Nosso propósito nessa instrução geral é formar
apenas um pequeno pano de fundo para nos ajudar na leitura e reflexão desse
livro. Caso deseje maiores detalhes, recomendamos a leitura na própria BEG, de
seus comentários, bem como fazer mais pesquisas em outras fontes respeitáveis.
Autor/Características
gerais:
Entendemos que a autoria seja mesmo do
próprio profeta Malaquias, embora o assunto esteja sujeito a debates,
principalmente devido ao seu nome e a ausência de seus ascendentes/descendentes.
Propósito
geral:
Conclamar a abatida e desanimada comunidade
que vivia na Terra Prometida após o exílio para uma fé renovada por meio do
anúncio da vinda do julgamento do Messias.
Data:
Provavelmente entre 458-433 a.C.
Verdades
fundamentais:
•Durante
os últimos anos do período do Antigo Testamento, o povo de Israel estava
corrompido pelo pecado.
•Deus
ofereceu ao seu povo o perdão para os seus pecados.
•Deus
prometeu que o Messias viria para purificar a nação.
•Os
ímpios serão julgados e os justos receberão sua recompensa no julgamento
futuro.
Contextualização:
Embora não seja possível saber o tempo
exato referente ao livro de Malaquias, nos chama a atenção o fato de que esses
três, Esdras, Neemias e Malaquias, enfrentaram situações parecidas:
•Eles
condenaram o casamento com mulheres estrangeiras (p. ex.. 2.11-15; Ne
13.23-27).
•Eles
condenaram a negligência com respeito ao dízimo (p. ex., 3.8-10; Ne 13.10-14).
•Eles
criticaram severamente os erros de um sacerdócio degenerado (p. ex. 1.6-2.9; Ne
13.7-8).
•Eles
criticaram o povo pelos seus pecados sociais (p. ex., 3.5; Ne 5.1-13).
Esdras e Neemias enfrentaram essas questões
primariamente com programas de reforma, ao passo que a estratégia de Malaquias
era confrontá-los com oráculos vindos do Senhor, talvez como apoio aos
programas de seus contemporâneos.
Além disso, algumas características de Malaquias
pressupõe que ele deva ser datado ao redor do tempo de Esdras e Neemias.
•Sua
ênfase na lei (4.4) pressupõe o ministério de Esdras de restauração da
proeminência e da autoridade da lei (Ed 7.14,25-26; Ne 8.18).
•A
referência ao governador (1.8) situa o livro no período persa.
•Com
base nessa evidência, alguns datam o livro entre a ida de Esdras (458 a.C.) e a
de Neemias (445 a.C.). Outros colocam Malaquias no período entre as duas
visitas de Neemias a Jerusalém ao redor de 433 a.C.
•Embora
alguns intérpretes coloquem as profecias de Joel após esse período, é mais
provável que Malaquias seja o último profeta do Antigo Testamento.
Outros
propósitos e características:
A aliança é um dos temas proeminentes em Malaquias.
Há quatro referências explícitas à aliança:
•A
aliança com Levi (2.4-9).
•A
aliança dos pais (2.10).
•A
aliança do casamento (2.14).
•O
mensageiro da aliança (3.1).
Além dessas referências diretas, o livro
inicia com a aliança de amor de Deus (1.2-5).
A seriedade da incompetência e da
infidelidade sacerdotal é vista na erosão da fidelidade do povo comum, os quais
"profanaram a aliança" (2.10) ao serem desleais uns para com os
outros, no casamento (2.11,14) e nos seus relacionamentos sociais e econômicos
(3.5).
A não ser que se arrependessem (3.7),
estariam sob a maldição prevista na divina aliança (3.9; Lv 26.14-46; Dt
28.15-68).
Malaquias dirigiu-se a um povo desiludido,
desanimado e cheio de dúvidas, cuja experiência era incompatível com a compreensão
que eles tinham da era messiânica após o exílio.
Em vez de vitória na guerra e abundância na
natureza, eles experimentavam pobreza, seca e adversidade econômica.
As palavras de Malaquias encontraram um
povo cético a respeito das promessas de Deus e, portanto, apático em seu
compromisso de viver à luz dessas mesmas promessas e adorar e servir ao Senhor
de todo o coração.
O livro pode servir como um catecismo para
tempos de dúvida e desapontamento durante os quais o povo na igreja visível é
tentado a desligar-se de sua aliança com Deus.
O ministério do profeta deveria se
constituir no acender de uma lâmpada de fé para um povo desalentado ao
relembrá-los do amor eletivo de Deus (1.2) e na exposição das contínuas
obrigações da aliança para aqueles que verdadeiramente conheciam a Deus
(3.16-18).
Cristo
em Malaquias:
O livro de Malaquias aponta para Cristo quando:
1.Malaquias
conclamou os que retornaram para Israel ao arrependimento, de modo que pudessem
receber as bênçãos que Deus havia oferecido ao seu povo após o exílio.
·De
maneira muito semelhante, Cristo conclamou ao arrependimento de maneira que um
remanescente justo pudesse receber essas mesmas bênçãos (Mc 2.15).
·Por
essa razão, Tiago aplicou o chamado ao arrependimento proclamado por Malaquias
à vida cotidiana dos crentes (Tg 4.8; cf. MI 3.7).
