sábado, 5 de setembro de 2015
sábado, setembro 05, 2015
Jamais Desista
Marcos 4 1-41 - OS SEGREDOS E MISTÉRIOS DAS PARÁBOLAS REVELADOS AOS DISCÍPULOS.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos
vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG,
em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e
em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia,
uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao
focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava
despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes,
conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em
Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O
ministério ao redor da Caldeia (1.35-45)
– já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as
autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos;
G. O chamado dos doze (3.13-19) – já
vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – veremos agora; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – começaremos a ver agora; K. A
continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6); L. A missão dos doze na
Galileia (6.7-30); M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44); N. A visita a
Genesaré (6.45 - 7.23); O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9); P. A região de
Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32); e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
I. As parábolas do reino (4.1-34).
Mais uma vez Jesus ensinando e ensinado
usando parábolas. Nada lhes falava a não ser por parábolas, mas aos seus
discípulos tudo lhes explicava em particular.
Até o verso 34, veremos as parábolas do
reino. Marcos passa a registrar urna série de parábolas que Jesus ensinou às
margens do mar da Galileia.
Essas parábolas explicam que o reino de
Deus não virá de maneira abrupta, como geralmente esperavam os judeus. Pelo
contrário, é um reino que cresce devagar por meio da expansão do evangelho (a
BEG recomenda ver seu excelente artigo teológico "O reino de Deus",
em Mt 4).
E novamente Jesus começou a ensinar à
beira-mar e numerosa multidão, como de costume, estava diante dele. Novamente
Marcos enfatiza que o ministério público de Jesus era um movimento popular.
No cap. 6, a miraculosa alimentação
abrangeu uma multidão de cerca de quinze mil pessoas, uma vez que cinco mil
(6.44) eram homens (Lc 9.14). Talvez apenas os chefes de família tivessem sido
contados, pois o Evangelho de Mateus acrescenta as palavras "além de
mulheres e crianças" (Mt 14.21).
A cena dessa reunião deveria ser algo
sui-generis, pois que Jesus se assentava em um barco, no mar, e na praia ficava
o povo todo em volta dele, ouvindo-o.
Ele os ensinava por parábolas. A palavra
grega para "parábolas" traduz o termo hebraico para provérbios, ditos
metafóricos e enigmas (vs. 11; Mt 13.3; a BEG reuniu em forma de quadro todas
as parábolas de Jesus e o chamou de "As parábolas de Jesus" que se
encontra em Mt 13).
Contou-lhes a parábola do semeador e os
diversos tipos de terreno em que caem as sementes. Reparemos que as sementes
brotam em todos os solos, menos no caminho. Embora brotem em todos os solos,
somente no último tipo de solo é que ela produz frutos.
Assim, são os corações daqueles que recebem
as palavras do Senhor que são as sementes para transformarem nossas vidas. E
agora, somos nós que escolhemos nossos tipos de corações ou é Deus quem prepara
e depois envia a semente? Não importa, Deus é justo e a justiça faz a justiça!
Vejamos alguns detalhes, conforme a BEG. Não
era um fazendeiro inexperiente ou esbanjador que saiu a semear. Na Palestina, a
semeadura acontece antes de arar a terra. Assim, as áreas espinhosas serão
sulcadas; as áreas rochosas, cobertas com uma pequena camada de solo, só serão
visíveis depois de aradas. 4.9-10
Essa frase “quem tem ouvidos – vs. 9”, no
final de sua parábola, pode indicar que é necessária muita atenção e reflexão
para compreender o significado da parábola (v. 2; cf. SI 115.6; Mt 11.15;
13.9,43; Mc 4.23; 7 16; Lc 8.8; 14.35; Ap 2.7). Contudo, verdadeiramente é o
Espírito Santo que dá às pessoas ouvidos para ouvir as verdades espirituais (1Co
2.14; lTs 1.5).
Os discípulos ouviam a parábola, mas como
os demais ficavam “a ver navios”, mas quando Jesus ficava só – vs. 10 – ele explicava
para eles o que quis dizer. Muitas vezes Jesus se isolava com seus discípulos,
particularmente com os doze (3.14).
A escolha de alguns para serem
beneficiários especiais dessa bênção é um componente essencial do ministério
terreno de Jesus demonstrado em todos os Evangelhos. O mesmo termo grego ocorre
em Lc 9.18, pouco antes da confissão de Pedro de que Jesus é o Cristo (veja
também Mt 10.26-27; 11.25; Lc 12.2-3; Jo 16.29).
Jesus lhes explicava que a eles tinha sido
dado o mistério do Reino de Deus e aos outros apenas as parábolas – vs. 11.
Mistério significa uma revelação divina especial (Rm 16,25; 1Co 2.1; Ef 1.9;
3.3,9) e provém da noção do Antigo Testamento de que o profeta, pelo poder do
Espírito, estava presente no conselho deliberativo de Deus.
