A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá
– 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido
compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1.
O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 -
14:1a) – já vimos. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) – estamos vendo. 4. O
reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão,
como teremos a oportunidade de verificar:
·O
foco sobre a separação do Reino do Norte.
·As
narrativas de batalhas.
·As
reações à palavra de Deus.
3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) - continuação.
O relato do reinado de Asa é, como já
dissemos, consideravelmente mais extenso do que o texto encontrado de seu texto
paralelo em 1 Rs 15.9-24. Conforme BEG, segue fielmente o relato positivo de
Reis em vários pontos (cf: I Rs 15:11-12 com II Cr 14:2-3; I Rs 15:13-16 com II
Cr 15:16-19; I Rs 15:17-22 com II Cr
16:1-6; I Rs 15:23-24 com II Cr 16:11-17:1).
Podemos dividir o reinado de Asa (14.1b –
16:14), texto paralelo em I Re 15:9-24, da seguinte maneira:
a. O início do reinado de Asa
(14.1b) – já vista.
b. Asa sob a bênção divina
(14.2-15.19) – já vista.
(1) Os primeiros anos de Asa: reforma e bênçãos (14.2-7) – já vista.
(2) A vitória de Asa, aprovação profética e obediência (14.8-15.19) –
já vista.
(a) A vitória
de Asa no conflito (14.8-15) – já vista.
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19) – veremos agora.
(c) Asa sob
julgamento divino (16.1-12).
(1) O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência
(16.1-10).
(2) Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).
d. O final do reinado de Asa
(16.13-14).
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19)
Dentro deste capítulo veremos duas partes
interessantes no governo de Asa. Primeiro, ele recebe um encorajamento profético
por parte de Azarias, filho de Obede, o que ocupa os primeiros sete versículos.
Segundo, a resposta de Asa com relação a mais reformas – vs 8-19.
Na primeira parte, Azarias expressou o
princípio de retribuição tão característico do retrato do reino dividido
apresentado pelo cronista. A fidelidade a Deus resultaria em bênçãos, a
deslealdade, em castigo.
A promessa seria de que o Senhor estaria
com eles, enquanto eles estivessem com ele, que o achariam, se o buscassem com
todo coração e que o Senhor os desprezaria mesmo, se eles resolvessem desprezar
ao Senhor.
Quão grande é o perigo ao qual estamos
sujeitos quando, teimosos como uma mula, resistimos ao doce encanto do doce
Espírito Santo. Ou recuamos para o Senhor quando ele nos adverte, ou
enfrentaremos coisas desagradáveis por causa da rejeição àquele que conosco
fala misericordiosamente.
Na segunda parte, Asa respondeu realizando
mais reformas – vs 8 – e convocando uma assembleia para a renovação da aliança –
vs 9 a 15. Até a sua vó, ele depôs por causa da apostasia religiosa dela – vs 16
ao 19.
Foram as palavras de Deus, enviadas pelo
profeta Azarias que encontrando o coração de Asa receptivo, que fizeram com que
ele cobra-se ânimo – vs 8 – para realizar toda obra necessária de Deus.
Percebe-se no vs 9, Asa tentando a
reaproximação dos que deserdaram para estarem próximos, centralizados em Jerusalém
e no templo. Era seu alvo o público do pós-exílio ao qual estava tentando
convencer.
A citada renovação da aliança do vs 12 era
muito importante para a nação.
Ela indicaria a continuidade do
relacionamento de Deus com o seu povo em todas as gerações. Percebe-se Asa – vs
12 -, Joiada – 23:16 -, Ezequias – 29:10 -, e Josias – 34:30 a 32 – liderando também
a nação, em suas épocas, em renovação da aliança com o Senhor.
A ênfase nessas alianças e nos
relacionamentos com Deus era para convidar os leitores, principalmente do
pós-exílio, a renovarem suas alianças – Cf Ed 10:1-17 – como modo de receber as
bênçãos de Deus.
