangeiro voltou para dar glórias a Deus e agradecer. Ao que deu glórias a Deus e agradeceu, Jesus o abençoou a sua fé.
Os fariseus interrogam Jesus sobre a vinda do reino de Deus e Jesus, depois de explicar que o reino de Deus está dentro de nós, fala aos discípulos e lhes explica sobre a sua vinda que será como nos dias de Noé e como nos dias de Ló.
Curiosidades sobre os dias de Noé e de Ló: a destruição somente veio sobre os demais depois que eles (Noé e Ló) foram retirados do mundo em que viviam. Outra: ele fala: “naquele dia” – vs. 31 - e depois fala “naquela noite” – vs. 34.
p.s.: link da imagem original: http://www.iluminalma.com/img/ia_lucas17_24.jpg 
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


sábado, 3 de outubro de 2015

Lucas 16.1-31 - CÉU E INFERNO.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 16, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – concluiremos agora; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vista; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – começaremos a ver agora; J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 16.
Um dia desses em meu trabalho eu conversava com um amado irmão sobre o fato de ser fiel nas pequenas e nas grandes coisas.
De nada adianta pretendermos ser fiéis somente quando formos elevados a um cargo alto. A prova de nossa fidelidade é agora mesmo. Se estando embaixo, não formos fiéis, quando estivermos lá em cima, não seremos mesmo fiéis.
É no pouco que somos provados no muito. A fidelidade deve estar impregnada em nós pelo Santo Espírito Santo de Deus desde o dia em que ouvimos a sua voz até o dia em que deixaremos este tabernáculo provisório. Seja primeiramente fiel no pouco que Deus mesmo o provará no muito.
Quanto a termos mais senhores do que o normal, isto é uma verdade em nossas vidas. Deus é soberano e exclusivo e não partilha seu reino com ninguém. Não podemos servir a Deus e ao mesmo tempo o dinheiro, o mundo e qualquer outro desejo concorrente querendo um espaço em nossos corações.
É triste a história do homem rico e de Lázaro, mas é interessante que há um jeito de se evitar ir para o inferno, mas isto somente enquanto se tem a vida, no entanto, os homens, como loucos, desprezam a salvação que Deus envia.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10).
Até o versículo dez do próximo capítulo, Lucas apresenta uma série de declarações que Jesus fez sobre prioridades, riqueza, poder, serviço e humildade. Jesus adverte seus ouvintes judeus que as bênçãos de Deus não são dadas automaticamente.
Continua o contador de histórias a contar as suas histórias e por meio delas nos ensinar as coisas do reino de Deus e de sua justiça. O mordomo era o encarregado de gerenciar o patrimônio, liberando o dono de se envolver com a maioria dos detalhes. Uma vez que esse homem não era supervisionado atentamente, era fácil se tornar desonesto ou preguiçoso.
O fato, nessa história era que o mordomo tinha sido acusado de não ser fiel perante o seu senhor. E o seu senhor foi tomar satisfações com ele pedindo-lhe que lhe prestasse as contas.
O mordomo se viu em apuros e logo achou um jeito de, se fosse mandado embora, pelo menos teria onde e o que comer. Começou ele a chamar um a um dos devedores de seu senhor e negociava as dívidas deles com cada um amenizando destarte sua condição de devedor.
Conceder uma redução significativa ao débito do devedor faria com que este o convidasse para a sua casa (vs. 4), ao menos por algum tempo. No caso do verso 6, por exemplo, a redução proposta foi de 50%, quantidade essa de azeite que equivaleria à produção de cerca de cento e cinquenta oliveiras, uma soma considerável.
Ele vai assim repetindo o processo. Aqui – vs. 7, a quantidade de trigo parece ser equivalente à produção de uma área com cerca de 400.000 m2. A redução proposta foi de 20%.
Como as notas de débito originais haviam sido destruídas, o dono ficou numa posição embaraçosa, pois seria muito difícil reclamar a quantia original. O elogio quanto à astúcia do administrador foi um reconhecimento do fato de que este foi mais esperto do que o proprietário.
O que Jesus quis dizer aqui é que, muitas vezes, as pessoas do mundo fazem uso dos recursos que têm à disposição com muito mais eficiência do que os filhos da luz — ainda que o objetivo delas seja bem diferente.