O que ele ouvia constituía a sua mensagem,
inspirada e autoritativa, para o povo (1Rs 22.19; Jr 23.18; Am 3.7; cf. Ex
24.15-18; Dt 33.2; Is 6.1-13). Essa revelação se cumpriu no evangelho
apostólico, que Paulo chamaria mais tarde de "mistério de Cristo" (Ef
3.4; Cl 4.3) ou “mistério do evangelho" (Ef 6.19).
Começou com a mensagem que Jesus entregou
aos doze, que foram escolhidos por Deus primeiramente para a salvação e depois
para o serviço.
Aqui, o mistério do reino (vs. 13-20) era o
fato de que o reino já havia chegado com Jesus, pois ele é o Rei. Esse
"mistério", que foi revelado aos discípulos, foi contrastado com as
parábolas ditas "aos de fora" (isto é, aqueles que não eram
seguidores genuínos).
Sem o "mistério", a parábola era
uma "figura" (Jo 16.29) que os impedia de compreender (conforme
profetizou a Escritura; veja 4.12, que cita Is 6.9-10).
Se os discípulos não entendiam aquela
parábola, como iriam entender todas as demais parábolas? Essa explicação da
função das parábolas se aplica a todas elas.
Logo, o segredo revelado aqui é a chave
para todas as parábolas; ou seja, todas as parábolas revelam algo sobre Jesus o
Rei, e também sobre a maneira pela qual ele estabelece o reino de Deus.
Dos versos de 14 a 20 ele explica o
significado da parábola do semeador (nome este escolhido para nossa editora –
EDITORA OS SEMEADORES – www.ossemeadores.com.br).
A dificuldade da parábola não parecia estar
no ensinamento moral (que na verdade era bastante claro) a respeito da dureza
do coração humano. A dificuldade, ou "mistério", estava no fato de
que o anúncio do estágio final do reino de Deus era como uma semente frágil, e
que o Filho do Homem, aquele que exerce toda a autoridade sobre a terra
(2.11,27) era Jesus, um semeador humilde.
Naquele momento, a vinda do reino e do seu
Rei estava marcada pela ambiguidade: os de fora não tinham um coração
receptivo, enquanto os que seguiam a Jesus até o final iriam produzir muitos
frutos.
Para aqueles que têm ouvidos para ouvir, a
parábola revela um grande segredo sobre a história da redenção.
Esses versículos de 21 a 25 fazem parte da
conclusão sobre a explicação das parábolas dada aos discípulos (4.10-20).
O que tem uma luz, uma lâmpada ou uma vela,
cujo objetivo principal é transportar a luz, jamais a esconderá, não teria
lógica.
Conforme a BEG, durante o ministério
terreno de Jesus, muitas verdades que deviam ser reveladas mais tarde
permaneceram escondidas, (veja também Mt 10.26-27; Lc 12.2-3).
Ele não somente falou da importância da luz
que deve ser posta em local apropriado, como também agora falou dos ouvidos e
do ouvir.
Com a medida que eu usar para medir, com
ela serei medido e ainda acrescentado. Se julguei mal, mal serei julgado e pior
ainda; se fui bom, bom serão comigo e ainda mais.
Por isso que ele continua no verso 25
falando do que tem, que terá mais ainda e do que não tem, que até o pouco que
tem, ser-lhe-á tirado. Esse princípio é ilustrado com perfeição na parábola dos
talentos (Mt 25.14-30) e das dez minas (Lc 19.11-27).
O mistério revelado na parábola do grão de
mostarda – vs. 30 a 32 - era a ambiguidade da manifestação do reino no
ministério terreno de Jesus: o que era aparentemente pequeno e insignificante,
tornar-se-ia o maior sobre todas as coisas, de forma que até as aves do céu
poderiam abrigar-se à sua sombra. Veja Dn 4.21, onde uma descrição quase
idêntica dessa imagem mostra o domínio mundial de Nabucodonosor.
Destarte – vs. 33 e 34 -, com muitas
parábolas semelhantes Jesus lhes anunciava a palavra, tanto quanto podiam
receber. Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a
sós com os seus discípulos, explicava-lhes tudo.
J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20).
Assim fez Jesus contando a todos as
parábolas do Reino de Deus e nada lhes explicava, se não por parábolas, mas aos
seus discípulos, tudo explicava.
Concluindo esses ensinamentos, dos versos
de 35 em diante até o versículo 20, do próximo capítulo, veremos essa viagem dele
com seus discípulos para Decápolis.
Marcos registra que Jesus viajou para o
território de Decápolis, uma região de forte domínio pagão. Marcos tez isso
para demonstrar que o poder de Jesus não possuía fronteiras geográficas e que
as forças pagãs não podiam resistir à sua vontade.
