sábado, 1 de fevereiro de 2014
sábado, fevereiro 01, 2014
Jamais Desista
Deuteronômio 26: 1-19 – AS PRIMÍCIAS DA TERRA, O DÍZIMO E A OBEDIÊNCIA.
Agora sim, chegamos no último capítulo do tema, bem
extenso, do detalhamento das condições da aliança. Foram, contando com o de
hoje, 15 capítulos que ocuparam nossas reflexões desde 12:1 até o capítulo
26:15, estamos, assim, finalizando o segundo discurso de Moisés em Deuteronômio
à segunda geração.
Ressaltamos que em cada capítulo, vimos algum
aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração preparando eles para
a ocupação da Terra Prometida. A partir do próximo capítulo, entraremos no
terceiro e último discurso de Moisés.
No presente capítulo, 26, teremos as seguintes
divisões didáticas: orientações gerais relacionadas às primícias da terra – vs.
1-11; novamente sobre os dízimos – vs. 12-15; e, por fim, exortações à obediência,
um preparativo ou introdução para a cerimônia solene da ratificação da aliança
que será descrita em detalhes a partir do próximo capítulo.
Quando o povo entrasse em Canaã e já tomasse posse
da terra que o Senhor Deus estava dando a eles, era para se retirar dela as
primícias e apresentá-las ao Senhor mediante o sacerdote que tivesse essa
função na época.
Como diz o apóstolo Paulo se forem santas as
primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz,
também os ramos o serão – Rm 11:16. Na ressurreição, Cristo foi as primícias
santas apresentadas ao Senhor no terceiro dia, assim, todos nós, em Cristo, já
somos santos aguardando tão-somente a nossa revelação que se dará em tempos
oportunos.
Nós também temos as primícias do Espírito e assim, igualmente
gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso
corpo – Rm 8:23.
O Senhor nos dava a terra. O Senhor nos conduzia à
terra. O Senhor nos dava do fruto da terra. Nós tínhamos que colher os
primeiros frutos. Nós tínhamos que colocar os primeiros frutos num cesto. Nós
tínhamos que apresentá-las ao Senhor mediante o sacerdote. Nós tínhamos que nos
prostrarmos diante do Senhor. Nós tínhamos que nos alegrarmos no Senhor.
De fato, muito interessante o presente tema das
primícias que daria um livro muito interessante e rico em aprendizado.
Ligado ao assunto das primícias não poderia deixar
de se falar nos dízimos que tudo tinha a ver e estavam profundamente
relacionados.
Tudo é do Senhor! É ele que nos dá de tudo que a ele
pertence. As primícias é um reconhecimento de que a colheita é dele e significa
que se as primícias ou os primeiro frutos são bons toda a colheita, o restante
dela, também será bom.
Se trouxemos as primícias, devemos agora trazer os
dízimos, com a mesma alegria e disposição do coração de forma que não faltasse
mantimentos na casa do Senhor. Eles seriam dados aos levitas, ao estrangeiro,
ao órfão e às viúvas.
O final do segundo discurso é a introdução do
terceiro e último discurso de Moisés que no nosso entender estava relacionado à
aliança entre Deus e o povo por meio de um mediador.
Deus estava dando leis, estatutos, juízos para serem
guardados e cumpridos de todo coração e de toda alma. Pela reação deles, Deus
estava se comprometendo e se declarando Deus deles por causa que estavam
prometendo que fariam a parte deles dentro da aliança e Deus a dele:
·
Andar
nos seus caminhos.
·
Guardar
os seus estatutos, mandamentos e juízos.
·
Dar
ouvidos à sua voz.
Em outra ocasião, Moisés também havia aspergido o
sangue da aliança sobre o altar, sobre o livro da Aliança e sobre o povo no
Sinai – Ex 24:6-8 -, e o povo havia já respondido com um juramento de
obediência – Ex 24:7.
Dt
26:1 E será que, quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus
te der por herança, e a
possuíres, e nela habitares,
Dt 26:2 Então tomarás das
primícias de todos os frutos do solo,
que recolheres da
terra, que te dá o SENHOR teu Deus,
e
as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher
o SENHOR teu
Deus, para ali fazer habitar o seu nome.
