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sábado, 30 de maio de 2015

Oséias 1:1-11 - O CASAMENTO DE OSÉIAS - SÍMBOLO DA INFIDELIDADE DE ISRAEL

Sobre o livro de Oséias
Em nosso pequeno e humilde trabalho, estaremos agora entrando, no sexto livro (Oséias), dos últimos 17 livros da Bíblia (AT) que, justamente são os livros proféticos. Começaremos com Oséias os profetas menores. Estamos nos apoiando no texto da BEG, inclusive em seus comentários.
Autor:
O profeta Oseias, filho de Beeri – 1.1. Conforme a BEG, a familiaridade de Oséias com a geografia (4.15; 5.1,8; 6.8,9; 9.15; 10.5; 12.11) e a história do Reino do Norte, Israel (5.13; 7.7,11; 8.4,9-14), sugere que ele era natural dessa região.
Propósito:
·         Mostrar que era justo o juízo de Deus que levará Israel, o Reino do norte, ao exílio.
·         Garantir ao povo de Deus, dividido, que uma grande restauração aconteceria após esse período.
Verdades fundamentais:
·         Deus é um marido ciumento e o seu povo é a sua esposa – comparar com o texto de Efésios 5:22-33, que compara Jesus com o marido e a Igreja com a esposa.
·         Deus demonstra grande bondade para com o seu povo, mas este se volta contra ele.
·         Deus punirá o seu povo pelas claras violações de sua aliança.
·         Deus jamais abandonará completamente o seu povo, mas irá restaurá-lo para viver com ele as bênçãos da aliança.
Contextualização:
As palavras proféticas de Oséias estão dentro do período de tempo entre 760 e 722 a.C, poucos anos antes da queda de Samaria.
·         Oséias profetizou durante os últimos anos de Jeroboão II (793-753 a.C.), o terceiro rei da dinastia Jeú.
·         Oséias viu o fim dessa dinastia quando o filho de Jeroboão, Zacarias, foi assassinado por volta de 753 a.C. (2Rs 15.8-12; veja 1.4-5). Segundo Zacarias, outros três reis de Israel também foram assassinados:
ü  Salum [2Rs 15.13-14].
ü  Pecaías [2Rs 15.22-25].
ü  Peca [2Rs 15.27-30]).
§  Um se tornou um prisioneiro político (Oseias; 2Rs 17.1-4).
·         Oseias também viu a Assíria assumir o controle da Síria e de Israel (2Rs 16.7-9) em sua expansão para o norte e para o oeste sob Tiglate-Pileser III (745-727 a.C.).
ü  Seu filho Salmaneser V (727-722 a.C.) foi que forçou Oseias, o último rei do Reino do Norte, a tornar-se seu vassalo (2Rs 17.3).
ü  Depois que o rei Oseias rebelou-se, Salmaneser sitiou Samaria. O sucessor de Salmaneser, Sargão II, tomou Samaria em 722 a.C. e exilou muitos israelitas (2Rs 17.5-6).
A pregação de Oseias refletia as inconstantes circunstâncias políticas do Reino do Norte. Na relativa calma do governo de Jeroboão II, Oseias falou:
·         A respeito da injustiça e da complacência.
·         Alertou sobre o iminente julgamento (p. ex., 2.5,8,13).
·         Falou em outras passagens de um tumulto posterior quanto a questões internas (p. ex., 7.3-7; 13.10-11) e externas (p. ex., 7.8-12; 12.1).
ü  Por exemplo, a guerra siro-efraimita de 735-732 a.C. (2Rs 15.27-30; 16.5-9; Is 7.1-9) provavelmente estava por trás da mensagem de Oseias, em 5.8-10 (talvez até em 5.8-6.6).
ü  O texto também reflete a inconstante lealdade de Samaria entre o Egito e a Assíria (5.13; 7.11; 8.9-10, 9.3; 11.5; 12.1).
O comentário político de Oseias explicou:
·         As razões para o ataque final dos assírios.
·         O encarceramento do rei Oseias.
·         O cerco de Samaria e o fim do Reino do Norte em 722 a.C.
Já o comentário ético de Oseias explicou por que Deus permitiu que o seu povo fosse destruído pelos inimigos.
·         Israel estava em decadência moral e espiritual.
·         Sua antiga fé, que Oseias descreveu de maneira tão bela utilizando a analogia do amor conjugal (2.14-23), havia sido contaminada pela religião cananeia da fertilidade, particularmente ritos que incluíam orgias sexuais e bebedeiras (4.10-13).
ü  A religião cananeia adorava Baal como o doador da chuva e da fertilidade. A adoração ao Senhor e a adoração a Baal se misturaram (2.5-13).
ü  A corrupção religiosa se estendeu até mesmo aos líderes religiosos, que em sua ganância e dureza de coração falharam em instruir o povo na fé verdadeira e toleraram — até apadrinharam — práticas sincréticas (4.4-13; 5.1; 6.9).
Embora o comentário de Oseias, tanto o político como o ético, focalizava as violações da aliança cometidas por Israel que suscitaram o julgamento de Deus, todavia, ele equilibrou a mensagem de destruição (o juízo de Deus) com a proclamação do eterno amor de Deus e a promessa da restauração após um período de exílio (p. ex., 1.10 2.1; 2.21-23).
