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domingo, 7 de setembro de 2014

I Crônicas 17:1-27 - DEUS FAZ ALIANÇA COM DAVI E ESTE LHE FAZ AÇÕES DE GRAÇA

Nossas reflexões se encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a II CR 9:31
A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30.
3. Preparativos para o templo – 13:1 a 29:25 – estamos vendo.
Nesta parte, para reforçarmos nosso aprendizado, como já falamos, estamos vendo que o cronista relatará o segundo elemento essencial do reino considerado exemplar de Davi, ou seja, os seus preparativos repletos de entusiasmo para a construção do templo.
Esse relato foi dividido em duas principais partes: a. Davi leva a arca para Jerusalém – 13:1 a 16:43 – já vista; b. Davi faz preparativos para o templo – 17:1 a 29:25 – começaremos neste capítulo.

b. Davi faz preparativos para o templo – 17:1 a 29:25

O cronista tratará agora de uma das contribuições mais importantes de Davi para a história de Israel: seus preparativos para a construção do templo. O seu desejo mesmo era a construção, mas não pode fazê-lo por causa do muito sangue que derramara em suas lutas militares.
Essa passagem pode ser dividida em cinco seções principais: (1) Davi aceita a comissão divina de se fazer os preparativos para Salomão - 17:1-27. (2) Davi garante a segurança do reino e coleta os materiais para o templo – 18:1 a 20:8. (3) Davi descobre o local do templo – 21:1 a 22.1. (4) Davi executa o comissionamento dos construtores - 22:2-19. (5) Davi transfere o poder e a responsabilidade para Salomão – 23:1 a 29.25.
(1) Davi aceita a comissão divina de se fazer os preparativos para Salomão - 17:1-27
Este capítulo de Crônicas tem o seu paralelo em II Sm 7:1-29 ao qual segue fielmente. Também nós iremos nos valer do que já comentamos desse livro de Samuel – em itálico[1]
Agora que Davi tinha sido bem sucedido no transporte da Arca e tudo tinha dado certo para ele, uma angústia começa a tomar conta de seu coração ao ver que Deus habitava em tendas e ele pensava em mudar isso.
Como é interessante essa passagem, pois Davi ao olhar para a sua casa – seu palácio – teve o desejo despertado de construir também para Deus uma casa – seu templo -, no entanto, foi o próprio Deus, por boca de seu profeta Natã, que declarou que ele construiria uma casa – dinastia – para Davi.
Esse Davi não lhe construiu uma casa, mas foi seu filho e também foi o Filho de Deus que tabernaculou conosco e hoje é sacerdote para sempre no verdadeiro Templo do Senhor.
b. Deus promete a Davi uma dinastia eterna  - II Sm 7.1-29. (Também em I Cr 17:1-27).
Natã relatou profeticamente as promessas dinásticas feitas por Deus a Davi e que estavam associadas à aliança davídica. A aliança com Davi também é celebrada no Sl 89 e 132 – veja mais adiante. Deus prometeu que os descendentes de Davi teriam uma dinastia permanente sobre Israel.
Reis davídicos individuais sofreriam disciplina severa (II Sm 7:14; II Cr 6:16; Sl 89:30-32; 132:11,12), mas a linhagem de Davi jamais seria eliminada do trono (II Sm 7:15-16; II Cr 6:16; Sl 89:33-37).
O momento de Davi era de paz! Tanto tempo passou fugindo e lutando e enfrentando inimigos que o queriam destruído. Ele sofreu muito, mas manteve-se firme em sua fé e propósitos e jamais cedeu às tentações de abreviar o caminho de sua jornada rumo ao reinado de Israel.
Teve paciência, perseverou e foi obediente. Deus o constituiu sobre toda a casa de Israel e lhe deu a cidade de Jerusalém, permitiu a condução da Arca e agora a paz reinava em Israel e a prosperidade fazia visitas à nação.
Davi, como sempre fazia, comunica a Natã um desejo de seu coração quando meditava em todas as coisas que tinham lhe acontecido e no presente momento que vivia, sendo o rei de toda a nação. A nação do povo escolhido de Deus!
Natã, também conhecia a Davi e sabia que do seu desejo e que esse era correto, assim pensava, e lhe disse para agir conforme lhe indicasse seu coração.
No entanto, Deus fala com Natã e Natã comunica com Davi dizendo que ele não poderia construir uma habitação para ele porque era um homem que tinha derramado muito sangue, no entanto, também lhe fala coisas muito profundas e lhe faz muitas promessas.
·         1. As promessas de Deus  - II Sm 7.1-17. (Também em I Cr 17:1-15).
Como poderia um simples homem construir a habitação de um Deus que criou todas as coisas? Até o momento, desde que Deus tirou os filhos de Israel do Egito, ele tem habitado em tendas e no tabernáculo e agora Davi estava querendo construir algo de cedro.
Em momento algum, disse Deus ter se manifestado quanto à sua casa. Alias, todo o modelo dos móveis, dos utensílios e do tabernáculo tinham sido dados por ele para que os homens fizessem tudo conforme lhes era mostrado – Ex 25:9.
Ele, Deus, simplesmente lhe faz uma pergunta interessante: por que que Davi queria lhe edificar uma casa de cedro? Qual era mesmo esse propósito de Davi?
