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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Isaías 54:1-17 - ISAÍAS CHAMA JERUSALÉM A SE REGOZIJAR EM LOUVOR A DEUS PELA SALVAÇÃO QUE ELE TRARIA.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 54 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3 – já vista; c. O salmo de confiança do servo – 50:4 – 11 – já vista; d. Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 – já vista; g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17 – veremos agora; g. O convite para ir – 55:1-13.
g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17.
Veremos, a partir de agora e ocupará todo o capítulo 54, o chamado para que Jerusalém louve ao Senhor. Isaías chama Jerusalém a se regozijar em louvor a Deus pela salvação que ele traria.
A estéril que não deu a luz, nem sofreu as dores de parto, é a mulher solitária, convidada aqui a exultar-se de prazer e a cantar alegremente. Enquanto estivessem no exílio, Judá e Israel seriam esquecidos por Deus e não desfrutariam de sua bênção, embora fossem assistidos por sua graça que é sobre todos neste planeta.
O Novo Testamento aplica esse versículo à "Jerusalém celestial" (Hb 12:22), "nossa mãe" (GI 4:26). Mais são os filhos – 49:21; 53:10 - da desolada do que as da casada.
O alargamento da tenda é uma metáfora de grandes bênçãos (26:15; 33:20); em contraste, veja Jr 10:20, num grande lamento por Judá, onde a tenda tinha sido destruída, as cordas rompidas, os filhos já se foram sem deixar ninguém que levante a tenda e erga as lonas.
A expansão para a esquerda e para a direita seria tão grande que eles possuiriam as cidades de seus inimigos (Gn 22:17; 28:14), como já deveria ter ocorrido nos tempos de Josué que deixaram pendências de conquistas na Terra Prometida e com os povos daquela terra se aliançaram e foram infiéis ao Senhor.
A promessa seria para não temerem porque não seriam mais envergonhadas e não se envergonharem porque não sofreriam mais afrontas – vs 4 -, antes disso tudo, haveriam de esquecer. Esqueceriam da infidelidade de Israel que levou à sua opressão pelo Egito na juventude da nação (52:4; Jr 31:19; Ez 16:1-6). Os exílios assírio e babilônio vieram depois que Israel e Judá já eram maduros.
O versículo 5 em seguida explica porque não deveriam temer, nem se envergonhar. Por causa do Criador, do seu marido, do Senhor dos Exércitos, do Santo de Israel, do seu Redentor, do Deus de toda a terra. A grande quantidade de títulos atribuídos a Deus demonstrava que Israel e Judá não foram para o exílio por causa de uma fraqueza de Deus (50:1-3), muito pelo contrário.
Foi o Senhor quem a chamou como uma mulher desamparada da mocidade, repudiada, triste de espírito – 40:27; 49:14; 50:1 – que por um breve momento a deixou, mas que com grande compaixão a recolheu. Por uns instantes, escondeu-se dela, mas com benignidade eterna se compadeceu dela.
Veja o contraste “breve momento” x “benignidade eterna” e compare com outro contraste no Novo Testamento, com Paulo: “leve e momentânea tribulação” x “peso eterno de glória mui excelente”.
Ou seja, as tribulações e lutas e contrariedades desta vida não são para comparar com nossa vida eterna que já começou para a glória de Deus! Quem se perde ou se deixa perder-se nas gotas de sofrimento pelas quais passamos não imagina que já tem diante de si um mar aberto de novas e infinitas oportunidades para a glória de Deus!
Tenha paciência que está chegando a hora para você como chegou para Paulo, Pedro, Tiago, João, o Senhor, os apóstolos, nossos pais e muitos de nossos irmãos do presente século.
Quando o Senhor renovou a sua aliança com a sua criação, ato simbolizado pelo arco-íris (Gn 9:1-17), nas águas de Noé, ele jurou que jamais inundariam novamente a terra. As negativas expressam o enfático compromisso do Senhor em cumprir a aliança que havia feito com o seu povo.
Vejam que incrível: o compromisso do Senhor em suas alianças com Israel é maior do que aquele de sua aliança com toda a sua criação (51:6; Sl 46:2-3; 114:4,6). Isaías tinha em mente aqui a renovação da aliança com Israel depois do exílio (42:6; 53:5; Ez 34:25; 37:26), que também é conhecida como a "nova aliança" (Jr 31:31).
A cidade de Jerusalém sofreu severamente durante o exílio.
