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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Miquéias 4 1-13 – A LEI VINDO DE SIÃO, A PALAVRA DO SENHOR, DE JERUSALÉM.

Miquéias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15) - continuação.
Como já dissemos, Deus anunciou castigar tanto Judá como Jerusalém com derrota e exílio, pois os seus líderes eram muito corruptos, mas um dia ambas seriam restauradas. Essa seção é composta por dez oráculos e foram assim divididas, conforme a BEG: A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4) – já vista; B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8) – já vista; C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12) – já vista; D. Sião será exaltada (4.1-5) – veremos agora; E. A força futura do remanescente (4.6-7) – veremos agora; F. O futuro domínio de Sião (4.8) – veremos agora; G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13) – veremos agora; H. O soberano messiânico (5.1-6); I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9); e, J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15).
D. Sião será exaltada (4.1-5).
Dos versos de 1 ao 5, veremos Sião sendo exaltada. Miquéias anunciou que o exílio após a destruição de Jerusalém levaria a uma grande restauração da cidade e do seu povo.
O oráculo tem três partes:
(1)     Uma introdução dizendo que a visão era para "os últimos dias" (vs. 1).
(2)     Uma parte principal que consiste da visão de Sião estabelecida no cume dos montes (vs. 1) e as nações "afluindo" (vs. 1) para ela a fim de conhecer a lei (vs. 2a) e uma reflexão de que o mundo seria pacificado uma vez que a lei saiu do Monte Sião (vs. 2b-4a).
(3)     Uma conclusão incluindo a fórmula profética de que Deus gerou o oráculo (vs. 4b) e uma resposta litúrgica do povo com a indicação de que tinham a intenção de obedecer à lei até que a profecia seja cumprida (vs. 5).
O versículo começa com a expressão “Nos últimos dias”. Uma expressão que aponta para uma nova época que começaria após o povo de Deus ter sido restaurado do exílio.
A terminologia é derivada de Dt 4.30 “Quando estiverdes em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz.”, onde Moisés descreveu o cenário do pecado, exílio e restauração nos últimos dias.
O Novo Testamento ensina que os últimos dias começaram na primeira vinda de Cristo (At 2.7; Hb 1.2) e se cumprirão no novo céu e nova terra (Ap 21-22)[1].
Estando nós no século XXI, em 2015, cremos que os últimos dias estão de fato chegando ao seu clímax: a volta do Senhor Jesus Cristo!
Juntamente com outros profetas do Antigo Testamento, Miquéias acreditava que a cidade e o templo seriam reconstruídos após o exílio, mas o Novo Testamento explica que a maneira como o reino de Deus veio em Cristo mudou essa expectativa.
·           Cristo incorpora o templo (Jo 2.19,22).
·           A igreja é o templo (1 Co 3 16-17).
·           Quando Cristo retornar, toda a criação será o lugar de habitação da presença especial de Deus (Ap 21.22-26).
Os deuses pagãos tinham montanhas sagradas com templos. Ao ser elevado acima deles, Deus, associado ao Monte Sião, seria estabelecido como o verdadeiro Deus entre as nações.
Miquéias expressa nos versos de 1 a 4 como seria isso, nos últimos dias:
·           O monte do templo do Senhor seria estabelecido como o principal entre os montes.
·           Ele se elevaria acima das colinas, e os povos a ele acorreriam.
·           Muitas nações viriam, dizendo: "Venham, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacó.
·           Ele nos ensinaria os seus caminhos, para que pudéssemos andar nas suas veredas".
·           A lei viria de Sião, a palavra do Senhor, de Jerusalém.
·           Ele julgaria entre muitos povos e resolveria contendas entre nações poderosas e distantes.
·           Das suas espadas, fariam arados, e das suas lanças, foices.
·           Nenhuma nação ergueria a espada contra outra, e não aprenderiam mais a guerra.
·           Todo homem poderia sentar-se debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e ninguém os incomodaria, pois assim falou o Senhor dos Exércitos.
