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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ezequiel 45:1-25 - OS MINISTÉRIOS SAGRADOS, POR EZEQUIEL.

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “4”, no capítulo 45. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
4. Os ministros sagrados (44.1-46.24) - continuação.
Como já enfatizamos, estamos vendo, até o capítulo 46, a visão de Ezequiel sobre os ministros sagrados que deveriam orientar o povo de Deus gloriosamente restaurado.
Seguindo a divisão proposta da BEG, dividimos essa subseção “4” em três partes principais: a. O príncipe, os levitas e os sacerdotes (44.1-31) – já vimos; b. A repartição das áreas sagradas da terra (45.1-12) – veremos agora; e, c. As ofertas e dias santificados com os quais estavam profundamente envolvidos (45.13-46.24).
b. A repartição das áreas sagradas da terra (45.1-12).
Neste capítulo, veremos até o vs. 12, a área sagrada da Terra Prometida.
Estamos, como já salientado diversas vezes, nos valendo do texto dos comentários da BEG para nossas reflexões. A distribuição da Terra Prometida foi tratada com grande detalhe nos caps. 47-48; aqui a preocupação maior era com os recintos sagrados.
Ezequiel viu a área sagrada no meio da Terra Prometida, um quadrado de aproximadamente 13 km de lado (vinte e cinco mil côvados) subdividido em três faixas de terra; compare com Ap 21.16.
Esta era a área santa em todo termo ao seu redor que foi separada para o Senhor uma parte da porção da terra na ocasião da repartição dela por sortes em herança.
·         A parte mais ao norte (cerca de 30 km quadrados) foi separada para uso dos levitas.
·         A zona central onde ficava o santuário foi separada para os sacerdotes.
·         A parte sul, aproximadamente a metade do tamanho das outras duas foi dada à cidade.
·         A área a leste e a oeste do quadrado de 13 km de lado foi entregue ao príncipe.
·         As áreas ao norte e ao sul seriam divididas entre as demais tribos.
É interessante observar que, na visão de Ezequiel, o templo estaria fora da cidade.
Nos versos de 7 a 10, há uma palavra específica para o príncipe que teria a terra que fica dos dois lados da área formada pelo distrito sagrado e pela propriedade da cidade. Ela se estenderia para o oeste desde o lado oeste e para o leste desde o lado leste, indo desde a fronteira ocidental até a fronteira oriental que é paralela a uma das porções tribais. Essa terra é que seria a sua propriedade em Israel.
Em seguida, ele fala da opressão e que doravante os príncipes de Israel já não mais oprimiriam ninguém, antes permitiriam que a nação de Israel possuísse a terra de acordo com as suas tribos. A palavra dos príncipes que tinham ido muito longe na iniquidade era para:
·         Por um fim naquela condição ruim.
·         Afastar a violência e a opressão.
·         Praticar a retidão e a justiça.
·         Aliviar o povo de Deus das suas exações.
·         Terem balanças justas, efa justa, e bato justo.
No verso 10 ele enfatiza a necessidade de os pesos serem justos. Isso é deveras interessante porque escavações arqueológicas testificam quanto à considerável variação de pesos usados no antigo Israel.
Até hoje nunca foi descoberto dois pesos com o mesmo nome e que tivessem exatamente o mesmo peso; o uso de pesos e balanças falsas era muito difundido (Lv 19.35-36; Dt 25.13-16; Pv 11.1; Am 8.5; Mq 6.10-12).
Ele fala do efa e do bato que necessariamente deveriam ser duma mesma medida, de maneira que o bato contivesse a décima parte do hômer (dez batos ou efas perfaziam um hômer, cerca de 208 litros ou 58 galões.) e a efa, a décima parte do hômer, sendo o hômer a medida padrão.
O efa era uma medida para secos e o bato para líquidos; ambos equivaliam a aproximadamente 22 litros, ou pouco menos que seis galões. Na BEG que estamos utilizando, há, no seu final, uma “Tabela de pesos e medidas".
Já o ciclo correspondia a vinte jeiras. Um ciclo correspondia a cerca de dois quintos de uma onça (0,571 g); a mina de sessenta ciclos teria cerca de 685,44g. Em geral a mina correspondia a cinquenta ciclos. Veja, na BEG, a "Tabela de pesos e medidas".
c. As ofertas e dias santificados com os quais estavam profundamente envolvidos (45.13-46.24).
