quinta-feira, 18 de junho de 2015
quinta-feira, junho 18, 2015
Jamais Desista
Amor e Respeito em um casamento!
Uma jovem mulher
percebe que tem faltado ao respeito com seu marido por anos sem se dar conta.
Nota: Este texto
tornou-se viral nos Estados Unidos. A autoria dele é anônima, mas mesmo assim fantástico. Acredito que uma das
melhores coisas que podemos fazer pelos nossos filhos é viver um relacionamento
saudável – maridos e mulheres se amando e se respeitando, sempre!
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Minha ficha caiu
por causa de um pacote de hambúrgueres. Eu pedi ao meu marido para parar na
loja pra comprar algumas coisas pro jantar. Quando ele chegou em casa, ele
colocou as sacolas em cima da mesa e eu percebi que ele tinha comprado um hambúrguer
diferente do que eu normalmente compro.
Eu perguntei: “o
que é isso?”.
“Hambúrgueres
congelados” ele respondeu, meio confuso.
“Você não comprou
o tipo correto”, eu disse.
“Não? Por quê?”
Ele respondeu com sua testa enrugada.”
“Eu sempre compro hambúrguer
feito com carne de primeira e este é de segunda”.
Ele sorriu e disse
“Ah, é só isso? Eu pensei que eu tivesse me confundido com algo grande”.
E foi assim que
começou. Eu dei um sermão pra ele. Eu reclamei que ele não era inteligente. Por
que ele não comprou a carne de melhor qualidade e mais saudável? Ele leu a
embalagem? Por que eu não posso confiar nele? Eu também me indignei porque como
poderia ele não notar nestes anos todos que eu sempre compro o hambúrguer de
primeira? Será que ele nunca presta atenção em nada?
E enquanto ele
ouvia minha indignação por causa do hambúrguer, murmurando que não era um
problema tão grande e que ele iria comprar o correto da próxima vez, eu vi seu
rosto mudar de expressão. Eu já via esta expressão algumas vezes nos últimos
anos. Uma mistura de desmoralização e resignação. Parecia com a cara que meu
filho faz quando é corrigido. E eu pensei: “Por que eu estou fazendo isto? Eu
não sou a mãe do meu marido!”.
E eu subitamente
me senti terrível. E envergonhada. Ele estava certo. Não era algo tão
importante pra eu ficar tão irritada. E eu perdi a cabeça por causa de um
pacote de hambúrguer que ele generosamente parou pra comprar assim como eu
tinha pedido. No meio de me sentir envergonhada, eu apenas murmurei algo como
“ah, vou ter que me virar com este hambúrguer mesmo” e fui começar o jantar.
Ele parecia
aliviado que a discussão tinha acabado e saiu da cozinha.
E então eu me
sentei e pensei honestamente sobre o que eu tinha acabado de fazer. Algo que eu
já tinha feito tantas outras vezes, provavelmente.
O “momento do hambúrguer”
certamente não foi a primeira vez que eu dei uma bronca no meu marido por não
fazer as coisas como eu acho que deveriam ser feitas. Lembro-me de várias vezes
que o critiquei por colocar algo no lugar errado ou esquecer alguma coisa e eu
estava sempre ali pra mostrar pra ele seu erro.
Por que eu faço
isso? Que benefício me traz sempre diminuir meu marido? O homem que eu recebi
como meu parceiro pra vida toda. O pai dos meus filhos. O homem que eu quero
ter ao meu lado pra sempre. Por que eu faço aquilo que muitas vezes as mulheres
são acusadas de fazer: tentar mudar o jeito que ele faz cada pequena coisa?
Será que estou indo a algum lugar com isso?
Por que o meu
jeito tem que ser o jeito certo e o jeito dele o jeito errado? Desde quando se
tornou correto corrigi-lo e apontar cada coisa que ele faz que não é como eu
gostaria?
E como isso o
beneficia? Será que isso o faz pensar: “Uau, certamente eu sou sortudo dela me
colocar na linha o tempo todo.” Eu duvido. Provavelmente ele acha que eu estou
no pé dele sem motivo e o leva a se afastar.
Esses dias achei
um caco de vidro no lixo. Perguntei a ele o que tinha acontecido. Ele me disse
que quebrou um copo, mas preferiu não me falar, pois não queria que eu
reclamasse por causa disso.
Outro dia
encontrei um par de meias no lixo. Perguntei a ele o que tinha acontecido. Ele
me disse que tinha por acidente colocado as meias brancas junto com a roupa
colorida na máquina de lavar. Quando viu as meias manchadas, preferiu jogá-las
do que me ouvir dizer pela centésima vez como separar as roupas brancas das
coloridas.
Então chegamos a
um ponto que ele achava mais fácil e menos estressante esconder as coisas do
que admitir que ele cometeu um pequeno erro. Que tipo de ambiente eu criei que
o faz acreditar que ele não pode cometer erros?