A renovação aqui era para buscarem ao
Senhor – vs 12. Buscarem o Senhor com todo coração, alma, forças e
entendimento. Aquele que não observasse essa busca ou a desprezasse seria
morto, tanto o menor quanto o maior, seja homem, seja mulher – conforme o que
se encontra na própria lei: Dt 13:6-16.
Alegraram-se nessa busca de tal maneira que
grande gozo invadiu o acampamento e todos ficaram felizes porque o Senhor se
deixou achar – vs 15 - por eles que o buscavam.
O Senhor Deus é muito bom e ele se deixará
achar por qualquer um que resolva buscá-lo de todo coração, alma, forças e
entendimento.
II Cr 15:1 Então veio o Espírito de Deus
sobre Azarias, filho de Odede.
II
Cr 15:2 E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe:
Ouvi-me,
Asa, e todo o Judá e Benjamim:
O
SENHOR está convosco,
enquanto
vós estais com ele,
e,
se o buscardes, o achareis;
porém,
se o deixardes, vos deixará.
II
Cr 15:3 E Israel esteve por muitos dias sem o verdadeiro Deus,
e
sem sacerdote que o ensinasse, e sem lei.
II
Cr 15:4 Mas quando na sua angústia voltaram para o SENHOR
Deus
de Israel, e o buscaram, o acharam.
II
Cr 15:5 E naqueles tempos não havia paz, nem para o que saía,
nem
para o que entrava, mas muitas perturbações
sobre
todos os habitantes daquelas terras.
II
Cr 15:6 Porque nação contra nação e cidade contra cidade
se
despedaçavam; porque Deus os perturbara
com
toda a angústia.
II
Cr 15:7 Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos;
porque
a vossa obra tem uma recompensa.
II Cr 15:8 Ouvindo, pois, Asa estas
palavras,
e
a profecia do profeta Odede,
cobrou
ânimo e tirou as abominações de toda a terra,
de
Judá e de Benjamim, como também das cidades
que
tomara nas montanhas de Efraim,
e
renovou o altar do SENHOR,
que
estava diante do pórtico do SENHOR.
II
Cr 15:9 E reuniu a todo o Judá, e Benjamim,
e
com eles os estrangeiros de Efraim e Manassés,
e
de Simeão; porque muitos de Israel tinham
passado
a ele, vendo que o SENHOR seu
Deus
era com ele.
II
Cr 15:10 E ajuntaram-se em Jerusalém no terceiro mês;
no
ano décimo do reinado de Asa.
II
Cr 15:11 E no mesmo dia ofereceram em sacrifício ao SENHOR,
do
despojo que trouxeram, setecentos bois e sete mil ovelhas.
II
Cr 15:12 E entraram na aliança para buscarem o SENHOR Deus
de
seus pais, com todo o seu coração, e com toda a sua alma;
II
Cr 15:13 E de que todo aquele que não buscasse ao SENHOR Deus
de
Israel, morresse; assim o menor como o maior,
tanto
o homem como a mulher.
II
Cr 15:14 E juraram ao SENHOR, em alta voz,
com
júbilo e com trombetas e buzinas.
II
Cr 15:15 E todo o Judá se alegrou deste juramento;
porque
de todo o seu coração juraram,
e
de toda a sua vontade o buscaram, e o acharam;
e
o SENHOR lhes deu repouso ao redor.
II
Cr 15:16 E também a Maaca, sua mãe, o rei Asa depôs,
para
que não fosse mais rainha, porquanto fizera um horrível
ídolo,
a Asera;
e
Asa destruiu o seu horrível ídolo, e o despedaçou,
e
o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.
II
Cr 15:17 Os altos, porém, não foram tirados de Israel;
contudo
o coração de Asa foi perfeito todos os seus dias.
II
Cr 15:18 E trouxe, à casa de Deus,
as
coisas consagradas por seu pai,
e
as coisas que ele mesmo tinha consagrado:
prata,
ouro e vasos.
