Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos agora na
parte VI, veremos o capítulo 21.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e
respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na
crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes
religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao
julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças
ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em
duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39)
– estamos vendo e B. Sermão: o
julgamento do reino (24.1-25.46).
A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) - continuação.
Como já dissemos, os caps. 19-23 registram
a última viagem de Jesus para a Galileia e a sua entrada em Jerusalém antes da
sua crucificação. Essa passagem enfatiza reações divergentes aos ensinos de
Jesus - tanto aceitação quanto rejeição.
Jesus tinha chegado a Betfagé, ao monte das
Oliveiras, próximo de Jerusalém e enviou dois de seus discípulos a procurarem
por uma jumenta amarrada, com um jumentinho ao seu lado. Eles deveriam desamarrá-la
e trazê-la para ele. Nesse interim, se perguntassem algo a eles, diriam que o
Senhor precisava deles e logo os enviaria de volta.
Conforme esclarece a BEG, dos Evangelhos
sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), somente Mateus menciona a mãe do jumento,
provavelmente para enfatizar que ele era um jumento bem jovem que não havia
ainda sido desmamado; portanto, ainda não havia sido montado (cf. Mc 11.2).
A citação de Zc 9.9 indica que a vinda do
rei seria montado em "um jumento, num jumentinho, cria de jumenta".
Jesus escolheu tornar o cumprimento da profecia inequívoco.
A entrada triunfal foi claramente um ato
simbólico da parte de Jesus. Zc 9.9 era uma passagem reconhecida como messiânica
pelos judeus, e o grito "Hosana ao Filho de Davi" (vs. 9), assim como
o espalhamento de mantos pelo chão (cf. 2Rs 9.13), indicava que a multidão
reconhecia a afirmação de Jesus de que ele era o Messias.
Observe a proclamação de Davi sobre Salomão
como seu herdeiro designado por ele ter entrado na cidade montado numa mula
(1Rs 1.33,38,44). O jumentinho também simbolizava a humildade do Cristo ungido
e sua dependência do poder de Deus. O trecho “Bendito o que vem em nome do
Senhor” é uma citação do SI 118.26.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém
montado nesse jumentinho, filho de jumenta, para cumprir o que estava escrito
nas Escrituras foi demais para sacerdotes, escribas e fariseus. Aqui o povo estava
louvando e adorando, mas em breve iriam estar pedindo a sua crucificação.
No entanto, os principais sacerdotes e
escribas vendo as maravilhas que Jesus fazia e a aclamação do povo, ficaram
enfurecidos e pediram a ele que fizesse algo, mas ele, Jesus, lhes mostra as
Escrituras.
Como é triste quando nossos corações optam
pelo endurecimento! Se o seu está assim, arrependa-se urgente, pois poderá ser
que fiques quebrantado sem que haja cura. Vá depressa pedir perdão! Ponha isso,
definitivamente, em sua cabeça: Nunca, jamais, estamos, nem estaremos certos:
·Contra
Deus.
·Contra
a nossa consciência.
·Contra
o Espírito Santo.
Mt 21.12-13 e Jo 2.13-17 relatam uma
purificação do templo no início do ministério de Jesus e não durante a semana
da Paixão.
Muitos estudiosos, incluindo alguns
evangélicos, afirmam que ou João ou os sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas)
contaram o relato com visões diferentes por razões teológicas.
Entretanto, os detalhes descritivos são bem
diferentes, e não é impossível que tenha havido duas ocasiões separadas em que
Jesus expulsou os cambistas.
A expressão "covil de
salteadores" (vs. 13) é de Jr 7.11, uma passagem em que o Senhor denuncia
a crença de que o templo físico garantia, de alguma maneira, a bênção de Deus
apesar da impiedade de Judá. Essa mesma crença supersticiosa prevalecia no tempo
de Jesus.
Nisso, começaram chegar a ele cegos e
mancos e ele os curava. Jesus continua a curar! Ele cura o povo que estava
doente, enfermo. Se estivesse aqui, neste século, andando em nossas ruas, com
certeza, estaria curando multidões incontáveis porque estamos todos doentes por
causa do engano do pecado.
Também crianças estavam aclamando em alta
voz e com vontade "Hosana ao Filho de Davi" – vs. 16. O texto de SI 8
diz que Deus suscitou louvor para si mesmo dos lábios das crianças. Assim,
usando SI 8 para justificar as aclamações das crianças, Jesus, diretamente
reivindicou a prerrogativa da divindade.