Em seguida, Deus o faz lembrar de sua origem e quem ele era e de onde fora tomado para vir a ser agora o rei de Israel e estar à frente de todos. Deus o lembra que lhe deu vitórias e foi com ele em tudo, guardando-o e  livrando-o de muitas coisas.
Todas as suas guerras e empreitadas e desafios e obstáculos, o Senhor tinha sido com ele. Por fim, ainda lhe deu um nome entre os grandes e poderosos para vir a ser lembrado por gerações e gerações.
Em seguida, fala de seu povo, dos filhos de Israel. Que estaria plantando eles ali naquela terra para não serem mais destruídos. Ele lembra ainda da época dos juízes e de como tinha sido misericordioso para com Israel.
O cuidado de Deus pelo seu povo é notório em todas as Escrituras e mesmo Davi fora levantado por amor a este povo. Saul não entendeu esse amor e tornou-se egoísta, mas Davi era o contrário de Saul e tanto amou o povo que ensinou a seu filho a amar e a servir o povo de Deus com muito carinho.
Davi era o portador da semente messiânica e embora Satanás o tenha perseguido e continuará a persegui-lo para matá-lo, Deus o preservava, pois dele viria o Messias escolhido, desde Gn 3:15.
Deus faz alianças com Davi e lhe promete que seu reino jamais se apartaria de sua casa, por isso o estava confirmando para sempre. Não fora assim com Saul que falhou na hora da confirmação, mas Davi tinha passado por tudo e em maior grau de dificuldade. Ele tinha prevalecido porque seu coração era temente a Deus e dedicado ao povo ao qual agora servia como rei de Israel.
Davi gostou e muito se alegrou com as palavras de Deus pela boca de Natã.
Em resumo, podemos ver na aliança de Deus com Davi:
ü  Dinastia eterna.
ü  Reino eterno.
ü  Trono eterno.
ü  Domínio eterno.
ü  Descendência eterna.
É nessa aliança que o cronista fundamenta a esperança de restauração de Israel. O Novo Testamento revela que as promessas feitas a Davi se cumpriram em Cristo.
Jesus preencheu com perfeição todos os requisitos da aliança (Hb 4:15) e serviu de mediador da aliança da graça (At 2:25-36; Hb 13).
Essa aliança com Davi também é celebrada nos salmos 89 e 132[2].
Salmo 89: 1-52  - Reflexões
Salmo belíssimo de Etham que inicia cantando para sempre as misericórdias do Senhor e os seus lábios proclamando a todas as gerações a sua fidelidade. Ele exalta tanto a benignidade quanto a fidelidade do Senhor por causa da palavra do próprio Senhor que disse que estaria afirmando a sua aliança com Davi, a quem o Espírito Santo chama de escolhido.
Ele jurou a Davi que estaria para sempre estabelecendo a sua posteridade e firmando o seu trono de geração a geração. Por isso que ele celebra, canta, exalta e adora a Deus que cumprirá a sua palavra. Percebemos nisso que Deus é um Deus de propósitos e de alianças e que sua palavra não é a como a do homem, antes permanece para todo sempre.
Em seguida, vemos o salmista exaltando a Deus e sua soberania declarando que dele são os céus e a terra e tudo o que neles há. De fato, o que não pertence ao Senhor ou no que ele não tem domínio? Ele, Deus, é o Senhor absoluto sobre tudo e todos.
Ele é tão poderoso e maravilhoso que ele exerce completamente sua soberania sem vilipendiar ou adulterar a vontade humana, deixando-a livre nas suas escolhas e portanto concedendo ao homem a responsabilidade de seus atos e omissões. Ele é soberano e o homem livre para fazer as suas escolhas responsáveis. Não estou falando, nem defendendo aquilo que não creio, por exemplo no livre-arbítrio. Vamos deixar este assunto para outra oportunidade.
Calvino comenta este salmo e dá maiores esclarecimentos além de contextualizá-lo. Sobre Ethan, provável autor deste salmo, ele diz tratar-se de um dos quatro homens com os quais a sabedoria de Salomão era comparada.
Salmo 132: 1-18  - Reflexões
O autor começa o salmo com uma intercessão por Davi. Se foi mesmo Davi o seu autor, ele fala de si mesmo e assim intercede por si mesmo na pessoa que ele representaria como servo de Deus que está diante do povo de Deus com a missão de governar e administrar.
Muitas eram as aflições de Davi tanto antes de tornar-se rei como depois quando veio a pecar gravemente assassinando a Urias o Heteu e ficando com sua esposa com a qual tinha adulterado. A perseguição a ele era de fato muito forte por causa da semente messiânica que nele estava.
A oração deste salmo logo lembra o juramento e os votos feitos por Davi que não daria descanso a ele mesmo antes que fizesse uma casa, uma habitação para Deus que vivia em uma tenda enquanto o povo em casas. Deus aprovou sua iniciativa, mas não o deixou construir, mas escolheu seu filho Salomão para edificar essa casa.
Até o verso 10 deste salmo, o salmista pede insistentemente para Deus se lembrar, levantar-se e não virar seu rosto contra o seu ungido, mas ter misericórdia e concluir a sua obra começada na vida deste servo de Deus. Percebe-se aqui força de vontade incomum e determinada de alguém que crê realmente estar diante de Deus e sendo ouvido em sua súplica.