O fato era que cada nação andava à sua maneira, conforme os seus deuses que não são deuses e continuarão a andar assim, no entanto, o povo de Deus seria diferente e andaria no nome do Senhor, nosso Deus para sempre – vs. 5.
E. A força futura do remanescente (4.6-7).
Nos versos 6 e 7, veremos a força futura do remanescente. Destruição e exílio enfraqueceriam o remanescente, mas ele seria fortalecido quando a restauração ocorresse.
Ao se referir a esse tempo, ele usa a expressão “Naquele dia” – vs. 6. Provavelmente "o dia do SENHOR", o dia no qual Deus intervém para estabelecer o seu reino sobre os seus inimigos e abençoar o seu povo com a vitória. A promessa envolve os remanescentes envolvendo os que tropeçavam e estavam dispersos.
Deles, ele faria uma nação forte. Esse restante de 2.12 que sobreviveu à invasão de Senaqueribe também sobreviveria ao exílio babilônio.
Essa poderosa nação ou nação forte seria formada por aqueles que retornaram do exílio em 539 a.C. e que nunca experimentaram esse fortalecimento, pois continuaram em pecado. Quando Cristo veio, no entanto, ele estabeleceu sua igreja como uma nação invencível (Mt 16.18; Pe 2.9-10).
Esse é um mistério incrível que os judeus até hoje não perceberam entre Deus, Cristo e a igreja. O seu povo agora não é mais aquele povo que somente lhe deu trabalho e foi reprovado por ter crucificado o Messias e estar até hoje aguardando outro, mas o seu povo atual é a igreja, o seu corpo.
E. O futuro domínio de Sião (4.8).
No verso 8, vemos que o domínio será de Sião. Miquéias previu que Jerusalém se tornaria uma torre fortificada após o exílio, mas o pecado contínuo daqueles que haviam retornado adiou a conclusão dessa promessa até que se cumpra o reino de Cristo na descida da celestial Jerusalém no novo céu e na nova terra (Ap 21.1-2).
Cremos que pelos sinais que se veem, esse dia se aproxima de forma veloz.
G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13).
Dos versos de 9 a 13, concluindo este capítulo, veremos a aflição de Sião e sua salvação futura.
Conforme a BEG, Miquéias reconheceu a dor que os habitantes de Jerusalém iriam experimentar na destruição e no exílio que estavam por vir, mas ele os assegurou de que a salvação viria em seguida.
Esse oráculo descreve o plano de Deus para a atual aflição de Israel (o "agora" nos vs. 9,11: para trazer salvação gloriosa - do exílio babilônio para a libertação (vs. 9-12).
No verso 9, o seu conselheiro morreu e a dor é muito forte, como a mulher em trabalho de parto. Isso indicava que Jerusalém seria abandonada, sem um rei. É possível que Miquéias tivesse em mente o Senhor como o Rei que abandonaria a cidade.
Da aflição presente, como a mulher que está para dar a luz, o remanescente, em Sião, daria a luz à uma nova era onde deixaria os seus muros para habitar em campo aberto – vs. 10.
Claramente então é dito que ele iria para a Babilônia. Não deveria surpreender o fato de Miquéias ter antecipado um exílio para a Babilônia. Isaías anunciou a Ezequias que os tesouros de Jerusalém seriam levados para a Babilônia devido à infidelidade a Deus (Is 39.5-7).
Uma vez que a ameaça assíria foi evitada, Miquéias focou seus julgamentos proféticos na ameaça do exílio babilônio ou seus oráculos que originalmente tinham foco na Assíria foram reaplicados a essa nova ameaça.
»MIQUÉIAS [4]
Mq 4:1 Mas nos últimos dias acontecerá
que o monte da casa do Senhor será estabelecido
como o mais alto dos montes,
e se exalçará sobre os outeiros,
e a ele concorram os povos.
Mq 4:2 E irão muitas nações, e dirão:
Vinde, e subamos ao monte do Senhor,
e à casa do Deus de Jacó,
para que nos ensine os seus caminhos,
de sorte que andemos nas suas veredas;
porque de Sião sairá a lei,
e de Jerusalém a palavra do Senhor.
