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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Levítico 18: 1-30 – LEIS ACERCA DO COMPORTAMENTO S...

Estamos vendo agora A PRÁTICA DA SANTIDADE – 17:1 – 27:34, onde Moisés revelará as amplas implicações do chamado de Israel à santidade ao falar sobre como permanecer santo nas diferentes áreas da vida.
Observando a estruturação proposta pela BEG que divide esta quarta parte em etapas, vimos ontem os sacrifícios e os alimentos, que ocupa todo o capítulo 17 e hoje, veremos o comportamento se*x*ual, que também ocupa todo o capítulo 18, o qual dividiremos em duas partes.
Do vs. 1-18, veremos sobre as práticas ilícitas associadas ao se*xo e a à família, incluindo o incesto – vs. 6-18 e os casamentos ilícitos e do vs. 19-30, sobre as uniões abomináveis: o adultério, vs. 20; o sacrifício de crianças, vs. 21; a questão homo-sse-xual – vs. 22 e a bestialidade, vs. 23.
A nação de Israel estava no meio de nações sem temor a Deus e sem quaisquer escrúpulos que praticavam se-xo sem qualquer regra ou observância espiritual a não ser àquelas relacionadas às suas religiões e práticas espirituais.
Sem qualquer limite, a se-xualidade aflorava por meio de tudo que fosse imaginação dos corações dos homens decaídos. Não havia limites para a imaginação e isso envolvia crianças, animais, defuntos e outras aberrações.
Como nos diz Hernandes Dias Lopes:
A teologia determina a vida
Os sacerdotes deixaram de ensinar a Palavra e o povo se corrompeu. Práticas erradas são frutos de princípios errados. Eles estavam lidando de forma errada uns com os outros, porque estavam lidando de forma errada com Deus.” (HDL).
A corrupção moral, entre elas àquelas relacionadas às práticas se-xuais, são devidas à ausência da pregação da Palavra de Deus. Se estamos enfrentando ou passando por uma fase na sociedade em que a questão se-xual está aflorada e sem controle ou censura alguma é por causa dessa ausência da Palavra de Deus.
Não estou defendendo a ausência de se-xo taxando-o de proibido ou fruto do pecado ou algo que devemos ignorar apesar de nossas vontades e desejos. Pelo contrário, somos seres normais e com sua se-xualidade normal e praticamos se-xo sem medo e sem culpa, mas dentro dos padrões que Deus nos permitiu: no casamento!
É clara a Palavra de Deus contra práticas hoje consideradas normais e até legalizadas modernamente. A palavra nos diz de forma muito clara que a terra é contaminada por tais práticas e que Deus não gosta disso. O juízo de Deus é certo! Cuidado!
Dentro do tema em questão acho pertinente o compartilhamento de uma entrevista fictícia de Rev. Augustus Nicodemus Lopes:
Entrevista sobre Por-no-grafia[1]
Consumir po-rno-grafia é mais comum do que pensamos pelos que se declaram evangélicos. Infelizmente o número de homens e mulheres que se declaram cristãos e que consomem imagens po-rno-gráficas pela internet, celular e outras mídias, é alarmante.
Enquanto que muitos já cauterizaram a consciência com argumentações a favor de consumir por-nografia, outros ainda estão lutando para se livrar dela. Esta luta por vezes é silenciosa, oculta, solitária, por causa da vergonha ou do receio de se buscar ajuda. Há muitos testemunhos de pessoas que um dia foram viciadas em se-xo virtual mas que, com a graça de Deus, encontraram libertação.
Ninguém nunca me entrevistou sobre este assunto, mas imagino que uma entrevista seria mais ou menos assim:
1) Pode definir o que é por-nografia?
Por-nografia é aquilo tipo de coisa que é difícil de definir, mas que todo mundo reconhece na hora que vê. É a representação da nudez e do comportamento se-xual humano com o objetivo de produzir excitação se-xual por qualquer tipo de mídia. Geralmente trata os seres humanos como coisas e as mulheres, em particular, como objetos se-xuais.
2) Por que as igrejas não falam mais deste assunto, já que certamente existem muitos membros viciados em por-nografia?
