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terça-feira, 7 de julho de 2015

Naum 1 1-15 - EM NAUM, DEUS É O SOBERANO GOVERNANTE DO MUNDO.

Sobre o livro de Naum.
Em nosso pequeno e humilde estudo, estaremos agora segmentando e refletindo no livro de Naum, um dos chamados profetas menores.
Estaremos nos apoiando no texto da BEG, inclusive em seus comentários. Caso desejarem maior aprofundamento, recomendamos ver essa introdução na própria BEG e em outras fontes recomendadas.
Autor/características gerais:
·           Data: 663-612 a.C.
·           Naum significa "conforto" e possivelmente seja a abreviação de uma forma mais completa, como Neemias, que significa "Javé conforta".
·           O seu nome é seguido pela designação "o elcosita" (1.1), uma possível referência ao local do seu nascimento e/ou de suas últimas atividades proféticas.
·           O testemunho interno do livro (1.12,15) prova que Judá era a região onde foi desenvolvida a atividade profética de Naum.
·           Como é o caso na maioria dos livros proféticos, o próprio profeta se escondeu atrás da sua mensagem.
·           Naum geralmente foi muitas vezes considerado de maneira incorreta como um nacionalista mesquinho que, inspirado por sentimentos de ódio e vingança, proclamou sua mensagem de julgamento contra Nínive e, ao mesmo tempo, estendeu a promessa de salvação incondicional aos judeus, seu próprio povo.
·           Essa visão negligencia a realidade de que esse livro pertence à forma literária de profecias contra nações estrangeiras (p. ex., Is 13-23; Jr 46-51; Am 1-2; Ob).
·           Naum, como um verdadeiro servo de Deus, era inspirado pelo conhecimento do domínio universal do Senhor sobre todos os reinos deste mundo.
·           Ele também era um poeta abençoado, como o seu predecessor, Isaías.
·           Naum foi contemporâneo de Sofonias, Jeremias e (possivelmente) Habacuque.
·           Naum profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias.
·           Comparando-se Jonas com Naum, pois ambos profetizaram à Nínive, temos que ambos viveram o período relativo ao julgamento por meio dos assírios, sendo que Jonas teve o seu período profético entre 786-746 a.C. (II Re 14.23-29) e Naum entre 663-627 a.C. (II Re 21.1.23.35).
·           Fazendo uso de uma rica linguagem gráfica, ele retratou vividamente a destruição total de Nínive por um inimigo anônimo e então deu voz ao alívio e alegria universais de todos aqueles que haviam sofrido sob o regime opressor do tirano impiedoso.
Propósito e características gerais:
O propósito principal era confortar Judá ao anunciar julgamentos futuros contra Nínive.
Sobre o livro de Naum de forma geral:
O livro de Naum tem um título duplo. Ele é chamado de "sentença contra Nínive" e "Livro da visão de Naum" (1.1).
·           Uma sentença geralmente indica uma mensagem divina de julgamento contra uma nação estrangeira (Is 13.1).
·           Visão se refere à experiência profética única de receber a mensagem do Senhor.
Às vezes, o profeta era instruído a escrever uma sentença específica (Is 8.1-4; 30.8) ou "todas as palavras" (Jr 36.2) que o Senhor exigia que ele proclamasse (Jr 36.1-32). Essa forma escrita fornecia então um forte testemunho adicional para a certeza do cumprimento desses pronunciamentos divinos.
O título duplo da profecia constitui, portanto, uma forte afirmação da autenticidade dessa sentença de destruição contra Nínive e da certeza do julgamento iminente de Deus sobre o reino assírio.
Sobre o Deus soberano e governador da história:
Esse livro, que geralmente é negligenciado, fornece explicações importantes para que possamos compreender o passado, o presente e o futuro.
Em Naum (também em todos os livros da Bíblia) fica claro que a história não acontece simplesmente; ela é determinada pela vontade e pelo poder de Deus:
·           No hino de abertura (1.2-8) e especialmente em 1.2-3 (o "texto" do sermão de Naum), aprendemos que o poder de Deus, bem como a orientação que ele dá à história, estão de acordo com o seu caráter como o Deus da aliança.
·           Ele ordena total submissão em todos os lugares e de todas as pessoas.
·           Rejeitá-lo - seu governo - leva ao caos. A rebelião desse tipo inevitavelmente evoca o desprazer e a ira divina e resulta em justa retribuição.
·           A paciência de Deus nunca deve ser compreendida como fraqueza.
·           Nenhum pecado ficará sem punição.
·           Por meio de sua palavra dinâmica, ele dita os acontecimentos da História.
ü  Desse modo, Naum proclamou a destruição de Nínive.