Saiu Jesus em seguida da cidade para
Betânia, onde pernoitou e no dia seguinte, pela manhã, quando voltava para a
cidade, Jesus teve fome.
Mateus condensa os acontecimentos que, na
verdade, tiveram lugar em dois dias diferentes (cf. Mc 11.12-14,20-26). O fruto
da árvore da figueira normalmente começa a aparecer antes de suas folhas, na
primavera, e, apesar de não serem apetitosos, os frutos não maduros são
comestíveis.
Jesus amaldiçoou essa árvore porque, apesar
de ela mostrar indícios de que teria figos por estar cheia de folhas,
tratava-se apenas de aparência.
Isso também serviu como uma analogia para a
hipocrisia, que Deus condena. A ligação desse incidente com a purificação do
templo tem a ver com a punição iminente da hipocrisia de Israel por Deus pela
destruição da cidade e do templo (cf. Jr 24.1-8).
Esse relato apresenta uma íntima relação
com 21.33-46, tanto com o seu tema quanto em suas prováveis raízes em Is 5.1-7.
Os discípulos ficaram admirados que a
figueira tivesse secado tão rapidamente. Esse trecho é semelhante a 17.20, mas
aqui a ênfase é sobre não duvidar. Estar livre dessa dúvida é a consciência de
que algo é realmente da vontade de Deus. Não se trata de arrogância presunçosa,
mas de confiança em Deus e submissão à sua soberania.
Na verdade, aqui, Jesus lhes deu duas
grandes lições também: sobre a fé e sobre a oração. Obviamente que uma está
ligada à outra e ambas ligadas a Deus.
·Se
tiverem fé e não duvidarem.
üPoderão
fazer o que ele fez com a figueira.
üPoderão
dizer até para um monte: levante-se e atire-se no mar, que assim será feito.
·Se
crerem ao pedirem em oração.
üReceberão.
Dos versos 23 ao 27 (ver também Mc 11.27-33
e Lc 20.1-8) os principais sacerdotes e os anciãos do povo foram questionar
Jesus sobre essa autoridade dele de fazer as coisas que fazia e Jesus,
percebendo neles ardis sutis, responde de forma que ficam ainda mais pasmos.
Ele responderia a pergunta deles,
naturalmente, se primeiro respondessem a dele. O que parecia perdido para
Jesus, tornou-se, de fato, perdido para eles e não souberam, ou melhor, se
recusaram a responder a pergunta de Jesus e Jesus pode escapar do ardil deles e
não lhes responder nada.
Ficou ainda mais demonstrada a
superioridade de Cristo, sua autoridade e sabedoria.
Em seguida, Jesus volta a contar suas
parábolas e fala a parábola dos dois filhos, dos lavradores maus e das bodas,
já no próximo capítulo.
Na parábola dos dois filhos, um deles disse
que ia, mas não foi; já o outro disse que não ia, mas arrependeu-se e foi. A pergunta
retórica de Jesus sobre quem fez a vontade do pai está clara que não foi o que
disse, mas o que fez.
Assim, também, eles tinham a preferência,
mas a desprezaram, enquanto os gentios estavam descartados; no entanto, vindo o
Filho e pregando, eles se arrependeram e foram fazer a vontade do pai.
Já a parábola dos lavradores maus – vs. 33-46
- é baseada em Is 5.1-7 e provavelmente também reflete SI 80.8-18. A maioria
das correspondências metafóricas é explícita ou óbvia:
·O
dono de casa é Deus.
·A
vinha é o reino de Deus (vs. 43).
·Os
servos são os profetas.
·O
filho é Jesus.
·Os
lavradores são os judeus que se opunham a Jesus.
·A
morte do filho é a crucificação.
·A
retirada dos lavradores é a transferência do reino para um novo povo de Deus
que inclui os gentios.
Por outro lado, nem todos os detalhes têm
necessariamente correspondentes - por exemplo, a sebe, a torre e a viagem.
O texto do Sl 118.22-23, do qual essa citação
é tirada (vs. 42 – a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra
angular; isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós), alude a Davi como
o paradigma para a vinda do Messias (o "Cristo", em 1.1).
