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sábado, 15 de novembro de 2014

Neemias 11:1-36 - NEEMIAS E OS PREPARATIVOS PARA A DEDICAÇÃO DOS MUROS

Estamos vendo o livro de Esdras-Neemias e essa é a Parte IV de nosso mapinha de leitura:
Parte IV – O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE – 7:4 a 13:31.
B. A reconstrução da comunidade 7:73b a 13:31.
Como já dissemos, o povo de Deus não é formado apenas das construções físicas, com seus templos, suas cidades, seus comércios, seus muros, sua segurança. O povo também precisava ser restaurado, renovado, reformado, principalmente em sua aliança com Deus, de modo a constituir uma comunidade santa.
Esse aspecto do programa de restauração que vai até o final do livro de Neemias foi igualmente dividido, didaticamente, em três partes principais, conforme vimos fazendo seguindo a BEG:
1. A renovação dos compromissos pactuais (7:73b-10.39) – já vista.
2. A dedicação do muro (11:1-12:47).
3. A reforma do povo (13:1-31).
Agora, entraremos no subitem “2” sobre a dedicação do muro.
2. A dedicação do muro (11:1-12:47).
Percebe-se aqui uma ligação muito estreita entre a dedicação do muro de Jerusalém realizada pelos levitas  relacionados em 12:1 a 26 e a reorganização do povo de Deus em uma grande e unida comunidade, centrada no templo, na cidade e nas leis de Deus.
Dividiremos esse subitem “2”, com dois capítulos, em três partes: a. Os preparativos para a dedicação  - 11:1 a 12:26 – daremos início agora. b. A dedicação – 12:27 a 43. c. As disposições quanto ao sacerdócio – 12:44 a 47.
a. Os preparativos para a dedicação  - 11:1 a 12:26.
Jerusalém foi preparada para a dedicação pelo seu repovoamento onde o capítulo 11 apresenta as pessoas comuns que repovoaram Jerusalém e os seus arredores e no capítulo 12, os sacerdotes e levitas que repovoaram Jerusalém.
Dos versos 1 ao 36, do capítulo 11, encontraremos essa relação daqueles que viviam dentro ou perto de Jerusalém, sendo que os que habitavam Jerusalém vai dos vs 1 ao 19; os que habitaram nas cidades de Judá, dos vs 20 ao 24; e, os residentes nas aldeias, dos vs 25 ao 36.
Era o desafio de Neemias, o governador, e de Esdras, o sacerdote, o repovoamento da cidade de Jerusalém. A sua preparação, com o templo reformado e com os muros já concluídos, davam ânimo e forças para aqueles que ainda estavam indecisos e não queriam largar uma vida certa no campo por algo duvidoso na cidade.
Assim, a dedicação dos muros seguindo um ritual de festas, consagrações davam ao povo motivo de alegria que os manteriam unidos em torno de um objetivo.
Neemias e os principais líderes souberam explorar isso muito bem do povo de Deus. Ao mesmo tempo em que reedificavam a cidade física, também tratavam da parte espiritual e emocional do povo de Deus que tinha sofrido muito por causa da sua rebeldia.
Haviam promessas específicas relacionadas à obediência que foram feitas em Ne 10:10 a 39 e o povo aqui, dessa lista, logo a observou, principalmente fazendo ir para a cidade, o dízimo do povo – vs. 1 e 2.
Era a luta de toda a liderança o repovoamento da “santa cidade” de Jerusalém – vs 1; 18; Is 48:2; 52:1. Essa santidade, sem a qual ninguém pode ver ao Senhor (Hb 12:14) havia se espalhado:
· Nos utensílios santos – Ed 1:7; 8:28.
· Nos sacerdotes santos – Ed 8:28.
· No povo santo – Ed 9:2.
· No lugar/santuário santo – Ed 9:8.
· Nas portas santas – 3:1.
· Nos sábados santos – 9:14.
· Até que toda a cidade e tudo que nela havia tinha se tornado santo, a “Casa de Deus”, que o Senhor havia decidido reconstruir – Ed 1:2.
Estando assim a Casa de Deus completa, “santa”, a dedicação final poderia ser feita, conforme veremos a seguir em 12:27 a 43.
Ne 11:1 E os líderes do povo habitaram em Jerusalém,
                porém o restante do povo lançou sortes, para tirar um de dez,
                               que habitasse na santa cidade de Jerusalém,
                                               e as nove partes nas outras cidades.
                Ne 11:2 E o povo bendisse a todos os homens que voluntariamente
                               se ofereciam para habitar em Jerusalém.
Ne 11:3 E estes são os chefes da província,
                que habitaram em Jerusalém; porém nas cidades de Judá
                               habitou cada um na sua possessão, nas suas cidades,
                                Israel, os sacerdotes, os levitas, os servidores do templo,
                                               e os filhos dos servos de Salomão.
                Ne 11:4 Habitaram, pois, em Jerusalém alguns dos filhos de Judá
                                e dos filhos de Benjamim.
                Dos filhos de Judá, Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias,
                               filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalaleel,
                dos filhos de Perez; Ne 11:5 E Maaséias, filho de Baruque, filho de
                               Col-Hoze, filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe,
                                               filho de Zacarias, filho de Siloni.
                Ne 11:6 Todos os filhos de Perez, que habitaram em Jerusalém,
                               foram quatrocentos e sessenta e oito homens valentes.
Ne 11:7 E estes são os filhos de Benjamim:
                Salu, filho de Mesulão, filho de Joede, filho de Pedaías,
                               filho de Colaías, filho de Maaséias, filho de Itiel,
                                               filho de Jesaías.
                Ne 11:8 E depois dele Gabai e Salai, ao todo
                               novecentos e vinte e oito.
                Ne 11:9 E Joel, filho de Zicri, superintendente sobre eles;
