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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Jó 1:1-22 - A HISTÓRIA DE JÓ E A QUESTÃO DO SOFRIMENTO HUMANO

Sobre o livro Jó
O livro de Jó faz parte dos livros poéticos e de sabedoria do Antigo Testamento.
O propósito principal que se extrai lendo o livro de Jó é a exploração dos limites e dos usos adequados da sabedoria proverbial tradicional no caso do sofrimento de um justo. Essa sabedoria proverbial convencional descreve os ideais de vida e dá direção para entender o curso normal da experiência humana.
Aqui cabe uma explicação um pouco melhor uma vez que todos sabemos que somente há um justo, um único justo e todos nós, inclusive Jó, somos pecadores e carentes da graça e da misericórdia divina.
Conforme a Bíblia de Estudo de Genebra – BEG – que estaremos seguindo como em todos esses livros que temos escrito, são verdades fundamentais em Jó:
ü  Deus tem propósitos por trás de todo sofrimento, mas esses propósitos estão, em grande parte, ocultos para nós.
ü  A sabedoria proverbial convencional aplica-se facilmente a algumas situações – mas não ao sofrimento dos justos.
ü  Os justos que sofrem devem humildemente associar os seus lamentos com afirmações acerca da bondade e da justiça de Deus.
ü  A compreensão humana acerca da sabedoria é limitada e sempre começa com o temor de Deus e a obediência aos seus mandamentos.
Quanto à autoria de Jó, esta é desconhecida. A única pista mais interessante para se saber da autoria vem do uso do nome do Senhor, uma vez que este se refere a Deus pelo seu nome da aliança Yahweh (SENHOR).
Assim, provavelmente deve ter sido alguém da era patriarcal, talvez um poeta desconhecido em Israel que tenha estudado e tido acesso oral e escrito dos tempos patriarcais.
A Bíblia em Ordem Cronológica coloca o livro de Jó e seu acontecimento verídico e real, mas não mito ou fantasia, próximo ao evento do nascimento de Abraão e de Ló, na era dos patriarcas – 1967 a 1606 a.C.
Há três possíveis explicações para o sofrimento humano em Jó:
1.      Deus não é justo e bom.
2.      Os justos sofrem porque Deus não é soberano e o sofrimento está fora de seu controle.
3.      Deus é bom, soberano e sábio, mas meras criaturas nem sempre podem entender as obras de sua soberana bondade.
Nossa posição teológica reformada nos conduzirá para o terceiro motivo e com ele trabalharemos na análise deste livro de Jó que estamos apenas começando.
Quem me dera eu tivesse as respostas e explicasse de forma clara a questão da origem do mal. Sinto muito, não posso! Em nenhuma ação humana ou angelical ou de qualquer outra natureza Deus praticará o mal ou o influenciará ou mesmo manipulará as suas criaturas para isso.
Nossa crença abrange tanto a soberania de Deus quanto a responsabilidade humana e angelical, sem que Deus faça de suas criaturas bonecos de fantoches. Agora “o como” ele faz isso, eu não sei.
Se você está buscando sabedoria em Jó para entender todos os mistérios, você irá aprender que mesmo Jó aponta para Cristo Jesus, onde estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência – Cl 1:24; 2:3.
Jó 1:1-22 Segmentação e Reflexões
Momento de reflexão
Você já parou para pensar o que você está fazendo aqui diante desse livro, neste exato momento? Seria por acaso? Ou você teve a intenção de obter uma palavra do Senhor para a sua vida? Ou será que você está aqui somente porque não tem o que fazer? Certamente, um motivo, ou vários, você teve para vir e estar aqui lendo uma reflexão da palavra de Deus.
Eu tenho um ou mais propósitos, por isso escrevi.
Você também tem um ou mais propósitos, por isso que está lendo.
Se formos honestos e buscarmos explicações na Bíblia, a Palavra de Deus, encontraremos que não fomos nós que vimos aqui, pelo contrário, Deus nos trouxe aqui. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” – Jo 15:16.
Então na verdade, há outro ser que se importa conosco, que é inteligente e que tem propósitos também.
Com relação às circunstâncias (in)administráveis:
Amados irmãos e irmãs, nós estamos aqui nesta vida e nossas escolhas são muito limitadas, por exemplo, não podemos escolher e administrar as circunstâncias a que estaremos ou poderemos estar envolvidos.
Recebemos um pacote contendo essas circunstâncias e diante delas somos convidados por Deus:
·         A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·         A confiar em Deus cabalmente.
·         A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de desculpas para se entregar à infidelidade.
·         A cumprir a “Missio Dei”.
·         A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
O exemplo de Victor Emil Frankl
Antes de entrar no tema de nossa reflexão quero lhes falar um pouco de Viktor Emil Frankl. (Viena, 26 de março de 1905 — Viena, 2 de setembro de 1997), por exemplo. Ele foi um médico psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.
Eu conheci esse homem numa revista evangélica ULTIMATO, tempos atrás, numa reportagem, em que Viktor Emil Frankl, foi um sobrevivente dos campos de concentração nazista que escreveu um livro, best-seller: EM BUSCA DE SENTIDO, publicado em alemão, em 1945. Nele consta a seguinte frase:
Quando não somos capazes de mudar uma situação,
somos desafiados a mudar a nós mesmos”.
O tema da capa era SOFRIMENTO e nos mostrava uma foto assustadora, terrível, chocante, com pessoas, todas com suas cabeças raspadas, vestidas com apenas um jaleco simples, sem calças, descalças, de aparência subnutrida, com seus corpos expostos e esqueléticos, numa região onde o frio era intenso
A reportagem, muito bem feita, nos dá uma vaga ideia do que tiveram de passar tais homens. Se pudéssemos fazer comparações, nesses campos de concentração, o homem era exposto as mais adversas situações a que se pode colocar um ser humano. Era tudo em extremo: a violência, a fome, a incompreensão, o ódio, os maus tratos, a ignorância.