2.Malaquias
predisse que o culto a Deus se espalharia por todas as nações (1.11), e Cristo
e seus apóstolos abriram as portas da salvação às nações gentílicas como nunca
acontecera antes (At 10.9-48; Ef 2.11-13).
3.Malaquias
predisse que a renovação do povo de Deus aconteceria por meio da obra de um
"mensageiro" (3.1) da aliança, o qual seria precedido pelo
"profeta Elias" (4.5; cf. 3.1-2).
·O
Novo Testamento identifica especificamente Jesus como esse mensageiro e João
Batista como aquele que o precedeu, o qual ministrou no espírito e no poder de
Elias (Mt 11.14; 17.10-12; Lc 1.17).
Assim, Jesus purificou o templo (Jo
2.14-17) como havia predito o profeta (3.1,3) e purificará completamente o povo
de Deus quando retornar em glória (Ap 21.22-27).
Esboço,
conforme a BEG:
Também seguiremos a proposta de divisão da
BEG, em três partes:
I. A REALIDADE DO AMOR DE DEUS (1.1-5).
II. A INFIDELIDADE DE ISRAEL (1.6-2.16).
III. O JUSTO JULGAMENTO DE DEUS (2.17-4.6).
Malaquias 1 1-14 – Segmentação e reflexões.
Estamos iniciando o último livro do Antigo
Testamento. Ele é pequeno e somente tem quatro capítulos, mas veremos nele
coisas profundas envolvendo principalmente a volta do Senhor Jesus.
I. A REALIDADE DO AMOR DE DEUS (1.1-5)
Deus afirmou o seu amor especial pelo povo
de Israel a despeito das provações do exílio.
Dos versos de 1 ao 5, veremos essa
realidade do amor de Deus. O Senhor revelou urna disputa entre ele mesmo e
Israel. Ele afirmava amar a nação, mas os israelitas, que estavam vivendo em
condições desapontadoras após o exilio, duvidavam do amor de Deus por eles.
O Senhor respondeu a essas dúvidas
relembrando-os de que ele havia escolhido Jacó, o ancestral deles, e rejeitado
Esaú, o ancestral de Edom.
Embora Israel houvesse experimentado a ira
de Deus durante o exílio e ainda a estivesse experimentando depois dele, Edom
era “Povo-contra-quem-o-Senhor-está-irado-para-sempre” (1.4).
Além disso, Israel viva sob as eternas
promessas do seu Senhor da Aliança, as quais finalmente levariam à benção, mas
Edom nunca se levantaria a tais alturas.
Compare esse início “Sentença” ou “Uma
advertência” (NVI) com Is 13 1; Na 1.1 e Hc 1.1. Normalmente era essa uma
profecia de julgamento, o termo pode indicar um constrangimento sentido pelo
profeta em sua proclamação (veja Jr 20.9; Am 3.8). Repare que a palavra do
Senhor é pronunciada por meio de Malaquias, mas nada se fala a respeito dele.
Deus sempre os amou! Porque Deus amou Jacó,
ele soberanamente o elegeu para a salvação e escolheu os seus descendentes como
o seu povo da aliança (cf. o paralelo entre as formas dos verbos escolher e
amar em Dt 7.6-8).
Em razão do ódio de Deus contra o ímpio Esaú,
Deus trouxe maldições não apenas sobre ele, mas também sobre os seus
descendentes. Vale lembrar que a ira de Deus, expressa aqui pela BEG como “ódio”
é santa, pura, verdadeira, como são todos os atributos divinos.
O amor de Deus tem o seu início na
eternidade (Jr 31.3) e se manifestou nos seus relacionamentos pactuais com o
seu povo (Ex 34.6-7; Dt 7.9; I Re 8.23).
A BEG comenta que o amor do Senhor pelo
qual ele elege pessoas para a salvação é diferente do seu amor pelo seu povo da
aliança, mas relacionado a ele.
·Seu
amor eletivo nunca será eliminado; ele necessariamente resulta na salvação
daqueles que são amados.
·Seu
amor pelo povo da aliança é refletido em sua misericórdia e paciência para com
eles acima de qualquer outro povo, mas pode ser retirado em resposta à
desobediência desse povo e não necessariamente resulta na sua salvação.
Observação:
nesse momento, ela a BEG recomenda a leitura de seu excelente artigo teológico
"Predestinação e presciência", em Rm 8.
O Senhor os tinha amado, mas eles diziam em
que nos tinha amado o Senhor, ou seja, duvidavam desse amor por causa do que
estava acontecendo com eles.
O amor pactual de Deus supostamente deveria
levar a um amor recíproco por parte de Israel (Ex 20.6; Dt 7.9), mas não foi
essa a reposta. Ao contrário, o povo de Deus desafiou a sua afirmação de que
ele os amava.
A eleição de Deus por Jacó e não Esaú, no
passado, continuava a ter relevância para o seu relacionamento com Israel
durante o ministério de Malaquias.
Embora a nação tivesse suportado muito
sofrimento, havia suficiente evidência nos relacionamentos históricos de Deus
com Israel para assegurá-los de seu amor por eles.
Mas, ao contrário, as dificuldades de Israel
o levaram a duvidar do amor de Deus por eles.
A história patriarcal de Jacó e Esaú no
Gênesis indica claramente que a escolha que Deus fez de Jacó não foi baseada em
mérito (veja especialmente Gn 25.21-34).