                               e Judá, filho de Senua, o segundo sobre a cidade.
                Ne 11:10 Dos sacerdotes:
                               Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim, Ne 11:11 Seraías, filho de
                                               Hilquias, filho de Mesulão, filho de Zadoque, filho
                                               de Meraiote, filho de Aitube, líder da casa de Deus,
                Ne 11:12 E seus irmãos, que faziam a obra na casa,
                               oitocentos e vinte e dois;
                                               e Adaías, filho de Jeroão, filho de Pelalias, filho de
                                               Anzi, filho de Zacarias, filho de Pasur, filho de
                                                               Malquias,
                Ne 11:13 E seus irmãos, chefes dos pais,
                               duzentos e quarenta e dois;
                                               e Amassai, filho de Azareel, filho de Azai, filho de
                                                               Mesilemote, filho de Imer,
                Ne 11:14 E os irmãos deles, homens valentes,
                               cento e vinte e oito,
                                               e superintendente sobre eles Zabdiel,
                                                               filho de Gedolim.
Ne 11:15 E dos levitas:
                Semaías, filho de Hassube, filho de Azricão, filho de
                               Hasabias, filho de Buni; Ne 11:16 E Sabetai,
                               e Jozabade, dos chefes dos levitas, presidiam sobre a obra de
                                               fora da casa de Deus.
                Ne 11:17 E Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de Asafe,
                               o chefe, que iniciava as ações de graças na oração,
                                               e Bacbuquias, o segundo de seus irmãos;
                               depois Abda, filho de Samua, filho de Galal, filho de Jedutum.
                Ne 11:18 Todos os levitas na santa cidade, foram
                               duzentos e oitenta e quatro.
Ne 11:19 E os porteiros, Acube, Talmom, com seus irmãos,
                os guardas das portas, cento e setenta e dois.
Ne 11:20 E o restante de Israel, dos sacerdotes e levitas,
                habitou em todas as cidades de Judá,
                               cada um na sua herança.
                Ne 11:21 E os servidores do templo, habitaram em Ofel; e Zia e Gispa
                               presidiam sobre os servidores do templo.
                Ne 11:22 E o superintendente dos levitas em Jerusalém foi Uzi,
                               filho de Bani, filho de Hasabias, filho de Matanias,
                               filho de Mica; dos filhos de Asafe, os cantores,
                                               ao serviço da casa de Deus.
                Ne 11:23 Porque havia um mandado do rei acerca deles,
                               e uma certa regra para os cantores, cada qual no seu dia.
                Ne 11:24 E Petaías, filho de Mesezabeel, dos filhos de Zera,
                               filho de Judá, estava à mão do rei,
                                               em todos os negócios do povo.
Ne 11:25 E quanto às aldeias, com as suas terras,
                alguns dos filhos de Judá habitaram em Quiriate-Arba
                               e nos lugares da sua jurisdição, e em Dibom,
                               e nos lugares da sua jurisdição,
                                               e em Jecabzeel e nas suas aldeias,
                Ne 11:26 E em Jesuá, e em Molada, e em Bete-Pelete,
                Ne 11:27 E em Hazar-Sual, e em Berseba
                               e nos lugares da sua jurisdição,
                Ne 11:28 E em Ziclague, em Mecona
                               e nos lugares da sua jurisdição,
                Ne 11:29 E em En-Rimom, em Zora e em Jarmute,
                Ne 11:30 Em Zanoa, Adulão e nas suas aldeias, em Laquis
                               e nas suas terras, em Azaca e nos lugares da sua jurisdição.
                               Acamparam-se desde Berseba até ao vale de Hinom.
                Ne 11:31 E os filhos de Benjamim habitaram desde Geba, em Micmás,
                                Aia, Betel e nos lugares da sua jurisdição,
                                Ne 11:32 E em Anatote, em Nobe, em Ananias,
                                Ne 11:33 Em Hazor, em Ramá, em Gitaim,
                                Ne 11:34 Em Hadide, em Zeboim, em Nebalate,
                                Ne 11:35 Em Lode e em Ono, no vale dos artífices,
                                               Ne 11:36 E alguns dos levitas habitaram
                                                               nas divisões de Judá e de Benjamim.
Eram novos tempos surgindo e novas esperanças. Se eles soubessem que dentro de pouco tempo haveria de estar ali naquelas cidades reerguidas por eles o Filho do Homem e Senhor das nações e do universo todo, haveriam de se alegrar ainda mais, mas não sabiam de nada.
E nós, no presente momento que aguardamos a vinda do Messias, como ele prometeu que voltaria, o que temos feito e preparado para a sua recepção? Ou isso é de somenos importância? Obviamente, somente pensariam nisso os que realmente o aguardam, os demais achariam tudo isso “normal!”.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Neemias 10:1-39 - NEEMIAS CONDUZ O POVO DE DEUS À RENOVAÇÃO DA ALIANÇA COM DEUS.

