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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Isaías 28:1-29 - A INVASÃO DE SENAQUERIBE - ISAÍAS PREGA A PALAVRA DE DEUS.

Estamos no capítulo 28/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 38:8.
Chegamos a uma parte interessante que é a  que vai dos capítulos de 28:1 até 39.8 que falará da invasão de Senaqueribe que Paulo estudando-a fez uma excelente aplicação no capítulo 15 de I Coríntios ao falar e explicar sobre a ressurreição tanto de Cristo como a nossa, no futuro  - aleluias, em breve haveremos de ressuscitar, bem assim todos os nossos entes queridos que em Cristo foram primeiro que nós! Essa é a terceira parte do ministério de Isaías durante o julgamento assírio (7:1 - 39.8) que se refere à invasão de Judá por Senaqueribe.
Dividiremos esses capítulos em duas partes principais: A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10) e B. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10).
Vejamos primeiramente nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que oportunizou ao profeta muita coisa a dizer especialmente importantes para Judá e o rei Ezequias.
Essa compilação de oráculos apresenta três temas principais, ao qual estaremos dividindo para melhor compreensão e apresentação do texto de nossas reflexões: 1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15; 2. O problema do Egito (30:1 – 32:20), com dois ais 30.1; 31.1; e 3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10), com um ai 33.1.
1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15;
Isaías chama a atenção para as semelhanças entre Samaria e Jerusalém. Essa divisão “1” será também dividida para melhor compreensão em 4 partes: (1) Um ai contra Samaria (28.1-13);  (2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29);  (3) Dois ais contra Jerusalém (29.1-16); e (4) Uma palavra de esperança (29.17-24).
(1) Um ai contra Samaria (28.1-13). 
Dos seis ais deste oráculo relacionados a Ezequias (28.1-35.10), este é o primeiro ai contra Samaria – vs 1 ao 13. Essas palavras podem ter sido ditas primeiramente em associação à queda da cidade em 722 a.C. ou podem ser a reflexão posterior do profeta sobre o acontecimento, como uma tragédia no passado. Aqui elas são usadas como a base de uma lição para Judá (28:14-29).
A arrogância humana em Samaria colocava-se em oposição à majestade do Senhor (26:10). O primeiro ai é contra a coroa de soberba dos bêbados, onde a coroa representa um símbolo de realeza (como no vs. 5; Ez 21.31) ou da divindade (2Sm 12.30) e aqui aliadas a soberba e ao álcool se refere a Samaria e sua liderança depravada.
A Assíria no vs 2 é comparada a um vento forte, uma tempestade de saraiva ou de impetuosas águas (7:2; 17:13; 28:17; 29:6; 30:30; 32:19; 57:13) que pisará aos pés a coroa de soberba dos bêbados de Efraim.
Os figos de junho eram aprazíveis porque prenunciavam a colheita de setembro (Os 9:10; Mq 7:1; Na 3:12), no entanto Efraim, com todo o seu potencial, seria exilado e o fruto do seu trabalho seria aproveitado pelos assírios.
Enquanto Efraim tinha uma coroa de soberba dos bêbados, no verso 5 o Senhor dos Exércitos é que seria por coroa gloriosa e por diadema formoso para os remanescentes. A destruição seria devastadora, porém um remanescente sobreviveria. Essa minoria justa seria abençoada, apesar do julgamento de Deus.
Além disso seria por espírito de juízo para se assentar e julgar e mais ainda por fortaleza (32.15; 44.3-5; 59.21; 61.1) para os que fariam recuar a peleja até à porta. O espírito de justiça prevaleceria na era da restauração, sob o governo do Messias, após o exílio (11:1-5; 42:1-4).
O sacerdote e o profeta, os líderes do povo de Deus, por causa do vinho e da bebida forte estavam desencaminhados e envolvidos com sensualidade, tinham o coração duro e eram sarcásticos (29:9-14; Sf 3:4).
Os líderes, desacreditados e de coração duro, estavam falando contra Isaías. A referência aos desmamados e aos seios maternos era uma alusão a crianças pequenas (11:8; Sl 131:2), por isso se dizia que seria sobre eles preceito sobre preceito e regra sobre regra, como se fosse uma rima infantil ou uma imitação dos profetas. Isso também demonstra a dureza do coração que levou à destruição do Reino do Norte, uma vez que não entendem a simples palavra de Deus por meio de suas mensagens, mas preferem dos homens as regras, os mandamentos, os preceitos e um pouco ali e outro pouco acolá.
