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sábado, 22 de novembro de 2014

Ester 5:1-14 - UMA TERRÍVEL TRAMA ESTAVA SENDO ARQUITETADA CONTRA MORDECAI

Nosso mapinha de leitura, para não nos perdermos na história, ficou assim:
Parte V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1) Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – concluiremos agora.
(4) O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10.
(5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32.
(6) Epílogo – 10:1-3.
(3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 - continuação.
Eles tinham combinado humilharem-se e fazerem um grande jejum e oração, conforme instruções de Ester, por três dias seguidos e o terceiro dia chegou.
Ester corria risco de vida ao se apresentar ao rei sem motivo, mas era preciso fazer isso urgentemente. O desafio de Ester era enorme e ela teria de usar de astúcia, graça, charme, inteligência e contar com a ajuda da Providência preparando algo especial para ela.
Entrar de qualquer jeito na presença do rei para pedir por sua vida e pela vida de seu povo não iria soar muito bem. Ela já havia orado e bem assim o povo estava intercedendo.
Ester entra na presença real! O rei surpreso logo lhe estende o seu bastão e surpreso com sua visita e sabendo que queria ela algo, se antecipa e lhe oferece metade de seu reino!
Aquilo foi recebido por ela como um bom sinal de que Deus haveria de ser-lhe propícia. Com grande habilidade, ela cria um clima de suspense e envolve com habilidade a pessoa de Hamã que se sente altamente exaltado e agora pela rainha Ester.
Era justamente isso que ela queria, criar esse clima e preparar o seu bote já certeiro, bem na jugular de Hamã, mas era preciso paciência e preparo. Ela é simpática, agradável, mas continua com seu suspense e os convida novamente para um novo banquete, com a presença certa de Hamã confirmada.
O rei não entende, mas acata e confia nela e fica desejoso de saber do que se trata. Aliás, todos estavam com a atenção toda voltada para Ester e seu pedido. O que poderia ser?
Ester foi muito hábil e charmosa, além do que era bela e a esposa do rei Xerxes. Um novo banquete então foi confirmado.
Hamã sai dali nas nuvens, quase flutuando, quando de repente se depara com Mordecai à porta do palácio real e como sempre fez, não se inclinou, nem se dobrou diante da figura de Hamã que, por hora, fez questão de se conter.
Entra em sua casa triunfante contando os seus feitos, se alegrando com todos, comemorando suas riquezas e status real, alegre porque somente ele tinha sido convidado para um banquete real e isso por duas vezes seguidas.
E então compartilha a sua dor: Mordecai continuava a lhe resistir! Continua Mordecai não se curvando, nem se inclinando, nem se prostrando, como os demais diante de Hamã, que cada vez mais está indignado. Isso fazia com que ele perdesse a compostura e se indignasse muito.
Seus parentes, principalmente sua esposa lhe dá uma ideia fantástica aos seus olhos para que ele assim o fizesse antes mesmo de entrar na presença real para o banquete duplo com a rainha Ester e o rei Xerxes.
A ideia seria construir uma forca de cinqüenta côvados de altura (quase uns vinte e cinco metros de altura!), no dia seguinte, o dia do banquete real, dizer ao rei que nela seja enforcado Mordecai para assim, depois, entrar alegre com o rei e a rainha ao banquete.
O inimigo nas caladas da noite trama os seus ardis para apanhar o povo de Deus que dorme tranquilo sem ao menos saber que sua vida está por um fio!

