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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Daniel 10:1-21 - UM ANJO PODEROSO É ENVIADO A DANIEL PARA QUE ELE ENTENDESSE A VISÃO

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13) – continuação.
Como também já dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28) – já vimos.
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos.
ü  As "setenta semanas" (9.1-27) – já vimos.
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – veremos agora..
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos; C. A visão das setenta semanas (9.1-27) – já vimos; e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13)veremos agora.
D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Veremos do capítulo 10 ao 12, concluindo o livro de Daniel, a visão do futuro do povo de Deus.
O profeta volta a sua atenção para uma visão final e longa que focaliza o reinado de Antíoco IV Epífanes e olha também para além desse reino.
Esse material se divide em quatro seções principais, conforme já citado acima: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) – começaremos agora; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1).
Até o primeiro versículo do próximo capítulo, estaremos vendo a mensagem do anjo para Daniel. Daniel foi preparado por um ser angélico para receber a visão relativa a "dias ainda distantes" (10.14).
Foi no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, por volta de 537 a.C., que foi revelada a Daniel uma palavra – palavra verdadeira – relacionada a um grande conflito, o qual Daniel, à época, entendeu a palavra e a visão, obviamente de forma parcial, uma vez que ele era um cidadão de uma época bem distante.
Nesse tempo, nos esclarece o nosso guia, a BEG, que os exilados repatriados estavam de volta na Terra Prometida para reconstruir o templo (Ed 1.1-4; 3.8), mas logo teriam de abandonar a reconstrução (Ed 4.24).
Foram naqueles dias que Daniel ficou pranteando por 21 dias ou 3 semanas (3 x 7) nas quais teve um propósito em jejum:
·         Nenhuma coisa desejável comeu.
·         Nem carne nem vinho entraram em sua boca.
·         Nem se ungiu com unguento.
Provavelmente o pranto de Daniel foi causado pelo estado de Jerusalém (Ne 1.4; Is 61.3-4; 68.8-12; 66.10).
Assim foi com ele até que no dia 24 do primeiro mês estando ele à borda do grande rio Tigre, levantou os seus olhos e viu um homem vestido de linho com seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz. Esses vs. 5-6 dão uma visão detalhada de um anjo, talvez Gabriel (9.21) ou aquele que falou por Gabriel (8.16).
A aparência dele era semelhante à da glória do Senhor (Ez 1.26-28; Ap 1.12-16). Para outras referências a anjos, podemos ver em Jz 13.6; Ez 9.2-3; 10.2; Lc 24.4. Reparemos melhor em sua aparência incrível:
·         Vestido de linho.
·         Lombos cingidos com ouro fino de Ufaz.
·         Corpo era como o berilo.
·         Rosto como um relâmpago.
·         Olhos eram como tochas de fogo.
·         Braços e pés como o brilho de bronze polido.
·         Voz das suas palavras como a voz duma multidão.
Daniel não resistiu e sobre ele sobre todos os que estavam ali caiu grande temor. - vs. 7; Is 6.5; Lc 5.8. Daniel viu, mas os que estavam ali com ele nada viram, mas sentiram e se esconderam.
Aquelas palavras de oração de Daniel foram ouvidas e, por causa delas é que aquele ser fantástico veio até ele, em obediência a Deus. A visão e a revelação recebidas por Daniel vieram como resposta direta às suas orações.
Por causa da visão, Daniel perdeu as suas forças e desfigurou-se o seu rosto, mas ainda assim podia ouvir a voz dele, mas Daniel caiu em profundo sono, com o rosto em terra, de tão cansado, exausto.