Os discípulos de Jesus não devem usar os bens materiais de que dispõem para alcançar objetivos egoístas, mas para "fazer amigos" (provavelmente o objetivo aqui é dar esmolas aos pobres).
A passagem – vs. 9 - não especifica claramente quem é o sujeito dessa frase, mas as possibilidades variam entre o pobre que foi ajudado nesta vida ou talvez o próprio Deus.
De qualquer modo, ela não está ensinando a salvação por obras (15.29). Nesta vida, ajudar os outros com amor é um sinal do discipulado genuíno e também da alegria em desfrutar da salvação, e não um sistema meritório para obter a salvação.
A honestidade provém do caráter, e não da quantidade de recursos à nossa disposição. Se você é infiel no pouco, não espere o muito não para ser fiel, por que não o será mesmo. Até nas riquezas injustas – vs. 11 – devemos ser fiéis; imagina, então, a verdadeira riqueza: os tesouros celestes.
Nosso dinheiro é um presente que Deus nos dá e não algo que nos pertence, pois não o levaremos conosco. A única coisa que realmente nos pertence é a herança que receberemos no novo céu e na nova terra (Mt 25.34; Ap 21.1-5).
Trabalhar como escravo numa casa exige fidelidade ao senhor da casa. É impossível oferecer o serviço dedicado que é requerido do escravo para mais de um senhor.
Jesus conclui a sua lição nos ensinado que não seria possível agradar dois senhores: ele e o dinheiro! Eu penso assim que como mordomos de Deus temos de administrar os seus bens, logo, todo dinheiro do mundo – milhões ou bilhões – podem entrar em nossos bolsos, mas não podem entrar em nossos corações.
Em seguida, passa Jesus a exaltar a Lei e os Profetas - uma referência a todo o Antigo Testamento - que vigoraram até João. Lucas estava indicando que o ministério de João Batista é o limiar da maior transformação que já ocorreu na história da redenção (Mt 11.11). E até aquele momento, todo homem deveria se esforçar por entrar nele.
Essa questão do esforço é uma declaração muito difícil de traduzir e interpretar (cf. afirmação semelhante em Mt 11.12). Alguns sugerem que Jesus estava descrevendo o zelo com o qual se deve buscar o reino de Deus (13.24), e sendo assim, estava fazendo uma exortação a seus seguidores. Contudo, outros sugerem que o termo grego biazetai, traduzido como "se esforça" deve ser entendido no sentido negativo, ou seja, forças hostis que lutam contra o reino (veja a nota sobre Mt 11.12).
A impressão que se tem é que com Jesus tudo seria diferente e todo o passado ficaria para trás, mas não é isso o que ele ensina, antes valoriza todo o Antigo Testamento.
Nada ficaria para trás, nem mesmo um til da lei - um minúsculo sinal posto sobre algumas letras hebraicas para fazer distinção destas em relação às outras; é a menor parte de uma letra. Toda a lei procede de Deus e não devemos negligenciar nenhuma parte dela (Mt 5.18).
Jesus não estava abolindo nada, mas dando a ela a sua rela interpretação, significado e sentido originais, pois ele, de fato, era e é o autor dela para sempre.
Em seguida, vem uma abordagem de Jesus sobre o divórcio – vs. 18. Os judeus podiam se divorciar de suas esposas com facilidade, ao menor sinal de provocação, mas a visão que Jesus tinha do casamento era diferente.
A prescrição da lei permitia o divórcio (Dt 24.1-4) como uma concessão, por causa do coração endurecido das pessoas (Mc 10.5). Jesus percebeu que alguns divórcios judaicos resultavam em adultério (Mt 5.31-32; 19.9).
Agora, Jesus lhes conta outra parábola de certo homem rico e de outro muito pobre.
Às vezes também chamado de "Dives", um termo latino para "rico". Tal homem se vestia de púrpura e de linha finíssimo. Essas roupas caras caracterizavam as pessoas ricas. A púrpura era usada para as roupas de cima, enquanto que o linho era utilizado para as roupas de baixo.