Ela foi afligida e arrojada com a tormenta e desconsolada, mas fora assentada em suas colunas com antimônio e seus alicerces fundados com safiras, sendo seus baluartes de rubis, as portas de carbúnculos e todas as suas muralhas de pedras preciosas.
Até os seus filhos serão ensinados do Senhor onde a paz reinará perpetuamente, sendo a justiça estabelecida para sempre, estando longe da opressão, porque não temerá – vs. 14 – e também do terror, porque não chegará a ela.
O que estava acontecendo com Jerusalém era como uma boa e forte sacudida de um vento que soprava sobre ela retirando dela os galhos podres, as folhas secas, os frutos bichados para que permanecendo sua base e voltasse a ter suas folhas renovadas, produzir e a tornar-se bela, formosa, frutífera e renovada.
É também aqui Jerusalém um tipo do crente que às vezes precisa passar pelo mesmo processo para tirar de si as sujidades e escórias do mundo que ele insistentemente persiste em preservar para sua própria ruína e prejuízo à causa do evangelho e da pregação.
Ainda que se levantem contendas, os que contenderem com ela cairão. Deus criou o ferreiro e até o assolador para destruir, no entanto, não prosperará nenhuma arma forjada contra ela e toda língua que se levantar contra ela em juízo, ela mesmo a condenará – vs. 17.
Essa é a herança dos servos do Senhor! Ela é uma referência à aliança e às promessas, especialmente à promessa da proteção de Deus e da sua "vindicação".
 Is 54:1 Canta, alegremente, ó estéril, que não deste à luz;
                exulta de prazer com alegre canto, e exclama,
                               tu que não tiveste dores de parto;
                                               porque mais são os filhos da desolada,
                                                               do que os filhos da casada, diz o Senhor.
                Is 54:2 Amplia o lugar da tua tenda,
                               e estendam-se as cortinas das tuas habitações;
                                               não o impeças;
                               alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas.
                Is 54:3 Porque trasbordarás para a direita e para a esquerda;
                               e a tua posteridade possuirá as nações
                                               e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.
                Is 54:4 Não temas, porque não serás envergonhada;
                               e não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas;
                                               antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade,
                                               e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.
                Is 54:5 Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos
                               é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor,
                                               que é chamado o Deus de toda a terra.
                Is 54:6 Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada
                               e triste de espírito; como a mulher da mocidade,
                                               que fora repudiada, diz o teu Deus:
                Is 54:7 Por um breve momento te deixei,
                               mas com grande compaixão te recolherei;
                Is 54:8 num ímpeto de indignação escondi de ti
                               por um momento o meu rosto;
                                               mas com benignidade eterna me compadecerei de ti,
                                                               diz o Senhor, o teu Redentor.
                Is 54:9 Porque isso será para mim como as águas de Noé;
                               como jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra,
                                               assim também jurei que não me irarei mais contra ti,
                                                               nem te repreenderei.
                Is 54:10 Pois as montanhas se retirarão,
                               e os outeiros serão removidos;
                                               porém a minha benignidade não se apartará de ti,
                                               nem será removido ao pacto da minha paz,
                                                               diz o Senhor, que se compadece de ti.
                Is 54:11Ó tu aflita arrojada com a tormenta e desconsolada
                               eis que eu assentarei as tuas pedras com antimônio,
                                               e lançarei os teus alicerces com safiras.
                Is 54:12 Farei os teus baluartes de rubis,
                               e as tuas portas de carbúnculos,
                                               e toda a tua muralha de pedras preciosas.
                Is 54:13 E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor;
                               e a paz de teus filhos será abundante.
                Is 54:14 Com justiça serás estabelecida;
                               estarás longe da opressão, porque já não temerás;
                                               e também do terror, porque a ti não chegará.
                Is 54:15 Eis que embora se levantem contendas,
                               isso não será por mim; todos os que contenderem contigo,
                                               por causa de ti cairão.
                Is 54:16 Eis que eu criei o ferreiro, que assopra o fogo de brasas,
                               e que produz a ferramenta para a sua obra;
                                               também criei o assolador, para destruir.
                Is 54:17 Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti;
                               e toda língua que se levantar contra ti em juízo,
                                               tu a condenarás;
                               esta é a herança dos servos do Senhor,
                                               e a sua justificação que de mim procede,
                                                               diz o Senhor.
O que garante ela livre da opressão é o fato de que os seus filhos serão ensinados do Senhor que conhecerá a paz de Deus, a justiça e o seu estabelecimento e assim longe estará da opressão porque já não mais temerá e também do terror porque não chegará a ela que conhece o seu Senhor que cuida dela – vs. 13 e 14.