Mordecai estava dormindo em paz e acordou naquele dia para viver a vida que Deus lhe deu; servindo ao Senhor, à sua prima-filha e ao povo de Deus. Ele nem sabia que uma forca bem alta tinha sido construída para ele!
Et 5:1 Sucedeu, pois, que ao terceiro dia Ester se vestiu com trajes reais,
                e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei;
                               e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real,
                                               defronte da porta do aposento.
                Et 5:2 E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio,
                               alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester
                                               o cetro de ouro, que tinha na sua mão,
                                                               e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro.
                Et 5:3 Então o rei lhe disse:
                               Que é que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição?
                                               Até metade do reino se te dará.
                Et 5:4 E disse Ester:
                               Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã
                                               ao banquete que lhe tenho preparado.
                Et 5:5 Então disse o rei:
                               Fazei apressar a Hamã, para que se atenda
                                               ao desejo de Ester.
                               Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete,
                                               que Ester tinha preparado,
                Et 5:6 Disse o rei a Ester, no banquete do vinho:
                               Qual é a tua petição? E ser-te-á concedida,
                                               e qual é o teu desejo?
                                                               E se fará ainda até metade do reino.
                Et 5:7 Então respondeu Ester, e disse:
                               Minha petição e desejo é:
                                               Et 5:8 Se achei graça aos olhos do rei, e se bem
                                               parecer ao rei conceder-me a minha petição,
                                               e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã
                                                               ao banquete que lhes hei de preparar,
                                               e amanhã farei conforme a palavra do rei.
                Et 5:9 Então saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo;
                               porém, vendo Mardoqueu à porta do rei,
                                               e que ele não se levantara nem se movera
                                                               diante dele, então Hamã se encheu de furor
                                                                              contra Mardoqueu.
                Et 5:10 Hamã, porém, se refreou, e foi para sua casa;
                               e enviou, e mandou vir os seus amigos, e Zeres, sua mulher.
                Et 5:11 E contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas,
                               a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei
                                               o tinha engrandecido,
                               e como o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.
                Et 5:12 Disse mais Hamã:
                               Tampouco a rainha Ester a ninguém fez vir com o rei
                                               ao banquete que tinha preparado, senão a mim;
                                               e também para amanhã estou convidado por ela
                                                               juntamente com o rei.
                Et 5:13 Porém tudo isto não me satisfaz, enquanto eu vir o judeu
                               Mardoqueu assentado à porta do rei.
                Et 5:14 Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos:
                               Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura,
                               e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu;
                                               e então entra alegre com o rei ao banquete.
                               E este conselho bem pareceu a Hamã,
                                               que mandou fazer a forca.
Interessante e deliciosa a trama que se desenrola nas mãos do hábil escritor de Ester. Há um suspense no ar e os fatos vão se sucedendo provocando as suas consequências e obrigando cada um a tomar suas ações.
A ideia de enforcar Mordecai não partiu de Hamã, mas este absorveu a ideia transmitida por sua mulher e seus amigos. Hamã deve ter dormido aquela noite – a última de sua vida! – imaginando Mordecai pendurado naquela forca.

O dia estava por vir e com ele fatos novos que iriam mudar terrivelmente o destino das coisas.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sociedade Bíblica do Brasil - Semeando a Palavra de Deus em todo o mundo

Leia, medite, viva, ensine e compartilhe a Palavra de Deus!

Não há coisa melhor nessa vida do que se dedicar ao Senhor. Falo sério! O que pode haver de melhor? A não ser que você não creio nesse papo de Deus, da Bíblia, do Senhor. Se este for o seu caso, lamento... No entanto, ainda dá tempo de se arrepender!

Quanto aos demais que comigo compartilham o reino de Deus e a sua justiça, vamos semear? Dizem que o evangelho somente não dá resultado, se não for pregado! O que você está esperando, então? Pregue!

"Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina." - I Tim 4:2



A Deus seja toda a glória!