No entanto, os sobreviventes nos contam as suas histórias e a de Viktor Emil Frankl é uma delas. Antes de ir parar num campo de concentração, tinha 37 anos, com doutorado em medicina, além de conhecido e respeitado como neurologista e psiquiatra.
Ele era um jovem promissor e tinha tido contatos importantes com Sigmund Froid e Alfred Adler. Era formado em medicina e exercia um trabalho de diretor do pavilhão das mulheres suicidas no hospital psiquiátrico de Viena. Durante a época nazista, teve de correr muitos riscos por preservar vidas de doentes mentais que o nazismo obrigava os médicos a praticarem a eutanásia nos pacientes.
Em setembro de 1942, Viktor, sua mulher grávida e família, porque eram judeus, foram deportados para diferentes campos de concentração, tendo ele recebido a tatuagem de prisioneiro nº 119.104.
Ele por quase três anos enfrentou o inferno na terra e da vida desesperou-se muitas vezes, mas o que o susteve em meio a tudo isso foi a sua fé pessoal em um Deus pessoal que lhe dava e mostrava o sentido da vida. Para Frankl,
o ser humano não é impelido pelo impulso, mas puxado pelos valores”.
Victor, somente foi libertado ao fim da guerra, quando tomou conhecimento de que sua mulher morreu de esgotamento simultaneamente à liberação do campo de Bergen-Belsen. Perdeu além dela, seus pais e irmão no Holocausto nazista.
Depois que saiu dessa situação terrível, ainda doutorou-se em filosofia sendo a sua tese um livro que em alemão se diz Der Unbewusste Gott, literalmente traduzido como “O Deus Inconsciente”, mas que foi versado para o português como “A Presença Ignorada de Deus”. Ele também fundou a LOGOTERAPIA que geralmente é chamada de a “terceira escola vienense de psicoterapia”, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a Segunda.
“O termo "logos" é uma palavra grega que significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido" (Frankl). "Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano... A Logoterapia é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". (Frankl).” – wikipedia.
Outros feitos desse homem que viveu o inferno durante três anos:
  • Nos 25 anos subsequentes à guerra, Frankl tornou-se diretor da policlínica de neurologia de Viena.
  • Em 1948, obtém seu doutorado em filosofia com o tema: "O Deus inconsciente". Em 1955, torna-se professor de neurologia da Universidade de Viena.
  • Em 1970, em San Diego, Califórnia (em cuja universidade federal passara a lecionar), foi fundado o primeiro instituto de logoterapia do mundo.
  • Foi nos Estados Unidos - país em que também lecionou como professor visitante nas Universidades de Harvard, Dallas e Pittsburgh - que a figura de Frankl atingiu notoriedade mundial, a despeito de suas teses contrariarem as correntes psicanalíticas tradicionais e dominantes.
  • Ao longo de sua vida, os livros de Viktor Frankl foram traduzidos em mais de 30 idiomas.
  • Frankl recebeu o título de doutor honoris causa de diversas instituições de ensino do mundo inteiro, inclusive da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil.
  • Como conferencista, Frankl visitou muitos países ao longo de sua vida, inclusive o Brasil. Em 1984 (Porto Alegre), 1986 (Rio de Janeiro) e 1987 (Brasília).
  • Atualmente, institutos, centros de estudos e associações de logoterapia podem ser encontrados em mais de 30 países.
Continuando a história de Jó:
Características gerais de Jó
ü  Homem íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal.
ü  Homem próspero, tinha prestígio, status, fama e um futuro muito promissor.
ü  Tinha uma família abençoada com sete filhos e três filhas formosos.
Em um só dia:
ü  Perdeu os seus servos ao fio da espada dos sabeus.
ü  Perdeu todas suas ovelhas e mais servos com fogo de Deus que caiu do céu.
ü  Perdeu todos seus camelos para os caldeus que os atacaram em três bandos e tudo destruíram.
ü  Perdeu todos os seus filhos e filhas por causa de um grande vento do deserto que derrubou a casa onde eles estavam reunidos.
Em um outro dia:
ü  Foi ferido em seu corpo com tumores malignos desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
A escolha sábia de Jó:
ü  Adorar o Senhor dando a ele glórias aos seu bendito nome. “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.” - Jó 1:21.
ü  Reconhecer a soberania de Deus em tudo: “Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” – Jó 2:10.
ü  Ter paciência. Tanto que ficou famosa a frase “a paciência de Jó”.
O que fazer diante de situações que não temos controle algum
Todos eles e muitos outros mais que não teremos tempo de explorar tiveram que enfrentar situações e circunstâncias inadministráveis em suas vidas. Volto a repetir que recebemos um pacote contendo essas circunstâncias e diante delas somos convidados por Deus:
·         A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·         A confiar em Deus cabalmente.
·         A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de desculpas para se entregar à infidelidade.
·         A cumprir a “Missio Dei”.
·         A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
Quero encerrar essa parte citando uma frase de Hernandes Dias Lopes:
LADRÕES DA ALEGRIA
A alegria não é uma opção, mas uma ordem divina. Não depende de circunstâncias, mas coexiste com a dor. Não é baseada em sentimentos, mas no Senhor Jesus que nos sustenta nas turbulências da vida. Circunstâncias, pessoas, preocupação com bens materiais e ansiedade são ladrões que roubam a nossa alegria. Não precisamos viver prisioneiros da ansiedade nem como escravos da ganância. Podemos perdoar as pessoas e confiar no cuidado divino diante das providências carrancudas. Podemos experimentar uma alegria real e uma paz profunda. Deus é a fonte dessa alegria e o promotor da paz.
Hernandes Dias Lopes
CONHECENDO OS PROPÓSITOS DE DEUS
Se a vida é feita de propósitos, então eu posso acreditar que há propósitos para tudo na vida!
Reparem na vida de qualquer pessoa neste planeta e vocês irão encontrar propósitos em suas vidas. Até o ladrão e assaltante sonha com o momento ideal para a realização de seu crime no qual ele pretende se dar bem, sem ninguém ver. Por isso, se esconde na hora do crime, para não ser identificado. Seu objetivo é a conquista do bem ou da coisa, mesmo que por ela tenha de matar, enganar, mentir.