Particularidades do livro de Oséias
·         É o registro das suas experiências e das palavras a serviço dos propósitos de Deus para Israel.
·         É o registro das razões para a derrota do Reino do Norte, mas dando, ao mesmo tempo, ao povo de Deus esperança quanto à futura restauração.
·         Outros temas presentes no livro, conforme a BEG:
ü  A ênfase da singularidade da soberania (12.9; 13.4) e da santidade (11.9) de Deus, a quem a adoração é a única resposta apropriada (3.5). Deus não tolera nenhuma reivindicação rival. Todas as coisas estão sob o seu controle, seja a prosperidade (2.8), a história de Israel (5.14,15) ou das nações (10.10).
ü  O tema da infidelidade conjugal/pactual - simbolizado pelo relacionamento de Oseias com a sua esposa, Gômer, e com seus filhos, domina o livro (p. ex., 2.2-5; 3.3; 4.10-19; 5.3-7; 6.10; 8.9; 9.1).
ü  A ênfase no arrependimento, chamando o desobediente Israel a voltar para o Senhor, a quem havia abandonado, e a restabelecer um relacionamento fiel com ele (2.19-20).
ü  O real significado entre conhecer ou reconhecer a Deus (p. ex., 2.8,20; 4.1,6; 5.4; 6.3,6; 13.4), palavras que Oseias usa corno termos técnicos para: intimidade, lealdade e obediência na aliança. O livro de Oséias ensina que o verdadeiro conhecimento de Deus envolve o tipo de intimidade que uma pessoa experimenta no casamento e em situações familiares, e que é evidenciado na adoração, na pureza do estilo de vida e no comprometimento leal com a aliança do Senhor. Oseias também alertou que o pecado pode iludir as pessoas para que pensem que conhecem e compreendem a Deus quando, de fato, estão distante dele (8.2).
ü  O tema da prostituição como urna ilustração do sincretismo religioso, também permeia o livro (2.2-13; 4.10-19; 5.4; 9.1-10). Por várias vezes, Oseias mostrou o pecado de Israel de casar a adoração estabelecida na aliança do Senhor com a religião cananeia. A impossibilidade desse tipo de união advertiu o povo de Deus quanto a permanecer firmemente ligado a uma cultura que incentivava o compromisso e a aceitação de princípios e crenças incompatíveis com a doutrina bíblica.
·         Os caps. 1-3 descrevem a vida familiar de Oseias:
ü  Seu casamento. Preferimos, sem entrar nos detalhes das controvérsias e das interpretações devidas, entender que esse casamento foi real, literal.
Essa interpretação literal faz com que essa analogia entre o relacionamento de Oseias corno a sua esposa infiel e entre o relacionamento do Senhor com Israel seja de fato dolorosa.
ü  O divórcio.
ü  O novo casamento com Gômer.
Cristo em Oseias
Oseias revela Cristo, conforme a BEG, pelo menos de quatro maneiras.
·         Primeiro, o tema do iminente julgamento de Israel, pelas mãos dos assírios, antecipou o julgamento que viria e ainda virá em Cristo. O ministério terreno de Jesus fez distinção entre o justo e o injusto de Israel. Jesus pronunciou o julgamento sobre o povo da aliança que abertamente violou o seu relacionamento com Deus (Mt 23.13-39).
Ainda hoje, a mensagem do evangelho separa os que serão salvos dos que serão julgados (2Co 2.16; I Ts 5.5; 1Pe 2.9).
Quando Cristo retornar, o julgamento final contra todos os inimigos de Deus, de dentro e fora da aliança, acontecerá (Mt 25; At 24.25; Ap 14.7).
·         Segundo, Oseias equilibrou a sua mensagem de julgamento com a certeza da restauração depois do exílio. Esse tema apontou de maneira ainda mais direta para Cristo. Oseias declarou que após um exílio, "nos últimos dias" (3.5):
ü  Deus perdoaria o seu povo (14.1-3; no NT: Mt 26.28; Lc 24.47).
ü  Renovaria a sua aliança com ele (2.1; no NT: Mc 14.24; Hb 8.1-13).
ü  Concederia a ele muitas bênçãos (14.4-7; no NT: Mt 25.46; Jo 10.28; Ef 1.14, 2Tm 2.10).
Todas essas bênçãos se cumprem em Cristo (At 2.17; 2Tm 3.1; Hb 1.2; Tg 5.3; 2Pe 3.3). Os apóstolos Paulo e Pedro citaram Os 1.9-10 como tendo se cumprido em Cristo, por meio da incorporação dos gentios ao povo de Deus junto com os judeus que estavam sob a maldição do exílio (Rm 9.25-26; 1 Pe 2.10),
·         Terceiro, a experiência de casamento, divórcio e novo casamento de Oseias (caps. 1-3) previu Cristo ao fazer o paralelo da experiência de Deus com o seu povo da aliança.
O retrato de Israel como a noiva do Senhor é o pano de fundo que o apóstolo Paulo usou ao referir-se à igreja como a noiva de Cristo (Ef 5.23-32; cf. Ap 19.7).