Naquele momento uma mão o tocou e ela fez com que ele se levantasse, mas tremia e seus joelhos batiam um no outro. Apoiando em seu joelho e com as palmas das suas mãos, reuniu forças para se levantar.
E o anjo lhe disse que ele era muito amado e que era para ele entender e levantar-se sobre os seus pés, pois que ele, o anjo, lhe era enviado.
Daniel reagiu a sua fala e conseguiu pôr-se de pé, com dificuldades e ainda tremendo.
O anjo volta a lhe falar e explicar as coisas. Ele começa dizendo que desde o primeiro dia, dos vinte e um, ele foi enviado a Daniel. Chama atenção o fato de que Daniel aplicou seu coração a compreender e a se humilhar perante Deus e foi por isso que foram ouvidas as suas palavras e por causa das palavras dele é que o anjo tinha vindo.
No entanto, houve problemas no caminho do anjo, pois o príncipe da Pérsia o resistiu e isso por vinte e um dias! Se aquele anjo pode ser resistido, imaginem quem se lhe opôs e ainda por vinte e um dias. Nem dá para imaginar tamanhos confrontos angelicais. Este anjo teve de receber ajuda de outro anjo, chamado de príncipe, um dos primeiros, que veio ajudá-lo. Seu nome Miguel.
No contexto fica aparente que esse príncipe que resistiu ao anjo por vinte e um dias se refere a um ser espiritual poderoso, mas maligno (cf. Jó 1.6-12; SI 82; Is 24.21; Lc 11.14-26), designado por Satanás para agir no interesse do governo persa.
Do mesmo modo, o arcanjo Miguel é chamado "o grande príncipe, o defensor" de Israel (12.1).
Em outras ocasiões no Antigo Testamento os exércitos do céu são mencionados como lutando por Israel (Jz 5.20; 2Rs 6.15-18; SI 103.20-21). Miguel é retratado como comandante dos santos anjos em Jd 9 e em Ap 12.7.
Aqui temos um vislumbre das batalhas espirituais travadas no céu e que afetam os acontecimentos sobre a terra (Ef 6.12; Ap 12.7-9).
O fato era que aquele anjo vinha fazer entender o que haveria de suceder ao povo de Israel nos derradeiros dias, pois a visão era para muitos dias à frente. Ao falar ele com Daniel aquelas palavras, Daniel abaixou o seu rosto para terra e emudeceu. Fugiram-se as palavras de sua boca!
Nesse interim, surge um ser que tinha a semelhança dos filhos dos homens e tocou nos lábios de Daniel e ele pode abrir a sua boca e falar. Pode dizer àquele que estava diante dele que por causa da visão é que lhe sobreveio muitas dores e ele se encontrava extenuado e não podia, nem conseguia falar, nem ouvir dele coisa alguma, uma vez que lhe faltavam forças e mesmo fôlego.
Novamente aquele ser, provavelmente o mesmo que o tocou no início, o que tinha a semelhança de filho dos homens, tocou novamente nele, em Daniel e conseguiu consolá-lo. Ele disse para ele algo incrível:
·         Não temas, homem muito amado.
·         Paz seja contigo.
·         Sê forte e tem bom ânimo.
Na ação desse anjo – dupla ação de toque - para fortalecer Daniel vemos duas coisas o toque e as palavras. Foi quando ele falava com ele que as suas forças começaram a retornar a ele de forma que pode dizer: pode falar-me, meu senhor, pois que me fortaleceste.
Dn 10:1 No ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia,
foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar,
uma palavra verdadeira concernente a um grande conflito;
e ele entendeu esta palavra,
e teve entendimento da visão.
Dn 10:2 Naqueles dias eu, Daniel,
estava pranteando por três semanas inteiras.
Dn 10:3 Nenhuma coisa desejável comi,
nem carne nem vinho entraram na minha boca,
nem me ungi com ungüento,
até que se cumpriram as três semanas completas.
Dn 10:4 No dia vinte e quatro do primeiro mês,
estava eu à borda do grande rio, o Tigre;
Dn 10:5 levantei os meus olhos, e olhei,
e eis um homem vestido de linho
e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;
Dn 10:6 o seu corpo era como o berilo,
