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sábado, 2 de março de 2013

Salmo 44: 1-26 - APELO PELO AUXÍLIO DIVINO

Muito interessante este salmo que está dividido em três partes. Na primeira parte há a exaltação de Deus e o reconhecimento de que foi ele quem deu a vitória sobre os seus inimigos fazendo Israel triunfar e ser vitorioso. Aqui há o reconhecimento forte de que a batalha pertence ao Senhor e é ele quem luta as nossas lutas.
E por falar que a batalha pertence ao Senhor, eu acabei de ler e recomendo o seguinte livro, em meu KINDLE: “The Battle Belongs to the Lord: The Power of Scripture for Defending Our Faith” [Paperback], K. Scott Oliphint (K. Scott Oliphint is professor of apologetics and systematic theology at Westminster Theological Seminary in Philadelphia and has written three books and numerous scholarly articles. See http://wts.edu/faculty/profiles/ksoliphint/kso_writings.html).
Este salmo é um tributo à soberania de Deus em suas três partes. Na segunda parte há o reconhecimento de que o atual estado em que se encontram de vergonha e humilhação e de vitórias dos inimigos sobre eles, vem do Senhor que os entregou a este estado. Então eles se queixam e apresentam suas orações.
Na última parte, a partir do vs 23 a oração deles é para que Deus os livre desse atual estado e lhes dêem vitórias sobre os seus inimigos. Aqui há também o reconhecimento da soberania de Deus por que sabem que a vitória somente vem do Senhor.
Vejamos o comentário de Calvino em sua introdução referente a este salmo:
Este salmo é dividido em três partes principais. No início, os fiéis registram a infinita misericórdia de Deus em relação ao seu povo, e às muitas testemunhas pelos quais ele manifestou seu amor paternal por eles. Então eles se queixam de que eles não acham que Deus é favorável a eles, como antes tinha sido com seus pais. Depois, eles se referem à aliança que Deus criou com Abraão, e declararam que a mantinham com toda a fidelidade, apesar das aflições doloridas a que foram submetidos. Ao mesmo tempo, eles se queixam de que eles são cruelmente perseguidos por nenhuma outra causa, exceto por ter continuado firmemente no puro culto de Deus. No final, acrescenta-se uma oração, de que Deus não esqueceria a opressão injusta de seus servos, que tende especialmente a desonrar e a censurar a religião.
Ao músico-chefe dos filhos de Coré, dando instruções.
É incerto quem foi o autor deste salmo; mas é claramente manifesto que foi composto por qualquer outra pessoa. As queixas e lamentações que contém podem ser adequadamente referidas a esse período miserável e calamitoso em que a ultrajante tirania de Antíoco destruiu e desperdiçou tudo. Alguns, na verdade, podem estar dispostos a aplicá-lo de forma mais geral; pois depois do retorno dos judeus do cativeiro de Babilônia, eles quase nunca estavam livres de aflições severas. Tal visão, sem dúvida, não seria aplicável ao tempo de Davi, sob cujo reino a Igreja desfrutaria de prosperidade, pode ser, também, que durante o tempo de seu cativeiro em Babilônia, um dos profetas compôs esta reclamação em nome de todas as pessoas. É, no entanto, ao mesmo tempo que se observa, que o estado da Igreja, como seria depois da aparição de Cristo, é descrito aqui. Paulo, em Romanos 8:36, como depois veremos em seu devido lugar, não entende este salmo como uma descrição do estado da Igreja somente em uma era, mas nos