E vamos dar uma
olhada nestes “erros”. Um copo quebrado. Meias manchadas. Erros normais que
qualquer um pode fazer. Mas ele estava certo. Muitas vezes quando ele cometia
um pequeno erro, eu passava um sermão de como as coisas deviam ser feitas. Ele
sempre ouvia por um tempo e depois dizia: “acho que essas coisas não são tão
importantes pra mim.”.
Agora eu entendo o
que ele queria dizer: “estas coisas que te deixam tão chateadas são pequenos
detalhes, uma questão de opinião, uma preferência, e eu não vejo porque fazer
uma guerra disso.” Mas eu interpretava como se ele não se importasse comigo ou
se como ele não entendesse as coisas. No meu inconsciente eu pensava que eu era
a que fazia as coisas funcionar aqui em casa.
Eu comecei a
observar minhas amigas e notar as coisas que elas reclamavam nos seus maridos e
comecei a perceber que não estava sozinha. De alguma forma, muitas de nós
acreditamos na mentira de que a esposa sempre sabe melhor e é o cérebro da
casa.
É um estereotipo
fácil de se acreditar. Olhe na mídia. Tvs, filmes, propagandas. Cheios de
maridos bobões com esposas inteligentes e sabem-tudo. Eles não sabem cozinhar.
Eles não conseguem cuidar das crianças. Se você pedir pra ele comprar duas
coisas, ele vai voltar com duas, e uma delas estará errada. Eles são todos
iguais. Dia a dia estas são as imagens que vemos na mídia.
O que essa
constante reclamação e murmuração faz é enviar uma mensagem aos nossos maridos
de que nós não os respeitamos. Nós não acreditamos que eles sejam inteligentes
o suficiente pra fazer as coisas certas. Nós já sabemos que você vai fazer
besteira. Se ele for um homem seguro, provavelmente ele vai se sentir
ressentido com você. Se ele for inseguro, possivelmente ele vai começar acreditar
em você e achar que ele não sabe fazer nada direito. E nenhuma destas respostas
serão boas e benéficas pra vocês e nem para o casamento.
E quando penso em
situações opostas, quando eu fui quem cometi os erros, vejo que ele foi muito
mais graciosos comigo porque ele não fica querendo me mudar em cada pequeno
detalhe.
O ponto central em
tudo isso é que eu escolhi este homem como meu marido. Ele não é meu empregado.
Ele não é meu escravo. Ele não é meu filho. Quando eu casei com ele, eu não
achava que ele era um estúpido. Ele não precisa ser repreendido por mim só
porque eu não gosto do jeito que ele faz certas coisas.
Quando eu entendi
isso, eu comecei a perceber todas as coisas boas nele. Ele é inteligente, uma
ótima pessoas, ele é ótimo com as crianças. Além disso, ele não me repreende
cada vez que eu faço algo diferente do que ele, pelo contrário, ele cede muitas
vezes pro meu jeito de fazer as coisas. E em vez de focar nestas coisas, eu
estava focando só no negativo. E eu sei que não sou a única que faço isso.
Se nós
continuarmos a fazer nossos maridos se sentirem mal porque eles cometem erros
ou não fazem as coisas exatamente como gostamos, é bem possível que eles parem
de se envolver ou comecem a acreditar que eles são incapazes mesmo.
No meu caso, estou
falando do meu companheiro de muitos anos. O mesmo que troca o pneu do meu
carro na chuva, que cuida de mim quando estou doente, que ensinou nossos filhos
a andar de bicicleta.
O homem que sempre
trabalhou duro pra proporcionar uma vida decente para nós. E às vezes eu fico
brava por causa de um prato fora do lugar.
Desde que percebi
isto, estou mudando, e o clima aqui em casa melhorou muito. Estamos mais a
vontade um com o outro e nos vemos como companheiros do mesmo time em vez de
oponentes. Aprendi até a ver que o jeito dele de fazer as coisas é muitas vezes
melhor que o meu.
São necessárias
duas pessoas para que uma parceria aconteça. Nenhum está sempre certo e nenhum
está sempre errado. E nem sempre veremos as coisas exatamente do mesmo jeito.
Você não se torna melhor, ou mais inteligente, ou superior por apontar cada
coisinha que não é como você queria.
Amigas,
lembrem-se, é apenas carne para hambúrguer!
...
quinta-feira, junho 18, 2015
Jamais Desista
Amós 3 1-13 - DEUS REVELA OS SEUS PLANOS AOS SEUS SERVOS.
Começaremos agora a ver a parte III.
III. ORÁCULOS CONTRA ISRAEL (3.1 6.14).
Nesta parte que ocupará três capítulos,
veremos Amos entregando oráculos de Deus que justificavam o julgamento de
Israel, revelando quão horrível ele seria e como Deus estava determinado a
executá-los.
Após Deus, por intermédio de Amós, ter
colocado Judá e Israel em igualdade com as outras nações como objetos de sua
ira, o profeta proclamou vários oráculos que explicaram a ação judicial contra
Israel (3.1; 4.13), assim como a horrível natureza (5.1-6.7) e a certeza do
julgamento por vir (6.8-14).