Diversas razões. O assunto é considerado como melindroso de ser tratado em público. Além disto, alguns líderes receiam despertar o interesse das pessoas pela p-o-rnografia se começarem a falar sobre ela. Mais importante, pode ser que a própria liderança de algumas igrejas não se sinta autorizada a falar contra isto pelo fato de estarem, eles mesmos, lutando contra a adição à por-nogr-afia. Mas, é dever da Igreja orientar seus membros quanto ao ensino bíblico da se-xualidade. Uma abordagem honesta, firme e bíblica instruirá a comunidade sem despertar curiosidades indevidas.
3) É lícito a casais cristãos usarem material erótico em busca de maior enriquecimento das relações se-xuais dentro do casamento?
Acredito que não. O casamento não transforma o quarto de casal em quarto de motel. O que Jesus falou sobre a pureza das intenções no olhar para uma mulher (Mt 5.28 ) e o que Paulo nos ensinou sobre ocupar a mente com coisas aprovadas por Deus (Fp 4.8 ) continuam valendo para quem é casado. O fato de que o casal concorda em ver po-rno-grafia juntos não diminui em nada o peso destes ensinos. Casais cristãos que querem melhoria na vida se-xual, podem utilizar livros sobre a se-xualidade escritos da perspectiva bíblica, que ajudam a enriquecer a intimidade marital e melhorar a técnica se-x-ual no casamento, sem incorrer em adultério e nos riscos envolvidos no uso de material por-nográfico.
4) Mas, e fantasiar durante as relações se-xuais com o marido ou a esposa, trazendo à mente imagens de relações s-e-xuais? Seria errado também?
Sim, conforme resposta dada à pergunta anterior. É uma violação de Mateus 5.28 e de Filipenses 4.8.
5) Por que cristãos, que sabem que a por-nografia é danosa e pecaminosa, se aventuram ainda a visitar sites po-rnográficos na Internet?
Eu poderia mencionar alguns aspectos da po-rnografia que a tornam atraente, como ser acessível, grátis e anônima. A razão primordial, porém, é a degradação do coração humano. Tal corrupção permanece no cristão e o inclina a todo mal. Conforme ensina o Senhor Jesus, “de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, … os adultérios … as malícias … a lascívia…” (Mc 7.22-23). Ensina ainda o apóstolo Paulo: “as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia…” (Gl 5.19). Portanto, a libertação tem que levar em conta que o problema é espiritual.
6) Se uma pessoa casada está tendo problemas com po-rnografia, deveria confessar ao cônjuge?
Teoricamente, sim. No processo de vencer este hábito pecaminoso é importante ter alguém – de preferência o cônjuge – a quem prestar contas dos seus atos e pedir orações e apoio. Além disto, consumir po-rnografia é pecado contra o cônjuge, pois se constitui em adultério. Biblicamente, deveríamos confessar ao cônjuge e pedir-lhe perdão, além de seu apoio e ajuda para vencer o hábito. Todavia, em certos casos, pode ser que o cônjuge não esteja preparado para tomar conhecimento destes fatos. Será preciso ajuda de um conselheiro capaz e experiente, para ajudar no processo.
7) É lícito ao cristão ver imagens de nudez apenas para apreciá-las como arte?
Devido ao fato que somos seres s-ex-uados, é praticamente impossível se expor à nudez sem que haja despertamento s-ex-ual, fantasias, desejos, impulsos e intenções. Isto é agravado pela presença da natureza pecaminosa no cristão, tornando-se praticamente impossível para um homem apreciar a nudez feminina sem o despertamento da lascívia e intenções s-ex-uais. Além disto, a indústria po-rnográfica produz imagens de mulheres e homens nus, não para serem apreciados como arte, mas para provocarem a excitação se-xual e a masturbação. Por fim, ao cobrir a nudez de Adão e Eva (Gn 3.21), Deus já indicou que a nudez deve ser velada e desfrutada apenas no ambiente de casamento.
8 ) A masturbação é errada?
Este hábito está profundamente ligado à p-orno-grafia. A masturbação é errada porque envolve o uso de imagens mentais eróticas e fantasias se-xuais, violando Mateus 5.28. Dificilmente alguém se mastur-baria pensando nas cataratas do Niágara...
