quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
quarta-feira, janeiro 14, 2015
Jamais Desista
Isaías 48:1-22 - ISAÍAS AFIRMA: PARA O ÍMPIO NÃO HÁ PAZ!
Para você não se perder na leitura capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
1. O plano de Deus para Ciro –
44:24 até 48:22.
Como já falamos, Ciro, imperador da Pérsia, contemporâneo de Esdras, Neemias,
Zorobabel, Ester e Mordecai, é mencionado tanto por seu próprio nome, algo
espetacular demais que tem intrigado estudiosos e tem feito os céticos
afirmarem que Isaías fora escrito depois do exílio, quanto por implicação ao longo de toda a
passagem.
Ciro, que
já fora mencionado em 41:1 e nos versículos seguintes, seria:
·
O
pastor de Deus para o seu povo - 44:28.
·
O
ungido de Deus – 45:1.
·
Aquele
a quem Deus levantaria 45:13.
·
Uma
ave de rapina do oriente que realizaria os propósitos de Deus – 46:11.
·
O
aliado escolhido de Deus contra a Babilônia – 48:14.
Além dessas referências explícitas, a
questão da escolha de Ciro por Deus está implícita em vários pontos desses
capítulos, como teremos a oportunidade de vermos em riqueza de detalhes.
Esse plano de Deus para Ciro pode ser
dividido também em 8 partes para melhor entendimento do texto e seu contexto.
a. O hino de autoglorificação do Senhor – 44:24-28 – já vimos; b. Oráculo real acerca de Ciro – 45:1-8 – já vimos; c. Ai dos contendores –
45:9-14 – já vimos; d. Aceitação do
plano de Deus – 45:15-17 – já vimos;
e. O Senhor é capaz – 45:18-25 – já vimos;
f. O destino certo da Babilônia – 46:1-13
– já vimos; g. Julgamento contra a Babilônia – 47:1-15 – já vimos; e, finalmente, h. O chamado
para ouvir e partir – 48:1-22 – veremos
agora.
h. O chamado para ouvir e partir – 48:1-22.
Neste capítulo, veremos o chamado de Deus para
ouvir e partir. Obviamente depois da palavra da pregação.
Em Romanos, no capítulo 10, temos o EPOCIS,
um acróstico que criei para entender a forma de Deus nos salvar. EPOCIS é, na
ordem: Enviar. Pregar. Ouvir. Crer. Invocar. Salvar.
·
Como
serão salvos, se não invocarem?
·
Como
invocarão, se não crerem?
·
Como
crerão, se não ouvirem?
·
Como
ouvirão, se não houver quem pregue?
·
Como
pregarão, se não forem enviados?
·
Como
serão enviados, se não forem salvos?
E novamente o ciclo se repete
indefinidamente. Deus salva os que invocam. Os que invocam são os que ouviram e
creram, ou seja, são aqueles a quem foram destinadas a palavra da pregação. Os pregadores
são os que foram enviados por Deus a pregarem a palavra de Deus, ou seja todos
os crentes que são salvos por Deus.
Essa passagem por duas vezes chama Israel a
ouvir e a crer na palavra de promessa de Deus. Ela então pede que essa fé seja
demonstrada no fato de deixar a Babilônia na confiança de que Deus restauraria
o seu povo.
A palavra de Isaías estava sendo pregada e
os que a ouviam eram formados de dois grupos, os que criam e os que não criam. Toda
palavra de pregação de Deus encontrará dois públicos: os que creem e os que não
creem.
Os que criam, neles era gerada a fé e eles
teriam de partir. Os que não criam, a palavra pregada serviria para condená-los
uma vez que a verdade seria toda revelada e a razão da recusa em obedecer
ficaria evidente como a mais pura forma de rebeldia contra o Senhor.
Logo no primeiro verso, um apelo derradeiro
e urgente aos surdos e cegos de Israel -
ouvi isto - (vs. 6,8; cf. 42:18-22; 46:3-12) para que observem os caminhos de
Deus na criação e na História (vs. 12,16).