e o seu rosto como um relâmpago;
os seus olhos eram como tochas de fogo,
e os seus braços e os seus pés
como o brilho de bronze polido;
e a voz das suas palavras como a voz duma multidão.
Dn 10:7 Ora, só eu, Daniel, vi aquela visão;
pois os homens que estavam comigo não a viram:
não obstante, caiu sobre eles um grande temor,
e fugiram para se esconder.
Dn 10:8 Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão,
e não ficou força em mim;
desfigurou-se a feição do meu rosto,
e não retive força alguma.
Dn 10:9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras;
e, ouvindo o som das suas palavras,
eu caí num profundo sono, com o rosto em terra.
Dn 10:10 E eis que uma mão me tocou,
e fez com que me levantasse, tremendo,
sobre os meus joelhos
e sobre as palmas das minhas mãos.
Dn 10:11 E me disse:
Daniel, homem muito amado,
entende as palavras que te vou dizer,
e levanta-te sobre os teus pés;
pois agora te sou enviado.
Ao falar ele comigo esta palavra,
pus-me em pé tremendo.
Dn 10:12 Então me disse:
Não temas, Daniel;
porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração
a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus,
são ouvidas as tuas palavras,
e por causa das tuas palavras eu vim.
Dn 10:13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu
por vinte e um dias;
e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes,
veio para ajudar-me,
e eu o deixei ali com os reis da Pérsia.
Dn 10:14 Agora vim, para fazer-te entender o que há de suceder
ao teu povo nos derradeiros dias;
pois a visão se refere a dias ainda distantes.
Dn 10:15 Ao falar ele comigo estas palavras,
abaixei o rosto para a terra e emudeci.
Dn 10:16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens
me tocou os lábios;
então abri a boca e falei,
e disse àquele que estava em pé diante de mim:
Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores,
e não retenho força alguma.
Dn 10:17 Como, pois, pode o servo do meu Senhor
falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim,
desde agora não resta força em mim,
nem fôlego ficou em mim.
Dn 10:18 Então tornou a tocar-me um que tinha
a semelhança dum homem, e me consolou.
Dn 10:19 E disse:
Não temas, homem muito amado;
paz seja contigo;
sê forte, e tem bom ânimo.
E quando ele falou comigo, fiquei fortalecido, e disse:
Fala, meu senhor, pois me fortaleceste.
Dn 10:20 Ainda disse ele:
Sabes por que eu vim a ti?
Agora tornarei a pelejar
contra o príncipe dos persas;
e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.
Dn 10:21 Contudo eu te declararei
o que está gravado na escritura da verdade;
e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles,
senão Miguel, vosso príncipe.
O anjo lhe pergunta mais uma vez se ele sabia por que ele tinha vindo e lhe diz que voltaria a pelejar contra o príncipe dos persas e, que saindo ele, viria o príncipe da Grécia - um anjo caído ou poder demoníaco designado por Satanás para participar dos negócios do reino grego (vs. 13; veja Jo 14.30; Ef 6.12).
Embora tanto a Pérsia quanto a Grécia tenham conquistado o povo de Deus, Daniel deveria entender que o seu poder seria limitado pelo poder de Deus, cujos propósitos sempre prevalecem.
O anjo encerra sua ministração a Daniel afirmando que o que ele declarara a ele era o que estava gravado na escritura da verdade, provavelmente, como nos diz a BEG, uma metáfora para o conhecimento e controle de Deus sobre toda a História.
Também desabafou para Daniel que ninguém havia que se esforçava com ele contra aqueles, senão Miguel a quem ele chamou de nosso príncipe. O interesse de Miguel em proteger Israel (vs. 13; cf. 12.1) corresponde ao do mensageiro, que estava diretamente envolvido com os propósitos de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

