segunda-feira, 1 de setembro de 2014
segunda-feira, setembro 01, 2014
Jamais Desista
I Crônicas 11:1-47 - DAVI: UM EXEMPLO PARA A NAÇÃO NO PÓS-EXÍLIO
A fim de nos localizarmos em nossas
reflexões, nós nos encontramos na:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a II CR
9:31
Cujo objetivo principal por parte do
cronista, depois de estabelecer a identidade, a ordem e os territórios do povo
de Deus em listas e genealogias, é apresentar um retrato do reino unido.
Nesse reino unido, os reinados ideais são
os de Davi e de Salomão que exemplificam as bênçãos recebidas pelo povo de Deus
quando o rei, o templo e o povo se encontravam unidos.
Foi dividida, então, a Parte II em dois
grandes blocos: A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30; B. O reinado de Salomão –
II Cr 1:1 ao 9:31.
A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30 - continuação.
Até o capítulo 29, estaremos nos lembrando
de que a função de mostrar o reino unido era dar aos exilados um ideal da
unidade, principalmente em Davi, onde o cronista irá procurar valorizar muito
mais os sucessos do que os fracassos do rei; enfatizará particularmente o apoio
geral recebido por Davi e o seu interesse em construir o templo.
Destarte, a divisão dessa primeira parte se
deu também em quatro: 1. Davi se torna rei – 9:35 a 10:14 – já vimos; 2. O
amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40 – começaremos a ver agora; 3. Preparativos
para o templo – 13:1 a 29:25; e, 4. O fim do reinado de Davi – 29:26 a 30.
2. O amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40.
O cronista começa seu relato a partir da
história de Davi. Saul não tinha sido bom exemplo de unidade, nem servia aos
propósitos de Deus, por isso que somente foi falado em Crônicas de sua morte
para dar lugar ao rei escolhido.
Foram 40 anos de reinado em Israel, sendo
Saul o primeiro rei de Israel. Ele tinha tudo para ser um grande rei e
permanecer no poder perpetuamente, no entanto, foi cometendo deslizes e
fracassou por que rejeitara o Senhor que o havia colocado ali, no poder.
Nesses capítulos 11 e 12, estaremos vendo
um amplo apoio a Davi. Uma comparação com o relato em Samuel mostrará que essa
seção é organizada, essencialmente, de forma tópica, e não cronológica.
O cronista se concentra no apoio popular
que Davi recebeu de todo o Israel e em seu governo sobre o reino unido como
incentivo e modelo para que seus leitores pós-exílio se unissem na esperança de
reconquistar o território sobre o qual Davi havia reinado.
O conteúdo é organizado – ver BEG - na
forma de um quiasmo amplo (A B C D C' B' A'):
(A) A unção de Davi em Hebrom e
seu estabelecimento em Jerusalém (11:1-9).
(B)
seu apoio militar em Hebrom (11:10-47),
(C)
em Ziclague 12:1-7
(D)
na fortaleza no deserto (12:8-19)
(C')
em Ziclague, novamente (12:20-22) e
(B')
em Hebrom (12:23-37); e
(A') a unção de Davi em Hebrom
(12:38-40).
(A) A unção de Davi em Hebrom e seu estabelecimento em Jerusalém (11:1-9).
Na primeira letra de ordem do quiasmo, o
cronista descreve a unção de Davi (vs. 1-3) e o estabelecimento de Jerusalém
como a sua capital (vs. 4-9). Reparem que nessa literatura, não foi mencionada
quaisquer dificuldades para obter controle sobre a nação, relatada em Samuel
(2Sm 5:1-10). "Todo o Israel" (v. 1) e "todos os anciãos de
Israel" (v. 3) reconheceram Davi como rei.
Essas expressões envolvendo todos e outras
semelhantes retratam a nação unida como um todo sob os reinados de Davi e
Salomão (v. 10; 12:38; 14:8; 15:3,28; 18:14; 19:17; 21:5; 28:4,8; 2Cr 1:2; 7:8;
9:30). O uso repetido dessa expressão revela a esperança do cronista de um
reino inclusivo e unificado sob um novo rei davídico.