Dt 26:3 E irás ao sacerdote, que
houver naqueles dias, e dir-lhe-ás:
Hoje declaro
perante o SENHOR teu Deus que entrei na terra
que
o SENHOR jurou a nossos pais dar-nos.
Dt 26:4 E o sacerdote tomará o
cesto da tua mão,
e o porá diante
do altar do SENHOR teu Deus.
Dt 26:5 Então testificarás
perante o SENHOR teu Deus, e dirás:
Arameu, prestes a
perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito,
e
ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu
até
vir a ser nação grande, poderosa, e numerosa.
Dt 26:6 Mas os
egípcios nos maltrataram e nos afligiram,
e
sobre nós impuseram uma dura servidão.
Dt 26:7 Então
clamamos ao SENHOR Deus de nossos pais;
e
o SENHOR ouviu a nossa voz, e atentou para a
nossa
miséria, e para o nosso trabalho,
e
para a nossa opressão.
Dt 26:8 E o
SENHOR nos tirou do Egito com mão forte,
e
com braço estendido, e com grande espanto,
e
com sinais, e com milagres;
Dt 26:9 E nos
trouxe a este lugar, e nos deu esta terra,
terra
que mana leite e mel.
Dt 26:10 E eis
que agora eu trouxe as primícias
dos
frutos da terra que tu, ó SENHOR, me deste.
Então as porás perante o SENHOR
teu Deus, e te inclinarás perante o
SENHOR teu Deus,
Dt 26:11 E te alegrarás por todo
o bem que o SENHOR teu Deus
te tem dado a ti
e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro
que
está no meio de ti.
Dt
26:12 Quando acabares de separar todos os dízimos da tua
colheita no ano terceiro, que é
o ano dos dízimos,
então os darás ao levita, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva,
para que comam
dentro das tuas portas, e se fartem;
Dt 26:13 E dirás perante o
SENHOR teu Deus:
Tirei da minha
casa as coisas consagradas
e
as dei também ao levita,
e
ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva,
conforme
a todos os teus mandamentos que
me
tens ordenado;
não transgredi os
teus mandamentos, nem deles me esqueci; Dt
26:14 Delas não comi no meu luto, nem delas nada tirei quando
imundo, nem delas
dei para os mortos;
obedeci
à voz do SENHOR meu Deus;
conforme
a tudo o que me ordenaste, tenho feito.
Dt 26:15 Olha desde a tua santa
habitação, desde o céu,
e abençoa o teu
povo,
a Israel, e a
terra que nos deste, como juraste a nossos pais,
terra
que mana leite e mel.
Dt
26:16 Neste dia, o SENHOR teu Deus te manda cumprir estes estatutos
e juízos; guarda-os pois, e
cumpre-os com todo o teu coração e com
toda a tua alma.
Dt 26:17 Hoje declaraste ao
SENHOR que ele te será por Deus,
e que andarás nos
seus caminhos, e guardarás
os seus
estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos,
e
darás ouvidos à sua voz.
Dt 26:18 E o SENHOR hoje te
declarou que tu lhe serás por seu
próprio povo,
como te tem dito, e que guardarás todos
os
seus mandamentos.
Dt 26:19 Para assim te exaltar
sobre todas as nações que criou,
para louvor, e
para fama, e para glória, e para que sejas um
povo
santo ao SENHOR teu Deus,
como
tem falado.
Claramente se vê que a intenção da aliança era,
entre outras coisas, exaltar Israel em louvor, renome e glória sobre todas as
nações que o próprio Senhor tinha feito. Eles seriam o povo santo ao Senhor
Deus, como tinha mesmo dito.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
sexta-feira, janeiro 31, 2014
Jamais Desista
Deuteronômio 25: 1-19 – PESOS E MEDIDAS JUSTAS.
Estamos no penúltimo capítulo do tema, bem extenso,
do detalhamento das condições da aliança – são 15 capítulos que vai do 12:1 até
o capítulo 26:15, estamos ainda no segundo discurso de Moisés em Deuteronômio à
segunda geração.