9) Já que a p-ornografia é legal no Brasil, por que um cristão, que também é cidadão brasileiro, não pode consumi-la?
O motivo é que o cristão se rege primeiramente pela Palavra de Deus. Ainda que no Brasil seja legal a publicação, veiculação e consumo de material por-nográfico, contudo as Escrituras condenam a prostituição, a perversão se-xual, o adultério, a sodomia, o lesbianismo, e outras práticas se-xuais que são objeto da por-nografia.
Temos de ter em mente os princípios bíblicos fundamentais para a se-xualidade que estão estabelecidas em Gn 1-2 no qual a criação de um homem e de uma mulher para ser sua companheira estabeleceu o padrão normativo a ser seguido por todos nos relacionamentos s-ex-uais.
Quanto às uniões entre homens e mulheres, esse conjunto de leis pressupunha que um israelita se casaria com alguém de seu povo. No entanto, as uniões entre parentes de primeiro grau – irmão e irmã, pai e filha – e segundo grau – avô e neta, sobrinho e tia – eram proibidas.
Lv 18:1 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
                Lv 18:2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:
Eu sou o SENHOR vosso Deus.
                Lv 18:3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito,
                               em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra
                                               de Canaã, para a qual vos levo,
                                                               nem andareis nos seus estatutos.
                Lv 18:4 Fareis conforme os meus juízos,
                               e os meus estatutos guardareis, para andardes neles.
                                               Eu sou o SENHOR vosso Deus.
                Lv 18:5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis;
                               os quais, observando-os o homem, viverá por eles.
                                               Eu sou o SENHOR.
                Lv 18:6 Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne,
                               para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR.
                Lv 18:7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe:
                               ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez.
                Lv 18:8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai;
                               é nudez de teu pai.
                Lv 18:9 A nudez da tua irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe,
                               nascida em casa, ou fora de casa,
                                               a sua nudez não descobrirás.
                Lv 18:10 A nudez da filha do teu filho, ou da filha de tua filha,
                               a sua nudez não descobrirás; porque é tua nudez.
                Lv 18:11 A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai
                               (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás.
                Lv 18:12 A nudez da irmã de teu pai não descobrirás;
                               ela é parenta de teu pai.
                Lv 18:13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás;
                               pois ela é parenta de tua mãe.
                Lv 18:14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás;
                               não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia.
                Lv 18:15 A nudez de tua nora não descobrirás:
                               ela é mulher de teu filho; não descobrirás a sua nudez.
                Lv 18:16 A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás;
                               é a nudez de teu irmão.
                Lv 18:17 A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás;
                               não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha,
                                               para descobrir a sua nudez; parentas são;
                                                               maldade é.
                Lv 18:18 E não tomarás uma mulher juntamente com sua irmã,
                               para fazê-la sua rival, descobrindo a sua nudez
                                               diante dela em sua vida.
                Lv 18:19 E não chegarás à mulher durante a separação
                               da sua imundícia, para descobrir a sua nudez,
                Lv 18:20 Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula,
                               para te contaminares com ela.
                Lv 18:21 E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar
                               pelo fogo perante Moloque;
                                               e não profanarás o nome de teu Deus.
                                                               Eu sou o SENHOR.
                Lv 18:22 Com homem não te deitarás, como se fosse mulher;
                               abominação é;
                Lv 18:23 Nem te deitarás com um animal,
                               para te contaminares com ele;
                                               nem a mulher se porá perante um animal,
                                                               para ajuntar-se com ele; confusão é.
                Lv 18:24 Com nenhuma destas coisas vos contamineis;
                               porque com todas estas coisas se contaminaram as nações
                                               que eu expulso de diante de vós.
                Lv 18:25 Por isso a terra está contaminada;
                               e eu visito a sua iniqüidade,
                                               e a terra vomita os seus moradores.
                Lv 18:26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos,
                               e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural,
                                               nem o estrangeiro que peregrina entre vós;
                Lv 18:27 Porque todas estas abominações fizeram
                               os homens desta terra, que nela estavam antes de vós;
                                               e a terra foi contaminada.
                Lv 18:28 Para que a terra não vos vomite,
                               havendo-a contaminado, como vomitou a nação
                                               que nela estava antes de vós.