Eles até se chamam pelo nome de Israel, saem
das águas de Judá, juram pelo nome do SENHOR, fazem menção do Deus de Israel, mas,
infelizmente, não em verdade nem em justiça. Também tomam o nome da cidade
santa que está firmada sobre o Deus de Israel, o Senhor dos Exércitos é o seu
nome.
Isaías está pregando, claramente falando a
eles, para que ouvissem e entendessem que Deus, e não os ídolos deles, é que
estariam fazendo estas coisas.
Desde a antiguidade, Deus tem falado para
que se cumpra e entenda que há somente um Deus soberano que controla toda a
história, apesar de nós.
Somente o Senhor e não os ídolos – vs 5 - decreta
e executa a sua vontade de acordo com a sua palavra.
A evidência falava por si mesma e bastava
que eles cressem na palavra de Deus. A glória da nova era de salvação e da
justiça do reino, que começou com a restauração do exílio, encontra o seu foco
na primeira vinda de Cristo e continuará até à plenitude do reino de nosso
Senhor (45:15; cf. Ap 1:19).
O povo considerava difícil acreditar nos
métodos de Deus para restaurar o seu povo (cf, 40:21,24,28).
O exílio, vs 10, foi planejado para ser um
período de purificação (1:22, 25; cf. Ez 22:18-22; I Pe 1:7), por isso que diz
que os purificou como a prata e os escolheu na fornalha da aflição onde ficam
de fora todas as escórias e coisas imprestáveis da prata.
Ao contrário da prata que é refinada pelo
fogo purificador, Israel foi purificada com as aflições que suportou no exílio da
fornalha da aflição. O exílio foi como a servidão do Egito (Dt 4:20; Jr 11:4).
No entanto, foi por amor dele mesmo, de Deus
por ele mesmo, que ele suportou Israel e
destarte, a sua glória não daria a outrem – vs 11. Os ídolos e as imagens de
escultura e seus deuses representados não iriam profanar o nome do santo de
Israel.
Dá-me ouvidos, vs 12, Isaías fala no nome
do Senhor. Pois ele é o mesmo, o primeiro e também o último e fora dele não há
outro. Foi ele quem fundou a terra e os céus.
Deus afirma novamente que o seu plano de
usar Ciro seria bem-sucedido – vs 14. A posição e o sucesso especial de Ciro
seriam do Senhor.
Deus chamou o seu povo para se aproximar e
para confiar na sua palavra que desde o princípio pregava. O anúncio sobre Ciro
foi proclamado em 41:25-27 para então ser elaborado nesses capítulos.
Por meio de Moisés e dos profetas (40:11; 55:12;
63:13; Dt 5:27; 29:5-6; Sl 23:2; 27:11; 139:10,24) – vs 17 – Deus é o Senhor, o
Redentor, o Santo de Israel, o Senhor Deus que ensina o que é útil e guia pelo
caminho que se deve andar.
Sendo assim, ah! Se tivessem dados ouvidos
ao Senhor! – vs 18,19 - Deus queria que o seu povo já tivesse entrado em seu
descanso. Esses versículos apoiam a responsabilidade do povo de Deus em
apressar o dia da redenção.
O escritor de Hebreus afirma que nós os que
cremos, entramos no descanso de Deus, mas os que não creem, jurou Deus em sua
ira que eles não entrariam no seu descanso – Hb 4:3.
Esses termos “rio”, “ondas do mar”
representam respectivamente vida abundante e uma situação constante e
progressiva – 66:12; Am 5:24 – que trariam a paz que chegaria para a comunidade
restaurada somente quando a justiça prevalecesse entre o povo de Deus – 9:7; 32:17;
54:13-14; 60:17; Sl 85:10; Hb 7:2 – e assim, os descendentes seriam como os
grãos de areia da face da terra que representam uma promessa de uma descendência
numerosa – Gn 12:2; 22:17.
