quinta-feira, 23 de abril de 2015
quinta-feira, abril 23, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 24:1-27 - AS ALEGORIAS DE EZEQUIEL
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27)
- continuação.
m. A parábola da panela (24.1-14).
Ezequiel descreve uma panela de cozinhar
(vs. 3-5); então, em dois oráculos aplica o seu significado (vs. 6-8,9-14). O
profeta introduz cada oráculo com a frase: "Portanto assim diz o Senhor
Deus: Ai da cidade sanguinária" (24.6,9).
A palavra do Senhor veio ao seu servo num
momento histórico que ele fez questão de localizá-lo no tempo e no espaço.
Aconteceu no nono ano, do décimo mês, aos dez dias do mês, do reinado de
Joaquim, provavelmente em 15 de janeiro de 588 a.C., no início do cerco a
Jerusalém por Nabucodonosor.
A data é também apresentada em 2Rs 25.1 e
em Jr 52.4. Era comemorada anualmente entre os exilados com um jejum (Zc 8.19).
Deus revelou a Ezequiel as informações a respeito dos eventos que estavam
acontecendo a centenas de quilômetros de Jerusalém.
Deus se dirige ao seu profeta, o filho do
homem, avisando que o rei da Babilônia acabava de sitiar Jerusalém, naquele
dia.
A descrição da panela de cozinhar – 3-5.
E Deus manda o filho do homem alegorizar
dizendo para preparar uma panela ao fogo e dentro dela água e pedaços de carne.
Jerusalém era essa panela. Trata-se de uma ilustração usada em 11.2-12 (cf. Jr
1.13-14; Mq 3.3). Estavam sendo feitas preparações para uma refeição festiva;
as melhores carnes deveriam ser cozidas dentro da panela.
Primeiro oráculo – 6-8.
Ezequiel olhou para a corrosão da panela ou
as crostas do seu conteúdo e os equiparou ao derramamento de sangue e à culpa
em Jerusalém. Embora seus ocupantes tivessem sido retirados um por um e
dispersos para os mais longínquos cantos do mundo, a sua culpa permanecia como
uma corrosão no fundo da panela. Compare com a denúncia de derramamento de
sangue na cidade em 22.1-16; 35.6; 36.18; 2Rs 21.16; 24.4; Is 5.7; 26.21; 59.7;
Lm 4.13; Os 4.2; JI 3.21; Mq 3.10.
O Senhor dizia:
·
Ai
da cidade sanguinária.
·
Ai
da panela enferrujada por dentro, cuja ferrugem não sai dela.
O seu sangue está no meio dela e sobre uma
penha descalvada a pôs não derramando no chão para que fosse coberta com o pó da
terra. O sangue derramado e não coberto gritava por vingança. Compare com o
mesmo conceito em Gn 4.10 e Jó 16 18.
O segundo oráculo – 9-14.
Novamente, diz o Senhor Deus um ai sobre a
cidade sanguinária e fala em acender uma grande fogueira. Junta os elementos da
fogueira, acende o fogo e começa a ferver a carne, engrossando o caldo e
queimando os ossos.
Então foi posta vazia ao fogo para derreter
até o seu cobre – vs. 11. A panela foi esvaziada num esforço para limpá-la, mas
a corrosão era tão grande que mesmo depois de ter aquecido a panela até que ela
se tornasse candente não foi possível purificá-la. Deus então destruiria
Jerusalém.
Ele explica a ferrugem dizendo que ela se
tratava da imundícia da luxúria e que tentou purificá-la, mas ela não aceitava
ser purificada de sua imundícia. Somente haveria um jeito, derramar sobre ela
toda a sua indignação, sem a poupar em nada, sem tornar atrás, sem se
arrepender. Conforme fossem os seus caminhos, assim seria ela retribuída e
julgada. De fato, Deus estava decidido a destruir Jerusalém.
n. A morte da esposa de Ezequiel – 15-27.
Dos versos de 15 ao 27, uma nova alegoria
agora envolvendo a joia preciosa de Ezequiel, as suas delícias e o seu prazer,
a sua alegria e vida, a sua preciosa e valorosa mulher.
A morte da esposa de Ezequiel aconteceria
rápido, num só golpe e Ezequiel estaria proibido de se lamentar e de chorar por
ela.
Ritos costumeiros de luto incluíam:
·
Lamento
e choro (27.31; Gn 23.2; 37.34; 50.10; 2Sm 1.12; 19.1; Ne 8.9; Et 4.3; SI
35.14; Jr 22.10; 31.15; Am 5.16; 8.10; Mc 5.38; 16.10; Ap 18.19).
·
Retirar
o manto e colocar terra e cinzas sobre a cabeça - Os 7.6; 1Sm 4.12; Jó 2.12).
·
Tirar
as sandálias (2Sm 15.30; Is 20.2; Mq 1.8).
·
Cobrir
a cabeça e a face (2Sm 15.30; Et 6.12; Jr 14.3-4; 48.36).
·
Comer
alimentos oferecidos por simpatizantes para consolar os que se lamentavam (Jr
16.7).
Ezequiel não fez nenhuma dessas coisas como
sinal do que os habitantes de Jerusalém fariam logo depois.