Doravante, dos versos 13 ao término desta subseção, 46.24, estaremos vendo as ofertas e os dias santificados. Ezequiel previu os papeis essenciais que os líderes sagrados deveriam desempenhar em Jerusalém.
Os príncipes de Israel eram responsáveis por apresentar as oferendas em favor do povo (vs. 13-17). Todas as pessoas contribuíam para o príncipe em espécie, e este, por sua vez, proveria a oferta para o santuário. (ver e comparar com 2Cr 30.24, e 37.24; 44.3).
Seria dever de o príncipe fornecer os holocaustos, as ofertas de cereal e as ofertas derramadas nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da nação de Israel. Ele também forneceria:
·         As ofertas pelo pecado.
·         As ofertas de cereal.
·         Os holocaustos.
·         As ofertas de comunhão para fazer propiciação em favor da nação de Israel.
Dos versos 18 ao 25, encerrando este capítulo, veremos os regulamentos que cobriam aspectos das observações cerimônias no primeiro mês (dia de ano-novo 45.18-20) e no sétimo mês (Páscoa (45.21-24) e Tabernáculos (45.25)).
Essa legislação, salienta a BEG, talvez tenha apresentado modificações das práticas litúrgicas mais antigas. Novamente, como Moisés, Ezequiel estabeleceu a legislação litúrgica de Israel – ver também 43.10,12.
Ez 45:1 Demais, quando repartirdes a terra por sortes em herança,
separareis uma oferta para o Senhor,
uma santa porção da terra;
o seu comprimento será de vinte e cinco mil canas,
e a largura de dez mil.
Esta será santa em todo o seu termo ao redor.
Ez 45:2 Desta porção o santuário ocupará
quinhentas canas de comprimento,
e quinhentas de largura, em quadrado,
e terá em redor um espaço vazio de cinqüenta côvados.
Ez 45:3 Desta área santa medirás
um comprimento de vinte e cinco mil côvados,
e uma largura de dez mil;
e ali será o santuário, que é santíssimo.
Ez 45:4 É ela uma porção santa da terra;
será para os sacerdotes, ministros do santuário,
que se aproximam do Senhor para o servir;
e lhes servirá de lugar para suas casas,
e de lugar santo para o santuário.
Ez 45:5 Também os levitas, ministros da casa,
terão vinte e cinco mil canas de comprimento,
e dez mil de largura, para possessão sua, para vinte câmaras.
Ez 45:6 E para possessão da cidade,
de largura dareis cinco mil canas,
e de comprimento vinte e cinco mil, ao lado da área santa;
o que será para toda a casa de Israel.
Ez 45:7 O príncipe, porém, terá a sua parte deste lado
e do outro da área santa e da possessão da cidade,
defronte da área santa e defronte da possessão
da cidade, tanto ao lado ocidental,
como ao lado oriental;
e de comprimento corresponderá a uma das porções,
desde o termo ocidental até o termo oriental.
Ez 45:8 E esta terra será a sua possessão em Israel;
e os meus príncipes não oprimirão mais o meu povo;
mas distribuirão a terra pela casa de Israel,
conforme as suas tribos.
Ez 45:9 Assim diz o Senhor Deus:
Baste-vos, ó príncipes de Israel;
afastai a violência e a opressão
e praticai a retidão e a justiça;
aliviai o meu povo das vossas exações, diz o Senhor Deus.
Ez 45:10 Tereis balanças justas, efa justa, e bato justo.
Ez 45:11 A efa e o bato serão duma mesma medida,
de maneira que o bato contenha a décima parte do hômer,
e a efa a décima parte do hômer;
o hômer será a medida padrão.
Ez 45:12 E o siclo será de vinte jeiras;
cinco siclos serão cinco siclos,
e dez siclos serão dez;
a vossa mina será de cinqüenta siclos.