Mq 4:3 E julgará entre muitos povos,
e arbitrará entre nações poderosas e longínquas;
e converterão as suas espadas em relhas de arado,
e as suas lanças em podadeiras;
uma nação não levantará a espada contra outra nação,
nem aprenderão mais a guerra.
Mq 4:4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira,
e debaixo da sua figueira,
e não haverá quem os espante,
porque a boca do Senhor dos exércitos o disse.
Mq 4:5 Pois todos os povos andam,
cada um em nome do seu deus;
mas nós andaremos para todo o sempre
em o nome do Senhor nosso Deus.
Mq 4:6 Naquele dia, diz o Senhor,
congregarei a que coxeava,
e recolherei a que tinha sido expulsa,
e a que eu afligi.
Mq 4:7 E da que coxeava farei um resto,
e da que tinha sido arrojada para longe,
uma nação poderosa;
e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião,
desde agora e para sempre.
Mq 4:8 E a ti, ó torre do rebanho,
outeiro da filha de Sião, a ti virá, sim,
a ti virá o primeiro domínio,
o reino da filha de Jerusalém.
Mq 4:9 E agora, por que fazes tão grande pranto?
Não há em ti rei? pereceu o teu conselheiro,
de modo que se apoderaram de ti dores,
como da que está de parto,
Mq 4:10 Sofre dores e trabalha,
ó filha de Sião, como a que está de parto;
porque agora sairás da cidade,
e morarás no campo,
e virás até Babilônia.
Ali, porém serás livrada;
ali te remirá o Senhor da mão de teus inimigos.
Mq 4:11 Agora se congregaram muitas nações contra ti, que dizem:
Seja ela profanada,
e vejam o nossos olhos o seu desejo sobre Sião.
Mq 4:12 Mas, não sabem os pensamentos do Senhor, n
em entendem o seu conselho;
porque as ajuntou como gavelas para dentro da eira.
Mq 4:13 Levanta-te, e debulha, ó filha de Sião,
porque eu farei de ferro o teu chifre,
e de bronze as tuas unhas;
e esmiuçarás a muitos povos;
e dedicarás o seu ganho ao Senhor,
e os seus bens ao Senhor de toda a terra.
As outras nações exultariam exclamando que Sião seria profanada diante dos seus olhos sem entenderem que isso mesmo vinha do Senhor e que era seu plano e propósito. O Senhor estava juntando os feixes para a sua eira onde ocorreria o preparo do seu povo para uma nova era.
A promessa estava sendo dada a Sião que levantaria e debulharia as outras nações na eira do Senhor e consagraria ao Senhor todos os ganhos ilícitos delas e as suas riquezas todas seriam entregues ao Soberano Deus de toda a terra – vs. 13.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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[1] A BEG recomenda que se leia nesse momento seu excelente artigo teológico sobre "O plano das eras", em Hb 7.
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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Miquéias 3 1-12 - MIQUÉIAS DENUNCIA LIDERANÇAS CORRUPTAS E FALSOS PROFETAS.

Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15).
Deus anunciou castigar tanto Judá como Jerusalém com derrota e exílio, pois os seus líderes eram muito corruptos, mas um dia ambas seriam restauradas.
Desde o primeiro versículo até o capítulo 5, veremos o julgamento dos líderes e a restauração futura.
Miqueias alertou que Jerusalém seria destruída, mas ele também prometeu que um dia, após o exílio, ela seria grandemente exaltada. Essa seção é composta por dez oráculos.
Os três primeiros estabelecem a advertência da destruição de Jerusalém; os últimos sete asseguram os leitores da completa restauração de Jerusalém. Destarte, dividiremos esta parte em dez seções, conforme a BEG: A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4) – veremos agora; B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8) – veremos agora; C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12) – veremos agora; D. Sião será exaltada (4.1-5); E. A força futura do remanescente (4.6-7); E. O futuro domínio de Sião (4.8); G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13); H. O soberano messiânico (5.1-6); I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9); e, J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15).
A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4).