Sua oração é forte, digo, insistente, perseverante, decidida, precisa como alguém que clama já esperando a resposta certa.
Em seguida eles se lembram da promessa do próprio Deus e nele se agarram com unhas e dentes dispostos a perderem os maxilares, mas não perderem a bênção visualizada pela fé nas promessas de Deus. A oportunidade da oração está agora em favor de Davi e suas aflições.
No comentário de Calvino, em sua introdução, o autor deste Salmo, quem quer seja aqui, em nome de todos os fiéis, coloca Deus em memória de sua promessa, que ele nunca faria sofrer sua casa ou seu reino vir a falhar, mas apoiar e defender ambos.
Como é bom nos lembrarmos das promessas de Deus e bem aplica-las às nossas vidas e esperar com paciência a resposta de Deus. Aquele que assim espera, jamais será confundido.
·         2. A resposta de Davi  - II Sm 7.18-29.
Davi ficou sem palavras diante das revelações e do que tinha dito o Senhor pela boca de Natã. Ele então faz a sua oração de agradecimento.
Sua oração começa: - quem sou eu, Senhor! Verdade! Deus nos ama apesar de nós! O que somos e o que temos diante de Deus? O fato é que somos alvos de sua graça e misericórdia que diariamente descem sobre nós como chuvas serôdias.
Deus nos ama e a prova de seu amor é a vida que ele nos deu! Se não nos amássemos já estaríamos todos mortos, mas vivemos e temos de aproveitar este momento para dar glórias e graças a Deus, sempre!
Em sua resposta a Deus, Davi, sabiamente, fala do povo de Deus que ele tanto ama e tanto tem feito por ele, apesar dele. Em minhas leituras, tenho visto que Deus ama o seu povo e por ele se animou até a enfrentar a morte para gerar em nós a vida eterna.
Se você é sábio e está querendo agradar a Deus, comece amando o povo de Deus e fazendo algo por ele. Que tal buscar a união de todos? Seria isso um sonho impossível? E como fica a oração de João 17: 20 “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”
Cada um de nós, hoje, segue os seus próprios caminhos e estamos sem rei que nos possa guiar, bem pelo menos era este o discurso dos israelitas para justificarem o desejo por um rei. Estamos como na época dos juízes, onde cada um fazia o que achava certo.
Outra característica forte em Davi que se sobressai inclusive em sua oração de agradecimento é a noção impregnada nele da soberania divina! Para Davi, Deus é o Deus soberano que está acima de todas as coisas e as controla e nos pede obediência à sua palavra.
Davi recebeu as palavras de Deus e muito se alegrou. Agora irá desenvolver os seus projetos que são a construção da cidade, da sede de seu governo e até o templo, mas isso quem fará será o seu filho. O projeto, no entanto, será elaborado por ele. Veremos isso mais para frente.
I Cr 17:1 Sucedeu, pois, que, morando Davi já em sua casa,
                disse ao profeta Natã:
                               Eis que moro em casa de cedro,
                               mas a arca da aliança do SENHOR está debaixo de cortinas.
                I Cr 17:2 Então Natã disse a Davi:
                               Tudo quanto tens no teu coração faze, porque Deus é contigo.
                I Cr 17:3 Mas sucedeu, na mesma noite,
                               que a palavra de Deus veio a Natã, dizendo:
                                               I Cr 17:4 Vai, e dize a Davi meu servo:
                                                               Assim diz o SENHOR:
                               Tu não me edificarás uma casa para eu morar;
                                               I Cr 17:5 Porque em casa nenhuma morei,
                                                               desde o dia em que fiz subir a Israel
                                                               até ao dia de hoje; mas fui de tenda
                                                               em tenda, e de tabernáculo em tabernáculo.
                                               I Cr 17:6 Por todas as partes por onde andei
                                                               com todo o Israel, porventura falei alguma
                                                               palavra a algum dos juízes de Israel,
                                                               a quem ordenei que apascentasse
                                                                              o meu povo, dizendo:
                                               Por que não me edificais uma casa de cedro?
                                               I Cr 17:7 Agora, pois, assim dirás a meu servo Davi:
                                                               Assim diz o SENHOR dos Exércitos:
                               Eu te tirei do curral, de detrás das ovelhas,
                                               para que fosses chefe do meu povo Israel.
                               I Cr 17:8 E estive contigo por toda a parte, por onde foste,
                                               e de diante de ti exterminei todos os teus inimigos,
                                               e te fiz um nome como o nome dos grandes
                                                               que estão na terra,
                               I Cr 17:9 E ordenarei um lugar para o meu povo Israel,
                                               e o plantarei, para que habite no seu lugar,
                                               e nunca mais seja removido de uma para
                                                               outra parte; e nunca mais os filhos da
                                                               perversidade o debilitarão como dantes,
                               I Cr 17:10 E desde os dias em que ordenei juízes
                                               sobre o meu povo Israel.
                               Assim abaterei a todos os teus inimigos;
                                               também te faço saber que o SENHOR
                                                               te edificará uma casa.
                               I Cr 17:11 E há de ser que, quando forem cumpridos os teus
                                               dias, para ires a teus pais,
                                               suscitarei a tua descendência depois de ti,
                                               um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino.