Ez 45:13 Esta será a oferta que haveis de fazer:
a sexta parte duma efa de cada hômer de trigo;
também dareis a sexta parte duma efa
de cada hômer de cevada;
Ez 45:14 quanto à porção fixa do azeite,
de cada bato de azeite oferecereis
a décima parte do bato tirado dum coro,
que é dez batos, a saber, um hômer;
pois dez batos fazem um hômer;
Ez 45:15 e um cordeiro do rebanho, de cada duzentos,
de todas as famílias de Israel,
para oferta de cereais, e para holocausto,
e para oferta pacífica,
para que façam expiação por eles,
diz o Senhor Deus.
Ez 45:16 Todo o povo da terra fará esta contribuição
ao príncipe de Israel.
Ez 45:17 Tocará ao príncipe dar os holocaustos, as ofertas de cereais
e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados,
em todas as festas fixas da casa de Israel.
Ele proverá a oferta pelo pecado,
a oferta de cereais,
o holocausto
e as ofertas pacíficas,
para fazer expiação pela casa de Israel.
Ez 45:18 Assim diz o Senhor Deus:
No primeiro mês, no primeiro dia do mês,
tomarás um bezerro sem mancha,
e purificarás o santuário.
Ez 45:19 O sacerdote tomará do sangue da oferta pelo pecado,
e pô-lo-á nas ombreiras da casa,
e nos quatro cantos da saliência do altar
e nas ombreiras da porta do átrio interior.
Ez 45:20 Assim também farás no sétimo dia do mês,
pelos errados e pelos insensatos;
assim fareis expiação pelo templo.
Ez 45:21 No primeiro mês, no dia catorze de mês,
tereis a páscoa,
uma festa de sete dias;
pão ázimo se comerá.
Ez 45:22 E no mesmo dia o príncipe proverá,
por si e por todo o povo da terra,
um novilho como oferta pelo pecado.
Ez 45:23 E nos sete dias da festa proverá um holocausto ao Senhor,
de sete novilhos e sete carneiros sem mancha,
cada dia durante os sete dias;
e um bode cada dia como oferta pelo pecado.
Ez 45:24 Também proverá uma oferta de cereais,
uma efa para cada novilho,
e uma efa para cada carneiro,
e um e him de azeite para cada efa.
Ez 45:25 No sétimo mês, no dia quinze do mês,
na festa, fará o mesmo por sete dias,
segundo a oferta pelo pecado,
segundo o holocausto,
segundo a oferta de cereais,
e segundo o azeite.
Vimos neste capítulo a continuação da divisão das terras, os deveres dos magistrados que deveriam ser mais justos, exercerem o juízo e afastar tanto a violência quanto a opressão, também vimos as ofertas no ano novo e na páscoa.
Datas, cerimônias, rituais, formas, festas, sacrifícios eram feitos para mostrarem ao povo que eles, diante de Deus, não poderiam se apresentar de qualquer maneira para serem aceitos, mas graças a Deus que, em Cristo Jesus hoje, somos livres, mas não para pecarmos, mas para o adorarmos em espírito e em verdade.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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quarta-feira, 13 de maio de 2015

II Crônicas 11:1-23 - ROBOÃO SE SUJEITA À PALAVRA PROFÉTICA DE SEMAIAS

Nós estamos aqui, ainda no início da parte III.
PARTE III – O REINO DIVIDIDO – 10:1 A 28:27.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16). 2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a). 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14). 4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão, como teremos a oportunidade de verificar:
·         O foco sobre a separação do Reino do Norte.
·         As narrativas de batalhas.
·         As reações à palavra de Deus.
1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) - continuação.
Dividiremos, como já dissemos, o reinado de Roboão em três seções paralelas: a. O pecado inicial de Roboão, o encontro profético e a benção - 10:1 -  11:23. b. O pecado posterior de Roboão, o encontro profético e a bênção - 12:1-12). c. O final do reinado de Roboão – 12:13 – 16, onde o cronista acrescenta um resumo do reinado e um aviso de morte.
a. O pecado inicial de Roboão, o encontro profético e a benção - 10:1 -  11:23 – continuação.
Esses capítulos tratam dos primeiros anos do reinado de Roboão. Também os dividiremos em duas partes as quais estarão relatando como seus pecados levaram Israel à rebelião (10:1-19) e falarão de sua sujeição à palavra profética de bênção (11:1-23).