                Lv 18:29 Porém, qualquer que fizer alguma destas abominações, sim,
                               aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo.
                Lv 18:30 Portanto guardareis o meu mandamento,
                               não fazendo nenhuma das práticas abomináveis
                                               que se fizeram antes de vós,
                               e não vos contamineis com elas.
                                               Eu sou o SENHOR vosso Deus.
O vs. 5 é claro ao dizer que são do Senhor os estatutos e os juízos para serem guardados e observados de forma que por eles viva o homem e tudo lhe vai bem. A palavra assim dita é do Senhor. Não adianta querer inventar ou dar desculpas. O Senhor é quem está falando e nós devemos lhe obedecer.
Se o Senhor proibiu as práticas se-x-uais fora do casamento, então desrespeitar isso significa ato de loucura e sinal de problemas para nós. O que adianta ganhar um prazer ao custo de nossas almas? Deus não nos proibiu práticas que ele reprova porque ele é mal ou queria nos punir, antes porque ele nos ama e quer o melhor para nós.
Quem se afunda no s-ex-o está buscando prazer, mas este foge dele quando ele o busca em fontes erradas e assim se torna escravo de sua carne que nunca lhe satisfará, embora o mantenha preso ao vício.
Somente tem verdadeiro prazer e experimenta o máximo do que o s-ex-o pode oferecer o crente! O restante é escravo dos seus próprios desejos, e pior, tem a sensação de que é livre para fazer o que quer e da forma que quer.



[1] Ver mensagem original no site blog: “O Tempora, O Mores”. Obs.: a presente entrevista acabou sendo assunto de uma revista periódica.

A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Levítico 17: 1-16 – A PRÁTICA DA SANTIDADE.

Saímos do assunto da impureza e de seu tratamento e chegamos no nosso último grande tema de Levítico, conforme propõe a BEG: A PRÁTICA DA SANTIDADE – 17:1 – 27:34, onde Moisés revelará as amplas implicações do chamado de Israel à santidade ao falar sobre como permanecer santo nas diferentes áreas da vida.
Observaremos a estruturação proposta pela BEG que divide esta quarta parte nas seguintes etapas:
1.     Os sacrifícios e os alimentos, os quais veremos hoje e ocupa todo o capítulo 17.
2.     O comportamento sexual, que também ocupa todo o capítulo 18.
3.     A santidade para com Deus e para com o próximo, que ocupa todo o capítulo 19.
4.     Os crimes que requerem pena de morte, no capítulo 20.
5.     As prescrições para os sacerdotes, no 21 e para os sacrifícios, no 22.
6.     As santas convocações, no capítulo 23.
7.     O azeite e os pães – 24:1-9 e a blasfêmia – 24:10-23.
8.     Os anos de libertação, todo o capítulo 25, sendo o ano sabático dos vs. 1-7 e o ano do jubileu dos vs. 8-55.
9.     As bênçãos e as maldições, todo o 26
10. Os votos feitos a Deus, no 27.
A prática da santidade não foi capricho de Moisés ou de Arão e seus filhos ou partiu ela de qualquer ser humano, antes do próprio Deus que estava querendo separar uma nação fiel de sacerdotes pronta e preparada para levar e transmitir aos outros povos a sua palavra.
Na verdade, creio eu, que Deus havia rejeitado aos que o rejeitaram e não puderam entrar no seu descanso e jamais poderão enquanto permanecerem na dureza de seus corações.
Destarte, a aliança já não era mais com a nação, mas com os obedientes, com os da fé, com aqueles que criam que Deus ainda reservava para eles uma entrada, um descanso.
Vejam algumas citações de Hebreus que enfatizam isso:
Hebreus 3:11 Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso.
Hebreus 3:18 E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?
Hebreus 4:1 Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado.
Hebreus 4:3 Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Hebreus 4:5 E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso.
Hebreus 4:8 Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia.
Hebreus 4:10 Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.
Hebreus 4:11 Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.
As exigências relativas à santidade abrangiam claramente todos os aspectos da vida de Israel, conforme elencamos acima em número de 10 e podemos depreender do texto que foi Deus quem revelou a sua vontade a Moisés com respeito a esses assuntos diversos. Em todas essas áreas, o Senhor declarou que Israel deveria imitar a santidade do seu Deu.