Quando ele atinge seu objetivo, ele fica satisfeito. Pega o objeto de seu crime e agora irá usá-lo como se fosse uma pessoa normal e comum dentro da sociedade, até que esses recursos acabem e ele volte ao crime para se sustentar e se manter.
Você está estudando para concursos públicos porque tem o propósito de conseguir um bom e estável emprego.
Você está se arrumando e se produzindo todo porque quer conquistar a garota de seus sonhos e com ela, quem sabe, constituir uma família e gerar filhos e filhas.
Você está malhando todos os dias porque quer conquistar um corpo saudável e bonito.
Tudo o que você for fazer, ou deixar de fazer, não será por acaso ou sem sentido, pode procurar com fé que você descobrirá que há propósitos dentro de suas escolhas.
Nossa vida é feita de propósitos e temos o dever de sempre procurarmos as melhores escolhas que nos proporcionarão melhores decisões a fim de que tenhamos vida com mais qualidade.
Quando a vida deixa de ter propósitos, entramos em depressão, perdemos a graça e a vontade de viver e começamos a morrer.
Irei falar apenas do exemplo dos sabeus e dos caldeus que roubaram os jumentos e os camelos de Jó. Poderia até escolher outros casos, mas achei esse suficiente.
As personagens dessa história eram:
Deus; Satanás; Jó; os sabeus e os caldeus; e o servo de Jó que veio trazer a Jó a notícia da tragédia.
Cada um deles tinha um propósito em mente, ou tudo ali girava em torno de propósitos:
  • Os sabeus e os caldeus eram dois povos ímpios que tinham por característica o viver sustentado por roubos e mortes. Assim, o propósito deles era apenas obter jumentos, camelos e outras riquezas, não importando se para isso teriam ou não de matar, roubar, mentir e enganar. Eles lograram êxito em sua empreitada maligna contra Jó.
  • O servo de Jó: seu propósito levar ao seu senhor a notícia a mais fiel possível. Ele também alcançou seu propósito ali, naquele momento.
  • O de Satanás: 1. Testar Jó para vê-lo cair. 2. Provar para Deus que ele estava certo contra Deus que estaria errado em seu julgamento e proteção a Jó. Satanás não conseguiu alcançar esse propósito em especial, embora tenha incitado os sabeus e os caldeus a isso. Reparem que ele não usou de poderes ou manifestações, mas apensa exerceu a influência certa, no momento certo contra os sabeus e os caldeus.
R. C. Sproul, citando Calvino, em sua análise dos fatos, em seu livro: A ORAÇÃO MUDA AS COISAS?, no capítulo 2: O PROPÓSITO DA ORAÇÃO, disse que se os sabeus e caldeus tivessem orado a oração do Pai Nosso “não nos deixe cairmos em tentação, mas livrai-nos do mal” – Mt 6:13, eles teriam sido livrados de serem usados para isso, mas Satanás haveria de levantar outros povos para que seu propósito fosse alcançado.
Os sabeus e os caldeus eram “livres” para escolher. Agiram livremente escolhendo o roubo. O mesmo se deu com o ROBOCOP, dirigido por um brasileiro (José Padilha: cineasta, roteirista, documentarista e produtor cinematográfico. Graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica, estudou Economia Política, Literatura Inglesa e Política Internacional em Oxford, Inglaterra.).
Em uma determinada cena, ROBOCOP se sai excepcionalmente bem enfrentando diversos inimigos em uma simulação e o cientista criador dele explica seu êxito o qual foi devido ao software em sua mente que com ele interagia e tomava conta de suas ações quando o seu visor descia protegendo a sua face.
O homem que estava na máquina tinha a ilusão de que estava no comando, mas nada fazia se não executar ordens determinadas em sua mente pelo software. Ele chamou isso de “a ilusão do livre-arbítrio”. Ele pensava que estava no comando, mas não era ele e sim o software.
Assim, também pensamos que estamos no comando, mas não estamos porque estamos simplesmente cedendo à carne, ao software do pecado, às inclinações da nossa velha natureza adâmica morta. É verdade! É a ilusão do livre-arbítrio!
Não é livre o que faz o que quer, na hora que quer, da forma que quiser e bem entender, sem ninguém ter nada com isso, antes é livre quem em tudo se domina.
  • Os propósitos de Deus: 1. Silenciar a calúnia contra Jó. 2. Vindicar a si mesmo. 3. Vindicar Jó da calúnia de Satanás. Todos os propósitos de Deus prevaleceram contra todas as incertezas.
Então, eu não estou nesta vida à toa, para ficar vendo navios, ou para viver por simplesmente viver. Eu estou aqui nesta vida e nesta época e nesta região geográfica, nesta família, nesta igreja, cidade, trabalho e escola, por causa dos propósitos de Deus em minha vida! Se não fosse Deus e seus propósitos, eu não seria nada.
Deus criou os céus e a terra para um propósito ou vários deles.
Deus estabeleceu uma ordem na criação e deixou o homem, a mulher e a família por último porque ele teve uma intenção ao fazer isso.
Deus permitiu a queda do homem e proveu para ele o seu resgate por meio da semente messiânica anunciada a satanás na presença de Adão e Eva por que teve ele um propósito com todos os seres humanos que ele criou para sua glória e louvor.
Deus preservou essa semente por 77 gerações, todas registradas em Lucas, desde Adão até Cristo Jesus, ou desde o primeiro Adão até o último Adão. Foi propósito de Deus assim proceder.
Estudar teologia, ou buscar a Deus, ou o sentido da vida, ou a felicidade não é outra coisa se não buscar a glória de Deus! Em tudo o que Deus fez, faz, ou permite que se faça o seu fim supremo é a busca de sua própria glória. A busca de Deus por sua glória para nós é benéfica e nos leva à vida.
Nós iremos encontrar no pensamento reformado que “Toda a vida deve ser vivida:
·         Sob a autoridade de Deus.