Ele tinha recebido a palavra e anunciada
ela pela manhã – vs. 18 – e ao final da tarde, jazia a sua mulher. Intrigados,
perguntaram a ele o que significava tudo aquilo e sua resposta veio da parte de
Deus.
Deus estaria também profanando o seu
santuário que era o orgulho do poder deles e a delícia dos seus olhos, o desejo
de suas almas. Deus estaria deixando cair à espada os seus filhos e filhas e
eles iriam fazer como ele, o profeta fez em alegoria – vs. 22.
Aqueles que escaparam da morte, seriam
levados cativos e não lhes seria permitido realizar os costumeiros rituais de
lamentação. Como aconteceu com Ezequiel, assim aconteceria com eles e teriam na
cabeça os seus turbantes, os sapatos nos pés e não lamentariam, nem chorariam,
mas definhariam nas suas iniquidades e gemeriam uns com os outros.
no ano nono,
do décimo mês, aos dez do mês, dizendo:
Ez
24:2 Filho do homem, escreve o nome deste dia,
deste
mesmo dia; o rei de Babilônia acaba de sitiar
Jerusalém
neste dia.
Ez 24:3 E
propõe à casa rebelde uma alegoria, e dize-lhe:
Assim
diz o Senhor Deus:
Põe
a caldeira ao lume, põe-na,
e
deita-lhe água dentro;
Ez 24:4 mete
nela os pedaços de carne,
todos
os bons pedaços, a coxa e a espádua;
enche-a
de ossos escolhidos.
Ez
24:5 Escolhe o melhor do rebanho,
ajunta
um montão de lenha
debaixo
da caldeira dos ossos;
faze-a ferver
bem,
e cozam-se
dentro dela os seus ossos.
Ez 24:6 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Ai da cidade
sanguinária, da caldeira,
que
está enferrujada por dentro,
e
cuja ferrugem não saiu dela!
tira dela a
carne pedaço por pedaço;
não
caiu sorte sobre ela;
Ez 24:7
porque o seu sangue está no meio dela;
sobre
uma penha descalvada ela o pôs;
não
o derramou sobre o chão, para o cobrir com pó.
Ez 24:8 Foi
para fazer subir a minha indignação
para
tomar vingança, que eu pus o seu sangue numa penha
descalvada,
para que não fosse coberto.
Ez 24:9 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Ai da cidade
sanguinária! também eu farei grande a fogueira.
Ez 24:10
Amontoa a lenha, acende o fogo, ferve bem a carne,
engrossando
o caldo, e sejam queimados os ossos.
Ez 24:11
Então a porás vazia sobre as suas brasas,
para
que ela aqueça, e se derreta o seu cobre,
e
se funda a sua imundícia no meio dela,
e
se consuma a sua ferrugem.
Ez 24:12 Ela
tem-se cansado com trabalhos;
contudo
não sai dela a sua muita ferrugem pelo fogo.
Ez 24:13 A
ferrugem é a tua imundícia de luxúria,
porquanto
te purifiquei, e tu não te purificaste,
não
serás purificada nunca da tua imundícia,
enquanto eu
não tenha satisfeito sobre ti a minha indignação.
Ez 24:14 Eu, o Senhor, o disse:
será assim, e
o farei; não tornarei atrás, e não pouparei,
nem
me arrependerei; conforme os teus caminhos,
e conforme os
teus feitos, te julgarei, diz o Senhor Deus.
Ez 24:15 Também veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 24:16
Filho do homem, eis que dum golpe tirarei de ti
o
desejo dos teus olhos;
todavia
não te lamentarás, nem chorarás,
nem
te correrão as lágrimas.
Ez 24:17
Geme, porém, em silêncio;
não
faças lamentação pelos mortos;
ata
na cabeça o teu turbante,
e
mete nos pés os teus sapatos;
não
cubras os teus lábios e não comas o pão dos homens.
Ez 24:18
Assim falei ao povo pela manhã,
e
à tarde morreu minha mulher;
e
fiz pela manhã como se me deu ordem.
Ez 24:19 E o
povo me perguntou:
Não
nos farás saber o que significam para nós estas coisas
que
estás fazendo?
Ez 24:20
Então lhes respondi:
Veio
a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
24:21 Dize à casa de Israel:
Assim diz o
Senhor Deus:
Eis
que eu profanarei o meu santuário,
o
orgulho do vosso poder, a delícia dos vossos olhos,
e
o desejo da vossa alma;
e
vossos filhos e vossas filhas, que deixastes, cairão à espada.
Ez 24:22
Fareis pois como eu fiz:
não
vos cobrireis os lábios, e não comereis
o
pão dos homens;
Ez 24:23
tereis na cabeça os vossos turbantes,
e
os vossos sapatos nos pés;
não
vos lamentareis, nem chorareis,
mas
definhar-vos-eis nas vossas iniqüidades,
e
gemereis uns com os outros.
Ez 24:24
Assim vos servirá Ezequiel de sinal;
conforme
tudo quanto ele fez, assim fareis vós;
e
quando isso suceder,
então
sabereis que eu sou o Senhor Deus.
Ez 24:25
Também quanto a ti, filho do homem,
no
dia que eu lhes tirar a sua fortaleza,
o
gozo do seu ornamento, a delícia dos seus olhos,
e
o desejo dos seus corações,
juntamente
com seus filhos e suas filhas,
Ez
24:26 nesse dia virá ter contigo algum fugitivo
para
te trazer as notícias.