O presente assunto dá um estudo de caso interessante
e até um bom livro: NO BRASIL, O CRIME COMPENSA!
Ressaltamos que em cada capítulo, estamos vendo
algum aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração preparando
eles para a ocupação da Terra Prometida.
No presente capítulo, 25, teremos as seguintes
divisões didáticas: orientações gerais relacionadas às penas de açoites, “40-1”
– vs. 1-4; acerca do levirato – vs. 5-12; orientações gerais sobre os pesos e
medidas justas - vs. 13-16; e, terminando o capítulo, uma palavra contra
Amaleque para o destruir – vs. 17-19.
Como já falamos noutras oportunidades, em Israel não
haviam cadeias e os crimes e os criminosos eram tratados quase que de imediato
e essa era uma forma de se tratar o culpado, conforme ele fosse realmente
culpado e digno de açoites. Constatamos essa prática muitos tempos depois,
conforme se vê em II Co 11:24 e em tantos outros lugares e referências – Jesus
levou a pena de açoites, Paulo também e muitos outros homens de Deus.
Na nossa sociedade é o contrário, por causa de nossa
sistema de punições e prisões temos de construir dentro da sociedade uma outra
sociedade e dela cuidar. Esta é a sociedade dos encarcerados, daqueles que
optaram por um sistema de vidas sem escrúpulos e sem regras para se viver em comunidade.
Mantemos os criminosos na esperança de sua
reeducação e reimplantação à sociedade como membro participante e ativo.
Sinceramente não sei se os resultados e estatísticas nos forneçam algum
resultado satisfatório.
A demora na aplicação de uma penalidade acaba
incentivando o infrator que até nutre a esperança de que a punição devida ao
seu caso nem aconteça. Também é uma forma de incentivo a falta da pregação – ou
profecia-, como está escrito que por falta de profecia o povo se corrompe Pv
29:18.
Paulo citou e explicou o caso do boi que debulha que
está no verso 4 deste capítulo ao se referir ao trabalhador digno de seu
salário quando está em seu trabalho. Se o boi está trabalhando, debulhando o
trigo, não é justo atar a sua boca, mas deixá-lo se alimentar e essa já é uma
parte de sua recompensa.
Assim, o ministro de Deus a serviço de Deus junto ao
povo de Deus também deve aproveitar a ocasião para se alimentar e isso não
seria injusto, mas correto diante de Deus. Paulo chega a dizer, aplicando a lei
ao contexto da época, que o maior cuidado de Deus – não que Deus não tenha
qualquer cuidado com os animais - não era com o boi, mas com o que trabalha e
pode licitamente se beneficiar disso.
Em todos os casos jamais deverá prevalecer a
injustiça ou a ganância que já, no caso, viraria uma exploração. Paulo tratou disso em I Co 9:9-12; I Tm 5:18
e Lc 10:7. A argumentação de Paulo foi que se o princípio se aplicou aos bois,
devia-se aplicar ainda mais aos pregadores cristãos. Em suma, digno é o
trabalhador de seu salário.
Levirato é uma palavra latina onde levir significa
irmão do marido, ou seja cunhado. Poderemos ver alguns exemplos do
funcionamento dessa lei no tempo dos patriarcas, em Rute e no Novo Testamento:
Mt 22:23-28; Mc 12:18-23; Lc 20:27-33. A intenção da lei do levirato era
proteger o patrimônio da família para ele ficar na família e não ir para outras
famílias.
O princípio que prevalecia no caso das medidas
justas era o princípio da justiça. Deus é justo e não admite injustiças. Se os
pesos não são justos, os lucros devidos são fruto do engano, da mentira e do
erro o qual Deus não toleraria.
A ordem aqui era para a prática da justiça e a
promessa devida seria que Deus prolongaria os seus dias na face da terra.
Quantos não gostariam de prolongar sua jornada na terra? Quantos não pagariam
milhões por isso? E o segredo está na justiça e no temor a Deus, mais do que em
qualquer receita ou dieta ou prática salutar.