Davi era alguém que os sábios do mundo
omitiam, mas Deus o escolheu. Jesus, até mais que Davi, foi rejeitado pela
liderança autonomeada de Israel. Ele respondeu a esse desafio à sua autoridade
(21.23) mostrando as consequências dessa rejeição.
Esse versículo – vs. 44 - combina as
profecias de Is 8.14 ("mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas
casas de Israel") e Dn 2.34,44, uma passagem na qual a pedra fere a
estátua do sonho de Nabucodonosor, quebra todos os reinos do mundo e então
passa a ser um reino grandioso e reconhecido que não tem fim.
Assim, Jesus assumiu ser o destruidor dos
reinos terrenos e o fundador do reino de Deus na terra e ao mesmo tempo afirmou
que os lideres judeus eram, pelo plano divino, opostos ao reino.
A citação de Jesus do Sl 118 e a alusão que
ele faz a Is 8.14 e Dn 2 fornecem a base para a nomeação da "pedra"
que aparece com frequência no Novo Testamento (At 4.11; Rm 9.33; 1Pe 2.6-8 e
muitas outras referências).
Mt 21:1 Quando se aproximaram de
Jerusalém e chegaram a Betfagé,
ao monte das
Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:
Mt
21:2 Ide à aldeia que aí está diante de vós
e
logo achareis presa uma jumenta
e,
com ela, um jumentinho.
Desprendei-a
e
trazei-mos.
Mt
21:3 E, se alguém vos disser alguma coisa,
respondei-lhe
que o Senhor precisa deles.
E
logo os enviará.
Mt 21:4 Ora, isto aconteceu para se
cumprir
o que foi
dito por intermédio do profeta:
Mt
21:5 Dizei à filha de Sião:
Eis
aí te vem o teu Rei,
humilde,
montado em jumento,
num
jumentinho, cria de animal de carga.
Mt 21:6 Indo os discípulos
e tendo feito
como Jesus lhes ordenara,
Mt
21:7 trouxeram a jumenta e o jumentinho.
Então,
puseram em cima deles as suas vestes,
e
sobre elas Jesus montou.
Mt 21:8 E a
maior parte da multidão
estendeu
as suas vestes pelo caminho,
e outros
cortavam
ramos de árvores, espalhando-os pela estrada.
Mt 21:9 E as multidões,
tanto as que
o precediam como as que o seguiam, clamavam:
Hosana
ao Filho de Davi!
Bendito
o que vem em nome do Senhor!
Hosana nas
maiores alturas!
Mt 21:10 E, entrando ele em Jerusalém,
toda a cidade
se alvoroçou, e perguntavam:
Quem
é este?
Mt
21:11 E as multidões clamavam:
Este é o
profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia!
Mt 21:12 Tendo Jesus entrado no templo,
expulsou
todos os que ali vendiam e compravam;
também
derribou as mesas dos cambistas
e
as cadeiras dos que vendiam pombas.
Mt 21:13 E disse-lhes:
Está escrito:
A
minha casa será chamada casa de oração;
vós,
porém, a transformais em covil de salteadores.
Mt 21:14 Vieram a ele,
no templo,
cegos
e coxos,
e
ele os curou.
Mt 21:15 Mas, vendo
os principais
sacerdotes
e os escribas
as
maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando:
Hosana
ao Filho de Davi!,
indignaram-se
e perguntaram-lhe:
Mt
21:16 Ouves o que estes estão dizendo?
Respondeu-lhes
Jesus:
Sim;
nunca lestes:
Da
boca de pequeninos e crianças de peito
tiraste
perfeito louvor?
Mt 21:17 E, deixando-os,
saiu da
cidade para Betânia,
onde
pernoitou.
Mt 21:18 Cedo de manhã,
ao voltar
para a cidade,
teve
fome;
Mt
21:19 e, vendo uma figueira à beira do caminho,
aproximou-se
dela;
e,
não tendo achado senão folhas, disse-lhe:
Nunca
mais nasça fruto de ti!
E a figueira
secou imediatamente.
Mt 21:20
Vendo isto os discípulos,
admiraram-se
e
exclamaram:
Como
secou depressa a figueira!
Mt 21:21
Jesus, porém, lhes respondeu:
Em
verdade vos digo que,
se
tiverdes fé
e
não duvidardes,
não somente
fareis o que foi feito à figueira,
mas
até mesmo, se a este monte disserdes:
Ergue-te
e lança-te no mar,
tal
sucederá;
Mt
21:22 e tudo quanto pedirdes
em
oração,
crendo,
recebereis.