Em várias ocasiões nessa seção, o cronista
explica que o apoio popular recebido por Davi foi decorrente do decreto soberano
de Deus (vs. 3,9,10; 12:18,23). Um rei legítimo de Israel devia ser escolhido
por Deus, e não apenas pela aprovação popular (Dt 17:14-15). Davi cumpria esse
requisito (2Cr 6:6).
O cronista também ilustra o sucesso de Davi
relatando o estabelecimento e a fortificação da sua capital. Projetos de
construção bem-sucedidos demonstravam, com frequência, a bênção de Deus sobre
um rei (veja 2Cr 2:1-8:16 e as notas sobre 2Cr 11:5-12; 14:6-7; 17:12; 26:9; 27:3-6;
32:27-29).
2Sm 5.6 diz "o rei com os seus
homens". A cooperação e o apoio de todas as tribos serviam de modelo para
a reunificação harmoniosa da comunidade pós-exílio.
(B) seu apoio militar em
Hebrom (11:10-47).
Davi recebeu apoio considerável em Hebrom
(12.23-37). Com exceção de uma introdução (v. 10) e de uma expansão final (dos versos 41b ao 47, o
cronista expande a lista daqueles que apoiaram Davi além dos “valentes”
relacionados em II Sm 23:24-39. As referencias repetidas às tribos e aos locais
nessa passagem ilustram o apoio amplo e variado que Davi recebeu), essa lista
dos líderes e valentes de Davi provavelmente foi extraída, em sua maior parte
de II Samuel 23:8-39.
O cronista revela seu propósito no primeiro
versículo da seção – vs 10: os líderes e valentes apoiaram Davi “para o fazerem
rei, segundo a palavra do Senhor, no tocante
a esse povo”.
O enfoque duplo do cronista sobre o povo e
os territórios é evidente. Esse registro dos feitos poderosos dos valentes de
Davi ressalta as qualidades extraordinárias deles – habilidade e coragem -,
apresentando Davi sob uma ótica positiva.
I Cr 11:1 Então todo o Israel se ajuntou
a Davi em Hebrom, dizendo:
Eis
que somos teus ossos e tua carne.
I
Cr 11:2 E também outrora, sendo Saul ainda rei, eras tu o que fazias
sair
e entrar a Israel; também o SENHOR teu Deus te disse:
Tu
apascentarás o meu povo Israel, e tu serás chefe
sobre
o meu povo Israel.
I
Cr 11:3 Também vieram todos os anciãos de Israel ao rei,
a
Hebrom, e Davi fez com eles aliança em Hebrom,
perante
o SENHOR; e ungiram a Davi rei sobre
Israel,
conforme a palavra do SENHOR
pelo
ministério de Samuel.
I Cr 11:4 E partiu Davi e todo o Israel
para Jerusalém, que é Jebus;
porque
ali estavam os jebuseus, habitantes da terra.
I
Cr 11:5 E disseram os habitantes de Jebus a Davi:
Tu
não entrarás aqui. Porém Davi ganhou a fortaleza de
Sião,
que é a cidade de Davi.
I
Cr 11:6 Porque disse Davi:
Qualquer
que primeiro ferir os jebuseus será chefe e capitão.
Então
Joabe, filho de Zeruia, subiu primeiro a ela;
pelo
que foi feito chefe.
I
Cr 11:7 E Davi habitou na fortaleza;
por
isso foi chamada a cidade de Davi.
I
Cr 11:8 E edificou a cidade ao redor, desde Milo até ao circuito;
e
Joabe renovou o restante da cidade.
I
Cr 11:9 E Davi tornava-se cada vez mais forte;
porque
o SENHOR dos Exércitos era com ele.
I Cr 11:10 E estes foram os chefes dos
poderosos que Davi tinha,
e
que o apoiaram fortemente no seu reino, com todo o Israel,
para
o fazerem rei, conforme a palavra do SENHOR,
no
tocante a Israel.
I
Cr 11:11 E este é o número dos poderosos que Davi tinha:
Jasobeão,
hacmonita, chefe dos capitães, o qual, brandindo a
sua
lança contra trezentos, de uma vez os matou.