Deus ama os pecadores, os quais, por
natureza, seriam objetos do seu desprazer e ira (Lc 15.2; Ef 2.3-5), no
entanto, lhes permite viverem e desfrutarem da vida que Deus lhes deu. Quanto mais
aderente o homem for às leis de Deus, mais ele será abençoado e terá vida longa
e próspera; do contrário, sofrerá as consequências de suas próprias escolhas.
Deus abomina os idólatras (Jr 44,4-5; Os
9.15), os malfeitores (SI 5.5), os ímpios e os que amam a violência (SI 11.5;
veja também Pv 6.16-19).
As Escrituras algumas vezes usam o verbo
aborrecer no sentido de 'amar menos' (veja Gn 29.30.31; Dt 21.15-17; Lc 14.26).
O contexto imediato (vs. 3-4), entretanto,
sugere que aqui aborrecer envolve uma rejeição ativa, desprazer ou desfavor que
são manifestados numa justiça retributiva.
Não se trata simplesmente de que Esaú
(Edom) recebesse bênçãos menores, ou em menor quantidade do que Jacó, mas que
ele sofreu sob o julgamento irado de Deus.
Veja o uso feito por Paulo desse versículo
em Rm 9.13. Para outros exemplos desse uso de aborrecer, veja, além das
passagens citadas acima, 2.16; Is 61.8; Am 5.21.
Até os montes de Esaú, que Deus aborreceu,
sofreu assolação. Muito provavelmente se refere à ocupação de Edom pelos árabes
nabateus.
Inicialmente Moisés usou de um tratamento
benevolente para com os edomitas (Nm 20.14-19), mas, diante de sua contínua
perseguição ao povo de Deus, eles se tomaram objeto do julgamento divino (Is
34.5-17; Jr 25.17-18,21; Ez 25.12-14; Ob 1).
Em Am 9.11-12, Edom é visto como objeto de
um ataque vitorioso da casa restaurada de Davi. Como resultado desse ataque,
alguns edomitas que permaneceriam vivos aceitariam a salvação.
Com toda probabilidade, Malaquias tinha em
mente a derrota de Edom na grande batalha entre Israel e os inimigos ao seu
redor a qual havia sido profetizada anteriormente.
Deus é o Senhor soberano da História, cujos
propósitos redentores foram e são realizados tanto dentro quanto fora da nação
de Israel (veja o vs. 11; Gn 12.3).
II. A INFIDELIDADE DE ISRAEL (1.6-2.16).
A nação de Israel encontrava-se em séria
rebeldia contra Deus. Os sacerdotes demonstravam desrespeito pelo nome de Deus
ao corromper o culto e negligenciar a lei. Ao violar o dom do casamento dado
por Deus, o povo tinha uma fé enfraquecida.
Do verso 6 ao capítulo 2, verso 16,
estaremos vendo essa segunda parte que falará dessa infidelidade de Israel.
Nesses versículos, o profeta identificou algumas das principais maneiras nas
quais os israelitas haviam sido infiéis a Deus.
O foco de Malaquias segue duas direções: as
violações por parte dos sacerdotes (1.6-2.9) e as violações por parte do povo (2.10-16).
Elas formarão nossa divisão proposta. A. As violações feitas pelos sacerdotes
(1.6-2.9) – começaremos a ver agora e
B. As violações feitas pelo povo (2.10-16).
A. As violações feitas pelos sacerdotes (1.6-2.9).
Doravante, até o verso 9, do capítulo
segundo, veremos essas violações feitas pelos sacerdotes. O fracasso dos
sacerdotes era uma razão especial para a ira de Deus contra Israel. Repetimos aqui,
novamente essa frase muito pertinente de nosso amigo, pastor Hernandes Dias Lopes:
“A teologia determina a vida.
Os
sacerdotes deixaram de ensinar a Palavra
e
o povo se corrompeu.
Práticas erradas
são
frutos de princípios errados.
Eles
estavam lidando
de
forma errada uns com os outros,
porque estavam lidando
de forma errada com Deus.” (H.D.L.)
No altar, os sacerdotes ofereciam animais
imperfeitos e doentes, cometendo, desse modo, maldição e violação no local para
onde deveriam ter trazido bênção e purificação.
Em seu ensino e julgamento, eles violavam a
aliança com Levi, fazendo com que muitos tropeçassem; ademais, demonstravam
parcialidade.
Se continuassem a violar os regulamentos
sacerdotais, Deus os repudiaria e levantaria um sacerdócio puro - e, por
implicação, um reino puro - de entre as nações gentílicas.
Esse material se divide em duas partes: 1.
O culto corrompido em Judá (1.6-14) – veremos
agora e 2. O julgamento de Deus que cairia sobre os sacerdotes (2.1-9).
1. O culto corrompido em Judá (1.6-14).
Até o final deste capítulo primeiro,
veremos a profanação do culto em Judá. Os sacerdotes haviam demonstrado
profundo desrespeito para com a santidade de Deus ao adorar e sacrificar de
acordo com seus próprios desejos em vez de observar os regulamentos de Deus
O Antigo Testamento fala de Deus como pai
de Israel, e de Israel como seu filho (p. ex., Dt 8.5). Onde está a minha
honra? Os pais humanos são honrados pelos seus filhos, mas Israel não honrava o
seu Pai divino que havia feito muito mais do que qualquer pai humano.
Como na primeira denúncia, Deus falou sobre
a sua bondade para com Israel (vs. 2) para esclarecer por que ele esperava
fidelidade da parte do seu povo.