·         Para a glória de Deus.
·         Na presença de Deus.(R. C. Sproul)
Tudo o que Deus faz ou permite que se faça é para a sua própria glória! Assim, nos ensina o Catecismo Maior de Westminster em sua primeira pergunta:
1. Qual é o fim supremo e principal do homem?
Resposta. O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.
Também é verdade que, enquanto Deus busca SUPREMAMENTE a sua glória, o homem se beneficia quando Deus é glorificado” (R. C. Sproul, Jonathan Edwards).
O ponto culminante da glorificação de Deus, do Pai, é a exaltação do seu Filho. Foi nele que Deus fez habitar a plenitude da divindade – Cl 1:19. No grego a palavra plenitude é πλήρωμα (plērōma) e o seu significado é que o propósito de Deus foi que toda a plenitude da divindade – tudo o que Deus é e tem – estivesse presente no seu filho.
Colossenses 1:12 Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;
Colossenses 1:13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
Colossenses 1:14 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;
Colossenses 1:15 O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Colossenses 1:16 Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
Colossenses 1:17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
Colossenses 1:19 Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,
Colossenses 1:20 E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.
Assim, buscar a glória de Deus é principalmente nos tornarmos cristãos, ou seja, sermos pequenos Cristos: estamos caminhando para a maturidade em Cristo até que ele seja formado em nós: “Cristo em nós, a esperança da glória” – Cl 1:27. É por isso que Paulo gastava-se e se deixava gastar até que Cristo fosse formado em cada um de nós – Gl 4:19. No verso 28, de Cl 1, ele diz ainda que seu trabalho e angústia era para que apresentasse todo o homem perfeito em Jesus Cristo.
Resumindo tudo até o presente, eu identifico três palavras chaves relacionadas aos propósitos de Deus:
1.      sua glória,
2.      sua soberania
3.      e a formação de Cristo Jesus em nós.
Quero finalizar dizendo como devemos fazer todas as coisas que vierem às nossas mãos para as fazermos uma vez que nossos objetivos e propósitos devem, igualmente e para o nosso próprio benefício, também buscar a glória de Deus:
Assim, eu irei de todas as formas possíveis buscar em tudo oportunidades para dar mais e mais glórias a Deus (I CO 10:31); irei agir como um caçador de tesouros que encontrou um tesouro precioso; eu irei ter essa atitude em mim, essa prontidão da mente e do espírito de dar glórias a Deus.
Tudo o que eu fizer, seja em palavras, atos, ou pensamentos, seja para que o nome do Senhor seja glorificado e exaltado, então não temerei coisa alguma... (I PE 4:11);
Lembrar-me-ei de Cl 3:17 + Cl 3:23 + I Co 10:31 + Fp 2:14 + I Co 16:14:
ü  Devemos tudo fazer de coração como se ao Senhor estivéssemos fazendo (Cl 3:23)
ü  Em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17)
ü  Sem murmurações, nem contendas (Fp 2:14)
ü  Todos os nossos atos devem ser feitos em amor (I Co 16:14)
ü  Para a glória de Deus (I Co 10:31).
Volto a repetir que recebemos um pacote contendo essas circunstâncias e diante delas somos convidados por Deus:
·         A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·         A confiar em Deus cabalmente.
·         A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de desculpas para se entregar à infidelidade.
·         A cumprir a “Missio Dei”.
·         A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
Finalmente, qual foi o fim de Jó depois de tanto sofrimento?
ü  O abençoou duas vezes mais.
ü  Devolveu-lhe tudo em dobro.
ü  Apareceu teofanicamente para ele .
E qual não deverá ser o nosso fim, depois de continuarmos firmes sem jamais desistir em nossas jornadas?
ü  I Coríntios 2:9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
ü  Romanos 8:19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
ü  II Coríntios 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
Jó 1:1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era  Jó;
                e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
                Jó 1:2 E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
                Jó 1:3 E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos,
                               quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas;
                eram também muitíssimos os servos a seu serviço,
                               de maneira que este homem era maior
                                               do que todos os do oriente.
                Jó 1:4 E iam seus filhos à casa uns dos outros
                               e faziam banquetes cada um por sua vez;
                               e mandavam convidar as suas três irmãs
                                               a comerem e beberem com eles.
                Jó 1:5 Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes,
                               enviava  Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada,
                               e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles;
                porque dizia  Jó:
                               Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus
                                               no seu coração.
                               Assim fazia  Jó continuamente.
Jó 1:6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o
                SENHOR, veio também Satanás entre eles.
                Jó 1:7 Então o SENHOR disse a Satanás:
                               Donde vens?
                E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse:
                               De rodear a terra, e passear por ela.
                Jó 1:8 E disse o SENHOR a Satanás:
                               Observaste tu a meu servo  Jó? Porque ninguém há na terra
                                               semelhante a ele, homem íntegro e reto,
                                                               temente a Deus, e que se desvia do mal.
                Jó 1:9 Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse:
                               Porventura teme  Jó a Deus debalde?
                               Jó 1:10 Porventura tu não cercaste de sebe, a ele,    e a sua
                                               casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos
                                               abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
                               Jó 1:11 Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto
                                               tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
                Jó 1:12 E disse o SENHOR a Satanás:
                               Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão;
                                               somente contra ele não estendas a tua mão.
                                                               E Satanás saiu da presença do SENHOR. Jó 1:13 E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam,
                e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
                Jó 1:14 Que veio um mensageiro a  Jó, e lhe disse:
                               Os bois lavravam, e as jumentas pastavam junto a eles;
                               Jó 1:15 E deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos
                                               servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para
                                                               trazer-te a nova.
                Jó 1:16 Estando este ainda falando, veio outro e disse:
                               Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos,
                                               e os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova.
                Jó 1:17 Estando ainda este falando, veio outro, e disse:
                               Ordenando os caldeus três tropas, deram sobre os camelos,
                                               e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada;
                                                               e só eu escapei para trazer-te a nova.