terça-feira, 26 de maio de 2015

O DOM DA VIDA É MAIOR DO QUE A MORTE.

Meu irmão foi embora e deixou tudo...
O que ele levou? Ele não levou nada...
Sonhos, projetos, planos, tarefas,
Casa, família, igreja, trabalho, empresa
Filhos, mulher, pais, irmãos, tudo ficou!

E agora eu me pergunto...
Será que serei diferente e sairei daqui levando algo?
O que nos ensina a partida de nossos entes queridos?

A vida é dom de Deus! Dádiva divina!
Eu entendo que devemos viver o hoje...
Em toda a sua plenitude e absorvendo o ar
Como se não houvesse mais ar no dia seguinte.

Cada dia que Deus nos dá é especial!
Tem uma configuração única e totalmente dedicada.
As nuvens com seus desenhos
O sol com seu ardor
A lua com seu romantismo
As árvores, galhos, folhas e frutos
As cores, os sabores, o vento

Deus criou tudo isso para você curtir!
Clica na natureza e curte a vida.
Compartilhe a sua obra de arte.
Comente sobre os detalhes de seu dia.

Ele é especial! Ele é único! Ele é sem igual!
Deus fez tudo isso para você!
Pare de pensar no passado, se ele te fere.
Ressiguinifique-o pelo Espírito de Deus!
Pare de se preocupar com o futuro!
Acredite que Deus está no controle.
Viva o presente, com toda a intensidade.

Curta sua família.
Curta seus filhos e esposa.
Curta sua mãe, pai e irmãos.
Curta seus parentes.
Curta seus irmãos em Cristo.
Curta a igreja!
Curta a criação de Deus - adorando-o e amando-o acima de todas as coisas.

Viva o evangelho e obedeça ao Senhor.
Pregue a palavra de Deus! (II Tim 4.1-2)

Meu irmão foi embora....
Nós iremos também.
Não adianta amargurar o coração
Não adianta lamentar.

Gere vida onde você está!
Sabe como? Deixe Cristo inundar o seu ser.
Saia da crise: o crente não vive em crise, vivem em Cristo!

Aproveite a vida que Deus te deu!
Sorria mais.
Chore mais.
Ame mais.
Curta mais.
Abrace mais.
... mais... mais de Deus em sua vida!
Importe-se mais, principalmente com aqueles que Deus te confiou
para habitar contigo confiadamente!

Precisamos desesperadamente saber (entender!) que a vida é dom de Deus!
Independentemente das circunstâncias,
Independentemente dos fatos,
Independentemente das coisas,
CONFIE EM DEUS DE TODO CAFE
(Coração+Alma+Força+Entendimento)

Não queira mudar o mundo.
--- mude você mesmo e o mundo a sua volta já não será mais o mesmo.
Não queira transformar vidas.
---- seja transformado por Cristo Jesus e ao seu redor todos serão impactados.
Não queira deixar a sua marca.
---- exalte a marca de Cristo e ele te exaltará...
Jesus está voltando!

Uma boa noite aos vivos, a todos habitantes do planeta terra, meus contemporâneos, pela graça divina!

Saudades de ti maninho...

em breve nos veremos!