ü  Convidou o seu povo para uma alegre celebração desse acontecimento muito antes que ele ocorresse.
·           Em última análise, não são os poderes deste mundo que determinam o curso da História, mas Deus e somente Deus.
Sobre a cidade de Nínive:
A antiga cidade de Nínive era uma metrópole perversa, imperialista e enganadora, dotada de uma ânsia inescrupulosa e arrogante de poder e dominação (2.12; 3.1,4) que se manifestava em impiedosa violência militar.
Além de seus poderes militares, Nínive também foi condenada pela sua falta de escrúpulo nas práticas de comércio e o seu materialismo insaciável (2.12; 3.16).
Foi para essa cidade perversa que Naum anunciou a sua mensagem de vingança e retribuição divinas (1.8,10, 14-15; 2.10; 3.7-15).
Sobre o juízo de Deus em Nínive:
Nenhum poder terreno que desafia Deus escapa do seu julgamento. O julgamento, no entanto, não é a palavra final do Senhor.
Seus atos de retribuição são também atos de julgamento redentor que estão a serviço do seu amor pelo seu povo e de sua aliança com eles (1.15; 2.2).
Ele destrói as forças do caos com o propósito de recriar um novo mundo de liberdade, paz (1.13) e conforto duradouro. Ele conhece aqueles que confiam nele e se importa com eles (1.7).
Verdades fundamentais, conforme a BEG:
·           A glória de Deus em julgamento é digna de louvor.
·           Deus julgaria Nínive, assim como às outras nações, por maltratar o seu povo.
·           Deus manteria o seu povo fiel a salvo e o restauraria da destruição e do exílio.
Contextualização:
A referência à destruição de Nínive que estava por vir fornece a primeira pista sobre a data dessa profecia. Naum anunciou esse acontecimento (3.5-7) antes que ele acontecesse (612 a.C.).
Em 3.8, o profeta faz referência à captura de Tebas, antiga magnífica capital do Egito, pelos exércitos assírios de Assurbanipal (668-627 a.C.) em 663 a.C.
Durante o período compreendido entre 663 e 627 a.C., houve duas grandes crises no Império Assírio:
Uma veio do lado dos medos e dos citas (642-638 a.C.).
A primeira e maior crise desse período foi a revolta babilônica (652-648 a.C.) sob a liderança do irmão mais velho de Assurbanipal, que era apoiado pelos islamitas e por povos das regiões montanhosas iranianas. Os efeitos dessa revolta foram sentidos em Canaã e na Síria. A revolta foi finalmente suprimida por uma luta severa que abalou o império.
Parece mais provável que as atividades proféticas de Naum tivessem associação com essa primeira crise do que com os subsequentes problemas com os medos.
Nesse momento, a destruição de Tebas ainda estaria viva na memória do seu público. Portanto, a data mais plausível para a profecia de Naum seria entre 660 e 650 a.C., durante os dias do rei Manassés de Judá, um fiel vassalo da Assíria.
Cristo em Naum – conforme a BEG:
O livro de Naum não contém profecias messiânicas diretas, mas ainda assim as expectativas de julgamento contra Nínive e da salvação do fiel povo de Deus são cumpridas finalmente em Cristo.
Jesus e seus apóstolos declararam salvação para o povo de Deus e julgamento contra os inimigos dele.
·           Na verdade, Cristo começou o seu julgamento e a dar salvação na sua primeira vinda (Jo 5.22-30).
·           Hoje, a guerra espiritual na qual a igreja está constantemente envolvida (Mt 16.18; Ef 6.10-17) dá continuidade a esse processo.
·           Além disso, quando Cristo retornar em glória, ele destruirá todos os poderes contrários e entregará o reino para o seu Pai "para que Deus seja tudo em todos" (1 Co 15.24-28).
Esboço do livro – conforme a BEG:
I. TÍTULO (1.1).
II. LOUVOR AO GUERREIRO DIVINO (1.2-8).
III. JULGAMENTO PARA NÍNIVE E SALVAÇÃO PARA O POVO DE DEUS (1.9-2.2).
IV. UMA VISÃO VÍVIDA DO FIM DE NÍNIVE (2.3-10).
V. A ZOMBARIA DA CONDENADA NÍNIVE (2.11-3.19).
I. TÍTULO (1.1).
O título do livro é apresentado como uma advertência contra Nínive. Trata-se, portanto, do livro da visão de Naum, de Elcós. Nínive já tinha sido advertida uma vez em Jonas e se arrependeram espetacularmente, porém não foi duradouro e logo voltaram às práticas antigas pelo que o Senhor estaria anunciando o seu juízo contra ela.