Já era noite quando ele disse aos seus
discípulos para irem para a outra margem – vs. 35. De acordo com 3.7, nesse
tempo Jesus estava na Galileia. A região dos gerasenos (em Decápolis) ficava na
"outra margem" do lago (5.1). Esse detalhe dos outros barcos – vs. 36
- acrescenta realismo e revela um testemunho ocular por trás da narrativa de
Marcos.
No barco, Jesus adormeceu de cansaço de seu
dia e nisso o tempo virou e veio uma forte tempestade que fazia com que o barco
começasse a ficar cheio de água por causa do grande temporal de vento.
O mar da Galileia (um lago) fica cerca de
200 m abaixo do nível do mar, possuindo aproximadamente 19 km de comprimento
por 10 km de largura. Ao sul há um vale rochoso conhecido como Ghor.
O vento que se afunila através das
montanhas ao redor e do vale ao sul podem causar repentinas tempestades no
lago.
E Jesus estava dormindo, com a cabeça
inclinada em um travesseiro. Jesus havia ensinado o dia inteiro e estava
exausto (cf. Jo 4.6; 11.35,38). Esse fato salienta a sua total humanidade;
nosso Senhor era genuinamente humano, embora sem a horrível propensão para o
pecado herdada de Adão (Rm 8.3; cf. Rm 5.12ss.; 2Co 5. A BEG, aqui, recomenda a
leitura de seu excelente artigo teológico "A humanidade plena de
Jesus", em Lc 3).
A tempestade devia ser muito terrível e o
barco talvez inadequado, pois que aqueles discípulos acostumados com o mar e
com barcos foram acordar Jesus.
O que Jesus faz é espetacular. Bem queria
eu estar neste barco filmando tudo. Ele se levanta e simplesmente repreende o
mar. Isso mesmo, ele fala com o mar para se acalmar, para se aquietar e o vento
lhe obedece e se faz completa bonança.
Enquanto esteve na terra, Jesus revelou a
sua autoridade para perdoar pecados (2.10), seu senhorio sobre o sábado (2.28),
sua autoridade para ensinar (1.22) e sua autoridade sobre os demônios (1.27).
Aqui, ele demonstra a sua autoridade sobre
a natureza. Esse episódio se parece com os exorcismos de Jesus e colocam essas
narrativas em paralelo:
ü
A
manifestação violenta (1.26; 5.4,13).
ü
O
comando para emudecer – até os verbos usados são os mesmos (1.25).
ü
A
calma resultante (5.15; 7.38).
Assim, Jesus novamente amarra o
"valente" (3.27), reivindicando para si a criação física, que um dia
conhecerá o libertador glorioso dos filhos de Deus (cf. Rm 8.19-21).
Mc 4:1 Voltou Jesus
a ensinar à
beira-mar.
E reuniu-se
numerosa multidão a ele,
de
modo que entrou num barco,
onde
se assentou,
afastando-se
da praia.
E todo o povo
estava
à beira-mar,
na
praia.
Mc 4:2 Assim,
lhes ensinava
muitas coisas por parábolas,
no
decorrer do seu doutrinamento.
Mc 4:3 Ouvi:
Eis
que saiu o semeador a semear.
Mc
4:4 E, ao semear,
uma
parte caiu à beira do caminho,
e
vieram as aves
e
a comeram.
Mc 4:5 Outra
caiu
em solo rochoso,
onde
a terra era pouca,
e
logo nasceu,
visto
não ser profunda a terra.
Mc
4:6 Saindo, porém, o sol,
a
queimou;
e, porque não
tinha raiz,
secou-se.
Mc
4:7 Outra parte
caiu
entre os espinhos;
e
os espinhos cresceram
e
a sufocaram,
e
não deu fruto.
Mc
4:8 Outra, enfim,
caiu
em boa terra
e
deu fruto,
que
vingou e cresceu,
produzindo
a trinta,
a
sessenta
e
a cem por um.
Mc 4:9 E
acrescentou:
Quem
tem ouvidos para ouvir,
ouça.
Mc 4:10 Quando Jesus ficou só,
os que
estavam junto dele com os doze
o
interrogaram a respeito das parábolas.
Mc 4:11 Ele lhes respondeu:
A vós outros
vos é dado
conhecer
o mistério do reino de Deus;
mas,
aos de fora,
tudo
se ensina por meio de parábolas,
Mc
4:12 para que,
vendo,
vejam
e
não percebam;
e,
ouvindo,
ouçam
e não
entendam;
para que
não
venham a converter-se,
e
haja perdão para eles.
Mc 4:13 Então, lhes perguntou:
Não entendeis
esta parábola
e
como compreendereis todas as parábolas?
Mc 4:14 O
semeador semeia a palavra.
Mc
4:15 São estes os da beira do caminho,
onde
a palavra é semeada;
e, enquanto a
ouvem,
logo
vem Satanás
e tira a palavra
semeada neles.
Mc 4:16
Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso,
os
quais, ouvindo a palavra,
logo
a recebem com alegria.