(2) A sujeição de Roboão à palavra profética – 11:1-23.
O cronista segue exatamente o texto de Reis em grande parte dessa passagem (cf. II Cr 10:18-11:4 com I Rs 12:18-24). Roboão preparou o ataque a Israel, mas cedeu à advertência profética (vs. 1-4). Depois desses acontecimentos, o autor acrescenta uma série de bênçãos que Roboão recebeu pela sua obediência (vs. 5-23).
A primeira seção sobre o reinado de Roboão se concentra em seus três primeiros anos como rei (11:17), um período durante o qual houve conflito entre Judá e Israel, no entanto, nesse tempo andaram no caminho de Davi e Salomão. Quem dera continuassem assim!
Dos versos 1 ao 4 veremos que Deus proíbe que Roboão peleje contra as dez tribos, sendo o texto paralelo em I Reis no cap. 12, dos versos 21 ao 24.
Em Judá reuniram 180.000 homens para pelejarem contra Jeroboão e tomarem Israel de volta, mas se levantou Semaias, homem de Deus (esse profeta apareceu duas vezes no relato do reinado de Roboão – 12:5-8. Para crédito e benefício de Roboão, ele agiu corretamente dando ouvidos às palavras de Semaías nas duas ocasiões), que falou a palavra do Senhor dizendo-lhes para não saírem à peleja porque tudo aquilo tinha vindo dele mesmo.
A divisão do reino estava de acordo com a vontade de Deus e a existência de dois reinos havia sido ordenada por Deus e, agora, cada um tinha a oportunidade de provar a sua fidelidade à aliança.
Interpretar a história passada é como pegar os instrumentos certos para enxergamos o presente e até vislumbrarmos como poderá ser o futuro. Deus tem se mostrado participativo e interessado no destino dos homens e sempre atento e fiel às suas alianças.
Dos versos 5 ao 23, visando demonstrar os resultados da resposta de Roboão à advertência profética, essa seção falará:
·         De fortificações e da força militar de Judá e Benjamim (vs. 5-1 2).
·         Da deserção de levitas do norte (vs. 13-17).
·         Do crescimento da família de Roboão (vs. 18-23).
Mais uma omissão do cronista. Desta vez, omite o relato da instituição de centros de culto sincrético por Jeroboão em Dã e Betel (I Rs 12:25 a 14:20), mas é esse acontecimento que se encontra por trás dessa observação.
Jeroboão rejeitou os sacerdotes e levitas que se recusaram a abandonar Jerusalém como o lugar apropriado de culto. Assim, eles desertaram para o lado de Roboão.
O tema dos fiéis do norte que vão a Judá aparece várias vezes nos períodos de divisão e reunificação do reino (13:8-11; 15:9; 30:10-12) e fornece um modelo para a incorporação pós-exílio das tribos fiéis do norte na restauração do reino.
II Cr 11:1 Vindo, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu, da casa de Judá
                e Benjamim, cento e oitenta mil escolhidos, destros na guerra,
                               para pelejarem contra Israel, e para restituírem
                                               o reino a Roboão.
                II Cr 11:2 Porém a palavra do SENHOR veio a Semaías,
                               homem de Deus, dizendo:
                II Cr 11:3 Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá,
                               e a todo o Israel, em Judá e Benjamim, dizendo:
                II Cr 11:4 Assim diz o SENHOR:
                               Não subireis, nem pelejareis contra os vossos irmãos;
                                               volte cada um à sua casa;
                                                               porque de mim proveio isto.
                               E ouviram as palavras do SENHOR,
                                               e desistiram de ir contra Jeroboão.
II Cr 11:5 E Roboão habitou em Jerusalém; e para defesa,
                edificou cidades em Judá.
                II Cr 11:6 Edificou, pois, a Belém, a Etã, e a Tecoa,
                II Cr 11:7 E a Bete-Zur, a Socó, a Adulão,
                II Cr 11:8 E a Gate, a Maressa, a Zife,
                II Cr 11:9 E a Adoraim, a Laquis, e a Azeca,
                II Cr 11:10 E a Zorá, a Aijalom, e a Hebrom,
                               que estavam em Judá e em Benjamim; cidades fortes.