Sentir ódio hoje e querer vingança na mesma moeda dos que odeiam o cristianismo e destroem igrejas, escolas e tudo que se liga ao Senhor e que executam os fiéis numa demonstração insana de poder e de terror é perder a batalha para quem já foi derrotado cujo fim está próximo quanto mais o dia do Senhor se aproxima.
A violência, as armas, a guerra, o terror pelo terror, a vingança e o ódio, a ira e a ostentação de poder não são o caminho que devemos tomar e se essa for a nossa escolha, já estamos derrotados ainda que vençamos o mal, pois seremos do mal agentes de terror.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Isaías 53:12 - ISAÍAS "VIAJA NO TEMPO" E FAZ UMA DESCRIÇÃO IMPRESSIONANTE DE JESUS CRISTO, O MESSIAS.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 53 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3 – já vista; c. O salmo de confiança do servo – 50:4 – 11 – já vista; d. Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 – terminaremos neste; g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17; g. O convite para ir – 55:1-13.
f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 - continuação.
Em continuação, como já dissemos, ocuparemos dois capítulos, sendo este o segundo, com a reflexão sobre o servo sofredor e exaltado. Enfatizamos novamente, não sofredor no sentido de “coitadinho”, mas por causa da soberania de Deus a qual ele nos é exemplo.
Nos três primeiros versículos, Isaías descreve a humilhação e o sofrimento do servo que viria – parece até ter viajado no tempo - (Mc 9:12; Lc 24:27,46), o messias esperado, a semente da mulher que, em breve, esmagaria a cabeça da serpente, outro profeta semelhante a Moisés. 
São feitas no primeiro verso, perguntas retóricas que esperam uma resposta negativa (Jo 12:38; Rm 10:16). Embora muitas nações viessem a crer (52:15), a maioria não o faria. É como temos pregado em nossas oportunidades que nem toda pregação tem a finalidade da conversão dos corações por causa de que muitos deles estarão com seus corações endurecidos.
No entanto, o Israel eleito e convertido faria parte do nossa, em “nossa pregação”, como fazemos nós parte, nós os crentes do século XXI. A palavra pregação aqui vem da mesma raiz hebraica traduzida como "ouviram" de 52:15 e obviamente estão intimamente interligadas.
Darão crédito à “nossa pregação” todos aqueles que o Pai tem escolhido para crerem em seu Filho amado, cujos corações se acham ávidos pela justiça divina. A estes também se manifestará o braço do Senhor que por meio de sinais, milagres e maravilhas realizará o testemunho do Pai à Palavra da pregação.
Ele viria como um renovo que vai crescendo, como um broto que sai do caule ou da raiz de uma planta ao lado da planta principal. Em outro lugar Isaías afirma que o Messias cresceria do "tronco de Jessé" (11:1; veja 4.2). A metáfora indica que o servo viria de Israel e seria de origem humilde.
Como raiz de uma terra seca, sendo portanto, aparentemente pouco promissor. Como sem aparência nem formosura, ou seja, em termos humanos, o servo não teria uma aparência que causasse admiração seria obviamente desprezado e o mais rejeitado. Seria o Cristo alienado dos homens (49:7; Sl 22:6; Lm 1:1-3; 2:15-16), mas experimentado na dor e na angústia da existência humana. De fato, alguém que os homens esconderiam o seu rosto, de fato, mesmo odiado por muitas pessoas.
A opção do Senhor sempre foi pela simplicidade, pela humildade, pela modéstia de forma que sua atração não se daria pelo que se vê o qual é efêmero, mas pelo seu interior, pela sua essência. O seu objetivo não era atrair a atenção das pessoas pelas quais veio dar a sua vida pelo visível e aparente, mas pelo real e eterno poder de sua presença santa.
Nos versos de 4 a 6, vemos expressa a natureza vicária do sofrimento de Cristo, do sofrimento que resultou da queda de Adão bem como de pecados pessoais. Cristo sofreu de maneira substitutiva a punição pelos pecados do próprio povo de Deus (vs. 1) e eliminou do povo a consequência dos pecados (vs. 6,11-12).
Mesmo assim, essa passagem não garante saúde perfeita para os crentes durante a era atual. Podemos entender isso melhor pela explicação teológica dos momentos do “já’ e do “ainda não”.