Foi o Senhor quem instruiu o povo acerca das proibições de oferecer sacrifícios em qualquer outro lugar além do tabernáculo, vs. 3-9 e de comer carne com sangue – vs. 10-16.
A observação mais clara de que os sacrifícios de sangue do ritual do Antigo Testamento possuíam significado substitutivo e por causa desse significado o derramamento de sangue e a sua aspersão eram indispensáveis à expiação. E o sangue ganha, por causa deste significado, um sentido importantíssimo.
Vejamos a comprovação disto, na proibição de Deus de comer o sangue: - “porque a vida da carne está no sangue. Eu vô-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação sobre a vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.” (Lv. 17:11).
Este texto faz três afirmações acerca do sangue:
1.       Primeiro: o sangue é símbolo da vida e a ênfase não está no sangue que corre nas veias, o símbolo da vida sendo vivida, mas sobre o sangue derramado, o símbolo da vida terminada, geralmente por meios violentos.
2.  Segundo: o sangue faz expiação, e o motivo de seu significado expiador é justamente a vida. É somente porque “a vida da carne está no sangue” que “é o sangue que fará expiação em virtude da vida”, ou seja, uma vida é poupada enquanto outra vida é sacrificada no seu lugar. 
      O que faz com que o sangue tenha sentido expiatório é o seu caráter substitutivo.
3.  Terceiro: Deus deu o sangue com este propósito expiador. “Eu vô-lo tenho dado”, diz o Senhor, “sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas”. ´
É, pois, deste modo que deve ser visto o sistema sacrificial do Antigo Testamento, algo providenciado e implantado por Deus, e não feito pelo homem. Os sacrifícios no Antigo Testamento não eram um mero recurso humano para aplacar a ira de Deus e sim um meio de expiação providenciado pelo próprio Deus.[1]
Lv 17:1 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
                Lv 17:2 Fala a Arão e aos seus filhos, e a todos os filhos de Israel,
                               e dize-lhes:
                Esta é a palavra que o SENHOR ordenou, dizendo:
                               Lv 17:3 Qualquer homem da casa de Israel que degolar boi,
                               ou cordeiro, ou cabra, no arraial,
                               ou quem os degolar fora do arraial, Lv 17:4 E não os trouxer
                                               à porta da tenda da congregação, para oferecer
                                               oferta ao SENHOR diante do tabernáculo
                                               do SENHOR, a esse homem será imputado o sangue;
                               derramou sangue; por isso será extirpado do seu povo;
                Lv 17:5 Para que os filhos de Israel, trazendo os seus sacrifícios,
                               que oferecem sobre a face do campo, os tragam ao SENHOR,
                               à porta da tenda da congregação, ao sacerdote,
                               e os ofereçam por sacrifícios pacíficos ao SENHOR.
                Lv 17:6 E o sacerdote espargirá o sangue sobre o altar do SENHOR,
                               à porta da tenda da congregação, e queimará a gordura
                                               por cheiro suave ao SENHOR.
                Lv 17:7 E nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demônios,
                               após os quais eles se prostituem; isto ser-lhes-á
                                               por estatuto perpétuo nas suas gerações.
                Lv 17:8 Dize-lhes pois:
                               Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros
                                               que peregrinam entre vós, que oferecer holocausto
                                               ou sacrifício, Lv 17:9 E não o trouxer
                               à porta da tenda da congregação, para oferecê-lo
                               ao SENHOR, esse homem será extirpado do seu povo.
Lv 17:10 E qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros
                que peregrinam entre eles, que comer algum sangue,
                               contra aquela alma porei a minha face,
                                               e a extirparei do seu povo.
                Lv 17:11 Porque a vida da carne está no sangue;
                               pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar,
                                               para fazer expiação pelas vossas almas;
                               porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.
                Lv 17:12 Portanto tenho dito aos filhos de Israel:
                               Nenhum dentre vós comerá sangue, nem o estrangeiro,
                                               que peregrine entre vós, comerá sangue.
