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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Gênesis 15 1-21 – A ALIANÇA DE DEUS COM ABRAÃO.

Deus faz aliança com Abrão, que logo, logo, será Abraão, pai de muitos, pai da fé. Mas somente aconteceram depois das coisas narradas em Gn 14 em que heroicamente Abrão foi salvar seu sobrinho e pela fé enfrentou exércitos inimigos e prevaleceu e depois recebeu a bênção de Melquisedeque que Abrão teve este encontro com Deus.
Na verdade, Abrão não teve encontro algum com Deus, mas Deus o achou ali e com ele teve este relacionamento fantástico que passaremos a meditar nas próximas linhas. A forma com que Deus se manifestou a Abrão nesta ocasião foi por meio de visão.
Eu mesmo já passei por muitas experiências fantásticas com Deus, mas jamais tive visões de Deus. Em sua visão acontece um diálogo e uma conversa em que Deus, primeiramente, afirma ser dele seu escudo e seu grandíssimo galardão.
Duas coisas importantíssimas diante de Deus é primeiro tê-lo por escudo e a segunda tê-lo por seu próprio galardão. Ele não disse que seria algo que ele fizesse ou fosse dar a ele, mas que ele mesmo lhe seria o seu galardão. Não é a coisa, nem o objeto o importante, mas o possuidor das coisas, o abençoador, como está escrito em Salmos 23:1 – “O Senhor é o meu pastor, ELE não me faltará”, pena que as traduções em vigor falam de que bem algum nos faltará e não de que Ele não nos faltará.
Tudo o que está escrito e aplicado a Abrão, podemos, pela mesma fé, aplicá-la a nós também aqui no século XXI, guardadas as devidas proporções e ocasiões específicas e eventos específicos, óbvio. Mas no que tange ao escudo e a ele ser nossa bênção, disso, sim, podemos, como dizem, “tomar posse”, sem medo, sem temor, com ousadia e intrepidez, por causa de Jesus Cristo, a razão de tudo isso e de todas as coisas.
Deus é meu escudo! Deus é a minha porção! Que gostoso poder encher a boca dessas santas palavras e pela fé de Abrão, vive-las em sua plenitude. A Deus toda a glória!
Em seguida, Abrão começa a discutir com Deus e a sua queixa, se é que assim podemos falar, é sobre o seu descendente que ele já mostrava preocupação, pois ainda não tinha e as promessas de Deus para ele, sempre apontavam multidões e multidões maiores que as próprias areias da terra!
Incrível é que Abrão reconhecia piamente que não tinha filhos ainda porque Deus ainda não lhe tinha dado. Sua noção e consciência da soberania divina é muito forte em Abrão, como foi em Moisés, em Davi, em Jesus Cristo, em Paulo e assim vai por ai. Ele não entendia os caminhos e planos de Deus, pois lhes pareciam esquisitos. Como iria se cumprir a sua palavra sendo que ele nem filhos tinha porque o Senhor não lhe tinha dado?
Sua lógica apontava para a solução de prover para si um herdeiro, não natural, não nascido de suas entranhas, mas que habitasse em sua casa, seu servo, mas Deus, claramente, diz para ele que não. Acho que a paciência também nos falta antes da chegada da nossa bênção.
O jogo parece caminhar para seu final e tudo apontava para uma grande derrota, mas quando se menos espera sai um ou mais gols no finalzinho do jogo, às vezes, nos últimos instantes, no último lance dele e tudo muda e a vitória antes longe, agora é comemorada com grande alegria e gozo.
Deus acalma seu coração e aceita aquele diálogo “petitório” e fala a ele a sua palavra. Ela soa assim como se fosse desse jeito: - calma, Abrão, eu sou Deus, eu posso tudo e eu estou no controle. As coisas estão seguindo o seu curso que eu dei e quis que assim fosse. A minha palavra se cumprirá na sua vida.
Depois da explicação paciente de Deus e da demonstração das estrelas para ele as contar se fosse possível, diz, as Escrituras que Abrão creu em Deus e isso lhe foi imputado por justiça. Tornou-se ali o pai da fé! Por que creu naquele que lhe fazia promessas sem ao menos ainda ter qualquer descendente.