Como vimos o Reino de Deus é uma realidade difícil de definirmos. Para uns é uma realidade futura, para outros ela já se estabeleceu, tentaremos conceituar o Reino de Deus seguindo o pensamento, que hoje é consenso entre os eruditos, que o Reino de Deus é tanto uma realidade presente, como uma esperança futura. A tensão do "já" e do "ainda não". Segundo as Escrituras o Reino de Deus já chegou com poder através de Jesus Cristo, ele se manifestou durante seu ministério, e se estabeleceu derrubando o reino do mal que controlava a existência humana. Mas ele ainda não chegou com toda plenitude. O governo de Deus ainda não alcançou toda a extensão da terra. Os homens ainda são rebeldes ao projeto eterno de Deus.
Quarenta anos atrás, Carl Henry, em seu livro The Uneasv Consciense of Modere Fundamentalism, tentava persuadir os evangélicos a darem mais atenção ao tema do Reino de Deus. Ele cria que se a mensagem do Reino era central na pregação de Jesus, deveria sê-lo na nossa. Este é uma alerta que deve soar aos nossos ouvidos ainda hoje.
Como podemos entender esta tensão do Reino, do "já e ainda não"? Oscar Culmann, usando uma terminologia da Segunda Guerra Mundial, introduz a noção do Dia D e o Dia V. Os aliados venceram os nazistas em uma batalha na Normandia, que ficou conhecida como o Dia D. Ali foi vencida uma batalha, não a guerra. Os nazistas só foram vencidos tempos depois, no confronto conhecido como Dia V. A grande invasão de Deus se deu no ministério de Jesus. A vitória foi na cruz do Calvário, onde segundo Paulo, Jesus despojou os principados e potestades, expondo-os ao desprezo público, (Cl 2:15). Mas, ainda falta vencer toda obra do mal, que será vencida na Segunda Vinda de Jesus. Nós vivemos a expectativa do intervalo, entre o Dia D e o Dia V.[1]
Cristo curará completamente aqueles que são seus quando ressuscitá-los de entre os mortos e der a eles um corpo glorificado (I Co 15:42-44; Hb 9:28).
Ele tomou as nossas dores e foi reputado por aflito - a maior parte de Israel nos dias de Jesus acreditava que ele mereceu o sofrimento que lhe foi infligido - e ferido de Deus.  
A Lei estipulava que "o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus" (Dt 21:23; cf. GI 3:13), mas a dor e a angústia de Jesus (vs. 3) foram em favor dos outros (Mt 8:17; cf. Rm 4:25; I Pe 2:24). A dor e o sofrimento que ele enfrentou não era para ele, mas para cada um de nós, os transgressores da lei de Deus.
Ele foi traspassado – vs. 5; Sl 22:16; Zc 12:10; Jo 19:.34 por nossas transgressões. Ele sofreu pelos pecados dos eleitos e por meio dele, fomos sarados. Isso nos leva a uma confissão de fé no sofrimento e na morte substitutivos do servo.
O Novo Testamento explica que o Servo garante cura espiritual agora e restauração física no final, quando ele voltar em glória (I Pe 2:24). Por terem sido curados, todos os santos de Deus podem considerar-se mortos para o pecado e livres para a causa da justiça (Rm 6:6; I Pe 2:24).
A morte do Servo é eficaz para todo o seu povo. Todo aquele que o Pai dá ao Filho, vai a ele (Jo 6:37). Embora a referência inicial aqui seja o povo de Deus – vs. 6 -, todos os seres humanos estão debaixo do julgamento divino (Gn 8:21).
Devemos nos lembrar sempre que foi o desvio de Israel que o levou ao julgamento do exílio. No entanto, o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós que nos dá uma imagem que retrata Deus como que lançando os pecados do seu povo sobre Cristo e transformando-o num sacrifício no lugar do povo (Lv 16:21; I Pe 2:24).
A morte de bezerros e de touros não poderia apagar os nossos pecados. Teria de ser um homem para morrer pelos homens, mas um homem que fosse perfeito e que estivesse disposto a dar a sua vida pela vida dos outros homens. Também teria de ser um Deus para satisfazer o próprio Deus em sua infinitude. Jesus Cristo, com suas duas naturezas era esse homem, era esse Deus.
Jesus Cristo foi verdadeiramente o Cordeiro de Deus (vs. 7; Jo 1:29; I Co 5:7; Ap 5:6,12; 13:8) em termos de sua obediência e submissão silenciosa (cf. Mt 26:63; 27:12,14; I Pe 2:23) e ainda continua a ser em sua condição glorificada (Ap 5:12; 13:8).