                Lv 17:13 Também qualquer homem dos filhos de Israel,
                               ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles,
                               que caçar animal ou ave que se come,
                                               derramará o seu sangue, e o cobrirá com pó;
                Lv 17:14 Porquanto a vida de toda a carne é o seu sangue;
                               por isso tenho dito aos filhos de Israel:
                                               Não comereis o sangue de nenhuma carne,
                                               porque a vida de toda a carne é o seu sangue;
                                                               qualquer que o comer será extirpado.
                Lv 17:15 E todo o homem entre os naturais, ou entre os estrangeiros,
                               que comer corpo morto ou dilacerado, lavará as suas vestes,
                                               e se banhará com água, e será imundo até à tarde;
                                                               depois será limpo.
                               Lv 17:16 Mas, se os não lavar, nem banhar a sua carne,
                                               levará sobre si a sua iniqüidade.
Que isso fique bem claro em nossas mentes, como bem salientado no pequeno artigo do Monergismo: 

- Os sacrifícios no Antigo Testamento não eram um mero recurso humano para aplacar a ira de Deus e sim um meio de expiação providenciado pelo próprio Deus.
O homem não buscava aplacar a ira divina com seus sacrifícios por causa do pecado, antes era uma questão de obediência à palavra de Deus que estava providenciando a este homem caído e preso pelo pecado, um meio de expiação providenciado pelo próprio Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Levítico 16: 1-34 – O DIA DA EXPIAÇÃO.

Continuando o  assunto da impureza e seu tratamento, chegamos no capítulo 16 que tratará ou falará sobre o Dia da Expiação e, a partir do próximo capítulo, entraremos no nosso último grande tema de Levítico, conforme propõe a BEG: A PRÁTICA DA SANTIDADE – 17:1 – 27:34.
O Dia da Expiação[1] era considerado o dia mais sagrado do calendário do Antigo Testamento. A sua observação se dava no sétimo mês – em geral, em nosso calendário gregoriano, no nono mês, ou seja no mês de setembro -, no décimo dia, e incluía:
·        A oferta de vários sacrifícios.
·        A entrada do sumo sacerdote no Santo dos Santos.
·        O envio do bode expiatório para o deserto, levando, simbolicamente, os pecados de todo o povo.

Eram observadas as seguintes etapas nesse dia:
1.      O sumo sacerdote se lavava e se vestia – vs. 4.
2.      Sacrificava um novilho como oferta pelo seu próprio pecado – vs. 6 e 11.
3.      Entrava no Santo dos Santos e aspergia a arca com sangue – vs. 12-14.
4.      Tomava dois bodes e, lançando sortes, escolhia um deles para ser o bode expiatório e o outro para ser a oferta pelo pecado – vs. 7 e 8.
5.      Sacrificava o bode escolhido como oferta pelo pecado – vs. 9, 15.
6.      Voltava a entrar no Santo dos Santos e aspergia a arca com sangue – vs. 15.
7.      Dirigia-se à parte externa da tenda da congregação e a aspergia com sangue – vs. 16.
8.      Saía para o pátio do tabernáculo e aspergia o altar principal com sangue – vs. 18-19.
9.      Confessava os pecados dos israelitas enquanto impunha as mãos sobre a cabeça do bode expiatório – vs. 20.
10.  Enviava o bode expiatório para o deserto – vs. 21, 22.
11.  Depois de enviado o bode expiatório, o sumo sacerdote se lavava e colocava suas vestes habituais – vs. 23, 24.
12.  O sacerdote oferecia holocaustos por si mesmo e pelo povo – vs. 24, 25.
Sem dúvida alguma para o sumo sacerdote e para todos os que ali estavam o momento mais interessante e cheio de clímax era o momento da entrada do sumo sacerdote no Santo dos Santos. Era no sétimo mês e no décimo dia. Em dias, era exatamente o 190º dia do ano (calendário hebreu).
Naquele dia o sumo sacerdote iria entrar duas vezes no Santo dos Santos – vs. 14 e 15. Num único dia, o 10º, do 7º mês, e numa única vez no ano e uma única vez em toda a sua vida. No próximo ano, já seria outro suco sacerdote.