Na história, o pobre se chamava Lázaro. O único personagem nomeado nas parábolas de Jesus, e aqui é representado vivendo na miséria, em extrema pobreza.
Ambos morreram, sendo o mendigo levado pelos anjos ao seio de Abraão - a imagem é a de ser um hóspede de honra num banquete (cf. Jo 13.23, onde no grego lê-se "no seio de Jesus") e também morreu o rico, sendo sepultado.
O rico foi parar no inferno. Do grego hades, o lugar onde os mortos aguardam julgamento, porém no Novo Testamento nunca é utilizado em relação aos salvos. Aqui, representa claramente um lugar de tormento. É interessante observar que o rico, estando no hades, podia ver Lázaro e Abraão.
Até mesmo no hades – vs. 24 - o rico demonstra sua arrogância, presumindo que Lázaro deveria ser enviado para servi-lo. Observe também que até mesmo apenas uma gota de água poderia aliviar um pouco o seu sofri-mento, ilustrando com isso o implacável tormento que os ímpio sofrem após a morte.
Quem dá as respostas ao “rico” é Abraão. Embora Abraão fale em tom de ternura, isso não altera o fato: há uma barreira separando os dois, e há também uma ordem de valores completamente diferente daquela encontrada na terra.
O homem rico recebeu aquilo que imaginava serem coisas boas; porém, em vez de escolher as coisas de Deus, acabou preferindo os prazeres sensuais.
Pela primeira vez, estando no inferno, o homem rico pensou em alguém além de si mesmo, embora o seu pensamento estivesse focalizado na sua própria família. Ele continua presumindo que Lázaro deveria servi-lo.
Abraão então diz para o rico que eles tinham Moisés e os Profetas, os quais deveriam ser ouvidos para evitarem ir para o inferno. Uma referência ao Antigo Testamento.
O rico presume que enviar Lázaro – ressuscitando-o dos mortos - causaria algum efeito em seus familiares mais forte do que as Escrituras; mas Jesus diz que a Escritura é muito mais eficaz do que qualquer aparecimento desses poderia vir a ser. Então, ao comentar de um morto ressuscitando, falava Jesus dele mesmo: tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite – vs. 31.
Lc 16:1 Disse Jesus também aos discípulos:
Havia um homem rico que tinha um administrador;
e este lhe foi denunciado como quem estava
a defraudar os seus bens.
Lc 16:2 Então, mandando-o chamar, lhe disse:
Que é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração,
porque já não podes mais continuar nela.
Lc 16:3 Disse o administrador consigo mesmo:
Que farei,
pois o meu senhor me tira a administração?
Trabalhar na terra
não posso;
também de mendigar
tenho vergonha.
Lc 16:4 Eu sei o que farei,
para que, quando for demitido da administração,
me recebam em suas casas.
Lc 16:5 Tendo chamado cada um dos devedores
do seu senhor, disse ao primeiro:
Quanto deves ao meu patrão?
Lc 16:6 Respondeu ele:
Cem cados de azeite.
Então, disse:
Toma a tua conta,
assenta-te depressa
e escreve cinqüenta.
Lc 16:7 Depois, perguntou a outro:
Tu, quanto deves?
Respondeu ele:
Cem coros de trigo.
Disse-lhe:
Toma a tua conta
e escreve oitenta.
Lc 16:8 E elogiou o senhor
o administrador infiel porque se houvera atiladamente,
porque os filhos do mundo
são mais hábeis na sua própria geração
do que os filhos da luz.
Lc 16:9 E eu vos recomendo:
das riquezas de origem iníqua
fazei amigos; para que,
quando aquelas vos faltarem,
esses amigos vos recebam
nos tabernáculos eternos.
Lc 16:10 Quem é fiel no pouco
também é fiel no muito;
e quem é injusto no pouco
também é injusto no muito.
Lc 16:11 Se, pois, não vos tornastes fiéis
na aplicação das riquezas de origem injusta,
quem vos confiará a verdadeira riqueza?
Lc 16:12 Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio,
quem vos dará o que é vosso?
Lc 16:13 Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro
ou se devotará a um
e desprezará ao outro.
Não podeis servir
a Deus
e às riquezas.