Ele poderia ter escolhido não obedecer ao seu Pai e deixar os homens em seu estado de pecado e sem salvação, mas entendeu, viveu e pregou que há um Deus soberano sobre os céus e sobre a terra que possui suas vontades e que é perfeito em seus caminhos.
Ao aceitar ser tratado de maneira tão cruel e sofrer calado, Jesus mostrou-se ser verdadeiramente o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Jesus foi julgado – vs 8 - de maneira desumana e desonesta, além de crucificado injustamente. Ele morreu sem filhos ("linhagem"), como alguém julgado por Deus (cf. 14:22). O Filho de Deus não teve filhos físicos, mas "gerou" uma "posteridade" espiritual depois de sua morte (vs. 10).
Ele bem poderia ter se unido a uma mulher e ter gerados filhos que seriam todos à sua imagem e à sua semelhança, uma nova raça, dentro da raça pecadora dos homens, mas preferiu os planos de seu Pai e este lhe deu, “gerou uma posteridade” numerosa, composta de seus irmãos, filhos adotivos do Pai celestial. Ele é tanto Pai celestial em sua divindade, como é irmão, pela sua humanidade.
Os israelitas ricos e iníquos confiavam em si mesmos (veja Sl 49:6,13; Pv 18:11; 28:11) e com frequência obtinham sua riqueza de maneira injusta (Pv 11:16; Jr 9:23; 17:11; Mq 6:12; Mt 12:23; Tg 5:21). Embora fosse sábio e justo, o Servo morreu sendo considerado criminoso (I Pe 2:22), crucificado entre dois ladrões e sepultado com o rico na sua morte.
Foi da vontade do Senhor – vs. 10 – esmagá-lo, fazendo-o enfermar até a morte. Cristo foi entregue à morte "pelo determinado desígnio e presciência de Deus" (At 2:23). A oferta pelo pecado fazia a restituição pelo dano causado a Deus (Lv 5:14-6.7; 7:1-7; 14:12; 19:21).
Ele se pôs como oferta pelo pecado e pode ver sua descendência espiritual que foi gerada após a sua morte (vs. 8; GI 3:26-29) oriundos de todos os tempos, nações e tribos ao redor do mundo. Como prolongaria ele os seus dias e veria a vontade do Senhor prosperar em suas mãos – vs. 10b -, senão, pela vida eterna que ele nos prometeu a qual ele recebeu do Pai a promessa?
Por isso ele veria o fruto do trabalho de sua alma e ficará muito satisfeito. Cristo, o justo – Rm 5:19 - tinha ciência do plano divino (52:13), de seu papel sacerdotal que poderia justificar e declarar alguém absolvido da culpa (53:4-6), pois seria ele um instrumento de perdão (vs. 12).
Como o grande Rei, o Senhor dividiu os espólios da vitória com o seu Servo triunfante (41:8; 52:13). O triunfo do Servo depois da morte contrasta fortemente com a sua humilhação antes e durante a sua morte. Ele entregou a si mesmo de maneira substitutiva e abnegada, num sentido de "derramar-se" pelos pecados dos outros (53:4; Lc 22:37; Hb 9:28; I Pe 2:.24).
Is 53:1 Quem deu crédito à nossa pregação?
                e a quem se manifestou o braço do Senhor?
                               Is 53:2 Pois foi crescendo como renovo perante ele,
                                               e como raiz que sai duma terra seca;
                               não tinha formosura nem beleza;
                                               e quando olhávamos para ele,
                                               nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
                               Is 53:3 Era desprezado, e rejeitado dos homens;
                                               homem de dores, e experimentado nos sofrimentos;
                               e, como um de quem os homens escondiam o rosto,
                                               era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
                Is 53:4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
                               e carregou com as nossas dores;
                                               e nós o reputávamos por aflito,
                                                               ferido de Deus, e oprimido.
                Is 53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões,
                               e esmagado por causa das nossas iniqüidades;
                                               o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
                                                               e pelas suas pisaduras fomos sarados.
                Is 53:6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas,
                               cada um se desviava pelo seu caminho;
                                               mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade
                                                               de todos nós.
                Is 53:7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca;
                               como um cordeiro que é levado ao matadouro,
                                               e como a ovelha que é muda
                                                               perante os seus tosquiadores,
                                                                              assim ele não abriu a boca.
                Is 53:8 Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado;
                               e quem dentre os da sua geração considerou
                                               que ele fora cortado da terra dos viventes,
                                               ferido por causa da transgressão do meu povo?