Em seguida, depois de perguntar para Deus com quem dialogava, como iria herdar e saber que herdou aquela terra foi que Deus com ele fez uma aliança, um pacto em que ele foi o iniciador do pacto. É a chamada e conhecida aliança Abraâmica.
Diz o autor de o Cristo dos Pactos, O. Palmer Robertson, que aliança é um pacto de sangue soberanamente administrado. Já Gerard Van Groningen, diz que aliança é um vínculo de amor e vida. Recomendo a leitura do seguinte texto: http://www.monergismo.com/textos/teologia_pacto/alianca_plenitude.htm. Vale a pena aprofundar-se um pouco mais na questão de alianças. 
Essa questão das alianças mostra claramente Deus se relacionando com a sua criação de uma forma muito especial. Não que Deus seja ou fosse carente de afetos e precisava desesperadamente da adoração dos homens que criara. Se Deus tem alguma carência, ele precisaria de um Deus para supri-lo, sendo isto um absurdo. Deus é completo, perfeito e se basta a si mesmo. Ele não tem falta de nada nem de coisa alguma.
A forma especial de Deus se relacionar para mim demonstra mais seu amor que é sem igual, pois Deus é amor e vida tudo criou com propósito e inteligência e finalidade. Ao criar o homem, ele com ele fez uma aliança de amor e de vida.
Se alguém quebrasse a aliança quando esta era feita, era também seu corpo partido ao meio, como deveria ser feito com aqueles animais que Deu orientou Abrão para colocar uma parte ao lado da outra. Sangue deveria ser tomado, mas Deus sabendo da fragilidade da outra parte, ele mesmo passa sozinho pelo meio dos animais.
Não significa agora que então ele estaria desobrigado de cumpri-la, não de modo algum. Ele está sim obrigado a cumprir e Deus requererá dele o cumprimento de sua parte, mas Deus mesmo o fará triunfar. Deus não anula a nossa responsabilidade nem coage a criatura em sua soberana maneira de administrar.
Gn 15:1 Depois destas coisas
veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo:
Não temas, Abrão,
eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
Gn 15:2 Então disse Abrão:
Senhor DEUS,
que me hás de dar,
pois ando sem filhos,
e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer?
Gn 15:3 Disse mais Abrão:
Eis que não me tens dado filhos,
e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.
Gn 15:4 E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo:
Este não será o teu herdeiro;
mas aquele que de tuas entranhas sair,
este será o teu herdeiro.
Gn 15:5 Então o levou fora, e disse:
Olha agora para os céus,
e conta as estrelas, se as podes contar.
E disse-lhe:
Assim será a tua descendência.
Gn 15:6 E creu ele no SENHOR,
e imputou-lhe isto por justiça.
Gn 15:7 Disse-lhe mais:
Eu sou o SENHOR,
que te tirei de Ur dos caldeus,
para dar-te a ti esta terra,
para herdá-la.
Gn 15:8 E disse ele:
Senhor DEUS,
como saberei que hei de herdá-la?
Gn 15:9 E disse-lhe:
Toma-me uma bezerra de três anos,
e uma cabra de três anos,
e um carneiro de três anos,
uma rola e um pombinho.
Gn 15:10 E trouxe-lhe todos estes,
e partiu-os pelo meio,
e pôs cada parte deles em frente da outra;
mas as aves não partiu.
Gn 15:11 E as aves desciam sobre os cadáveres;
Abrão, porém, as enxotava.
Gn 15:12 E pondo-se o sol,
um profundo sono caiu sobre Abrão;
e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele.
Gn 15:13 Então disse a Abrão:
Sabes, de certo,
que peregrina será a tua descendência
em terra alheia,
e será reduzida à escravidão,
e será afligida por quatrocentos anos,
Gn 15:14 Mas também eu
julgarei a nação,
à qual ela tem de servir,
e depois sairá com grande riqueza.
Gn 15:15 E tu irás a teus pais em paz;
em boa velhice serás sepultado.
Gn 15:16 E a quarta geração tornará para cá;
porque a medida da injustiça dos amorreus
não está ainda cheia.