Dt 25:1 Quando
houver contenda entre alguns,
e vierem a juízo, para que os
julguem,
ao justo
justificarão,
e ao injusto
condenarão.
Dt 25:2 E será que, se o injusto
merecer açoites,
o juiz o fará
deitar-se, para que seja açoitado diante de si; segundo a sua culpa,
será o número de açoites.
Dt 25:3 Quarenta açoites lhe
fará dar, não mais;
para que,
porventura, se lhe fizer dar mais açoites
do que estes, teu
irmão não fique envilecido aos teus olhos. Dt 25:4 Não atarás a boca ao boi,
quando trilhar.
Dt
25:5 Quando irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho,
então a mulher do falecido não
se casará com homem estranho,
de fora; seu cunhado
estará com ela, e a receberá por
mulher, e fará a
obrigação de cunhado para com ela.
Dt 25:6 E o primogênito que ela
lhe der será sucessor do nome do seu
irmão falecido,
para que o seu nome não se apague em Israel.
Dt 25:7 Porém, se o homem não
quiser tomar sua cunhada,
esta subirá à
porta dos anciãos, e dirá:
Meu cunhado
recusa suscitar a seu irmão nome em Israel;
não
quer cumprir para comigo o dever de cunhado.
Dt 25:8 Então os anciãos da sua
cidade o chamarão,
e com ele falarão;
e, se ele persistir, e disser:
Não
quero tomá-la; Dt 25:9 Então sua cunhada se
chegará
a ele na presença dos anciãos,
e
lhe descalçará o sapato do pé,
e
lhe cuspirá no rosto, e protestará, e dirá:
Assim
se fará ao homem que não edificar
a
casa de seu irmão;
Dt 25:10 E o seu nome se chamará
em Israel:
A casa do
descalçado.
Dt 25:11 Quando pelejarem dois
homens, um contra o outro,
e a mulher de um
chegar para livrar a seu marido da mão do
que
o fere, e ela estender a sua mão, e lhe pegar
pelas
suas vergonhas,
Dt 25:12 Então
cortar-lhe-ás a mão;
não
a poupará o teu olho.
Dt
25:13 Na tua bolsa não terás pesos diversos, um grande e um pequeno.
Dt
25:14 Na tua casa não terás dois tipos de efa, um grande e um pequeno.
Dt 25:15 Peso inteiro e justo
terás; efa inteiro e justo terás;
para que se
prolonguem os teus dias na terra que te dará
o
SENHOR teu Deus.
Dt 25:16 Porque abominação é ao
SENHOR teu Deus todo aquele que
faz isto, todo
aquele que fizer injustiça.
Dt
25:17 Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho,
quando saías do Egito; Dt 25:18
Como te saiu ao encontro no
caminho, e feriu
na tua retaguarda todos os fracos que iam
atrás de ti, estando tu cansado
e afadigado; e não temeu a Deus.
Dt 25:19 Será, pois, que, quando
o SENHOR teu Deus te tiver dado
repouso de todos
os teus inimigos em redor,
na
terra que o SENHOR teu Deus te dá por herança,
para possuí-la,
então apagarás a memória de Amaleque
de
debaixo do céu; não te esqueças.
Por fim, neste capitulo, uma clara declaração de que
deveriam dar um jeito em Amaleque que não temendo a Deus, atacou Israel em suas
fraquezas e retaguarda, sem qualquer escrúpulo e isso num momento de fraqueza e
de lutas contra o Egito quando sai da escravidão para se tornar uma grande
nação.
O juízo contra Amaleque foi pronunciado por Deus
para ser executado por Israel dando a eles um fim total apagando a sua memória
de debaixo do céu.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
quinta-feira, janeiro 30, 2014
Jamais Desista
Deuteronômio 24: 1-22 – O DIVÓRCIO.
Ainda estamos com o tema, bem extenso, do detalhamento
das condições da aliança – são 15 capítulos que vai do 12:1 até o capítulo
26:15, estamos no segundo discurso de Moisés em Deuteronômio à segunda geração.
Ressaltamos que em cada capítulo, estamos vendo algum
aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração preparando eles para
a ocupação da Terra Prometida.