No vs 20, uma exortação para o povo sair e
fugir, ou seja, uma exortação para não se enredarem nas estruturas da
Babilônia, porque ela estava prestes a cair – AP 18:4.
A restauração – vs 21 – seria como o êxodo
no aspecto de que Deus sustentaria o seu povo – 41:17-20; 43:19-21; 44:3; Ex
17:6; Dt 5:15; Sl 105:41.
casa
de Jacó, que vos chamais do nome de Israel,
e
saístes das águas de Judá,
que
jurais pelo nome do SENHOR, e fazeis menção do Deus de Israel,
mas
não em verdade nem em justiça.
Is
48:2 E até da santa cidade tomam o nome
e
se firmam sobre o Deus de Israel;
o
SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
Is
48:3 As primeiras coisas desde a antiguidade as anunciei;
da
minha boca sairam, e eu as fiz ouvir;
apressuradamente
as fiz, e aconteceram.
Is
48:4 Porque eu sabia que eras duro,
e
a tua cerviz um nervo de ferro,
e
a tua testa de bronze.
Is
48:5 Por isso te anunciei desde então,
e
te fiz ouvir antes que acontecesse, para que não dissesses:
O
meu ídolo fez estas coisas,
e
a minha imagem de escultura,
e
a minha imagem de fundição as mandou.
Is
48:6 Já o tens ouvido;
olha
bem para tudo isto;
porventura
não o anunciareis?
Desde
agora te faço ouvir coisas novas e ocultas,
e
que nunca conheceste.
Is
48:7 Agora são criadas, e não de há muito,
e
antes deste dia não as ouviste,
para
que porventura não digas:
Eis
que eu já as sabia.
Is
48:8 Nem tu as ouviste, nem tu as conheceste,
nem
tampouco há muito foi aberto o teu ouvido,
porque
eu sabia que procederias
muito
perfidamente,
e
que eras chamado transgressor desde o ventre.
Is
48:9 Por amor do meu nome retardarei a minha ira,
e
por amor do meu louvor me refrearei para contigo,
para
que te não venha a cortar.
Is
48:10 Eis que já te purifiquei, mas não como a prata;
escolhi-te
na fornalha da aflição.
Is
48:11 Por amor de mim, por amor de mim o farei,
porque,
como seria profanado o meu nome?
E
a minha glória não a darei a outrem.
Is
48:12 Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei;
eu
sou o mesmo, eu o primeiro, eu também o último.
Is
48:13 Também a minha mão fundou a terra,
e
a minha destra mediu os céus a palmos;
eu
os chamarei, e aparecerão juntos.
Is
48:14 Ajuntai-vos todos vós, e ouvi:
Quem,
dentre eles, tem anunciado estas coisas?
O
SENHOR o amou, e executará a sua vontade
contra
Babilônia, e o seu braço será contra os caldeus.
Is
48:15 Eu, eu o tenho falado; também já o chamei, e o trarei,
e
farei próspero o seu caminho.
Is
48:16 Chegai-vos a mim, ouvi isto:
Não
falei em segredo desde o princípio;
desde
o tempo em que aquilo se fez eu estava ali,
e
agora o Senhor DEUS me enviou a mim,
e
o seu Espírito.
Is
48:17 Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel:
Eu
sou o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil,
e
te guia pelo caminho em que deves andar.
Is
48:18 Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos,
então
seria a tua paz como o rio,
e
a tua justiça como as ondas do mar!
Is
48:19 Também a tua descendência seria como a areia,
e
os que procedem das tuas entranhas como os seus grãos;
o
seu nome nunca seria cortado
nem
destruído de diante de mim.
Is
48:20 Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus.
E
anunciai com voz de júbilo, fazei ouvir isso,
e
levai-o até ao fim da terra; dizei:
O
SENHOR remiu a seu servo Jacó.