                Jó 1:18 Estando ainda este falando, veio outro, e disse:
                               Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho,
                                               em casa de seu irmão primogênito, Jó 1:19 Eis que
                                               um grande vento sobreveio dalém do deserto,
                                               e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os
                                                               jovens, e morreram; e só eu escapei
                                                                              para trazer-te a nova.
Jó 1:20 Então  Jó se levantou, e rasgou o seu manto,
                e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.
                Jó 1:21 E disse:
                               Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá;
                                               o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou:
                                                               bendito seja o nome do SENHOR.
                Jó 1:22 Em tudo isto  Jó não pecou,
                               nem atribuiu a Deus falta alguma.
A declaração de Jó de que veio nu e de que voltaria nu para lá é fantástica! Isso reflete tão simplesmente o conhecimento de que tudo o que recebera até o presente, vinha da provisão de um grande Deus misericordioso, gracioso e bom!
A vida é mais do que grandes conquistas, mas grandes dádivas de Deus. Temos recebido tudo dele! No próximo capítulo ele dirá para sua mulher que se temos recebido o bem até então, por que não receberíamos também o mal?
Em momento algum, Jó pecou ou atribuiu a Deus falta alguma. Isso revela que Jó tinha conhecimento de que Deus era soberano sobre tudo.
Por conta do conhecimento da soberania de Deus, muitas vezes somos levados enganosamente a pensar que não devemos fazer nada ou ficarmos deitados eternamente em berço esplêndido ao som do mar e à luz do céu profundo, como a terra, espaço geográfico, do Brasil – e não os brasileiros!
Acho muito sábia a frase atribuída a Francisco de Assis:
"Deus, conceda-me serenidade
            para aceitar as coisas que não posso mudar,
coragem
            para mudar as coisas que posso
e sabedoria
            para reconhecer a diferença entre elas."
p.s.: link da imagem original:
Contagem regressiva: Faltam 389 dias para 04/08/2015, quando eu irei concluir a Segmentação de toda a Bíblia.

A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
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quinta-feira, 10 de julho de 2014

II Reis 25:1-30 - JUDÁ NO CATIVEIRO DA BABILÔNIA

Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30
I. O exílio de Judá – 24:20b – 25:30.

Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30
I. O exílio de Judá – 24:20b – 25:30.
Estamos concluindo mais um capítulo, o último, e uma parte, a terceira, também a última. Chegamos, portanto, ao final dos livros de I e de II de Reis que começou com o reinado de Davi, em sua velhice, já no momento de passar para Salomão, seu filho, o seu reinado e acabando aqui no exílio de Judá.
Foram aproximadamente uns 385 anos de história cuja ênfase principal se deu no registro histórico da divisão dos reinos, depois da morte de Salomão e dos registros históricos dos reinos divididos, do Norte e do Sul, até as suas respectivas deportações ao final de cada um dos reinados.
A última parte da divisão que começou em “A” e termina em “I” que trata do exílio de Judá, será dividida em três partes: 1. A destruição de Jerusalém – 24:20b – 25:21. 2. O assassinato de Gedalias – 25:22 – 26. 3. A libertação de Joaquim – 25:27-30.
1. A destruição de Jerusalém – 24:20b – 25:21.
Em um mapa intitulado “Exílio de Judá”, p. 524, da BEG, temos um breve resumo do exílio, com alguns detalhes interessantes ,conforme a seguir:
Exílio de Judá
A cidade de Jerusalém começou a ser cercada em janeiro de 587 a.C., e o cerco durou dezoito meses (II Cr 36:13-21; Jr 21: 1-10; 34:1-5; 39:1-10; 52:4-11; Ez 24:2). A cidade foi conquistada e o templo destruído (o livro de Lamentações expressa poeticamente a consternação e o desconcerto produzidos por esses dolorosos acontecimentos).
Os judeus perderam a sua independência e foram levados como prisioneiros para a Babilônia. Ali ficaram até 538 a.C., quando Ciro, o rei persa, conquistou a Babilônia e mandou os judeus de volta para a sua terra.
Os exilados de Judá foram levados à grande cidade de Babilônia que Nabucodonosor havia construído. A cidade interna era protegida por largo fosso e paredes duplas revestidas de ladrilhos (de 3,7m e 6,5m de largura), com espaço entre elas para uma estrada militar no nível do parapeito.
Das oito grandes portas, a mais conhecida é a Porta de Istar, construída em honra ao deus babilónico Marduque. O pórtico era decorado com fileiras de touros (símbolo do deus Bel) alternadas com fileiras de dragões (símbolo do deus Marduque), feitas de tijolo esmaltado.
A rua das procissões (pela qual eram transportadas as estátuas dos deuses no festival do ano novo) levava da porta até o centro da cidade e aos grandes templos. As paredes eram de ladrilho azul esmaltado, com relevos de leões (símbolo da deusa istar) em vermelho, amarelo e branco.
A Babilônia tinha cerca de cinquenta e três templos, um grande templo-torre (zigurate) e uma cidadela com o complexo de palácios. Daniel foi levado para ali para que se unisse à corte do rei.
A rebelião de Zedequias contra o rei da Babilônia provocou o ataque dos babilônios. O resultado foi a destruição de Jerusalém – inclusive do templo – e a deportação de Zedequias e da maioria do povo de Judá.
O ano era de 586 a.C. e apesar de ser um vassalo nomeado por Nabucodonosor, Zedequias se juntou ao Egito e outras nações numa conspiração contra os babilônios – Jr 27:3-8; Ez 17:11-21.
Conforme a BEG, a decisão infeliz do rei de Judá de se rebelar contra a Babilônia pode ter recebido o incentivo de Faraó Ofra – Apries – que subiu ao poder em 589 a.C.
Foram quase dois anos exatos do cerco dos babilônios contra Jerusalém, aproximadamente uns 539 dias contados de 10 do 10 do ano 9 até 9 de 4 do ano 11. A fome apertou e não havia pão para comerem. Foi nesse momento que a cidade foi arrombada e alguns deles fugiram, inclusive o rei.