Nos versos de 11 e 12, ele fala de uma língua estranha. Os assírios se tornariam os mestres de Israel devido à falha deste em permanecer fiel (33:19). Paulo usou esse fato  para explicar o propósito do falar em línguas no Novo Testamento (I Co 14.21).
O descanso e o refrigério é oferecido aos israelitas na Terra Prometida, mas eles se recusaram a servir ao Senhor com fidelidade. Também resta um descanso ao povo de Deus que o escritor de Hebreus explorou ao falar do sábado do Senhor, como aquele descanso que nos resta entrar por ele, isto é, por meio de Jesus Cristo, o Senhor do sábado. No entanto somente é possível entrar nele pela fé e por mais nenhum outro caminho. Os israelitas se recusaram a servir ao Senhor, como dissemos a pouco, com fidelidade, e nós, devemos estar atentos a não entrarmos no mesmo erro, desprezando a fé.
A palavra do Senhor viria a Israel por meio da disciplina de estrangeiros com lábios gaguejantes, os quais ensinariam princípios morais e éticos a Israel. Que vergonha para uma nação que recebera de Deus os mandamentos, por isso que seria novamente mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,  regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.  Isaías lançou os insultos dos líderes religiosos de volta a eles e eles cairiam para trás, se quebrantariam e se enlaçariam em prisões. O efeito da palavra de Deus seria o endurecimento (6:9-10).
Há duas consequências para a pregação: 1. A geração da fé pelo ouvir a palavra de Deus. 2. O endurecimento de coração por causa da rejeição da palavra pregada que não pode alcançar o coração para gerar nele a fé.
(2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29).
Dos versos de 14 a 29 uma lição para Jerusalém. Isaías se volta para Jerusalém para explicar o significado da queda de Samaria.
O profeta prega a palavra de Deus e conclama a todos para ouvirem. Isaías extraiu lições para Jerusalém a partir da experiência da Samaria. Os homens escarnecedores, que dominavam sobre o povo eram aqueles líderes que rejeitavam essa pregação de Isaías e os ímpios que optaram por não crer na verdade de Deus (Pv 1:22; 29:8).
Judá se aliou ao Egito com o propósito de permanecer independente, mas a sua escolha se mostraria mortal. A confiança deles não tinha base firme (4.6). Eles esperavam escapar do dilúvio do açoite – vs 15 - vindo pelas mãos dos assírios, mas sua confiança e base eram firmadas na falsidade, na mentira e em alianças erradas com povos errados e, pior, não levando em conta o Senhor que teria poder sobre todas as coisas.
A pedra assentada em Sião era uma pedra aprovada, preciosa, firme, fundada e que aquele que nela cresse não seria de modo algum envergonhado. Nos evangelhos, nas epístolas paulinas e não paulinas vemos essa ideia presente de Jesus como a pedra angular de Isaías 28.
Lucas 20:17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?
Atos 4:11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.
Efésios 2:20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
I Pedro 2:6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
I Pedro 2:7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
O firme fundamento do trono davídico era outro e eles estavam enganados. De fato, ele foi realizado de modo definitivo em Cristo Jesus (Sl 118:22; Rm 9:33; 10:11; I Co 3:11; Ef 2:20; I Pe 2:4-8). O trono de Davi é a esperança do povo de Deus.
No entanto, o juízo viria pela linha e a justiça pelo prumo, isto é, tão certo e preciso que não haveria saída. O exército assírio pisaria Israel várias vezes, oferecendo a todos um espetáculo de puro terror. O julgamento divino estava chegando a Jerusalém. O povo de Deus não estaria pronto para enfrentar a Assíria.
No passado, Deus havia afligido os filisteus (II Sm 5:20) e os cananeus as 10:11 nesses lugares e agora o próprio povo que estava ali para expulsar aqueles povos dali. Tudo pronto e preparado por Deus, mas agora seriam eles que sofreriam as consequências da desobediência ao Senhor. Dessa vez o Senhor se voltaria contra o seu próprio povo.  
Os líderes de Jerusalém zombavam da ideia de que sua cidade poderia ser destruída como fora Samaria. A confiança deles não tinha fundamento algum.
Dos versos de 23 ao 29, há uma analogia com o proceder do lavrador sábio que Deus o tinha instruído. O fato de Deus ainda não ter destruído Judá era uma questão do tempo de Deus.
Ele pede para que se inclinem os ouvidos e ouçam o chamado da sabedoria (1:2; Pv 1:8; 4:1; 5:1) por que Deus ensina e instrui acerca do que se há de fazer – “O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.” – vs 26.