Mt 21:23 Tendo Jesus chegado ao templo,
estando já ensinando,
acercaram-se
dele os principais sacerdotes
e
os anciãos do povo, perguntando:
Com
que autoridade fazes estas coisas?
E
quem te deu essa autoridade?
Mt 21:24 E
Jesus lhes respondeu:
Eu
também vos farei uma pergunta;
se
me responderdes,
também
eu vos direi com que autoridade
faço
estas coisas.
Mt
21:25 Donde era o batismo de João,
do
céu
ou
dos homens?
E discorriam
entre si:
Se
dissermos: do céu,
ele
nos dirá:
Então,
por que não acreditastes nele?
Mt
21:26 E, se dissermos:
dos
homens,
é
para temer o povo,
porque
todos consideram
João
como profeta.
Mt 21:27
Então, responderam a Jesus:
Não
sabemos.
E ele, por
sua vez:
Nem
eu vos digo com que autoridade
faço
estas coisas.
Mt 21:28 E
que vos parece?
Um
homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse:
Filho,
vai hoje trabalhar na vinha.
Mt 21:29 Ele
respondeu:
Sim,
senhor; porém não foi.
Mt 21:30
Dirigindo-se ao segundo,
disse-lhe
a mesma coisa.
Mas este
respondeu:
Não
quero; depois, arrependido, foi.
Mt 21:31 Qual
dos dois fez a vontade do pai? Disseram:
O
segundo.
Declarou-lhes
Jesus:
Em
verdade vos digo que publicanos e meretrizes
vos
precedem no reino de Deus.
Mt 21:32
Porque João veio a vós outros
no
caminho da justiça, e não acreditastes nele;
ao passo que
publicanos e meretrizes creram.
Vós,
porém, mesmo vendo isto,
não
vos arrependestes,
afinal,
para acreditardes nele.
Mt 21:33
Atentai noutra parábola.
Havia
um homem, dono de casa, que plantou uma vinha.
Cercou-a
de uma sebe,
construiu
nela um lagar,
edificou-lhe
uma torre
e
arrendou-a a uns lavradores.
Depois, se
ausentou do país.
Mt
21:34 Ao tempo da colheita,
enviou
os seus servos aos lavradores,
para
receber os frutos que lhe tocavam.
Mt
21:35 E os lavradores,
agarrando
os servos,
espancaram a
um,
mataram
a outro
e a outro
apedrejaram.
Mt
21:36 Enviou ainda outros servos em maior número;
e
trataram-nos da mesma sorte.
Mt 21:37 E,
por último,
enviou-lhes
o seu próprio filho, dizendo:
A
meu filho respeitarão.
Mt 21:38 Mas
os lavradores, vendo o filho, disseram entre si:
Este
é o herdeiro; ora, vamos,
matemo-lo
e
apoderemo-nos da sua herança.
Mt 21:39 E,
agarrando-o,
lançaram-no
fora da vinha
e
o mataram.
Mt
21:40 Quando, pois, vier o senhor da vinha,
que
fará àqueles lavradores?
Mt 21:41
Responderam-lhe:
Fará perecer
horrivelmente a estes malvados
e arrendará a
vinha a outros lavradores
que
lhe remetam os frutos
nos seus
devidos tempos.
Mt
21:42 Perguntou-lhes Jesus:
Nunca
lestes nas Escrituras:
A
pedra que os construtores rejeitaram,
essa veio a
ser a principal pedra, angular;
isto
procede do Senhor
e
é maravilhoso aos nossos olhos?
Mt
21:43 Portanto, vos digo
que
o reino de Deus vos será tirado
e
será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
Mt
21:44 Todo o que cair sobre esta pedra
ficará
em pedaços;
e aquele
sobre quem ela cair
ficará
reduzido a pó.
Mt 21:45 Os
principais sacerdotes e os fariseus,
ouvindo
estas parábolas,
entenderam
que era a respeito deles
que
Jesus falava;
Mt 21:46 e,
conquanto buscassem prendê-lo,
temeram
as multidões,
porque
estas o consideravam como profeta.
Jesus esperava por arrependimento por causa
de sua pregação e sinais que fazia, principalmente as curas divinas, mas
alguns, poucos, criam, entre eles publicanos e meretrizes e a maioria não cria,
principalmente, os escribas, fariseus, doutores da lei, sacerdotes e os que
seguiam esses.