Daniel 9:1-27 - AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL 9

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13) – continuação.
Como também já dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28) – já vimos.
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos.
ü  As "setenta semanas" (9.1-27) – veremos agora.
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos; C. A visão das setenta semanas (9.1-27) – veremos agora; e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1); 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
C. A visão das setenta semanas (9.1-27).
Veremos no capítulo 9 a famosa e importante visão das setenta semanas de Daniel. Daniel registra o relato de uma revelação que recebeu a respeito da profecia de Jeremias sobre os setenta anos de desolação de Jerusalém.
Como vimos, Jeremias e Daniel aqui estão intimamente ligados e Daniel procurará entender e nos explicará sua visão.
A visão seguiu-se a uma oração de Daniel na qual ele confessa a justiça da desolação de Jerusalém e busca o favor de Deus para a restauração da cidade e do templo.
Essa visão revelou que o tempo do exílio de Judá foi prolongado porque o povo de Deus ainda não havia se arrependido dos pecados que havia trazido o exílio para eles.
Foi no primeiro ano do reinado de Dario, filho de Assuero, que Daniel diz ter entendido pelos livros de que o número de anos de desolação que falara Jeremias seria de 70 anos.
O termo "Assuero" (não a mesma pessoa mencionada em Et 1.1) pode ser um título real e não um nome pessoal. O primeiro ano do reinado de Dario foi 539 a.C.
Daniel estava preocupado, pois os setenta anos se aproximavam do fim, mas os israelitas não estavam preparados para voltar para a Terra Prometida. (Veja Jr 25.11-12; 29.10.)
A BEG nos diz que os intérpretes discordavam quanto às datas do começo e do fim desse período de setenta anos, e também sobre se eles devem ou não ser entendidos como um número inteiro, sugerindo um período de vida humano ou um período exato de tempo.
Alguns datam o período a partir de 586 a.C. (a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor) até 515 a.C. quando a restauração do templo foi terminada sob Zorobabel (Ed 6.13-18; Zc 1.12).
Outros datam o início desse período a partir do ano em que Daniel foi levado cativo (604 a.C.). Daniel também estava, sem dúvida, consciente de que Isaías havia profetizado o término do exílio de Israel durante o governo persa de Ciro (Is 44.28; 45.1-13).
Como Daniel aparentemente fez aqui, o escritor de Crônicas cita a libertação de Israel por Ciro em 539 a.C. como cumprimento da profecia de Jeremias (2Cr 36.21).
Na literatura do antigo Oriente Próximo, setenta anos era um período de tempo padrão durante o qual um deus puniria o seu povo por deslealdade.
Esse período poderia ser estendido ou encurtado de acordo com as reações do povo. Por essa razão não é de se estranhar que haveria certa flexibilidade nas diferentes maneiras utilizadas pelos escritores bíblicos na aplicação desse número à história de Israel.
Com esse entendimento e a falta de preparo do povo, Daniel se inquietou e foi buscar Deus dirigindo o seu rosto ao Senhor, para buscá-lo com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. Ele foi orar ao Senhor seu Deus, e confessando, disse ao Senhor sua oração – vs. 3 e 4.
Ela ficou registrada dos versos 4 ao 19. A oração de Daniel, conforme nos fala a BEG, está baseada na compreensão da relação pactual do Senhor com o seu povo (bênção para a obediência, maldição para a desobediência; veja especialmente os vs. 5,7,11-12,14; Lv 26.14-45; Dt 28.15-68; 30.1-5). Para uma oração semelhante, veja Ne 9.
Conforme a BEG, essa oração de Daniel contém quatro partes:
(1)   Adoração (vs. 4).
(2)   Confissão de pecado (vs. 5-11a).
(3)   Reconhecimento da justiça de Deus em seu julgamento do pecado (vs. 11b-14).
(4)   Apelo à misericórdia de Deus baseado no cuidado pelo seu nome, reino e vontade (vs. 15-19).
São características da sua oração, a qual acaba se tornando modelo de oração eficiente para todos nós:
·         Baseia-se nas promessas de Deus (vs. 2).
·         Foi pronunciada num espírito de contrição e humildade (vs. 3).