                II Cr 11:11 E fortificou estas fortalezas e pôs nelas capitães,
                               e armazéns de víveres, de azeite, e de vinho.
                II Cr 11:12 E pôs em cada cidade paveses e lanças;
                               fortificou-as grandemente;
                                               e Judá e Benjamim pertenceram-lhe.
II Cr 11:13 Também os sacerdotes e os levitas, que havia em todo o Israel,
                se reuniram a ele de todos os seus termos.
                II Cr 11:14 Porque os levitas deixaram os seus arrabaldes,
                               e a sua possessão, e vieram a Judá e a Jerusalém,
                                               porque Jeroboão e seus filhos os lançaram fora para
                                                               que não ministrassem ao SENHOR.
                II Cr 11:15 E ele constituiu para si sacerdotes, para os altos,
                               para os demônios, e para os bezerros, que fizera.
                II Cr 11:16 Depois desses também, de todas as tribos de Israel,
                               os que deram o seu coração a buscarem ao SENHOR
                                               Deus de Israel, vieram a Jerusalém, para oferecerem
                                                               sacrifícios ao SENHOR Deus de seus pais.
                II Cr 11:17 Assim fortaleceram o reino de Judá e corroboraram
                               a Roboão, filho de Salomão, por três anos;
                                               porque três anos andaram
                                                               no caminho de Davi e Salomão.
II Cr 11:18 E Roboão tomou para si, por mulher, a Maalate,
                filha de Jerimote, filho de Davi; e Abiail, filha de Eliabe,
                               filho de Jessé.
                II Cr 11:19 A qual lhe deu filhos:
                               Jeús, Samarias e Zaã.
                II Cr 11:20 E depois dela tomou a Maaca, filha de Absalão;
                               esta lhe deu Abias, Atai, Ziza e Selomite.
                II Cr 11:21 E amava Roboão mais a Maaca, filha de Absalão,
                               do que a todas as suas outras mulheres e concubinas;
                                               porque ele tinha tomado dezoito mulheres,
                                                               e sessenta concubinas;
                                                               e gerou vinte e oito filhos, e sessenta filhas.
                II Cr 11:22 E Roboão designou Abias, filho de Maaca,
                               para ser chefe e líder entre os seus irmãos,
                                               porque queria fazê-lo rei.
                II Cr 11:23 E usou de prudência, e de todos os seus filhos,
                               alguns espalhou por todas as terras de Judá, e Benjamim,
                                               por todas as cidades fortes;
                                                               e deu-lhes víveres em abundância;
                                                                              e lhes procurou muitas mulheres.
Roboão recebeu a bênção de Deus porque imitou a fidelidade dos monarcas ideais, Davi e Salomão, nos três primeiros anos do seu reinado.
Dos versos 18 a 23, vemos o cronista falar dos filhos de Roboão. Ele menciona com frequência o crescimento da família para demonstrar a bênção de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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Ezequiel 44:1-31 - O MINISTÉRIO SAGRADO DA JERUSALÉM RESTAURADA

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “4”, no capítulo 44. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
4. Os ministros sagrados (44.1-46.24).
Veremos doravante, até o capítulo 46, ver a visão de Ezequiel sobre os ministros sagrados que deveriam orientar o povo de Deus gloriosamente restaurado.
Seguindo a divisão proposta da BEG, estaremos dividindo essa subseção “4” em três partes principais: a. O príncipe, os levitas e os sacerdotes (44.1-31) – veremos agora; b. A repartição das áreas sagradas da terra (45.1-12); e, c. As ofertas e dias santificados com os quais estavam profundamente envolvidos (45.13-46.24).
Não deveríamos esperar que tais ofícios fossem cumpridos hoje como o eram no Antigo Testamento. O Novo Testamento ensina que os ofícios sagrados e seus deveres são cumpridos por Cristo e sua igreja, tanto agora quanto na era vindoura.
a. O príncipe, os levitas e os sacerdotes (44.1-31).