Porque Jesus pregava, ensinava, curava e
ordenou aos seus discípulos que pregassem, ensinassem e curassem até o dia de
hoje?
·Eu
irei pregar para que se cumpram as Escrituras.
·Eu
irei pregar porque Jesus mandou eu pregar.
·Eu
irei pregar para que haja arrependimento naqueles que ouvirem a pregação e se
convertam para Cristo, conforme está claramente exposto em Romanos 10.
Eu resumiria o trabalho do Senhor, baseado
em Romanos 10, nas seguintes atividades:
Romanos
10:13Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Romanos
10:14Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem
não ouviram? e como ouvirão, se
não há quem pregue?
Romanos
10:15E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam
o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Atuação de Deus: na salvação – Rm 10:13; na
escolha – Rm 9:11; no chamado – Rm 9:11; na capacitação - 2 Co 3:5; e, 6 e no envio
– Rm 10:15.
·Salvar
– Rm 10:13.
·Escolher - Rm 9:11.
·Chamar - Rm 9:11.
·Capacitar - 2 Co 3: 5 e 6.
·Enviar - Rm 10:15.
Atuação do homem que foi salvo, escolhido,
chamado, capacitado e enviado no ir e pregar.
·Ir
ou percorrer – Mt 9:37.
·Pregar - Rm 10:14 e 15.
O que acontece com aqueles a quem são
destinadas a pregação
·Ouvir
– Rm 10: 14.
·Crer
– Rm 10: 14.
·Invocar
– Rm 10:13.
A ideia é que haja como uma sequência de
trabalho de forma cíclica, onde primeiro a pessoa é salva, escolhida, chamada,
capacitada e enviada e depois, na sequência, ela vai e prega a fim de que
ouçam, creiam e invoquem para serem salvos ao final.
Tudo isso para que ouvindo, creiam – porque
Deus gerará neles a fé – e invoquem ao Senhor – uma vez que ouvirão e, ato
contínuo, crerão, com certeza invocarão e ao invocarem, Deus os salvará e
começará a engrenagem o seu trabalho cíclico, interminável, até a volta de
Jesus.
Repare que somente pregarão se forem
enviados, mas quem enviará cuja pregação ficará dependente do “enviador”? É
Deus quem envia e quem ele envia? Aqueles que foram salvos e quem foram salvos?
Os que invocaram. E quem invocou? Os que creram e quem creu? Os que ouviram. De
quem ouviram? Dos que pregaram. E começa tudo novamente.
Não podemos nem devemos ficar pregando para
salvos – a não ser visando edificação e preparo nas Escrituras para justamente
pregarem aos não salvos -, mas pregarmos aos que hão de herdar a salvação, que
estão precisando de uma palavra de salvação e que se encontram não dentro das
igrejas, mas na rua, sofrendo com o pecado ou sendo enganados pelas suas
ilusões e enganos que logo passarão.
Precisamos aproveitar cada oportunidade
conforme Paulo instruiu Timóteo há muito tempo e lhe pediu para pregar tanto a
tempo como fora de tempo:
II
Timóteo 4:1Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
reino,
II
Timóteo 4:2Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de
tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
II
Timóteo 4:3Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores
conforme as suas próprias concupiscências;
II
Timóteo 4:4E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas.
Devemos nos esforçar, portanto, por sermos
reconhecidos por todos – I Co 4:1 - como um exército de imitadores de Cristo,
trabalhadores da seara, empregados/empresários de Cristo e despenseiros dos
mistérios de Deus, como exemplo de pessoas que andam com Jesus, no Espírito
Santo – Gl 5:25, pela fé, e são seus servos, seguidores, despenseiros e
continuadores, junto com os apóstolos, discípulos e todos os crentes fiéis de
todos os tempos, do ministério do Senhor Jesus Cristo - Mt 9:35 e Mc 4:23.
EPICO = Pregar, Ensinar, Curar, Ir, Orar.
E = Ensinar – envolve também leitura,
meditação, pesquisa, estudo.
P = Pregar
I = Ir, Percorrer
C = Curar – envolve a cura, libertação,
O = Orar – inclui jejum, e todas as
formas de orações: intercessão, louvor, adoração.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos agora na
parte VI, veremos o capítulo 20.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e
respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na
crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes
religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao
julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças
ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em duas
seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39)
– estamos vendo e B. Sermão: o
julgamento do reino (24.1-25.46).