Lc 16:14 Os fariseus,
que eram avarentos,
ouviam tudo isto
e o ridiculizavam.
Lc 16:15 Mas Jesus lhes disse:
Vós sois os que vos justificais a vós mesmos
diante dos homens,
mas Deus conhece o vosso coração;
pois aquilo que é elevado entre homens
é abominação diante de Deus.
Lc 16:16 A Lei e os Profetas vigoraram até João;
desde esse tempo,
vem sendo anunciado
o evangelho do reino de Deus,
e todo homem
se esforça por entrar nele.
Lc 16:17 E é mais fácil passar o céu e a terra
do que cair um til sequer da Lei.
Lc 16:18 Quem repudiar sua mulher
e casar com outra
comete adultério;
e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido
também comete adultério.
Lc 16:19 Ora, havia certo homem rico
que se vestia de púrpura
e de linho finíssimo
e que, todos os dias,
se regalava esplendidamente.
Lc 16:20 Havia também certo mendigo,
chamado Lázaro,
coberto de chagas,
que jazia à porta daquele;
Lc 16:21 e desejava alimentar-se
das migalhas que caíam da mesa do rico;
e até os cães
vinham lamber-lhe as úlceras.
Lc 16:22 Aconteceu morrer o mendigo
e ser levado pelos anjos
para o seio de Abraão;
morreu também o rico
e foi sepultado.
Lc 16:23 No inferno,
estando em tormentos,
levantou os olhos e viu ao longe
 a Abraão e Lázaro no seu seio.
Lc 16:24 Então, clamando, disse:
Pai Abraão,
tem misericórdia de mim!
E manda a Lázaro que molhe em água
a ponta do dedo
e me refresque a língua,
porque estou atormentado nesta chama.
Lc 16:25 Disse, porém, Abraão:
Filho, lembra-te de que recebeste
os teus bens em tua vida,
e Lázaro igualmente, os males;
agora, porém,
aqui, ele está consolado;
tu, em tormentos.
Lc 16:26 E, além de tudo, está posto um grande abismo
entre nós e vós, de sorte que os que querem passar
daqui para vós outros não podem,
nem os de lá
passar para nós.
Lc 16:27 Então, replicou:
Pai, eu te imploro que o mandes
à minha casa paterna,
Lc 16:28 porque tenho cinco irmãos;
para que lhes dê testemunho,
a fim de não virem também
para este lugar de tormento.
Lc 16:29 Respondeu Abraão:
Eles têm Moisés e os Profetas;
ouçam-nos.
Lc 16:30 Mas ele insistiu:
Não, pai Abraão;
se alguém dentre os mortos for ter com eles,
arrepender-se-ão.
Lc 16:31 Abraão, porém, lhe respondeu:
Se não ouvem a Moisés e aos Profetas,
tampouco se deixarão persuadir,
ainda que ressuscite
alguém dentre os mortos.
E por falar em inferno e céu, haverá um dia final em que teremos a população dividida e julgada. Somente estarão no céu aqueles que Deus quis que estivessem; bem assim, somente estarão no inferno, aqueles que deveriam estar lá. Deus, então continuará sendo justo, verdadeiro, amoroso, bondoso, sábio, soberano. E você, por que anda em dúvidas? É melhor se apressar, Jesus está voltando.
Depois do julgamento final, poderemos encontrar habitantes nos céus que deveriam estar no inferno, ou no inferno habitantes que deveriam estar nos céus? Eu creio que não!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

9 de Outubro - DIA MUNDIAL DOS CORREIOS

Bom dia! Em comemoração ao dia alusivo ao Dia Mundial dos Correios, teremos no período de 7 e 8 de outro a Feira de Talentos Internos e eu gostaria de convidá-lo.


http://ossemeadores.tumblr.com/post/130331891118/bom-dia-estaremos-expondo-nosso-livros-ebooks

Lucas 15.1-32 - O CAPÍTULO DA BUSCA DO PERDIDO!


Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 15, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – veremos agora; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 15.
Os fariseus e os escribas estavam chateados por que Jesus estava com os pecadores e lhes dava atenção. Na verdade, queriam atenção especial para eles, pois afinal de contas eram "melhores" do que os pecadores e do que os publicanos.