Deus não é apenas paternal para com o seu
povo, mas governa sobre ele como Pai ou Senhor real. Nessa qualidade ele não é
apenas um rei compassivo gentil, paciente e gracioso, mas também o Senhor
soberano que cuida das necessidades.
Ele protege a vida e preserva a justiça do
seu povo. Em todos os sentidos ele é merecedor do respeito deles, no entanto o
que faziam é desprezar a Deus, seu Pai e seu Senhor.
Esse desprezo era o oposto de honrar e
temer ao Senhor (1.7,12-13). A palavra desprezo é usada frequentemente em
Provérbios (p. ex., Pv 1.7; 15.20; 23.9; 23.22; veja também 2Sm 12.9-10).
No contexto do culto, o nome de Deus é
equiparado à sua presença especial, sua especial atenção aos interesses do seu
povo que se aproxima dele (veja 1Rs 8.28-29).
Mediante as suas práticas sacrificais
negligentes, os sacerdotes dos dias de Malaquias haviam demonstrado pouco
respeito para com o fato maravilhoso de que o Deus de todas as coisas os abençoaria
com a sua presença e pelo fato de estar acessível a eles.
Os israelitas desafiavam a afirmação de
Deus de que eles demonstravam desdém ou desrespeito pelo seu nome. Aparentemente,
eles sentiam que suas práticas eram aceitáveis, ou seja, eles queriam que Deus
se curvasse às suas ideias e não o contrário, que cada um respeitasse ao Senhor.
Uma das formas de desrespeito deles era
levando pão imundo ao altar. Uma referência aos sacrifícios de animais (vs. 8).
‘Imundo’ aqui, significa cerimonialmente imundo e, portanto, inaceitável.
Deus não se mostra ofendido meramente pelas
imperfeições ritualísticas, mas também pelas atitudes que estão por trás dessas
imperfeições (veja Gn 4.3-5; Hb 11.4). No Antigo Testamento essa expressão “a
mesa do Senhor” era usada com referência ao altar apenas aqui e no vs. 12. No
Novo Testamento, ela se refere à Ceia do Senhor (I Co 10 21).
Também desrespeitavam trazendo animais
cegos, aleijados, doentes como se fosse um descarte necessário ao invés da
prestação de um culto a uma divindade. E se oferecessem o mesmo a alguma
autoridade de sua época, teriam eles coragem de fazer isso?
A lei proibia expressamente essas ofertas (Lv
22.22; Dt 15.21). Deus afirma que os israelitas não ousariam apresentar tal
oferenda a um mero líder humano. Ele certamente merecia um tratamento melhor
que o dispensado aos governadores humanos.
Seria melhor que o culto cessasse, que as
portas do templo se fechassem – vs. 10 - do que fosse realizado de um modo que
violava a lei e, portanto, fosse ofensivo a Deus. Deus se recusava a aceitar
tais ofertas que eles insistiam em ofertar e querer que Deus aceitasse.
Deus respondeu às práticas sacrificais
inaceitáveis dos judeus do tempo de Malaquias, enfatizando que, um dia, ele
seria honrado entre os gentios, mesmo que os judeus continuassem a se rebelar.
O triunfo futuro do seu reino glorioso “desde
o Levante até ao Poente" (SI 50.1; veja também Is 45.6; 59.19) resultaria
no verdadeiro culto entre os gentios.
O Novo Testamento testifica o início dessa
mudança, pois apenas poucos judeus creram no Messias (Mt 8.10-11; At 13.46-48).
Jerusalém permaneceria como centro do culto
a Deus mesmo depois que os gentios começassem a participar em grande número (Is
2.2-4; 66.19-21; Zc 14.16-21); entretanto, esse culto teria inicio em todas as
partes do mundo.
»MALAQUIAS [1]
Ml 1:1 A
palavra do Senhor a Israel, por intermédio de Malaquias.
Ml 1:2 Eu vos tenho amado, diz o Senhor.
Mas vós dizeis:
Em que nos tens amado?
Acaso não era Esaú irmão de Jacó?
diz o Senhor;
todavia amei a Jacó,
Ml 1:3 e aborreci a Esaú;
e fiz dos seus montes uma desolação,
e dei a sua herança aos chacais do deserto.
Ml 1:4 Ainda que Edom diga:
Arruinados estamos,
porém tornaremos e edificaremos as ruínas;
assim diz o Senhor dos exércitos:
Eles edificarão,
eu, porém, demolirei;
e lhes chamarão:
Termo de impiedade,
e povo contra quem o Senhor está irado para sempre.
Ml 1:5 E os vossos olhos o verão, e direis:
Engrandecido é o Senhor ainda além dos termos de
Israel.
Ml 1:6 O filho honra o pai, e o servo ao seu amo;
se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra?
e se eu sou amo, onde está o temor de mim?
diz o Senhor dos exércitos a vós,
ó sacerdotes, que desprezais o meu nome.
E vós dizeis:
Em que temos nós desprezado o teu nome?
Ml 1:7 Ofereceis sobre o meu altar pão profano, e
dizeis:
Em que te havemos profanado?
Nisto que pensais, que a mesa do Senhor é desprezível.
Ml 1:8 Pois quando ofereceis em sacrifício um animal
cego,
isso não é mau?
E quando ofereceis o coxo ou o doente,
isso não é mau?