·         Fornece um modelo para os elementos apropriados de uma oração eficiente.
Daniel ainda estava orando ao Senhor quando subitamente lhe apareceu Gabriel que ele já tinha visto antes em suas visões e o tocou à hora da oblação da tarde. Ele fez questão de ressaltar que ele veio voando rapidamente – vs. 21. Ele o chamou de varão ou de o homem Gabriel.
Gabriel, então, afirma a ele o propósito de sua vinda: torná-lo sábio e entendido. Ele explica – vs. 23 – que no princípio das suas súplicas, saiu a ordem, e ele veio, para declarar a ele o significado da visão. Nesse momento, ele elogia Daniel dizendo que ele era muito amado e o exorta a considerar, pois, a palavra que ele explicará permitindo a ele entender a visão.
O termo “SETENTA SEMANAS” representa a tradução literal (ou "setenta setes"), significando quatrocentos e noventa anos (9.24-27). Os setenta anos de exílio (vs. 2) são multiplicados sete vezes de acordo com o padrão das maldições pactuais (Lv 26.14,21,24,28).
Deus prolongou o exílio por causa da contínua pecaminosidade de Israel. Assim corno os setenta anos de exílio preditos por Jeremias provavelmente exprimiam uma fórmula padrão, o período de quatrocentos e noventa anos possivelmente representava também uma fórmula padrão.
Por exemplo, o livro não canônico jubileus, que data do período intertestamentário, estrutura toda a História em períodos de quatrocentos e noventa anos.
É possível, portanto, que Daniel tivesse em mente não um cálculo preciso de anos, mas segmentos de tempo amplamente definidos.
Essa extensão de tempo não era absoluta; poderia ser aumentada se o povo continuasse a rebelar-se, ou diminuída, caso se arrependesse.
Seis itens deveriam ser cumpridos durante esse período de "setenta ‘setes’" – vs. 24:
1.      Fazer cessar a transgressão.
2.      Dar fim aos pecados.
3.      Expiar a iniquidade.
4.      Trazer a justiça eterna.
5.      Selar a visão e a profecia.
6.      Ungir o santíssimo.
Como observamos em todas as profecias do Antigo Testamento sobre a restauração do exílio nos últimos dias, esses seis itens são cumpridos na obra de Cristo ao trazer o reino de Deus.
O Novo Testamento nos ensina sobre o reino de Deus:
·         Que o reino foi inaugurado na primeira vinda de Cristo.
·         Que o reino continua agora.
·         Que o reino alcançará a consumação no retorno de Cristo.
Portanto, alguns aspectos dessas predições são mais estreitamente relacionados com a primeira vinda de Cristo, outras com a segunda vinda e outros ainda, serão cumpridas por ambas, a primeira e a segunda vindas.
Dos versos de 25 a 27, Gabriel ajuda Daniel a entender melhor as 70 semanas. Essas "setenta semanas" dos anos estão divididas em três subunidades de quarenta e nove anos ("sete ‘semanas’"; vs. 25), quatrocentos e trinta e quatro anos ("sessenta e duas semanas" vs. 26) e sete anos ("uma semana" vs. 27).
Os intérpretes diferem sobre se essas subunidades devem ser vistas como uma sequência contínua ou como subunidades separadas por intervalos de tempo.
Muitas tentativas têm sido feitas para entender essa cronologia como um número preciso de anos, mas todas elas deixam de alcançar uma precisão devido ao fato de que esses números são tomados como números inteiros de períodos representativos de tempo.
Embora os cálculos de Daniel não devam ser tomados como precisos, o padrão básico de sua predição pode ser compreendido sem cairmos em especulação.
A ordem para reconstruir Jerusalém (vs. 25) foi seguida de "sete 'semanas", ou quarenta o nove anos (vs. 25) na ocasião em que a reconstrução de Jerusalém foi completada (veja Ed e Ne).
A reconstrução de Jerusalém foi seguida por "sessenta e duas ‘semanas’", ou quatrocentos e trinta e quatro anos (vs. 25), sendo que nesse tempo o Ungido foi morto (vs. 26). A "semana" única foi cumprida durante o tempo, ou perto do tempo do ministério terreno de Cristo (vs. 27).
Conforme a BEG, há duas possibilidades de interpretarmos essa figura do ungido ou do príncipe do vs. 25:
(1)   Ele é o Messias, o Cristo.
(2)   Ele é um rei a quem Deus escolheu como o instrumento para realizar a sua vontade (cf. Is 45.1).