Is 28:1 Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim,
                cujo glorioso ornamento é como a flor que cai,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho.
                Is 28:2 Eis que o Senhor tem um forte e poderoso;
                               como tempestade de saraiva, tormenta destruidora,
                                               e como tempestade de impetuosas águas
                                                               que transbordam, ele, com a mão,
                                                                              derrubará por terra.
                Is 28:3 A coroa de soberba dos bêbados de Efraim
                               será pisada aos pés.
                Is 28:4 E a flor caída do seu glorioso ornamento,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto
                                               temporão antes do verão, que, vendo-o alguém,
                                                               e tendo-o ainda na mão, o engole.
                Is 28:5 Naquele dia o SENHOR dos Exércitos será por coroa gloriosa,
                               e por diadema formosa, para os restantes de seu povo.
                Is 28:6 E por espírito de juízo, para o que se assenta a julgar,
                               e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta.
                Is 28:7 Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida
                               forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram
                                               por causa da bebida forte;
                                                               são absorvidos pelo vinho;
                                               desencaminham-se por causa da bebida forte;
                                               andam errados na visão e tropeçam no juízo.
                Is 28:8 Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos
                               e imundícia, e não há lugar limpo.
                Is 28:9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento?
                E a quem se daria a entender doutrina?
                               Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?
                Is 28:10 Porque é mandamento sobre mandamento,
                               mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra,
                               um pouco aqui, um pouco ali.
                Is 28:11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua,
                               falará a este povo.
                Is 28:12 Ao qual disse:
                               Este é o descanso, dai descanso ao cansado;
                               e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.
                Is 28:13 Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento
                               sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui,
                                               um pouco ali; para que vão, e caiam para trás,
                                               e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.
                Is 28:14 Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedores,
                               que dominais este povo que está em Jerusalém.
                Is 28:15 Porquanto dizeis:
                               Fizemos aliança com a morte,
                                               e com o inferno fizemos acordo;
                               quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós,
                                               porque pusemos a mentira por nosso refúgio,
                                                               e debaixo da falsidade nos escondemos.
                Is 28:16 Portanto assim diz o Senhor DEUS:
                               Eis que eu assentei em Sião uma pedra,
                                               uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina,
                                                               que está bem firme e fundada;
                                                                              aquele que crer não se apresse.
                Is 28:17 E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo,
                               e a saraiva varrerá o refúgio da mentira,
                                               e as águas cobrirão o esconderijo.
                Is 28:18 E a vossa aliança com a morte se anulará;
                               e o vosso acordo com o inferno não subsistirá;
                                               e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis
                                                               por ele pisados.
                Is 28:19 Desde que comece a passar, vos arrebatará,
                               porque manhã após manhã passará, de dia e de noite;
                                               e será que somente o ouvir tal notícia causará
                                                               grande turbação.
                Is 28:20 Porque a cama será tão curta que ninguém
                               se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito
                                               que ninguém se poderá cobrir com ele.
                Is 28:21 Porque o SENHOR se levantará como no monte Perazim,
                               e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra,
                                               a sua estranha obra, e para executar o seu ato,
                                                               o seu estranho ato.
                Is 28:22 Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos grilhões
                               não se façam mais fortes; porque já ao Senhor DEUS dos
                                               Exércitos ouvi falar de uma destruição,
                                               e essa já está determinada sobre toda a terra.
                Is 28:23 Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz;
                                atendei bem e ouvi o meu discurso.
                Is 28:24 Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear?
                               Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
                Is 28:25 Não é antes assim:
                               quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela
                                               ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do
                                                               melhor trigo, ou cevada escolhida,
                                                                              ou centeio, cada qual no seu lugar?
                Is 28:26 O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.
                               Is 28:27 Porque a ervilhaca não se trilha com trilho,
                                               nem sobre o cominho passa roda de carro;
                                               mas com uma vara se sacode a ervilhaca,
                                                               e o cominho com um pau.
                Is 28:28 O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente,
                               nem se esmiuça com as rodas do seu carro,
                                               nem se quebra com os seus cavaleiros.
                Is 28:29 Até isto procede do SENHOR dos Exércitos;
                               porque é maravilhoso em conselho
                                               e grande em obra.
Todos sabemos que há uma ordem natural na lavragem da terra:
·         Dissolver os torrões de terra.
·         Passar o ancinho.
·         Semear.