                               I Cr 17:12 Este me edificará casa; e eu confirmarei
                                               o seu trono para sempre.
                               I Cr 17:13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho;
                                               e a minha benignidade não retirarei dele,
                                                               como a tirei daquele, que foi antes de ti.
                               I Cr 17:14 Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino
                                               para sempre, e o seu trono será firme para sempre.
                               I Cr 17:15 Conforme todas estas palavras,
                                               e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi.
I Cr 17:16 Então entrou o rei Davi, e ficou perante o SENHOR; e disse:
                Quem sou eu, SENHOR Deus? e qual é a minha casa,
                               para que me tenhas trazido até aqui?
                I Cr 17:17 E ainda isto, ó Deus, foi pouco aos teus olhos;
                               pelo que falaste da casa de teu servo para tempos distantes;
                               e trataste-me como a um homem ilustre, ó SENHOR Deus.
                I Cr 17:18 Que mais te dirá Davi, acerca da honra feita a teu servo?
                               Porém tu conheces bem a teu servo.
                I Cr 17:19 O SENHOR,
                               por amor de teu servo,
                                               e segundo o teu coração,
                                                               fizeste toda esta grandeza,
                                                                              para fazer notória
                                                                              todas estas grandes coisas.
                I Cr 17:20 SENHOR, ninguém há como tu,
                               e não há Deus fora de ti, segundo tudo quanto ouvimos
                                               com os nossos ouvidos.
                I Cr 17:21 E quem há como o teu povo Israel, única gente na terra,
                               a quem Deus foi resgatar para seu povo,
                                               fazendo-te nome com coisas grandes e temerosas,
                                                               lançando as nações de diante do teu povo,
                                                                              que resgataste do Egito?
                I Cr 17:22 E confirmaste o teu povo Israel para ser teu povo
                               para sempre; e tu, SENHOR, lhe foste por Deus.
                I Cr 17:23 Agora, pois, SENHOR, a palavra que falaste de teu servo,
                               e acerca da sua casa, confirma-a para sempre;
                                               e faze como falaste.
                I Cr 17:24 Confirme-se e engrandeça-se o teu nome para sempre,
                               e diga-se:
                                               O SENHOR dos Exércitos é o Deus de Israel,
                                                               é Deus para Israel;
                                               e permaneça firme
                                                               diante de ti a casa de Davi, teu servo.
                               I Cr 17:25 Porque tu, Deus meu, revelaste ao ouvido
                                               de teu servo que lhe edificarias casa;
                                               pelo que o teu servo achou confiança para
                                                               orar em tua presença.
                               I Cr 17:26 Agora, pois, SENHOR, tu és o mesmo
                                               Deus, e falaste este bem acerca de teu servo.
                                I Cr 17:27 Agora, pois, foste servido abençoar a
                                               casa de teu servo, para que permaneça para
                                                               sempre diante de ti:
                                               porque tu, SENHOR, a abençoaste,
                                                               e ficará abençoada para sempre.
Há no presente texto algumas omissões por parte do cronista como a não menção da época de paz que reinou em Israel quando Davi teve o insight de lhe construir uma casa para Deus – II Sm 7:1 -, talvez por que quisesse preservar na nação pós-exílica o fato de Davi ser um guerreiro que constantemente estava em atividades.
Novamente, o cronista omite o material encontrado em II Sm 7.14b, que ameaça disciplinar Salomão e seus descendentes quando pecassem, a fim de, provavelmente, apresentar Salomão como um ideal para seus leitores pós-exílio.
Os termos relacionados à família indicam a adoção especial do rei escolhido, e não uma crença na divindade do rei como era o caso em outras culturas do antigo Oriente Próximo – Sl 89:27. Por exemplo, Egito, Roma.
No Novo Testamento essas palavras “Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho;” sobre Salomão são consideradas uma prefiguração de Cristo, o rei davídico supremo - Mc 1:11; Lc 1:32-33; Hb 1:5.
A filiação de Cristo é mais complexa: ele é o Filho de Deus porque é herdeiro do trono de Davi, mas também foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:35) e é a segunda pessoa da Trindade Jo 1:1-18; 17:1).

Deus designou a linhagem de Davi como a dinastia permanente sobre o seu povo. Essa promessa era a base das esperanças da comunidade pós-exílio do cronista de ter um rei e se cumpriu em Jesus, que reina no trono de Davi para sempre – II Cr 17: 7-14; II Cr 21:7. 
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br




[1] Do livro do mesmo autor: O REINO ETERNO DE DAVI - Reflexões bíblicas em I e II Samuel.
[2] Do livro do mesmo autor: REFLEXÕES NO LIVRO DE SALMOS - Aprendendo a orar e a adorar com os salmistas bíblicos.
...

sábado, 6 de setembro de 2014

I Crônicas 16:1-43 - DAVI CONCLUI COM ÊXITO SEU PLANO DE TRANSPORTE DA ARCA PARA JERUSALÉM

Nossas reflexões se encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a II CR 9:31
A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30.
3. Preparativos para o templo – 13:1 a 29:25 – estamos vendo;
Nesta parte, para reforçarmos nosso aprendizado, como já falamos, estamos vendo que o cronista relatará o segundo elemento essencial do reino considerado exemplar de Davi, ou seja, os seus preparativos repletos de entusiasmo para a construção do templo.