Ez 24:27
Nesse dia abrir-se-á a tua boca para com o fugitivo,
e
falarás, e por mais tempo não ficarás mudo;
assim
virás a ser para eles um sinal;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel estava servindo de sinal e
conforme tudo o que ele fez, assim eles iriam fazê-lo e quando isso sucedesse,
sim, quando isso viesse a acontecer, ai sim, eles iriam saber – vs. 24 – que o
Senhor é Deus e que portanto, erraram o alvo.
A mensagem de Ezequiel seria justificada
quando a notícia de que Jerusalém havia sido destruída alcançasse os exilados e
ele fosse libertado do mutismo que Deus impusera sobre ele. Ezequiel seria um
sinal para eles e ai haveriam de saber que o Senhor é Deus.
...
quarta-feira, 22 de abril de 2015
quarta-feira, abril 22, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 23:1-49 - OOLÁ E OOLIBÁ - SAMARIA E JERUSALÉM, EXPERIENTES NA PROSTITUIÇÃO
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no
primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”,
alínea “l”, estamos no capítulo 23:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
3. Discursos relacionados
(12.21-24.27) - continuação.
l. A parábola das duas irmãs meretrizes (23.1-49).
Aqui neste capítulo veremos, nesses
próximos 49 versículos, a parábola das duas irmãs meretrizes. Uma alegoria na
qual Ezequiel apresenta Samaria e Jerusalém como duas irmãs meretrizes.
"Oolá" representava Samaria, a capital do Reino do Norte, enquanto
"Oolibá" representava Jerusalém, capital do Reino do Sul (20.4).
Ao profeta de Deus veio a palavra do Senhor
explicando que havia duas mulheres, filhas da mesma mãe, que se prostituiram no
Egito, desde a sua mocidade.
Ezequiel descreve primeiro Oolá (vs. 4-10)
e, depois, a sua irmã (vs. 11-35); ele, depois, resume a história delas e
pronuncia a sentença de ambas (vs. 36-49).
Embora Ezequiel enfatizasse que cada pessoa
e cada geração assumiria a responsabilidade pelos seus próprios pecados
(18.1-32), ele também entendia a culpa como cumulativa e a punição como
prorrogada. Aqui os pecados pelos quais os dois reinos deveriam ser julgados
haviam começado com a sua prostituição no Egito - 16.26; 20.4-9.
Oolá (vs. 4-10).
As irmãs eram as "esposas" do
Senhor, isto é, tinham um relacionamento de aliança com ele e ambas
enamoraram-se dos seus amantes. Oolá enamorouse dos assírios, os seus vizinhos,
que se vestiam de azul, governadores e magistrados, mancebos cobiçáveis,
cavaleiros montados a cavalo.
Alianças estrangeiras quebraram o juramento
de Israel de fidelidade exclusiva ao Senhor tanto quanto a idolatria o fizera
(vs. 5-10; 16.26-29; Os 8.9). Sua prostituição não assegurou a admiração ou
afeição dos amantes assírios - muito pelo contrário (23.9-10). A Assíria
destruiu o Reino do Norte (2Rs 17.5-6).
Cometeu ela devassidões com eles, os
assírios e contaminou-se com os ídolos de quem se enamorava. Também pudera,
estava tão acostumada com os egípcios e suas prostituições. O resultado agora é
que ela seria entregue nas mãos de seus amantes que descobririam a sua nudez e
levariam os seus filhos, mas a ela matariam à espada.
Tornou-se, destarte, um provérbio entre as
mulheres pois sobre ela foram executados os juízos de Deus.
Oolibá (vs. 11-35).
A sua irmã Oolibá, de quem se esperaria
maior temor, praticou devassidões ainda maiores. Em vez de aprender com a
experiência de Samaria, Jerusalém fez ainda pior.
Após a destruição do Reino do Norte, a
Assíria foi a força política dominante em Judá durante o século seguinte (2Rs
15.29; 16.7-10; 17.3-6; 18-19; 2Cr 28.16-21; 30.6; 32.1-22; 33.11). Textos extra
bíblicos também confirmam contatos com os reis da Assíria tanto por parte de
Israel quanto de Judá.
Judá selou alianças contra a Assíria com a
Babilónia (2Rs 20.12-18; 23. 29, 2Cr 33.11; Is 39.1). De vez em quando, a política
a favor da Babilônia tornava-se contrária à Babilônia (23.7) e incluía aberturas
em relação ao Egito (23.19-21).
Jerusalém que deveria ser fiel ao Senhor
não resistiu aos encantos dos assírios, nem dos babilônios, nem dos egípcios e
com eles todos se prostituiu. Era fraca a sua carne, vontade e desejos, por
isso era abusada e se tornou devassa e totalmente alienada.
A descrição é tão forte que no verso 20,
Ezequiel fala dos membros e dos fluxos de seus amantes, como que fazendo uma alusão
à bestialidade, uma ofensa capital em Israel (veja Ex 22.19).
No entanto, ela era viciada na luxuria
desde a sua mocidade quando esteve no Egito que lhe fazia carícias que ela
tanto gostava. Por isso, o Senhor Deus contra ela suscitaria os seus amantes
com as quais sua alma se alienara e os traria de todos os lados, de Pecode,
Soa, Coa.