Ester 4:1-17 - A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO E DO JEJUM DIANTE DE UMA GRANDE AFLIÇÃO

Nosso mapinha de leitura, para não nos perdermos na história, ficou assim:
Parte V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1) Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – começaremos agora.
(4) O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10.
(5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32.
(6) Epílogo – 10:1-3.
(3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14.
O capítulo anterior apresentou o grande contraste da promoção de Hamã por nada e do esquecimento de Mordecai, tendo ele livrado o rei da morte certa.
Também vimos que Mordecai não se curvava como os demais diante de Hamã que indignado planejou e ordenou, por decreto real autorizado pelo rei, que não poderia ser revogado, o genocídio dos judeus.
O decreto tinha sido emitido e os eficientes correios persa tinham começado a entregar o decreto e a espalhar a nova lei em toda Susã, onde todos os judeus ficaram pasmos e sem saber o que fazer.
O decreto saiu no dia 13/01 para ser executado no dia 13/12. Nele havia as ordens para destruição, morte, aniquilamento e saqueamento de todos os bens de todos os judeus.
As datas foram calculadas e escolhidas meticulosamente por pur (sorteio - para cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de Adar – vs 3:7), conforme as crendices de Hamã que pretendeu escolher cada detalhe de seu plano maligno.
Agora estavam todos durante esses 330 dias assustados, atemorizados, em terror e em grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza – vs 3 -, como o próprio Mordecai.
O que fazer quando tudo parece perdido? Aqui vemos que o povo de Deus se humilhou, orou, jejuou e buscou em Deus uma saída! No entanto, óbvio, não ficaram esperando ou vendo navios na praia, antes foram agir.
Mordecai não poderia entrar daquela maneira no palácio, mas fez de tudo para entrar em contato com Ester que, a princípio, ao saber de tudo, ficou atônita e sem ação alguma.
Mordecai lhe pedia que entrasse na presença do rei para pedir socorro, mas ela não poderia tomar essa iniciativa sob o risco até de morte e todos sabiam ali do caso de Vasti, como foi terrível seu fim por desobedecer ao rei.
Ela procurou fugir de sua responsabilidade dando desculpas que não haveria como e já tinha mais de trinta dias que o rei não a chamava para ele – vs 11.
Foi nesse momento que Mordecai, seu primo, mas também seu pai adotivo, falou as palavras certas e precisas, em tom mesmo de ameaça.
Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” – vs 13 – 15.
Foram mesmo palavras duras, mas afiadas como a espada que transpassaram o coração de Ester e fez com que ela mudasse de ideia e fosse enfrentar a morte mesmo procurando se achegar a presença do rei para pedir socorro oportuno.
Foi ai que ela teve o insight, entendendo a gravidade do assunto e a luta espiritual que se travava, de convocar um jejum por três dias para o pleno êxito de sua empreitada junto ao rei Xerxes.
Agora aqui entra a habilidade e a astúcia de Ester que soube clamar ao rei de forma magistral. Se ela chega e se apresenta ao rei e chora a sua dor de qualquer forma, poderia ser que o rei nem desse bola ao seu sofrimento e mesmo de todo o seu povo, os judeus.
Ela foi maestra nisso e soube orquestrar um plano que atraiu Hamã para o laço do passarinheiro sem ao menos suspeitar que estaria caindo nos braços da morte, antes pensava que estava sendo desejado.
O parecer de Ester agradou a Mordecai que saiu a colocar o povo todo em jejum e oração por essa tão assustadora causa. Ester também estava se preparando para entrar na presença do rei, podendo, inclusive, ser morta nessa tentativa.
Et 4:1 Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado,
                rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza,
                               e saiu pelo meio da cidade,
                                               e clamou com grande e amargo clamor;
                Et 4:2 E chegou até diante da porta do rei,
                               porque ninguém vestido de saco podia entrar
                                               pelas portas do rei.
                Et 4:3 E em todas as províncias aonde a palavra do rei
                               e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto,
                                               com jejum, e choro, e lamentação;
                                               e muitos estavam deitados em saco e em cinza.
                Et 4:4 Então vieram as servas de Ester, e os seus camareiros,
                               e fizeram-na saber, do que a rainha muito se doeu;
                                               e mandou roupas para vestir a Mardoqueu,
                                                               e tirar-lhe o pano de saco;