II
Cr 15:19 E não houve guerra até ao ano
trigésimo
quinto do reinado de Asa.
Não houve guerras por um bom tempo porque o
Senhor tinha dado a eles descanso das guerras. Obviamente que isso estava
condicionado ao espírito que neles estavam.
Quando rejeitamos a Deus e sua palavra, nos
tornamos alvos das consequências e sujeitos a tantas contrariedades, inclusive
em nós mesmos; mas, se permanecermos fieis e o buscarmos, com certeza, seremos
prósperos em tudo.
Deus é fiel e zela por sua palavra e bem
nenhum faltará aos que o buscam em verdade e com todo coração. Eu odeio a
teologia da prosperidade quando a ênfase é o bem a se receber e não o doador
das bênçãos!
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá
– 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido
compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1.
O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 -
14:1a) – concluiremos agora. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) – iniciaremos neste.
4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão,
como teremos a oportunidade de verificar:
·O
foco sobre a separação do Reino do Norte.
·As
narrativas de batalhas.
·As
reações à palavra de Deus.
2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a).
A conclusão que ficou pendente foi, nessa
parte “a” tão simplesmente a informação de que Abias descansou com seus pais e
depois foi sepultado na Cidade de Davi.
Como já dissemos, era o décimo oitavo ano
em Israel quando ocorreu a troca de rei em Judá, ou seja Abias no lugar de seu
pai Roboão. Abias somente reinou por três anos em Israel e durante o seu
reinado sempre esteve em guerra contra Jeroboão e, infelizmente, somente fez o
que era mau aos olhos do Senhor. Jeroboão ainda ficou no poder por mais 4 anos,
pegando assim os primeiros anos do reinado do filho de Abias, Asa.
3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14).
O relato do reinado de Asa é consideravelmente
mais extenso do que o texto encontrado de seu texto paralelo em 1 Rs 15.9-24. Conforme
BEG, segue fielmente o relato positivo de Reis em vários pontos (cf: I Rs 15:11-12
com II Cr 14:2-3; I Rs 15:13-16 com II Cr 15:16-19; I Rs 15:17-22 com II Cr 16:1-6; I Rs 15:23-24
com II Cr 16:11-17:1).
Podemos dividir o reinado de Asa (14.1b –
16:14), texto paralelo em I Re 15:9-24, da seguinte maneira:
a. O início do reinado de Asa (14.1b).
b. Asa sob a bênção divina (14.2-15.19).
(1)
Os primeiros anos de Asa: reforma e bênçãos (14.2-7).
(2)
A vitória de Asa, aprovação profética e obediência (14.8-15.19).
(a)
A vitória de Asa no conflito (14.8-15).
(b)
A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19).
c. Asa sob julgamento divino (16.1-12).
(1)
O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência (16.1-10).
(2)
Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).
d. O final do reinado de Asa (16.13-14).
A narrativa se concentra na resposta de Asa
à instrução profética (15:8-19; 16:10-14), como fez anteriormente no relato do
reinado de Roboão e contrasta os resultados de confiar em Deus com as consequências
de depender do poder humano na batalha.
O cronista, conforme BEG, faz várias observações
cronológicas sobre o reinado de Asa: dez anos de paz (v. 1 – vemos que a paz
vem do Senhor. Ele é quem nos dá a paz, por isso devemos busca-la junto a ele),
uma renovação da aliança no décimo quinto ano (15:10), paz até o trigésimo
quinto ano (15:19), uma invasão no trigésimo sexto ano (16:1), enfermidade no
trigésimo nono ano (16:12) e morte no quadragésimo primeiro ano do seu reinado
(16:13).
De 14:2 a 15:19, veremos Asa sob a bênção
divina. Esses capítulos tratam do período durante o qual Asa foi fiel a Deus,
recebeu bênçãos (14.2-7) e foi recompensado com vitória ao responder de maneira
apropriada ao profeta de Deus (14:8-15:19).