Embora a maioria dos intérpretes assuma que no vs. 25 o ungido e o príncipe sejam a mesma pessoa, há algum desacordo quanto a se essa figura é ou não idêntica à pessoa ou pessoas referidas como "o ungido" e o "príncipe" no vs. 26.
Depois de sessenta e duas semanas:
·         O Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele.
·         O povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário.
·         O fim virá como uma inundação:
ü  Guerras continuarão até o fim.
ü  Desolações foram decretadas.
·         E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana.
·         No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta.
·         E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado.
No vs. 26, o príncipe parece agir contra Deus. Se ambos os versículos fazem referência ao mesmo governante, é mais provável que ele não deve ser equiparado ao Messias.
A frase “será morto o Ungido” – vs. 26 - seria, ou uma referência à crucificação de Cristo, ou ao julgamento que Deus traria sobre o rei que havia ultrapassado os limites como instrumento de julgamento apontado por Deus.
Conforme a BEG, o povo de um príncipe que há de vir que destruirá a cidade e o santuário é uma referência ao grego Antíoco IV Epífanes como precursor do general romano Tito, ou diretamente a Tito e/ou aos seus exércitos que destruíram Jerusalém em 70 d.C.
Será ele, o príncipe, que fará uma firme aliança com muitos, por uma semana. O antecedente mais provável de "ele" é o "Ungido" ou o "príncipe" (vs. 26), nesse caso fica melhor o príncipe. É comum interpretar essa afirmação como descritiva de um acordo que o anticristo estabelecerá com o povo judeu que voltará a reunir-se na terra de Israel durante o período de "tribulação".
Esse príncipe, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, ou seja, isso pode ser uma referência ao término do sistema sacrificial do Antigo Testamento com a morte de Cristo. É também possível que se refira à profanação do templo por Antíoco IV Epífanes ou por Tito (vs. 26).
Alguns intérpretes assumem, conforme a BEG, a posição menos provável de que seja uma referência à proibição feita pelo anticristo de "sacrifícios e ofertas" (talvez significando prática religiosa em geral) pelo povo judeu novamente reunido após três anos e meio (Ap 11.2; 12.6,14) do período da "tribulação".
Dn 9:1 No ano primeiro de Dario,
filho de Assuero, da linhagem dos medos,
o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus.
Dn 9:2 no ano primeiro do seu reinado,
eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos,
de que falara o Senhor ao profeta Jeremias,
que haviam de durar as desolações de Jerusalém,
era de setenta anos.
Dn 9:3 Eu, pois, dirigi o meu rosto ao Senhor Deus,
para o buscar
com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.
Dn 9:4 E orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse:
Ó Senhor, Deus grande e tremendo,
que guardas o pacto e a misericórdia
para com os que te amam
e guardam os teus mandamentos;
Dn 9:5 pecamos e cometemos iniqüidades,
procedemos impiamente, e fomos rebeldes,
apartando-nos dos teus preceitos e das tuas ordenanças.
Dn 9:6 Não demos ouvidos aos teus servos,
os profetas, que em teu nome falaram
aos nossos reis, nossos príncipes,
e nossos pais,
como também a todo o povo da terra.
Dn 9:7 A ti, ó Senhor, pertence
a justiça, porém a nós a confusão de rosto,
como hoje se vê;
aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém,
e a todo o Israel;
aos de perto e aos de longe,
em todas as terras para onde os tens lançado
por causa das suas transgressões
que cometeram contra ti.
Dn 9:8 Ó Senhor, a nós pertence a confusão de rosto,
aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais,
porque temos pecado contra ti.
Dn 9:9 Ao Senhor, nosso Deus, pertencem
a misericórdia e o perdão;
pois nos rebelamos contra ele,
Dn 9:10 e não temos obedecido à voz do Senhor,
nosso Deus, para andarmos nas suas leis,
que nos deu por intermédio de seus servos,
os profetas.
Dn 9:11 Sim, todo o Israel tem transgredido a tua lei,
desviando-se, para não obedecer à tua voz;
por isso a maldição, o juramento que está escrito
na lei de Moisés, servo de Deus,
se derramou sobre nós;
porque pecamos contra ele.