Estamos vendo o livro de Esdras-Neemias e essa é a Parte IV de nosso mapinha de leitura:
Parte IV – O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE – 7:4 a 13:31.
B. A reconstrução da comunidade 7:73b a 13:31.
Como já dissemos, o povo de Deus não é formado apenas das construções físicas, com seus templos, suas cidades, seus comércios, seus muros, sua segurança. O povo também precisava ser restaurado, renovado, reformado, principalmente em sua aliança com Deus, de modo a constituir uma comunidade santa.
Esse aspecto do programa de restauração que vai até o final do livro de Neemias foi igualmente dividido, didaticamente, em três partes principais, conforme vimos fazendo seguindo a BEG:
1.      A renovação dos compromissos pactuais (7:73b-10.39) – encerraremos neste capítulo.
2.      A dedicação do muro (11:1-12:47).
3.      A reforma do povo (13:1-31).
Vejamos então o desenrolar dessa história de Neemias.
1.      A renovação dos compromissos pactuais (7:73b-10:39) - continuação.
Fiel às orientações da lei de Moisés, Neemias dirigiu o povo na renovação da aliança, ou seja dos seus compromissos pactuais através de três passos:
a.       A leitura da lei (7:73b-8:18) – já vimos.
b.      A confissão dos pecados (9:1-37) – já vimos.
c.       Um juramento (9:38-10:39) – concluiremos neste capítulo.