Ora apresenta-o ao teu governador;
terá ele agrado em ti?
ou aceitará ele a tua pessoa?
diz o Senhor dos exércitos.
Ml 1:9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus,
para que se compadeça de nós.
Com tal oferta da vossa mão,
aceitará ele a vossa pessoa?
diz o Senhor dos exércitos.
Ml 1:10 Oxalá que entre vós houvesse
até um que fechasse as portas
para que não acendesse debalde o fogo do meu altar.
Eu não tenho prazer em vós,
diz o Senhor dos exércitos,
nem aceitarei oferta da vossa mão.
Ml 1:11 Mas desde o nascente do sol até o poente
é grande entre as nações o meu nome;
e em todo lugar se oferece ao meu nome incenso,
e uma oblação pura;
porque o meu nome é grande entre as nações,
diz o Senhor dos exércitos.
Ml 1:12 Mas vós o profanais, quando dizeis:
A mesa do Senhor é profana,
e o seu produto, isto é, a sua comida, é desprezível.
Ml 1:13 Dizeis também:
Eis aqui, que canseira!
e o lançastes ao desprezo,
diz o Senhor dos exércitos;
e tendes trazido o que foi roubado,
e o coxo e o doente;
assim trazeis a oferta.
Aceitaria eu isso de vossa mão?
diz o Senhor.
Ml 1:14 Mas seja maldito o enganador que,
tendo animal macho no seu rebanho,
o vota, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula;
porque eu sou grande Rei,
diz o Senhor dos exércitos,
e o meu nome é temível entre as nações.
A promessa desse versículo está sendo
cumprida hoje à medida que Cristo reúne o seu reino de sacerdotes dentre as
nações (Ap 7.9-10), e será consumada no futuro quando as nações se juntarem
para cultuar a Deus em pureza na nova Jerusalém (Ap 21.2,10).
Deus promete que isso acontecerá
certamente, mas eles insistiam dizendo que a mesa do Senhor era imunda, que sua
comida era desprezível e que isso tudo era uma canseira e se riam com desprezo
do Senhor dos Exércitos – vs. 12 e 13.
Então Deus amaldiçoa o que procede dessa
maneira tentando enganar a Deus e aos homens: “maldito seja o enganador” – vs.
14. As leis que regulamentavam as ofertas voluntárias exigiam a apresentação de
uma oferta perfeita.
Essa passagem indica uma tentativa de
fraudar o Senhor e se refere ao que acontecia no intervalo entre o voto e a sua
realização (SI 76.11).
Quando Deus intitulava a si mesmo como
"pai" e 'senhor" (vs. 6), esses termos eram usados num sentido
de realeza. Deus é o grande Pai real de Israel. A revelação de Deus como rei
permeia as Escrituras (p. ex., Ex 15.18; Nm 23.21; Dt 33.5; SI 93-100).
Nossa reflexão de hoje sobre a unidade,
sobre o estar juntos nos levará ao livro de Marcos, no capítulo 6, no episódio
em que Jesus repreende os ventos e o mar e tudo se faz bonança às suas ordens.
E subiu para junto
deles no barco, e o vento cessou; e ficaram, no seu íntimo, grandemente
pasmados; (G.N.; Mc 6.51).
Quando Jesus
os viu aflitos por causa da fúria do mar
e do vento aproximou-se deles andando por sobre o mar revolto. Ele bem poderia
ter acalmado o mar para andar tranquilo, mas não, preferiu andar com o mar
sendo contrário.
Também poderia
ele ter amenizado o choque que seria aquela visão dos discípulos, mas não,
preferiu manter o clima e os assustar. Eu vejo aqui bom humor do Senhor, mesmo
diante das nossas maiores crises.
Eles
que estavam assustados com o mar e tendo que trabalhar muito para manterem-se
seguros ao verem um homem andando por sobre aquelas águas ficaram em pânico
geral e acharam que era um fantasma.
Era como se
ele quizesse dizer para eles que ele é quem controlava tudo e que com ele,
todos poderiam descansar.
Jesus então
lhes lança sua palavra poderosa dizendo para eles em primeiro lugar terem
coragem, depois lhes anuncia que aquele homem era ele mesmo o Senhor e não
fantasmas e, por fim, pede a eles que não temam, pois não havia razao para
isso.
Eles estavam
juntos no barco e seguindo as ordens do próprio Senhor que os tinha despachado
tempos atrás.
Assim,
estamos nós na nossa caminhada, juntos, dentro do mesmo barco da vida, em
obediência ao Senhor, esperando por ele e sabendo que no caminho poderemos
enfrentar mares revoltos, ventos contrários, mas o Senhor estaria por ali,
cuidando para que nossas visões fossem corretas e não deturpadas a ponto de
ficarmos vendo fantasmas.
Que tal
estamor mais juntos num mesmo barco? Vejam o vídeo em seguida e reflitam que
nós devemos cuidar uns dos outros a ponto de sofrermos juntos até a vitória de
todos.
Estamos estudando, com a ajuda preciosa da
BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo
que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos
em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num
futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos no último capítulo do livro de Zacarias.
B. O segundo grupo de profecias (12.1-14.21) - continuação.
Como já falamos, estamos vendo o segundo
grupo de profecias, sendo que no primeiro vimos detalhes da vinda de Deus, o
Rei, em julgamento e neste segundo grupo de profecias, na segunda metade do
livro, estamos vendo o julgamento de Deus contra as nações.