I
Cr 11:12 E, depois dele Eleazar, filho de Dodó, o aoíta;
ele
estava entre os três poderosos.
I
Cr 11:13 Este esteve com Davi em Pas-Damim,
quando
os filisteus ali se ajuntaram à peleja,
onde
havia um pedaço de campo cheio de cevada;
e
o povo fugiu de diante dos filisteus.
I
Cr 11:14 E puseram-se no meio daquele campo,
e
o defenderam, e feriram os filisteus;
e
o SENHOR efetuou um grande livramento.
I
Cr 11:15 E três dos trinta capitães desceram à penha,
a
ter com Davi, na caverna de Adulão;
e
o exército dos filisteus estava acampado
no
vale de Refaim.
I
Cr 11:16 E Davi estava então no lugar forte;
e
o alojamento dos filisteus estava então em Belém.
I
Cr 11:17 E desejou Davi, e disse:
Quem
me dera beber da água do poço de Belém,
que
está junto à porta!
I
Cr 11:18 Então aqueles três romperam pelo acampamento
dos
filisteus, e tiraram água do poço de Belém,
que
estava junto à porta, e tomaram dela e
a
trouxeram a Davi;
porém
Davi não a quis beber,
mas
a derramou ao SENHOR,
I
Cr 11:19 E disse: Nunca meu Deus permita que faça tal!
Beberia
eu o sangue destes homens com as suas
vidas?
Pois com perigo das suas vidas a
trouxeram.
E ele não a quis beber.
Isto
fizeram aqueles três homens.
I
Cr 11:20 E também Abisai, irmão de Joabe,
era
chefe de três, o qual, brandindo a sua lança
contra
trezentos, os feriu; e teve nome entre os três.
I
Cr 11:21 Ele foi o mais ilustre dos trinta,
pelo
que foi capitão deles;
porém
não igualou aos primeiros três.
I
Cr 11:22 Também Benaia, filho de Joiada,
filho
de um homem poderoso de Cabzeel,
grande
em obras; ele feriu a dois heróis de
Moabe;
e também desceu, e feriu um leão
dentro
de uma cova, no tempo da neve.
I
Cr 11:23 Também feriu ele a um homem egípcio,
homem
de grande altura, de cinco côvados;
e
trazia o egípcio uma lança na mão,
como o órgão do tecelão;
mas
Benaia desceu contra ele com uma vara,
e
arrancou a lança da mão do egípcio,
e
com ela o matou.
I
Cr 11:24 Estas coisas fez Benaia, filho de Joiada;
pelo
que teve nome entre aqueles três poderosos.
I
Cr 11:25 Eis que dos trinta foi ele o mais ilustre;
contudo
não chegou aos primeiros três;
e
Davi o pôs sobre os da sua guarda.
I
Cr 11:26 E foram os poderosos dos exércitos:
Asael,
irmão de Joabe, El-Hanã, filho de Dodó,
de
Belém; I Cr 11:27 Samote, o harorita;
Helez,
o pelonita; I Cr 11:28 Ira, filho de Iques,
o
tecoíta; Abiezer, o anatotita;
I
Cr 11:29 Sibecai, o husatita; Ilai, o aoíta;
I
Cr 11:30 Maarai, o netofatita; Helede, filho de
Baaná,
o netofatita;
I
Cr 11:31 Itai, filho de Ribai, de Gileade, dos filhos
de
Benjamim; Benaia, o piratonita;
I
Cr 11:32 Hurai, do ribeiro de Gaás; Abiel,
o
arbatita; I Cr 11:33 Azmavete, o baarumita;
Eliabe,
o saalbonita;
I
Cr 11:34 Dos filhos de Hasem, o gizonita: Jônatas,
filho
de Sage, o hararita;
I
Cr 11:35 Aião, filho de Sacar, o hararita; Elifal,
filho
de Ur; I Cr 11:36 Hefer,
o
mequeratita; Aías, o pelonita;
I
Cr 11:37 Hezro, o carmelita; Naarai, filho de
Ezbai;
I Cr 11:38 Joel, irmão de Natã;
Mibar,
filho de Hagri;
I
Cr 11:39 Zeleque, o amonita; Naarai, o beerotita,
escudeiro
de Joabe, filho de Zeruia;
I
Cr 11:40 Ira, o itrita; Garebe, o itrita;
I
Cr 11:41 Urias, o heteu; Zabade, filho de Alai;
I
Cr 11:42 Adina, filho de Siza, o rubenita,
capitão
dos rubenitas, e com ele trinta;
I
Cr 11:43 Hanã, filho de Maaca; e Josafá,
o
mitatita; I Cr 11:44 Uzias, o asteratita;
Sama
e Jeiel, filhos de Hotão, o aroerita;
I
Cr 11:45 Jediael, filho de Sinri; e Joa, seu irmão,
o
tizita; I Cr 11:46 Eliel, o maavita;
e
Jeribai e Josavias, filhos de Elnaão;
e
Itma, o moabita;
I
Cr 11:47 Eliel, Obede, e Jaasiel, o mesobaíta.