c. Um juramento (9:38-10:39) - continuação.
O povo não apenas orou pedindo socorro, mas também ratificaram o juramento, o seu compromisso de guardar todas as estipulações da aliança.
O vs 38, do capítulo 9, o último versículo explica que por causa de tudo isso – a confissão dos pecados que eles narraram no capítulo 9 –, eles, os príncipes, os levitas e os sacerdotes:
·         Estabeleceram aliança.
·         Escreveram-na.
·         Selaram-na.
Na relação dos que assim fizeram essa aliança não consta – não se sabe o motivo – o sacerdote Esdras, embora este tenha desempenhado um importante papel em Neemias 8. Talvez Azarias seja uma variante de pronúncia do nome Esdras.
O que se depreende do texto é que o seu trabalho foi concluído com êxito, pois vemos já em 9:3 que o próprio povo já estava lendo e compreendendo a lei.
A lista dos que selaram, em sua maior parte, são de pessoas desconhecidas o que vem reforçar um tema central em Esdras-Neemias que é a participação do povo de Deus como um todo e não apenas os grandes líderes.
O restante do povo, inclusive mulheres e filhos e filhas, todos os que tinham saber e entendimento – vs 28 e 29 -, fez o juramento de obediência a todas as suas estipulações, renovando assim a aliança.
Eles, no vs 29, firmemente aderiram ou seja ratificaram a renovação da aliança de andarem na Lei de Deus, que foi dada por meio de Moisés, dando um destaque especial à proibição dos casamentos mistos por causa da transgressão que cometeram e que tinha marcado a nação.
Dos versos 30 ao 32, eles se comprometeram, em aliança, jurando solenemente, a procederem segundo a Lei de Deus dada por meio de Moisés, servo de Deus para porem em prática todos os preceitos, decretos e ordens do Senhor.
Com ênfase na Lei da segregação em assuntos matrimoniais – vs 31; Ed9 -; a Lei do sábado como sinal da aliança – vs 32 -; a Lei do jubileu ou do perdão periódico de dívidas, visando à justiça social – vs 32.
Além disso ainda se comprometeram – vs 32 ao 39 – com preceitos cultuais, resumidos em tributos: primícias, dízimos e outras ofertas – Lv 27:30-33; Nm 18; Ex 44:30.
Ne 10:1 E os que selaram foram:  
                Neemias, o governador, filho de Hacalias, e Zedequias,
                Ne 10:2 Seraías, Azarias, Jeremias, Ne 10:3 Pasur, Amarias,
                               Malquias, Ne 10:4 Hatus, Sebanias, Maluque,
                                Ne 10:5 Harim, Meremote, Obadias, Ne 10:6 Daniel,
                               Ginetom, Baruque, Ne 10:7 Mesulão, Abias, Miamim,
                                Ne 10:8 Maazias, Bilgai, Semaías;
                                                estes eram os sacerdotes.
                Ne 10:9 E os levitas:
                               Jesuá, filho de Azanias, Binui, dos filhos de Henadade,
                               Cadmiel, Ne 10:10 E seus irmãos: Sebanias, Hodias, Quelita,
                               Pelaías, Hanã, Ne 10:11 Mica, Reobe, Hasabias, Ne 10:12
                               Zacur, Serebias, Sebanias, Ne 10:13 Hodias, Bani e Beninu.
                Ne 10:14 Os chefes do povo:
                               Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu, Bani, Ne 10:15 Buni,
                               Azgade, Bebai, Ne 10:16 Adonias, Bigvai, Adim,
                               Ne 10:17 Ater, Ezequias, Azur, Ne 10:18 Hodias, Hasum,
                               Bezai, Ne 10:19 Harife, Anatote, Nebai, Ne 10:20 Magpias,
                               Mesulão, Hezir, Ne 10:21 Mesezabeel, Zadoque, Jadua,
                               Ne 10:22 Pelatias, Hanã, Anaías, Ne 10:23 Oséias,
                               Hananias, Hassube, Ne 10:24 Haloés, Pilha, Sobeque,
                               Ne 10:25 Reum, Hasabná, Maaséias, Ne 10:26 E Aías, Hanã,
                               Anã, Ne 10:27 Maluque, Harim e Baaná.
                Ne 10:28 E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros,
                               os cantores, os servidores do templo,
                               todos os que se tinham separado dos povos das terras
                               para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas,
                                               todos os que tinham conhecimento e entendimento,
                Ne 10:29 Firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres
                               dentre eles, e convieram num anátema e num juramento,
                                               de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo
                                               ministério de Moisés, servo de Deus;
                               e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos
                                               do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos
                                                               e os seus estatutos;
                Ne 10:30 E que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra,
                               nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos.
                Ne 10:31 E que, trazendo os povos da terra no dia de sábado