Neste capítulo, estaremos de olho no príncipe, nos levitas e nos sacerdotes, uma vez que Ezequiel viu o ministério sagrado da Jerusalém restaurada. Veremos, portanto, as reformas no ministério do santuário, depois – vs. 15, em diante -, os deveres dos sacerdotes e, finalmente, a partir do vs. 28, até o vs. 8, do próximo capítulo, a repartição das terras
Aquele que o conduzia o fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário a qual olha para o oriente e que estava fechada. Ezequiel foi levado do átrio interior (43.5) para a porta leste.
Essa porta deveria permanecer fechada porque a glória do Senhor havia entrado no templo através dela (43.4; cf. SI 24.7-10). A porta fechada pode ser um bom sinal indicativo de que o Senhor jamais deixaria o templo novamente (43.7,9).
Foi o anjo que lhe disse que a porta ficaria fechada e o motivo de ser assim, uma vez que o Senhor passara por ela.
No vs. 3, somente o príncipe se assentaria ali para comer pão diante do Senhor pelo caminho do vestíbulo da porta é que entraria e por ele também haveria de sair.
Com a porta fechada, o pórtico tornou-se uma sala; nessa sala, o príncipe (ou seja, o rei) comeria a sua porção da refeição sacrifical. Essa providência nunca foi implantada para nenhum rei de Israel.
Na visão de Ezequiel, isso representava o relacionamento especial que o rei prometido manteria com o templo. Deus havia prometido que o trono de Davi seria restaurado após o exílio, e Ezequiel elaborou sobre essa promessa. O príncipe que ele tinha em mente era um filho de Davi que reinaria após o exílio. O Novo Testamento ensina que este era Cristo.
Dos vs. 4 ao 9, Ezequiel é orientado com relação aos estrangeiros e à sua introdução no templo.
Conforme a BEG, embora no passado estrangeiros tivessem servido no templo (p. ex., os guardas cários de 2Rs 11.4), eles não teriam mais permissão para entrar porque, nesse caso, as providências ideais não seriam atendidas.
As tarefas que estes haviam realizado pertenciam por direito aos levitas (Nm 1.50-53; 3.6,8,28-32; 1Cr 23.24-32; 2Cr 8.14-15).
Embora algumas porções do Antigo Testamento enfatizem as restrições sobre a participação de estrangeiros no culto de Israel (Êx 12.43; Lv 22.25; Ne 9.2; Jr 51.15), outras passagens antecipam a participação de estrangeiros (47.22-23; 1 Rs 8.41,43; 2Cr 6.32-33; Is 56.3,6; cf. Zc 14.21; Ef 2.12,19).
Restrições semelhantes contra os estrangeiros caracterizam outros escritos pós-exílio (Ez 4.1-3; 10.10-44; Ne 13.1-9; Ag 2.14).
Durante o período do Novo Testamento, uma advertência escrita na entrada do templo proibia a entrada dos gentios sob pena de morte (cf. At 21.26-30).
No novo Israel da nova aliança, a igreja, todas essas distinções entre judeus e gentios foram eliminadas (Rm 2.28-29; Fp 3.3); parte da obra de Cristo foi a destruição dessas barreiras (Mt 10.18; Lc 2.32; At 9.15; 10.28,45; 11.1,18; 13.46-48; 15.7; Rm 1.5,16; 2.10; 3.29; 10.12; 15.16; GI 2.7; 3.8,28; Ef 2.11-18; 3,6).
Agora, em Cristo Jesus, cremos que não há mais distinção alguma.
Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Gálatas 3:25-29
Podemos entender aqui que estar em Cristo não mais é ser estrangeiro, assim, não se ab-rogou ou anulou-se essa recomendação de que os estrangeiros não terão acesso a Deus em seu templo.
Como dizem as Escrituras e isso continua válido, não entrarão no descanso de Deus, os incrédulos.
Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
Hebreus 4:1-5
Dos versos 10 ao 14, as famílias sacerdotais que haviam se envolvido com idolatria durante o período pré-exílio (8.6) se reuniriam aos seus companheiros levitas, mas seus serviços seriam restringidos a imolar os holocaustos e sacrifícios, à manutenção e aos serviços aos sacerdotes.
O sacerdócio propriamente dito estaria restrito somente aos descendentes de Zadoque (vs. 15; 40.45-46).