Naum é apresentado como profeta de Deus, e Nínive, como o objeto de sua mensagem.
II. LOUVOR AO GUERREIRO DIVINO (1.2-8).
Naum louvou a Deus pelo seu glorioso poder ao julgar os seus inimigos. Começa o livro com um louvor ao guerreiro divino.
O hino introdutório (vs. 2-8), lembrando um poema acróstico, honra ao Senhor pelo seu caráter e pelas suas ações como o juiz universal. 1.2-3.
São diversas as características apontadas a Deus nesses seis primeiros versos.
·           O SENHOR é Deus zeloso.
Esse atributo se refere à reação apaixonada de leis contra qualquer violação da sua santidade ou qualquer tentativa de dividir a sua glória. Seu zelo exige lealdade exclusiva e se revela como fúria contra qualquer rejeição a ele e ao seu senhorio.
·           Ele é vingador! O SENHOR é vingador!
Verdadeiro à sua natureza, o juiz universal não deixa nenhum pecado sem punição e impõe o justo castigo aos pecadores. A repetição enfatiza a noção de uma retribuição inescapável e apropriada.
Isso também nos lembra do verso bíblico: minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Nm 31.3; Rm 12.19.
·           Seu furor é terrível!
Quem poderá resistir ao Senhor ou se lhe opor?
·           O SENHOR executa vingança contra os seus adversários e manifesta o seu furor contra os seus inimigos.
Essa terminologia – adversários/inimigos - é típica dos salmos e de imagens da guerra santa. As nações que atacaram o povo da aliança de Deus eram suas inimigas (p. ex., a Assíria, em Gn 12.3), mas o povo da aliança de Israel também poderia se tornar seu adversário (p. ex., Is 63.10).
Ressalta, no entanto a BEG, que o que torna as pessoas inimigas de Deus é o pecado flagrante, não a etnia a qual elas pertence (veja Rm 5.10; 11.28).
·           O SENHOR é muito paciente, mas o seu poder é imenso.
A paciência de Deus tem limites e a palavra nos adverte que não devemos abusar de sua longanimidade correndo o risco de sermos entregues a nós mesmos, para nossa própria ruína.
O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio. Pv 29:1.
Uma bem conhecida confissão da paciência de Deus com o povo da sua aliança (Ex 34.6-7; Nm 14.18; Ne 9,17; SI 86.15; 103.8; 145.8; JI 2.13) que também descreve o modo como ele trata com as nações gentias (veja Jo 4.2).
·           O SENHOR não deixará impune o culpado.
A paciência de Deus nunca implica fraqueza ou aceitação do mal.
O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor. (Pv 17.15).
Também estes são provérbios dos sábios: Ter respeito a pessoas no julgamento não é bom. O que disser ao ímpio: Justo és, os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão. (Pv 24:23,24).
·           O seu caminho está no vendaval e na tempestade, e as nuvens são a poeira de seus pés. Ele repreende o mar e o faz secar, faz que todos os rios se sequem. Basã e o Carmelo se desvanecem e as flores do Líbano murcham.
A palavra de Deus controla as forças do caos, como na travessia do mar Vermelho (Ex 14) e na inundação do Jordão (Js 3).
O profeta retratou poeticamente o poder do Senhor como manifestado em seu controle da natureza no julgamento. Ele está na "tormenta", "na tempestade" e nas "nuvens" (vs. 3), todas as quais estão sob o seu controle.
A natureza não deve ser confundida com Deus ou ser adorada como Deus; ela é o local onde ocorre a sua revelação.
O mar que ele repreende e os rios que ele faz secarem, aqui são usados aqui como paralelos poéticos (SI 74.12-15; Is 50.2).
A vegetação abundante dos férteis 'Basã", "Carmelo" e "Líbano" seca quando o Senhor faz o vento quente do deserto soprar sobre ela (cf. Is 2.13; 33.9; 35.2; Am 4.1).
·           Quando ele se aproxima os montes tremem e as colinas se derretem. A terra se agita na sua presença, o mundo e todos os que nele vivem.
O desprazer do Senhor que se aproxima enche a terra e as suas criaturas de terror. A criação parece ameaçada pelo caos, pois mesmo as coisas estáveis e permanentes - "os montes... a terra" (vs. 5) - são representadas metaforicamente como tremendo e desaparecendo.
No grande e último dia do Senhor, elas realmente serão destruídas (2Pe 3.7-12) e criadas novamente Ap 21.1).
Compare com a descrição de Miquéias do julgamento de Deus por meio da invasão assíria (Mq 1.3-4).
·           Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar de sua ira? O seu furor se derrama como fogo, e as rochas se despedaçam diante dele.