                               qualquer mercadoria, e qualquer grão para venderem,
                               nada compraríamos deles no sábado, nem no dia santificado;
                                               e no sétimo ano deixaríamos descansar a terra,
                                               e perdoaríamos toda e qualquer cobrança.
                Ne 10:32 Também sobre nós pusemos preceitos,
                               impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo,
                                               para o ministério da casa do nosso Deus;
                Ne 10:33 Para os pães da proposição, para a contínua
                               oferta de alimentos, e para o contínuo holocausto
                               dos sábados, das luas novas, para as festas solenes,
                               para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado,
                               para expiação de Israel, e para toda a obra
                                               da casa do nosso Deus.
                Ne 10:34 Também lançamos sortes entre os sacerdotes, levitas,
                               e o povo, acerca da oferta da lenha que se havia de trazer
                                               à casa do nosso Deus, segundo as casas de nossos
                                               pais, a tempos determinados, de ano em ano,
                                                               para se queimar sobre o altar do SENHOR
                                                               nosso Deus, como está escrito na lei.
                Ne 10:35 Que também traríamos as primícias da nossa terra,
                               e as primícias de todos os frutos de todas as árvores,
                                               de ano em ano, à casa do SENHOR.
                Ne 10:36 E os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso gado,
                               como está escrito na lei; e que os primogênitos do nosso gado
                               e das nossas ovelhas traríamos à casa do nosso Deus,
                               aos sacerdotes, que ministram na casa do nosso Deus.
                Ne 10:37 E que as primícias da nossa massa,
                               as nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore,
                                               o mosto e o azeite, traríamos aos sacerdotes,
                                                               às câmaras da casa do nosso Deus;
                               e os dízimos da nossa terra aos levitas;
                                               e que os levitas receberiam os dízimos
                                                               em todas as cidades, da nossa lavoura.
                Ne 10:38 E que o sacerdote, filho de Arão, estaria
                               com os levitas quando estes recebessem os dízimos,
                                               e que os levitas trariam os dízimos dos dízimos
                                                               à casa do nosso Deus,
                                                                              às câmaras da casa do tesouro.
                Ne 10:39 Porque àquelas câmaras
                               os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer
                                               ofertas alçadas do grão, do mosto e do azeite;
                               porquanto ali estão os vasos do santuário,
                                               como também os sacerdotes que ministram,
                                               os porteiros e os cantores;
                               e que assim não desampararíamos a casa do nosso Deus.
Naquela época não existia exposição do texto bíblico em aparelhos audiovisuais como os projetores de multimídia, nem havia condições de se fazer cópias ou gravar textos, áudios e vídeos sobre a Lei.
Um era o que lia e todo o povo ouvia. Assim, a transmissão da Lei e das histórias era feita com habilidades de oratórias e pessoalmente, exigindo de todos silêncio e máxima atenção, pois do contrário teriam perdido o sentido e comprometeria a compreensão do texto lido.
A habilidade de falar, de escrever, de gravar na memória era muito mais evoluída principalmente por conta da necessidade. Hoje, tudo está gravado e disponível de tantas formas que nossos dons e talentos intelectuais se atrofiaram ou mesmo se perderam ao longo dos tempos.
Toda a Bíblia, suas narrativas e forma literária de se expressar, leva em conta esse detalhe da oralidade e, na verdade, funciona muito bem, mas exige de nós esforços e muita concentração e paciência.
Esdras leu. O povo ouviu. Os líderes, os sacerdotes, os levitas depois ainda explicaram ao povo toda a lei e eles entenderam. Então confessaram seus pecados, adoraram ao Senhor e renovaram a aliança diante de Deus e das autoridades civis e religiosas de Judá.
Reparem que haviam poucas ou somente mesmo o original do texto lido. Todo o processo restante era feito com base na memória e no intelecto dos mestres da lei.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