Assim, também devemos fazer ao pregar a palavra de Deus ou ter isso em mente. O Espírito Santo dissolve os torrões e o ancinho é passado, ou seja, Deus prepara e cria as condições dos terrenos de nossos corações pelas circunstâncias, mas devemos semear. Deus é maravilhoso em conselho – vs 29 - uma característica que é atribuída ao grande Filho de Davi.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Isaías 27:1-13 - O TEMPO DE ESPERA E OS GRANDES JULGAMENTOS E BÊNÇÃOS DE DEUS NA TERRA.

Estamos no capítulo 27/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías - fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo atribulado no qual vive o seu povo.
Esses capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós também dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.        O profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus (24.1-23) – já vista.
b.       O profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade (25.1-8) – já vista.
c.        O profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – já vimos.
d.       O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13) – concluiremos agora.
d. O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13) - continuação.
Como já dissemos, esperar não é nada fácil, mas em Deus devemos esperar pelo futuro e anunciar isso às nações enquanto ainda é dia e o arrependimento é possível. Dos versos 9, do capítulo 26, até 27.13, estamos vendo essa espera pelo futuro.
Tendo descrito as festas que acontecerão depois do julgamento e a salvação terem finalmente chegado, Isaías se volta para o problema do período de espera que o povo de Deus terá de suportar.
O profeta mais uma vez descreve aquilo pelo que ele e o povo de Deus estavam esperando e que na verdade também é o que estamos esperando em Cristo Jesus, nós os que já estamos com Cristo por sua pura graça e misericórdia, uma vez que fomos alcançados pela pregação da palavra de Deus:
·       A destruição do poder do mal (vs. 1).
Todo mal será extirpado da face da terra e nunca mais se ouvirá dele em todos os tempos e tempos. Não nos inclinaremos mais para ele, nem seremos mais tentados.
·       A renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A terra geme e aguarda com expectativa a redenção dos filhos de Deus onde tudo será renovado, não somente as pessoas, mas a própria natureza.
·       A redenção por meio do julgamento (vs. 7-13).
Os justos em Cristo Jesus, justificados por ele, receberão a redenção e em consequência os ímpios, os que não aceitaram a Cristo, a condenação.
O Antigo Testamento faz uso de imagens para caracterizar as forças demoníacas por trás dos poderes políticos opressivos (30:6-7; 51:9; Jó 3:8; 41:1; Sl 8:4; 74:14; Ap 12:7-10); aqui representados por leviatã, a serpente veloz e tortuosa e o dragão que está no mar das nações.
O cântico da vinha se coloca em forte contraste com a parábola de 5:1-7. Para outras ilustrações sobre a videira e a vinha, consultar 3:14; 5:1; 61:5, 65:21. 
A parábola da vinha de 5:1-7 é, como já dissemos, uma bela ilustração da vinha do Senhor na qual Deus desejou e esperou que desse frutos bons, mas que na verdade produziram frutos maus. Isaías cantou sobre as maneiras como Judá se rebelara contra Deus, usando as imagens de uma vinha e de um agricultor (veja Mt 21:33-44; Jo 15:1-6).
Tudo foi feito a favor da vinha para que sarasse e produzisse o esperado. Com grande atenção, Deus tinha preparado e estabelecido o seu povo para as gerações que se seguiriam, mas de nada adiantou os esforços e aplicação de recursos. No entanto, essas imagens – vs. 2 - da torre, de uvas boas, reforçam a expectativa de que a redenção do povo de Deus resultará em colheita abundante em Cristo Jesus.
O que faria, então, o dono da vinha? Então veio a palavra de julgamento de que ali se tornaria algo terrível e a vinha serviria de pasto, onde seria pisada e depois tornada em deserto.
Não mais seria podada, nem sachada, antes nela cresceriam espinheiros e abrolhos, sementes essas que representam a maldição de Deus (7:23-25; 9:18; 10:17; 27:4; 32:13).
Depois do julgamento de Deus, o remanescente restaurado responderia à graça de Deus. O Senhor cuidaria do seu povo e supriria, de dia e de noite, todas as necessidades da nação restaurada, inclusive protegeria a vinha de intrusos indesejáveis.
Deus receberia alegremente todo aquele que desejasse se reconciliar com ele (9:6; 11:1-16; 26:3).
A renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A nação restaurada depois da opressão e do exílio produziria o fruto da justiça e da alegria. Também em Cristo Jesus se espera que a igreja produza frutos para a glória de Deus. A igreja é constituída de indivíduos que juntos formam a família de Cristo e individualmente são a igreja representativa do reino de Deus na terra.