Essas perguntas retóricas enfatizam a impossibilidade de qualquer pessoa, e até mesmo de uma grande nação como a Assíria, de opor-se ao julgamento de Deus ou resistir a ele.
Nos versos 7 e 8, o louvor de Naum termina colocando em contraste o modo como trata com aqueles que confiam nele e com aqueles que resistem a ele.
Conforme a BEG, o fiel povo de Deus experimenta o seu maravilhoso poder como amor sagrado. "Bom" não se refere somente ao caráter de Deus, mas também à sua benevolência em relação ao seu povo fiel; ele é a fonte de toda prosperidade (SI 73.1).
Quando a ajuda é extremamente necessária, ele é um refúgio, uma fortaleza impenetrável (SI 46) aos que nele se refugiam.
As bênçãos de Deus não vêm automaticamente. Essas palavras de garantia também chamaram os leitores judeus a cocarem a sua confiança, ou segurança, em Deus, de modo que eles possam receber as bênçãos dele.
A confiança em Deus tem sido uma exigência imposta ao povo da aliança desde os dias de Moisés (p. ex., Dt 1.32). Israel era geralmente chamada à fé em tempos de incerteza e guerra (p. ex., 2Rs 18.5; Is 31.1; Sf 3.12).
Assim como o Senhor foi apontado como bom e refúgio em tempos angustiosos, protegendo os que nele confiam, ao contrário, ele seria como uma enchente devastadora contra Nínive. Essas imagens são geralmente associadas com o julgamento (p. ex., Gn 6.17; Ex 10.21).
III. JULGAMENTO PARA NÍNIVE E SALVAÇÃO PARA O POVO DE DEUS (1.9-2.2).
Dos verso 9 ao 15 e depois até o verso 2, do capítulo 2, veremos o julgamento para Nínive e salvação para o povo de Deus.
Naum declarou o severo julgamento de Deus contra Nínive, mas assegurou que o povo de Deus seria libertado da opressão.
Tendo distinguido entre a bondade de Deus em relação àqueles que confiam nele e o seu julgamento contra os seus inimigos (1.7), o profeta iniciou uma série de sentenças de julgamento contra Nínive que eram combinadas com oráculos de salvação para Judá.
Esses versículos se dividem em seis pequenas seções: julgamento (1.9-11), salvação (1 .12-13), julgamento (1.14), salvação (1.15), julgamento (2.1) e salvação (2.2). Elas formarão a seguinte divisão proposta pela BEG que estaremos seguindo: A. O julgamento de Nínive (1.9-11) – veremos agora; B. A salvação de Judá (1.12-13) – veremos agora; C. O julgamento de Nínive (1.14) – veremos agora; D. A salvação de Judá (1.15) – veremos agora; E. O julgamento de Nínive (2.1); e, F A salvação de Judá e de Israel (2.2).
A. O julgamento de Nínive (1.9-11).
Deus declarou que os assírios não teriam mais vitórias sobre o seu povo; eles falhariam e seriam destruídos.
Por causa de seu poder e força, eles imaginavam que seria fácil subjugar Israel e Judá. No entanto, todas as estratégias assírias seriam fúteis. Suas lutas e seus planos seriam agora contra o Senhor, que havia determinado a destruição deles e o faria de uma vez por todas.
Na verdade a Assíria teve somente uma grande vitória sobre o povo de Deus: a destruição de Samaria em 722-721 a.C. (2Rs 17). A tentativa de destruir Jerusalém em 701 a.C. falhou (2Rs 18.13-19.37; Is 36-37).
Embora os assírios tivessem muito poder sobre Judá, eles nunca destruíram totalmente a capital, Jerusalém. O Império Assírio caiu perante a Babilônia em 612 a.C.
A trama de perversidades de que fala o verso 11, talvez se refira ao rei assírio Assurbanipal (668-627 a.C.). A palavra mal aqui sugere algo demoníaco, como os poderes do caos.
B. A salvação de Judá (1.12-13).
O profeta se dirigiu a Judá na segunda pessoa (vs. 12). Embora o julgamento contra a Assíria seja mencionado (vs. 11), o foco principal é a libertação de Judá. O oráculo confortador assegurou ao povo de Deus que a queda da Assíria finalmente acabaria com a humilhação deles.
A bem conhecida fórmula do mensageiro profético “Assim diz o Senhor” mostra que Naum falou em nome de Deus. Ele dizia que por mais poderosos e numerosos que fossem eles, acabariam sendo ceifados e destruídos e Judá, embora tivesse sido afligida, não mais seria atormentada.
Naum pronunciou essa profecia enquanto a Assíria ainda era extremamente poderosa, provavelmente durante o reinado de Assurbanipal (668-627 a.C.).