Is
48:21 E não tinham sede, quando os levava pelos desertos;
fez-lhes
correr água da rocha;
fendeu
a rocha,
e
as águas correram.
Is
48:22 Mas os ímpios não têm paz,
diz
o SENHOR.
Não há paz para os ímpios – vs 22; 57:21. Assim,
como também não entrarão no descanso de Deus. isso é muito sério e terrível. Vigiemos
para que em nós não haja coração incrédulo e maligno a ponto de nos esquecermos
de Deus e de sua graça.
Israel neste capítulo foi repreendido por
sua grosseira infidelidade.
...
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
terça-feira, janeiro 13, 2015
Jamais Desista
Tutorial ELE NÃO DESISTE DE VOCÊ, Marquinhos Gomes - por Miguel Cristaldo.
Que tal aprender teclado, piano, com Miguel
Cristaldo?
Você verá que seus tutoriais são muito didáticos
e todos anotados permitindo ao estudante ir e vir quantas vezes quiser até
aprender de fato toda a música.
Essa música em especial fala que ele não desiste
de você! E você, já desistiu? Volte atrás em sua decisão e se arrependa
enquanto dá tempo.
Veja a letra da música: ELE NÃO DESISTE DE VOCÊ, de Marquinhos
Gomes.
Não importa quem você é
Não importa o que você fez
Jesus conhece o seu interior também
Quantas vezes você caiu
Tentando acertar
Mas a tristeza e o desespero
Te fizeram chorar
Não importa pra onde você foi
Se na escuridão da noite
Ele apaga o seu passado
E não desiste de você
Ele não desiste de você
Ele se importa com você
Ele compreende o seu caminhar
Nunca vi um amor tão grande assim
Ele não desiste de você
Ele se importa com você
Ele compreende o seu caminhar
Nunca vi um amor tão grande assim
Ele não desiste!
Ele não desiste
Ele não desiste
Ele não desiste
Ele não desiste
Ele não desiste
Ele não desiste
Não importa pra onde você foi
Se na escuridão da noite
Ele apaga o seu passado
E não desiste de você
Aguarde novos tutoriais de Miguel Cristaldo aqui no Jamais Desista!
terça-feira, janeiro 13, 2015
Jamais Desista
Isaías 47:1-15 - ISAÍAS E A QUEDA DA BABILÔNIA.
Para você não se perder na leitura capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui:
Is 47:1 Desce, e assenta-te no pó, ó
virgem filha de Babilônia;
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
1. O plano de Deus para Ciro –
44:24 até 48:22.
Como já falamos, Ciro, imperador da Pérsia, contemporâneo de Esdras, Neemias,
Zorobabel, Ester e Mordecai, é mencionado tanto por seu próprio nome, algo
espetacular demais que tem intrigado estudiosos e tem feito os céticos
afirmarem que Isaías fora escrito depois do exílio, quanto por implicação ao longo de toda a
passagem.
Ciro, que
já fora mencionado em 41:1 e nos versículos seguintes, seria:
·
O
pastor de Deus para o seu povo - 44:28.
·
O
ungido de Deus – 45:1.
·
Aquele
a quem Deus levantaria 45:13.
·
Uma
ave de rapina do oriente que realizaria os propósitos de Deus – 46:11.
·
O
aliado escolhido de Deus contra a Babilônia – 48:14.
Além dessas referências explícitas, a
questão da escolha de Ciro por Deus está implícita em vários pontos desses
capítulos, como teremos a oportunidade de vermos em riqueza de detalhes.