Gn 15:17 E sucedeu que,
posto o sol,
houve escuridão,
e eis um forno de fumaça,
e uma tocha de fogo,
que passou por aquelas metades.
Gn 15:18 Naquele mesmo dia
fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo:
A tua descendência tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;
Gn 15:19 E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu,
Gn 15:20 E o heteu, e o perizeu, e os refains,
Gn 15:21 E o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.
A aliança foi feita. A aliança foi renovada. As alianças que as precederam, a da criação e a da redenção e ainda a com Noé não são jogadas fora e invalidadas, pelo contrário, seguem seu curso até o fim, enquanto houver homem e mulher na face da terra e enquanto Deus for Deus e tudo for renovado.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Gênesis 14: 1-24 – A BÊNÇÃO DE MELQUISEDEQUE

Neste capítulo, depois da guerra dos quatro contra cinco, que acabou atingindo a Ló, sua família e seus bens, houve um encontro sinistro, envolvido em mistérios e que o autor de Hebreus procurou explicar. Isso envolve a figura singular de Melquisedeque, rei de Salém.
Este pareceu-me mais com um viajante do tempo, como nas obras de ficção científica aqui do século XXI por causa do que fazia, por causa da sua pessoa e por causa de sua descrição singular, não somente em Hebreus, mas nos Salmos também.
O episódio da guerra nada tem de especial. Guerras haviam e os motivos eram os mais vulgares possíveis, mas este é o primeiro registro delas na Bíblia. O homem desde cedo aprendeu a guerrear e a tomar o que é seu pela força, pela ignorância e pela violência, devido à depravação total.
Quedorlaomer e os reis que com ele estavam venceram e ainda levaram despojos, entre eles, Ló e tudo que lhe pertencia. A notícia chega a Abraão que se dispôs imediatamente a fazer justiça. Invocando o nome de seu Deus e amigo, sai para a batalha com apenas 318 homens de sua própria casa juntos com alguns povos vizinhos para uma batalha de resgate, em nome do Senhor.
Temos muito de aprender com Abraão. Este homem de fé sai da sua zona de conforto para socorrer seu amigo e parente correndo riscos de toda espécie. Sai pela fé, como sempre fazia e vai à luta. Cinco reis acabaram de ser derrotados e lá vai Abraão confiante. Essa confiança e ousadia nos falta hoje em dia para enfrentarmos os desafios da igreja moderna diante de um mundo cada vez pior e sequestrador de nossos irmãos e parentes.
Pela sua estupenda vitória contra Quedorlaomer e os reis que com ele estavam, povos que estavam ali acostumados a guerrear e a saquear naquelas terras, o rei de Sodoma saí-lhe ao encontro para negociar, mas Abraão nada aceita de sua oferta, nem com ele estende laços de amizades. Apenas pega o que lhe é devido na empreitada e segue seu curso.
Diferentemente do rei de Sodoma, surge Melquisedeque, rei de Salém, com pão e vinho – curiosamente os elementos da Santa Ceia, da Nova Aliança, com Jesus Cristo -, sendo sacerdote do Deus Altíssimo, abençoa a Abraão e Abraão, reconhecendo ele como representante de Deus, como sacerdote, dá a ele o dízimo de tudo. Impressionante!
Esta figura misteriosa é mencionada somente duas vezes no Antigo Testamento – Gn 14:18 e Sl 110:4. A associação da frase “sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” com as palavras “Meu Filho” mostra que Melquisedeque foi tanto rei como sacerdote. Do seu modo único e incomparável, Jesus é tanto rei como sacerdote, além de profeta.
Gn 14:1 E aconteceu nos dias
de Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão,
e Tidal, rei de Goim,
Gn 14:2 Que estes fizeram guerra
a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá,
e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar).
Gn 14:3 Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim
(que é o Mar Salgado).
Gn 14:4 Doze anos haviam servido a Quedorlaomer,
mas ao décimo terceiro ano rebelaram-se.