adverte que os cristãos são nomeados para as mesmas aflições, e não deve esperar que sua condição na terra, até o fim do mundo, seja diferente do que Deus nos deu a conhecer, como por exemplo, no caso dos judeus após o retorno do cativeiro. Cristo, é verdade, depois apareceu como o Redentor da Igreja. Ele não parecia, contudo, que a carne se exaltem com facilidade sobre a terra, mas sim que devemos fazer a guerra sob a bandeira da cruz, até sermos recebidos no resto do reino celestial. Quanto ao significado da palavra mskyl, maskil, já foi explicado em outro lugar. Às vezes é encontrada na inscrição de salmos cujo tema é alegre; mas é mais usado quando o assunto tratado é angustiante; pois é um meio singular de nos levar a aprender com a instrução do Senhor, quando, subjugando a obstinação dos nossos corações, ele nos traz sob seu jugo.
Sl 44:1 Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos;
nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste, em seus dias.
Sl 44:2 Como por tuas próprias mãos
desapossaste as nações e os estabeleceste;
oprimiste os povos
e aos pais deste largueza.
Sl 44:3 Pois não foi por sua espada
que possuíram a terra,
nem foi o seu braço
que lhes deu vitória,
e sim a tua destra,
e o teu braço,
e o fulgor do teu rosto,
porque te agradaste deles.
Sl 44:4 Tu és o meu rei,
ó Deus;
ordena a vitória de Jacó.
Sl 44:5 Com o teu auxílio,
vencemos os nossos inimigos;
em teu nome,
calcamos aos pés os que se levantam contra nós.
Sl 44:6 Não confio no meu arco,
e não é a minha espada que me salva.
Sl 44:7 Pois tu nos salvaste dos nossos inimigos
e cobriste de vergonha os que nos odeiam.
Sl 44:8 Em Deus,
nos temos gloriado continuamente
e para sempre louvaremos o teu nome.
Sl 44:9 Agora, porém,
tu nos lançaste fora,
e nos expuseste à vergonha,
e já não sais com os nossos exércitos.
Sl 44:10 Tu nos fazes bater em retirada
à vista dos nossos inimigos,
e os que nos odeiam
nos tomam por seu despojo.
Sl 44:11 Entregaste-nos
como ovelhas para o corte
e nos espalhaste entre as nações.
Sl 44:12 Vendes por um nada
o teu povo
e nada lucras
com o seu preço.
Sl 44:13 Tu nos fazes
opróbrio dos nossos vizinhos,
escárnio
e zombaria aos que nos rodeiam.
Sl 44:14 Pões-nos por ditado entre as nações,
alvo de meneios de cabeça entre os povos.
Sl 44:15 A minha ignomínia
está sempre diante de mim;
cobre-se de vergonha o meu rosto,
Sl 44:16 ante os gritos do que afronta e blasfema,
à vista do inimigo e do vingador.
Sl 44:17 Tudo isso nos sobreveio;
entretanto,
não nos esquecemos de ti,
nem fomos infiéis à tua aliança.
Sl 44:18 Não tornou atrás o nosso coração,
nem se desviaram os nossos passos dos teus caminhos,
Sl 44:19 para nos esmagares onde vivem os chacais
e nos envolveres com as sombras da morte.
Sl 44:20 Se tivéssemos esquecido
o nome do nosso Deus
ou tivéssemos estendido
as mãos a deus estranho,
Sl 44:21 porventura, não o teria atinado Deus,
ele, que conhece os segredos dos corações?
Sl 44:22 Mas, por amor de ti,
somos entregues à morte continuamente,
somos considerados
como ovelhas para o matadouro.
Sl 44:23 Desperta!
Por que dormes, Senhor?
Desperta!
Não nos rejeites para sempre!
Sl 44:24 Por que escondes
a face
e te esqueces
da nossa miséria
e da nossa opressão?
Sl 44:25 Pois a nossa alma
está abatida até ao pó,
e o nosso corpo,
como que pegado no chão.
Sl 44:26 Levanta-te
para socorrer-nos
e resgata-nos
por amor da tua benignidade.