Esse plano de Deus para Ciro pode ser
dividido também em 8 partes para melhor entendimento do texto e seu contexto.
a. O hino de autoglorificação do Senhor – 44:24-28 – já vimos; b. Oráculo real acerca de Ciro – 45:1-8 – já vimos; c. Ai dos contendores –
45:9-14 – já vimos; d. Aceitação do
plano de Deus – 45:15-17 – já vimos;
e. O Senhor é capaz – 45:18-25 – já vimos;
f. O destino certo da Babilônia – 46:1-13
– já vimos; g. Julgamento contra a Babilônia – 47:1-15 – veremos agora; e, finalmente, h. O
chamado para ouvir e partir – 48:1-22.
g. Julgamento contra a Babilônia – 47:1-15.
Neste capítulo veremos o julgamento contra
a Babilônia. Seria Deus capaz de levar adiante seu plano com relação a Ciro? A resposta
positiva leva a um oráculo que garante a queda da Babilônia.
Muitos duvidavam de que Deus poderia mudar
um quadro desses e que estavam ali por pura vontade soberana de Deus, antes
criam que ali estavam porque Babilônia e seus deuses tinham prevalecido contra
todos os outros deuses, inclusive contra o Senhor.
O que vemos nos primeiros quatros
versículos é que Babilônia, a senhora dos reinos – vs 5 -, seria ordenada a
descer do seu trono e tornar-se escrava.
A sua queda seria tão fantástica que jamais
se ergueria novamente. A história nos comprova isso, pois já se tem passado
muitos anos – mais de 2700 anos - e a realidade é que jamais mesmo reascendeu
para ocupar sua posição inicial de senhora de reinos.
Por outro lado, vive o nosso Redentor, cujo
nome é o Santo de Israel – vs 4. Sião, a jovem cativa, receberia a ordem de
ascender ao seu trono – 52:12.
Houve da parte de Deus muito agaste contra
o seu povo – vs 6 -, o povo de sua possessão – Jr 12:7 - o qual ele mesmo
profanou a aliança e os entregou nas mãos da Babilônia, mas elas não usaram de
misericórdia (49:24,25; 51:13,19; Lm 5:12,14) como se esperaria dela e até dos
seus velhos que estavam cativos fizeram deles pesados os seus jugos.
Ela cria que seria perpétua e dizia para si
mesma que seria senhora para sempre – vs 7 -, por isso que não se importava com
coisa alguma nem se lembrava do fim delas.
O orgulho blasfemo da Babilônia estava
baseado no seu desprezo pelas verdades de que Deus tanto é soberano quanto governava
a História e a julgaria pela sua crueldade – vs 6. Todas as suas estruturas
eram vitalícias e não tinham qualquer consideração por Deus – Ap 18:2.
A sua força estava baseada em seu poder, em
seus números, em seus exércitos de homens e em suas parcerias as quais eram
sustentadas pela opressão. Tal reino não tinha como auto suster-se por muito
tempo.
No verso 8 ela está tão segura de si que
chega a dizer que não ficará viúva, nem conhecerá a perda de filhos, ou seja,
não perderá a esperança no futuro, e que fora dela não há outra igual. Isso
contrasta com a “virgem filha” nos vs 1, 5; com seu envio para a escravidão e a
morte; e, com o fato de que somente Deus é sem igual ou incomparável com
qualquer outra força ou poder.
Aquilo que ela estava segura seria alvo de
ataques, pois num só momento, repentinamente, ambas as coisas viriam sobre ela,
no mesmo dia, a perda de filhos e sua viuvez. Em toda a sua plenitude viriam
contra ela.
É o anúncio de uma catástrofe repentina no
Dia do Senhor que a Babilônia seria incapaz de livrar-se ou proteger-se do
julgamento de Deus. Semelhantemente também a queda da Babilônia de Apocalipse
que anuncia que numa só hora viria a sua destruição – Ap 18:10, 17, 19.
Sobre ela viria o seu juízo por causa da
multidão de suas feitiçarias e da grande abundância dos seus muitos
encantamentos. Isso é uma referência às inúmeras práticas mágicas da Babilônia
por meio das quais ela tentava impor o ser poder e manipular os seus inimigos –
vs 12.