                                                                              porém ele não as aceitou.
                Et 4:5 Então Ester chamou a Hatá (um dos camareiros do rei,
                               que este tinha posto para servi-la), e deu-lhe ordem para
                                               ir a Mardoqueu, para saber que era aquilo,
                                                               e porquê.
                Et 4:6 E, saindo Hatá a Mardoqueu, à praça da cidade,
                               que estava diante da porta do rei,
                Et 4:7 Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido;
                               como também a soma exata do dinheiro,
                                               que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei,
                                                               pelos judeus, para destruí-los.
                Et 4:8 Também lhe deu a cópia da lei escrita,
                               que se publicara em Susã, para os destruir,
                                               para que a mostrasse a Ester, e a fizesse saber;
                                               e para lhe ordenar que fosse ter com o rei,
                                                               e lhe pedisse e suplicasse na sua presença
                                                                              pelo seu povo.
                Et 4:9 Veio, pois, Hatá, e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
                Et 4:10 Então falou Ester a Hatá, mandando-o dizer a Mardoqueu:
                               Et 4:11 Todos os servos do rei, e o povo das províncias do
                                               rei, bem sabem que todo o homem ou mulher
                                               que chegar ao rei no pátio interior,
                                               sem ser chamado, não há senão uma sentença,
                                                               a de morte,
                                               salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro,
                                                               para que viva;
                                               e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada
                                                               para ir ao rei.
                Et 4:12 E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
                Et 4:13 Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester:
                               Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei,
                                               escaparás só tu entre todos os judeus.
                               Et 4:14 Porque, se de todo te calares neste tempo,
                                               socorro e livramento de outra parte sairá
                                                               para os judeus,
                                               mas tu e a casa de teu pai perecereis;
                                                               e quem sabe se para tal tempo como este
                                                                              chegaste a este reino?
                Et 4:15 Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
                               Et 4:16 Vai, ajunta a todos os judeus
                                               que se acharem em Susã, e jejuai por mim,
                                                               e não comais nem bebais por três dias,
                                                                              nem de dia nem de noite,
                                               e eu e as minhas servas também assim jejuaremos.
                               E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei;
                                               e se perecer, pereci.
                Et 4:17 Então Mardoqueu foi, e fez
                               conforme a tudo quanto Ester lhe ordenou.
Mordecai chamou a atenção de Ester dizendo aquelas palavras duras e lembrou ela de algo muito interessante ao dizer que quem sabe não seria justamente para aquele momento de dor que estavam enfrentando que Ester não teria sido chamada para ser a rainha?
Quem é que diz que Deus não está no controle de tudo pela sua soberania, providência, decretos e mesmo predestinação? Contudo, igualmente, respeita cada criatura sem induzi-la ou forçá-la a agir como se marionete fosse.
Deus é soberano e controla tudo e ao mesmo tempo suas criaturas são responsáveis por seus atos. Nós corremos riscos, mas Deus, como disse Einstein: “NÃO JOGA DADOS”.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ester 3:1-15 - A TRAMA DE HAMÃ PARA POR FIM A TODOS OS JUDEUS DE SUSÃ