Mc
4:17 Mas eles não têm raiz em si mesmos,
sendo,
antes, de pouca duração;
em
lhes chegando a angústia ou a perseguição
por
causa da palavra,
logo
se escandalizam.
Mc
4:18 Os outros, os semeados entre os espinhos,
são
os que ouvem a palavra,
Mc
4:19 mas os cuidados do mundo,
a
fascinação da riqueza
e
as demais ambições,
concorrendo,
sufocam
a palavra,
ficando ela
infrutífera.
Mc
4:20 Os que foram semeados em boa terra
são
aqueles que ouvem a palavra
e
a recebem,
frutificando
a trinta,
a
sessenta
e
a cem por um.
Mc 4:21
Também lhes disse:
Vem,
porventura, a candeia
para
ser posta debaixo do alqueire ou da cama?
Não vem,
antes,
para
ser colocada no velador?
Mc 4:22 Pois nada está oculto,
senão
para ser manifesto;
e nada se faz
escondido,
senão
para ser revelado.
Mc 4:23 Se
alguém tem ouvidos para ouvir,
ouça.
Mc 4:24
Então, lhes disse:
Atentai
no que ouvis.
Com
a medida com que tiverdes medido
vos
medirão também,
e
ainda se vos acrescentará.
Mc 4:25 Pois
ao que tem
se
lhe dará;
e, ao que não
tem,
até
o que tem lhe será tirado.
Mc 4:26 Disse
ainda:
O
reino de Deus é assim
como
se um homem lançasse a semente à terra;
Mc 4:27
depois,
dormisse
e se levantasse,
de
noite e de dia,
e a semente
germinasse e crescesse,
não
sabendo ele como.
Mc
4:28 A terra por si mesma frutifica:
primeiro
a erva,
depois,
a espiga,
e,
por fim, o grão cheio na espiga.
Mc
4:29 E, quando o fruto já está maduro,
logo
se lhe mete a foice,
porque
é chegada a ceifa.
Mc 4:30 Disse
mais:
A
que assemelharemos o reino de Deus?
Ou
com que parábola o apresentaremos?
Mc 4:31 É
como um grão de mostarda,
que,
quando semeado,
é
a menor de todas as sementes sobre a terra;
Mc
4:32 mas, uma vez semeada,
cresce
e se torna
maior
do que todas as hortaliças
e
deita grandes ramos,
a
ponto de as aves do céu
poderem
aninhar-se à sua sombra
Mc 4:33 E com muitas parábolas
semelhantes
lhes expunha
a palavra,
conforme
o permitia a capacidade dos ouvintes.
Mc 4:34 E sem parábolas
não lhes
falava;
tudo,
porém,
explicava
em particular aos seus próprios discípulos.
Mc 4:35 Naquele dia,
sendo já
tarde, disse-lhes Jesus:
Passemos
para a outra margem.
Mc 4:36 E
eles, despedindo a multidão,
o
levaram assim como estava, no barco;
e
outros barcos o seguiam.
Mc 4:37 Ora,
levantou-se grande temporal de vento,
e
as ondas se arremessavam contra o barco,
de
modo que o mesmo já estava a encher-se de água.
Mc
4:38 E Jesus estava na popa,
dormindo
sobre o travesseiro;
eles o
despertaram e lhe disseram:
Mestre,
não
te importa que pereçamos?
Mc
4:39 E ele,
despertando,
repreendeu
o vento e disse ao mar:
Acalma-te,
emudece!
O
vento se aquietou,
e fez-se
grande bonança.
Mc
4:40 Então, lhes disse:
Por
que sois assim tímidos?!
Como
é que não tendes fé?
Mc 4:41 E
eles, possuídos de grande temor,
diziam
uns aos outros:
Quem
é este
que
até o vento e o mar
lhe
obedecem?
Jesus ao final
deste capítulo deixa claro que ele também é o Senhor da natureza e que todas as
coisas estão sob seu governo soberano. Repreende seus discípulos que estavam
com ele falando-lhes de sua timidez por que não tinham fé ou nele não confiavam.
Sobre a minha fé eu tenho dito para mim
mesmo que resolvi que ela tenha 4 “I”, ou seja, que ela seja, Indestrutível,
Inabalável, Imbatível e invencível. Eu posso tomar esta decisão contra a
incredulidade que é o oposto da fé?
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sexta-feira, 4 de setembro de 2015
sexta-feira, setembro 04, 2015
Jamais Desista
Marcos 3.1-35 - JESUS SE INDIGNAVA COM A INCREDULIDADE, MAS SE ALEGRAVA COM A FÉ.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos
vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG,
em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e
em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na
Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios
moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos
procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II, foi dividida em 17
subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em
Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O
ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) –
já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as
autoridades (2.18 - 3.12) – concluiremos
agora; G. O chamado dos doze (3.13-19)
- veremos agora; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) - veremos agora; I. As parábolas do reino (4.1-34); J. A viagem
para Decápolis (4.35 - 5.20); K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21
- 6.6); L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30); M. A alimentação dos cinco
mil (6.31-44); N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23); O. Tiro, Sidom e Decápolis
(7.24 - 8.9); P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32); e, Q. O retorno
a Cafarnaum (9.33-50).