Continuam as explicações da BEG: Zadoque havia servido como sumo sacerdote ao lado de Abiatar durante o reinado de Davi (2Sm 8.17; 15.24-29), entretanto, Zadoque tornou-se o único sumo sacerdote depois de apoiar a sucessão de Salomão ao trono de Davi, ao passo que Abiatar havia apoiado Adonias (I Rs 1.8).
Anteriormente, o sacerdócio havia sido restrito aos filhos Arão entre os levitas (Êx 28.1; Lv 8.2-7; 9.1-24; Nm 20.25-28; 1Cr 6.48-53), mas Ezequiel previu uma restrição adicional do sacerdócio para apenas uma família da linhagem de Arão.
Esses sacerdotes da linhagem de Zadoque é que seriam aqueles que iriam resolver as questões e demandas entre o povo, conforme às leis de Deus, eles é que julgariam –vs. 24. Sobre o papel judicial dos sacerdotes, compare 1Cr 26.29 com 2Cr 19.8-11.
Eles não poderiam se contaminar tocando em pessoas mortas, exceto em se tratando de seu pai ou mãe, seu filho ou filha, seu irmão, ou sua irmã que não tivesse marido – vs. 25.
O contato com mortos tornava o indivíduo imundo; os sacerdotes, e especialmente o sumo sacerdote, deveriam evitar esse tipo contato (Lv 21.1-12).
Uma vez contaminados, deveriam se descontaminar ou se purificar e para isso seriam contados sete dias, sendo que no dia em que ele entrasse no lugar santo, no átrio interior, para ministrar no lugar santo, ofereceria a sua oferta pelo pecado, dizia o Senhor Deus – vs. 27.
Ez 44:1 Então me fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário,
a qual olha para o oriente; e ela estava fechada.
Ez 44:2 E disse-me o Senhor:
Esta porta ficará fechada, não se abrirá,
nem entrará por ela homem algum;
porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela;
por isso ficará fechada.
Ez 44:3 Somente o príncipe se assentará ali,
para comer pão diante do Senhor;
pelo caminho do vestíbulo da porta entrará,
e por esse mesmo caminho saíra,
Ez 44:4 Então me levou pelo caminho da porta do norte,
diante do templo; e olhei, e eis que a glória do Senhor
encheu o templo do Senhor;
pelo que caí com o rosto em terra.
Ez 44:5 Então me disse o Senhor:
Filho do homem, nota bem,
vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos,
tudo quanto eu te disser a respeito
de todas as ordenanças do templo do Senhor,
e de todas as suas leis;
e considera no teu coração a entrada do templo,
com todas as saídas do santuário.
Ez 44:6 E dirás aos rebeldes, à casa de Israel:
Assim diz o Senhor Deus:
Bastem-vos todas as vossas abominações, ó casa de Israel!
Ez 44:7 Porquanto introduzistes estrangeiros,
incircuncisos de coração e incircuncisos de carne,
para estarem no meu santuário,
para o profanarem, quando ofereceis
o meu pão, a gordura, e o sangue;
e vós quebrastes o meu pacto,
 além de todas as vossas abominações.
Ez 44:8 E não guardastes a ordenança a respeito
das minhas coisas sagradas;
antes constituístes, ao vosso prazer,
guardas da minha ordenança no tocante ao meu santuário.
Ez 44:9 Assim diz o Senhor Deus:
Nenhum estrangeiro, incircunciso de coração e carne,
de todos os estrangeiros que se acharem no meio dos filhos
de Israel, entrará no meu santuário.
Ez 44:10 Mas os levitas que se apartaram para longe de mim,
desviando-se de mim após os seus ídolos,
quando Israel andava errado, levarão sobre si a sua punição.
Ez 44:11 Contudo serão ministros no meu santuário,
tendo ao seu cargo a guarda das portas do templo,
e ministrando no templo.
Eles imolarão o holocausto, e o sacrifício para o povo,
e estarão perante ele, para o servir.
Ez 44:12 Porque lhes ministraram diante dos seus ídolos,
e serviram à casa de Israel de tropeço de iniqüidade;
por isso eu levantei a minha mão contra eles,
diz o Senhor Deus,
e eles levarão sobre si a sua punição.