No presente capítulo, 24, teremos as seguintes
divisões didáticas: orientações gerais acerca do divórcio – vs. 1-4;
orientações gerais de caráter humanitário – vs. 5-22.
Uma questão importante e delicada é a questão do
divórcio que mesmo os fariseus vieram a experimentar o Senhor com perguntas
relacionadas à carta de divórcio permitida por Moisés.
Por isso que eles perguntaram ao Senhor se era lícito
repudiar a sua mulher por qualquer motivo. Ao que o Senhor lhes respondeu que
não era assim que estava na lei, nem era o que Deus fez desde o início e que se
ele, Deus ajuntou, quem seria o homem para desajuntar?
Eles estavam se valendo de uma interpretação
gramatical que o texto lhes permitia, mas que não era a essência das coisas de
Deus. Depois da resposta sábia e cheia do Espírito Santo a eles, praticamente proibindo o divórcio, eles lhe
jogaram em rosto que Moisés tinha permitido repudiar.
A intenção deles era pegar Jesus se contradizendo ou
contradizendo Moisés. No entanto, Jesus lhes mostrou que Moisés em Dt 24:1-4
não estava dando razões para o divórcio, mas fazendo provisões para o caso de
divórcio.
Vejamos um Artigo Teológico interessante referente a
Mt 19 da Bíblia de Estudo de Genebra: Casamento e divorcio: o divórcio é uma
opção?
O casamento é um
relacionamento exclusivo no qual um homem e uma mulher assumem um compromisso
mútuo de viver em aliança e, com base nesse voto solene, se tornam fisicamente
"uma só carne" (Gn 2.24; MI 2.14; Mt 19.4-6). De acordo com a
Confissão de Fé de Westrninster, "O matrimônio foi ordenado para o mútuo
auxílio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por uma sucessão
legitima e da Igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza
[licenciosidade sexual e imoralidade)" (CFW 24.2; cf. Gn 1.28; 2.18; 1C:o
7.2-9). O ideal de Deus para o casamento é que o homem e a mulher experimentem
plenitude nessa relação de reciprocidade (Gn 2.23) e que compartilhem da obra
criadora divina ao gerar novos seres humanos. O casamento é para todos, salvo
raras exceções, mas é da vontade de Deus que os cristãos só se casem com
pessoas comprometidas com Cristo (1Co 7.39; cf. Ed 9-10; Ne 13.23-27; Mt
19.10-12; 2Co 6.14). A intimidade mais profunda é impossível quando os cônjuges
não compartilham a mesma fé.
Ao usar o
relacionamento de Cristo com a igreja para ilustrar como o casamento cristão
deve ser, Paulo ressalta a responsabilidade específica do marido como servo,
líder e protetor de sua esposa, bem como o chamado da esposa para aceitar esse
papel do seu marido (Ef 5.21-33). No entanto, a distinção de papéis não sugere,
de maneira nenhuma, que a esposa seja inferior. Como portadores da imagem de
Deus, tanto o marido como a esposa possuem a mesma dignidade e valor e devem
cumprir seus papeis com base no respeito mútuo fundamentado no reconhecimento
de sua igualdade aos olhos de Deus.
Deus odeia o
divórcio (Ml 2:16) e, no entanto, criou um procedimento de separação que
proteja a esposa divorciada (Dt 24,1 -4). No entanto Jesus declarou que essa
prescrição foi dada "por causa da dureza do vosso coração" (Mt 19.8).
O divórcio não é o ideal, mas sim um modo de amenizar os danos causados pelo
pecado. Em Mt 5.31-39 e 19.8-9, Jesus ensina que a infidelidade conjugal (o
pecado de adultério) rompe a aliança de casamento e justifica o divórcio
(embora seja preferível buscar a reconciliação). No entanto, um homem que
repudia a sua esposa por qualquer outro motivo menos sério se torna culpado de
adultério quando se casa novamente e leva a sua esposa divorciada a adulterar
se esta também se casar outra vez. O divórcio e o novo casamento sempre constituem
um desvio do ideal de Deus para o relacionamento sexual. Convém observar que,
ao lhe ser perguntado "É lícito ao marido repudiar sua mulher...?"