A Babilônia estava tão arrogante por causa
de suas tradições religiosas, mágicas, adivinhações e intelectualidade, que já
se auto deificava e assim usurpava o nome de Deus – vs 10. Mas a sua confiança
estava em sua maldade a qual estava segura que ninguém poderia vê-la, julgá-la
ou atrever-se a dizer: - o que fazes? Sua autodeterminação dependia dos
presságios dos corpos celestes – Dn 2:10.
A palavra profética promete a ela uma
surpresa tal que astro nenhum poderia prever e portanto um mal viria sobre ela
da qual não saberia a sua origem, não poderia ser previsto, uma tal destruição
cairia sobre ela que não poderia ser evitada e repentinamente lhe sobreviria,
seria uma tão grande desolação que não poderia conhecer – vs 11.
No verso 12, o profeta zomba e desafia ao
mesmo tempo para que ela mediante os seus poderes pudesse ou prever ou evitar o
dano que iria sofrer. Qual seria o proveito de suas consultas? Nenhum proveito,
de nenhuma serventia, pois tudo era engano e mentira em que confiava e estava
segura.
Embora os astrólogos da babilônia - vs 13 – praticavam a sua arte na tentativa
de defender a Babilônia dessas profecias, elas jamais poderiam gerar para eles
salvação.
O fato era que também haviam se cansado da
multidão dos seus próprios conselhos – vs 13. Os seus olhos se voltavam para os
agoureiros, para os que contemplam os astros, para os prognosticadores, mas em
nenhum deles havia salvação.
Em consequência – vs 14 e 15 -, seriam como
a pragana onde o fogo as queimará sem que haja salvação. Eles não poderiam
salvarem-se do poder das chamas; não poderiam se aquentar em suas brasas, nem
se assentarem junto ao fogo, pois que cada um irá vagueando pelo seu caminho
sem ninguém para salvá-los.
assenta-te
no chão; já não há trono, ó filha dos caldeus,
porque
nunca mais serás chamada a tenra nem a delicada.
Is
47:2 Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu,
descalça
os pés, descobre as pernas e passa os rios.
Is
47:3 A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio;
tomarei
vingança, e não pouparei a homem algum.
Is
47:4 O nosso redentor cujo nome é o SENHOR dos Exércitos,
é
o Santo de Israel.
Is
47:5 Assenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus,
porque
nunca mais serás chamada senhora de reinos.
Is
47:6 Muito me agastei contra o meu povo,
profanei
a minha herança, e os entreguei na tua mão;
porém
não usaste com eles de misericórdia,
e
até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo.
Is
47:7 E disseste:
Eu
serei senhora para sempre;
até
agora não te importaste com estas coisas,
nem
te lembraste do fim delas.
Is
47:8 Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a prazeres,
que
habitas tão segura, que dizes no teu coração:
Eu
o sou, e fora de mim não há outra;
não
ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.
Is
47:9 Porém ambas estas coisas virão sobre ti num momento,
no
mesmo dia, perda de filhos e viuvez;
em
toda a sua plenitude virão sobre ti,
por
causa da multidão das tuas feitiçarias,
e
da grande abundância dos teus muitos encantamentos.
Is
47:10 Porque confiaste na tua maldade e disseste:
Ninguém
me pode ver; a tua sabedoria e o teu conhecimento,
isso
te fez desviar, e disseste no teu coração:
Eu
sou, e fora de mim não há outra.
Is
47:11 Portanto sobre ti virá o mal, sem que saibas a sua origem,
e
tal destruição cairá sobre ti, sem que a possas evitar;
e
virá sobre ti de repente desolação
que
não poderás conhecer.
Is
47:12 Deixa-te estar com os teus encantamentos,
e
com a multidão das tuas feitiçarias,
em
que trabalhaste desde a tua mocidade,
a
ver se podes tirar proveito,
ou
se porventura te podes fortalecer.