A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) - continuação.
Como já dissemos, os caps. 19-23 registram
a última viagem de Jesus para a Galileia e a sua entrada em Jerusalém antes da
sua crucificação. Essa passagem enfatiza reações divergentes aos ensinos de
Jesus - tanto aceitação quanto rejeição.
Vejamos agora mais uma parábola sobre o
reino de Deus e a forma de assalariar os trabalhadores da vinha do Senhor.
Essa é uma fala dura dirigida apenas
àqueles que falharam por não reconhecer sua dependência absoluta da graça para
qualquer coisa boa que vêm das mãos de Deus. Não há razão para um cristão ter
ciúmes dos bons dons que Deus dá aos outros.
O Senhor contrata para sua vinha diversos
trabalhadores em horários diferentes ao longo de um dia que se inicia bem
cedinho, de madrugada, e acaba ao final da tarde. Ele vai e combina com os
primeiros trabalhadores o salário de um denário e os manda para a sua vinha.
Bem, se foi combinado um denário o pagamento deveria ser um denário.
Em seguida, vai ao longo do dia contratando
aqueles que estão desocupados até que chega aos trabalhadores da última hora e
também com eles diz que lhes pagará o que for justo. Na hora de pagar, começa
com os últimos até chegar aos primeiros e a todos paga um denário. Houve
revolta dos primeiros e o clamor por justiça.
Vejamos: a vinha é do Senhor; o salário é
do Senhor; o trabalho é do Senhor; os critérios e regras são do Senhor; o
convite – chamado - é feito pessoalmente pelo Senhor; a oportunidade não é
conquistada, mas do Senhor; a hora da escolha e do chamado pertence ao Senhor;
a busca pelos trabalhadores é feita pelo Senhor; o pagamento ao final do
combinado é feito pelo Senhor e, se formos ainda mais além, os trabalhadores da
vinha são do Senhor. É tudo de Deus, por Deus e para Deus, a Deus portanto toda
a glória.
Ele conclui a sua parábola com um chavão de
que os últimos serão os primeiros e os primeiros, os últimos. Como dissemos, no
capítulo anterior, não há correlação entre a posição na terra e aprovação
celestial, a não ser uma correlação negativa, em determinados casos. Do mesmo
modo, não há ligação causal entre a quantidade de trabalho terreno e o tamanho
da recompensa celestial (cf. 20.1-16).
Em seguida, subindo para Jerusalém ele faz
nos versos de 17 a 19 a sua terceira predição sobre sua paixão e ressurreição (cf
16.21 e 17.22-23). Os discípulos ouviam, entendiam, mas aquilo permanecia
travado em seus corações.
Depois vem um pedido estranho de uma mãe
que quer glórias para seus filhos e a resposta sábia de Jesus.
O bom pastor, Jesus, teve um momento de
tensão no grupo motivado por esse desejo carnal de uma mãe aflita por seus
filhos, mas querendo posições e privilégios.
Nos versos 22-23, o Senhor pergunta a eles
sobre o pedido deles se eles estariam dispostos a beber de seu cálice. Refere-se
isso à imagem do Antigo Testamento do derramamento da ira de Deus. Que os
discípulos iriam realmente beber desse cálice significa que eles
experimentariam sofrimento, mas observe que Jesus o chamou de “meu cálice"
(ênfase acrescentada).
Como Jesus toma o cálice da ira de Deus
pelos crentes, estes não provaram da ira que mereciam. Em união com Cristo,
seus seguidores já haviam passado pelo julgamento. Eles estão agora
justificados em Cristo e são herdeiros de sua glória (Rm 8.17). No entanto, é
privilégio deles serem identificados corri Cesto em seu sofrimento (IPe 2.21) e
conhecer a sua disciplina purificadora (Mt 3.2-3; 1Pe 4.16-17).
O Senhor em sua sabedoria e amor administra
a situação de forma a trazer com isso edificação ao grupo, oportunidade de
crescimento e ao mesmo tempo censurar o pecado, a ganância, o egoísmo e a
corrupção.