Ao preservar a história do povo por meio
das genealogias considerando Davi e Salomão um ponto de partida para a nação
pós-exílio, o cronista mantém a linha literária que vem sendo construída desde
Gênesis, no qual Deus tem um interesse particular na nação de Israel, por causa
do Messias.
...
domingo, 31 de agosto de 2014
domingo, agosto 31, 2014
Jamais Desista
I Crônicas 10:1-14 - A MORTE DE SAUL, SEUS FILHOS E GENERAIS POR JUÍZO DIVINO
Encerramos, no capítulo anterior, a Parte I
– AS GENEALOGIAS DO POVO DE DEUS – 1:1 a 9:34 que foram escritas,
principalmente, para orientar a restauração do reino depois do exílio,
enfatizando especialmente a unidade de Israel, o rei, o templo e as bênçãos e
as maldições imediatas da aliança.
Por que sendo rejeitado pelo Senhor, morreu
Saul e Davi foi colocado em seu lugar? A resposta está nesse acréscimo do
cronista:
Temos visto que, além de revelarem os privilégios e as
responsabilidades daqueles que regressaram do exílio e explicar a eleição e a
organização do povo de Deus ao longo da História, elas – as genealogias do povo
de Deus - também estariam preservando, de certa forma, a mensagem messiânica
originada lá em Gn 3:15 quando Deus falou à serpente.
Ainda no capítulo anterior, a partir do
verso de número 35, demos início à Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a II CR 9:31
onde o cronista, depois de estabelecer a identidade, a ordem e os territórios
do povo de Deus em listas e genealogias, vai apresentar um retrato do reino
unido.
Nesse reino unido, os reinados ideais são
os de Davi e de Salomão que exemplificam as bênçãos recebidas pelo povo de Deus
quando o rei, o templo e o povo se encontravam unidos.
Foi dividida, então, a Parte II em dois
grandes blocos: A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30; B. O reinado de Salomão –
II Cr 1:1 ao 9:31.
A. O reinado de Davi – 9:35 a 29:30 - continuação.
Até o capítulo 29, estaremos nos lembrando
de que a função de mostrar o reino unido era dar aos exilados um ideal da
unidade, principalmente em Davi, onde o cronista irá procurar valorizar muito
mais os sucessos do que os fracassos do rei; enfatizará particularmente o apoio
geral recebido por Davi e o seu interesse em construir o templo.
Destarte, a divisão dessa primeira parte se
dará também em quatro: 1. Davi se torna rei – 9:35 a 10:14 – concluiremos neste;
2. O amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40; 3. Preparativos para o templo – 13:1 a
29:25; e, 4. O fim do reinado de Davi – 29:26 a 30.
1. Davi se torna rei – 9:35 a 10:14 - continuação.
No capítulo anterior vimos dos versos de 35
a 44 o cronista simplesmente repetindo a genealogia de Saul; neste, veremos ele
registrando a transferência do poder de Saul para Davi – 10:1 a 14.
Dos versos 1 ao 14, encontraremos seu texto
paralelo em I Sm 31:1-13.
I Cr 10:1-14
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I Sm 31:1-13
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I Crônicas 10:1 E os filisteus pelejaram com Israel; e os homens
de Israel fugiram de diante dos filisteus, e caíram mortos nas montanhas de
Gilboa.