Lugares identificados corno tribos arameias
que ocupavam áreas a leste do rio Tigre. Tribos com nomes aproximadamente
semelhantes a esses são conhecidas nessa região a partir de inscrições assírias
e babilônias.
E eles viriam contra ela com armas, carros
e carroças e com ajuntamento de povos prontos a executarem nela os seus juízos
que eram da parte de Deus.
Deus estaria contra ela, por isso viriam
contudo contra Jerusalém e tomariam os seus filhos e filhas e depois poriam
fogo que queimariam os seus vestidos e tomariam as suas joias de adorno e
assim, o Senhor faria cessar toda a sua luxuria e a sua prostituição trazida desde
a sua mocidade, trazida dos tempos do Egito, de modo que seria realmente forte
a ponto de fazê-la esquecer de tudo isso do passado.
Eles, os seus amantes, iriam fazer tudo
isso com ela com grande zelo e ódio, levando todo o fruto do trabalho dela e
deixando-a nua e despida, descoberta e exposta a vergonha da sua prostituição.
Tudo isso aconteceria porque ela se prostituiu após as nações e se contaminou
com os seus ídolos – vs. 30.
Dos versos 31 ao 34, uma exposição do
cálice da ira do Senhor contra ela que andou no caminho das prostituições de
sua irmã. Ela iria beber o cálice da irmã que tinha as seguintes e interessantes
características:
·
Era
fundo e largo.
·
Serviria
de riso e escárnio, pois que era muito grande.
·
Provocaria
embriaguez, mas também tristeza por causa da dor decorrente.
·
Seria
sorvido com espanto e assolação.
·
Até
a última gota seria bebido e esgotado.
·
Roeria
os seus cascos e rasgarias os seus próprios peitos.
O copo ou a taça se refere a uma metáfora
comum na Bíblia, algumas vezes simbólica das bênçãos de Deus (SI 16.5; 23.5;
116.13; 1Co 10.16), e outras vezes da sua fúria e ira (75.7-8; Is 51.17-20; Jr
25.12-29; 49.12; 51.7; Lm 4.21; Hc 2.16; Zc 12.2; Ap 14.9-11).
O cálice da ira de Deus era o cálice a
respeito do qual Jesus orou no jardim do Getsêmani (Mt 26.39,42) e foi o foco
principal no relato de João sobre a crucificação (Jo 18.11; 19.28-30).
Tudo aconteceria porque o Senhor falou! Se tivessem
prestado atenção, teriam sidos poupados dessas desgraças. Porque se esqueceram
dele, do Senhor e o lançaram para trás, também agora carregariam a sua própria luxuria
e as suas próprias devassidões. Isso nos remete a Romanos 1 quando o Senhor
resolve entregar cada um a si mesmo por causa da rejeição dele.
Resumo da história de Oolá e Oolibá – Pronunciamento da Sentença de
ambas (vs. 36-49).
No verso 36, uma pergunta retórica a
Ezequiel que haveria de julgar Oolá e Oolibá por causa de suas abominações.
Elas tinham se adulterado e sangue se
achava em suas mãos. Com seus ídolos adulteraram e até seus filhos, que do
Senhor tinham sido gerados, foram oferecidos em holocausto para serem
consumidos – vs. 37.
Também contaminaram o seu santuário e
profanaram os seus sábados, no meio do dia, a plena luz do dia, sem
demonstrarem nenhuma reverencia ou temor a Deus. As descrições de suas
abominações continua a ser citada, até o verso 45.
Ez 23:2 Filho
do homem, houve duas mulheres, filhas da mesma mãe.
Ez
23:3 Estas se prostituíram no Egito;
prostituíram-se
na sua mocidade;
ali
foram apertados os seus peitos,
e ali foram
apalpados os seios da sua virgindade.
Ez 23:4 E os
seus nomes eram:
Aolá,
a mais velha,
e
Aolibá, sua irmã;
e
foram minhas, e tiveram filhos e filhas;
e,
quanto aos seus nomes,
Samária
é Aolá,
e
Jerusalém é Aolibá.
Ez 23:5 Ora
prostituiu-se Aolá, sendo minha;
e
enamorou-se dos seus amantes, dos assírios, seus vizinhos,
Ez 23:6 que
se vestiam de azul, governadores e magistrados,
todos
mancebos cobiçáveis, cavaleiros montados a cavalo.
Ez 23:7 Assim
cometeu ela as suas devassidões com eles,
que
eram todos a flor dos filhos da Assíria;
e
contaminou-se com todos os ídolos de quem se enamorava.
Ez 23:8 E não
deixou as suas impudicícias, que trouxe do Egito;
pois
muitos se deitaram com ela na sua mocidade,
e
apalparam os seios da sua virgindade,
e
derramaram sobre ela a sua impudicícia.
Ez 23:9
Portanto a entreguei na mão dos seus amantes,
na
mão dos filhos da Assíria, de quem se enamoravam.
Ez 23:10
Estes se descobriram a sua vergonha;
levaram-lhe
os filhos e as filhas;
e
a ela mataram-na à espada;
e ela se
tornou um provérbio entre as mulheres;
pois
sobre ela executaram juízos.