Jesus, ao contrário, não olhava as aparências dos homens nem se deixava levar pela glória deles, antes se alegrava quando via um pecador que se arrependia de verdade diante de Deus. A alegria no céu era tão grande que anjos festejavam.
Lembro-me de Frank E. Peretti - Este Mundo Tenebroso - narrando a salvação de uma alma. Esse autor nesse romance atreveu-se a narrar a história contando os fatos como um jornalista e ao mesmo tempo narrando também os bastidores de todos os atos no âmbito espiritual, conforme está escrito na Bíblia. Quando ele narra a salvação de uma alma, ele narra a festa nos céus. Eu gostei muito.
Jesus veio ao mundo não para chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento e nós agora temos essa missão, essa nobre missão. Por isso, temos de sair para fora do templo para irmos buscar os pecadores e lhes dizer que há esperanças para eles!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32).
Lucas comenta que se achegavam a ele para ouvi-lo todos os publicanos e todos os pecadores, mas os fariseus e os escribas murmuravam com inveja, principalmente porque Jesus os recebia e comia com eles. Então ele pronuncia três parábolas sobre os perdidos.
Lucas reuniu três parábolas sobre os ensinos de Jesus sobre coisas que estavam perdidas, concentrando a atenção na misericórdia de Deus em resgatar e receber o seu povo, bem como na atitude apropriada ao considerar a salvação dos outros.
Os publicanos e os pecadores eram pessoas que tinham uma conduta imoral ou se ocupavam de coisas que os escribas consideravam incompatíveis com a observância à lei de Deus.
Uma das prescrições rabínicas era "não se associar com pecadores", e os rabinos nem sequer ensinavam tais pessoas. Observe que o cap. 14 termina com "ouça" e o cap. 15 começa mostrando esses mesmos "pecadores" se reunindo para ouvir Jesus.
A primeira parábola era a das cem ovelhas e que o pastor perdeu uma delas. Os rabinos concordavam que Deus recebia o pecador penitente, porém essa parábola ensina que na verdade é Deus quem busca o pecador e o povo de Deus deve se alegrar com os anjos quando os pecadores se arrependem.
Na parábola, vemos que o céu nos mostra a atitude correta que um pecador arrependido deve ter: júbilo (cf. vs. 10). A proporção aqui foi de 100:1.
A segunda parábola é a das dez dracmas. A palavra "dracma" ocorre somente no Novo Testamento e apenas nessa passagem; tratava-se de uma moeda grega feita de prata, cuja unidade correspondia à quantia paga ao trabalhador por um dia de serviço.
As dez moedas podem ter sido as economias de uma vida inteira dessa mulher. Ela então acende a candeia. Provavelmente a casa não tinha janelas (ou talvez fossem pequenas), então era necessário acender uma candeia mesmo durante o dia.
Novamente – vs. 15 -, o céu nos mostra a atitude correta que um pecador arrependido deve ter: júbilo (cf. o vs. 7). A proporção aqui é de 10:1.
A terceira parábola é a do filho pródigo – vs. 11 ao 32. Talvez fosse mais apropriado chamar a parábola do filho pródigo de a "parábola do pai que espera".
Conquanto o arrependimento do filho seja importante nessa parábola, a disposição do pai para perdoar, combinada com ações inesperadas e graciosas (vs. 20; vs. 22-23), fornece uma ilustração impressionante do amor paternal de Deus para com os seres humanos desobedientes.
Também pode ser chamada de "parábola do irmão insensível", pois um dos propósitos, talvez o propósito principal, é censurar os fariseus por não terem acolhido em comunhão os pecadores arrependidos (incluindo os gentios e outros transgressores da lei).
O primogênito tinha direito a dois terços das propriedades do pai (Dt 21.17). Ocasionalmente, o pai entregava o patrimônio ao filho, mas retinha o usufruto da renda; ou seja, o pai não podia se desfazer do patrimônio, mas o filho podia vendê-lo.
Contudo, caso o filho vendesse o patrimônio, o comprador não podia tomar posse antes da morte do pai. No entanto, era muito incomum o pai entregar o patrimônio a um de seus filhos, conforme relatado nessa parábola.