A igreja tem a mesma posição no pacto de relacionamento com Deus que Israel tinha e, em Cristo Jesus, foi antecipado e é realizado:
ü  As bênçãos.
ü  Os julgamentos.
ü  Os privilégios.
ü  As responsabilidades do antigo Israel.
·         Quarto, Oseias incluiu o restabelecimento do trono de Davi na sua visão da restauração após o exílio (1.10-11; 3.5). Essa esperança era totalmente messiânica, uma profecia de que o grande Filho de Davi governaria sobre todo o seu povo.
O Novo Testamento ensina que Jesus cumpriu essa esperança: ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Tm 6.15; Ap 19.16).
Feita essa pequena introdução ao livro de Oséias, com a preciosa ajuda da BEG, vamos, igualmente, conforme a BEG, apresentar nossa divisão proposta do livro para melhor podermos refletir em suas mensagens.
Veremos ao longo desses 14 capítulos três partes: Parte I. APRESENTAÇÃO (1.1); Parte II. A EXPERIÊNCIA PROFÉTICA DE OSEIAS (1.2-3.5); Parte III. A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9)
Oseias 1:1-11 - O CASAMENTO DE OSEIAS
SÍMBOLO DA INFIDELIDADE DE ISRAEL
Parte I. APRESENTAÇÃO (1.1).
A mensagem de Oseias veio do Senhor e deveria ser ouvida.
Oseias iniciou a sua profecia apresentando-se como um mensageiro de Deus e indicando a época em que a palavra de Deus veio a ele. Ele já começa dizendo que era a palavra do Senhor.
Conforme a BEG, na qual estamos aproveitando seus comentários, a palavra de Deus é a mensagem de Deus dada por meio de Oseias. Oseias é uma palavra derivada do verbo "salvar". Esse nome provavelmente significa "ele [Javé salvou ou libertou]".
Enquanto quatro reis de Judá são citados por Oseias no primeiro versículo:
·         Uzias (cerca de 783-742 a.C.).
·         Jotão (cerca de 742-735 a.C.).
·         Acaz (cerca de 735-715 a.C.).
·         Ezequias (cerca de 715-687 a.C.).
O único rei do norte citado é:
·         Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás, rei de Israel.
Talvez o escritor tenha achado que a sucessão de reis do norte que governaram entre Jeroboão II e a queda do norte, em 722 a.C. (dos quais, quatro foram assassinados) não merecesse ser mencionada.
A prioridade dada aos reis judaítas pode indicar que esse livro foi, em última análise, escrito no Reino do Sul e para o Reino do Sul, ainda que o ministério de Oseias tivesse sido no norte.
Comparando-se os livros de Oséias com o de Isaías veremos que Isaías depois de se identificar a si mesmo como o autor, ele contextualizou-se historicamente à época dos reis de Judá.
O livro de Isaías é uma compilação de revelações de Deus que vieram a Isaías durante os mesmos reinados que Oséias disse: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias.
Ou seja, ambos foram contemporâneos e viveram sob os mesmos reis, exceto que Isaías se instalava em Judá e Oséias em Samaria.
Vamos fazer uma comparação de ambos os versículos primeiro dos dois livros:
Is 1:1 Visão de  Isaías, filho de Amós, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de
Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá. (G.N.)
1 A palavra do Senhor, que veio a Oséias, filho de Beeri, nos dias de           .
Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, (G.N.)
e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
Parte II. A EXPERIÊNCIA PROFÉTICA DE OSEIAS (1.2-3.5).
Veremos na parte II que a experiência de Oseias com o seu casamento, o divórcio e o novo casamento com Gômer simbolizava o relacionamento de Deus com Israel, ou seja, era a sua experiência profética.
Oseias contou a sua experiência familiar corno uma ilustração do relacionamento de Deus com o Reino do Norte, Israel. Esses capítulos desta segunda parte dividiremos em três seções: A. A esposa e filhos de Oseias (1.2-2.1) – começaremos agora 1. A iminente destruição (1.2-9) – veremos agora; 2. A restauração (1.10-2.1) – começaremos a ver agora; B. O castigo e a reconciliação (2.2-23) 1. A acusação contra a infidelidade (2.2-13) 2. A promessa de reconciliação (2.14-23) C. Oseias ama novamente (3.1-5).
A. A esposa e filhos de Oseias (1.2-2.1).
Veremos até o primeiro versículo do capítulo dois a esposa e os filhos de Oseias.
Oseias recordou a origem de sua família, mediante a qual Deus ilustrou a sua intenção de punir o adúltero Israel. Esse material divide-se, como já dissemos acima, em duas partes: a apresentação do iminente julgamento divino (1.2-9) e a promessa da anulação do julgamento após o exílio (1.10--2.1).