Judá seria o estado vassalo da Assíria por muitos anos, mas a ameaça de derrota total para Judá e Jerusalém havia sido eliminada, por isso que Deus dizia, usando imagens poéticas vívidas que descrevem a emancipação de Judá (SI 2.3; Jr 2.20), que quebraria o jugo deles e romperia os seus laços – vs. 13.
C. O julgamento de Nínive (1.14).
Deus declarou o fim do Império Assírio. Como governante supremo de todo o universo, é Deus quem dá um fim a um reino. Atualmente, vemos o império islâmico crescendo e impondo terror por todos os lados e tememos muito, principalmente porque estão causando muitos danos a cristãos em todo o mundo.
No entanto, não pensem eles que são os tais, pois que Deus os tem sob controle total e são instrumentos de Deus em seu juízo, mas eles mesmos, por causa da ausência da misericórdia e da severidade, serão igualmente julgados e destruídos, como nos ensina a história em todos os tempos.
Deus deu a ordem – vs. 14 – isso enfatiza a autoridade de Deus para dirigir a história humana e a certeza de que a vontade dele seria feita.
E Nínive não terá descendentes que perpetuem o seu nome, isto é, seria perda completa de poder e prestígio por muitas gerações por vir.
Deus continua dizendo que destruiria as suas imagens esculpidas e seus ídolos de metal e todos os seus deuses. O templo e outros objetos da confiança e do orgulho assírio também seriam destruídos completamente.
Deus determinou dar um fim ao rei assírio e ao seu império; a maneira perversa como o seu povo havia sido tratado por eles fez com se tornassem desprezíveis aos seus olhos. O mesmo se aplica hodiernamente com relação a todos os reis/reinos e todos os cristãos em todo o mundo que estão sofrendo ataques sem misericórdia e com requintes de crueldade extrema.
D. A salvação de Judá (1.15).
Naum anunciou que uma sentinela traria boas-novas a respeito da derrota de Nínive.
Conforme a BEG, a aproximação de alguém que anunciaria "boas-novas", com seus pés claramente visíveis sobre vos montes" de Judá, inicia um novo período de grato serviço ao Senhor.
As "boas-novas" são resumidas numa palavra significante: "paz", a qual anunciava não somente o fim das hostilidades, mas também o estabelecimento de condições de vida abundantes e bem-estar geral após a derrota da Assíria.
Isaías estendeu essa esperança de boas-novas para além do fim do problema assírio, até o fim do exílio babilônico (Is 52.7).
Assim, o Novo Testamento faz uso da expressão "boas-novas" no termo "evangelho". O evangelho cristão anuncia que Cristo trouxe paz e alívio dos problemas do exílio.
No retorno de Cristo todos os inimigos de Deus serão destruídos e o seu povo será exaltado (Hb 10.13,27).
»NAUM [1]
Na 1:1 Oráculo acerca de Nínive.
Livro da visão de Naum,
o elcosita.
Na 1:2 O Senhor é um Deus zeloso e vingador;
o Senhor é vingador e cheio de indignação;
o Senhor toma vingança contra os seus adversários,
e guarda a ira contra os seus inimigos.
Na 1:3 O Senhor é tardio em irar-se,
e de grande poder,
e ao culpado de maneira alguma terá por inocente;
o Senhor tem o seu caminho no turbilhão e na tempestade,
e as nuvens são o pó dos seus pés.
Na 1:4 Ele repreende o mar,
e o faz secar,
e esgota todos os rios;
desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano murcha.
Na 1:5 Os montes tremem perante ele,
e os outeiros se derretem;
e a terra fica devastada diante dele, sim,
o mundo, e todos os que nele habitam.
Na 1:6 Quem pode manter-se diante do seu furor?
e quem pode subsistir diante do ardor da sua ira?
a sua cólera se derramou como um fogo,
e por ele as rochas são fendidas.
Na 1:7 O Senhor é bom,
uma fortaleza no dia da angústia;
e conhece os que nele confiam.
Na 1:8 E com uma inundação transbordante acabará duma vez
com o lugar dela; e até para dentro das trevas
perseguirá os seus inimigos.
Na 1:9 Que é o que projetais vós contra o Senhor?
Ele destruirá de vez;
não se levantará por duas vezes a angústia.
Na 1:10 Pois ainda que eles se entrelacem como os espinhos,
e se saturem de vinho como bêbados,
serão inteiramente consumidos como restolho seco.
Na 1:11 Não saiu de ti um que maquinava o mal contra o Senhor,
aconselhando maldade?
Na 1:12 Assim diz o Senhor:
Por mais intatos que sejam, e por mais numerosos,
assim mesmo serão exterminados e passarão.