Esse relato foi dividido em duas principais partes: a. Davi leva a arca para Jerusalém – 13:1 a 16:43; b. Davi faz preparativos para o templo – 17:1 a 29:25.
a. Davi leva a arca para Jerusalém – 13:1 a 16:43 - continuação.
Nesta seção, o cronista relatará como Davi conseguiu centralizar o culto em Jerusalém.
Uma comparação com II Sm 5 e 6 indicará que o material em Samuel e Crônicas é organizado topicamente e não estritamente de forma cronológica.
Também aqui dividiremos para melhor compreensão a presente seção em três partes: (1) Davi fracassa na primeira tentativa de transportar a arca – 13:1-14 – já vimos; (2) As bênçãos que distinguem Davi – 14:1-17 – já vimos; e, (3) Davi transporta a arca com sucesso – 15:1 a 16:43 – concluiremos agora.
(3) Davi transporta a arca com sucesso – 15:1 a 16:43 - continuação.
Estamos vendo o relato da transferência da arca bem-sucedida e da sua festiva celebração subsequente. É possível revermos, em análise e apoiados pela BEG, que o cronista usou II  Sm 6:12 a 19 em 15:25 a 16:3 e acrescentou 15:1 a 24; 16:4 a 43.
Finalmente a arca chegou ao seu destino e todos estavam muito jubilosos com a grande conquista que tempos atrás tinha sido um fracasso total com a morte de Uzá.
Nos três primeiros versos Davi, muito feliz, comemora junto com o povo a grande conquista. Ela, a arca, era muito importante para a organização e a centralidade do culto em Israel. Ele segue a lei e os conselhos de seus sacerdotes e oferece holocaustos e sacrifícios pacíficos. Em seguida, como monarca do povo, os abençoa em nome do Senhor.
Depois, vemos nos versos de 4 a 6, a preocupação do cronista em chamar a atenção para a organização davídica dos levitas.
O cronista vai apresentar um salmo que não se encontra nos livros de Samuel, mas que é uma composição semelhante a trechos de vários salmos: (a) – ver que de 8 a 22, temos o texto paralelo de 105:1-15 (este salmo tem ao todo 45 versículos); (b) dos versos 23 a 33, temos o salmos 96 (este salmo tem 13 versos); e, (c) dos versos 34 a 36, temos o Salmos 106:1; 47 e 48 (o Sl 106, possui ao todo, 48 versos).
A entrada da arca em Jerusalém foi comemorada como um poderoso ato de Deus que tudo controla de forma esplêndida, mas também suas palavras, o cronista fez questão de registrá-las por causa de sua importância aos leitores do pós-exílio.
(a) – I Cr 16: 8 a 22 - texto paralelo Sl 105:1-15.[1]
Davi irá se utilizar deste salmo nos primeiros quinze versículos. Nos versos de 8 ao 13, ele pede que todos louvem ao Senhor e dos versos 15 ao 22, ele lembrou a promessa da terra e a proteção divina durante as perambulações do povo.
O salmo 105 é um salmo incrível com 45 versículos que narra Deus agindo em favor do seu povo desde o momento em que tudo começou com Abraão e sua mulher Sara.
Eram apenas dois que Deus tinha pedido para largar a sua parentela e seguirem viagem para algum lugar.
Deles vieram Isaque, Jacó, os 12 e entre os 12, José que foi conduzido ao Egito que era plano de Deus levá-los para lá e do seu povo tratar. Preparou José para ser príncipe e depois, numa época de grande fome na terra, conduziu o seu povo ao Egito para lá viver por um bom período de tempo até que viesse Moisés e os libertasse da opressão do Egito.
Quando saíram do Egito, já eram nação grande com uma população forte, sadia, rica das riquezas recebidas do Egito e com uma liderança preparada por Deus, mas não saíram de qualquer modo do Egito, antes quis Deus manifestar-se e mostrar a Israel e a todos os povos que ele era Deus que tinha escolhido aquele povo. O salmo narra os milagres, sinais e maravilhas feitos naquela terra do Egito.
Eu contei oito verbos no imperativo que falam do como devemos ser, estar e ter as coisas diante de Deus que opera maravilhas e que de fato é Deus nas nossas vidas: Rendei; invocai; fazei; cantai-lhe; narrai; gloriai-vos; buscai; lembrai-vos.
Quem começa a ler este salmo, logo percebe que está diante de alguém que estava muito alegre e jubilante querendo de todo modo nos contagiar com sua alegria e júbilo para que também nós participemos daquilo que o está motivando.
Diante de Deus, tenho aprendido nos salmos, não podemos chegar daquela forma chorosa e copiosa como se fôssemos um coitado que carece das migalhas da misericórdia divina que cai da mesa de nosso Senhor. O nosso proceder dessa forma chega a ser uma afronta a Deus que diz para nós que jamais nos deixará, nem nunca jamais nos abandonará.
Não existe coitadinho diante de Deus por que todos recebemos gratuitamente de sua graça e misericórdia todos os dias!
Calvino, comenta em sua introdução a respeito deste salmo. Ele fala de magnificarmos a singular graça de Deus que livremente se manifestou a favor de um povo entre todos os povos de todo o mundo. Ele mostra que é fiel a sua aliança feita há muitos tempos com Abraão.