O ápice desse grupo é a salvação final de
Jerusalém e a celebração da Festa dos Tabernáculos. Dividiremos, didaticamente,
conforme a BEG, esta segunda seção “B” em seis partes: 1. A vitória sobre as
nações (12.1-9) – já vimos; 2. O
pranto sobre o passado (12.10-14) – já
vimos; 3. A purificação da terra de Judá (13.1-6) – já vimos; 4. O pastor ferido (13.7-9) – já vimos; 5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15) – veremos agora; e, 6. A futura celebração
(14.16-21) – veremos agora.
5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15).
Até o verso 15, veremos a guerra contra
Jerusalém. A cidade de Jerusalém seria atacada e muitos seriam levados cativos.
Então o Senhor lideraria o seu povo numa grande batalha para derrotar tanto os
seus inimigos como os inimigos do povo.
O Dia do SENHOR estaria vindo, quando no
meio deles os seus bens seriam divididos. Seria um dia designado pelo Senhor no
qual ele viria para julgar as nações e proteger o seu povo. A figura, aqui, é
do povo escolhido que reinaria vi torioso por causa da presença do Deus poderoso
em seu meio (Sf 3.17).
Seria o próprio Senhor quem reuniria todos
os povos, todas as nações para a peleja contra Jerusalém. Seria algo terrível
onde a cidade seria tomada, saqueada e suas mulheres violentadas (Ez 38-39). A
cidade e seus habitantes seriam desolados pelas nações que por ali passassem
(veja 13.8-9).
Ele afirmava que metade seria levada para o
exílio e a outra ficaria na cidade. Isso nos faz lembrar da parábola das dez
virgens, onde 50% delas vão ao encontro do Senhor, justamente as que estariam
preparadas e 50%, as néscias, apesar de discernirem os tempos sabendo da volta
de seu mestre, perderiam a ocasião, por não estarem prepararas adequadamente. (Mt
25.1-13).
Em meio à devastação, o Senhor apareceria
para lutar pelo seu povo (vs. 3-55). Os seus pés estariam sobre o monte das
Oliveiras, a leste de Jerusalém. O mesmo monte, provavelmente, em que ocorreu a
ascensão de Jesus e cujos anjos afirmaram que ele voltaria do mesmo jeito que
subira. (At 1.11-12)
Nesse momento, o monte se fenderia ao meio,
de leste a oeste, por um grande vale, onde metade do monte seria removido para
o norte e a outra metade para o sul.
O povo de Deus haveria de fugir pelo vale
entre os montes que se estenderia até Azal – vs. 5. Obviamente, trata-se de um
local próximo a Jerusalém, mas a sua localização precisa é desconhecida.
Eles haveriam de fugir como fugiram do
terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá e aí, sim, o Senhor viria com todos os
seus santos. Todos os servos escolhidos de Deus, os humanos e os angelicais,
iriam a Jerusalém para libertar a cidade de seus agressores pagãos.
Essa profecia se cumprirá na segunda vinda
de Cristo, quando o povo de Deus alcançará a vitória final (I Ts 3.13; Jd 14). Que
dia espetacular e terrível será esse e que ousadia dos que rejeitaram ao
Senhor, estando muito pertos da sua ruína e destruição.
Nesse dia especial, em especial, não haverá
calor, nem frio – vs. 6 – e será um dia diferente sem que haja a costumeira
separação entre dia e noite, pois em que chegando a noite, ainda estará claro.
A Bíblia fala desse dia como um dia que o Senhor conhece, mas não os humanos,
nem os anjos.
O próprio Deus será a luz da cidade (Is
60.19-20; Ap 21.25; 22.5). O vs. 6 está se referindo à luz natural do sol. Esse
dia da batalha introduzirá o eterno êxtase da especial presença de Deus entre o
seu povo.
Como resultado da presença do Senhor, ainda
naquele dia, uma corrente de águas frescas trará a cura para todos os que
buscarem nele o seu refúgio.
Normalmente, a água simboliza as bênçãos da
salvação (Is 55.1-5; Ez 47.1-12; Jo 4.10-14), particularmente, a bênção da
presença do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Ap 22.17).
Jesus falou do crente como sendo o
recipiente da água viva que somente ele pode fornecer e como sendo a fonte
dessa água para as outras pessoas (Jo 7.37-39).
O crente, hoje, recebe a vida de Jesus pelo
Espírito, por meio da fé, e o último estágio oferece a promessa de um rio de
água da vida (Ap 22.1-2).
Novamente aqui a divisão pela metade. Dessa
vez das águas correntes que fluirão de Jerusalém. Metade delas para o mar do
leste e metade para o mar do oeste. Isto acontecerá tanto no verão quanto no
inverno e assim, o Senhor será rei de toda a terra. Naquele dia haverá um só
Senhor e o seu nome será o único nome. (Vs. 8 e 9).
O SENHOR será Rei sobre toda terra. Os vs.
9-21 falam dos resultados da batalha, e o mais importante é o aparecimento de
Deus como o Senhor reconhecido sobre todo mundo e um só será o seu nome. Essas
palavras foram claramente tiradas de Dt 6.4, a base confessional de Israel. O
verdadeiro significado dessa confissão somente será plenamente compreendido
nesse dia de vitória
A extensiva descrição geográfica do vs. 10 serve
para reforçar como toda a terra do povo de Deus será reivindicada pelo próprio
Senhor que fará com que seja habitada, nunca mais destruída e totalmente segura
– vs. 11.