Gn 14:5 E ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer,
e os reis que estavam com ele, e feriram
aos refains em Asterote-Carnaim,
e aos zuzins em Hã,
e aos emins em Savé-Quiriataim,
Gn 14:6 E aos horeus no seu monte Seir,
até El-Parã que está junto ao deserto.
Gn 14:7 Depois tornaram e vieram
a En-Mispate (que é Cades),
e feriram toda a terra dos amalequitas,
e também aos amorreus,
que habitavam em Hazazom-Tamar.
Gn 14:8 Então saiu
o rei de Sodoma, e o rei de Gomorra, e o rei de Admá, e o rei de Zeboim,
e o rei de Belá (esta é Zoar),
e ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim,
Gn 14:9 Contra
Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, e Anrafel, rei de Sinar,
e Arioque, rei de Elasar;
quatro reis contra cinco.
Gn 14:10 E o vale de Sidim
estava cheio de poços de betume;
e fugiram os reis de Sodoma e de Gomorra,
e caíram ali;
e os restantes fugiram para um monte.
Gn 14:11 E tomaram todos os bens
de Sodoma, e de Gomorra,
e todo o seu mantimento e foram-se.
Gn 14:12 Também tomaram a Ló,
que habitava em Sodoma,
filho do irmão de Abrão,
e os seus bens,
e foram-se.
Gn 14:13 Então veio um,
que escapara,
e o contou a Abrão,
o hebreu;
ele habitava junto dos carvalhais de Manre,
o amorreu, irmão de Escol,
e irmão de Aner;
eles eram confederados de Abrão.
Gn 14:14 Ouvindo, pois, Abrão
que o seu irmão estava preso,
armou os seus criados,
nascidos em sua casa,
trezentos e dezoito,
e os perseguiu até Dã.
Gn 14:15 E dividiu-se contra eles de noite,
ele e os seus criados,
e os feriu,
e os perseguiu até Hobá,
que fica à esquerda de Damasco.
Gn 14:16 E tornou a trazer
todos os seus bens,
e tornou a trazer também
a Ló, seu irmão,
e os seus bens,
e também as mulheres,
e o povo.
Gn 14:17 E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro
(depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele)
até ao Vale de Savé,
que é o vale do rei.
Gn 14:18 E Melquisedeque,
rei de Salém,
trouxe pão e vinho;
e era este sacerdote do Deus Altíssimo.
Gn 14:19 E abençoou-o, e disse:
Bendito seja
Abrão pelo Deus Altíssimo,
o Possuidor dos céus e da terra;
Gn 14:20 E bendito seja
o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos.
E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
Gn 14:21 E o rei de Sodoma disse a Abrão:
Dá-me a mim as pessoas,
e os bens toma para ti.
Gn 14:22 Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma:
Levantei minha mão ao SENHOR,
o Deus Altíssimo,
o Possuidor dos céus e da terra,
Gn 14:23 Jurando que desde um fio até à correia de um sapato,
não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu;
para que não digas:
Eu enriqueci a Abrão;
Gn 14:24 Salvo tão-somente
o que os jovens comeram,
e a parte que toca aos homens que comigo foram,
Aner, Escol e Manre;
estes que tomem a sua parte.
Abraão não aceita o que tinha por direito para não ser dito que o rei de Sodoma enriquecera a Abraão. Ao se referir sobre Deus, como Melquisedeque, ele diz, O POSSUIDOR DOS CÉUS E DA TERRA. Sim, ele é o dono, o governante, o rei soberano, o Senhor e a ele tudo pertence de fato.  A nós, por uns tempos, são entregues as coisas para mordomia pelo que daremos contas de tudo em tempos oportunos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Gênesis 13: 1-18 - ABRAÃO EDIFICA ALTARES AO SENHOR.

Que bonito e saudável o relacionamento do Senhor com Abraão, o pai da fé, o amigo de Deus. O que chama a atenção no texto, entre tantas coisas e informações úteis para aprendizagem é o fato de Abraão viver construindo altares por onde vai ao Senhor.
Não é qualquer pessoa que constrói altares, mas aquele que sente o chamado de Deus e depende dele totalmente. Abraão era este homem que estava em terra estranha, mas que a mão de Deus estava com ele e ele sabia disso, principalmente porque era muito abençoado em tudo o que fazia.