Diz Calvino que o salmista amplia a singular graça de Deus exibida na seleção e adoção livre de um povo de entre todas as nações do mundo. Para mostrar que não era somente em palavras que havia feito uma aliança com Abraão e seus descendentes, Deus não cessou, depois de ter livrado eles do Egito, de conferir-lhes inúmeros benefícios; e seu projeto nisso era, que aqueles que tinham sido libertos por sua força pudessem se manter fieis à sua aliança, e dedicar-se sinceramente ao seu serviço.
Vamos nos alegrar diante de Deus. Precisamos confiar no seu cuidado e nos prepararmos para fazermos o que ele nos pede com alegria, júbilo e grande entusiasmo. Não podemos perder o nosso foco de sermos testemunhas do Senhor e de fazermos novas testemunhas para o Senhor para ficarmos nos preocupando como o mundo e seu modo descompromissado de agir.
(b) – I Cr 16: 23 a 33 – texto paralelo Sl 96:1-12.
O Salmo 96 é um salmo de exaltação ao Senhor. Este salmo é um convite do início ao fim para que os seus santos e todos os que são do Senhor o adorem, o glorifiquem e o exaltem acima de todas as coisas por que ele reina, é soberano e vem executar a justiça.
Davi aqui está insistindo para que seus leitores se expressem entusiasticamente para Deus. Os verbos estão todos no imperativo: cantai, bendizei, proclamai, anunciai, tributai, trazei, entrai, adorai, tremei, dizei. Por estes verbos se percebe que o Espírito Santo nos quer diante de Deus não de qualquer modo, mas com grande entusiasmo e crescente empolgação.
Não basta estar diante dele e ser crente, mas temos de ser crentes avivados, empolgados, alegres, sorridentes, entusiastas, cheios de energia, disposição e vontade para adorar, entoar, cantar, celebrar. É como se estivéssemos em uma grande festa de um noivo amigo nosso. Como deveria ser nosso comportamento diante das suas bênçãos?
Qual é a maior queixa do mundo se não contra a falta de justiça? A minha fé aposta que Deus é justo, que fará sua justiça e, ao final, todos estaremos satisfeitos com relação à justiça. Como então ela será feita? Não sei! Somente sei que Deus fará a justiça e para mim isto basta! Se hoje estou sendo injustiçado, meu Deus sabe e será meu defensor e justo juiz.
Ele conclui este salmo falando da justiça. Ele vem julgar a terra e a julgará com justiça! Por isso é que somos convidados a estar diante dele de forma alegre e cheia de fé por que ele está cuidando de nós e o momento atual de nossa existência requer fé em seu governo e administração.
O Espírito Santo não aceita que estejamos diante do Pai de qualquer forma. Por que isso refletirá que não cremos e assim refletirá que estamos com nossos corações endurecidos e o poder de Deus não transformará as vidas daqueles que rejeitam a Deus por que seu compromisso não é andar com Deus, mas praticar o pecado.
Calvino comenta na introdução de seu comentário este salmo e destaca que o louvor devido não é solicitado somente aos judeus ou aos santos, mas a todo o mundo!
Diz Calvino, então, que este salmo contém uma exortação para louvar a Deus, uma exortação que é dirigido não só aos judeus, mas a todas as nações. Devemos deduzir disso, que essas coisas também se referem ao reino de Cristo. O nome de Deus não poderia ser chamado em qualquer outra parte do mundo senão na Judéia, até que ele tivesse sido revelado; e as nações pagãs estavam naquele momento, necessariamente, totalmente incapacitada para qualquer tipo de exercício. No entanto, é evidente que o Espírito Santo suscitou os santos que estavam sob a lei para celebrar os louvores divinos, até o período que deveria chegar quando Cristo, pela propagação do Evangelho, encheria toda a terra com a sua glória.
Ou cremos em Deus e aceitamos o seu convite ministrado neste salmo ou não cremos nele, endureceremos nossos corações e continuaremos com nossas práticas e de forma cada vez mais intensa. O Espírito Santo nos convida com imperativos: cantai, bendizei, proclamai, anunciai, tributai, trazei, entrai, adorai, tremei, dizei. Ousaremos rejeitá-lo novamente como estamos acostumados a fazer?
(c) – I Cr 16: 34 a 36 – texto paralelo Sl 106:1; 47 e 48.
Davi insiste e mesmo os convida a clamar por mais proteção e livramento. O público pós-exílio do cronista precisava do mesmo tipo de socorro de Deus – vs 35. Por fim, o povo respondeu com louvor e alegria pelas bênçãos de Deus – vs 36 -, da mesma maneira que os leitores do cronista deveriam louvar a Deus em sua época.
O salmo 106 é semelhante ao salmo 105 por que narra a história do povo de Israel e como se deu a sua libertação do povo do Egito. Ele começa falando a palavra “Aleluia!”. É a saudação do crente que se alegra diante de seu Deus que reina e que ele quer louvar.
Ele rende graças ao Senhor porque ele é bom e porque a sua misericórdia dura para sempre! O salmista sente isso na sua pele como o Senhor é bom e misericordioso. Ele foi assim com o povo que libertou do Egito e que nos serve de parábola ou tipo do livramento que iremos ter quando tudo for renovado e Deus estiver reconciliando consigo mesmo todas as coisas.