Asa começa a reinar em Judá e Jeroboão
ainda era o rei de Israel e ali vai permanecer, como já vimos, mais quatro anos.
No entanto, agora este rei vai permanecer no reinado por longos 41 anos, mais
do que todos os reis até agora.
O cronista, aqui em II Crônicas, apresenta
a paz no reinado de Asa – vs 6 - como uma bênção por causa de sua devoção e
obediência a Deus. O tema da paz é essencial para os leitores pós-exílio que
viviam sob a ameaça constante de conflitos.
A referência ao governo de Asa já não foi
má, antes andou ele nos retos caminhos do Senhor e se interessou em governar
Judá com justiça e temor a Deus, eliminando práticas abomináveis que eram
praticadas à sua época como os prostitutos cultuais, os ídolos que fizeram seus
pais e até Maaca, sua mãe, filha de Absalão, depôs de sua dignidade de
rainha-mãe, porquanto tinha feito uma imagem sua de poste-ídolo.
Como rainha-mãe poderia ter exercido muitas
influências no reinado de seu filho, como assim eram os costumes nas nações
pagãs vizinhas.
Somente os altos não foram removidos. Esses
altos ou poderia ser consagrados ao Senhor, ou aos deuses ou a ambos. Asa
preferiu deixá-los para consagração ao Senhor, mas o perigo ali existia do povo
se desviar.
No verso 9, começa a narrativa onde Asa
vence a Zerá, o etíope.
O exército de Asa possuía um total de
quinhentos e oitenta mil homens, enquanto o número de soldados do exército
atacante (Zerá, o etíope, provavelmente, o general do Faraó Osorkon, segundo
governante da vigésima segunda dinastia do Egito) era duas vezes maior (um
exército de um milhão de homens e trezentos carros – vs 9).
Asa expressou a sua inadequação absoluta
para a batalha contra Zerá. A confiança no poder do Senhor foi a chave para a
vitória de Asa.
Asa foi vitorioso por causa de sua aprovação
profética e de sua obediência (obediência, o passaporte da honra!) lhe garantiram
o seu sucesso, principalmente por ter ele buscado ao Senhor.
Durante a batalha contra Zerá, Asa se
mostrou fiel e obteve grande vitória e bênção. Quando Zerá atacou, Asa buscou
ao Senhor e obteve vitória. Essa batalha contrasta claramente com a batalha
posterior de Asa contra Baasa (16:1-6) e apresenta um exemplo de Deus
respondendo à oração de dedicação do templo feita por Salomão.
Asa em Judá e Baasa em Israel viveram em
guerra também todo o tempo.
Baasa em uma de suas subidas contra Judá,
edificou a Ramá, cidade estratégica próxima de Jerusalém que limitaria o acesso
mesmo de Judá. Isso se tornou uma ameaça grave que obrigou Asa a negociar com
Bem-Hadade e por ouro e prata tirados indevidamente do templo comprou sua
traição.
Bem-Hadade que estava aliado com Baasa, por
causa desse ouro e prata, passou a se aliançar com Asa e os judeus. Para ele,
arameu, também foi ótimo no ponto de vista comercial e militar, pois recebeu
espólios de Judá e território em Israel
e todo o distrito de Quinerete, com toda terra de Naftali.
Baasa teve de abandonar os seus projetos e
todo material empregado na construção daquelas cidades foram capturados por Asa
para edificação de outras cidades, como Geba de Benjamim e Mispa.
II Cr 14:1 E Abias dormiu com seus pais,
e
o sepultaram na cidade de Davi,
e
Asa, seu filho, reinou em seu lugar;
nos
seus dias esteve a terra em paz dez anos.
II
Cr 14:2 E Asa fez o que era bom e reto
aos
olhos do SENHOR seu Deus.
II
Cr 14:3 Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos;
e
quebrou as imagens, e cortou os bosques.