Havia prosperidade em suas mãos e negócios, por isso que ele não colocava os seus olhos nas coisas, mas no Senhor provedor. Eu fiquei pasmo de ver o comportamento de Abrão diante da terra que seria agora partilhada entre ele e seu sobrinho Ló.
Os dois haviam crescido tanto que já não podiam compartilhar da mesma terra juntos e tiveram que se separar. Estava havendo constantes brigas entre os seus servos e eles não queriam brigar entre si, por isso que tomaram a iniciativa de se apartarem um do outro.
A iniciativa é de Abrão que chama seu sobrinho e diz para ele escolher a terra que ele quer ir. O sobrinho ao invés de retornar a gentileza de seu tio, não, aceita a oferta e escolhe o que seus olhos o fizeram escolher. Abrão, não. Fez tudo pela fé, numa certeza sobrenatural de que Deus era com ele. Achei isso fantástico. Eu quero a mesma fé de Abraão!
Não é à toa que Abraão é chamado de “pai da fé”. Ele sabia que não estava só. Ele sabia que fazia parte de um plano maior que pertencia a Deus. Ele sabia que Deus iria realizar seu plano. Ele confiava plenamente em Deus a ponto de obedecer-lhe cegamente, se necessário. Ele sabia que era amigo de Deus, ou antes, que Deus o havia escolhido.
A partir do verso 14, novamente está Deus a falar com Abraão e a lhe mostrar a sua terra e a sua descendência que será tão numerosa que se fosse possível contar os grãos de areia da terra, seria possível contar os seus descendentes. Forte!
Gn 13:1 Subiu, pois, Abrão
do Egito para o lado do sul,
ele e sua mulher,
e tudo o que tinha,
e com ele Ló.
Gn 13:2 E era Abrão muito rico
em gado, em prata e em ouro.
Gn 13:3 E fez as suas jornadas
do sul até Betel,
até ao lugar onde a princípio estivera a sua tenda,
entre Betel e Ai;
Gn 13:4 Até ao lugar do altar
que outrora ali tinha feito;
e Abrão
invocou ali o nome do SENHOR.
Gn 13:5 E também Ló,
que ia com Abrão,
tinha rebanhos, gado e tendas.
Gn 13:6 E não tinha capacidade
a terra para poderem habitar juntos;
porque os seus bens eram muitos;
de maneira que não podiam habitar juntos.
Gn 13:7 E houve contenda
entre os pastores do gado de Abrão
e os pastores do gado de Ló;
e os cananeus e os perizeus habitavam então na terra.
Gn 13:8 E disse Abrão a Ló:
Ora, não haja contenda entre mim e ti,
e entre os meus pastores e os teus pastores,
porque somos irmãos.
Gn 13:9 Não está toda a terra diante de ti?
Eia, pois,
aparta-te de mim;
e se escolheres a esquerda,
irei para a direita;
e se a direita escolheres,
eu irei para a esquerda.
Gn 13:10 E levantou Ló os seus olhos,
e viu toda a campina do Jordão,
que era toda bem regada,
antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra,
e era como o jardim do SENHOR,
como a terra do Egito,
quando se entra em Zoar.
Gn 13:11 Então Ló
escolheu para si toda a campina do Jordão,
e partiu Ló para o oriente,
e apartaram-se um do outro.
Gn 13:12 Habitou Abrão
na terra de Canaã
e Ló habitou nas cidades da campina,
e armou as suas tendas até Sodoma.
Gn 13:13 Ora,
eram maus os homens de Sodoma,
e grandes pecadores contra o SENHOR.
Gn 13:14 E disse o SENHOR a Abrão,
depois que Ló se apartou dele:
Levanta agora os teus olhos,
e olha desde o lugar onde estás,
para o lado do norte,
e do sul, e do oriente, e do ocidente;
Gn 13:15 Porque toda esta terra que vês,
te hei de dar a ti,
e à tua descendência, para sempre.
Gn 13:16 E farei a tua descendência
como o pó da terra;
de maneira que se alguém puder contar o pó da terra,
também a tua descendência será contada.