Destarte, dividiremos a presente parte em 3
seções. A. A acusação de Israel (3.1 a 4.13) – começaremos a ver agora; B. A severidade do julgamento (5.1 6.7);
e, C. A certeza do juramento divino (6.8-14).
A. A acusação de Israel (3.1 4.13).
Até ao capítulo 4, estaremos vendo a
acusação de Israel. O profeta estabeleceu seus argumentos sobre duas ações
judiciais contra a nação (3.1-15; 4 1-13), que, justamente, formará nossa
subdivisão didática: 1. O primeiro processo da aliança (3.1-15) – veremos agora; 2. O segundo processo da
aliança (4.1-13).
1. O primeiro processo da aliança (3.1-15).
Neste capítulo de apenas quinze versículos,
veremos a primeira ação judicial da aliança. Amós relatou o que ouviu no
tribunal celestial de Deus, onde Deus era tanto o acusador como o juiz, e
Israel o réu.
Essa ação judicial estabeleceu a acusação
de Deus para a decisão da bem-sucedida agressão assíria contra Israel.
O capítulo começa com o imperativo “ouvi”
dirigida aos filhos de Israel, a saber, toda a família que o Senhor fez subir
do Egito.
Essa ordem solene chamou os israelitas a
ouvirem o que havia sido dito sobre eles no tribunal de Deus (veja 4.1; 5.1;
veja também Is 1.2; Jr 2.4; Os 4.1).
O Senhor imediatamente fez a acusação e
pronunciou a sentença preliminar. Ele começa dizendo que de todas as famílias
da terra somente a eles Deus os tinha conhecido.
O verbo conhecer (ver BEG) tem uma grande
variedade de significados no hebraico bíblico, fazendo referência, entre outras
coisas:
1.
As
relações sexuais ("Coabitou o homem com Eva" [ou, "conheceu Adão
a Eva"]; Gn 4.1).
2.
Conhecimento
(p. ex., "não sei"; Gn 4.9).
3.
Preocupação,
em especial a preocupação de Deus pelo seu povo como seus vassalos (p. ex.
"Eu te conheci no deserto"; Os 13.5).
A aplicação do terceiro significado aqui é
confirmada pela presença do advérbio "somente".
As palavras de Oseias refletem as
implicações de Dt 7.7-8: "Não vos
teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos... mas
porque O SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais".
Certamente o Deus que tudo sabe conhece
(tem informações completas) cada família da terra, mas ele conheceu
(preocupou-se de maneira única e relacionada ao juramento) a semente de Abraão
entre todas as famílias da terra.
No entanto, o amor do Senhor por Israel foi
recusado pela desobediência do seu povo. Consequentemente, o fato de ele ter
escolhido Israel tornou-se a base do seu julgamento (cf. Os 11.1-7).
Dos versos 3 ao 6, Deus explicará por que
Amós anunciou essa ação judicial contra Israel. Aqui há uma série de questões
lógicas, de causa e efeito, cujas respostas são tão claras que qualquer pessoa
poderia entender.
Dá para se notar uma sequência nas
apresentações dos exemplos de forma a se chegar a uma conclusão de que o mal
vem do Senhor, como juízo.
·
Assim
como para andarem duas pessoas juntas, precisam estar de acordo.
Duas
pessoas poderão andar juntas sem que entre elas haja um acordo? Essa foi a
questão levantada. O verbo hebraico também tem conotações de "viver".
O
povo do Senhor deve "andar" (ou seja, "viver") nos seus
caminhos (Sl 119.3). Aqui, implicitamente, o profeta "vive" muito
próximo do Senhor, desejando ser preenchido pela sua santidade e pelo seu
próprio ser (cf. GI 2.20).
Também
o povo de Deus deveria andar do mesmo jeito.
·
Assim
como o leão não brame sem ter a presa.
·
Assim
como fará ouvir a sua voz o leãozinho no seu covil.
·
Assim
como não cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha para ela.
Provavelmente
o significado original da palavra é "isca" (portanto,
"armadilha"). O ponto é que nenhum pássaro cairia numa armadilha sem
isca. Compare com Ec 9.12.
·
Assim
como não se levantará da terra o laço sem que tenha apanhado alguma coisa.
·
Assim
como a trombeta tocada na cidade faz o povo dela se estremecer do pavor por vir.
A
trombeta ou o shofar, como em 2.2, era soprada pelo inimigo que estava atacando
ou (como aqui) como uma advertência aos sitiados.
Um
cerco era uma probabilidade temerosa no mundo antigo, pois frequentemente
resultava em fome para muitos do povo sitiado, seguido por todos os horrores da
conquista: estupro, pilhagem, massacre e incêndios.
·
Assim, também, não sucederá qualquer mal à
cidade, sem que o Senhor o tenha feito.