Veremos nos primeiros quatro versículos o julgamento dos líderes que se tornaram canibais. Os líderes de Judá se tornaram tão corruptos que Miqueias os comparou a canibais.
Os três oráculos de julgamento – conforme a BEG - nesse capítulo compartilham características comuns.
·           Eles se dirigem às mesmas pessoas:
ü  A liderança incompetente e corrupta de Israel.
·           Eles têm o mesmo tamanho:
ü  Quatro versículos.
·           Eles tem a mesma forma:
ü  Um discurso (vs. 1,5,9).
ü  Uma acusação introduzida por "quem" (vs. 2,5,9).
ü  Uma sentença introduzida por "então" (vs. 4) ou "portanto" (vs. 6,12).
·           Mais importante, eles têm o mesmo tema:
ü  O mau uso da justiça para o ganho pessoal.
O versículo primeiro começa com Miquéias expressando-se. Ele diz aos líderes, aos chefes de Jacó, governantes da nação de Israel que eles deveriam conhecer a justiça, ou seja, era uma referência às decisões na lei (Êx 21.1) e outros veredictos (Dt 17.8-11) e a casos ainda pendentes (1 Rs 3.28; 7.7) de modo que os opressores fossem punidos e os oprimidos libertados.
Ao invés de conhecerem a justiça, eles odiavam o bem e amavam o mal sendo capazes de arrancarem a pele do povo e comerem a carne de seus ossos, despedaçando-os e cortando-os como se fossem carne para a sua panela.
Do mesmo modo que os magistrados se recusaram a ouvir o chamado dos oprimidos, também Deus se recusaria a ouvir o chamado deles no tempo do julgamento.
B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8).
Dos versos 5 ao 8, veremos o julgamento dos profetas exploradores.
Miqueias retorna ao problema dos falsos profetas que lucravam ao assegurar às pessoas que elas estavam seguras. Esses profetas não pregavam a palavra de Deus, mas a palavra que agradava ao povo e que lhes trazia bons resultados conforme às suas cobiças.
Por essa razão a noite viria para eles, onde não haveriam visões, nem adivinhações, mas apenas escuridade. A perda de profecias e visões aqui é comparada à escuridão (SI 82.5).
Em sendo assim, eles seria envergonhados, pois que seriam expostos ao ridículo. Um profeta exposto como um impostor era considerado imundo (Lm 4.13-15).
No entanto, o profeta Miquéias ia ganhando a cada dia e momento mais força e autoridade do Senhor. Miqueias insistia que, em contraste com os falsos profetas, ele havia sido autorizado por Deus a dizer a verdade sobre os pecados de Judá.
Era graças ao poder do Espírito do Senhor que ele estava cheio de força e de justiça, para declarar a Jacó a sua transgressão, e a Israel o seu pecado – vs. 8.
C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12).
Dos versos 9 ao 12, veremos o julgamento e a destruição de Sião.
Esse oráculo anuncia o julgamento severo e a destruição sobre Jerusalém por causa dos seus líderes e profetas corruptos. O livro de Jeremias - Jr 26.17-19 - faz referência ao vs. 12 e data o ministério de Miqueias no tempo do reinado de Ezequias.
Os versículos de 9 ao 11 repetem acusações contra líderes, juízes, sacerdotes e profetas.
·           Eles detestavam a justiça e pervertiam tudo o que é justo.
·           Construíam Sião com derramamento de sangue, e Jerusalém com impiedade.
·           Os líderes julgavam a troco de suborno.
·           Seus sacerdotes ensinavam por lucro.
·           Seus profetas adivinhavam em troca de prata.
·           E ainda, cada um deles, se apoiava no Senhor, dizendo:
ü  "O Senhor está no meio de nós. Nenhuma desgraça vai nos acontecer".
Por tudo isso, Sião seria lavrada. Miqueias ameaçou que a destruição de Jerusalém seria como a de Samaria (1.6). Jerusalém seria lavrada como um campo e se tornaria como montões de ruínas, sendo toda a colina do templo coberta de mato.