1. A iminente destruição (1.2-9).
Oseias casou-se com Gômer e deu nomes simbólicos aos seus filhos para que Israel pudesse saber do julgamento contido no ataque assírio.
A orientação e palavra a Oséias veio do Senhor para ele tomar, de fato, uma mulher de prostituições e ter filhos de prostituição com ela. A sua explicação a ele era porque a terra tinha se prostituido, apartando-se do Senhor.
O casamento e os filhos de Oseias simbolizavam o adultério religioso dos israelitas, que buscaram outros deuses e participaram das religiões da fertilidade de Canaã.
Oséias obedecendo ao Senhor vai e escolhe Gômer, filha de Diblaim. Ao contrário do nome dos seus filhos, não há nenhum significado simbólico no seu nome (1.4-2.1).
Conforme a BEG, a falta de referência a Oseias, nos vs. 6,8, abre espaço para a possibilidade de que ele não era o pai dos outros dois filhos de Gômer, mas não tem, necessariamente, esse significado.
Quando ela concebeu, também a escolha do nome da criança veio do Senhor que mandou chamá-la de Jezreel. Literalmente, o seu significado é "Deus semeia/planta" ou "semeou/plantou".
Uma curiosidade sobre a escolha desse nome Jezreel para o seu primeiro filho:
·         Jezreel era um vale entre as cadeias de montanhas da Samaria e da Caldeia, local da vitória de Gideão sobre os midianitas (veja Jz 6.33).
·         Também era o nome de uma cidade na extremidade sul do vale, onde Jeú subiu ao poder por meio de uma violenta revolta (1Rs 21.1; 2Rs 9-10).
A explicação que Deus dá para a escolha desse nome era porque, em breve, visitaria o sangue dele sobre à casa de Jeú e faria cessar o reino da casa de Israel e naquele dia quebraria o arco de Israel no vale de Jezreel.
Jeroboão II, o único rei do norte citado na apresentação, pertencia à dinastia de Jeú, que se tornou rei em uma carnificina em Jezreel (2Rs 9.14-37; cf. 1Rs 19.16-17); o acontecimento foi relembrado e o local do julgamento profetizado (v. 5) no nome do filho de Oseias.
A dinastia de Jeú havia seguido a idolatria dos primeiros reis do Reino do Norte e experimentaria o julgamento de Deus no ataque violento das forças assírias.
Quando ele fala que quebraria o arco de Israel ele estava se referindo ao arco de guerra, símbolo da força militar de Israel (Gn 49.24; 1Sm 2.4; Ez 39.3; cf. Jr 49.35). Mas essa força foi quebrada pelo exército assírio sob o comando de Tiglate-Pileser III, que conquistou os territórios do norte de Israel no vale de Jezreel. Apropriadamente, o local do julgamento em 733 a.C. (2Rs 15.29).
O castigo por meio da derrota militar foi uma das maldições pelo rompimento da aliança (Dt 28.25, 49-57; cf. Lv 26.17). 
No verso 6, tornou Gômer a gera filhos e dessa vez deu a luz uma menina que ganhou o nome, dado por Deus de Lo-Ruama ou Desfavorecida. Deus sempre lhe explica os motivos e aqui ele diz para ele que o nome lhe foi dado porque não tornaria mais a compadecer-se, nem perdoar de maneira alguma a casa de Israel.
Literalmente, seu nome significa que "ela não recebeu nenhuma compaixão"; significava a iminente retirada da compaixão que Deus havia demonstrado apesar de Israel ter sido infiel à aliança. (seria interessante ver 2.4 e a restauração da compaixão, em 2.23; para depois se comparar, também, com Dt 31.17; 32.19-20).
No entanto, embora Deus não se compadecesse de Israel, mas de Judá haveria de se compadecer. Num futuro próximo, Judá também enfrentaria a agressão assíria, mas com a grande diferença de que seria poupado.
Essa promessa se cumpriu na miraculosa libertação sofrida por Jerusalém das mãos dos assírios em 701 a.C. (2Rs 19.32-37; Is 37.14,33-38). A cidade foi salva – vs. 7:
·         Não pelo arco.
·         Nem pela espada.
·         Nem pela guerra.
·         Nem pelos cavalos.
·         Nem pelos cavaleiros.
Uma vez desmamada a Desfavorecida, novamente concebeu a sua mulher e lhe deu à luz outro filho e o Senhor mandou ela se chamar de Lo-Ami, ou seja, de Não-Meu-Povo. Porque eles não eram mais seu povo, nem ele era mais o seu Deus.
Esse nome marcou o ponto alto do julgamento divino quando Deus anulou a antiga fórmula da aliança (Ex 6.7; Lv 26.12; Dt 26.17-19) e declarou que o povo estava entregue às maldições reservadas aos inimigos de Deus.
Literalmente, "Não sou o seu 'Eu Sou". Verifica-se aqui que Oséias usou o nome para Deus revelado a Moisés em Êx 3.14.