(Mt 19:3), Jesus não afirmou que, por vezes, o divórcio é uma boa opção,
preferível a manter um relacionamento conjugal doentio. Antes, explicou que o
divórcio pode ser permitido pelo fato de haver ocasiões em que o coração
continua endurecido (Mt 19.4-6).
Paulo acrescentou que
um cristão abandonado pelo seu cônjuge incrédulo não está "sujeito à
servidão" I Co 7:15, indicando que esse cristão pode considerar o relacionamento
encerrado. Ainda assim, a Bíblia deixa várias questões sem resposta clara: Que
tipo de comportamento da parte de um cônjuge incrédulo pode ser caracterizado
como abandono? Um cristão professo pode ser tido como um incrédulo caso
abandone o seu cônjuge? O abandono permite à parte abandonada casar-se
novamente? Estas e outras questões relacionadas são e, ao que parece,
continuarão sendo motivo de controvérsia entre os teólogos reformados.
Um exemplo que sempre me impressionou foi o caso entre
Nabal e Abigail. Nabal era tão mal esposo que o Senhor o feriu depois de uma
bebedeira e ele veio a morrer dentro de dez dias. Se o seu marido ou esposa é
“um Nabal” deixe que o Senhor resolverá toda questão.
Somente o tema divórcio dá livros e mais livros e não
será numa reflexão no capítulo 24 que conseguiremos algo importante, mas fica
aí algumas ideias e opiniões para continuarmos a refletir no assunto.
Depois do divórcio, o presente capítulo falará de
diversas leis de caráter humanitário que resumidamente procuravam melhorar a
sociedade daquela época.
Dt 24:1 Quando um homem tomar uma mulher e se
casar com ela,
então será que, se não achar
graça em seus olhos, por nela encontrar
coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio,
coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio,
e
lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.
Dt 24:2 Se ela, pois, saindo da
sua casa, for e se casar
com outro homem,
Dt 24:3 E este também a desprezar,
e
lhe fizer carta de repúdio, e lha der na sua mão,
e
a despedir da sua casa,
ou se este último
homem, que a tomou para si por mulher,
vier
a morrer, Dt 24:4 Então seu primeiro marido,
que
a despediu, não poderá tornar a tomá-la,
para que seja sua
mulher, depois que foi contaminada;
pois
é abominação perante o SENHOR;
assim não farás
pecar a terra que o SENHOR teu Deus
te
dá por herança.
Dt
24:5 Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra,
nem se lhe imporá encargo algum;
por um ano inteiro ficará
livre na sua casa
para alegrar a mulher, que tomou.
Dt 24:6 Não se tomará em penhor ambas as mós,
Dt 24:6 Não se tomará em penhor ambas as mós,
nem a mó de cima
nem a de baixo;
pois
se penhoraria assim a vida.
Dt
24:7 Quando se achar alguém que tiver furtado
um dentre os seus irmãos, dos
filhos de Israel, e escravizá-lo,
ou vendê-lo, esse
ladrão morrerá,
e
tirarás o mal do meio de ti.
Dt
24:8 Guarda-te da praga da lepra, e tenhas grande cuidado de fazer
conforme a tudo o que te
ensinarem os sacerdotes levitas;
como lhes tenho
ordenado, terás cuidado de o fazer.
Dt 24:9 Lembra-te do que o SENHOR
teu Deus
fez a Miriã no
caminho, quando saíste do Egito.
Dt
24:10 Quando emprestares alguma coisa ao teu próximo,
não entrarás em sua casa, para
lhe tirar o penhor.
Dt 24:11 Fora
ficarás; e o homem, a quem emprestaste,
te
trará fora o penhor.
Dt 24:12 Porém, se for homem
pobre, não te deitarás
com o seu penhor.
Dt 24:13 Em se pondo o sol, sem falta
lhe
restituirás o penhor; para que durma na sua
roupa,
e te abençoe;
e isto te será
justiça diante do SENHOR teu Deus.