Eu me lembrei quando lia de Romanos, principalmente o capítulo primeiro que, certamente, serviu de inspiração ao apóstolo Paulo quando falou da rejeição do conhecimento de Deus. O povo recebe a benção do Senhor, mas rejeita o seu conhecimento e nega o poder de Deus. Daí, então, Deus os entrega a si mesmo para satisfazerem plenamente todos os seus desejos desenfreadamente.
No entanto isso não é bom! Eu fico preocupado quando o mundo atual desenfreadamente se entrega a toda sorte de prazeres e negam a lei de Deus e cometem abominações homem com homem e mulher com mulher como se Deus nem tivesse aí. A consequência é terrível! O juízo está próximo!
Vejam o que aconteceu com aqueles que não estavam nem aí para Deus neste salmo. Meu querido não dá para disputarmos com Deus ou querermos impor a ele os nossos desejos e caprichos. O mundo não é nosso, nem a nossa vida, pois tudo é proveniente de sua graça e misericórdia.
Calvino comenta na introdução ao seu comentário este belo salmo riquíssimo em ensinamentos que inspirou Paulo a escrever Romanos.
Calvino diz que este salmo é diferente do precedente, pois na medida em que o salmista mostrava, no anterior, que Deus tinha sido mais do que um pai generoso para o seu povo escolhido e que ele queria obter para si próprio, nas próximas eras, uma raça de adoradores puros, aqui, neste salmo, ele reconhece que estes benefícios notáveis ​​tinham sido lançados na conta de um povo rebelde e mau, haja vista que  os judeus desprezavam o jugo de Deus, abusavam vilmente de sua bondade, se contaminavam com muitas corrupções, e também agiam perfidamente à parte de sua palavra. No entanto, não é tanto na forma de uma repreensão ou de uma reclamação, como uma confissão de seus pecados, naturalmente para obter o perdão deles. O profeta começa com os louvores a Deus, com o propósito de incentivar a si mesmo e outras pessoas para acalentar boa esperança nele. Então, ele ora para que Deus continue a derramar a sua bênção para a descendência de Abraão. Mas porque o povo, depois de tantas vezes se revoltar com Deus, se tornou indigno de continuar a obter da sua bondade, ele pede perdão a fim de ser estendido a eles, e isso após terem confessado que do primeiro ao último, eles tinham provocado a ira de Deus por sua malícia , ingratidão, orgulho, perfídia, e outros vícios.
Salva-nos e congrega-nos! Este é pedido em oração do salmista no final deste salmo. A salvação foi sim enviada pelo Pai e ela está em Jesus Cristo. É nele também que o Pai nos congregou em uma única igreja invisível, mas real. Jesus Cristo é a resposta de Deus para o homem!
Do verso 37 ao 42, Davi nomeia sacerdotes e levitas em Jerusalém e Gibeão. A iniciativa de Davi para centralizar o culto mediante  a transferência da arca termina com a organização que ele fez dos levitas.
O cronista destaca o compromisso de Davi com a observância da lei mosaica como um modelo para a reorganização da comunidade pós-exílio (6:49; 1513,15; 22:12-13; 28:7; 29:19; 2Cr 6:16; 7:17-18; 12:1-2; 14:4; 15:12-14; 17:3-9; 19:8-10; 24:6,9; 25:4; 30:15-16; 31:3-21; 33:8; 34:19-33; 35:6-26).
I Cr 16:1 Trouxeram, pois, a arca de Deus,
                e a puseram no meio da tenda que Davi lhe tinha armado;
                e ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos perante Deus. I Cr
                16:2 E, acabando Davi de oferecer os holocaustos
                               e sacrifícios pacíficos, abençoou o povo
                                               em nome do SENHOR.
                I Cr 16:3 E repartiu a todos em Israel, tanto a homens
                               como a mulheres, a cada um, um pão,
                                               e um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho.
I Cr 16:4 E pôs alguns dos levitas por ministros perante a arca do SENHOR;
                isto para recordarem, e louvarem, e celebrarem
                               ao SENHOR Deus de Israel.
                I Cr 16:5 Era Asafe, o chefe, e Zacarias o segundo depois dele;
                               Jeiel, e Semiramote, e Jeiel, e Matitias, e Eliabe, e Benaia,
                               e Obede-Edom, e Jeiel, com alaúdes e com harpas;
                                               e Asafe se fazia ouvir com címbalos;
                I Cr 16:6 Também Benaia, e Jaaziel, os sacerdotes,
                               continuamente tocavam trombetas, perante
                                               a arca da aliança de Deus.
I Cr 16:7 Então naquele mesmo dia Davi, em primeiro lugar,
                deu o seguinte salmo para que, pelo ministério de Asafe
                               e de seus irmãos, louvassem ao SENHOR;
                I Cr 16:8 Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome,
                               fazei conhecidas as suas obras entre os povos.
                I Cr 16:9 Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente
                               falai de todas as suas maravilhas.
                I Cr 16:10 Gloriai-vos no seu santo nome;
                               alegre-se o coração dos que buscam ao SENHOR.
                I Cr 16:11 Buscai ao SENHOR e a sua força;
                               buscai a sua face continuamente.