Gn 13:17 Levanta-te,
percorre essa terra,
no seu comprimento e na sua largura;
porque a ti a darei.
Gn 13:18 E Abrão
mudou as suas tendas,
e foi,
e habitou nos carvalhais de Manre,
que estão junto a Hebrom;
e edificou ali um altar ao SENHOR.

O último verso deste capítulo 13 de Gênesis que estamos segmentando e comentando aponta para mais um altar erigido por Abraão ao se Deus forte que era com ele. E o nosso altar, já está erigido? Eu fiz um que é o Jamais Desista e a Semeadores, onde todos os dias ali compareço, em horário certo, para ler a palavra de Deus, meditar, orar, buscar ao Senhor e depois entregar um recado por escrito ao povo de Deus que Deus escolher para ler, ser abençoado e abençoar.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete – 
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sábado, 17 de agosto de 2013

Gênesis 11: 1-32 - A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS EM GN E A UNIÃO DELAS EM AT.

Como tinha dito no capítulo anterior, depois do dilúvio, a nossa história continuou e novas aventuras foram se desenvolvendo. De início, enquanto era uma só língua entre os povos, um só era o propósito de todos. Eles pretendiam construir uma torre que se elevasse até os céus.
Haveria algum mal nisso, em construir, em edificar, em se ajuntar para se ter um só propósito, creio que não. O problema não era esse, mas o desobedecer a Deus que dizia que era para o povo se espalhar por toda a face da terra e a construção da torre e a união do povo era para irem de encontro a esse mandamento de Deus.
Reparem no verso bíblico de número 4: “edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Deus, diz a palavra, desceu para ver o que faziam e ao constatar as intenções malignas, lhes confundiu os idiomas de forma que já não entendiam um ao outro e o propósito único não pode ser concluído e tiveram que se espalharem por toda a face da terra.
Enquanto aqui, em Babel que significa confusão, temos confusão, em paralelo, em Atos dos Apóstolos, muitos anos depois – aproximadamente uns 2400 anos - algo parecido, mas ao contrário, não era confusão, mas união.
Quando houve a descida do Espírito Santo sobre os 120 do Cenáculo, eles estavam ali reunidos em diversas línguas e os discípulos visitados pelo Espírito falavam em linguagem de união porque cada um entendia o que era dito em sua própria língua. E cada um falava das grandezas de Deus.
Atos 2:7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
Atos 2:8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Atos 2:9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
Atos 2:10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Atos 2:11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
Atos 2:12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
Nesses dois eventos houve a descida de Deus, sendo que no primeiro para os espalharem por causa dos propósitos malignos de seus corações e no segundo para que se cumprisse a palavra de Cristo Jesus que não muito depois daqueles dias, depois que ele ascendeu aos céus, desceria o Espírito Santo para lhes darem poder de testemunharem de Cristo a todos os povos a começar dali.
Voltando à época de Genesis que estamos comentando, depois da confusão das línguas, o povo se espalha pelo mundo formando hoje quem somos: filhos de Noé, de Cão, Sem e Jafé. É interessante – faço questão de frisar novamente - que quando chegamos em Jesus Cristo, filho de Maria, filho da mulher, filho natural de Deus e filho adotivo do homem, José, seu pai, a reprodução cessa. A semente chegou ao lugar que deveria e não mais haveria reprodução.
Jesus não teve esposa. Jesus não teve relacionamento com uma mulher, nem deixou descendência. Ele foi o último Adão, aprovado por Deus e por sua vida ganhou a vida de todos nós, em salvação.
Ao dar a sua vida, espontaneamente, em sacrifício eficaz pelas almas dos eleitos, ele traz para a família de Deus uma geração imensa de filhos de Deus adotivos, os quais passam a ser seus irmãos. Veja o que diz João e em seguida, Paulo, em Efésios:
João 1:12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
João 1:13 Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
Efésios 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
Efésios 1:4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;
Efésios 1:5 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
Efésios 1:6 Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,
Efésios 1:7 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,
Nós, os eleitos de Deus, salvos pela sua graça e amor, somos agora da família de Deus, por causa dessa semente da mulher!