Somos como embaixadores de Cristo, pertencentes a uma nação celestial cujo território é fincado aqui na terra, em toda a sua extensão.
O povo de Deus cumpriria o seu propósito: espalhar o reino de Deus por todas as nações (26:17-19). Assim também a igreja deve levar a palavra da salvação para todos os povos. Obviamente que será salvação para aqueles que Deus irá salvar e juízo para aqueles que escolheram a rejeição do Senhor.
A redenção por meio do julgamento (vs. 7-13).
Isaías explica que a opressão e o exílio do povo de Deus não eram simplesmente para julgamento, mas também para renovação e salvação.
Embora externamente parecesse que Deus tratava o seu povo da mesma maneira como fazia com as outras nações, sujeitando-as ao julgamento assírio, o seu propósito para o seu povo era bastante diferente do propósito que tinha para as outras nações.
Não porque a nação fosse especial, mas por pura escolha soberana de sua vontade que coincidia justamente com a escolha das nações a favor ou contra Deus.
O vento oriental que carregava o pó e o grande calor do deserto representava a severidade do julgamento decretado sobre o povo de Deus por meio de desterro e do exílio.
Os severos julgamentos contra o povo de Deus eram os meios pelos quais a nação poderia ser restaurada (40.2). Esse processo temporário de expiação antecipava a expiação eterna realizada quando Deus castigou Jesus em favor do seu povo.
Seja grãos por agitação (Rt 2,17) ou azeitonas ao se bater os ramos (Dt 24.20). O território de Canaã concedido por promessa a Abraão (Gn 15.18) está aqui profundamente associado com o jardim primevo do Éden (veja Gn 2.10-14).
Deus prometeu restaurar o seu povo com cuidado meticuloso e individual. Representantes daqueles que foram levados ao exílio seriam levados de volta à Terra Prometida.
O cumprimento dessa expectativa começou no Antigo Testamento com a reunião das tribos depois do exílio (I Cr 9:1-34).
O estágio final dessa reunião:
·       Começou no dia de Pentecostes (At 2).
·       Continua por meio do ministério do evangelho hoje.
·       Será por fim completado na volta de Cristo.
O chamado do santo exército de Deus para o ataque contra os inimigos, os assírios (13:1 – 14:32) se dando por trombetas. No momento oportuno, essa promessa será por fim cumprida quando Cristo voltar em glória (veja I Co 15:42; I Ts 4:16).
Essa referência, aos que andavam perdidos pela terra da Assíria, demonstra que o profeta tinha em mente em primeiro lugar o julgamento assírio.
A lista completa de julgamentos e bênçãos mencionada aqui, porém, não acontecerá até que Cristo volte.
Essa promessa de adoração revivida em Jerusalém foi cumprida em parte quando Zorobabel completou o templo (Ed 6.13-18). 
Is 27:1 Naquele dia o SENHOR castigará com a sua dura espada,
                grande e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã,
                               a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.
                Is 27:2 Naquele dia haverá uma vinha de vinho tinto;
                               cantai-lhe.
                Is 27:3 Eu, o SENHOR, a guardo, e cada momento a regarei;
                               para que ninguém lhe faça dano,
                                               de noite e de dia a guardarei.
                Is 27:4 Não há indignação em mim. Quem me poria sarças
                               e espinheiros diante de mim na guerra?
                                               Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.
                Is 27:5 Ou que se apodere da minha força, e faça paz comigo;
                               sim, que faça paz comigo.
                Is 27:6 Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará
                               Israel, e encherão de fruto a face do mundo.
                Is 27:7 Feriu-o como feriu aos que o feriram?
                               Ou matou-o, assim como matou aos que foram mortos
                                               por ele?
                Is 27:8 Com medida contendeste com ela, quando a rejeitaste,
                               quando a tirou com o seu vento forte, no tempo do vento leste.
                Is 27:9 Por isso se expiará a iniquidade de Jacó,
                               e este será todo o fruto de se haver tirado seu pecado;
                                               quando ele fizer a todas as pedras do altar como
                                                               pedras de cal feitas em pedaços,
                               então os bosques e as imagens não poderão ficar em pé.
                Is 27:10 Porque a cidade fortificada ficará solitária,
                               será uma habitação rejeitada e abandonada
                                               como um deserto; ali pastarão os bezerros,
                                               e ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.
                Is 27:11 Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados,
                               e vindo as mulheres, os acenderão,
                                               porque este povo não é povo de entendimento,
                                               assim aquele que o fez não se compadecerá dele,
                               e aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
                Is 27:12 E será naquele dia que o SENHOR debulhará seus cereais
                               desde as correntes do rio, até ao rio do Egito; e vós,
                                               ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um.