F. Controvérsias com as autoridades (2.18 3.12) - continuação.
Estamos vendo até o vs. 12, deste, algumas
controvérsias com as autoridades. Visando desenvolver em seus leitores uma
apreciação pelos ensinamentos de Jesus, Marcos registra várias ocasiões em que
Jesus esteve envolvido em controvérsias teológicas com autoridades religiosas
judaicas.
Novamente Jesus entra em uma sinagoga em um
dia de sábado e todos ali observam para ver se ele violaria ou não o sábado,
mas não para sorver dos seus ensinamentos, nem para glorificar a Deus por
qualquer cura ou feito extraordinário.
O homem que se encontra ali, diferente, era
um que tinha uma mão ressequida, literalmente "seca", indicando um
processo longo, e não uma doença fatal pela qual até mesmos os fariseus teriam
aceitado a cura no sábado. A ação de Jesus aparenta ser uma provocação
deliberada, bem como um ato de misericórdia.
Eles (sem dúvida os fariseus, veja o vs. 6)
procuravam estabelecer um precedente legal ao observarem as ações de Jesus,
corno evidentemente era o que Jesus queria que fizessem.
Jesus se antecipou à crítica ao reiterar o
seu ensino sobre o sábado iniciado em 2.25-28. Os fariseus concebiam que
somente o auxílio estritamente essencial aos doentes era permitido no sábado.
Jesus demonstrou que a interpretação deles
era, na verdade, contrária ao propósito do mandamento, pois este tinha por
objetivo a promoção do bem (2.27).
Os fariseus não eram motivados pelo poder
de Deus, nem pela vontade de fazer o bem, mas pelo poder do mal e da
hipocrisia, pois, embora Jesus estivesse promovendo o bem e a vida ao curar no
sábado, os fariseus procuravam matá-lo ao conspirarem contra ele, no sábado.
Jesus ficou indignado e condoído por causa
da incredulidade que demonstravam! Como Jesus ficava aborrecido quando
acontecia a incredulidade e como era o contrário quando via a demonstração de
fé em Deus.
Será que Jesus mudou? Na verdade Deus é e
continua soberano. Nunca deixou de ser, nem deixará de ser, mas é eternamente
soberano e ao mesmo tempo, somos responsáveis por nossos atos, por nossas
incredulidades e por nossas demonstrações de fé em Deus.
Que tal fazermos um pacto conosco mesmo e
deixar a incredulidade do lado de fora, eternamente fora, de nosso coração? Eu
tenho decidido fazer de minha fé o que chamo dos “4 I”: - Indestrutível –
Inabalável - Imbatível - Invencível.
Depois da cura incrível, ao invés das
glórias a Deus, o ajuntamento de fariseus com herodianos para ver como tirariam
a vida de Jesus, pode?
Ao contrário dos fariseus, os herodianos
eram um grupo político não religioso que apoiava a dinastia de Herodes (que era
de origem não judaica). Assim corno Herodes, esse grupo colaborava com Roma. Os
fariseus demonstraram a sua hipocrisia ao juntar forças com os herodianos (cf.
Dt 7.2; 17.15). Para mais detalhes sobre essa conspiração, veja 8.15; 12,13; At
4.27.
Depois dessa cura, retirou-se novamente
Jesus com seus discípulos para continuarem em sua missão de pregação, ensino e
cura e grande multidão os seguia.
Aparentemente, uma das ênfases dos vs. 7-12
é que o ministério público de Jesus estava se tornando um movimento popular,
apesar da oposição da elite governante (3.6). Jesus estava sentindo-se coagido
e teve de se refugiar num barquinho.
Geograficamente, as pessoas estavam se
deslocando de todas as partes até a Caldeia, para ver Jesus:
·
Do
sul (Jerusalém, Judeia e ldumeia).
·
Do
leste (as regiões além do Jordão).
·
Do
norte (Tiro e Sidom).
A Galileia estava ocupando o lugar de
Jerusalém como centro da vida religiosa.
No original, o verbo traduzido como
"viam" (do verso 11 – “os espíritos imundos, quando o viam”) sugere
um acontecimento repetitivo, pois Jesus encontrava a todo o momento pessoas
possuídas por espíritos demoníacos.
Na presença de Jesus, os demônios eram
desmascarados, e o resultado era que eles também expunham a verdadeira identidade
de Jesus. (1.1, 34,43-44; 12; 15.39).
G. O chamado dos doze (3.13-19).
Veremos agora até o vs. 19, o chamado dos
doze. Marcos registra como Jesus apontou doze apóstolos para ministrarem com
sua autoridade, de modo que seus leitores pudessem reconhecer a importância do
ministério dos apóstolos nesses dias.