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I Samuel 31:1 Os filisteus, pois, pelejaram contra Israel; e os
homens de Israel fugiram de diante dos filisteus, e caíram mortos na montanha
de Gilboa.
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I Crônicas 10:2 E os filisteus perseguiram a Saul e aos seus
filhos e mataram a Jônatas, a Abinadabe e a Malquisua, filhos de Saul.
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I Samuel 31:2 E os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos;
e mataram a Jônatas, e a Abinadabe, e a Malquisua, filhos de Saul.
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I Crônicas 10:3 E a peleja se agravou contra Saul, e os flecheiros
o alcançaram; e temeu muito aos flecheiros.
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I Samuel 31:3 E a peleja se agravou contra Saul, e os flecheiros
o alcançaram; e muito temeu por causa dos flecheiros.
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I Crônicas 10:4 Então disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua
espada, e atravessa-me com ela; para que porventura não venham estes
incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não quis, porque
temia muito; então tomou Saul a espada, e se lançou sobre ela.
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I Samuel 31:4 Então disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a
tua espada, e atravessa-me com ela, para que porventura não venham estes
incircuncisos, e me atravessem e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de
armas não quis, porque temia muito; então Saul tomou a espada, e se lançou
sobre ela.
|
I Crônicas 10:5 Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul estava
morto, também ele se lançou sobre a espada e morreu.
|
I Samuel 31:5 Vendo, pois, o seu pajem de armas que Saul já era
morto, também ele se lançou sobre a sua espada, e morreu com ele.
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I Crônicas 10:6 Assim morreram Saul e seus três filhos; e toda a
sua casa morreu juntamente.
|
I Samuel 31:6 Assim faleceu Saul, e seus três filhos, e o seu
pajem de armas, e também todos os seus homens morreram juntamente naquele
dia.
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I Crônicas 10:7 E, vendo todos os homens de Israel, que estavam no
vale, que haviam fugido, e que Saul e seus filhos eram mortos, deixaram as
suas cidades, e fugiram; então vieram os filisteus, e habitaram nelas.
|
I Samuel 31:7 E, vendo os homens de Israel, que estavam deste
lado do vale e deste lado do Jordão, que os homens de Israel fugiram, e que
Saul e seus filhos estavam mortos, abandonaram as cidades, e fugiram; e
vieram os filisteus, e habitaram nelas.
|
I Crônicas 10:8 E sucedeu que, no dia seguinte, vindo os filisteus
a despojar os mortos, acharam a Saul e a seus filhos estirados nas montanhas
de Gilboa.
|
I Samuel 31:8 Sucedeu, pois, que, vindo os filisteus no outro
dia para despojar os mortos, acharam a Saul e a seus três filhos estirados na
montanha de Gilboa.
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I Crônicas 10:9 E o despojaram, e tomaram a sua cabeça e as suas
armas, e as enviaram pela terra dos filisteus em redor, para o anunciarem a
seus ídolos e ao povo.
|
I Samuel 31:9 E cortaram-lhe a cabeça, e o despojaram das suas
armas, e enviaram pela terra dos filisteus, em redor, a anunciá-lo no templo
dos seus ídolos e entre o povo.
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I Crônicas 10:10 E puseram as suas armas na casa do seu deus, e a
sua cabeça afixaram na casa de Dagom.
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I Samuel 31:10 E puseram as suas armas no templo de Astarote, e o
seu corpo o afixaram no muro de Bete-Seã.
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I Crônicas 10:11 Ouvindo, pois, toda a Jabes de Gileade tudo quanto
os filisteus fizeram a Saul,
|
I Samuel 31:11 Ouvindo então os moradores de Jabes-Gileade, o que
os filisteus fizeram a Saul,
|
I Crônicas 10:12 Então todos os homens valorosos se levantaram, e
tomaram o corpo de Saul, e os corpos de seus filhos, e os trouxeram a Jabes;
e sepultaram os seus ossos debaixo de um carvalho em Jabes, e jejuaram sete
dias.
|
I Samuel 31:12 Todo o homem valoroso se levantou, e caminharam
toda a noite, e tiraram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos do muro,
de Bete-Seã, e, vindo a Jabes, os queimaram.