                I Cr 16:12 Lembrai-vos das maravilhas que fez, de seus prodígios,
                               e dos juízos da sua boca;
                I Cr 16:13 Vós, semente de Israel, seus servos,
                               vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.
                I Cr 16:14 Ele é o SENHOR nosso Deus; os seus juízos
                               estão em toda a terra.
                I Cr 16:15 Lembrai-vos perpetuamente
                               da sua aliança e da palavra que prescreveu
                                               para mil gerações;
                I Cr 16:16 Da aliança que fez com Abraão,
                               e do seu juramento a Isaque;
                I Cr 16:17 O qual também a Jacó confirmou por estatuto,
                               e a Israel por aliança eterna,
                I Cr 16:18 Dizendo:
                               A ti te darei a terra de Canaã, quinhão da vossa herança.
                I Cr 16:19 Quando eram poucos homens em número,
                               sim, mui poucos, e estrangeiros nela,
                I Cr 16:20 Quando andavam de nação em nação,
                               e de um reino para outro povo,
                I Cr 16:21 A ninguém permitiu que os oprimisse,
                               e por amor deles repreendeu reis, dizendo:
                                               I Cr 16:22 Não toqueis os meus ungidos,
                                                               e aos meus profetas não façais mal.
                I Cr 16:23 Cantai ao SENHOR em toda a terra;
                               anunciai de dia em dia a sua salvação.
                I Cr 16:24 Contai entre as nações a sua glória,
                               entre todos os povos as suas maravilhas.
                I Cr 16:25 Porque grande é o SENHOR, e mui digno de louvor,
                               e mais temível é do que todos os deuses.
                I Cr 16:26 Porque todos os deuses dos povos são ídolos;
                               porém o SENHOR fez os céus.
                I Cr 16:27 Louvor e majestade há diante dele,
                               força e alegria no seu lugar.
                I Cr 16:28 Tributai ao SENHOR, ó famílias dos povos,
                               tributai ao SENHOR glória e força.
                I Cr 16:29 Tributai ao SENHOR a glória de seu nome;
                               trazei presentes, e vinde perante ele;
                                               adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.
                I Cr 16:30 Trema perante ele, trema toda a terra;
                               pois o mundo se firmará, para que não se abale.
                I Cr 16:31 Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra;
                               e diga-se entre as nações: O SENHOR reina.
                I Cr 16:32 Brame o mar com a sua plenitude;
                               exulte o campo com tudo o que nele há;
                I Cr 16:33 Então jubilarão as árvores dos bosques
                               perante o SENHOR; porquanto vem julgar a terra.
                I Cr 16:34 Louvai ao SENHOR, porque é bom;
                               pois a sua benignidade dura perpetuamente.
                I Cr 16:35 E dizei:
                               Salva-nos, ó Deus da nossa salvação,
                               e ajunta-nos,
                               e livra-nos das nações,
                                               para que louvemos o teu santo nome,
                                                               e nos gloriemos no teu louvor.
                I Cr 16:36 Bendito seja o SENHOR Deus de Israel,
                               de eternidade a eternidade.
E todo o povo disse:
                Amém!
                               E louvou ao SENHOR.
I Cr 16:37 Então Davi deixou ali, diante da arca da aliança do SENHOR,
                a Asafe e a seus irmãos, para ministrarem continuamente
                               perante a arca, segundo se ordenara para cada dia.
                I Cr 16:38 E mais a Obede-Edom, com seus irmãos, sessenta e oito;
                               a este Obede-Edom, filho de Jedutum,
                                               e a Hosa, deixou por porteiros.
                I Cr 16:39 E deixou a Zadoque, o sacerdote, e a seus irmãos,
                               os sacerdotes, diante do tabernáculo do SENHOR,
                                               no alto que está em Gibeom,
                I Cr 16:40 Para oferecerem holocaustos ao SENHOR continuamente,
                               pela manhã e à tarde, sobre o altar dos holocaustos;
                                               e isto segundo tudo o que está escrito
                                               na lei do SENHOR que tinha prescrito a Israel.
                I Cr 16:41 E com eles a Hemã, e a Jedutum, e aos mais escolhidos,
                               que foram apontados pelos seus nomes,
                                               para louvarem ao SENHOR,
                                               porque a sua benignidade dura perpetuamente.
                I Cr 16:42 Com eles, pois, estavam Hemã e Jedutum, com trombetas
                               e címbalos, para os que haviam de tocar,
                                               e com outros instrumentos de música de Deus;
                               porém os filhos de Jedutum estavam à porta.
I Cr 16:43 Então todo o povo se retirou,
                cada um para a sua casa;
                               e voltou Davi,
                                               para abençoar a sua casa.
O plano de Davi (15.1-2) para transportar a arca para Jerusalém foi completado com sucesso. Isso porque Deus estava abençoando Davi em todos os seus projetos.
O verso 43 diz que depois todo o povo se retirou cada um para a sua casa e também Davi voltou para abençoar a sua casa. Todos voltaram para as suas casas! A nossa casa é a casa de Deus onde deve reinar a paz e deve ser o lugar de nosso retiro.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br




[1] Para melhor compreensão dos salmos, ver o livro do mesmo autor “REFLEXÕES NO LIVRO DE SALMOS - Aprendendo a orar e a adorar com os salmistas bíblicos.”
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