Dt
24:14 Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos,
ou de teus estrangeiros, que está
na tua terra e nas tuas portas.
Dt
24:15 No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso;
porquanto pobre é, e sua vida
depende disso;
para que não clame
contra ti ao SENHOR,
e
haja em ti pecado.
Dt
24:16 Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais;
cada um morrerá pelo seu pecado.
Dt
24:17 Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão;
nem tomarás em penhor a roupa da
viúva.
Dt 24:18 Mas
lembrar-te-ás de que foste servo no Egito,
e de
que o SENHOR teu Deus te livrou dali;
pelo
que te ordeno que faças isso.
Dt
24:19 Quando no teu campo colheres a tua colheita,
e esqueceres um molho no campo,
não tornarás a tomá-lo;
para o
estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será;
para que o SENHOR teu Deus te
abençoe em toda a obra
das tuas mãos. Dt
24:20
Quando sacudires a tua oliveira,
não voltarás para colher o fruto dos
ramos; para o
estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será.
Dt 24:21 Quando vindimares a tua
vinha, não voltarás
para rebuscá-la;
para o estrangeiro, para o órfão,
e
para a viúva será.
Dt
24:22 E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito;
portanto te ordeno que faças
isso.
São diversas orientações gerais para os casos de
caráter humanitário e entre eles se destaca a preocupação e o cuidado com os
estrangeiros, os órfãos e as viúvas. O fato de eles terem sido escravos no
Egito deve estar fresco em suas memórias para poderem tratar os outros com mais
brandura e humanidade.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
quarta-feira, janeiro 29, 2014
Jamais Desista
Deuteronômio 23: 1-25 – DIVERSAS ORIENTAÇÕES.
Falta pouco para terminarmos o segundo discurso de
Moisés. Ainda estamos com o tema, bem extenso, do detalhamento das condições da
aliança – são 15 capítulos que vai do 12:1 até o capítulo 26:15, estamos no
segundo discurso de Moisés em Deuteronômio à segunda geração.
Ressaltamos que em cada capítulo, estamos vendo algum
aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração preparando eles para
a ocupação da Terra Prometida.
No presente capítulo, 23, teremos as seguintes
divisões didáticas: orientações acerca das pessoas que são excluídas das
assembleias, ou congregações santas – vs. 1-8; acerca da limpeza do acampamento
– vs. 9-14; acerca dos fugitivos, prostitutas e usura – vs. 15-20; e,
finalmente, mais uma vez, orientação acerca dos votos – vs. 21-25.
Embora a expressão assembleia – ou congregação - santa
apareça aqui, neste capítulo, seis vezes, em todo o Antigo Testamento, somente
aparecerá mais 5 vezes, sendo que uma delas é para se referir a essa passagem –
Ne 13:1.
Também os textos em referência não deixam claro o que
significa essa assembleia, se todo o Israel ou se alguma parte dele em
especial. Ficaram claramente excluídos os que tiveram problemas com seus
testículos, os bastardos e os amonitas. Já o Edomeu e o Egípcio a palavra foi
para que não os abominassem.
A questão de Balaão é novamente levantada e eles
recebem a orientação contra os que contrataram a este falso profeta para
amaldiçoar a Israel. Deus não quis ouvi-lo e transformou as maldições em
bênçãos porquanto amava Israel.
Este amor a Israel foi uma escolha de Deus
independentemente das obras praticadas por eles que, na verdade, não eram nada
de acordo com o que queria e pedia o Senhor a eles.
São muitas as orientações que Israel estava recebendo
da parte de Moisés que já se preparava para o grande momento das conquistas e o
começo de uma nova era na vida deles.
Moisés ainda vivia, mas estava muito próximo o seu
fim. Novamente ele fala dos votos e da seriedade deles diante do Senhor que, na
maioria das vezes, é feito em situação de grande desespero ou nas provações.
Lv 27 e Nm 30 também irão falar dos votos e de como é
sério essa questão.
Dt
23:1 Aquele a quem forem trilhados os testículos,
ou cortado o membro viril,
não entrará na
congregação do SENHOR.