Marcos salienta esse ato de Jesus de subir
ao monte e chamar a si os que quisesse para enfatizar particularmente a origem
do propósito decisivo de Jesus.
A importância do número 12 dificilmente
passaria despercebida (Mt 19.28; Lc 22.29-30), no entanto, os doze tinham
privilégio exclusivo em relação à quantidade de tempo que permaneciam junto com
Jesus (cf. "estais comigo", Jo 15.26-27).
Marcos e Mateus (Mt 10.2-4) apresentam
listas idênticas. A lista paralela em Lucas (Lc 6.12-16) é idêntica exceto pela
ausência do nome "Tadeu", em lugar de quem aparece "Judas, filho
de Tiago" (não Judas Iscariotes).
A única explicação razoável para isso é que
Tadeu tinha um segundo nome, Judas, o Zelote, isto é, ele era membro de um
partido político religioso cujo objetivo era a independência nacional, e cujos
meios para alcançá-lo incluíam a rebelião armada.
Alguns acreditam que Judas era também um
zelote (vs. 18) uma vez que o nome "Iscariotes" pode ter origem no
latim sicarius ("adaga"). Porém, é mais provável que, uma vez que
esse também era o nome de seu pai (Jo 6.71), essa palavra tenha origem no termo
semítico ish ("homem [de]”), sendo combinada com "Queriote", uma
cidade em Israel, perto de Hebrom Os 15.25).
Eles foram chamados para pregar e tinham
autoridade para expulsar demônios. Novamente (veja 1.14,17) a prioridade da
missão era a pregação e o exorcismo. O período tinha uma ênfase marcadamente
prática.
Jesus agora estava enviando também os doze
a pregar e a expulsar os demônios. Os invejosos e de corações endurecidos agora
abrem os seus corações ao diabo. Até os seus parentes saíram para prendê-lo
porque diziam que ele estava fora de si. Os escribas, então, dizem que as
expulsões de demônios se dão pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios!
H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35).
Tendo escolhido os seus, entrou numa casa
para aonde afluíram outra vez a multidão. Veremos nesses versos de 20 a 35, acusações
contra Jesus em Cafarnaum, conforme a BEG. Marcos registra duas acusações contra
Jesus:
(1)
Ele
estava louco.
(2)
Ele
estava possuído pelo demônio.
Os judeus viam uma ligação entre loucura e
possessão demoníaca (Jo 10.20). Além do mais, as acusações aparecem juntas. O
relato da intervenção da família de Jesus começa no vs. 21 e se encerra nos vs.
31ss. Entre esses versículos está o relato da agressão verbal feita pelos
"escribas" (vs. 22-30) contra Jesus.
Os ataques diabólicos contra Jesus vinham
tanto dos líderes religiosos como da própria família de Jesus (veja Jo 7.5), e
mais tarde também viriam de dentro do círculo dos doze (Mt 16.23; Jo 13.27).
Essa palavra “parente” – vs. 21 - é um
tanto ambígua no original, pelo que certas versões traduzem como
"família" e outras propõem "companheiros" ou
"amigos". De qualquer modo, esse grupo é claramente identificado no vs.
34 como sendo sua mãe e seus irmãos.
A sua família dizia que ele estava fora de
si. Essa frase revela que os irmãos de Jesus o consideravam, no mínimo,
mentalmente instável nesse momento. Isso tanto pode sugerir desprezo como preocupação
da parte deles.
Os próprios escribas que tinham descido a
Jerusalém criam que Jesus fazia o que fazia por causa de Belzebu – vs. 22. O
grego traz Beelzeboul, que ocorre
apenas aqui e no relato paralelo em Mt 12.24-29 e Lc 11.14-22.
Conforme a BEG, o termo correspondente em
hebraico é Baal-Zebube, "senhor
das moscas", aparentemente uma paródia de Baal-Zabul, o deus de Ecrom (2Rs 1.2), que significa "Baal é
príncipe". Os fariseus usavam esse termo para se referirem a Satanás, e
aqui acusam Jesus de expulsar demônios pelo poder de Satanás.
Dos versos de 23 a 27, Jesus chamando para
si os seus doze, explica-lhes por parábola essa questão. Essa parábola ilustra
a afirmação de Jesus de que o reino já havia chegado (Mt 12.28), pois havia
surgido alguém mais forte do que o "valente" (Satanás). Jesus era
capaz de amarrar Satanás e libertar as pessoas desse poder demoníaco.
Jesus também lhes explica algo muito
terrível e assustador, pois aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não
terá perdão. Quanto às várias formas de blasfêmia, veja Ex 22.28; Lv 24.10-16;
Ez 35.12-13; Mc 2.7; 14.64; Jo 10.33-36; At 6.11. Veja também o excelente
artigo teológico sobre o assunto, logo abaixo.