Ez 23:11 Viu
isso sua irmã Aolibá;
contudo
se corrompeu na sua paixão mais do que ela,
como
também nas suas devassidões,
que
eram piores do que as de sua irmã.
Ez 23:12
Enamorou-se dos filhos da Assíria, dos governadores
e
dos magistrados seus vizinhos, vestidos com primor,
cavaleiros
que andam montados em cavalos,
todos
mancebos cobiçáveis.
Ez 23:13 E vi
que se tinha contaminado;
o
caminho de ambas era o mesmo.
Ez 23:14 E
ela aumentou as suas impudicícias;
porque
viu homens pintados na parede, imagens dos caldeus,
pintadas
de vermelho,
Ez 23:15 com
os seus lombos cingidos,
tendo
largos turbantes sobre as cabeças,
todos
com o parecer de príncipes,
semelhantes
aos filhos de Babilônia em Caldéia,
terra
do seu nascimento.
Ez 23:16 Ela
se apaixonou deles, ao lançar sobre eles os olhos;
e
lhes mandou mensageiros até Caldéia.
Ez 23:17
Então vieram a ela os filhos de Babilônia
para
o leito dos amores,
e
a contaminaram com as suas impudicícias;
e
ela se contaminou com eles;
então
a sua alma deles se alienou.
Ez 23:18
Assim pôs a descoberto as suas devassidões,
e
descobriu a sua vergonha;
então
a minha alma se alienou dela,
assim
como já se alienara a minha alma de sua irmã.
Ez 23:19
Todavia ela multiplicou as suas prostituições,
lembrando-se
dos dias da sua mocidade,
em
que se prostituira na terra do Egito,
Ez 23:20
apaixonando-se dos seus amantes,
cujas
carnes eram como as de jumentos,
e
cujo fluxo era como o de cavalos.
Ez 23:21
Assim desejaste a luxúria da tua mocidade,
quando
os egípcios apalpavam os teus seios,
para
violentar os peitos da tua mocidade.
Ez 23:22 Por isso, ó Aolibá, assim diz o
Senhor Deus:
Eis que eu
suscitarei contra ti os teus amantes,
dos
quais se alienara a tua alma,
e
os trarei contra ti de todos os lados:
Ez 23:23 Os
filhos de Babilônia, e todos os caldeus de Pecode,
e
de Soá, e de Coa, juntamente com todos os filhos da Assíria,
mancebos
cobiçáveis, governadores e magistrados,
todos
eles príncipes e homens de renome,
todos
eles montados a cavalo.
Ez 23:24 E
virão contra ti com armas, carros e carroças,
e
com ajuntamento de povos;
e se porão
contra ti em redor com paveses, e escudos,
e
capacetes; e lhes entregarei o julgamento,
e
te julgarão segundo os seus juízos.
Ez 23:25 E
porei contra ti o meu zelo, e usarão de indignação contigo.
Tirar-te-ão
o nariz e as orelhas;
e
o que te ficar de resto cairá à espada.
Tomarão os
teus filhos e as tuas filhas,
e
o que em ti ficar será consumido pelo fogo.
Ez 23:26
Também te despirão os teus vestidos,
e
te tomarão as tuas jóias de adorno.
Ez 23:27
Assim farei cessar em ti a tua luxúria e a tua prostituição
trazida
da terra do Egito; de modo que não levantarás
os
teus olhos para eles,
nem
te lembrarás mais do Egito.
Ez 23:28 Pois assim diz o Senhor Deus:
Eis que te
entrego na mão dos que odeias,
na
mão daqueles de quem está alienada a tua alma;
Ez 23:29 e
eles te tratarão com ódio, e levarão todo o fruto
do
teu trabalho, e te deixarão nua e despida;
e
descobrir-se-á a vergonha da tua prostituição,
e
a tua luxúria, e as tuas devassidões.
Ez 23:30
Estas coisas se te farão, porque te prostituíste
após
as nações, e te contaminaste com os seus ídolos.
Ez 23:31 No
caminho de tua irmã andaste;
por
isso entregarei o seu cálice na tua mão.
Ez 23:32 Assim diz o Senhor Deus:
Beberás o
cálice de tua irmã, o qual é fundo e largo;
servirás
de riso e escárnio; o cálice leva muito.
Ez 23:33 De
embriaguez e de dor te encherás,
do
cálice de espanto e de assolação,
do
cálice de tua irmã Samária.
Ez 23:34
Bebê-lo-ás pois, e esgotá-lo-ás, e roerás os seus cacos,
e
te rasgarás teus próprios peitos;
pois
eu o falei, diz o Senhor Deus.
Ez 23:35 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Como te
esqueceste de mim, e me lançaste para trás das tuas costas,
também
carregarás com a tua luxúria e as tuas devassidões.
Ez 23:36 Disse-me mais o Senhor:
Filho do
homem, julgarás a Aolá e a Aolibá?
Mostra-lhes,
então, as suas abominações.
Ez 23:37 Pois
adulteraram, e sangue se acha nas suas mãos;
com
os seus ídolos adulteraram,
e
até lhes ofereceram em holocausto,
para
serem consumidos, os seus filhos,
que
de mim geraram.