Engraçado o apelo de oração deles no final deste salmo pedindo ao Senhor para despertar, se levantar e socorrê-los, mas é mesmo assim que devemos fazer em nossas orações por que sabemos que a vitória não virá de nossos cavalos, nem de nossas forças, mas do Senhor que vence todas as batalhas e a quem tributamos todas as glórias!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br

sexta-feira, 1 de março de 2013

Salmo 43: 1-6 - DESEJOS PELO SANTUÁRIO

Muito parecido com o salmo precedente, este salmo também de Davi começa com seu apelo à justiça de Deus. Davi tem uma causa e tem ela sido apresentada ao seu Deus, mas não entende porque ainda não foi julgada e por que ele está a sofrer tamanha perseguição contra ele.
Na sua mente, tudo o que fez, foi correto e somente trouxe alegrias a Saul. Ele também o respeitou em tudo e jamais quis afrontá-lo ou usurpar dele qualquer coisa, no entanto o que recebia em troca do bem, da justiça, do amor que lhe devotava, apenas perseguições, ódio cruel e ameaças de morte.
Ele conhece bem a Deus e sabe que ele responde suas orações por isso insiste em que Deus lhe faça alguma coisa e se aproxima de Deus clamando por justiça e pedindo socorro. Não eram os lamentos de Davi como lamúrias e queixas de morte como se ele fosse um desgraçado. Davi sabia que havia a graça de Deus nele.
Em nosso mundo não existem desgraçados por que todos nós temos recebidos de graça da graça de Deus que nos dá mais um dia de vida. Antes de se lamentar de sua sorte, faça como Davi fazia. Sendo perseguido e odiado injustamente, aproximava-se de seu Pai em inteira certeza de fé, crendo que logo ele julgaria a sua causa.
Calvino comenta isso muito bem em sua introdução abaixo deste Salmo.
Este salmo é muito semelhante ao precedente. Davi, que provavelmente foi o autor dele, sendo perseguido e expulsado de seu país pela injusta violência e tirania de seus inimigos, invoca a Deus para vingança e se encoraja a esperar pela restauração.
Sl 43:1 Faze-me justiça,
ó Deus,
e pleiteia a minha causa
contra a nação contenciosa;
livra-me
do homem fraudulento e injusto.
Sl 43:2 Pois tu és o Deus da minha fortaleza.
Por que me rejeitas?
Por que hei de andar eu lamentando
sob a opressão dos meus inimigos?
Sl 43:3 Envia a tua luz e a tua verdade,
para que me guiem
e me levem ao teu santo monte
e aos teus tabernáculos.
Sl 43:4 Então,
irei ao altar de Deus,
de Deus, que é a minha grande alegria;
ao som da harpa eu te louvarei,
ó Deus, Deus meu.
Sl 43:5 Por que estás abatida,
ó minha alma?
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus,
pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio e Deus meu.

Ele termina este salmo do mesmo jeito que terminou o salmo anterior com uma palavra de esperança para sua alma. Minha alma espera mais um pouquinho que ainda louvarei o Deus da graça que de graça nos dá de graça todas as coisas.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Salmo 42: 1-11 - DAVI CONVERSA COM SUA ALMA