»MIQUÉIAS [3]
Mq 3:1 E disse eu:
Ouvi, peço-vos, ó chefes de Jacó,
e vós, ó príncipes da casa de Israel:
não é a vós que pertence saber a justiça?
Mq 3:2 A vós que aborreceis o bem,
e amais o mal,
que arrancais a pele de cima deles,
e a carne de cima dos seus ossos,
Mq 3:3 os que também comeis a carne do meu povo
e lhes arrancais a pele,
e lhes esmiuçais os ossos,
e os repartis em pedaços como para a panela
e como carne dentro do caldeirão.
Mq 3:4 Então clamarão ao Senhor;
ele, porém, não lhes responderá,
antes esconderá deles a sua face naquele tempo,
conforme eles fizeram mal nas suas obras.
Mq 3:5 Assim diz o Senhor a respeito dos profetas
que fazem errar o meu povo, que clamam:
Paz! enquanto têm o que comer,
mas preparam a guerra contra aquele
que nada lhes mete na boca.
Mq 3:6 Portanto se vos fará noite sem visão;
e trevas sem adivinhação haverá para vós.
Assim se porá o sol sobre os profetas,
e sobre eles, obscurecerá o dia.
Mq 3:7 E os videntes se envergonharão,
e os adivinhadores se confundirão;
sim, todos eles cobrirão os seus lábios,
porque não haverá resposta de Deus.
Mq 3:8 Quanto a mim, estou cheio do poder do Espírito do Senhor,
assim como de justiça e de coragem,
para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel
o seu pecado.
Mq 3:9 Ouvi agora isto, vós chefes da casa de Jacó,
e vós governantes da casa de Israel,
que abominais a justiça
e perverteis tudo o que é direito,
Mq 3:10 edificando a Sião com sangue,
e a Jerusalém com iniqüidade.
Mq 3:11 Os seus chefes dão as sentenças por peitas,
e os seus sacerdotes ensinam por interesse,
e os seus profetas adivinham por dinheiro;
e ainda se encostam ao Senhor, dizendo:
Não está o Senhor no meio de nós?
nenhum mal nos sobrevirá.
Mq 3:12 Portanto, por causa de vós,
Sião será lavrada como um campo,
e Jerusalém se tornará
em montões de pedras,
e o monte desta casa
em lugares altos dum bosque.
A BEG nos lembra de que o arrependimento e a oração de Ezequias evitaram esse desastre em seu tempo, mas a destruição ocorreu em 586 a.C.
Portanto, como 4.10 indica, os oráculos de restauração que se seguiram a essa ameaça de destruição e exílio para Jerusalém, dizem respeito à restauração do exílio babilônio em 539 a.C.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Miquéias 2 1-13 – OS FALSOS PROFETAS DA PROSPERIDADE.

Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
II. JULGAMENTO E LIBERTAÇÃO NA CRISE ASSÍRIA (1.2-2.13) - continuação.
Estamos vendo o julgamento e a libertação na crise assíria. Como já dissemos, a parte II foi dividida, conforme a BEG em quatro seções: A. A decisão divina quanto à queda de Samaria (1.2-7) – já vista; B. Lamento sobre a derrota de Judá (1.8-16) – já vista; C. O julgamento dos proprietários de terra gananciosos (2.1-5) – veremos agora; D. Os julgamento contra os falsos profetas (2.6-11) – veremos agora; e, E A salvação de um remanescente em Sião (2.12-13) – veremos e concluiremos agora.
C. O julgamento dos proprietários de terra gananciosos (2.1-5).
Dos versos de 1 a 5, veremos o julgamento dos proprietários de terra gananciosos.
Depois de apresentar os julgamentos que viriam contra Samaria e Judá, o profeta explicou as razões desses julgamentos ao apontar para os pecados dos proprietários de terra.
O oráculo tem três partes:
(1)     A acusação de que homens maus e violentos haviam desapropriado de modo injusto a propriedade sagrada e destruído os seus proprietários (vs. 1-2).
A acusação e a sentença são ligadas por um trocadilho envolvendo "maquinam o mal" (vs. 1) e "Eis que projeto mal" (vs. 3), que são expressões virtualmente idênticas no hebraico.