Ez 44:13 E não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio,
nem se chegarão a nenhuma de todas as minhas coisas
sagradas, às coisas que são santíssimas;
mas levarão sobre si a sua vergonha
e as suas abominações que cometeram.
Ez 44:14 Contudo, eu os constituirei guardas da ordenança
no tocante ao templo, em todo o serviço dele,
e em tudo o que nele se fizer.
Ez 44:15 Mas os sacerdotes levíticos,
os filhos de Zadoque,
que guardaram a ordenança a respeito
do meu santuário,
quando os filhos de Israel se extraviaram de mim,
eles se chegarão a mim, para me servirem;
e estarão diante de mim, para me oferecerem
a gordura e o sangue, diz o Senhor Deus;
Ez 44:16 eles entrarão no meu santuário,
e se chegarão à minha mesa, para me servirem,
e guardarão a minha ordenança.
Ez 44:17 Quando entrarem pelas portas do átrio interior,
estarão vestidos de vestes de linho;
e não se porá lã sobre eles,
quando servirem nas portas do átrio interior,
e dentro da casa.
Ez 44:18 Coifas de linho terão sobre as suas cabeças,
e calções de linho sobre os seus lombos;
não se cingirão de coisa alguma que produza suor.
Ez 44:19 E quando saírem ao átrio exterior,
a ter com o povo, despirão as suas vestes
em que houverem ministrado,
pô-las-ão nas santas câmaras,
e se vestirão de outras vestes,
para que com as suas vestes não transmitam
a santidade ao povo.
Ez 44:20 Não raparão a cabeça, nem deixarão crescer o cabelo;
tão somente tosquiarão as cabeças.
Ez 44:21 Nenhum sacerdote beberá vinho
quando entrar no átrio interior.
Ez 44:22 Não se casarão nem com viúva, nem com repudiada;
mas tomarão virgens da linhagem da casa de Israel,
ou viúva que for viúva de sacerdote.
Ez 44:23 E a meu povo ensinarão
a distinguir entre o santo e o profano,
e o farão discernir entre o impuro e o puro.
Ez 44:24 No caso de uma controvérsia,
assistirão a ela para a julgarem;
pelos meus juízos a julgarão.
E observarão as minhas leis e os meus estatutos
em todas as minhas festas fixas,
e santificarão os meus sábados.
Ez 44:25 Eles não se contaminarão,
aproximando-se de um morto;
todavia por pai ou mãe, por filho ou filha,
por irmão, ou por irmã que não tiver marido,
se poderão contaminar.
Ez 44:26 Depois de ser ele purificado,
contar-se-lhe-ão sete dias.
Ez 44:27 E, no dia em que ele entrar no lugar santo,
no átrio interior, para ministrar no lugar santo,
oferecerá a sua oferta pelo pecado,
diz o Senhor Deus.
Ez 44:28 Eles terão uma herança;
eu serei a sua herança.
Não lhes dareis, portanto, possessão em Israel;
eu sou a sua possessão.
Ez 44:29 Eles comerão a oferta de cereais
a oferta pelo pecado, e a oferta pela culpa;
e toda coisa consagrada em Israel será deles.
Ez 44:30 Igualmente as primícias de todos os primeiros frutos de tudo,
e toda oblação de tudo, de todas as vossas oblações,
serão para os sacerdotes;
também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote,
para fazer repousar uma bênção sobre a vossa casa.
Ez 44:31 Os sacerdotes não comerão de coisa alguma
que tenha morrido de si mesma
ou que tenha sido despedaçada,
seja de aves, seja de animais.
Com relação ao fato de eles se tornarem em herança e o Senhor lhes ser a sua porção ou herança, vamos comparar com Nm 18.20-24; Dt 10.9; 18.1-5; Is 13.33; 18.7.
O melhor de todos os primeiros frutos e de todas as contribuições deveria pertencer aos sacerdotes. Eles deveriam receber a primeira porção das suas refeições de cereal moído, para que houvesse bênçãos sobre as suas casas.
Os sacerdotes não poderiam comer da carne de aves ou de animais, encontrados mortos ou despedaçados por animais selvagens. A proibição de comer carne de um animal encontrado morto – vs. 31 - aplicava-se a todo o Israel (Lv 11.39-40; Dt 14.21).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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