2. A restauração (1.10-2.1).
A partir do verso 10 até o primeiro verso do próximo capítulo, estaremos vendo a restauração.
Como ocorre muitas vezes nesse livro, a palavra negativa de julgamento é equilibrada por uma palavra de esperança. As severas palavras de julgamento, simbolizado nos nomes das três crianças, um dia seriam anuladas.
Por isso que diz no verso dez que o número dos filhos de Israel seria como a incontável areia do mar. Uma alusão à promessa patriarcal de inumeráveis descendentes (Gn 22.17; 32.12; cf. Gn 13.16; 15.5; 17.1; 26.24; 28.14).
Também naquele lugar que se dizia que eles não eram o seu povo, seria dito que eles seriam os filhos do Deus vivo.
Em contraste com o vs. 9, Oseias afirmou que todo o Israel um dia seria novamente o povo da aliança de Deus e que os israelitas seriam herdeiros das bênçãos divinas.
Essa restauração do povo de Deus não foi apenas prometida, mas permaneceu como um ideal pelo qual o povo deveria empenhar-se até que a promessa se cumprisse.
A anulação da sentença teve início em pequena escala quando os remanescentes de Israel se uniram a Judá durante as reformas de Ezequias (2Cr 30.11,18), assim como após o exílio, sob a liderança de Zorobabel (1 Cr 9.3; Ed 8.35). Ambas as restaurações duraram pouco tempo porque o povo voltou aos seus caminhos pecaminosos.
O Novo Testamento ensina que a promessa da restauração foi, é e será cumprida somente em Cristo. A igreja, formada por judeus e gentios, constitui o povo restaurado (Rm 9.24-26; 1 Pe 2.10; Ap 7.9; 21.3).
Os filhos do Deus vivo agora, em Cristo e com Cristo, se tornaria uma expressão singular que descreveria o relacionamento íntimo (e legítimo) entre o que Deus - o doador da vida - desejou desfrutar com Israel, em oposição ao relacionamento sem vida (e ilegítimo) que Israel tinha com Baal.
Em Is 40.18-20; 41.5-10; 44.9-20; 46.5-11, os ídolos "mortos" foram comparados ao Deus vivo. A expressão repetiu Dt 14.1, mas a ideia de que os crentes são filhos de Deus seria muito mais enfatizada no Novo Testamento (cf. Mt 5.9; Rm 8.14,19; GI 3.26; Hb 2.11; 12.7).
Livro de Oséias – capítulo 1:
1 A palavra do Senhor, que veio a Oséias,
filho de Beeri, nos dias de
Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá,
e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2 Quando o Senhor falou no princípio por Oséias,
disse o Senhor a Oséias:
Vai, toma por esposa uma mulher de prostituições,
e filhos de prostituição;
porque a terra se prostituiu,
apartando-se do Senhor.
3 Ele se foi, pois, e tomou a Gomer, filha de Diblaim;
e ela concebeu, e lhe deu um filho.
4 E disse-lhe o Senhor:
Põe-lhe o nome de Jizreel;
porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jizreel
sobre a casa de Jeú,
e farei cessar o reino da casa de Israel.
5 E naquele dia quebrarei o arco de Israel no vale de Jizreel.
6 E tornou ela a conceber,
e deu à luz uma filha.
E o Senhor disse a Oséias:
Põe-lhe o nome de Lo-Ruama;
porque não tornarei mais a compadecer-me
da casa de Israel,
nem a perdoar-lhe de maneira alguma.
7 Mas da casa se Judá me compadecerei,
e os salvarei pelo Senhor seu Deus,
pois não os salvarei pelo arco,
nem pela espada,
nem pela guerra,
nem pelos cavalos,
nem pelos cavaleiros.
8 Ora depois de haver desmamado a Lo-Ruama,
concebeu e deu à luz um filho.
9 E o Senhor disse:
Põe-lhe o nome de Lo-Ami;
porque vós não sois meu povo,
nem sou eu vosso Deus.
10 Todavia o número dos filhos de Israel
será como a areia do mar,
que não pode ser medida nem contada;
e no lugar onde se lhes dizia:
Vós não sois meu povo,
se lhes dirá:
Vós sois os filhos do Deus vivo.
11 E os filhos de Judá e os filhos de Israel
juntos se congregarão,
e constituirão sobre si uma só cabeça,
e subirão da terra;
pois grande será o dia de Jizreel. 
Para finalizar o capítulo a menção desse desejo de união entre Judá e Israel os quais se congregariam e se constituiriam sobre si em uma só cabeça que subiria da terra fazendo grande o dia de Jezreel. Uma profecia dessas sobre a completa reconciliação entre os dois reinos e o Senhor somente seria possível – e será - sob o governo de Cristo, o filho de Davi (Mt 1.23; 2.6,15).
O profeta Oséias jogou com o significado de Jezreel ("Deus semeia/planta" ou "semeou/plantou"), o nome do seu primeiro filho, para transformá-lo numa imagem positiva.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Daniel 12:1-13 - O ANJO ENCERRA AS EXPLICAÇÕES A DANIEL