A situação poderia ter trazido divisão,
ódio, revolta, separação e cada um por si, mas não, Jesus os trouxe para junto
dele. Isso mesmo, para JUNTO dele mesmo e ali pode tratá-los e mostrar a cada
um que ele queria eles unidos, juntos, amando, perdoando, sendo compreensivos,
mas acima de tudo, dando ao reino de Deus a prioridade.
Ele chega a comparar o mundo com a igreja e
ensina que os princípios e valores são diferentes.
Aquele que quiser ser o maior, mais
importante e o mais ilustre deveria não ser o destaque, mas ser aquele que
serve e esteja pronto para dar a sua vida pela de seus amigos.
Poderíamos cada um de nós sacrificarmos
nossas idiossincrasias em prol da unidade?[1]
Do seu jeito, paciente e atencioso, ele
conclui sua lição aos seus discípulos falando que não viera para ser servido,
mas para dar a sua vida em resgate por muitos – vs. 28.
Esse termo se refere ao preço pago para
libertar uma pessoa da escravidão da punição judicial. O preço da nossa
liberdade do pecado e da condenação é a vida de Jesus, ou, em linguagem
simbólica, o seu sangue (1Pe 1.18-19).
O Novo Testamento nunca indica diretamente
para quem o preço é pago, mas se aquilo do qual estamos libertos é da ira de
Deus, o preço teve de ser pago para o próprio Deus (cf. SI 49.7-9).
Jesus estiva para beber o
"cálice" (vs. 23) da ira de Deus, não pelos seus próprios pecados,
mas como um meio de pagar por muitos.
A preposição grega traduzida como
"para" também pode ser entendida como "em lugar de".
Expressa-a natureza substitutiva do sofrimento de Jesus.
O fato de Jesus ter dito aqui
"muitos" em vez de “todos os homens" indica um foco específico
ou definido para a sua atividade redentora (cf. também o "muitos" em
S 53.11-12). Jesus morreu por pessoas específicas (Jo 17.6-20; 1Tm 2.6). Pois
como poderia ele ter morrido, por exemplo, por Judas e não ter alcançado ele na
sua salvação?
Saindo eles dali de Jericó, novamente uma
grande multidão o estava seguindo. Lucas indica que eles estavam chegando, e
não saindo, de Jerico. Uma explicação possível é que Mateus e Marcos estão se
referindo à antiga cidade de Jerico, enquanto Lucas se refere à cidade mais nova
de Jerico construída por Herodes, que estava localizada cerca de 1,5 km da
cidade mais antiga.
No meio da multidão havia dois cegos – os cegos
de Jericó – que clamavam em alta voz para Jesus ter misericórdia deles. Mateus
menciona dois, enquanto Marcos e Lucas mencionam apenas um cada.
A multidão os repreendeu para ficassem em
silêncio, mas eles, então, é que gritavam ainda mais forte. Havia por ali
outros cegos que ficaram quietos? Pode ser que sim. Se houve, não receberam o
milagre.
Jesus, então para e lhes dá atenção. A sua
pergunta a eles foi o que eles estavam querendo dele. Imediatamente responderam
a Jesus que queriam ver. Jesus teve compaixão deles e imediatamente recuperaram
a visão e passaram a segui-lo.
Mt 20:1 Porque o reino dos céus
é semelhante
a um dono de casa que saiu de madrugada
para
assalariar trabalhadores para a sua vinha.
Mt 20:2 E,
tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia,
mandou-os
para a vinha.
Mt 20:3
Saindo pela terceira hora,
viu,
na praça, outros que estavam desocupados
Mt
20:4 e disse-lhes:
Ide
vós também para a vinha,
e
vos darei o que for justo.
Eles
foram.
Mt 20:5 Tendo
saído outra vez,
perto
da hora sexta e da nona,
procedeu
da mesma forma,
Mt 20:6 e,
saindo por volta da hora undécima,
encontrou
outros que estavam desocupados
e
perguntou-lhes:
Por
que estivestes aqui desocupados o dia todo?
Mt 20:7
Responderam-lhe:
Porque
ninguém nos contratou.
Então, lhes
disse ele:
Ide
também vós para a vinha.
Mt 20:8 Ao
cair da tarde,
disse
o senhor da vinha ao seu administrador:
Chama
os trabalhadores
e
paga-lhes o salário,
começando
pelos últimos,
indo
até aos primeiros.
Mt 20:9 Vindo
os da hora undécima,
recebeu
cada um deles um denário.