                Is 53:9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios,
                               e com o rico na sua morte,
                                               embora nunca tivesse cometido injustiça,
                                                              nem houvesse engano na sua boca.
                Is 53:10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo,
                               fazendo-o enfermar; quando ele se puser
                                               como oferta pelo pecado,
                                                               verá a sua posteridade,
                                                                              prolongará os seus dias,
                                               e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
                Is 53:11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma,
                               e ficará satisfeito; com o seu conhecimento
                                               o meu servo justo justificará a muitos,
                                                               e as iniqüidades deles levará sobre si.
                Is 53:12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes,
                               e com os poderosos repartirá ele o despojo;
                                               porquanto derramou a sua alma até a morte,
                                                               e foi contado com os transgressores;
                                                               mas ele levou sobre si o pecado de muitos,
                                                                              e pelos transgressores intercedeu.
Ele foi contado com os transgressores - uma mesma palavra hebraica traduzida como "revoltados" em 1:2 (Mt 27:38; Lc 22:37; 23:33), mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pode pelos transgressores interceder. Nosso Salvador-Mediador orou pelos pecadores (Lc 23:34; Hb 7:25) e desejou-lhes a salvação, mesmo quando irracionalmente o feriam e o agrediam, ali na cruz do Calvário.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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domingo, 18 de janeiro de 2015

Isaías 52:1-12 - O SERVO SOFREDOR E EXALTADO.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 51 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3 – já vista; c. O salmo de confiança do servo – 50:4 – 11 – já vista; d. Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 – veremos agora; g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17; g. O convite para ir – 55:1-13.
e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – em continuação
Ocuparemos dois capítulos com a reflexão sobre o servo sofredor e exaltado. Não sofredor no sentido de “coitadinho”, mas por causa da soberania de Deus a qual ele nos é um exemplo.
Resumidamente, nestes 12 primeiros capítulos de Isaías 52, veremos que Deus chama mais uma vez os exilados a que despertem (cf. 51:17). Em vez de reclamarem e acusarem a Deus, eles se regozijariam na maravilha de que Deus libertaria o seu povo.
O começo é semelhante ao capítulo anterior, mas não aqui de Israel para o Senhor, mas do Senhor para Israel, em forma imperativa, dupla, como em 40:1; 51:17; 52:11; 57:14; 62:10; 65:1.
Tratava-se de uma ordem clara para ela se despertar e se vestir, mas não para ser serva, nem ser humilhada, antes para ser exaltada.
O profeta tinha em mente tanto a cidade de Sião em si quanto os exilados que a consideravam seu lar. Jerusalém é retratada como uma esposa real vestida de maneira deslumbrante (cf. 61:10; Ap 3:4-5,18; 4:4). Reparem no contraste com a descrição da Babilônia, a senhora dos reinos, que estava sendo ordenada a descer do seu trono e tornar-se uma escrava - 47:1-4 – enquanto que Sião, a jovem cativa, receberia a ordem de ascender ao seu trono.
Por meio de sua consagração ao Senhor, Jerusalém era a "cidade santa" (48:2; veja Jl 3:17; Ap 21:2; cf. Mt 4:5) onde o ímpio não teria parte na cidade de Deus (vs. 2; 48:27; Na 1:15; Ap 21:27; 22:14-15).
No verso 3, ele explica o porque da ordem e dos preparativos para Sião, pois por nada foram vendidos e sem dinheiro seriam resgatados, ou seja, a salvação é gratuita (45:13; 55:1).
Foi para peregrinar, no princípio, que Israel desceu ao Egito – vs. 4. Israel dependia da prometida hospitalidade do Egito, mas teve a sua confiança traída e a Assíria o oprimiu sem razão. Israel não tinha causado problemas ao Egito, nem à Assíria ou mesmo à Babilônia.
O povo de Deus foi tomado pelos seus dominadores que se acharam seus donos e quanto ao Senhor, passaram inclusive a zombar e até a blasfemar dizendo quem era o Senhor?
O povo de Deus, sim, este saberá o seu nome – vs. 6 – numa clara alusão a Êx 3:13-14; 6:2. Deus demonstraria em ações que ele era o Senhor. O povo haveria de saber naquele dia que era Deus a falar e a dizer “eis-me aqui” – vs 6.
O quadro que se pinta no verso 7 é o retrato de um arauto na encosta da montanha esquadrinhando o horizonte e, então, relatando as boas-novas àqueles que ansiosamente esperavam por informação sobre o resultado da batalha (veja Sl 125:2).