Aqui, a blasfêmia imperdoável é especificada
como um ato deliberado de associar o poder e a obra de Jesus (Jo 10.21), que
era cheio do Espírito Santo, com a obra de Satanás.
Como se não bastasse os escribas, fariseus
e parentes, agora quem chegava ali era sua mãe e seus irmãos (Veja o vs. 21)
que com ele estavam preocupados, ou melhor, parecia não crer nele também.
Conforme a BEG, comentaristas católico-romanos,
para os quais a virgindade eterna de Maria é um dogma, enfatizam o fato de que
"irmão" pode se referir aos vários relacionamentos familiares,
apontando para Gn 13.8; 14.16; 29.15; Lv 10.4; 1Cr 23.22.
Contudo, em outras passagens de Marcos, o
termo sempre parece implicar filhos dos mesmos pais. Além do mais, Mt 1.24, 25
(E José, tendo despertado do sono, fez
como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; 25 e não a conheceu
enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.) indica
claramente que após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram relações
conjugais normalmente, desse modo atribuindo um sentido adicional à designação
de Lucas sobre Jesus ser o "primogênito" de Maria (Lc 2.7).
Jesus, então lhes dá uma grande lição sobre
o que é e quem é que faz a vontade de Deus. A chegada do reino de Deus rompeu
com a vida preestabelecida. Às vezes, mães, irmãos, casas e terras devem ser
deixados para trás por causa do reino (10.17-31).
Embora o reino de Deus vá, ao final, curar
a vida humana, esse processo de cura enquanto aguardamos a volta de Jesus
envolve discórdias e julgamento contra os pecadores, bem como provações e
sofrimento para os cristãos (Rm 5.3; Tg 1.2; 1Pe 1.6).
entrou Jesus
na sinagoga
e
estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
Mc 3:2 E
estavam observando a Jesus
para
ver se o curaria em dia de sábado,
a
fim de o acusarem.
Mc 3:3 E
disse Jesus ao homem da mão ressequida:
Vem
para o meio!
Mc 3:4 Então,
lhes perguntou:
É
lícito nos sábados
fazer
o bem ou fazer o mal?
Salvar
a vida ou tirá-la?
Mas
eles ficaram em silêncio.
Mc 3:5
Olhando-os ao redor,
indignado
e
condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem:
Estende
a mão.
Estendeu-a,
e
a mão lhe foi restaurada.
Mc 3:6
Retirando-se os fariseus,
conspiravam
logo com os herodianos,
contra
ele,
em
como lhe tirariam a vida.
Mc 3:7 Retirou-se Jesus com os seus
discípulos
para os lados
do mar.
Seguia-o
da Galiléia uma grande multidão.
Também
da Judéia,
Mc
3:8 de Jerusalém,
da
Iduméia,
dalém
do Jordão
e
dos arredores de Tiro
e
de Sidom uma grande multidão,
sabendo
quantas coisas Jesus fazia,
veio
ter com ele.
Mc 3:9 Então, recomendou a seus
discípulos
que sempre
lhe tivessem pronto um barquinho,
por
causa da multidão,
a
fim de não o comprimirem.
Mc 3:10 Pois
curava a muitos,
de modo que
todos os que padeciam de qualquer enfermidade
se
arrojavam a ele para o tocar.
Mc 3:11
Também os espíritos imundos,
quando
o viam,
prostravam-se
diante dele
e
exclamavam:
Tu
és o Filho de Deus!
Mc 3:12 Mas
Jesus lhes advertia severamente
que o não
expusessem à publicidade.
Mc 3:13 Depois,
subiu ao
monte
e chamou os
que ele mesmo quis,
e vieram para
junto dele.
Mc 3:14 Então,
designou doze
para estarem com ele
e para os
enviar a pregar
Mc 3:15 e a
exercer a autoridade de expelir demônios.
Mc 3:16 Eis os doze que designou:
Simão, a quem
acrescentou o nome de Pedro;
Mc 3:17
Tiago, filho de Zebedeu,
e João, seu
irmão, aos quais deu o nome de Boanerges,
que
quer dizer: filhos do trovão;
Mc 3:18
André,
Filipe,
Bartolomeu,
Mateus,
Tomé,
Tiago, filho
de Alfeu,
Tadeu,
Simão, o
Zelote,
Mc 3:19 e
Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.
Mc 3:20 Então,
ele foi para
casa.
Não obstante,
a
multidão afluiu de novo,
de
tal modo que nem podiam comer.
Mc 3:21 E,
quando os
parentes de Jesus ouviram isto,
saíram
para o prender; porque diziam:
Está
fora de si.
Mc 3:22 Os escribas,
que haviam
descido de Jerusalém, diziam:
Ele
está possesso de Belzebu. E:
É
pelo maioral dos demônios
que
expele os demônios.
Mc 3:23 Então,
convocando-os
Jesus, lhes disse, por meio de parábolas:
Como
pode Satanás expelir a Satanás?