Mt 20:10 Ao
chegarem os primeiros,
pensaram
que receberiam mais;
porém
também estes receberam um denário cada um.
Mt
20:11 Mas, tendo-o recebido,
murmuravam
contra o dono da casa, Mt 20:12 dizendo:
Estes
últimos trabalharam apenas uma hora;
contudo,
os igualaste a nós,
que
suportamos a fadiga
e
o calor do dia.
Mt 20:13 Mas
o proprietário, respondendo, disse a um deles:
Amigo,
não te faço injustiça;
não
combinaste comigo um denário?
Mt
20:14 Toma o que é teu e vai-te;
pois
quero dar a este último tanto quanto a ti.
Mt 20:15
Porventura, não me é lícito
fazer
o que quero do que é meu?
Ou
são maus os teus olhos
porque
eu sou bom?
Mt 20:16
Assim,
os
últimos serão primeiros,
e
os primeiros serão últimos
[porque
muitos são chamados,
mas
poucos escolhidos].
Mt 20:17 Estando Jesus para subir a
Jerusalém,
chamou à
parte os doze e, em caminho, lhes disse:
Mt
20:18 Eis que subimos para Jerusalém,
e
o Filho do Homem será entregue
aos
principais sacerdotes
e
aos escribas.
Eles
o condenarão à morte.
Mt 20:19 E o
entregarão aos gentios para ser
escarnecido,
açoitado e crucificado;
mas,
ao terceiro dia,
ressurgirá.
Mt 20:20 Então, se chegou a ele a mulher
de Zebedeu,
com seus
filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor.
Mt
20:21 Perguntou-lhe ele:
Que
queres?
Ela
respondeu:
Manda
que, no teu reino,
estes
meus dois filhos se assentem,
um
à tua direita,
e
o outro à tua esquerda.
Mt
20:22 Mas Jesus respondeu:
Não
sabeis o que pedis.
Podeis vós
beber o cálice que eu estou para beber?
Responderam-lhe:
Podemos.
Mt 20:23
Então, lhes disse:
Bebereis
o meu cálice;
mas
o assentar-se à minha direita
e
à minha esquerda
não
me compete concedê-lo;
é,
porém, para aqueles
a
quem está preparado
por
meu Pai.
Mt 20:24 Ora, ouvindo isto os dez,
indignaram-se
contra os dois irmãos.
Mt 20:25 Então, Jesus, chamando-os,
disse:
Sabeis que os
governadores dos povos os dominam
e
que os maiorais exercem autoridade sobre eles.
Mt 20:26 Não
é assim entre vós; pelo contrário,
quem
quiser tornar-se grande entre vós,
será
esse o que vos sirva;
Mt
20:27 e quem quiser ser o primeiro entre vós
será
vosso servo;
Mt
20:28 tal como o Filho do Homem,
que
não veio para ser servido,
mas
para servir
e
dar a sua vida em resgate por muitos.
Mt 20:29 Saindo eles de Jericó,
uma grande
multidão o acompanhava.
Mt 20:30 E eis que dois cegos,
assentados à
beira do caminho,
tendo
ouvido que Jesus passava, clamaram:
Senhor,
Filho de Davi, tem compaixão de nós!
Mt 20:31 Mas
a multidão
os
repreendia para que se calassem;
eles, porém,
gritavam cada vez mais:
Senhor,
Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
Mt 20:32
Então,
parando
Jesus,
chamou-os
e perguntou:
Que
quereis que eu vos faça?
Mt 20:33
Responderam:
Senhor,
que se nos abram os olhos.
Mt 20:34
Condoído,
Jesus
tocou-lhes os olhos,
e
imediatamente
recuperaram
a vista
e
o foram seguindo.
Eles sabiam quem era Jesus e do
que ele seria capaz de fazer por eles e assim clamam por Jesus que por ali
passava. Havia uma multidão entre eles e Jesus que os repreendia, mas eles não
ligaram para ela e clamavam com foça para que Jesus tivesse compaixão deles.
Jesus para a sua jornada para lhes dar
atenção e lhes pergunta o que quereis que eu vos faça? Não estava óbvio que
queriam a cura da cegueira? Ainda sim, Jesus quer ouvir deles. E eles lhe pedem
que se lhe abram os olhos.
Estes dois cegos obtém a sua cura da
cegueira imediatamente por Jesus ter tocado neles.
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