Ainda que te afligi, não te afligirei mais.
Na 1:13 Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti,
e romperei as tuas cadeias.
Na 1:14 Contra ti, porém, o Senhor deu ordem
que não haja mais linhagem do teu nome;
da casa dos teus deuses exterminarei
as imagens de escultura e as de fundição;
farei o teu sepulcro, porque és vil.
Na 1:15 Eis sobre os montes os pés do que traz boas novas,
do que anuncia a paz!
Celebra as tuas festas, ó Judá,
cumpre os teus votos,
porque o ímpio não tornará mais a passar por ti;
ele é inteiramente exterminado.
Em Cristo Jesus, uma nova história está sendo escrita para o povo de Deus que em breve será resgatado e reinará com o Senhor para sempre.
Por isso que vem a exortação para Judá comemorar as suas festas e doravante cumprir os seus votos, pois que nunca mais o perverso a invadiria, ele, Nínive, seria completamente destruído.
Crises nacionais ou opressão estrangeira geralmente tornavam difícil, se não impossível, a celebração das festas importantes. Os votos feitos durante os períodos anteriores de agonia agora seriam cumpridos (SI 116.14,17-19).
A oferta de paz após a destruição da Assíria foi adiada devido à ingratidão de Ezequias (Is 39.5-7) e a contínua rebelião de Judá contra o Senhor. O próprio exílio babilônico foi estendido devido ao pecado contínuo em Israel e em Judá (Dn 9).
Em sua primeira vinda, Cristo deu início à eliminação total e permanente de todas as ameaças contra o povo de Deus, mas ele realizará totalmente essa promessa quando do seu retorno (Ap 6.9-17). 
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Miquéias 7 1-20 - MIQUÉIAS APONTA PARA ONDE O POVO DE DEUS DEVERIA OLHAR.



Miquéias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. 

A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.

Ele viu claramente (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.

IV. O JULGAMENTO DA NAÇÃO E A RESTAURAÇÃO FUTURA (6.1-7.20) - continuação.
Estamos vendo o último capítulo de Miquéias que está falando sobre o julgamento da nação e a restauração futura.
Como já dissemos, Deus anunciou castigar Judá e Jerusalém com derrota e exílio, pois a nação havia violado a aliança de maneira clamorosa, mas um dia ambas seriam restauradas. Nesse terceiro ciclo de julgamentos e bênçãos, Miquéias focou na nação como um todo e na maravilha da salvação final do povo de Deus.
Esses capítulos foram divididos em cinco seções, conforme a BEG: A. O julgamento pela quebra da aliança (6.1-8) – já vista; B. O julgamento de maldições sobre Israel (6.9-16) – já vista; C. O julgamento da desintegração social (7.1-6) – veremos agora; D. A confiança de Miqueias em Deus (7.7) – veremos agora; e, E. Hino de louvor pela vitória de Deus (7.8-20) – veremos agora.
C. O julgamento da desintegração social (7.1-6).
Nos próximos 6 versículos, veremos o julgamento da desintegração social. Esse oráculo tem duas partes:
(1)   Uma acusação (p. ex., os crimes da nação; vs. 1 b-4a).
(2)   Uma sentença (p. ex., confusão nacional; vs. 4b-6).
Começa o texto do capítulo com Miquéias se lamentando de si mesmo ao dizer “ai de mim”. Miquéias, representando o Senhor, comparou-se a um vinhateiro. No entanto não havia cachos de uvas para comer nem figos temporãos que sua alma desejasse. Aqui novamente presentes a vinha e a figueira.
Assim como na colheita, também da terra pereceu o justo ou o homem piedoso. Conforme a BEG, a mesma palavra hebraica “não há” no vs. 1 liga a interpretação (vs. 2) à alegoria (vs. l). Ou seja, não há homem que seja justo, pois todos armam ciladas para sangue e cada um caça ao seu irmão com a rede.
Diz-nos Hernandes Dias Lopes que a teologia determina a vida. Segmentando seu pequeno texto teríamos:
A teologia determina a vida.
     Os sacerdotes deixaram de ensinar a Palavra
                e o povo se corrompeu.
      Práticas erradas
                são frutos de princípios errados.
     Eles estavam lidando
                de forma errada
uns com os outros,
                porque estavam lidando de forma errada
com Deus.”
No verso 3, continua o profeta falando as acusações contra o homem não piedoso:
·         As suas mãos fazem diligentemente o mal.
·         O príncipe corrompe e o juiz julga pela recompensa.
·         O grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles tecem o mal.
·         O melhor deles é como um espinho.
·         O mais reto é pior do que a sebe de espinhos.