O filho, teimoso, exige a sua parte e sai pelo mundo a aventurar-se, achando que seus recursos eram ilimitados, no entanto, ele vai perdendo o controle e quando se dá por si, já não tinha mais o suficiente nem para comer e beber.
Foi obrigado a aceitar qualquer coisa, para simplesmente ter onde morar e o que comer. Ele então é colocado para cuidar de porcos. Eram animais considerados imundos pela lei (Lv 11.7); logo, nenhum judeu aceitaria um trabalho como esse de boa vontade, e os rabinos consideravam as pessoas que criavam porcos como amaldiçoadas.
Até a comida dele teve de ser a mesma dos porcos, ou seja, a alfarroba. O fruto da alfarrobeira, uma vagem de polpa doce.
O motivo pelo qual o filho saiu de casa não havia sido nada louvável, porém ele fez uma confissão louvável ao reconhecer o seu pecado e buscar perdão.
Aparentemente, o pai aguardava com ansiedade o retorno do filho. Nessa época, era considerado indigno um homem proeminente como o pai sair correndo desse jeito. No entanto, a alegria pelo retorno do filho fora bem maior. O ato do pai demonstra perdão total e restauração do relacionamento.
Ele então lhe fornece a melhor roupa, um sinal de honraria; um anel, significando autoridade (Gn 41.42; Et 3.10; 8.2); sandálias, uma vez que os escravos andavam descalços, as sandálias indicavam que o filho tinha a posição de homem livre; um novilho cevado, que era reservado para ocasiões especiais. Tudo o que o filho havia perdido, ele devolve ao filho arrependido, restaurando-o completamente em sua casa.
O Pai estava de fato alegre – vs. 24. O pai e os servos demonstraram a mesma atitude daqueles que acharam a ovelha perdida (vs. 6) e a moeda perdida (vs. 9): júbilo e celebração. Essa atitude representa a celebração que acontece nos céus quando um pecador se arrepende (vs. 7, 10) e, portanto, foi a atitude apropriada para celebrar o retorno do filho. A proporção nessa história foi de 2:1.
A atitude do filho mais velho ilustra o espírito depreciativo dos fariseus que se aborreciam com a presença dos "pecadores" (vs. 1-3), e faz um contraste cabal com a atitude piedosa de regozijo e celebração (vs. 24).
Da mesma maneira como agiu com o filho mais novo (vs. 20), o pai tomou a iniciativa para restaurar o relacionamento com o filho mais velho.
A parábola como um todo aponta para a soberania de Deus, que busca ativamente pecadores desprezíveis que não estavam procurando por ele (19.10).
No verso 29, se percebe que havia interesse no relacionamento do filho mais velho. Essa declaração – vs. 29 - indica que o filho mais velho encarava o relacionamento com o seu pai na base da recompensa por comportamento meritório.
Tal como a pai demonstrou amor para com o seu filho indigno, a salvação não é uma recompensa por boas obras, mas sim verdadeiramente um dom gracioso de Deus (Ef 2.8-9). Ele chega ao ponto de cobrar do pai ao menos um cabrito. Um cabrito era bem mais barato do que um novilho.
No entanto, o pai esclarece que tudo o que era dele também era do filho. A atitude do filho mais velho o tornou cego para o relacionamento rico e abençoado que tinha com o seu pai.
No verso 32, o pai não disse "esse filho meu", pois não queria que o irmão ofendido se esquecesse de que ambos eram filhos e membros da mesma família.
Lc 15:1 Aproximavam-se de Jesus
todos os publicanos e pecadores
para o ouvir.
Lc 15:2 E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo:
Este recebe pecadores e come com eles.
Lc 15:3 Então, lhes propôs Jesus esta parábola:
Lc 15:4 Qual, dentre vós, é o homem que,
possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas,
não deixa no deserto as noventa e nove
e vai em busca da que se perdeu,
até encontrá-la?
Lc 15:5 Achando-a,
põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
Lc 15:6 E, indo para casa,
reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes:
Alegrai-vos comigo,
porque já achei a minha ovelha perdida.
Lc 15:7 Digo-vos que, assim,
haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende
do que por noventa e nove justos
que não necessitam de arrependimento.