                Is 27:13 E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta,
                               e os que andavam perdidos pela terra da Assíria,
                                               e os que foram desterrados para a terra do Egito,
                                                               tornarão a vir, e adorarão ao SENHOR
                                                                              no monte santo em Jerusalém.
Conclui a BEG, nos mostrando que o ministério terreno de Jesus em Jerusalém:
·         Começou a levar o cumprimento aos seus estágios finais (Jo 2.13-22; Jo 1.14).
·         Continua hoje em Cristo, que está na Jerusalém que é lá de cima (GI 4.26).
·         Alcançará a plena realização na segunda volta de Cristo (Ap 21.2-3).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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Isaías 26:1-13 - ISAÍAS NOS ENSINA QUE VALE A PENA ESPERAR EM DEUS.

Estamos no capítulo 26/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías - fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo atribulado no qual vive o seu povo.
Esses capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós também dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.         O profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus (24.1-23) – já vista.
b.        O profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade (25.1-8) – já vista.
c.         O profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – continuaremos a ver.
d.       O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13) – iniciaremos agora.
c. O profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) - continuação.
Como já dissemos, a história não pertence aos fatos independentemente de Deus, por isso que o povo de Deus haverá de se regozijar na fidelidade de Deus para com o seu povo, uma vez que Deus é soberano.
Dos versos 1 ao 8, nós veremos que o presente louvor será pela fidelidade de Deus. Isaías ficou muito feliz e extasiado ao perceber que Deus por fim estenderia o seu reino até os confins da terra por causa de sua fidelidade ao seu povo e não o contrário, pois o povo tinha sido  muito infiel. No futuro, o povo de Deus erguerá a ele, um cântico de louvor celebrando a maravilha de Jerusalém.
O profeta estava falando que naquele dia – vs 1 - se entoará um cântico na terra de Judá de forma que de maneira metafórica explana sobre as defesas da cidade onde a salvação, a libertação dos inimigos e o julgamento divino cercarão o povo de Deus quando Jerusalém for exaltada (2:2).
Os celebrantes pedirão que os portões da cidade sejam abertos para que todos os que sejam justos e fiéis possam entrar e desfrutar da proteção da salvação de Deus. Somente poderão entrar por essas portas aqueles que foram alcançados por Cristo Jesus os quais o Pia os conduziu a Ele.
A paz de Deus – a perfeita paz - que o justo recebe e promove (vs. 12; 32:17-18; 48:18; 54:10,13; 55:12; 66:1 2), mas da qual o ímpio será excluído (48:22; 57:21; 59:8; 60:17) é aquela que está no coração daqueles que tem propósitos firmes porque ele conhece ao Senhor.
A salvação sempre é anunciada na Bíblia, mas também é anunciada a perdição e suas consequências. Nós esperamos pela nossa redenção final, pela consumação e também nos chama a atenção o fato de que assim como esperamos algo bom, há também no ar uma expectativa de algo muito ruim por vir.
O algo ruim é que a misericórdia cessará na vida do ímpio sendo o seu fim certo. Portanto, enquanto ainda há tempo, fujamos de toda impiedade e de todo agir pérfido. Corramos para os pés da cruz de Cristo a fim de alcançarmos graça em tempos oportunos.
Ele – a rocha eterna, vs 4 - é o que tem a realeza e que dá proteção firme e confiável. É ele quem abate e quem exalta. Todas as nações e cidades que desafiam a Deus devem tomar muito cuidado com o juízo de Deus.
Ironicamente, aqueles que uma vez sofreram abuso por parte dos orgulhosos da terra celebrarão a vitória de Deus sobre o mal, sendo que essa será uma vitória eterna, para todo o sempre e sempre.
As bênçãos de Deus virão sobre aqueles que fazem a sua vontade e esperam confiantemente por sua salvação plena. Por isso que vale a pena esperar em Deus mesmo que pareça tardia a sua salvação.
d. O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13).
Esperar não é fácil, mas em Deus devemos esperar pelo futuro e anunciar isso às nações enquanto ainda é dia e o arrependimento é possível. Dos versos 9 até 27.13 veremos essa espera pelo futuro. Tendo descrito as festas que acontecerão depois do julgamento e a salvação terem finalmente chegado, Isaías se volta para o problema do período de espera que o povo de Deus terá de suportar.