Em seguida, o autor volta a falar das gerações e descendências de Sem, que era o portador da semente messiânica. Reparem que fato interessante, o pai de Abrãao foi contemporâneo de Noé!
E não foi por pouquinho tempo não, mas por mais ou menos 118 anos! Será que Tera não ouviu as histórias de Noé diretamente de sua boca? Abraão vai nascer apenas dois anos depois da morte de Noé.
Gn 11:1 E era toda a terra
de uma mesma língua
e de uma mesma fala.
Gn 11:2 E aconteceu que,
partindo eles do oriente,
acharam um vale na terra de Sinar;
e habitaram ali.
Gn 11:3 E disseram uns aos outros:
Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem.
E foi-lhes o tijolo por pedra,
e o betume por cal.
Gn 11:4 E disseram:
Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre
cujo cume toque nos céus,
e façamo-nos um nome,
para que não sejamos espalhados
sobre a face de toda a terra.
Gn 11:5 Então desceu o SENHOR
para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
Gn 11:6 E o SENHOR disse:
Eis que o povo é um,
e todos têm uma mesma língua;
e isto é o que começam a fazer;
e agora, não haverá restrição
para tudo o que eles intentarem fazer.
Gn 11:7 Eia,
desçamos
e confundamos ali a sua língua,
para que não entenda um a língua do outro.
Gn 11:8 Assim o SENHOR
os espalhou dali sobre a face de toda a terra;
e cessaram de edificar a cidade.
Gn 11:9 Por isso se chamou o seu nome Babel,
porquanto ali confundiu o SENHOR
a língua de toda a terra,
e dali os espalhou o SENHOR
sobre a face de toda a terra.
Gn 11:10 Estas são as gerações de Sem:
Sem era da idade de cem anos
e gerou a Arfaxade,
dois anos depois do dilúvio.
Gn 11:11 E viveu Sem,
depois que gerou a Arfaxade,
quinhentos anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:12 E viveu Arfaxade trinta e cinco anos,
e gerou a Selá.
Gn 11:13 E viveu Arfaxade depois que gerou a Selá,
quatrocentos e três anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:14 E viveu Selá trinta anos,
e gerou a Éber;
Gn 11:15 E viveu Selá, depois que gerou a Éber,
quatrocentos e três anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:16 E viveu Éber trinta e quatro anos,
e gerou a Pelegue.
Gn 11:17 E viveu Éber, depois que gerou a Pelegue,
quatrocentos e trinta anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:18 E viveu Pelegue trinta anos,
e gerou a Reú.
Gn 11:19 E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú,
duzentos e nove anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:20 E viveu Reú trinta e dois anos,
e gerou a Serugue.
Gn 11:21 E viveu Reú, depois que gerou a Serugue,
duzentos e sete anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:22 E viveu Serugue trinta anos,
e gerou a Naor.
Gn 11:23 E viveu Serugue, depois que gerou a Naor,
duzentos anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:24 E viveu Naor vinte e nove anos,
e gerou a Terá.
Gn 11:25 E viveu Naor, depois que gerou a Terá,
cento e dezenove anos,
e gerou filhos e filhas.
Gn 11:26 E viveu Terá setenta anos,
e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã.
Gn 11:27 E estas são as gerações de Terá:
Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã;
e Harã gerou a Ló.
Gn 11:28 E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo,
na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
Gn 11:29 E tomaram Abrão e Naor mulheres para si:
o nome da mulher de Abrão era Sarai,
e o nome da mulher de Naor era Milca,
filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.
Gn 11:30 E Sarai foi estéril,
não tinha filhos.
Gn 11:31 E tomou Terá a Abrão seu filho,
e a Ló, filho de Harã,
filho de seu filho,
e a Sarai sua nora,
mulher de seu filho Abrão,
e saiu com eles de Ur dos caldeus,
para ir à terra de Canaã;
e vieram até Harã,
e habitaram ali.
Gn 11:32 E foram os dias de Terá
duzentos e cinco anos,
e morreu Terá em Harã.

A história continua... agora iremos trabalhar nos próximos capítulos com o pai da fé!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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