Estamos finalizando o impressionante livro das narrativas e das visões deste homem mui amado, Daniel.
As visões de Daniel, conforme já tivemos oportunidade de mostrar, descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas.
Nós estamos finalizando a visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
O profeta volta a sua atenção para uma visão final e longa que focaliza o reinado de Antíoco IV Epífanes e olha também para além desse reino.
Esse material foi dividido em quatro seções principais: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) – já vimos; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20) – já vimos; 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3) – estaremos encerrando; e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13) – veremos e encerraremos agora mesmo.
3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3) - continuação.
Desde 11.21 até o verso terceiro do capítulo 12 de Daniel, estamos vendo o governo de Antíoco IV Epífanes, onde aquele anjo poderoso que fez Daniel se desfalecer diante de sua presença continua a explicar a ele as visões e a declarar a ele a verdade – 11.2.
Continua o anjo suas explicações dizendo que naquele tempo se levantará Miguel, o arcanjo que se acha a favor dos filhos do povo de Daniel e que haverá, naquele tempo, uma grande tribulação qual nunca houve, desde que existe nação, mas que naquele tempo livrar-se-á todo aquele que fosse achado escrito no livro.
Explica-nos a BEG, que Miguel, o protetor angélico de Israel não permitirá que o povo de Deus seja perseguido para sempre. Ele julgará aqueles que oprimem o seu povo. Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do seu povo - 10.13.
A BEG nos fala que sobre o tempo de angústia ou de tribulação, era para vermos Mt 24.21; Mc 13.19, onde Jesus recorreu a essas profecias sobre Antíoco IV para descrever a ocasião do cerco romano contra Jerusalém em 70 d.C. E também não poderia estar se referindo ao tempo da manifestação do anticristo?
Esse livramento que ele fala que será salvo seu povo, não se refere necessariamente ao martírio (vs. 2), mas do poder de Satanás (cf. Mt 6.13; 2Tm 4.18). Como tal, o versículo assegura ao povo de Deus que ele os livrará da tentação de Satanás de apostatar durante o período da tribulação.
Será nessa época, diz as Escrituras, que muitos dos que dormem no pó da terra, ressuscitarão, sendo uns para a vergonha e horror eterno e outros para a salvação eterna.
Essa é uma predição da ressurreição física dos salvos e dos não salvos antes do julgamento final (Mt 25.46; Jo 5.28-29).
Ele encerra esta parte da mensagem lhe falando que aqueles que forem sábios, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.
Esse é o nosso chamado, à evangelização! Devemos pregar a tempo e fora de tempo a mensagem do evangelho a fim de alcançar quantas vidas forem possíveis. Não podemos, nem devemos perder tempo com esse mundo no qual não há saída para ele e que irá de mal a pior.
4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
A partir dos versos 4 até ao 13, estaremos vendo a mensagem final do anjo a Daniel. O livro conclui delineando um curso futuro de acontecimentos e prometendo descanso eterno a Daniel.
O anjo lhe diz para fechar com selos as palavras do livro até o tempo do fim, onde muitos iriam de um lado para o outro para aumentarem o conhecimento. O ato de selar era compreendido como conferir a alguma coisa a marca de autenticidade 8.26. Poderia também significar que o seu conteúdo estivesse sobre segredo até um tempo determinado.
Foi nesse momento que Daniel, olhando e vendo que diante dele estavam dois outros – provavelmente anjos -, um em cada margem, que um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas (flutuando?) - o mesmo anjo que Daniel viu no capítulo 10 e que estava falando com ele – uma pergunta relacionada ao tempo que decorreria antes de se cumprirem aquelas coisas estupendas – vs. 6.
O anjo, esse homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu para o céu a mão direita e a mão esquerda, e Daniel ouvi ele jurar por aquele que vive para sempre, dizendo que haveria um tempo, tempos e metade de um tempo.
Ele completa a resposta dizendo que quando o poder do povo santo fosse finalmente quebrado é que todas aquelas coisas se cumpririam.
Daniel ouviu a pergunta, a resposta – vs. 7 -, o cenário, mas não compreendeu nada e por isso é que perguntou ao anjo que ele chamava de senhor (não Senhor): qual seria o fim daquelas coisas.
A sua resposta foi no sentido de acalmar a Daniel dizendo-lhe que aquelas palavras estariam fechadas, seladas até o tempo do fim. Depois, lhe fala da purificação, do embranquecimento, da provação dos santos e que os ímpios iriam proceder impiamente sem entender nada, mas nada mesmo; no entanto, os sábios haveriam de entender, ou seja, seria quebrado o selo. Este selo somente será quebrado no tempo certo e está relacionado à terrível tribulação.