Quando Jesus entrou no Santos dos Santos foi uma única vez para sempre e assim tornou-se também sacerdote para todo o sempre. Temos agora um sumo sacerdote, eterno, figura do verdadeiro. Os atos expiatórios serviam para expiar os pecados dos israelitas arrependidos – vs. 19 e 21, 22.
Era o bode expiatório um tipo de Cristo. A carta dos Hebreus faz várias comparações entre o Dia da Expiação e a morte de Jesus. Ao ser entregue nas mãos de gentios e morto fora dos muros de Jerusalém, Jesus foi levado para “fora do arraial”, como o bode expiatório de outrora.
No Santo dos Santos ficava a arca da aliança. Na arca havia, dentro dela, a vara de Arão que floresceu, a porção de maná e as duas tábuas dos 10 mandamentos escritas pelo dedo de Deus. Por cima da arca, fechando a arca, havia o propiciatório que era a tampa da arca que ficava logo abaixo do trono de Deus – I Sm 4:4; II Sm 6:2 – que era ladeado por dois querubins – Êx 25:17-21.
Era ali que Deus aparecia e Arão aspergia o sangue no Dia da Expiação. Deus revelou o evangelho simbolicamente por meio do propiciatório da arca, justamente por causa de sua aparição ou manifestação. Foi Deus que designou o propiciatório da arca como o único meio de fazer expiação.
A tampa aspergida de sangue era o ponto onde o Deus Santo se encontrava com o seu povo profano. Esse símbolo terreno apontava para o trono da majestade no céu, onde Cristo entrou pelo seu próprio sangue – Hb 8:1; 9:12 – que é eficaz para todos os pecados de todos os fiéis de todos os tempos – passado, presente e futuro – Rm 3:21-26; Hb 7:25; 9:15.
Lv 16:1 E falou o SENHOR a Moisés,
               depois da morte dos dois filhos de Arão, que morreram
                              quando se chegaram diante do SENHOR.
Lv 16:2 Disse, pois, o SENHOR a Moisés:
               Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo,                                para dentro do véu, diante do propiciatório
                                            que está sobre a arca, para que não morra;
                              porque eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório.
               Lv 16:3 Com isto Arão entrará no santuário:
                              com um novilho, para expiação do pecado,
                                            e um carneiro para holocausto.
               Lv 16:4 Vestirá ele a túnica santa de linho,
                              e terá ceroulas de linho sobre a sua carne,
                              e cingir-se-á com um cinto de linho,
                              e se cobrirá com uma mitra de linho;
                                            estas são vestes santas;
                                            por isso banhará a sua carne na água, e as vestirá.
               Lv 16:5 E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes
                              para expiação do pecado e um carneiro para holocausto.
               Lv 16:6 Depois Arão oferecerá o novilho da expiação,
                              que será para ele; e fará expiação por si e pela sua casa.
               Lv 16:7 Também tomará ambos os bodes, e os porá
                              perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação.
               Lv 16:8 E Arão lançará sortes sobre os dois bodes;
                              uma pelo SENHOR, e a outra pelo bode emissário.
               Lv 16:9 Então Arão fará chegar o bode,
                              sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR,
                                            e o oferecerá para expiação do pecado.
               Lv 16:10 Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário,
                              apresentar-se-á vivo perante o SENHOR,
                                            para fazer expiação com ele,
                                            a fim de enviá-lo ao deserto como bode emissário.
Lv 16:11 E Arão fará chegar o novilho da expiação,
               que será por ele, e fará expiação por si e pela sua casa;
                              e degolará o novilho da sua expiação.
               Lv 16:12 Tomará também o incensário cheio de brasas
                              de fogo do altar, de diante do SENHOR,
                              e os seus punhos cheios de incenso aromático moído,
                                            e o levará para dentro do véu.
               Lv 16:13 E porá o incenso sobre o fogo perante o SENHOR,
                              e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório,
                                            que está sobre o testemunho, para que não morra.
               Lv 16:14 E tomará do sangue do novilho, e com o seu dedo
                              espargirá sobre a face do propiciatório, para o lado oriental;
                              e perante o propiciatório espargirá
                                            sete vezes do sangue com o seu dedo.
Lv 16:15 Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo,
               e trará o seu sangue para dentro do véu;
               e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho,
               e o espargirá sobre o propiciatório,
               e perante a face do propiciatório.