O profeta expressa o seu próprio desejo de ver o prometido julga- mento de Deus contra as nações a fim de ver Deus completar sua  intervenção na História e abençoar o seu povo fiel.
No verso 10, podemos ver que o profeta reconheceu que Deus mostrara graça comum (cf. Mt 5.4) às nações ímpias ao abençoá-las com prosperidade. Contudo, elas nem se voltaram para ele em retidão e nem sequer o reconheceram (At 14:14-17; Rm 1:18-32). Até na terra da retidão, o ímpio agirá de forma não reta, isso para a sua própria ruína.
A mão de Deus estava prestes a abater-se sobre as nações, como ilustram os caps. 13-23. O profeta orou para que Deus agisse rapidamente para demonstrar o seu "zelo" (bênção) pelo seu próprio povo e trazer vergonha (julgamento) sobre as nações opressoras.
Se não fosse a graça comum de Deus sobre todas as nações, nem nações seríamos nessa face da terra. Se nos resta algum valor, crescimento, desenvolvimento científico, cultural, emocional isso devemos a pura graça abundante e misericordiosa de Deus.
Dos versos de12 a 15, profeta descreve o resultado final do julgamento de Deus pelo qual ele ansiava. A paz que Deus nos dará é decorrente dessa graça bendita de Deus que tudo faz por nós. A bondade a ser desfrutada pelo povo de Deus é um dom gratuito da sua graça.
Os assírios haviam oprimido o povo de Deus por longo tempo – vs 13 -, mas os fiéis continuaram a honrar apenas o Senhor.
No verso 14, vemos o profeta anunciando a morte deles, fazendo uma descrição do futuro no tempo passado, como se os eventos já tivessem acontecido. Seus nomes, dinastias e memoriais foram esquecidos.
Uma expectativa de bênção depois do exílio era a extensão das fronteiras de Israel abrangendo todos os confins da terra – vs 15. Essa esperança foi cumprida quando Cristo abriu o caminho para que seus seguidores  alcançassem os confins da terra. Será finalmente cumprida na volta de Cristo, quando ele reinar sobre toda a terra.
Nos versos 16 até o 19, Isaías fala sobre o fato de o povo de Deus deixar de cumprir os propósitos divinos no mundo e de corno o próprio Deus interviria para garantir que o seu propósito fosse cumprido.
Deus estava castigando o seu povo por meio do julgamento assírio e faria isso novamente por meio do julgamento babilônio. Seu propósito com essa disciplina era incentivar o tipo de arrependimento descrito aqui: as suas orações secretas seriam derramadas nos momentos de grande aflição decorrentes da angústia sofrida.
Israel e Judá são comparados a uma mulher que tenta dar à luz, mas fracassa – vs 17, 18. O povo de Deus possuía grande potencial depois de ter-se estabelecido na Terra Prometida, mas esse potencial se perdeu por causa da rebelião.
Deus tinha estabelecido o seu povo com o propósito de que trouxesse salvação ao mundo ao espalhar o reino de Deus (Gn 12:1-3). Esse propósito continua a ser o objetivo do povo de Deus (Mt 28:18-19). Devemos anunciar a todas as nações o ano e os tempos aceitáveis do Senhor.
A rebelião da nação escolhida de Deus trouxe o fracasso, mas Deus cumpriria o destino da nação por meio dos julgamentos e das bênçãos apresentadas nesses capítulos.
A redenção de um remanescente de Israel abriu o caminho para que o propósito de Israel fosse cumprido; esse objetivo seria finalmente realizado na obra de Cristo em sua primeira vinda, na obra contínua da igreja hoje e na sua segunda vinda.
Há uma mensagem de esperanças no vs 19, esperança para o futuro, em contraste com o vs. 14 – “não ressuscitarão”. A nova vida dada a Israel e Judá na restauração levaria a uma nova oportunidade e sucesso em cumprir o objetivo da nação (Ez 37:11-12).
Essa renovação da vida seria cumprida em parte na restauração da nação depois do exílio e na renovação interior realizada por Cristo; por fim, ela será cumprida na ressurreição do corpo dos crentes na volta de Cristo (Dn 12:2; Os 13:14). O povo de Deus, desanimado, humilhado e desfalecido (Sl 22:15) será como o orvalho das ervas e a terra lançara de si os seus mortos. Essas são expressões que representam a vida e um reinicio (SI 133:3; Os 14:5).
O profeta exorta o povo de Deus a esperar pacientemente pelo cumprimento das promessas de Deus; assim como ele mesmo já expressara o seu próprio anseio pelo cumprimento dessas promessas (26:9-19).