Is
47:13 Cansaste-te na multidão dos teus conselhos;
levantem-se
pois agora os agoureiros dos céus,
os
que contemplavam os astros,
os
prognosticadores das luas novas,
e
salvem-te do que há de vir sobre ti.
Is
47:14 Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará;
não
poderão salvar a sua vida do poder das chamas;
não
haverá brasas, para se aquentar,
nem
fogo para se assentar junto dele.
Is
47:15 Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste,
os
teus negociantes desde a tua mocidade;
cada
qual irá vagueando pelo seu caminho;
ninguém
te salvará.
Somente no Senhor há salvação! Engana-se
quem pensa que o mundo está entregue a si mesmo ou que alguma força ou poder o
domine, como pensam muitos povos por ai, em seus países.
Jesus Cristo, converta nações e povos a ti
mesmo antes de sua gloriosa segunda vinda! Amém!
...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
segunda-feira, janeiro 12, 2015
Jamais Desista
Isaías 46:1-13 - A ESPADA DE DOIS GUMES DA PREGAÇÃO DE ISAÍAS.
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
1. O plano de Deus para Ciro –
44:24 até 48:22.
Como já falamos, Ciro, imperador da Pérsia, contemporâneo de Esdras, Neemias,
Zorobabel, Ester e Mordecai, é mencionado tanto por seu próprio nome, algo
espetacular demais que tem intrigado estudiosos e tem feito os céticos
afirmarem que Isaías fora escrito depois do exílio, quanto por implicação ao longo de toda a
passagem.
Ciro, que
já fora mencionado em 41:1 e nos versículos seguintes, seria:
·
O
pastor de Deus para o seu povo - 44:28.
·
O
ungido de Deus – 45:1.
·
Aquele
a quem Deus levantaria 45:13.
·
Uma
ave de rapina do oriente que realizaria os propósitos de Deus – 46:11.
·
O
aliado escolhido de Deus contra a Babilônia – 48:14.
Além dessas referências explícitas, a
questão da escolha de Ciro por Deus está implícita em vários pontos desses
capítulos, como teremos a oportunidade de vermos em riqueza de detalhes.
Esse plano de Deus para Ciro pode ser
dividido também em 8 partes para melhor entendimento do texto e seu contexto.
a. O hino de autoglorificação do Senhor – 44:24-28 – já vimos; b. Oráculo real acerca de Ciro – 45:1-8 – já vimos; c. Ai dos contendores –
45:9-14 – já vimos; d. Aceitação do
plano de Deus – 45:15-17 – já vimos;
e. O Senhor é capaz – 45:18-25 – já vimos;
f. O destino certo da Babilônia – 46:1-13
– veremos agora; g. Julgamento contra a Babilônia – 47:1-15; e, finalmente,
h. O chamado para ouvir e partir – 48:1-22.
f. O destino certo da Babilônia – 46:1-13.
Neste capítulo, veremos o destino certo da
Babilônica com a queda de todos os seus ídolos onde Isaías chama Israel a ouvir
e a crer que Deus realizaria o seu plano de destruir Babilônia por meio de
alguém do Oriente.
Bel se encurva e Nebo – filho do Deus Marduque
– se abaixa e os ídolos são postos sobre os animais, sobre as bestas de carga
porque não podem se locomover.
Bel aqui significa “Senhor”, um nome do
Deus da Babilônia chamado de Marduque. Na verdade é uma apresentação irônica do
total desamparo dos ídolos e da insensatez de se confiar neles.
Já o Senhor, a quem o verso 3 convida Jacó
e o restante da casa de Israel a ouvir, é aquele que os trouxe no ventre desde
a madre. Veja o contraste explícito: enquanto os deuses da Babilônia necessitam
de serem postos em bestas de carga, é o Senhor quem conduz o seu povo desde o
ventre materno.