|
I Crônicas 10:13 Assim morreu Saul por causa da transgressão que
cometeu contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, a qual não havia
guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar.
|
I Samuel 31:13 E tomaram os seus ossos, e os sepultaram debaixo
de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias.
|
I Crônicas 10:14 E não buscou ao SENHOR, que por isso o matou, e transferiu
o reino a Davi, filho de Jessé.
|
Percebe-se na tabela acima a preocupação do
cronista de explicar nos versos de 13 e 14 de I Crônicas, os fatos ocorridos de
1 ao 12 que tiveram seus paralelos em I Samuel 31.
·
Por
causa da transgressão que cometeu contra o SENHOR.
·
Por
causa da palavra do SENHOR, a qual não havia guardado.
·
Porque
buscou a adivinhadora para a consultar.
·
Porque
não buscou ao SENHOR.
Como, aqui em Crônicas, o cronista começa a
contar a sua história a partir da morte de Saul para introduzir Davi no reinado
de Israel, nos valeremos do texto de nossas reflexões já feitas dos livros de
Samuel para um melhor entendimento desse texto que encontra o seu paralelo no
último capítulo de I Samuel.
Saul, seus filhos e melhores soldados morrem na batalha contra os
filisteus – 31:1-13.
Depois
de Davi ter voltado para Ziclague e ter enfrentado uma grande crise na sua
liderança por causa dos amalequitas, o Senhor, diante de sua conduta de homem
de Deus que buscou em Deus a sua força e direção para saber o que fazer e que
depois agiu e lutou e perseverou e confiou, o abençoou muito a ponto de ele
poder ajudar os anciãos de Judá e muitas famílias.
Nesse
interim, Saul estava com os filhos de Israel em grande peleja contra os
filisteus que foram com tudo para cima deles e a batalha se tornou difícil.
Não
sendo possível fazer frente ao inimigo filisteu, eles começaram a fugir, mas
caíram feridos no monte Gilboa. E o cerco apertava cada vez mais a ponto da
batalha se tornar renhida e desfavorável aos filhos de Saul que acabaram sendo
mortos em batalha: Jônatas, Abinadabe e Malquisua.
No
entanto, os filisteus não queriam terminar o combate até apanharem o rei Saul e
continuaram a persegui-lo ferozmente. Saul estava sem espaço e já devia ter
tomado conhecimento do fim trágico de seus filhos e se desesperou.
Ele
não queria cair morto nas mãos dos filisteus, nem ser capturado para ser
exibido como troféu e pediu ao seu escudeiro que desse fim a sua vida.
Seu
escudeiro vacila muito e teme tirar a vida de seu rei, mas Saul, impaciente e
sempre fujão, orgulhoso e diferente de Davi e de Jônatas, filho de Saul que, na
hora da angústia, buscavam forças em Deus – 23:16; 30:6 – e que, como Jônatas,
rendiam-se plenamente à sua vontade, resolve tirar a sua própria vida
lançando-se sobre a sua própria lança de ataque dos inimigos.
Seu
último ataque foi contra ele mesmo ao defender seu orgulho e vaidade. Saul, um
péssimo exemplo para os filhos de Israel, estava morto e a batalha chegara ao
seu final.
Somente
no dia seguinte quando os filisteus foram atrás dos despojos de guerra é que
encontraram Saul e seus filhos e não tiveram dúvidas, da mesma forma que um
hebreu os humilhou cortando a cabeça de seu maior guerreiro, agora, eles
cortaram a cabeça de Saul e a levaram como prêmio.
Colocaram
as armas de Saul em seu templo dedicado a Astarote e sua cabeça a penduraram no
muro de Bete-Seã, localizada no vale do Jordão, a cerca de 25 km ao sul do mar
da Galiléia.
Essa
cidade era fronteira do território de Manassés, citada em Js 17:11-16; Jz 1:27,
e está entre as cidades que resistiram à ocupação israelita e permaneceram como
cananeias; e, como se pode ver aqui, fortalezas filisteias.