Há sem dúvidas uma forte ligação entre a volta do exílio que prepararia o ambiente e a nação de Israel para a chegada do Messias pouco tempo depois e a segunda vinda de Cristo que também será uma nova época na história do povo de Deus para todo o sempre.
Isaías falou em nome de Deus a seu povo fiel (vs. 7-9), por isso manda que entremos e fechemos as portas: o remanescente precisava aguardar pela salvação de Deus. Seria apenas por um momento – vs 20. Embora parecesse que Deus nunca puniria os assírios e as outras nações ao redor de Israel, terminaria ficando aparente que a punição não demoraria a chegar.
Is 26:1 Naquele dia
                se entoará este cântico na terra de Judá:
                               Temos uma cidade forte, a que Deus pôs a salvação
                                               por muros e antemuros.
                Is 26:2 Abri as portas, para que entre nelas a nação justa,
                               que observa a verdade.
                Is 26:3 Tu conservarás em paz
                               aquele cuja mente está firme em ti;
                                               porque ele confia em ti.
                Is 26:4 Confiai no SENHOR perpetuamente;
                               porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna.
                Is 26:5 Porque ele abate os que habitam no alto, na cidade elevada;
                               humilha-a, humilha-a até ao chão, e derruba-a até ao pó.
                Is 26:6 O pé pisá-la-á; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.
                Is 26:7 O caminho do justo é todo plano;
                               tu retamente pesas o andar do justo.
                Is 26:8 Também no caminho dos teus juízos, SENHOR, te esperamos;
                               no teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma.
                Is 26:9 Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito,
                               que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te;
                                               porque, havendo os teus juízos na terra,
                                                               os moradores do mundo aprendem justiça.
                Is 26:10 Ainda que se mostre favor ao ímpio,
                               nem por isso aprende a justiça;
                                               até na terra da retidão ele pratica a iniquidade,
                                                               e não atenta para a majestade do SENHOR.
                Is 26:11 SENHOR, a tua mão está exaltada, mas nem por isso a veem;
                               vê-la-ão, porém, e confundir-se-ão por causa do zelo que
                                               tens do teu povo;
                               e o fogo consumirá os teus adversários.
                Is 26:12 SENHOR, tu nos darás a paz,
                               porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.
                Is 26:13 O SENHOR Deus nosso,
                               já outros senhores têm tido domínio sobre nós; porém,
                                               por ti só, nos lembramos de teu nome.
                Is 26:14 Morrendo eles, não tornarão a viver;
                               falecendo, não ressuscitarão; por isso os visitaste
                                               e destruíste, e apagaste toda a sua memória.
                Is 26:15 Tu, SENHOR, aumentaste a esta nação,
                               tu aumentaste a esta nação, fizeste-te glorioso;
                                               alargaste todos os confins da terra.
                Is 26:16 O SENHOR, na angústia te buscaram;
                               vindo sobre eles a tua correção,
                                               derramaram a sua oração secreta.
                Is 26:17 Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora,
                               tem dores de parto, e dá gritos nas suas dores,
                                               assim fomos nós diante de ti, ó SENHOR!
                Is 26:18 Bem concebemos nós e tivemos dores de parto,
                               porém demos à luz o vento; livramento não trouxemos
                                               à terra, nem caíram os moradores do mundo.
                Is 26:19 Os teus mortos e também o meu cadáver
                               viverão e ressuscitarão; despertai e exultai,
                                               os que habitais no pó, porque o teu orvalho
                                                               será como o orvalho das ervas,
                                                                              e a terra lançará de si os mortos.
                Is 26:20 Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos,
                               e fecha as tuas portas sobre ti;
                                               esconde-te só por um momento, até que passe a ira.
                Is 26:21 Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar,
                               para castigar os moradores da terra,
                                               por causa da sua iniquidade,
                               e a terra descobrirá o seu sangue,
                                               e não encobrirá mais os seu mortos.
O sofrimento atual não deve ser comparado à glória eterna que se seguirá (vs. 19; 54:7; Sl 30:5; II Co 4:17; II Pe 3:.9). Isso tanto foi verdade por causa da primeira vinda de Cristo que ao entrar naquele templo de menor glória do que o primeiro tornou-o de maior glória por que este recebera a visita pessoal do próprio Deus em pessoa, na forma de carne. E também isso será verdade na segunda vinda de Cristo Jesus cuja própria natureza aguarda com expectativa a revelação dos filhos benditos de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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