Do mesmo modo que o poderoso havia tirado terras dos homens de Israel (vs. 1-2), assim o Senhor enviaria um exército inimigo para arrancar deles a Terra Prometida (vs. 4-5).
O ai – vs. 1 - está direcionado aos que detinham o poder e seriam capazes de executarem seus planos malignos feitos durante a noite por causa de seus pensamentos que ocupavam os seus corações a ponto de não se importarem com ninguém e deixarem que a cobiça – vs. 2 – os envolvessem dos pés à cabeça.
A cobiça está na essência de muitos pecados (6; 20.17; Rm 7.8) e ela, neste caso, desejava a propriedade de famílias que era seus bens permanentes e sagrados vindo de Deus (Lv 25.10,13).
(2)     A sentença do Senhor quanto ao exílio (vs. 3), vinculando a perda de suas terras aos invasores (vs. 4).
Como eles planejavam o mal, o Senhor no vs. 3 estaria também planejando contra eles, em julgamento, uma desgraça da qual não haveria salvação e a arrogância seria caída por terra.
O julgamento seria tão severo que outros que tomassem conhecimento do acontecido iriam zombar deles e verem sua completa ruína, pois ele tirou deles a propriedade e as entregou nas mãos dos invasores.
A propriedade das coisas desta vida, em última instância, é do Senhor, o criador e sustentador de toda a vida na terra e não do homem que multiplicando os seus bens sem se importar com o próximo acha que tudo é dele, para ele e por meio dele.
(3)     A conclusão de que os ladrões seriam permanentemente deserdados (vs. 5).
A linguagem reflete a expectativa de que após o exílio haveria uma congregação para redistribuir as terras, como havia sido feito nas gerações anteriores (p. ex., Is 19.51).
Por causa dos seus graves pecados, os proprietários de terra foram ameaçados com a deserção permanente.
D. Os julgamento contra os falsos profetas (2.6-11).
Dos versos 6 ao 11, veremos o julgamento contra os falsos profetas.
Os falsos profetas haviam insistido que Deus não julgaria o seu povo, mas Miqueias anunciou o julgamento contra eles por suas mentiras. Esse julgamento tem quatro partes:
(1)     Miqueias repeliu a ordem deles para que parasse de profetizar (vs. 6).
A palavra deles de pregação não era da palavra do Senhor, mas vinha deles mesmos e, portanto, não poderia cumprir o efeito desejado pelo que os estaria enviando.
A verdadeira pregação falava da desgraça deles e de que iriam para o cativeiro, mas eles pregavam que não, que eles tinham o templo, que eram os eleitos e que nada poderia acontecer com eles, independentemente do que estariam fazendo.
(2)     O Senhor corrigiu a presunção deles a respeito da sua graça (vs. 7) e acusou os poderosos de explorarem os indefesos (vs. 8-9).
A presunção deles era tanta que já diziam que o Espírito Santo não era justo para com eles, pois que não estava fazendo o bem aos retos, no entanto, eles eram como ou piores que os inimigos do povo de Deus.
Os oprimidos pertenciam à classe média de Israel. Tragicamente, os homens de Israel foram saqueados em sua terra natal, onde eles se sentiam mais seguros.
Além da túnica, eles arrancavam também a capa, bem ao contrário do que nos ensinou o Senhor que se alguém nos pedisse a túnica, seria para darmos também a capa – Mt 5:41,42.
(3)     Deus os sentenciou ao exílio porque eles haviam tornado a terra imunda (vs. 10).
Deveriam se levantar e ir embora. O lugar que seria de descanso e refrigério, agora estava arruinado, contaminado sem que houvesse cura.
(4)     Miqueias repreendeu os poderosos por desejarem mentirosos que apoiassem os seus crimes (vs. 11).
O Senhor zombou do povo que estava seguindo falsos profetas porque eles queriam ouvir apenas palavras de paz e prosperidade.