Por esta razão, estava vindo o dia anunciado pelos seus sentinelas ou vigias, o dia da sua punição, do seu juízo; por isso que estariam em total confusão. Uma ilustração para indicar os profetas que anunciavam o julgamento por vir.
Conforme a BEG, no tocante aos versos 5 e 6, debaixo da pressão de uma cidade sitiada, os mais fortes laços de solidariedade social se desintegrariam. Essa passagem foi usada mais tarde na literatura apocalíptica para descrever o escatológico dia do Senhor (1Enoque 56.7; 100.2; Jubileus 23.19; Ed 6.24 [todos os três livros não canônicos]).
Jesus usou essa passagem para descrever o rompimento que o seu reino trouxe aos relacionamentos (Mt 10.35-39; Lc 12.53).
D. A confiança de Miquéias em Deus (7.7)
Esse versículo constitui uma breve declaração da confiança em Deus como Salvador.
Miquéias aponta para onde deveria o povo de Deus dirigir o seu olhar para poder esperar na salvação que somente poderia vir de Deus. Ele afirma com certeza que Deus o ouvirá. Miquéias estava esperando a salvação, em contraste com o julgamento (vs. 4).
Assim como Miquéias, o apóstolo Paulo também nos mostra para onde devemos fixar nossos olhos – Fp 3.12-14 – para o alvo, em grego, skopos[1]. Prossigo para o alvo, para o skopo, estando eu no presente com os olhos fixos no futuro – skopo – e ficando para trás o passado. É como um corredor que está vendo diante dele a faixa da chegada e cujos olhos estão fixos na faixa até a sua chegada gloriosa, sem nem olhar para trás.
E. Hino de louvor pela vitória de Deus (7.8-20).
Dos versos 8 ao 20, veremos um hino de louvor pela vitória de Deus. Esse hino litúrgico de conclusão consiste de quatro estrofes:
(1)     A Senhora Jerusalém, em seu estado caído, confessou sua fé no Senhor (vs. 8-10).
Ainda que morando nas trevas - um calabouço sem luz é uma imagem apropriada para uma cidade sitiada -, o Senhor seria a sua luz.
Ela reconheceu o seu pecado e estava disposta a suportar a sua ira. Sabia ela que o Senhor era fiel e no fim que a defenderia, estabelecendo o seu direito. A justiça do Senhor garantiu a salvação da fiel Israel (vs. 8-9) e a destruição de seu atormentador incrédulo (v. 10).
(2)     Em resposta à essa fé, o profeta prometeu que ela se tornaria o aprisco escatológico, oferecendo salvação a todo um mundo sob julgamento (vs. 11-13).
Chegaria assim o dia da reconstrução dos seus muros e o dia em que as suas fronteiras seriam ampliadas e nesse dia (4.1,6; 5.10-15) viria gente de toda a parte buscando salvação.
No entanto, a terra seria desolada por causa de seus habitantes, obviamente devido às consequências de suas ações.
Com Deus não se brinca, o que o homem semear, isso mesmo colherá – Gl 6.7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”.
Fora das fronteiras seguras predestinadas, haveria julgamento universal. O julgamento final está finalmente em vista.
(3)     Miqueias orou para que o Senhor milagrosamente guiasse o seu povo (v. 14), o Senhor respondeu que ele o faria (v. 15, e Miqueias refletiu que a crédula Israel seria salva, mas o inimigo incrédulo seria conquistado (vs. 16-17)).
O Senhor é o pastor de Israel e os leva às águas tranquilas e os faz repousar em verdes pastos – Sl 23.1-2. Como nos tempos antigas, ele manifestará as suas maravilhas e as nações vizinhas se envergonharão.
Além disso, essas nações seriam despojadas de todo o seu poder e teriam de amargar a derrota tornando-se servas, escravas de Israel. Não haveria outra saída senão humilharem-se diante de Deus e o temerem.
Eles não mais insultariam Israel ou ouviriam as fúteis ostentações dos outros.
(4)     O povo celebrou a maravilha de que Deus lançaria seus pecados nas profundezas do mar, de modo a cumprir as promessas da aliança que ele havia feito aos patriarcas (vs. 18-20).
Quem seria semelhante a ti Senhor? Miqueias — cujo nome significa "Quem é semelhante ao SENHOR?" - habilmente associou o nome de Deus com a sua graça clemente. Sem essa qualidade, o ministério de Miqueias teria sido sem sentido.
A graça é tão forte que Deus seria capaz de perdoar o pecado e esquecer a transgressão do remanescente de sua herança, pois que ele não permanece irado para sempre, mas tem prazer em mostrar o seu amor.