O
Antigo Testamento claramente ensina que o Senhor é o Criador do bem e do mal
(Is 45.7).
No
entanto, não se trata do mal no sentido de erro moral, mas sim no sentido de
"desastre" ou "adversidade" (como aqui), os quais o Senhor
pode soberanamente infligir como punição sobre indivíduos ou nações.
O
modelo bíblico desse "mal" que vem do Senhor é visto nos oráculos de
maldição em Gn 3.14-19.
O mal vem e da parte do Senhor, porém não
vem sem os devidos avisos para todos se prepararem, ou melhor, se houver tempo,
para se arrependerem, por isso que certamente – vs. 7 - o SENHOR Soberano não
faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos, os profetas.
O Senhor revelou o seu plano para os
profetas e por intermédio deles. Ele fez isso graciosamente para que as pessoas
pudessem ser avisadas e se arrependessem.
Por exemplo, ele revelou a Abraão seus
planos para Sodoma e Gomorra (Gn 18.17), que era um profeta (veja Gn 20.7).
No entanto, quem são esses seus servos, os
profetas, aos quais ele nada faz sem antes a eles revelar?
Moisés, o profeta supremo do Antigo
Testamento, era chamado de "servo do SENHOR" (Dt 34.5), e os profetas
subsequentes eram caracterizados pela frase "seus servos, os
profetas" (Dn 9.10; veja também Jr 7.25, Ez 38.17). Em alguns contextos, o
termo servo tem conotação de "oficial". Aplicada aos profetas, ela
pode indicar emissários oficiais do tribunal de Deus.
Aproveitando o gancho do próprio texto,
agora no verso 8, rugiu o leão (vs. 4). A frase reflete 1.2 “O Senhor rugirá de
Sião...”. O Leão da tribo de Judá (veja Ap 5.5) rugiu. Ou seja, Deus ameaçou
atacar o seu povo por causa dos seus pecados de tal maneira que Amós o ouviu.
Sendo assim, quem não profetizará? Amós foi
de Tecoa para Judá. Ele não profetizou contra o Reino do Norte por razões
pessoais ou políticas. Ele falou porque Deus rugiu. Como verdadeiro profeta,
ele era obrigado a repetir o que Deus o mandou dizer (Dt 18.18; cf. Jo 7.16;
14.24).
O Senhor convocou testemunhas ao tribunal –
vs. 9. A ordem está no plural, pois se trata de uma orientação para o conselho
celestial. O Juiz real ordenou que sua corte chamasse nações gentias para
testemunhar os procedimentos contra Israel (cf. Is 40.1-2; Jr 5.1,10,20).
Ironicamente, a nobreza dessas cidades
pagãs foi chamada (por meio de um artifício poético) a olhar para a injustiça
que reinava na Samaria, como se eles fossem mais justos do que Israel. Ainda
assim, Israel, a destinatária da lei de Deus, deveria ser mais justa do que
eles.
Aos espectadores foi pedido que olhassem
para Samaria dos montes que a cercavam para verem duas coisas terríveis que havia
ali. O grande tumulto, ou "desordens" - a palavra aparece como o
oposto de paz em 2Cr 15.5 – sendo a causa dos tumultos, o pecado. E a opressão
no meio do povo de Deus.
Israel não sabia como agir direito. A
acusação foi feita contra a Samaria, onde imperavam a violência e a devastação. Por meio de uma
figura de linguagem, Amós descreveu o povo como um amontoado de "violência
e devastação"; ele estava se referindo aos "roubos e saques"
obtidos por esses meios. Os ricos saqueavam os pobres.
Portanto – vs. 11 -, em consequência, o
profeta relatou a sentença divina para Israel (vs. 11-15).
Um inimigo estaria cercando o país e ele
derrubaria as suas fortalezas e saquearia os seus palácios. O pensamento ecoa a
maldição da aliança que o Senhor havia ameaçado lançar sobre o seu povo se ele
fosse desobediente (Dt 28.52).
Um bom pastor protege as suas ovelhas (1Sm
17.34-37). No antigo Oriente Próximo, os reis eram considerados os pastores dos
seus povos. O Senhor, o grande Rei, geralmente também é caracterizado dessa
maneira (Gn 48.15; SI 23.1; Is 40.11).
Mas agora, em meio a um violento ataque, as
ovelhas de Israel, que se desviaram do caminho, somente seriam salvas num
estado de mutilação. Na verdade, a nação seria destruída; apenas alguns poucos
restariam.
A ordem aqui (no plural – “ouçam isto e
testemunhem”) pode ser para os pagãos que foram chamados como testemunhas ou
para os mensageiros do Senhor que receberam a ordem para convocar as
testemunhas pagãs (vs. 9).
O Senhor iria punir Israel, por causa de
suas transgressões - essa fraseologia do vs. 14 nos remete aos documentos
originais da aliança (Êx 32.34). Nesse mesmo dia também iria destruir os altares
de Betel.