Se um mentiroso e enganador viesse e dissesse que iria pregar para eles fartura de vinho e de bebida fermentada, ele seria a voz profética para o povo. Isso bem nos lembra os atuais profetas da prosperidade cujo deus é Mamon e não Cristo Jesus, o Senhor.
E. A salvação de um remanescente em Sião (2.12-13).
Nos versos 12 e 13, veremos a salvação de um remanescente em Sião.
Esse primeiro oráculo positivo no livro diz respeito à libertação de Jerusalém da invasão de Senaqueribe em 701 a.C., e não ao retorno do exílio.
O Pastor divino de Israel reuniria o remanescente de Judá em Jerusalém para protegê-lo do ataque de Senaqueribe (vs. 12) e depois o libertaria ao dizimar o exército assírio (vs. 13).
»MIQUÉIAS [2]
Mq 2:1 Ai daqueles que nas suas camas
maquinam a iniqüidade
e planejam o mal!
quando raia o dia,
põem-no por obra,
pois está no poder da sua mão.
Mq 2:2 E cobiçam campos, e os arrebatam,
e casas, e as tomam;
assim fazem violência a um homem e à sua casa,
a uma pessoa e à sua herança.
Mq 2:3 Portanto, assim diz o Senhor.
Eis que contra esta família maquino um mal,
de que não retirareis os vossos pescoços;
e não andareis arrogantemente;
porque o tempo será mau.
Mq 2:4 Naquele dia surgirá contra vós um motejo,
e se levantará pranto lastimoso, dizendo:
Nós estamos inteiramente despojados;
a porção do meu povo ele a troca;
como ele a remove de mim!
aos rebeldes reparte os nossos campos.
Mq 2:5 Portanto, não terás tu na congregação do Senhor
quem lance o cordel pela sorte
Mq 2:6 Não profetizeis; assim profetizam eles,
não se deve profetizar tais coisas;
não nos alcançará o opróbrio.
Mq 2:7 Acaso dir-se-á isso, ó casa de Jacó:
tem-se restringido o Espírito do Senhor?
são estas as suas obras?
e não é assim que fazem bem as minhas palavras
ao que anda retamente?
Mq 2:8 Mas há pouco se levantou o meu povo como um inimigo;
de sobre a vestidura arrancais o manto aos
que passam seguros, como homens contrários
à guerra.
Mq 2:9 As mulheres do meu povo,
vós as lançais das suas casas agradáveis;
dos seus filhinhos tirais para sempre a minha glória.
Mq 2:10 Levantai-vos, e ide-vos,
pois este não é lugar de descanso;
por causa da imundícia que traz destruição,
sim, destruição enorme.
Mq 2:11 Se algum homem, andando em espírito de falsidade,
mentir, dizendo:
Eu te profetizarei acerca do vinho e da bebida forte;
será esse tal o profeta deste povo.
Mq 2:12 Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó;
certamente congregarei o restante de Israel;
pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no curral,
como rebanho no meio do seu pasto;
farão estrondo por causa da multidão dos homens.
Mq 2:13 Subirá diante deles aquele que abre o caminho;
eles romperão, e entrarão pela porta,
e sairão por ela; e o rei irá adiante deles,
e o Senhor à testa deles.
Depois da falsa palavra profética, uma boa palavra vinda de Deus, mas para os remanescentes, pois o verdadeiro Pastor iria ajuntá-los no aprisco dele, protegê-los e livrá-los de todo mal.
Assim, o Senhor iria adiante deles abrindo caminhos e orientando por qual porta deveriam seguir.
Conforme a BEG, "Todo" é caracterizado por "restante". O restante era aquela pequena parcela da nação que sobreviveria ao julgamento divino e continuaria no futuro como o povo da aliança de Deus.
A medida que os assírios atacassem vilas e cidades em Judá (1.8-16), muitos correriam para Jerusalém em busca de segurança. Ali o Senhor os ajuntaria como ovelhas num aprisco - Jerusalém é comparada ao local onde se guardam as ovelhas.
O que abre o caminho iria diante deles e eles passarão pela porta e sairão, pois o rei deles é o Senhor que como bom pastor os guiará.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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