Ez 23:38 E
ainda isto me fizeram:
contaminaram
o meu santuário no mesmo dia,
e
profanaram os meus sábados
Ez 23:39
Porquanto, havendo sacrificado seus filhos aos seus ídolos,
vinham
ao meu santuário no mesmo dia para o profanarem;
e
eis que assim fizeram no meio da minha casa.
Ez 23:40 Além
disto mandaram vir uns homens de longe,
aos
quais fora enviado um mensageiro, e eis que vieram.
Por
amor deles te levaste, pintaste os teus olhos,
e te ornaste de enfeites,
Ez 23:41 e te
assentaste sobre um leito de honra,
diante
do qual estava uma mesa preparada;
e
puseste sobre ela o meu incenso e o meu óleo.
Ez 23:42
Ouvia-se ali a voz de uma multidão satisfeita;
e
com homens de classe baixa
foram
trazidos beberrões do deserto;
e
eles puseram braceletes nas mãos das mulheres,
e
coroas de esplendor nas suas cabeças.
Ez 23:43
Então disse eu da envelhecida em adultérios:
Agora
deveras se contaminarão com ela e ela com eles.
Ez 23:44 E
entraram a ela, como quem entra a uma prostituta;
assim
entraram a Aolá e a Aolibá, mulheres lascivas.
Ez 23:45 De
maneira que homens justos são os que as julgarão
como se julgam as adúlteras,
e
como se julgam as que derramam o sangue;
porque
adúlteras são, e sangue há nas suas mãos.
Ez 23:46 Pois assim diz o Senhor Deus:
Farei subir
contra elas uma hoste
e
as entregarei ao tumulto e ao saque.
Ez 23:47 E a
hoste apedrejá-las-á, e as matará à espada;
trucidará
a seus filhos e suas filhas,
e
queimará as suas casas a fogo.
Ez 23:48
Assim farei cessar da terra a lascívia,
para
que se escarmentem todas as mulheres,
e
não procedam conforme a vossa lascivia.
Ez 23:49 E a
vós vos pagarão o vosso procedimento lascivo
e
levareis os pecados dos vossos ídolos;
e
sabereis que eu sou o Senhor Deus.
O Senhor diz então que faria subir contra
ela uma hoste e entregá-la-ia ao tumulto e ao sangue. Essa hoste haveria de
apedrejá-la, matá-la à espada, trucidar os seus filhos e filhas e queimar as
suas casas ao fogo.
Somente assim, entendia Deus que faria
cessar da terra a lascívia e provocaria nas outras mulheres um temor e uma
reverência que as afastaria de toda lascívia.
Ela receberia a devida paga de seu
procedimento lascivo e levaria os pecados dos seus ídolos. Somente assim, infelizmente,
poderiam saber que Deus é o Senhor.
...
terça-feira, 21 de abril de 2015
terça-feira, abril 21, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 22:1-31 - OS PECADOS DE JERUSALÉM E A AUSÊNCIA DE INTERCESSORES
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
3. Discursos relacionados
(12.21-24.27) - continuação.
k. Os pecados de Jerusalém (22.1-31).
Aqui neste capítulo veremos os pecados de
Jerusalém. Esse capítulo consiste de três oráculos (vs. 1-16, 17-22, 23-31),
cada um deles introduzido pela frase: "Veio a mim a palavra do
SENHOR" (vs. 1, 17,23). Todos os três servem para denunciar Jerusalém
pelos seus crimes.
Veio a mim a palavra do SENHOR contra a cidade sanguinária – 1 ao 16.
Esse, o primeiro dos três oráculos gira ao
redor do uso repetido do termo sangue (vs. 2, 3, 4, 6, 9, 12,13; cf. 22.27).
Jerusalém foi denunciada pelos crimes morais e rituais.
A palavra de Deus veio ao seu profeta, que
também julgará a cidade sanguinária, dizendo para fazer a cidade conhecida de
todas as suas abominações, principalmente por derramar sangue dentro de si e por
se dar à prática de se fazer ídolos para se contaminar ainda mais.
A razão de Deus a estar fazendo de opróbrio
às nações e escárnio a todos os povos, era justamente esse fato de ela ter se
tornado sanguinária e ter-se dado à prática de fabricar ídolos.
As outras nações a detestavam e dela se
afastava, mas os seus príncipes, conforme o seu poder, se esforçavam não para a
paz ou para o Senhor, mas para derramarem sangue - vs. 6 –, desprezarem ao pai
e à mãe e oprimirem o estrangeiro, o órfão e a viúva.
Eles maltratavam os próprios pais (Dt 5.16;
Mq 7.6; Mt 10.21; Rm 1.30; Ef 6.1; Cl 3.20; 2Tm 3.2), o estrangeiro, o órfão e
a viúva, que eram os "desprovidos" em Israel: sem direitos políticos,
pais e provedores. Como tal, eram objeto particular do cuidado e proteção de
Deus (Dt 10.18; 14.29; 16.11,14; 24.17; 26.12-13; 27.19; SI 68.5; 94.6; 146.9;
Is 1.17,23; 10.2; Jr 7.6; 22.3; Zc 7.10; MI 3.5).
Ainda mais desprezaram as coisas santas de
Deus, profanaram os seus sábados, caluniaram para derramarem sangue, subiram
aos montes para comerem coisas sacrificadas e cometerem perversidade em todo
lugar.