II
Cr 14:4 E mandou a Judá que buscasse ao SENHOR Deus
de
seus pais, e que observasse a lei e o mandamento.
II
Cr 14:5 Também tirou de todas as cidades de Judá os altos
e
as imagens; e sob ele o reino esteve em paz.
II
Cr 14:6 E edificou cidades fortificadas em Judá;
porque
a terra estava quieta, e não havia guerra contra ele
naqueles
anos; porquanto o SENHOR
lhe
dera repouso.
II
Cr 14:7 Disse, pois, a Judá:
Edifiquemos
estas cidades, e cerquemo-las de muros e torres,
portas
e ferrolhos, enquanto a terra ainda é nossa,
pois
buscamos ao SENHOR nosso Deus;
buscamo-lo,
e deu-nos repouso de todos os lados.
Edificaram,
pois, e prosperaram.
II
Cr 14:8 Tinha Asa um exército de trezentos mil de Judá,
que
traziam pavês e lança; e duzentos e oitenta mil
de
Benjamim, que traziam escudo e atiravam com arco;
todos
estes eram homens valentes.
II
Cr 14:9 E Zerá, o etíope, saiu contra eles,
com
um exército de um milhão e com trezentos carros,
e
chegou até Maressa.
II
Cr 14:10 Então Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale
de
Zefatá, junto a Maressa.
II
Cr 14:11 E Asa clamou ao SENHOR seu Deus, e disse:
SENHOR,
nada para ti é ajudar, quer o poderoso
quer
o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, SENHOR
nosso
Deus, porque em ti confiamos,
e
no teu nome viemos contra esta multidão.
SENHOR,
tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti
o
homem.
II
Cr 14:12 E o SENHOR feriu os etíopes diante de Asa
e
diante de Judá; e os etíopes fugiram.
II
Cr 14:13 E Asa, e o povo que estava com ele os perseguiram
até
Gerar, e caíram tantos dos etíopes, que já não havia neles
resistência
alguma; porque foram destruídos diante
do
SENHOR, e diante do seu exército;
e
levaram dali mui grande despojo.
II
Cr 14:14 E feriram todas as cidades nos arredores de
Gerar,
porque o terror do SENHOR veio sobre elas;
e
saquearam todas as cidades, porque havia nelas muita
presa.
II Cr 14:15 Também feriram as malhadas do
gado;
e levaram ovelhas em abundância,
e
camelos, e voltaram para Jerusalém.
É dito aqui que Asa feriu todas as cidades
nos arredores de Gerar porque o terror do Senhor veio sobre elas.
Em sua velhice, padeceu dos pés e foi
sepultado. Josafá, seu filho, reinou em seu lugar.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá
– 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido
compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1.
O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 -
14:1a) – veremos agora. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14). 4. O reinado de
Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão,
como teremos a oportunidade de verificar:
·O
foco sobre a separação do Reino do Norte.
·As
narrativas de batalhas.
·As
reações à palavra de Deus.
2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a).
O cronista segue fielmente o relato do
reinado de Abias em Reis no começo (cf. 13.1-2a com 1Rs 15:1-2) e no final (cf.
II Cr I3:22 a 14.1a com I Rs 15:7-8). O texto paralelo em Reis se encontra em I
Rs 15:1-8, ao qual também nos valeremos aproveitando nossas reflexões já
feitas.
Era o décimo oitavo ano em Israel quando
ocorreu a troca de rei em Judá. Jeroboão ainda estaria no poder por mais 4
anos. Abias somente reinou por três anos em Israel e durante o seu reinado
sempre esteve em guerra contra Jeroboão.
A parte central do seu registro (13:2b-21)
difere consideravelmente do texto de Reis (I Rs 15:3-5). Percebe-se no texto
que o Cronista enfatiza o lado positivo do reinado de Abias, enquanto o
escritor de Reis se concentra no seu lado negativo (I Rs 15:3).