SOBERANIA DAS ESFERAS (Dooyeweerd ) - Pr. Solano Portela.

O Tempora, O Mores (tema originário de http://tempora-mores.blogspot.com.br/2014/11/soberania-das-esferas.html)


Posted: 12 Nov 2014 03:40 PM PST
Algumas pessoas têm me perguntado: "Afinal, o que é Soberania das Esferas e onde posso aprender sobre isso"? O interesse redespertado pela teologia reformada tem trazido esse termo e conceitos à tona, junto com "cosmovisão", "neo-calvinismo" e vários outros. Soberania das Esferas é uma expressão encontrada na obra do filósofo holandês Herman Dooyeweerd (1894-1977). Seu tratado, extenso e muito técnico, não disponível em português, é chamado “Uma Nova Crítica do Pensamento Teórico” (A New Critique of Theoretical Thought, em 4 espessos volumes, tradução do original holandês publicada originalmente em inglês por H. J. Paris, em 1957).

O pensamento expresso por 
Dooyeweerd é complexo, mas, simplificadamente podemos dizer que ele os construiu sobre os conceitos já apresentados anteriormente por João Calvino (1509-1564) e, com bastante intensidade, na terminologia e e escritos de Abraão Kuyper (1837-1920). Em resumo, ele ensina que cada instituição criada por Deus (a família, a escola, o estado), possui uma área específica de autoridade e regência, ou seja, são esferas bem delimitadas e específicas.

Isso não significa que tais esferas sejam autônomas. Ainda que independentes, cada uma deve responder a Deus, o doador desta autoridade. A soberania de cada uma quer dizer que elas não devem usurpar ou interferir na autoridade da outra esfera. Cada uma dessas esferas, autoridades em si, são responsáveis por suas missões e ações, na providência divina, perante Deus.

Por exemplo, no caso de uma escola cristã, ela deve entender que não usurpa a autoridade da família, nem da igreja. Muito menos substitui essas outras esferas, mas deve trabalhar conjuntamente, em colaboração e respeito. A esfera da escola, e nisso ela tem autoridade, é ministrar conhecimento, sendo responsável, perante Deus, de transmitir esse conhecimento reconhecendo o Criador em todas as áreas do saber.


Outro exemplo, ao estado não cabe legislar moralidade, mas sim trabalhar com base em princípios universais (que procedem de Deus), reprimindo as atividades criminosas, protegendo os indivíduos de uma sociedade - essa é a sua esfera legítima. No momento em que se imiscui na esfera da família, ou da igreja (postulando o que é certo ou errado), ultrapassa a sua "soberania". O estado não tem poder ilimitado, mas deve se reger sob uma estrutura específica, que emana da Graça Comum derramada por Deus sobre todos os homens.

Essa ação abrangente da Graça Comum de Deus, além de possibilitar a sociedade, é que restringe, também, o pecado na humanidade e faz com que cultura de mérito e qualidade possa surgir nos mais diversos lugares e situações. Sobre isso, Dooyeweerd diz: “Deus, em Cristo mantém a estrutura de sua criação pela graça temporal preservadora”. Demonstrando um preciso entendimento bíblico, Dooyeweerd especifica que a Graça Comum de Deus é que “retém a completa demonização do mundo” e, como resultado, podemos observar em todas as partes “centelhas da glória de Deus, de sua bondade, verdade, justiça e beleza”, até nas “culturas idólatras” (Vernieuwing en Bezinning. Zutphen: J.B. Van Den Brink & Co., 1963, pgs. 36 e 39).

O trabalho de Dooyeweerd já foi abordado por várias obras. Uma das melhores é o resumo do seu pensamento escrito por J. M. Spier no livro, An Introduction to Christian Philosophy (Philadelphia: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1954), 155. Em português temos o seu excelente livro, No Crepúsculo do Pensamento Ocidental (The Twilight of Western Thought), traduzido e publicado pela editora HAGNOS, em 2010, com 304 pgs. Ele também pode servir para uma introdução ao pensamento desse grande filósofo cristão, que nos demonstra como a doutrina cristã é para ser testemunhada, vivenciada e experimentada em todas as áreas de nossa vida - incluindo o intelecto.  

Solano Portela
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