Eram os pés do mensageiro que percorreriam as montanhas com as boas-novas de que o exílio chegara ao fim porque Deus reinava sobre os seus inimigos (II Sm 18:26).
Era ele, o mensageiro, que dizia “O teu Deus reina!” – vs 7. Essa e outras passagens de Isaías fornecem o pano de fundo do termo “evangelho" no Novo Testamento.
A essência do evangelho nos dois Testamentos é que Deus reina sobre tudo e que o seu reino chegou (6:5; 24:23; 33:20; 40:10; 41:21; 43:15,21; 44:6; 60:17; cf: SI 47:8; 93:1; 97:1; 99:1; Ap 19:6).
Os atalaias passaram a levantar as suas vozes e juntamente exultavam, pois de pertinho contemplavam a volta do Senhor a Sião. Somente um atalaia pode ter essa visão especial por causa de sua atenção e ministério.
Aqueles que ansiavam pela justiça de Deus (51:1; 62:6) erguiam a sua voz e rompiam em júbilo dando uma resposta de fé à chegada do reino (cf. 44:23; 49:13; 55:12) pelo retorno do SENHOR para a renovação da aliança e do favor de Deus para com o seu povo.
Essa restauração, como já tivemos a oportunidade de ver, teve início com a reconstrução das ruínas de Jerusalém (Ed 3:8-13; Ne 6:15-7.3) e foi manifestada posteriormente em Jesus Cristo (Lc 2:38).
O fato é que o Senhor veio e habitou entre nós, fazendo parte de uma família e ocupou uma posição humilde de trabalho até completar a idade de 30 anos quando começou seu ministério exclusivo onde juntou doze discípulos para daí em diante fundar sua igreja.
Ele desnudou o seu braço a vista de todas as nações – vs. 10 – e de todos os confins da terra onde puderam ver a salvação do nosso Deus. Estava aqui conosco, mas nos parecia tão igual que passou, cumpriu sua missão e voltou para sua habitação. Muitos nem notaram e muitos ainda o ignoram, apesar dos registros bíblicos e das testemunhas levantadas em todos os tempos. Ele prometeu que voltará outro dia, mas não mais como o Messias e Salvador, mas como o juiz que cobrará de cada um o uso que fazem dos recursos que ele gratuitamente dá para cada cidadão do planeta.
A partir do vs. 12, outro imperativo duplo como em 51:9,17; 52:1 para retirarem-se e  saírem de lá e não tocarem em coisa imunda. Eles, que levavam os utensílios do SENHOR, deveriam sair, não tocar, purificarem-se.
Aqueles que deveriam voltar para Jerusalém e servir a Deus como sacerdotes precisavam ser consagrados ao serviço santo (cf. II Co 6:17; Hb 12:14; 13:13; I Pe 2:1-12; Ap 18:4) e deveriam levar os utensílios.
No primeiro êxodo, Israel levou os metais preciosos para a confecção dos utensílios; no segundo êxodo (a volta do exílio), os sacerdotes e os levitas levariam os próprios utensílios (II Re 25:14-15; Ed 1:7-11; 5:14-15).
No entanto, não iriam sair de qualquer jeito ou como estando em fuga, acoados e medrosos de tudo, uma vez que adiante deles estaria o Senhor – vs 12. Era essa uma alusão às colunas de nuvem e de fogo que protegeram Israel na sua saída do Egito (veja 42:16; 49:10; 58:8; Ex 13:21-22; 14:19-20).
A presença de Deus guiaria o seu povo à plenitude e ao esplendor do seu reino eterno (4:5,6; 42:16; 49:10; 58:8; cf: Êx 13:21-22; 14:19-20).
O sofrimento vicário do Servo do Senhor e sua exaltação.
Veremos a partir de agora do vs. 13 ao 53.12 o sofrimento vicário do Servo do Senhor e sua exaltação. Essa seção contém o quarto e último dos cânticos do servo, como já falamos (42:1-4; 49:1-7; 50:4-9; 52:13-53:12).
O Novo Testamento confirma que o Servo sofredor é Jesus Cristo (Mt 8:17; 26:63,67; 27:14; Mc 9:12; 14:60; 15:4-5; Lc 22:37; 23:33; 24:27,46; Jo 1:29; 12:38; At 3:13; 8:32-33; Rm 4:25; 5:19; 10:16; 15:21; 1Co 5:7; 15:3; Hb 9:28; 1Pe 1:11; 2:22-25; Ap 5:6,12; 13:8).