Mc 3:24 Se um
reino estiver dividido contra si mesmo,
tal
reino não pode subsistir;
Mc 3:25 se
uma casa estiver dividida contra si mesma,
tal
casa não poderá subsistir.
Mc 3:26 Se,
pois, Satanás
se
levantou contra si mesmo e está dividido,
não
pode subsistir,
mas
perece.
Mc
3:27 Ninguém pode entrar na casa do valente
para
roubar-lhe os bens,
sem
primeiro amarrá-lo;
e
só então lhe saqueará a casa.
Mc
3:28 Em verdade vos digo
que tudo será
perdoado aos filhos dos homens:
os
pecados
e
as blasfêmias que proferirem.
Mc
3:29 Mas aquele que blasfemar
contra
o Espírito Santo
não
tem perdão para sempre,
visto
que é réu de pecado eterno.
Mc
3:30 Isto, porque diziam:
Está
possesso de um espírito imundo.
Mc 3:31 Nisto,
chegaram sua
mãe e seus irmãos
e, tendo
ficado do lado de fora,
mandaram
chamá-lo.
Mc 3:32 Muita gente estava assentada
ao redor dele
e lhe disseram:
Olha,
tua mãe, teus irmãos e irmãs
estão
lá fora à tua procura.
Mc 3:33
Então,
ele
lhes respondeu, dizendo:
Quem
é minha mãe
e
meus irmãos?
Mc
3:34 E, correndo o olhar pelos que estavam assentados
ao
redor, disse:
Eis
minha mãe
e
meus irmãos.
Mc
3:35 Portanto,
qualquer que
fizer a vontade de Deus,
esse
é
meu irmão,
irmã e mãe.
Foi nesse
momento triste, de confusão com Belzebu, que Jesus lhes conta, como já
dissemos, essa parábola para lhes mostrar que um reino dividido não
subsistiria. Em seguida, ainda vem sua mãe e seus irmãos e Jesus, não
desrespeitosamente, fala que sua mãe e irmãos são aqueles que fizerem a vontade
de Deus.
Blasfêmia contra o Espírito
Santo: Posso ser perdoado? (Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra)
Jesus ensinou que todos os tipos de pecado podem ser perdoados, exceto
a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31-32; Mc 3.28-29; Lc 12.10). Se
alguém blasfema contra o Espírito Santo, mostra que não é um dos eleitos e,
portanto, nunca será salvo ("porque pelo fruto se conhece a árvore",
Mt 12.33). Mas em que consiste, exatamente, a blasfêmia contra o Espírito
Santo? Como podemos saber se não cometemos esse pecado imperdoável?
Em termos gerais, "blasfemar"' significa "proferir palavras
ímpias", "difamar" ou “usar linguagem ultrajante". Em resposta
à insistência dos fariseus de que ele expulsava demônios por estar associado a
Satanás (Belzebu), Jesus advertiu que a blasfêmia contra o Espírito Santo era
imperdoável tanto nesta era quanto na vindoura (Mt 12.32; Mc 3.29-30). Ao negar
que o poder por trás do exorcismo vinha do Espírito Santo, atribuindo esse
poder a Satanás, os fariseus ultrajaram o Espírito Santo. Com base nisso, os
teólogos costumam entender a blasfêmia contra o Espírito Santo corno a
atribuição da obra do Espírito a Satanás ou outras forças demoníacas.
No entanto, até mesmo essa definição precisa ser esclarecida. Ao
responder aos fariseus, Jesus também deixou claro que suas obras eram
provenientes do Espírito Santo (de acordo com a lógica de sua argumentação em
Mt 12.25-29 e Mc 3.23-27). Corno deveria ter ficado evidente para todos, a
única explicação racional para o exorcismo era a operação do Espírito. Assim, a
rejeição do Espírito Santo pelos fariseus foi refletida e intencional, e não
apenas um equívoco. Falando segundo a perversidade do próprio coração (Mt
12.34-35), haviam blasfemado intencionalmente contra o poder que sabiam ser
proveniente do Espírito Santo.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é refletida, intencional e motivada
pela perversidade. Uma vez que é imperdoável, não pode ser cometida por um
cristão nem, tampouco, por alguém que ainda não é cristão, mas que, um dia,
aceitará a Cristo. Ainda sim, por vezes cristãos sinceros temem ter blasfemado
contra o Espírito Santo. Normalmente, essas pessoas simplesmente compreenderam
de modo equivocado a natureza dessa blasfêmia ou avaliaram de modo incorreto os
seus próprios atos. De qualquer modo, unia vez que os réprobos (aqueles que
nunca aceitarão a Cristo) não podem se arrepender verdadeiramente de seu pecado
(cf. At 11.18), os cristãos que temem haver cometido esse pecado imperdoável
normalmente demonstram, pela sua própria ansiedade e arrependimento, que não o
fizeram.
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