Foram
os homens valentes de Jabes-Gileade que um dia foram libertados por Saul,
talvez em gratidão a ele, que se expuseram ao perigo e heroicamente conseguiram
apanhar a cabeça de Saul e os corpos de seus filhos para os queimarem
completamente. Depois, pegaram seus ossos e os sepultaram debaixo de um
arvoredo em Jabes. Por eles ainda jejuaram sete dias.
Saul
morrera e bem assim todos os seus filhos. Davi tinha tido vitória sobre os
amalequitas, mas ainda estava em território filisteu. O perseguidor injusto do
homem de Deus estava morto, não pelas suas mãos, mas pelas mãos de Deus que
usou os filisteus para exercer o seu juízo na vida dele.
Em
breve, Davi voltará e será aclamado rei de Israel e derrotará completamente da
face da terra os filisteus que tanto causaram males a Israel. Era para terem
sido expulsos e julgados já há muito tempo, mas os filhos de Israel vacilaram,
agora seria vez do ungido do Senhor fazer este papel.[1]
I Cr 10:1 E os filisteus pelejaram com
Israel;
e
os homens de Israel fugiram de diante dos filisteus,
e
caíram mortos nas montanhas de Gilboa.
I
Cr 10:2 E os filisteus perseguiram a Saul e aos seus filhos
e
mataram a Jônatas, a Abinadabe e a Malquisua,
filhos
de Saul.
I
Cr 10:3 E a peleja se agravou contra Saul,
e
os flecheiros o alcançaram; e temeu muito aos flecheiros.
I
Cr 10:4 Então disse Saul ao seu escudeiro:
Arranca
a tua espada, e atravessa-me com ela;
para
que porventura não venham estes incircuncisos
e
escarneçam de mim.
Porém
o seu escudeiro não quis, porque temia muito;
então
tomou Saul a espada, e se lançou sobre ela.
I
Cr 10:5 Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul estava morto,
também
ele se lançou sobre a espada e morreu.
I
Cr 10:6 Assim morreram Saul e seus três filhos;
e
toda a sua casa morreu juntamente.
I
Cr 10:7 E, vendo todos os homens de Israel, que estavam no vale,
que haviam fugido, e que Saul e seus filhos eram mortos,
que haviam fugido, e que Saul e seus filhos eram mortos,
deixaram
as suas cidades, e fugiram;
então
vieram os filisteus, e habitaram nelas.
I
Cr 10:8 E sucedeu que, no dia seguinte, vindo os filisteus a despojar
os mortos, acharam a Saul e a seus filhos estirados
os mortos, acharam a Saul e a seus filhos estirados
nas
montanhas de Gilboa.
I
Cr 10:9 E o despojaram, e tomaram a sua cabeça e as suas armas,
e
as enviaram pela terra dos filisteus em redor,
para
o anunciarem a seus ídolos e ao povo.
I
Cr 10:10 E puseram as suas armas na casa do seu deus,
e
a sua cabeça afixaram na casa de Dagom.
I
Cr 10:11 Ouvindo, pois, toda a Jabes de Gileade
tudo
quanto os filisteus fizeram a Saul,
I
Cr 10:12 Então todos os homens valorosos se levantaram,
e
tomaram o corpo de Saul, e os corpos de seus filhos,
e
os trouxeram a Jabes; e sepultaram os seus ossos
debaixo
de um carvalho em Jabes, e jejuaram sete dias.
I
Cr 10:13 Assim morreu Saul
por
causa da transgressão que cometeu contra o SENHOR,
por
causa da palavra do SENHOR,
a
qual não havia guardado;
e
também porque buscou a adivinhadora para a consultar.
I
Cr 10:14 E não buscou ao SENHOR, que por isso o matou,
e
transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.
Foi o julgamento divino contra Saul que fez
com que morresse não somente ele, como seus filhos e os principais de seus
comandantes abrindo assim a porta de entrada do novo rei de Israel o qual era
desejado e esperado no lugar de Saul, tímido, egoísta e péssimo exemplo para a
nação dos escolhidos.
O cronista estava assim já preparando a
entrada triunfal de Davi como o seu modelo do rei que Israel precisava nessa
nova fase de recomeço difícil tendo voltado do exílio.