               Lv 16:16 Assim fará expiação pelo santuário
                              por causa das imundícias dos filhos de Israel
                                            e das suas transgressões, e de todos os seus pecados;
                              e assim fará para a tenda da congregação
                                            que reside com eles no meio das suas imundícias.
               Lv 16:17 E nenhum homem estará na tenda da congregação
                              quando ele entrar para fazer expiação no santuário,
                              até que ele saia, depois de feita expiação por si mesmo,
                                            e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel.
               Lv 16:18 Então sairá ao altar, que está perante o SENHOR,
                              e fará expiação por ele; e tomará do sangue do novilho,
                                            e do sangue do bode, e o porá
                                                           sobre as pontas do altar ao redor.
               Lv 16:19 E daquele sangue espargirá sobre o altar,
                              com o seu dedo, sete vezes, e o purificará
                                            das imundícias dos filhos de Israel, e o santificará.   Lv 16:20 Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário,
                              e pela tenda da congregação, e pelo altar,
                                            então fará chegar o bode vivo.
                              Lv 16:21 E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça
                                            do bode vivo, e sobre ele confessará
                                                           todas as iniquidades dos filhos de Israel,
                                                           e todas as suas transgressões,
                                                           e todos os seus pecados;
                                            e os porá sobre a cabeça do bode,
                                            e enviá-lo-á ao deserto,
                                            pela mão de um homem designado para isso.
               Lv 16:22 Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles
                              à terra solitária; e deixará o bode no deserto.
               Lv 16:23 Depois Arão virá à tenda da congregação,
                              e despirá as vestes de linho, que havia vestido
                                            quando entrara no santuário, e ali as deixará.
                              Lv 16:24 E banhará a sua carne em água no lugar santo,
                                            e vestirá as suas vestes; então sairá e preparará
                                                           o seu holocausto, e o holocausto do povo,
                                                           e fará expiação por si e pelo povo.
               Lv 16:25 Também queimará a gordura da expiação do pecado
                              sobre o altar.
               Lv 16:26 E aquele que tiver levado o bode emissário
                              lavará as suas vestes, e banhará a sua carne em água;
                                            e depois entrará no arraial.
                              Lv 16:27 Mas o novilho da expiação,
                                            e o bode da expiação do pecado,
                              cujo sangue foi trazido para fazer expiação no santuário,
                                            serão levados fora do arraial;
                              porém as suas peles, a sua carne, e o seu esterco
                                            queimarão com fogo.
               Lv 16:28 E aquele que os queimar lavará as suas vestes,
                              e banhará a sua carne em água; e depois entrará no arraial.
Lv 16:29 E isto vos será por estatuto perpétuo:
               no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas,
                              e nenhum trabalho fareis nem o natural nem o estrangeiro
                                            que peregrina entre vós.
               Lv 16:30 Porque naquele dia se fará expiação por vós,
                              para purificar-vos; e sereis purificados
                                            de todos os vossos pecados perante o SENHOR.
               Lv 16:31 É um sábado de descanso para vós,
                              e afligireis as vossas almas; isto é estatuto perpétuo.
               Lv 16:32 E o sacerdote, que for ungido, e que for sagrado,
                              para administrar o sacerdócio, no lugar de seu pai,
                                            fará a expiação, havendo vestido as vestes de linho,
                                                           as vestes santas;
               Lv 16:33 Assim fará expiação pelo santo santuário;
                              também fará expiação pela tenda da congregação
                                            e pelo altar; semelhantemente fará expiação
                                            pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. Lv 16:34 E isto vos será por estatuto perpétuo,
               para fazer expiação pelos filhos de Israel de todos os seus pecados,
                              uma vez no ano.
E fez Arão
               como o SENHOR ordenara a Moisés.
Aqui no vs. 34, o último verso, deste capítulo, a palavra chave de Levítico, qual seja, “e fez Arão como o Senhor ordenara a Moisés”. Sim, não era invencionices, nem manias, nem coisa de Arão ou de Moisés ou do povo, mas era o Senhor que estava por trás de tudo isso.




[1] O Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo.1 No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e oração intensa. Fonte: wikipedia. Levítico 23:27 "Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor."
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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