52:13 a 53:12 é a passagem do Antigo Testamento mais citada no Novo Testamento. Por causa do seu sofrimento vicário, todo aquele que nele crer - judeus e gentios - tem esperança de vida e de compartilhar de sua recompensa.
Nesses três últimos versículos do capítulo 12, veremos a  vindicação e a glorificação do servo do Senhor que procederá com prudência.
O termo hebraico tem a conotação de que o servo seria bem-sucedido e recompensado por ter compreensão da vontade de Deus e por cumpri-la (cf. Jr 23:5).
Os verbos hebraicos relacionados ao ser exaltado e elevado – vs 13 - significam que estão em vista três acontecimentos sucessivos na exaltação do servo:
·         Ressurreição.
·         Ascensão.
·         Glorificação.
Is 52:1 Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, Sião;
                veste-te dos teus vestidos formosos, ó Jerusalém, cidade santa;
                               porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso
                                               nem imundo.
                Is 52:2 Sacode-te do pó; levanta-te, e assenta-te, ó Jerusalém;
                               solta-te das ataduras de teu pescoço, ó cativa filha de Sião.
                Is 52:3 Porque assim diz o Senhor:
                               Por nada fostes vendidos; e sem dinheiro sereis resgatados.
                Is 52:4 Pois assim diz o Senhor Deus:
                               O meu povo desceu no princípio ao Egito, para peregrinar lá,
                                               e a Assíria sem razão o oprimiu.
                Is 52:5 E agora, que acho eu aqui?
                                diz o Senhor, pois que o meu povo foi tomado
                                               sem nenhuma razão, os seus dominadores dão uivos
                                                               sobre ele, diz o Senhor;
                               e o meu nome é blasfemado incessantemente o dia todo!
                Is 52:6 Portanto o meu povo saberá o meu nome;
                               portanto saberá naquele dia que sou eu o que falo;
                                               eis-me aqui.
                Is 52:7 Quão formosos sobre os montes são os pés do que anuncia
                               as boas-novas, que proclama a paz, que anuncia coisas boas,
                                               que proclama a salvação,
                               que diz a Sião:
                                               O teu Deus reina!
                Is 52:8 Eis a voz dos teus atalaias! eles levantam a voz,
                               juntamente exultam; porque de perto contemplam
                                               a volta do Senhor a Sião.
                Is 52:9 Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém;
                               porque o Senhor consolou o seu povo, remiu a Jerusalém.
                Is 52:10 O Senhor desnudou o seu santo braço
                               à vista de todas as nações; e todos os confins da terra
                                               verão a salvação do nosso Deus.
                Is 52:11 Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda;
                               saí do meio dela, purificai-vos,
                                               os que levais os vasos do Senhor.
                Is 52:12 Pois não saireis apressadamente, nem ireis em fuga;
                               porque o Senhor irá diante de vós,
                                               e o Deus de Israel será a vossa retaguarda.
                Is 52:13 Eis que o meu servo procederá com prudência;
                               será exaltado, e elevado, e mui sublime.
                Is 52:14 Como pasmaram muitos à vista dele
                               (pois o seu aspecto estava tão desfigurado que não era
                                               o de um homem, e a sua figura não era
                                                               a dos filhos dos homens),
                Is 52:15 assim ele espantará muitas nações;
                               por causa dele reis taparão a boca;
                               pois verão aquilo que não se lhes havia anunciado,
                                               e entenderão aquilo que não tinham ouvido.
O servo sofredor e desonrado não seria reconhecido como ser humano (cf. Sl 22:6).
Segundo o texto hebraico, a Septuaginta traz: "aspergirá muitas nações", talvez referindo-se ao ritual de purificação que visava transferir o seu beneficiário da morte para a vida:
· Os leprosos (Lv 14:7; 16:27).
· Os imundos por terem tocado em cadáveres (Nm 19:4,18-19).
· Todo o Israel no Dia da Expiação (Lv 16:14-15,19).
Apesar de não ser reconhecido como figura humana devido sua aparência sofredora e aparentemente desonrada, ele seria exaltado, elevado e mui sublime – vs 13. Assim como pasmaram diante dele por causa de sua desfiguração, assim ele espantará muitas nações e por causa dele, muitos reis taparão sua boca, pois, finalmente verão ou ouvirão aquilo que não ouviram: a notícia dada em 53.1-12, que veremos em seguida.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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