Lc 15:8 Ou qual é a mulher que,
tendo dez dracmas, se perder uma,
não acende a candeia,
varre a casa
e a procura diligentemente até encontrá-la?
Lc 15:9 E, tendo-a achado,
reúne as amigas e vizinhas, dizendo:
Alegrai-vos comigo,
porque achei a dracma
que eu tinha perdido.
Lc 15:10 Eu vos afirmo que,
de igual modo,
há júbilo diante dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende.
Lc 15:11 Continuou:
Certo homem tinha dois filhos;
Lc 15:12 o mais moço deles disse ao pai:
Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe.
E ele lhes repartiu os haveres.
Lc 15:13 Passados não muitos dias,
o filho mais moço,
ajuntando tudo o que era seu,
partiu para uma terra distante
e lá dissipou todos os seus bens,
vivendo dissolutamente.
Lc 15:14 Depois de ter consumido tudo,
sobreveio àquele país uma grande fome,
e ele começou a passar necessidade.
Lc 15:15 Então,
ele foi
e se agregou a um dos cidadãos daquela terra,
e este o mandou para os seus campos
a guardar porcos.
Lc 15:16 Ali,
desejava ele fartar-se das alfarrobas
que os porcos comiam;
mas ninguém lhe dava nada.
Lc 15:17 Então, caindo em si, disse:
Quantos trabalhadores de meu pai
têm pão com fartura,
e eu aqui morro de fome!
Lc 15:18 Levantar-me-ei,
e irei ter com o meu pai, e lhe direi:
Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
Lc 15:19 já não sou digno de ser chamado teu filho;
trata-me como um dos teus trabalhadores.
Lc 15:20 E, levantando-se,
foi para seu pai.
Vinha ele ainda longe,
quando seu pai o avistou,
e, compadecido dele,
correndo,
o abraçou,
e beijou.
Lc 15:21 E o filho lhe disse:
Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho.
Lc 15:22 O pai, porém, disse aos seus servos:
Trazei depressa a melhor roupa,
vesti-o,
ponde-lhe um anel no dedo
e sandálias nos pés;
Lc 15:23 trazei também e matai o novilho cevado.
Comamos
e regozijemo-nos,
Lc 15:24 porque este meu filho estava morto
e reviveu,
estava perdido
e foi achado.
E começaram a regozijar-se.
Lc 15:25 Ora,
o filho mais velho estivera no campo;
e, quando voltava,
ao aproximar-se da casa,
ouviu a música e as danças.
Lc 15:26 Chamou um dos criados
e perguntou-lhe que era aquilo.
Lc 15:27 E ele informou:
Veio teu irmão,
e teu pai mandou matar o novilho cevado,
porque o recuperou com saúde.
Lc 15:28 Ele se indignou e não queria entrar;
saindo, porém, o pai,
procurava conciliá-lo.
Lc 15:29 Mas ele respondeu a seu pai:
Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua,
e nunca me deste um cabrito sequer
para alegrar-me com os meus amigos;
Lc 15:30 vindo, porém, esse teu filho,
que desperdiçou os teus bens
com meretrizes,
tu mandaste matar para ele
o novilho cevado.
Lc 15:31 Então, lhe respondeu o pai:
Meu filho, tu sempre estás comigo;
tudo o que é meu é teu.
Lc 15:32 Entretanto,
era preciso que nos regozijássemos
e nos alegrássemos,
porque esse teu irmão estava morto
e reviveu,
estava perdido
e foi achado.
Linda esta parábola do filho pródigo e do filho que ficou com inveja de seu irmão por sentir que estava sendo injustiçado.
A temática do capítulo 15 de Lucas é a busca do perdido. Eu não estou sendo chamado para buscar o perdido, nem para converter o coração dos incrédulos, mas para lhes anunciar a palavra de Deus, crendo, piamente, que Deus é poderoso para resgatar o perdido e converter qualquer coração.
As proporções das parábolas em busca do perdido foram em ordem decrescente: Primeira (uma ovelha que se perde): 100x1 – Segunda (uma mulher que perde uma dracma): 10x1 – Terceira (um pai que perde seu filho): 2:1.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...