Vamos ver nosso mapinha de leitura para não ficarmos repetindo todos os dias o mesmo texto:
Parte V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1) Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – estamos vendo e conlcuiremos agora.
(3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14.
(4) O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10.
(5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32.
(6) Epílogo – 10:1-3.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 - continuação.
Deus havia elevado Mordecai e Ester à proeminência na corte persa, mas eles foram ameaçados pelo decreto de Hamã, que ordenava o genocídio dos judeus.
O primeiro decreto do rei resultaria em perigo mortal para Israel. Esses capítulos relembram os acontecimentos que levaram ao decreto de Assuero sobre o genocídio dos judeus.
Eles se dividem em três partes: A. A ascensão da rainha Ester (2:1-18) – já vista; B. A conspiração contra o rei revelada por Mordecai (2:19-23) – já vista; e, C. A promoção de Hamã e seu plano contra os judeus (3:1-15) – veremos agora.
C. A promoção de Hamã e seu plano contra os judeus (3:1-15).
Mordecai insultou Hamã quando se recusou a inclinar-se diante dele; como resultado direto disso, Hamã convenceu o rei a decretar a aniquilação dos judeus.
Como vocês se recordam o capítulo dois se encerra com o grande feito de Mordecai ao rei que ficou sem o reconhecimento devido, pois Mordecai tinha descoberto uma trama real para assassinato do rei, no entanto, tudo foi registrado nos anais do rei.
E o capítulo três começa com a ascenção de Hamã, filho de Hamedata, agagita. A genealogia de Hamã é controversa. Ainda que os nomes Hamã e Hamedata possam ser persas, a iden-tificação de Hamã como "o agagita" sugere uma importante associação de Hamã com Agague, o rei dos amalequitas, inimigos mortais de Israel, contra quem Saul se opôs (Ex 17:8-16; Dt 25:17-19; I Sm 14:47-48; 15).
Não nos parece estranho que a promoção de Hamã, sem urna causa aparente, contrasta com a falta de promoção de Mordecai após a sua ação heróica (2:21-23)?
Isso se deve, sem dúvidas a grande habilidade do narrador em contar histórias. O contraste é necessário para despertar no leitor o sentimento de indignação e injustiça aparente diante dos fatos das coisas que parecem acontecer todas desconexas entre si, mas na verdade, não são.
A exaltação, sem motivo de Hamã, foi muito grande e ele foi elevado ao psoto de maioral de todos os príncipes. Todos na corte deveriam a ele se inclinar e o saudar, no entanto, havia ali um judeu que não tinha o costume de se inclinar aos homens.
Os judeus não consideravam comum a prática de se curvar diante de reis (I Sm 24:8; II Sm 18:28), de outras pessoas (Gn 23:7; 33:3; II Re 2:15) e mesmo de anjos (Ap 19:10; 22:8) uma violação ao primeiro e ao segundo mandamentos (Ex 20:3-6).
Quem descobre que Mordecai não se inclinava perante Hamã, não foi Hamã, nem alguém dos seus, mas justamente aqueles que eram iguais a Mordecai, que serviam à porta do rei.
Eles insistiram com ele dia a dia, mas Mordecai nem dava bolas, então eles foram procurar Hamã e o entregaram.
Hamã se encheu de furor e ira ao comprovar que Mordecai não se inclinava perante ele, nem se prostava a ele – vs 5. Tamanha foi a sua indignação que agora já não queria castigar Mordecai, mas toda a sua raça, a raça dos judeus. Hamã tramou a morte de todos os judeus, por vingança contra Mordecai.
Hamã e Mordecai eram representantes da antiga hostilidade entre os amalequitas e os israelitas (a inimizade benjamita-agagita, I Sm 15:7-9). A recusa de Mordecai a se curvar diante do seu inimigo hereditário (vs. 4), porque "ele lhes tinha declarado que era um judeu", é compreensível e até mesmo louvável — curvar-se poderia ser interpretado como uma tácita aprovação dos crimes dos agagitas.
Hamã parecia incontrolável e seu furor somente crescia. Seu ódio o cegou e ele, doido, começou o seu plano maligno. Primeiro usou a antiga prática de lançar sortes (pur) – I Sm 14:41; Pv 16:33 – para poder determinar o melhor momento para colocar em ação sua estratégia de morte contra todos os judeus de Susã. A forma plural de pur é purim que é o nome da celebração dos judeus que comemora o fim de Hamã, “o inimigo de todos os judeus” – 9:23-32.
Hamã, com grande astúcia, e investindo uma grande soma de dinheiro em talentos de prata, convenceu o rei e este deu a ele o selo real do rei para proclamar o edito real contra os judeus que não poderia, conforme as leis dos persas, ser revogado, de jeito nenhum.
Na narrativa, podemos perceber a repetição do nome de Hamã de forma sempre completa: “Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus” para enfatizar que a situação do povo judeu não seria fácil com este homem transtornado.
Foi no dia treze do primeiro mês que se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua e com o anel do rei se selou a sentença de toda a raça dos judeus:
·         Destruição.
·         Morte.
·         Aniquilamento.
·         Saqueamento.
Essa destruição, morte, aniquilamento e saqueamento de todos os bens de todos os judeus estava prevista, pelo pur, para se dar no dia 13/12 (décimo terceiro dia do décimo segundo mês, que é o mês de adar).
Os eficientes correios persa saíram com a estranha ordem e toda Susã ficou em palvorosa. Enquanto isso – vs 13 – o rei e Hamã se assentaram, tranquilamente a beberem.
Et 3:1 Depois destas coisas o rei Assuero
                engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita,
                e o exaltou,
                e pôs o seu assento acima de todos os príncipes
                               que estavam com ele.
                Et 3:2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei,
                               se inclinavam e se prostravam perante Hamã;
                                               porque assim tinha ordenado o rei acerca dele;