Ele ainda acrescenta algumas novas informações igualmente difíceis que somente no tempo certo poderão ser compreendidas. Ele diz que desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado – 9.27 -, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias, mas será bem-aventurado o que conseguir esperar e chegar até mil trezentos e trinta e cinco dias. A diferença em dias é de 45 dias, ou seja, um mês e meio. O significado dessas estruturas de tempo é obscuro.
A atitude semelhante de Antíoco IV prefigurava a atitude do romano Tito em 70 d.C. e muito provavelmente do anticristo, o “messias” esperado até hoje pelos judeus que rejeitaram e continuam rejeitando até agora o Messias Jesus, o Cristo.
Depois diz para ele, finalmente, ir até ao fim, porque haveria de descansar e novamente se levantar na sua herança no fim dos dias.
Dn 12:1 Naquele tempo se levantará Miguel,
o grande príncipe,
que se levanta a favor dos filhos do teu povo;
e haverá um tempo de tribulação,
qual nunca houve,
desde que existiu nação até aquele tempo;
mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo,
todo aquele que for achado escrito no livro.
Dn 12:2 E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão,
uns para a vida eterna,
e outros para vergonha e desprezo eterno.
Dn 12:3 Os que forem sábios, pois,
resplandecerão como o fulgor do firmamento;
e os que converterem a muitos para a justiça,
como as estrelas sempre e eternamente.
Dn 12:4 Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro,
até o fim do tempo;
muitos correrão de uma parte para outra,
e a ciência se multiplicará.
Dn 12:5 Então eu, Daniel, olhei,
e eis que estavam em pé outros dois,
um de uma banda à beira do rio,
e o outro da outra banda à beira do rio.
Dn 12:6 E perguntei ao homem vestido de linho,
que estava por cima das águas do rio:
Quanto tempo haverá até o fim destas maravilhas?
Dn 12:7 E ouvi o homem vestido de linho,
que estava por cima das águas do rio,
quando levantou ao céu a mão direita
e a mão esquerda,
e jurou por aquele que vive eternamente
que isso seria para
um tempo,
dois tempos,
e metade de um tempo.
E quando tiverem acabado de despedaçar
o poder do povo santo,
cumprir-se-ão todas estas coisas.
Dn 12:8 Eu, pois, ouvi, mas não entendi;
por isso perguntei:
Senhor meu, qual será o fim destas coisas?
Dn 12:9 Ele respondeu:
Vai-te, Daniel, porque estas palavras estão cerradas
e seladas até o tempo do fim.
Dn 12:10 Muitos se purificarão,
e se embranquecerão,
e serão acrisolados;
mas os ímpios procederão impiamente;
e nenhum deles entenderá;
mas os sábios entenderão.
Dn 12:11 E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado,
e estabelecida a abominação desoladora,
haverá mil duzentos e noventa dias.
Dn 12:12 Bem-aventurado é o que espera e chega
aos mil trezentos e trinta e cinco dias.
Dn 12:13 Tu, porém, vai-te, até que chegue o fim;
pois descansarás,
e estarás no teu quinhão ao fim dos dias.
SOBRE OS PTOLOMEUS E SELÊUCIDAS.[1]
Com a finalidade de contextualização para nos situarmos na época, reproduzimos em seguida, em itálico, um trecho excelente do Quadro Temático da BEG – Ptolomeus e Selêucidas – ref. Dn 12, pg. 1113.
Com a morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C., os ptolomeus dominaram o Egito e a Palestina. Eles respeitaram os costumes e a religião dos israelitas.
Assim, o templo foi o lugar onde se desenvolvia a fé e onde eram guardados os bens destinados a ajudar os órfãos e as viúvas. Porém, a dinastia e as políticas dos ptolomeus enfraqueceram, e a tolerância foi aos poucos desaparecendo.
A partir de 198 a.C., os selêucidas da Síria tentaram conquistar a Palestina, e Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.) conseguiu.
Ele tratou de impor à força os costumes sírios e os israelitas resistiram. Houve perseguição e lutas.
Entre os israelitas que se opuseram, estavam o sacerdote Matatias, Judas, Jônatas e Simeão Macabeus, sobre os quais falam os livros deuterocanônicos dos Macabeus.
Em 168 a.C., Roma derrotou a Macedônia e acabou com a sua monarquia. Quatro anos mais tarde, depois de muitas lutas, tornou-se o reino macabeu da Judeia.
Antíoco V firmou, em 162 a.C., o acordo de liberdade religiosa para os judeus, porém o seu sucessor, Demétrio Soter ("o salvador"), ajudado por alguns judeus, negou novamente os direitos, razão pela qual as lutas se reiniciaram.
Em 142 a.C. os israelitas conseguiram livrar-se do império selêucida e estabeleceram a dinastia dos hasmoneus, que durou pouco menos de um século, pois no ano 63 a.C. Jerusalém caiu nas mãos de Pompeu e tornou-se urna nova colônia de Roma.