Ele continua a elencar os pecados de sangue
envolvendo os próprios pais – vs. 10 -, a mulher em seu período menstrual, o
adultério, as relações proibidas entre os parentes, as humilhações de filhos e filhas,
pagamentos e propinas para assassinarem ao seu próximo, recebimento de usuras,
ganhos ilícitos, uso de avareza contra o seu próximo, opressões e total
esquecimento de Deus – vs. 12. No âmbito das relações sexuais proibidas (veja
Lv 18.6-23; 20.10-21; compare com Dt 22.30; 27.20).
Por causa disso tudo, jamais poderiam estar
de coração firme no dia da provação, no dia em que o Senhor pedisse contas de
tudo o que faziam às ocultas. Esse sangue no meio dela obrigava o Senhor a
espalhá-las entre as nações e a dispersá-la pelas terras para ser consumida com
a sua imundícia, sendo profanada em si mesma, aos olhos das nações – vs. 13 ao
16.
Somente nesse momento de tribulação e dor
pelas consequências de sua vida dissoluta é que saberiam que Deus é o Senhor!
É curioso como a Bíblia registra isso em
todo o tempo: de que haverão de saber que Deus é o Senhor quando estiverem na
pior situação de julgamento e dor, no auge das consequências de seus atos tresloucados.
Veio a mim a palavra do SENHOR – a casa de Israel se tornou em escória
– 17 ao 22.
E a palavra continua vindo ao seu profeta
que lhe diz que a casa de Israel se tornou em escória: de bronze, de estanho,
de ferro e de prata.
O derramamento periódico do julgamento de
Deus sobre Israel destinava-se a purificar a nação de seus pecados e produzir um
povo puro - 6.8. Assim como a experiência de Israel no Egito foi comparada a um
período na fornalha (Dt 4.20; 1 Rs 8.51; Jr 11.4), assim também o exílio seria
como a fornalha do ourives.
O refinamento é urna ilustração comum para
purificação ou purgação (SI 66.10; 119.119; Pv 17.3; 25.4; 27.21; Is 1.25;
48.10; Jr 9 7; Zc 13.9; MI 3.2-3; 1Co 3.12-15; 1 Pe 1.7).
Como se tornaram em escórias, o Senhor iria
ajuntá-los no meio de Jerusalém, como eles se ajuntariam no meio da fornalha
para assoprar o fogo no meio deles a fim de se fundirem – vs. 19, 20.
Deus assopraria o fogo, seu fôlego como um
fole atiçando o fogo e tornando-o ainda mais quente. O medo era que nenhuma
prata emergiria da fornalha - restaria apenas escória.
Novamente, no meio da fornalha e do assopro
do fole, haveriam de saber que o Senhor é Deus!
Eu acho melhor uma atitude mental de
reconhecimento antecipado desse Deus antes de qualquer sofrimento necessário ou
juízo por causa de nossos pecados. Isso seria o máximo, pois evitaria que neles
nos afundássemos ainda mais.
Veio a mim a palavra do SENHOR contra os sacerdotes, os príncipes e o
povo de Deus – 23 ao 31.
Novamente, por último nessa série de três,
veio a ele a costumeira palavra do Senhor para dizer a ela que não era terra
purificada, nem regada de chuvas no dia da indignação.
Conspiração de profetas havia no meio dela,
como um leão que devora gente, ele devoraria vidas humanas, tomariam seus
tesouros e tudo o que era precioso, multiplicando, destarte, o número de viúvas
da cidade – vs. 25.
Dos versos 26 ao 29, é feita uma lista de
coisas erradas que os sacerdotes, os príncipes do povo e o próprio povo de Deus
praticavam em total profanação e descaso de Deus e de suas leis:
· Sacerdotes
violando as leis.
· Sacerdotes
profanando coisas santas.
· Sacerdotes
não fazendo diferença entre o santo e o profano.
· Sacerdotes
não ensinando a discernir entre o impuro e o puro;
· Sacerdotes
escondendo os seus olhos dos sábados.
· Os
seus príncipes no meio dela sendo como lobos que arrebatam a presa.
· Os
seus príncipes derramando sangue e destruindo vidas.
· Os
seus príncipes adquirindo lucro desonesto.
· Os
profetas fazendo para eles reboco com argamassa fraca.
· Os
profetas tendo visões falsas.
· Os
profetas adivinhando-lhes mentira, dizendo: Assim diz o Senhor Deus; sem que o
Senhor tivesse falado.
· O
povo da terra usando de opressão.
· O
povo da terra estava roubando e fazendo violência ao pobre.
· O
povo da terra oprimia injustamente ao necessitado e ao estrangeiro.
Ez 22:2 Tu
pois, ó filho do homem, acaso julgarás,
julgarás
mesmo a cidade sanguinária?
Então
faze-lhe conhecer todas as suas abominações,
Ez 22:3 e dize:
Assim diz o
Senhor Deus:
A
cidade que derrama o sangue dentro de si,
para
que venha o seu tempo!
que
faz ídolos contra si mesma, para se contaminar!
Ez 22:4 Pelo
teu sangue que derramaste te fizeste culpada,
e
pelos teus ídolos que fabricaste te contaminaste;
e
fizeste aproximar-se o teu dia,
e
é chegado o fim dos teus anos.