Quanto aos que ousaram enfrentar o Senhor,
essa é a descrição de mais um resultado do reinado do Senhor (como no vs. 9)
uma praga terrível se espalharia. A praga recorda as pragas do Egito (Êx 7-12),
que também foram infligidas por Deus porque o Egito havia oprimido o seu povo.
A praga diz que a carne deles apodrecerá
enquanto estiverem ainda em pé, que seus olhos apodrecerão em suas órbitas e
que sua língua apodrecerá dentro de suas bocas. Ainda afirma que naquele dia
grande confusão dominará essas nações, causada pelo Senhor e cada um atacará o
que estiver ao seu lado – vs. 12 e 13.
A praga se estenderia a todos os seres
viventes que pertencessem aos inimigos de Deus. O profeta enfatizou que a
destruição dos inimigos de Deus seria final e completa. Mesmo hoje, os cristãos
desfrutam da vitória pela fé (I Jo 5.4) e aguardam que Deus subjugue seus
adversários a Cristo (1Co 15.24-28).
Também Judá lutaria em Jerusalém e todas as
riquezas (ouro, pratas e roupas) de todas as nações vizinhas seriam recolhidas
ao povo de Deus – veja também Ag 2.7.
6. A futura celebração (14.16-21).
Dos versos 16 ao 21, veremos a futura celebração.
Essa passagem culminante retrata a celebração universal que Deus concederá
quando a restauração estiver totalmente completada. O Novo Testamento ensina
que os crentes devem esperar por esse tipo de celebração na volta de Cristo (Ap
19.9).
Nem todas as pessoas das nações pagãs serão
destruídas. Mesmo os sobreviventes que ousaram atacar Jerusalém subirão ano
após ano, se converterão e irão a Jerusalém para adorar ao Deus vivo e
verdadeiro (Is 2.24) para celebrar a Festa dos Tabernáculos. A adoração dos
gentios é expressa nos termos dessa festa que celebrava a alegria e gratidão a Deus
por suas bênçãos (Lv 23.33-36,39-43; Nm 29.12-34; Dt 16.13-15). Esta festa
ocorre durante a época da colheita; portanto, pode simbolizar tanto a colheita dos
povos (ou seja, dos gentios), como a colheita dos grãos.
Ai daqueles que não viessem adorar o Senhor
em Jerusalém, pois sobre eles não viria a chuva. Se os egípcios não subissem
para participar, o Senhor ainda mandaria sobre eles a praga com a qual afligira
as nações que se recusaram a ir celebrar a festa das cabanas ou dos
Tabernáculos.
Essa seria pois a punição tanto do Egito
como de qualquer outra nação que ousasse não celebrar essa festa – vs. 19.
»ZACARIAS [14]
Zc 14:1 Eis
que vem um dia do Senhor,
em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
Zc 14:2 Pois eu ajuntarei todas as nações
para a peleja contra Jerusalém;
e a cidade será tomada,
e as casas serão saqueadas,
e as mulheres forçadas;
e metade da cidade sairá para o cativeiro
mas o resto do povo não será exterminado da cidade.
Zc 14:3 Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas
nações,
como quando peleja no dia da batalha.
Zc 14:4 Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras,
que está defronte de Jerusalém para o oriente;
se o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio,
do oriente para o ocidente
e haverá um vale muito grande;
e metade do monte se removerá para o norte,
e a outra metade dele para o sul.
Zc 14:5 E
fugireis pelo vale dos meus montes,
pois o vale dos montes chegará até Azel;
e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto
nos dias de Uzias, rei de Judá.
Então virá o Senhor meu Deus,
e todos os santos com ele.
Zc 14:6 Acontecerá naquele dia,
que não haverá calor, nem frio, nem geada;
Zc 14:7 porém será um dia conhecido do Senhor;
nem dia nem noite será;
mas até na parte da tarde haverá luz.
Zc 14:8 Naquele dia também acontecerá que correrão de
Jerusalém
águas vivas, metade delas para o mar oriental,
e metade delas para o mar ocidental;
no verão e no inverno sucederá isso.
Zc 14:9 E o Senhor será rei sobre toda a terra;
naquele dia um será o Senhor,
e um será o seu nome.
Zc 14:10 Toda a terra em redor se tornará em planície,
desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém;
ela será exaltada, e habitará no seu lugar,
desde a porta de Benjamim
até o lugar da primeira porta,
até a porta da esquina, e desde a torre de Hananel
até os lagares do rei
Zc 14:11 E habitarão nela, e não haverá mais maldição;
mas Jerusalém habitará em segurança.
Zc 14:12 Esta será a praga com que o Senhor ferirá
todos os povos que guerrearam contra Jerusalém:
apodrecer-se-á a sua carne, estando eles de pé,
e se lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas,
e a língua se lhes apodrecerá na boca,
Zc 14:13 Naquele dia também haverá da parte do Senhor
um grande tumulto entre eles;
e pegará cada um na mão do seu próximo,
e cada um levantará a mão contra o seu próximo.
Zc 14:14 Também Judá pelejará contra Jerusalém;
e se ajuntarão as riquezas de todas as nações
circunvizinhas,
ouro e prata, e vestidos em grande abundância.