O cronista se concentra especialmente no
discurso de Abias contra o Reino do Norte (13:4-12) e na sua confiança piedosa
em Deus na batalha (13:14).
Por exemplo, I Re 15:7 menciona a guerra
entre Abias e Jeroboão, mas o cronista acrescenta detalhes, como a formação de
linhas de batalha – vs 2b-3 -, o discurso de Abias – vs 4 -12 -, a batalha – vs
13 – 18 -, e o resultado para cada rei – vs 19-21.
No vs 3, o cronista também faz uma
comparação dos exércitos de um com o outro para mostrar a inferioridade
numérica do Reino do Sul e ressaltar o poder de Deus operando em favor do reino
fiel de Judá.
Não encontramos em Reis o discurso de Abias
contra Israel que fala de duas questões centrais: a aprovação divina da
dinastia de Davi (vs. 5-8a) e a legitimidade exclusiva do templo de Jerusalém
(vs. 8b-12).
As palavras de Abias exortam os leitores do
período pós-exílico a evitarem o sincretismo (a combinação de culto ao Senhor
com o culto a outros deuses) e a permanecerem fiéis às instituições do trono de
Davi e ao templo de Jerusalém.
Abias se dirigiu ao exército do norte e culpou
Jeroboão diretamente pela rebelião contra Roboão. Abias explicou que a ofensa
de Roboão às tribos do norte (10:1-17) foi resultante de sua juventude e
inexperiência (cf. I Cr 22:5; 29:1).
Apesar da ofensa de Roboão, resistir à
dinastia de Davi era o mesmo que resistir ao próprio Deus.
O discurso de Abias representa a visão do
cronista acerca da observância correta do culto, urna mensagem de suma
importância para os seus leitores pós-exílio.
A presença de Deus com o exército de Judá
garantiu a vitória. Abias afirmou que Deus tomaria partido de Judá contra o
Reino do Norte.
No verso 14, quando Judá se percebeu
cercado por trás e pela frente e as esperanças estavam se esvaindo, está dito
que clamaram ao SENHOR e os sacerdotes tocaram as suas trombetas. Esse
acontecimento traz à memória a oração de dedicação do templo. O cronista
apresenta a oração como o fator decisivo na batalha.
O cronista explica a vitória de Abias como
resultado da confiança de Judá em Deus. A dependência no poder do Senhor, e não
na força humana, é um tema importante na mensagem do autor ao seu público
pós-exílio.
O cronista contrasta os resultados para
Jeroboão e para Abias, respectivamente, a fim de indicar a desaprovação e a
aprovação de Deus. Jeroboão nunca se recuperou dessa derrota. Abias, por sua
vez, se fortaleceu e teve muitos filhos.
Abias morreu e foi sucedido pelo seu filho
Asa.
II Cr 13:1 No ano décimo oitavo do rei
Jeroboão,
Abias
começou a reinar sobre Judá.
II
Cr 13:2 Três anos reinou em Jerusalém;
e
era o nome de sua mãe Micaía, filha de Uriel de Gibeá;
e
houve guerra entre Abias e Jeroboão.
II
Cr 13:3 E Abias ordenou a peleja com um exército
de
valentes guerreiros, quatrocentos mil homens escolhidos;
e
Jeroboão dispôs contra ele a batalha
com
oitocentos mil homens escolhidos,
todos
homens corajosos.
II
Cr 13:4 E pôs-se Abias em pé em cima do monte de Zemaraim,
que
está na montanha de Efraim, e disse:
Ouvi-me,
Jeroboão e todo o Israel:
II
Cr 13:5 Porventura não vos convém saber
que
o SENHOR Deus de Israel deu para sempre a Davi
a
soberania sobre Israel, a ele e a seus filhos,
por
uma aliança de sal?
II
Cr 13:6 Contudo levantou-se Jeroboão, filho de Nebate,
servo
de Salomão, filho de Davi,
e
se rebelou contra seu senhor.