Aqueles que Jeroboão I havia feito com dois
bezerros de ouro para Israel adorar em Betel, como uma alternativa à adoração
em Jerusalém (1 Rs 12.25-33). Ele instalou um altar ali (1 Rs 13.1). Em seus
esforços na reforma, Josias havia destruído os altares e o santuário (2Rs
23.15-16).
Também ainda nesse mesmo dia, seriam
cortadas as pontas do altar. Agarrar as pontas do altar era um meio pelo qual um
fugitivo podia receber asilo (cf. 1 Rs 1.49-51), embora essa impunidade nem
sempre fosse respeitada (1 Rs 2.28-35). Aqui as pontas seriam cortadas, de modo
que até mesmo esse último recurso seria negado à pecadora Israel.
Am 3:1 Ouvi
esta palavra que o Senhor fala
contra vós, filhos de Israel, contra toda a família
que fiz subir da terra do Egito, dizendo:
Am 3:2 De todas as famílias da terra só a vós vos
tenho conhecido;
portanto eu vos punirei por todas as vossas
iniqüidades.
Am 3:3 Acaso andarão dois juntos,
se não estiverem de acordo?
Am 3:4 Bramirá o leão no bosque,
sem que tenha presa?
Fará ouvir a sua voz o leão novo no seu covil,
se nada tiver apanhado?
Am 3:5 Cairá a ave no laço em terra,
se não houver armadilha para ela?
levantar-se-á da terra o laço,
sem que tenha apanhado alguma coisa?
Am 3:6 Tocar-se-á a trombeta na cidade,
e o povo não estremecerá?
Sucederá qualquer mal à cidade,
sem que o Senhor o tenha feito?
Am 3:7
Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma,
sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Am 3:8 Bramiu o leão,
quem não temerá?
Falou o Senhor Deus,
quem não profetizará?
Am 3:9 Proclamai nos palácios de Asdode,
e nos palácios da terra do Egito, e dizei:
Ajuntai-vos sobre os montes de Samária,
e vede que grandes alvoroços nela há,
e que opressões no meio dela.
Am 3:10 Pois não sabem fazer o que é reto, diz o
Senhor,
aqueles que entesouram nos seus palácios
a violência e a
destruição.
Am 3:11
Portanto, o Senhor Deus diz assim:
um inimigo cercará a tua terra;
derrubará a tua fortaleza,
e os teus palácios serão saqueados.
Am 3:12 Assim
diz o Senhor:
Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas,
ou um pedacinho da orelha, assim serão livrados
os filhos de Israel que habitam em Samária,
junto com um canto do leito e um pedaço da cama.
Am 3:13 Ouvi, e protestai contra a casa de Jacó,
diz o Senhor Deus, o Deus dos exércitos:
Am 3:14 Pois no dia em que eu punir as transgressões
de Israel,
também castigarei os altares de Betel;
e as pontas do altar serão cortadas,
e cairão por terra.
Am 3:15 Derribarei a casa de inverno
juntamente com a casa de verão;
as casas de marfim perecerão,
e as grandes casas terão fim, diz o Senhor.
Se não bastasse isso tudo, também seria
derrubada a casa de inverno, junto com a casa de verão. A posse de uma casa de
verão e uma casa de inverno era um grande luxo, acessível apenas aos reis e aos
muito ricos.
O Senhor iria destruir essas múltiplas
casas e mansões excessivamente decoradas. Seu instrumento de julgamento,
Assíria, era perita nesse tipo de destruição e saque, como a vasta riqueza de
Nínive testemunhou amplamente.
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quarta-feira, 17 de junho de 2015
quarta-feira, junho 17, 2015
Jamais Desista
Amós 2 1-16 - OS CASTIGOS DIVINOS CONTRA MOABE, JUDÁ E ISRAEL.
Como já dissemos, o livro de Amós é um
livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade
pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois
da destruição e do exílio que estava se aproximando.
II. O POVO DE DEUS JULGADO JUNTO COM AS NAÇÕES (1.2 2.16) - continuação.
Estamos vendo nesta parte II que Amós
declarou que Deus havia determinado julgar Israel e Judá, juntamente com as
nações gentias, por meio da agressão assíria.
Como já dissemos, o profeta implicitamente
fez referência à agressão assíria que estava por vir como instrumento da ira de
Deus sobre as nações e sobre o seu próprio povo.
A divisão que estamos seguindo agora está
assim: A. O Senhor ruge (1.2) – já vista;
B. O castigo divino para a Síria (1.3-5)
– já vista; C. O castigo divino para a Filístia (1.6-8) – já vista; D. O castigo divino para a Fenícia (1.9-10) – já vista; E. O castigo divino para
Edom (1.11-12) – já vista; F O
castigo divino para Amon (1.13-15) – já
vista; G. O castigo divino para Moabe (2.1-3) – veremos agora; H. O castigo divino para Judá (2.4-5) – veremos agora; e, I. O castigo divino
para Israel (2.6-16) – veremos agora.