No entanto, foram alcançados, presos e fizeram subir o rei de Judá ao rei da Babilônia, a Ribla e ali foi pronunciada a sentença contra Zedequias. Seus filhos foram mortos à espada às suas vistas e Zedequias teve os seus olhos vazados e seus pés presos em cadeias e assim levados cativos para a Babilônia.
Se Zedequias tivesse ouvido os profetas Jeremias e Ezequiel – Jr 38:14-28; Ez 12:13 -, nada disso teria acontecido a ele. Jeremias tinha tentado convencer o rei a se render, pois o julgamento do Senhor era inevitável.
Quem sabe uma rendição pacífica teria poupado tanto a Jerusalém quanto ao templo? A sua rebeldia trouxe consequências terríveis tanto a ele quanto a sua família e ao povo sofrido de Judá. Ao final morre na Babilônia – Jr 52:11.
Oito anos após isso (dia 7 do mês 5 do ano 19), Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém e queimou a Casa do Senhor, a casa do rei, todas as casas da cidade, além de todos os edifícios importantes. Saquearam o templo e levaram consigo tudo o que tinha valor e era de ouro ou de prata e bronze. Ainda derrubaram os muros em redor de Jerusalém.
Nebuzaradã ainda levou cativos mais gente do povo que tinha ficado na cidade, principalmente líderes do alto escalão e militares e somente deixou ali dos mais pobres da terra como vinheiros e lavradores. Como governador deles, deixou o rei da Babilônia a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.
Quando os que foram levados cativos chegaram a Ribla, o rei da Babilônia foi implacável com eles e os mataram todos os militares e os que tinham poder e influência nos escalões de liderança de Judá.
2. O assassinato de Gedalias – 25:22 – 26.
Depois de abolir a monarquia, Nabucodonosor nomeu, como já dissemos, Gedalias governador. Aicã, o pai de Gedalias, ex-conselheiro de Josias (22:12) era amigo de Jeremias – Jr 26:24. A fim de promover a estabilidade na terra conquistada, Nabucodonosor escolheu para esse cargo um homem de Judá bastante conhecido – Jr 40:10-12.
Gedalias tinha dito para o povo e assim sustentado que não era para temer o fato de serem servos dos caldeus e aconselhou a todos que ficassem na terra, servissem ao rei de Babilônia, e todo bem iria se suceder com eles.
No entanto, ele tinha opositores e no sétimo mês de seu reinado, Ismael que fazia parte de uma facção de Judá que considerava Gedalias um colaborador do inimigo e favorecia a continuidade da resistência em Judá (Jr 40:13 a 41:18) tendo por objetivo restaurar o trono de Judá e se declarar rei,  juntamente com 10 homens, feriram a Gedalias e a alguns judeus e caldeus que com ele estavam em Mispa.
Por temerem os caldeus, estes acabaram fugindo para o Egito depois de terem ferido Gedalias e os que com ele estavam. Por ironia, ao tentarem obter o poder, os assassinos executaram involuntariamente uma das maldições da aliança: uma volta para o Egito, a terra de cativeiro e escravidão – Dt 28:68.
Este ato insano e doentio por parte de Ismael somente serviu para piorar as condições em Judá – Jr 44:1-14. Os exilados, para os quais a morte de Gedalias representou uma enorme perda, conforme BEG, instituíram dias para lamentar o seu assassinato e também a destruição de Judá e de Jerusalém – Zc 7:5; 8:19.
3. A libertação de Joaquim – 25:27-30.
O escritor de Reis termina sua obra num tom esperançoso chamando a atenção para a misericórdia demonstrada para com Joaquim, rei de Judá, enquanto este se encontrava exilado na Babilônia.
Evil-Merodaque era filho e sucessor de Nabucodonosor e foi extremamente generoso para com Joaquim e seus filhos a ponto de lhes falar benignamente, libertar do cárcere e lhes dar lugar de mais alta honra do que a de reis que estavam com ele na Babilônia.
A BEG nos diz que o texto de Dt 4:25-31; 30:1-10 e a oração de dedicação do templo feita por Salomão em I Re 8:46-53 tratam das condições do exílio.
Esses textos insistem no arrependimento – Dt 30:2; I Re 8:47. A oração de Salomão para que os exilados encontrassem compaixão nas mãos de seus captores é respondida no tratamento bondoso que Joaquim recebe.
Dt 30:3-5 promete restauração ao povo de Deus, um processo iniciado em 538 a.C., quando os judeus receberam permissão para voltar para casa – Ed 1:1-4; Is 44:24-28; 45:1-6.
Não há como não perceber que o tratamento preferencial desfrutado por Joaquim oferece um raio de esperança na continuidade das promessas davídicas – II Sm 7:8-16. Continua a BEG: a ênfase do escritor nesses últimos capítulos de tom severo é sobre o julgamento de Judá – 21:10-15; 23:26-27; 24:3-4, 20; 25:21 – porém, nesses versículos finais, ele também indica que a destruição de Judá e de Jerusalém não porá um fim à linhagem davídica. Há motivos para encarar o futuro com a mais absoluta confiança em Deus.
II Re 25:1 E sucedeu que, no nono ano do seu reinado, no mês décimo,
            aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra
                        Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acampou contra ela,
                                   e levantaram contra ela trincheiras em redor.
            II Re 25:2 E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano
                        do rei Zedequias. II Re 25:3 Aos nove do mês quarto,
                                   quando a cidade se via apertada pela fome,
                                               nem havia pão para o povo da terra,
            II Re 25:4 Então a cidade foi invadida, e todos os homens de guerra
                        fugiram de noite pelo caminho da porta, entre os dois muros
                                   que estavam junto ao jardim do rei
                                   (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor),
                                               e o rei se foi pelo caminho da campina.
            II Re 25:5 Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei,
                        e o alcançou nas campinas de Jericó;
                                   e todo o seu exército se dispersou.