Zc 14:15 Como esta praga, assim será
a praga dos cavalos, dos muares, dos camelos e dos
jumentos
e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais.
Zc 14:16 Então todos os que restarem de todas as
nações
que vieram contra Jerusalém,
subirão de ano em ano para adorarem o Rei,
o Senhor dos exércitos,
e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
Zc 14:17 E se alguma das famílias da terra não subir a
Jerusalém,
para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos,
não cairá sobre ela a chuva.
Zc 14:18 E, se a família do Egito não subir,
nem vier, não virá sobre ela a chuva;
virá a praga com que o Senhor
ferirá as nações que não subirem a celebrar
a festa dos tabernáculos.
Zc 14:19 Esse será o castigo do Egito,
e o castigo de todas as nações que não subirem
a celebrar a festa dos tabernáculos.
Zc 14:20 Naquele dia se gravará
sobre as campainhas dos cavalos.
SANTO AO SENHOR;
e as panelas na casa do Senhor
serão como as bacias diante do altar.
Zc 14:21 E todas as panelas em Jerusalém e Judá
serão consagradas ao Senhor dos exércitos;
e todos os que sacrificarem virão,
e delas tomarão, e nelas cozerão.
Naquele dia não haverá mais cananeu
na casa do Senhor dos exércitos.
Essa expressão “Santo ao Senhor” – vs. 20 -
era originalmente inscrita no turbante do sumo sacerdote (Ex 28.36-38) como uma
declaração de dedicação, mas um dia será aplicada a todas as coisas em
Jerusalém (nas campainhas dos cavalos, nas panelas) porque a especial presença
de Deus transformará todas as coisas ao redor.
Cada panela de Jerusalém e de Judá seria
separada para o Senhor dos Exércitos, e todos os que viessem sacrificar pegariam
panelas e cozinhariam nelas. Deus promete que a partir daquele dia, nunca mais
haveria cananeu no templo do Senhor dos Exércitos.
Algumas traduções colocam no lugar de “cananeu”
o termo comerciantes ou mercadores, como em Os 12.7. A BEG nos diz que o
significado 'mercador' é improvável. Esse termo étnico (prossegue a BEG) era
usado para identificar qualquer pessoa que fosse inaceitável na presença de
Deus. O estado final e abençoado do povo de Deus envolverá a total separação
dos ímpios.
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Nossa reflexão de hoje sobre a unidade,
sobre o estar juntos nos levará ao livro de Mateus quando o Senhor ensina
humildade aos seus discípulos sem ferir ninguém.
“Então, se chegou a ele a mulher de
Zebedeu,
com seus
filhos,
e,
adorando-o, pediu-lhe um favor.
Mt 20:21 Perguntou-lhe ele:
Que queres?
Ela respondeu:
Manda que, no
teu reino,
estes
meus dois filhos se assentem,
um
à tua direita, e o outro à tua esquerda.
Mt 20:22 Mas Jesus respondeu:
Não sabeis o
que pedis.
Podeis
vós beber o cálice que eu estou para beber?
Responderam-lhe:
Podemos.
Mt 20:23 Então, lhes disse:
Bebereis o
meu cálice;
mas
o assentar-se à minha direita e à minha esquerda
não
me compete concedê-lo;
é, porém,
para aqueles a quem está preparado
por
meu Pai.
Mt 20:24 Ora, ouvindo isto os dez,
indignaram-se
contra os dois irmãos.
Mt 20:25 Então, Jesus, chamando-os [PARA
JUNTO DE SI – ACF[1]],
disse:
Sabeis que os
governadores dos povos os dominam
e
que os maiorais exercem autoridade sobre eles.
Mt 20:26 Não
é assim entre vós; pelo contrário,
quem
quiser tornar-se grande entre vós,
será
esse o que vos sirva;
Mt
20:27 e quem quiser ser o primeiro entre vós
será
vosso servo;
Mt
20:28 tal como o Filho do Homem,
que
não veio para ser servido,
mas
para servir
e
dar a sua vida em resgate por muitos..”
(Mt
20:20-28).
O bom pastor, Jesus, teve um momento de
tensão no grupo motivado por um desejo carnal de uma mãe aflita por seus
filhos, mas querendo posições e privilégios.
O Senhor em sua sabedoria e amor administra
a situação de forma a trazer com isso edificação ao grupo, oportunidade de
crescimento e ao mesmo tempo censurar o pecado, a ganância, o egoísmo e a corrupção.
A situação poderia ter trazido divisão,
ódio, revolta, separação e cada um por si, mas não, Jesus os trouxe para junto
dele. Isso mesmo, para JUNTO dele mesmo
e ali pode tratá-los e mostrar a cada um que ele queria eles unidos, juntos,
amando, perdoando, sendo compreensivos, mas acima de tudo, dando ao reino de
Deus a prioridade.
Ele chega a comparar o mundo com a igreja e
ensina que os princípios e valores são diferentes.
Aquele que quiser ser o maior, mais
importante e o mais ilustre deveria não ser o destaque, mas ser aquele que
serve e está pronto para dar a sua vida pela de seus amigos.
Poderíamos cada um de nós sacrificarmos nossas
idiossincrasias em prol da unidade?
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
O Nascimento e a Infância de Jesus
-
*O NASCIMENTO E A INFÂNCIA DE JESUS*
Neste breve sumário iremos ver os fatos relacionados com o nascimento de
Jesus. Eles estão ausentes no Evangelho de...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...