G. O castigo divino para Moabe (2.1-3).
Pelas muitas transgressões de Moabe, o castigo
divino era inevitável. Moabe foi um estado vassalo (servo) para uma série de
reis assírios, de Tiglate-Pileser III até Assurbanipal. A predição de Amós se
cumpriu quando Moabe se rebelou contra Senaqueribe, que então dominava a
região.
Moabe foi quem queimou os ossos do rei de
Edom até que se tornasse apenas pó. De acordo com a tradição hebraica, estes
eram os "ossos" do rei moabita Mesa.
Queimar os ossos indicava desprezo e
acreditava-se que privava o morto da paz após a morte. Do mesmo modo, Josias
queimou os ossos de falsos sacerdotes no altar de Betel (2Rs 23.15-16).
Seria por conta disso que Moabe estaria
entrando em juízo e um fogo iria consumir os palácios de Queriote.
Este é possivelmente um substantivo comum
que tem o significado de "cidades" (assim traduz a Septuaginta, a
tradução grega do AT), mas é mais provável que seja uma das principais cidades
moabitas e centro de culto, aparentemente a capital, também citada em Jr 48.41.
Desta forma morreria Moabe com grande
estrondo, com alarido e com som de trombeta, o shofar, a trombeta da guerra ou
clarim, das antigas batalhas, que era feito do chifre curvado do carneiro.
E assim, estaria exterminado o juiz no meio
dela e morto com ele todos os seus príncipes. Literalmente, "cortaria"
(ou seja, "mataria").
No Oriente Próximo, a destruição do rei e
de seus príncipes era uma punição típica para os vassalos que se rebelavam.
H. O castigo divino para Judá (2.4-5).
Agora, na sequência, estaremos vendo nos
próximos dois versículos, o castigo divino para Judá. Amós voltou a sua atenção
das nações gentias para o povo da aliança.
Amós entregou essa série de oráculos em
Israel, o Reino do Norte, e por essa razão a inclusão de Judá não foi
totalmente desagradável para seus ouvintes.
Os reinos do norte e do sul – estamos nos
aproveitando dos comentários da BEG - tiveram divergências durante mais de um
século e estiveram em guerra durante muitos desses anos.
As pessoas do norte podem ter ouvido esse
oráculo com alguma presunção, por se julgarem superiores; uma vez que Judá, não
Israel, havia sido escolhida para ser punida juntamente com as nações gentias.
Porém, qualquer sensação de segurança que
elas podem ter sentido logo seria destruída (veja o vs. 6).
Também Judá pelos seus muitos pecados
estava entrando em juízo com Deus, pois rejeitaram a lei do SENHOR, literalmente,
"de Javé".
As nações mereciam o julgamento porque elas
haviam violado as leis da graça comum conhecidas desde a criação (Rm 1.18-23),
apesar de o Senhor, especialmente, ter revelado e codificado suas leis justas
para seu povo. Por rejeitarem a lei de Deus, e desse modo ao próprio Deus, eles
eram especialmente merecedores de julgamento.
Rejeitaram e também não guardaram os seus
estatutos - terminologia da aliança como essa também pode ser encontrada em Êx
15.26 e em Dt 4.40 -, pelo contrário, se deixaram enganar por suas próprias
mentiras e andaram após os seus pais.
Literalmente, "seus pais as
seguiram". No antigo Oriente próximo, essa expressão significava
"seguir em obediência como um vassalo - servo". Então Judá, que era
apropriadamente a vassala do grande Rei, o Senhor, escolheu ser vassala de
falsos deuses, os quais tanto o Antigo quanto o Novo Testamento (Dt 32.17; 1 Co
10.20) revelam serem demônios.
Em consequência seria posto fogo a Judá que
consumiria os castelos. Como os judaítas seguiam os deuses das nações, eles
seriam punidos como os habitantes de Síria (1.4), Gaza (1.7), Tiro (1.10), Edom
(1.12), Amon (1.14) e Moabe (vs. 2).
Embora Jerusalém - o nome significa,
ironicamente, "cidade de paz" – os seus palácios consumidos pelo fogo.
Paz em hebraico implica não apenas na ausência de guerra, mas também um caráter
de totalidade.
Uma vez que Judá não buscou integridade no
Senhor, ela seria visitada não pela paz, mas pela destruição.
A profecia se cumpriu mais de cento e
cinquenta anos depois, quando Nabucodonosor II conquistou Jerusalém e queimou
todos os edifícios importantes, incluindo a casa do rei (cf. 2Rs 25.8-10).
I. O castigo divino para Israel (2.6-16).
Agora – vs. 6 ao 16 -, semelhantemente, o castigo
divino seria para Israel. Amós agora falou de seus ouvintes imediatos, os
cidadãos do Reino do Norte.