            II Re 25:6 E tomaram o rei, e o fizeram subir ao rei de Babilônia,
                        a Ribla; e foi-lhe pronunciada a sentença.
            II Re 25:7 E aos filhos de Zedequias mataram diante dos seus olhos;
                        e vazaram os olhos de Zedequias, e o ataram com duas cadeias
                                   de bronze, e o levaram a Babilônia.
II Re 25:8 E no quinto mês, no sétimo dia do mês
            (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de
                        Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda,
                                   servo do rei de Babilônia, a Jerusalém.
            II Re 25:9 E queimou a casa do SENHOR e a casa do rei,
                        como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos
                                   grandes queimou.
            II Re 25:10 E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da
                        guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém.
            II Re 25:11 E o mais do povo que deixaram ficar na cidade,
                        os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia
                                   e o mais da multidão, Nebuzaradã, o capitão da
                                               guarda, levou presos.
            II Re 25:12 Porém dos mais pobres da terra deixou
                        o capitão da guarda ficar alguns para vinheiros
                                   e para lavradores.
            II Re 25:13 Quebraram mais, os caldeus, as colunas de cobre que
                        estavam na casa do SENHOR, como também as bases e o
                                   mar de cobre que estavam na casa do SENHOR;
                                               e levaram o seu bronze para Babilônia.
            II Re 25:14 Também tomaram as caldeiras, as pás, os apagadores,
                        as colheres e todos os vasos de cobre, com que se ministrava.
            II Re 25:15 Também o capitão-da-guarda tomou os braseiros,
                        e as bacias, o que era de ouro puro, em ouro e o que era de
                                   prata, em prata.
            II Re 25:16 As duas colunas, um mar, e as bases, que Salomão fizera
                        para a casa do SENHOR; o cobre de todos estes vasos não
                                   tinha peso. II Re 25:17 A altura de uma coluna era
                                   de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de
                                   cobre, e de altura tinha o capitel três côvados;
                                   e a rede e as romãs em redor do capitel,
                                   tudo era de cobre; e semelhante a esta era a outra
                                               coluna com a rede.
            II Re 25:18 Também o capitão-da-guarda tomou a Seraías,
                        primeiro sacerdote, e a Sofonias, segundo sacerdote, e aos três
                                   guardas do umbral da porta.
            II Re 25:19 E da cidade tomou a um oficial, que tinha cargo dos
                        homens de guerra, e a cinco homens dos que estavam na
                                   presença do rei, e se achavam na cidade, como também
                                   ao escrivão-mor do exército, que registrava o povo da
                                               terra para a guerra,
                        e a sessenta homens do povo da terra,
                                   que se achavam na cidade.
            II Re 25:20 E tomando-os Nebuzaradã, o capitão da guarda,
                        os levou ao rei de Babilônia, a Ribla.
            II Re 25:21 E o rei de Babilônia os feriu e os matou em Ribla,
                        na terra de Hamate; e Judá foi levado preso
                                   para fora da sua terra.
            II Re 25:22 Porém, quanto ao povo que ficara na terra de Judá,
                        que Nabucodonosor, rei de Babilônia, deixou ficar, pôs sobre
                                   ele, por governador a Gedalias, filho de Aicão,
                                               filho de Safã.
            II Re 25:23 Ouvindo, pois, os capitães dos exércitos, eles e os seus
                        homens, que o rei de Babilônia pusera a Gedalias por
                                   governador, vieram a Gedalias, a Mizpá, a saber:
                                               Ismael, filho de Netanias, e Joanã, filho de
                                               Careá, e Seraías, filho de Tanumete, o
                                               netofatita, e Jazanias, filho do maacatita,
                                                           eles e os seus homens.
            II Re 25:24 E Gedalias jurou a eles e aos seus homens, e lhes disse:
                        Não temais ser servos dos caldeus; ficai na terra, servi ao rei de
                                   Babilônia, e bem vos irá.
            II Re 25:25 Sucedeu, porém, que, no sétimo mês, veio Ismael,
                        filho de Netanias, o filho de Elisama, da descendência real,
                                   e dez homens com ele, e feriram a Gedalias,
                                               e ele morreu, como também aos judeus,
                                               e aos caldeus que estavam com ele em Mizpá.
            II Re 25:26 Então todo o povo se levantou, desde o menor até ao
                        maior, como também os capitães dos exércitos, e foram ao
                                   Egito, porque temiam os caldeus.
            II Re 25:27 Depois disto sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro
                        de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e sete do
                                   mês, Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em
                                   que reinou, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá,
                                               tirando-o da casa da prisão.
            II Re 25:28 E lhe falou benignamente; e pôs o seu trono acima do
                        trono dos reis que estavam com ele em Babilônia.
            II Re 25:29 E lhe mudou as roupas de prisão, e de contínuo comeu pão
                        na sua presença todos os dias da sua vida.
            II Re 25:30 E, quanto à sua subsistência,
                        pelo rei lhe foi dada subsistência contínua,
                                   a porção de cada dia no seu dia,
                                               todos os dias da sua vida.
Na genealogia de Jesus Cristo, por Mateus, no capítulo primeiro temos nos vs. 11 e 12 os descendentes de Jesus Cristo bem neste momento exato do exílio ao qual não podemos perder de vista de jeito nenhum.
Josias, filho de Amom, gerou a Jeconias (ou Jeoaquim) e a seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia. Depois do exílio – 70 anos – Jeconias gerou a Salatiel e Salatiel a Zorobabel, e assim continua até chegarmos em Cristo Jesus. De sorte que do exílio até Jesus são 14 gerações, como foram 14 também de Davi até o exílio e de Abraão até Davi.
Os detalhes das genealogias de Mateus diferem de Lc 3:23-38, provavelmente porque o Evangelho de Lucas nos mostra a descendência biológica, enquanto o Evangelho de Mateus nos dá as sucessões ao trono.
Os dois reinos agora estavam no exílio! Há muito Deus vinha falando e advertindo e agora a palavra se cumpria. Deus foi muito longânimo esperando o tempo do arrependimento que não veio e o fim foi esse.