O Senhor aqui é como uma mãe humana em seu
cuidado pelo seu povo – 49:5; Ex 19:4; Dt 1:31; Os 11:3,4. Desde o ventre, os
carrega e até a sua velhice, ele promete: - serei o mesmo! Até as cãs ele os
carregará. Ele os fez e ele os levará e ainda os traria e os livraria. O Senhor
é constante em seu cuidado com o seu povo – Sl 71:9, 18 -, ao contrário dos
ídolos.
Não é isso tremendo da parte do Senhor? Em razão
disso é que no vs 5 ele exclama e pergunta retoricamente com quem seria ele
comparado e assemelhado? A resposta óbvia é com ninguém, pois não há outro
digno de comparação com o Senhor.
Os contratantes gastam todo o seu ouro e prata
– vs 6 - para assalariarem um ourives para fazer um Deus e depois diante de seu
Deus fabricado se encurvarem.
Depois de prontos são levados sobre os
ombros – vs 7 - e o tomam, e o levam e o põe em seu lugar e ali de pé, sem se
mover, ficam esperando alguém clamar, mas não há resposta nele, esperando um
livramento, mas também não pode livrar ninguém da tribulação.
No vs 8 e 9, Deus os chama de
prevaricadores e fala pelo profeta para que se lembrem e considerem; para que
tragam a memória e se lembrem das coisas passadas desde a antiguidade que
somente Deus é o Senhor e que não há outro semelhante a ele.
Somente ele – vs 10 – anuncia as coisas por
vir e dá ao povo um sinal tremendo que é o chamado do homem do Oriente, de
Ciro. Esse foi o elemento da mensagem de Isaías que causou tanta descrença. No entanto,
Deus reafirmou a sua liberdade e a sua determinação de usar Ciro para destruir
a Babilônia.
Novamente ele, o Senhor, os conclama a
ouvirem e os chama de obstinados de coração pois se recusam a aceitar o plano
revelado de Deus para a restauração de Israel.
os
seus ídolos são postos sobre os animais e sobre as feras;
as
cargas dos vossos fardos são canseiras
para
as feras já cansadas.
Is
46:2 Juntamente se encurvaram e se abateram;
não
puderam livrar-se da carga,
mas
a sua alma entrou em cativeiro.
Is
46:3 Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel;
vós
a quem trouxe nos braços desde o ventre,
e
sois levados desde a madre.
Is
46:4 E até à velhice eu serei o mesmo,
e
ainda até às cãs eu vos carregarei;
eu
vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei,
e
vos livrarei.
Is
46:5 A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis,
e
me comparareis, para que sejamos semelhantes?
Is
46:6 Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças;
assalariam
o ourives, e ele faz um deus,
e
diante dele se prostram e se inclinam.
Is
46:7 Sobre os ombros o tomam, o levam, e o põem no seu lugar;
ali
fica em pé, do seu lugar não se move;
e,
se alguém clama a ele, resposta nenhuma dá,
nem
livra alguém da sua tribulação.
Is
46:8 Lembrai-vos disto, e considerai;
trazei-o
à memória, ó prevaricadores.
Is
46:9 Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade;
que
eu sou Deus, e não há outro Deus,
não
há outro semelhante a mim.
Is
46:10 Que anuncio o fim desde o princípio,
e
desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam;
que
digo:
O
meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.
Is
46:11 Que chamo a ave de rapina desde o oriente,
e
de uma terra remota o homem do meu conselho;
porque
assim o disse, e assim o farei vir;
eu
o formei, e também o farei.
Is
46:12 Ouvi-me, ó duros de coração, os que estais longe da justiça.
Is
46:13 Faço chegar a minha justiça, e não estará ao longe,
e
a minha salvação não tardará;
mas
estabelecerei em Sião a salvação, e em Israel
a
minha glória.
A palavra pregada de Isaías cumpre o seu
papel na pregação: gerar a fé nos corações de cera e gerar incredulidade nos
corações de barro. Alguns, ouvindo a pregação se convertem, enquanto outros,
ouvindo a mesma pregação, se endurecem.
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