Pelos muitos pecados de Israel, esta também
sofreria os juízos de Deus. Ela havia quebrado a lei de Deus consistentemente,
tendo se envolvido:
·
Em
injustiça social (vs. 6-7a).
·
Imoralidade
sexual (2.7b).
·
Abusos
religiosos (2.8).
O pecado de Israel era vender o justo por
dinheiro. Nesse contexto, "justo" carrega a conotação de alguém que
não está em dívida e, portanto, não poderia ser vendido à escravidão (cf. Lv
25.39-43).
E também vendem o necessitado por um
simples par de sapatos, ou seja, aquele que era pobre e incapacitado. O Senhor
tinha uma preocupação especial com a proteção dos direitos das pessoas nessa
situação (cf. Ex 23.6; Jr. 5.28).
Por uma dívida tão insignificante, os
necessitados estavam sendo vendidos à escravidão. Em Israel, a escravidão de indigentes
era legal, mas tinha a intenção de ser benigna e cheia de consideração
fraternal (cf. Êx 21.2-11; Dt 15.12-18).
Além disso, Israel acumulava outras
transgressões – vs. 7 e 8:
·
Pisavam
sobre a cabeça dos necessitados como pisavam no pó da terra. Um sinal de um bom
rei no antigo Oriente Próximo era que ele tinha um cuidado especial pelos
pobres. Amós esperava que isso fosse ainda mais verdadeiro em relação ao povo
de Deus (cf. Ex 23.6-8), mas em Israel não era assim (cf. Is 3.15).
·
Negavam
justiça ao oprimido.
·
Pai
e filho possuíam a mesma mulher e assim profanavam o santo nome do Senhor.
Compare com Pv 17.23, onde um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem. Esse
fato não somente era contra as intenções originais de Deus para a união sexual
(Gn 2.23-24; Mt 19.4-6), como também era especificamente proibido pela lei (Lv
18.7-30). Esse pecado, também, era como aquele das nações ao redor de Israel,
como o Senhor havia advertido em Lv 18.24.
·
Inclinavam-se
ao lado de todo altar com roupas tomadas como penhor. Aparentemente, eles
praticavam o sexo ilícito aos pés dos altares, profanando ainda mais o nome do
Senhor. Havia muitos altares em Israel, incluindo aqueles em Betel (3.14), Dã
(8.14) e Gilgal (Os 12.11). Tais roupas não eram para ser usadas durante a
noite (Ex 22.26), nem deveriam ser usadas para dormir (Dt 24.12-13).
·
No
templo do seu deus bebiam vinho recebido como multa. Implicitamente, as multas
eram injustas. Talvez, se isso segue o pensamento de 2.7, sejam indícios do
abuso de álcool juntamente com a indulgência sexual.
Assim corno o Senhor destruiu os refains
diante dos amonitas (Dt 2.20-21) e os horeus perante os filhos de Esaú (Dt
2.22), ele também destruiu graciosamente os amorreus (um termo algumas vezes
usado para se referir a todos os cananeus, como aqui) perante Israel:
·
Primeiro
com Moisés derrotando Seom e Ogue ao leste do Jordão (Dt 2.24; 3.11).
·
Mais
tarde com Josué conquistando a terra a oeste do Jordão (Js 21.43).
Os amorreus destruídos eram altos como o
cedro e fortes como o carvalho. A descrição recorda não apenas o relatório dos
espias (Nm 13.26-33), mas também a ira de Deus contra todos os arrogantes (Is
2.12-18).
Essa linguagem poética destruindo os seus
frutos em cima e as suas raízes embaixo indica que Deus os destruiu completamente.
O Senhor recordou – vs. 10 - a sua antiga
fidelidade pactual (cf. Gn 50.24; Êx 3.8) onde por quarenta anos conduziu o
povo no deserto. Esse tempo foi necessário para preparar um povo que obedeceria
ao Senhor e conquistaria a Terra Prometida (Dt 1.19.40). Literalmente,
"para herdar a terra do amorreu"; isto é, para que eles possam
herdá-la.
A promessa da aliança foi dada a Abraão (Gn
15.7) e cumprida - como o Senhor havia prometido - para os descendentes deles
(Dt 2.31).
Também foi do Senhor a iniciativa de suscitar
profetas e nazireus dentre eles. O Senhor havia soberanamente suscitado:
·
Profetas
(Dt 18.15,17) - os profetas eram os emissários especiais da aliança, enviados
para chamar o povo a obedecer à sua lei pactual.
·
Nazireus
- esses homens ou mulheres eram especialmente dedicados ao Senhor e, de acordo
com a lei (Nm 6.1-21), não podiam beber vinho, vinagre de vinho ou suco de uva,
nem mesmo comer uvas ou passas. Eles deixavam crescer os cabelos como um sinal
exterior de sua dedicação. O Antigo Testamento menciona dois nazireus por nome:
ü
Sansão
(Jz 13.1-5).
ü
Samuel
(1 Sm 1.11).
·
Juízes
(Jz 2.18).
·
Sacerdotes
(1Sm 2.35).