II
Cr 13:7 E ajuntaram-se a ele homens vadios, filhos de Belial;
e
fortificaram-se contra Roboão, filho de Salomão,
sendo
Roboão ainda jovem, e terno de coração,
e
não lhes podia resistir.
II
Cr 13:8 E agora julgais que podeis resistir ao reino do SENHOR,
que
está na mão dos filhos de Davi, visto que sois uma grande
multidão,
e tendes convosco os bezerros de ouro
que
Jeroboão vos fez para deuses.
II
Cr 13:9 Não lançastes vós fora os sacerdotes do SENHOR,
os
filhos de Arão, e os levitas, e não fizestes
para
vós sacerdotes, como os povos
das
outras terras?
Qualquer
que vem a consagrar-se com um novilho
e
sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles
que
não são deuses.
II
Cr 13:10 Porém, quanto a nós, o SENHOR é nosso Deus,
e
nunca o deixamos; e os sacerdotes que ministram
ao
SENHOR são filhos de Arão,
e
os levitas se ocupam na sua obra.
II
Cr 13:11 E queimam ao SENHOR cada manhã
e
cada tarde holocaustos, incenso aromático,
com
os pães da proposição sobre a mesa pura,
e
o candelabro de ouro, e as suas lâmpadas
para
se acenderem cada tarde, porque nós
temos
cuidado do serviço do SENHOR nosso Deus;
porém
vós o deixastes.
II
Cr 13:12 E eis que Deus está conosco, à nossa frente,
como
também os seus sacerdotes, tocando com as trombetas,
para
dar alarme contra vós.
O
filhos de Israel, não pelejeis contra o SENHOR
Deus
de vossos pais; porque não prosperareis.
II
Cr 13:13 Mas Jeroboão armou uma emboscada,
para
dar sobre eles pela retaguarda; de maneira que estavam
em
frente de Judá e a emboscada por detrás deles.
II
Cr 13:14 Então Judá olhou, e eis que tinham que pelejar por diante
e
por detrás; então clamaram ao SENHOR;
e
os sacerdotes tocaram as trombetas.
II
Cr 13:15 E os homens de Judá gritaram; e sucedeu que,
gritando
os homens de Judá,
Deus
feriu a Jeroboão e a todo o Israel diante de
Abias
e de Judá.
II
Cr 13:16 E os filhos de Israel fugiram de diante de Judá;
e
Deus os entregou na sua mão.
II
Cr 13:17 De maneira que Abias e o seu povo fizeram grande
matança
entre eles; porque caíram feridos de Israel
quinhentos
mil homens escolhidos.
II
Cr 13:18 E foram humilhados os filhos de Israel naquele tempo;
e
os filhos de Judá prevaleceram,
porque
confiaram no SENHOR Deus de seus pais.
II
Cr 13:19 E Abias perseguiu Jeroboão; e tomou-lhe a Betel
com
os lugares da sua jurisdição,
e
a Jesana com os lugares da sua jurisdição,
e
a Efrom com os lugares da sua jurisdição.
II
Cr 13:20 E Jeroboão não recobrou mais o seu poder
nos
dias de Abias;
porém
o SENHOR o feriu, e morreu.
II
Cr 13:21 Abias, porém, se fortificou,
e
tomou para si catorze mulheres, e gerou vinte e dois filhos
e
dezesseis filhas.
II Cr 13:22 Os demais atos de Abias,
tanto
os seus caminhos como as suas palavras,
estão
escritos na história do profeta Ido.
Abias morreu, mas Deus teve misericórdia de
seu povo e concedeu a eles seu filho Asa como sucessor.
Apesar de Abias fazer o que era mau e não
perseverar em seguir ao Senhor como Davi, seu pai, no entanto Deus ainda por
amor de Davi, conforme sua palavra de aliança com ele, lhe deu uma lâmpada e
estabilidade: Asa, seu filho!
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