Por
isso eu te fiz o opróbrio das nações
e
o escárnio de todas as terras.
Ez 22:5 As
que estão perto e as que estão longe de ti
escarnecerão
de ti, infamada, cheia de tumulto.
Ez 22:6 Eis
que os príncipes de Israel,
que
estão em ti, cada um conforme o seu poder,
se
esforçam para derramarem sangue.
Ez 22:7 No
meio de ti desprezaram ao pai e à mãe;
no
meio de ti usaram de opressão para com o estrangeiro;
no
meio de ti foram injustos para com o órfão e a viúva.
Ez 22:8 As
minhas coisas santas desprezaste,
e
os meus sábados profanaste.
Ez 22:9 Em ti
se acham homens que caluniam
para
derramarem sangue;
em
ti há os que comem sobre os montes;
e
cometem perversidade no meio de ti.
Ez 22:10 A
vergonha do pai descobrem em ti;
no
meio de ti humilham a que está impura, na sua separação.
Ez 22:11 Um
comete abominação com a mulher do seu próximo,
outro
contamina abominavelmente a sua nora,
e
outro humilha no meio de ti a sua irmã, filha de seu pai.
Ez 22:12
Peitas se recebem no meio de ti para se derramar sangue;
recebes
usura e ganhos ilícitos,
e
usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o;
mas
de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus.
Ez 22:13 Eis
que, portanto, bato as mãos contra o lucro desonesto
que
ganhaste, e por causa do sangue que houve no meio de ti.
Ez 22:14
Poderá estar firme o teu coração?
poderão
estar fortes as tuas mãos,
nos
dias em que eu tratarei contigo?
Eu,
o Senhor, o disse, e o farei.
Ez 22:15
Espalhar-te-ei entre as nações e dispersar-te-ei pelas terras;
e
de ti consumirei a tua imundícia.
Ez 22:16 E tu
serás profanada em ti mesma, aos olhos das nações,
e
saberás que eu sou o Senhor.
Ez 22:17 De novo veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 22:18
Filho do homem,
a
casa de Israel se tornou para mim em escória;
todos
eles são bronze, e estanho, e ferro,
e chumbo no
meio da fornalha;
em
escória de prata eles se tornaram.
Ez 22:19 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Pois que
todos vós vos tornastes em escória,
por
isso eis que eu vos ajuntarei no meio de Jerusalém.
Ez 22:20 Como
se ajuntam a prata, e o bronze, e o ferro, e o chumbo,
e
o estanho, no meio da fornalha,
para
assoprar o fogo sobre eles,
a
fim de se fundirem,
assim
vos ajuntarei na minha ira e no meu furor,
e
ali vos porei e vos fundirei.
Ez 22:21 Sim,
congregar-vos-ei,
e
assoprarei sobre vós o fogo da minha ira;
e
sereis fundidos no meio dela.
Ez 22:22 Como
se funde a prata no meio da fornalha,
assim
sereis fundidos no meio dela; e sabereis que eu,
o
Senhor, derramei o meu furor sobre vós.
Ez 22:23 Também veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 22:24
Filho do homem, dize-lhe a ela:
Tu
és uma terra que não está purificada,
nem
regada de chuvas no dia da indignação.
Ez 22:25
Conspiração dos seus profetas há no meio dela,
como
um leão que ruge, que arrebata a presa;
eles
devoram vidas humanas;
tomam
tesouros e coisas preciosas;
multiplicam
as suas viúvas no meio dela.
Ez 22:26 Os
seus sacerdotes violentam a minha lei,
e
profanam as minhas coisas santas;
não
fazem diferença entre o santo e o profano,
nem
ensinam a discernir entre o impuro e o puro;
e
de meus sábados escondem os seus olhos,
e
assim sou profanado no meio deles.
Ez 22:27 Os
seus príncipes no meio dela são como lobos
que
arrebatam a presa:
derramando
o sangue, e destruindo vidas,
para
adquirirem lucro desonesto.
Ez 22:28 E os
profetas têm feito para eles reboco
com
argamassa fraca tendo visões falsas,
e
adivinhando-lhes mentira, dizendo:
Assim diz o
Senhor Deus; sem que o Senhor tivesse falado.
Ez 22:29 O
povo da terra tem usado de opressão,
e
andado roubando e fazendo violência ao pobre
e
ao necessitado, e tem oprimido injustamente ao estrangeiro.
Ez 22:30 E
busquei dentre eles um homem que levantasse o muro,
e
se pusesse na brecha perante mim por esta terra,
para
que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.
Ez 22:31 Por
isso eu derramei sobre eles a minha indignação;
com
o fogo do meu furor os consumi;
fiz
que o seu caminho lhes recaísse sobre a cabeça,
diz
o Senhor Deus.
O Senhor, então procurou, no meio deles se
havia um homem que se levantasse e reparasse o muro, as brechas perante ele
nessa terra a fim de não destruí-la, contudo a busca foi em vão: não havia tal
homem.
Por isso que se indignou ainda mais e com
fogo do seu furor os consumiu, fazendo os seus próprios caminhos caírem em suas
próprias cabeças.
E se houvesse intercessores que tapassem as
brechas e se deixassem se desgastar pelo povo de Deus? Certamente teriam
sofrido menos. O melhor a se fazer então é logo cuidar dos intercessores!
...