                               porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
                Et 3:3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei,
                               disseram a Mardoqueu:
                                               Por que transgride o mandado do rei?
                Et 3:4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após dia,
                               e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã,
                                               para verem se as palavras de Mardoqueu
                                                               se sustentariam,
                                               porque ele lhes tinha declarado que era judeu.
                Et 3:5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava
                               nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
                Et 3:6 Porém teve como pouco, nos seus propósitos,
                               o pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam
                                               declarado de que povo era Mardoqueu);
                               Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus,
                                               o povo de Mardoqueu, que havia em todo
                                                               o reino de Assuero.
                Et 3:7 No primeiro mês (que é o mês de Nisã),
                               no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur,
                                               isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia,
                                                               e para cada mês, até ao duodécimo mês,
                                                                              que é o mês de Adar.
                Et 3:8 E Hamã disse ao rei Assuero:
                               Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as
                                               províncias do teu reino um povo, cujas leis
                                                               são diferentes das leis de todos os povos,
                                                                              e que não cumpre as leis do rei;
                                                               por isso não convém ao rei deixá-lo ficar.
                Et 3:9 Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem;
                               e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra
                                               dez mil talentos de prata, para que entrem nos
                                                               tesouros do rei.
                Et 3:10 Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã,
                               filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.
                Et 3:11 E disse o rei a Hamã:
                               Essa prata te é dada como também esse povo,
                                               para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
                Et 3:12 Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês,
                               no dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã
                                               mandou, se escreveu aos príncipes do rei,
                                               e aos governadores que havia sobre cada província,
                                                               e aos líderes, de cada povo;
                                               a cada província segundo a sua escrita,
                                               e a cada povo segundo a sua língua;
                               em nome do rei Assuero se escreveu,
                                               e com o anel do rei se selou.
                Et 3:13 E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios
                               a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem,
                                               e fizessem perecer a todos os judeus,
                               desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres,
                                               em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês
                                                               (que é o mês de Adar),
                                                                              e que saqueassem os seus bens.
                Et 3:14 Uma cópia do despacho que determinou
                               a divulgação da lei em cada província, foi enviada a todos os
                               povos, para que estivessem preparados para aquele dia.
                Et 3:15 Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei,
                               saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã.
                                               E o rei e Hamã se assentaram a beber, porém a cidade de Susã estava confusa.
O decreto real saiu no dia treze do primeiro mês e a sua execução foi anunciada para o dia treze do décimo segundo mês, mês de adar. Calculando os dias, temos ai, praticamente 12 meses e exatos 330 dias de terror prévio anunciado para justamente deixar cada judeu com medo, assustado e pronto para o seu terrível final.
Hamã, de fato, estava curtindo tudo aquilo e sonhava com a sua execução. Também isso para ele representaria mais riquezas uma vez que tomaria posse de tudo e de todas as coisas dos judeus. Era uma lei real e irrevogável! O fim dos judeus estava com hora marcada em Susã. E agora, o que fazer?
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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