CONCLUSÃO

Estamos satisfeitos com o resultado alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em cada um dos 12 capítulos da história de vida desse profeta de Deus que nos ensinou grandes lições.
Em cada um dos homens de Deus temos visto uma grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se humilharem diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Em Daniel, vimos que é possível viver neste mundo, trabalhar na política, ser do alto escalão, mesmo sendo empresa privada ou pública, ser produtivo, eficaz, trabalhar com excelência e ainda dar glórias devidas ao nome de Jesus cristo, nosso Senhor.
De fato, o Brasil precisa de homens como Daniel:
·       Que permaneçam fiéis à despeito de tudo.
·       Que confiem em Deus acima de tudo.
·       Que conheçam o Deus soberano em suas vidas.
Eu sempre fui empolgado com o tema da soberania de Deus e na vida de Daniel ela está presente de forma muito forte e profunda.
Também aprendemos que os reis nada haveriam de fazer sem que a Providência divina agisse derretendo os seus corações para serem conformes às necessidades do povo de Deus.
Aprendemos que não são os líderes que são colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e terem destaques, antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de Deus pelo qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder, mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou mesmo enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes e profetas por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Daniel.
Do Senhor sempre veio a ordem e a organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim, abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
O mundo com tudo o que nele há – a criação de Deus que envolve a concepção, o planejamento, a orquestração e a realização de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades - foi criado nele – em Jesus Cristo, a Segunda pessoa da Trindade -, por ele e para ele de forma proposital – com propósitos - em função da família a qual Deus quis colocar a sua imagem e a sua semelhança para que recebendo-a e transmitindo-a pela graça e benção da geração de filhos cumprissem a sua aliança com eles por meio dos mandados de Deus, quais sejam os mandados espiritual, social e cultural.
Não é hora de desanimar, embora tantas não foram as vezes que eu mesmo pensei em parar, principalmente ao tirar os olhos do Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de mim.

Que eu seja testemunha do poder que existe somente em ti, Senhor. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu Senhor e Salvador. Amém e amém!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Quadro Temático da BEG – Ptlomeus e Selêucidas – ref. Dn 12, pg. 1113.
...
Bom dia.

O objetivo de meu estudo não é trazer revelação, conhecimento secreto, algo profético misterioso, nem mesmo revelar as vozes dos sete trovões que João ia anotar, mas o anjo não o permitiu. Aqui não tem fantasia, nem viagem, nem achismo... Se isso não te agrada, procure outro canal. A parte escrita se encontra neste endereço:
http://www.jamaisdesista.com.br/2015/05/daniel-121-13-o-anjo-encerra-as.html

Colocarei aqui também, abaixo, dezenas de comentários, estudos, sermões (Parallel, Sermons, Topical,  Strong's, Comment, Interlin, Hebrew, Lexicon, Multilingual Translation, etc... ), que tratarão do assunto deste capítulo 12, versículo x versículo. Infelizmente, ou felizmente, todos os estudos estarão em inglês.

A pergunta sobre o arrebatamento: é antes, depois? Quanto? Como? Não emitirei a minha opinião por não entender relevante, mas deixarei clara aqui os diversos tipos de opinião. Estude e tenha sua própria opinião. Sim, creio no arrebatamento da igreja. Sim, creio na volta de Jesus. 




quinta-feira, 28 de maio de 2015

Prosseguindo para o alvo e para o prêmio.

Eu não quero perder tempo...
Eu não quero errar o caminho...
Eu não quero atrapalhar ninguém...
Eu não quero falhar, nem fracassar....

Entendem?

O "Não Querer" é uma garantia de que alcançarei o proposto?
Uma vida de oração é garantia?
O trabalhar diligentemente é uma garantia?

Não! Desculpem-me...
Não temos garantias nenhuma de nada...

No entanto, eu sei o que farei?
Sim, eu sei....

Irei trabalhar procurando não perder tempo, mas sabendo que deverei perder algum tempo (ah! se eu fosse perfeito!).
Irei trabalhar para não errar o caminho, esforçando-me por não atrapalhar ninguém, nem falhar, nem fracassar, mas ciente de que poderei perder tempo, errar, atrapalhar alguém (perdoe-me!), falhar e fracassar.

Eu farei como o apóstolo Paulo:
- Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço:
.... esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3.13,14).

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