Imitaram as nações que deveriam ter eliminado e agora eram como as outras nações, sendo expulsos da terra por terem rejeitado ao Senhor.
Em sua misericórdia, Deus ainda preserva a semente messiânica para que no devido tempo nasça o Cristo Jesus que morrerá pelos pecados dos escolhidos salvando-os da ira divina.
Fica para nós as lições dos reis e das misericórdias de Deus. Temos por felizes, conforme Tiago 5:11: “os que perseveraram firmes.”. Ele continua o verso: “Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.”.
Finalmente, Paulo nos dá as palavras finais, que se encaixam perfeitamente ao contexto atual:
I Coríntios 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
I Coríntios 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
Repetindo o que já disse antes em outros livros meus: estou satisfeito com o resultado alcançado nessas 400 páginas, se bem que acho que ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele cumprirá todas elas! Como é bom saber que ele nos ama apesar de nós!
Eu já pensei em parar inúmeras vezes, principalmente ao tirar os olhos do Senhor para colocá-los em alvos terrestres. No entanto, é Deus quem nos sustenta para sua própria glória e louvor.
O povo de Deus tinha sido conduzido magistralmente por seus líderes que Deus levantou por sua pura graça, bondade, fidelidade e misericórdia à Terra Prometida.
Chegaram na terra, logo se esqueceram, nas gerações vindouras do Senhor e de seus líderes e o resultado foi abandono das coisas do reino de Deus que eles tanto precisavam para continuarem vencedores.
Deus tinha prometido vitórias e bênçãos, mas falharam.
Em consequência, viveram épocas de escravidão e servidão sob o domínio de diversos povos e aprenderam seus costumes e trocaram seus filhos e filhas em casamentos e se misturaram e não guardaram a aliança com seu Deus que os poderia fazer uma nação exemplo nesta terra.
Ainda assim, Deus preservou sua semente messiânica e ela chegou em paz até Boaz e Rute e daí prosseguiu até alcançar a Davi sem que Satanás pudesse impedir. Embora ele jamais desistiu de tentar liquidar com o descendente que iria esmagar a sua cabeça.
Então Eli, uma espécie de 13º juiz, com todos os seus defeitos, julgou a Israel por muitos anos, até ser substituído por Samuel que Ana teve em resposta às suas orações agonizantes que fizeram Eli pensar que ela estivesse embriagada.
Samuel cresceu em meio ao caos da vida desrregrada de Eli e seus filhos, mas conservou-se fiel e tornou-se uma espécie de 14º juiz que julgou a Israel por longo tempo e ainda ungiu como rei a Saul, inaugurando a monarquia sonhada em Israel e, finalmente, a mandato de Deus, a Davi.
Saul reina em Israel e se torna um fracasso por 40 anos. Ele era amante de si mesmo e desprezou a Deus e todas as coisas sagradas, dando valor aos homens e às aparências.
Depois, Davi reinou por iguais 40 anos e levou Israel a ser uma super potência na sua época, mas comete um grave pecado, no entanto, se arrepende e Deus o perdoa e da sua união com Bate-Seba, gera o descendente.
Ao contrário do que aconteceu com Saul, Deus confirma o seu reino para sempre, isto é, aponta paa o descendente, de suas entranhas, seu descendente segundo os homens, o filho de Davi, cujo reino será eterno.
Agora Salomão tem a sua frente um grande desafio que é governar este povo, o povo de Deus e em sonhos Deus lhe oferece um pedido: “pede-me, o que queres que eu te dê?”.  Salomão, preocupado em atender ao pedido de seu pai Davi e preocupado em querer fazer o que é justo e reto ao povo de Deus – não o seu povo – ele pede a Deus um coração compassivo para poder julgar com justiça e retidão o povo de Deus.
Deus se agrada muito de sua resposta e atende a ele dando muito mais a ele do que tinha pedido ou sonhado. Torna-se, então, um rei que leva a sua nação a um status de super-potência daquela época.
Deus ainda lhe apareceu mais duas vezes, sendo que a última para falar palavras de juízo contra ele por causa de sua inclinação às mulheres estrangeiras que o fizeram se desviar dos retos caminhos de Deus, indo a adorar deuses estranhos.
Em consequência, Deus pune Israel no reinado de seu filho, seu descendente, Roboão, e o reino de Israel se divide em dois: o reino do Norte e o reino do Sul.
Ainda dava tempo de um arrependimento e volta à aliança, mas os dois reinos foram exemplos de rejeição e abandono das coisas de Deus, pelo que Deus os entregou nas mãos dos assírios – o reino do Norte e aos babilônios – o reino do Sul.
Se não fosse a graça e a misericórdia de Deus, não haveria nem descendente para gerar o descendente, aquele que viria para esmagar a cabeça da serpente, no devido tempo.
Não há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo.
Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de seus servos, os profetas e alguns dos reis de Judá a fim de reorientar o povo de Israel, de forma que não fossem destruídos de todo e a semente tivesse sua continuidade até alcançar o Messias.
Há tantas lições interessantes em toda as Escrituras! Cada vez que me dedico ao estudo delas, cada vez mais me convenço que Deus tanto é onipotente, como soberano. Como é incrível a sua linha mestre que nasce em Gênesis 3:15 e segue toda a Bíblia até o último capítulo, em Apocalípse.

Sem dúvida: A DEUS TODA A GLÓRIA!
p/ Pr. Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Deus nos ama, apesar de nós!

Como Deus é SOBERANO, SÁBIO e BOM!
O fato do Brasil perder o jogo para a Alemanha e da forma como perdeu, humilhante, não passou de um grande agir de Deus na vida do povo de Deus aqui no Brasil. Foi a sua misericórdia e graça que não permitiu a vitória da corrupção, da malandragem, das superstições, do "jeitinho brasileiro", da mandinga, da corrupção e por ai vai. Agora está na hora do Brasil acordar e mudar. Povo de Deus não desista de orar, de clamar, de invocar e, principalmente, agir, mas no temor de Deus!