Uma das maiores lições ensinadas pelo Messias foi, sem dúvida, o perdão incondicional. Até Judas teria sido perdoado se não fosse tão orgulhoso e maligno. Já Pedro que pecou gravemente, como Judas, negando-o, humilhou-se e aceitou o perdão de Deus, logo foi curado e restabelecido, tornando-se depois vaso útil na obra do Senhor.
Assim como a jornada de Israel começou com Deus lançando os egípcios ao mar Vermelho, Deus consumaria a história dela lançando suas iniquidades nas profundezas metafóricas.
Em Jesus Cristo, temos o cumprimento dessa palavra.
A amorosa fidelidade de Deus à aliança constitui a base da esperança da igreja (Rm 4.17; GI 3.7-29).
MIQUÉIAS [7]
Mq 7:1 Ai de mim! porque estou feito como quando são colhidas
as frutas do verão, como os rabiscos da vindima;
não há cacho de uvas para comer,
nem figo temporão que a minha alma deseja.
Mq 7:2 Pereceu da terra o homem piedoso;
e entre os homens não há um que seja reto;
todos armam ciladas para sangue;
caça cada um a seu irmão com uma rede.
Mq 7:3 As suas mãos estão sobre o mal
para o fazerem diligentemente;
o príncipe e o juiz exigem a peita,
e o grande manifesta o desejo mau da sua alma;
e assim todos eles tecem o mal.
Mq 7:4 O melhor deles é como um espinho;
o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos.
Veio o dia dos seus vigias, a saber, a sua punição;
agora começará a sua confusão.
Mq 7:5 Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro;
guarda as portas da tua boca daquela que repousa
no teu seio.
Mq 7:6 Pois o filho despreza o pai,
a filha se levanta contra a mãe,
a nora contra a sogra;
os inimigos do homem são os da própria casa.
Mq 7:7 Eu, porém, confiarei no Senhor;
esperarei no Deus da minha salvação.
O meu Deus me ouvirá.
Mq 7:8 Não te alegres, inimiga minha, a meu respeito;
quando eu cair, levantar-me-ei;
quando me sentar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
Mq 7:9 Sofrerei a indignação do Senhor,
porque tenho pecado contra ele;
até que ele julgue a minha causa,
e execute o meu direito.
Ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.
Mq 7:10 E a minha inimiga verá isso,
e cobri-la-á a confusão, a ela que me disse:
Onde está o Senhor teu Deus?
Os meus olhos a contemplarão;
agora ela será pisada como a lama das ruas.
Mq 7:11 É dia de reedificar os teus muros!
Naquele dia será dilatado grandemente o teu termo.
Mq 7:12 Naquele dia virão a ti da Assíria e das cidades do Egito,
e do Egito até o Rio, e de mar a mar,
e de montanha a montanha.
Mq 7:13 Mas a terra será entregue à desolação
por causa dos seus moradores,
por causa do fruto das suas obras.
Mq 7:14 Apascenta com a tua vara o teu povo,
o rebanho da tua herança,
que habita a sós no bosque, no meio do Carmelo;
apascentem-se em Basã e Gileade,
como nos dias antigos.
Mq 7:15 Eu lhes mostrarei maravilhas,
como nos dias da tua saída da terra do Egito.
Mq 7:16 As nações o verão, e envergonhar-se-ão,
por causa de todo o seu poder;
porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos
ficarão surdos.
Mq 7:17 Lamberão o pó como serpentes;
como répteis da terra, tremendo,
sairão dos seus esconderijos;
com pavor virão ao Senhor nosso Deus,
e terão medo de ti.
Mq 7:18 Quem é Deus semelhante a ti,
que perdoas a iniqüidade,
e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança?
O Senhor não retém a sua ira para sempre,
porque ele se deleita na benignidade.
Mq 7:19 Tornará a apiedar-se de nós;
pisará aos pés as nossas iniqüidades.
Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Mq 7:20 Mostrarás a Jacó a fidelidade,
e a Abraão a benignidade,
conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos.
Vimos, concluindo esse livro impressionante, que trata de coisas antigas, mas que, na verdade, parece tão atual, um profeta compromissado com a palavra de Deus que no seu tempo denunciou a hipocrisia e se levantou a favor da justiça, do direito e de Deus.
Como dissemos em todos os capítulos, Miquéias foi apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Strong's Concordance, skopos: a watchman, a mark (on which to fix the eye). Original Word: σκοπός, οῦ, ὁ - Part of Speech: Noun, masculine. Transliteration: skopos. Phonetic Spelling: (skop-os'). Short Definition: a goal. Definition: a watcher; a goal, a mark aimed at. (http://biblehub.com/greek/4649.htm)
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