·
Reis
(25m 7.12).
À despeito disso, dessa graça soberana do
Senhor, eles se houveram maliciosamente e perverteram tudo fazendo o nazireu
beber vinho e ordenando aos profetas que não profetizassem – vs. 12.
Em contraste com o que o Senhor havia feito
("suscitei profetas"; 2.11), seu povo Israel havia tentado derrotar
seus propósitos ao ordenar que seus mensageiros da ação judicial não fizessem
as acusações e fazendo com que os nazireus, que não deviam sequer comer uvas,
bebessem vinho.
Desse modo, eles mostraram o seu desprezo
pela lei e pelo Senhor da lei.
Am 1.1 Assim
diz o Senhor:
Por três transgressões de Moabe, sim, por quatro,
não retirarei o castigo;
porque queimou os ossos do rei de Edom,
até os reduzir a cal.
Am 2.2 Por isso porei fogo a Moabe,
e ele consumirá os palácios de Queriote;
e Moabe morrerá com grande estrondo,
com alarido, e som de trombeta.
Am 2.3 E exterminarei o juiz do meio dele,
e matarei com ele todos os seus príncipes, diz o
Senhor.
Am 2.4 Assim
diz o Senhor:
Por três transgressões de Judá, sim, por quatro,
não retirarei o castigo;
porque rejeitaram a lei do Senhor,
e não guardaram os seus estatutos,
antes se deixaram enganar por suas próprias mentiras,
após as quais andaram seus pais.
Am 2.5 Por isso porei fogo a Judá,
e ele consumirá os palácios de Jerusalém.
Am 2.6 Assim
diz o Senhor:
Por três transgressões de Israel, sim, por quatro,
não retirarei o castigo;
porque vendem o justo por dinheiro,
e o necessitado
por um par de sapatos.
Am 2.7 Pisam a cabeça dos pobres no pó da terra,
pervertem o caminho dos mansos;
um homem e seu pai entram à mesma moça,
assim profanando o meu santo nome.
Am 2.8 Também se deitam junto a qualquer altar
sobre roupas empenhadas,
e na casa de seu Deus bebem o vinho
dos que têm sido multados.
Am 2.9 Contudo eu destruí o amorreu diante deles,
a altura do qual era como a dos cedros,
e cuja força era como a dos carvalhos;
mas destruí o seu fruto por cima,
e as suas raízes por baixo.
Am 2.10 Outrossim vos fiz subir da terra do Egito,
e quarenta anos vos guiei no deserto,
para que possuísseis a terra do amorreu.
Am 2.11 E dentre vossos filhos suscitei profetas,
e dentre os vossos mancebos, nazireus.
Acaso não é isso assim, filhos de Israel?
diz o Senhor.
Am 2.12 Mas vós aos nazireus destes vinho a beber,
e aos profetas ordenastes, dizendo:
Não profetizeis.
Am 2.13 Eis que eu vos apertarei no vosso lugar
como se aperta um carro cheio de feixes.
Am 2.14 Assim de nada valerá a fuga ao ágil,
nem o forte corroborará a sua força,
nem o valente salvará a sua vida.
Am 2.15 E não ficará em pé o que maneja o arco,
nem o ligeiro de pés se livrará,
nem tampouco se livrara o que vai montado a cavalo;
Am 2.16 e aquele que é corajoso entre os valentes
fugirá nu naquele dia, diz o Senhor.
Em consequência, naquele dia, o Senhor os
amassaria como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo, de tal
forma que:
·
O
ágil não escaparia.
·
O
forte não reuniria as suas forças.
·
O
guerreiro não salvaria a sua vida. Isso pode ser traduzido como "o
herói"; ou seja, aquele que, pelo seu físico e por suas habilidades, era
especialmente adaptado para ser um poderoso guerreiro. Golias era um desses (1
Sm 17.51), e o termo também foi usado para Davi (1Sm 16.18) e para o Messias
("Poderoso Deus"; literalmente "Deus, o herói"; Is 9.6).
·
O
arqueiro não manteria a sua posição.
·
O
que corre não se livraria.
·
O
cavaleiro não salvaria a sua própria vida.
·
Até
mesmo os guerreiros mais corajosos fugiriam nus.
Conforme a BEG, a palavra hebraica para
"nu" foi usada para Adão e Eva (Gn 2.25).
Aqui, os mais valentes guerreiros não
apenas deixaram suas armaduras e armas para trás, mas também se livraram de
todo obstáculo, incluindo as roupas, numa luta aterrorizante, porém inútil.
Tudo isso por causa daquele dia, ou seja,
“naquele dia” é uma frase que é comumente utilizada nos Profetas para indicar
"o dia do SENHOR" (2.16; 5.18), o momento em que Deus devastará seus
inimigos tanto dentro quanto fora da aliança e trará grandes bênçãos para os
que têm fé. Nesse caso, ela anuncia a aproximação do dia da conquista assíria.
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