Dn 9:12 E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós,
e contra os nossos juízes que nos julgavam,
trazendo sobre nós um grande mal;
porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez
como se tem feito a Jerusalém.
Dn 9:13 Como está escrito na lei de Moisés,
todo este mal nos sobreveio;
apesar disso, não temos implorado o favor do Senhor
nosso Deus, para nos convertermos
das nossas iniqüidades,
e para alcançarmos discernimento na tua verdade.
Dn 9:14 por isso, o Senhor vigiou sobre o mal,
e o trouxe sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso Deus,
em todas as obras que faz;
e nós não temos obedecido à sua voz.
Dn 9:15 Na verdade, ó Senhor, nosso Deus,
que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa,
e te adquiriste nome como hoje se vê,
temos pecado, temos procedido impiamente.
Dn 9:16 e Senhor, segundo todas as tuas justiças,
apartem-se a tua ira e o teu furor
da tua cidade de Jerusalém,
do teu santo monte;
porquanto por causa dos nossos pecados,
e por causa das iniqüidades de nossos pais,
tornou-se Jerusalém e o teu povo
um opróbrio para todos os que estão
em redor de nós.
Dn 9:17 Agora, pois, ó Deus nosso,
ouve a oração do teu servo,
e as suas súplicas,
e sobre o teu santuário assolado
faze resplandecer o teu rosto,
por amor do Senhor.
Dn 9:18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve;
abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação,
e para a cidade que é chamada pelo teu nome;
 pois não lançamos as nossas súplicas
perante a tua face fiados em nossas justiças,
mas em tuas muitas misericórdias.
Dn 9:19 Ó Senhor, ouve;
ó Senhor, perdoa;
ó Senhor, atende-nos
e põe mãos à obra sem tardar,
por amor de ti mesmo, ó Deus meu,
porque a tua cidade e o teu povo se chamam
pelo teu nome.
Dn 9:20 Enquanto estava eu ainda
falando e orando, e confessando o meu pecado,
e o pecado do meu povo Israel,
e lançando a minha súplica perante a face do Senhor,
meu Deus, pelo monte santo do meu Deus,
Dn 9:21 sim enquanto estava eu ainda falando na oração,
o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão
ao princípio, veio voando rapidamente,
e tocou-me à hora da oblação da tarde.
Dn 9:22 Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo:
Daniel, vim agora para fazer-te sábio e entendido.
Dn 9:23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem,
e eu vim, para to declarar, pois és muito amado;
qconsidera, pois, a palavra e entende a visão.
Dn 9:24 Setenta semanas estão decretadas
sobre o teu povo,
e sobre a tua santa cidade,
para fazer cessar a transgressão,
para dar fim aos pecados,
e para expiar a iniqüidade,
e trazer a justiça eterna,
e selar a visão e a profecia,
e para ungir o santíssimo.
Dn 9:25 Sabe e entende:
desde a saída da ordem
para restaurar e para edificar Jerusalém
até o ungido, o príncipe,
haverá sete semanas,
e sessenta e duas semanas;
com praças e tranqueiras se reedificará,
mas em tempos angustiosos.
Dn 9:26 E depois de sessenta e duas semanas
será cortado o ungido,
e nada lhe subsistirá;
e o povo do príncipe que há de vir
destruirá a cidade e o santuário,
e o seu fim será com uma inundação;
e até o fim haverá guerra;
estão determinadas assolações.
Dn 9:27 E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana;
e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação;
e sobre a asa das abominações virá o assolador;
e até a destruição determinada,
a qual será derramada sobre o assolador.
Depois de ele cessar o sacrifício e a oblação virá o assolador nas asas da abominação. É muito provável, esclarece a BEG, que Daniel tenha descrito a destruição do templo sob o governo de Antíoco IV Epífanes ou sob Tito, e não ações de um futuro anticristo.
Frases semelhantes a "uma abominação que causa desolação" ocorrem em 8.13, 11.31; 12.11, assim como em 1 Macabeus 1.54 (um livro apócrifo).
Dn 8.13 e 1Macabeus 1.54 se referem às atividades de Antíoco IV. Daniel usou a mesma linguagem para descrever aquele que profanaria o templo numa época próxima à do Messias. Jesus aludiu a essa abominação em Mt 24.15, Mc 13.14.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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