Dt 23:2 Nenhum bastardo entrará
na congregação do SENHOR;
nem ainda a sua
décima geração entrará na congregação
do
SENHOR.
Dt 23:3 Nenhum amonita nem
moabita entrará na congregação
do SENHOR; nem
ainda a sua décima geração entrará
na
congregação do SENHOR eternamente.
Dt 23:4 Porquanto não saíram com
pão e água,
a receber-vos no
caminho, quando saíeis do Egito;
e
porquanto alugaram contra ti a Balaão,
filho de Beor, de
Petor, de Mesopotâmia, para te amaldiçoar.
Dt 23:5 Porém o SENHOR teu Deus
não quis ouvir Balaão;
antes o SENHOR teu
Deus trocou em bênção a maldição;
porquanto
o SENHOR teu Deus te amava.
Dt 23:6 Não lhes procurarás nem
paz nem bem em todos os teus dias
para sempre.
Dt 23:7 Não abominarás o edomeu,
pois é teu irmão;
nem abominarás o
egípcio, pois estrangeiro
foste
na sua terra.
Dt 23:8 Os filhos que lhes
nascerem na terceira geração,
cada um deles
entrará na congregação do SENHOR.
Dt
23:9 Quando o exército sair contra os teus inimigos,
então te guardarás de toda a
coisa má.
Dt
23:10 Quando entre ti houver alguém que, por algum acidente noturno,
não estiver limpo, sairá fora do
arraial; não entrará no meio dele.
Dt 23:11 Porém será que,
declinando a tarde, se lavará em água;
e, em se pondo o
sol, entrará no meio do arraial.
Dt 23:12 Também terás um lugar
fora do arraial, para onde sairás.
Dt 23:13 E entre as tuas armas
terás uma pá; e será que,
quando estiveres
assentado, fora, então com ela cavarás
e,
virando-te, cobrirás o que defecaste.
Dt 23:14 Porquanto o SENHOR teu
Deus anda no meio de teu arraial,
para te livrar, e
entregar a ti os teus inimigos;
pelo
que o teu arraial será santo,
para que ele não
veja coisa feia em ti, e se aparte de ti.
Dt
23:15 Não entregarás a seu senhor o servo que, tendo fugido dele,
se acolher a ti; Dt 23:16 Contigo
ficará, no meio de ti,
no lugar que
escolher em alguma das tuas portas,
onde
lhe agradar; não o oprimirás.
Dt
23:17 Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel;
nem haverá sodomita dentre os
filhos de Israel.
Dt 23:18 Não trarás o salário da
prostituta nem preço de um sodomita
à casa do SENHOR
teu Deus por qualquer voto;
porque ambos são igualmente
abominação ao SENHOR teu Deus.
Dt
23:19 A teu irmão não emprestarás com juros, nem dinheiro, nem comida,
nem qualquer coisa que se
empreste com juros.
Dt
23:20 Ao estranho emprestarás com juros,
porém a teu irmão não emprestarás
com juros;
para que o SENHOR
teu Deus te abençoe
em tudo que puseres a tua mão, na
terra a qual vais a possuir.
Dt
23:21 Quando fizeres algum voto ao SENHOR teu Deus,
não tardarás em cumpri-lo; porque
o SENHOR teu Deus
certamente o
requererá de ti, e em ti haverá pecado.
Dt 23:22 Porém, abstendo-te de
votar, não haverá pecado em ti.
Dt 23:23 O que saiu dos teus
lábios guardarás, e cumprirás,
tal como
voluntariamente votaste ao SENHOR teu Deus,
declarando-o
pela tua boca.
Dt
23:24 Quando entrares na vinha do teu próximo, comerás uvas
conforme ao teu desejo até te
fartares,
porém não as porás
no teu cesto.
Dt 23:25 Quando entrares na seara
do teu próximo, com a tua mão
arrancarás as
espigas; porém não porás a foice
na seara
do teu próximo.
Poderia alguém comer da vinha de seu
próximo sem problemas e também se fartar de suas espigas, mas somente para o
que fosse para saciar a sua fome ali e não para ajuntamento e uso que iria além
disso.