Belíssimo salmo de Davi onde ele está a conversar com sua alma. Ele olha para si mesmo no profundo de seu desespero e luta e pergunta por que a sua alma está abatida? Ele sente sua alma abatida, mas isso não combina com a sua fé e crença no Deus Todo-Poderoso que com ele está.
Neste salmo Davi está fugindo de Saul e de sua brutal e sem sentido algum perseguição. Ele nada tinha feito contra ele, mesmo assim Saul o está obrigando a viver em exílio e ele se sente chateado com isso de ter de enfrentar tal situação gratuitamente.
Forçado a viver uma vida assim, ele está ou tem todos os motivos para entrar no desespero e ser assaltado por ele, por isso é que se derrama em orações com seu Deus sabendo que tudo aquilo era de seu conhecimento e que logo seu Deus haveria de intervir em seu favor.
Nós também tendo recebido a promessa do Pai anunciada pela boca do Filho e testemunhada em nossos corações pelo seu Espírito Santo que ele nos deu como penhor, também nós, fugindo de Saul, isto é do mundo e de tudo o que ele representa agora, somos tentados a entrar no desespero.
Calvino comenta isso muito bem em sua introdução abaixo deste Salmo.
Em primeiro lugar, David mostra que, quando ele foi forçado a fugir por causa da crueldade de Saul, e estava vivendo em estado de exílio, o que mais afligiu, foi privado da oportunidade de acesso ao santuário; pois preferiu o serviço de Deus a todas as vantagens terrenas. Em segundo lugar, ele mostra que, tentado com desespero, teve a esse respeito um assunto muito difícil de sustentar. Para fortalecer sua esperança, ele também apresenta oração e meditação sobre a graça de Deus. Por último, ele novamente faz menção ao conflito interno que ele teve com a tristeza que experimentou.
Para o principal músico. Uma lição de instrução aos filhos de Corá.
O nome de Davi não é expressamente mencionado na inscrição deste salmo. Muitas conjecturas de que os filhos de Coré eram os autores dele. Isto, penso eu, não é provável. Como é composto na pessoa de Davi, quem, é bem sabido, foi dotado acima de todos os outros com o espírito de profecia, quem acreditará que foi escrito e composto por ele por outra pessoa? Ele era o professor em geral de toda a Igreja, e um instrumento distinto do Espírito. Ele já entregou à companhia dos levitas, dos quais os filhos de Coré fizeram parte, outros salmos para serem cantados por eles. O que precisava, então, ter ele para emprestar a sua ajuda, ou para recorrer a sua assistência em uma questão que ele era muito melhor capaz de executar do que eles? Para mim, portanto, parece mais provável que os filhos de Coré sejam aqui mencionados porque este salmo foi cometido como um precioso tesouro para ser preservado por eles, como sabemos que, do número dos cantores, alguns foram escolhidos e nomeados para ser guardiões dos salmos. Que não haja menção feita ao nome de Davi não envolve nenhuma dificuldade, já que vemos a mesma omissão em outros salmos, dos quais não há, no entanto, os fundamentos mais fortes para concluir que ele era o autor. Quanto à palavra mskyl, maskil, já fiz algumas observações sobre isso no salmo trinta e dois. Esta palavra, é verdade, às vezes é encontrada na inscrição de outros salmos além daqueles em que Davi declara ter sido submetido à vara da disciplina de Deus. É, no entanto, a ser observado, que é aplicado corretamente aos castigos, uma vez que o objetivo deles é instruir os filhos de Deus, quando eles não se beneficiam suficientemente da doutrina. Quanto ao tempo particular da composição deste salmo, os expositores não estão totalmente de acordo. Alguns supõem que Davi aqui se queixa de sua calamidade, quando ele foi expulso do trono por seu filho Absalão. Mas estou bastante disposto a exibir uma opinião diferente, fundada, se não me equivocar, por boas razões. A rebelião de Absalão foi logo suprimida, de modo que não impediria que Davi se aproximasse do santuário. E, no entanto, a lamentação que ele faz aqui se refere expressamente a um longo estado de exílio, sob o qual ele tinha sofrido, e, por assim dizer, aliviar o seu sofrimento. Não é a tristeza meramente de alguns dias que ele descreve no terceiro verso; além disso, o escopo de toda a composição mostrará claramente que ele havia sofrido há muito tempo na miserável condição de que ele fala. Foi alegado como um argumento contra a referência deste salmo ao reinado de Saul, que a arca da aliança foi negligenciada durante o seu reinado, de modo que não é muito provável que Davi naquele tempo conduzisse os serviços de coral declarados no santuário; mas este argumento não é muito conclusivo: embora Saul só adorasse a Deus como uma mera questão de forma, ainda assim ele não estava disposto a ser considerado em nenhuma outra luz do que como um homem devoto. E quanto a Davi, ele mostrou em outras partes de seus escritos com que diligência frequentava as assembléias sagradas, e mais especialmente nos dias dos festivais. Certamente, essas palavras em que nos encontraremos no Salmo 55:14: "Caminhamos até a casa de Deus em companhia", referem-se ao tempo de Saul.
Sl 42:1 Como suspira a corça pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.
Sl 42:2 A minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo;
quando irei e me verei perante a face de Deus?
Sl 42:3 As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite,
enquanto me dizem continuamente:
O teu Deus, onde está?
Sl 42:4 Lembro-me destas coisas
- e dentro de mim se me derrama a alma -,
de como passava eu com a multidão de povo
e os guiava em procissão à Casa de Deus,
entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa.
Sl 42:5 Por que estás abatida, ó minha alma?
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio e Deus meu.
Sl 42:6 Sinto abatida dentro de mim a minha alma;
lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão,
e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.
Sl 42:7 Um abismo chama outro abismo,
ao fragor das tuas catadupas;
todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim.
Sl 42:8 Contudo, o SENHOR, durante o dia,
me concede a sua misericórdia,
e à noite
comigo está o seu cântico,
uma oração ao Deus da minha vida.
Sl 42:9 Digo a Deus, minha rocha:
por que te olvidaste de mim?
Por que hei de andar eu lamentando
sob a opressão dos meus inimigos?
Sl 42:10 Esmigalham-se-me os ossos,
quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo:
O teu Deus, onde está?
Sl 42:11 Por que estás abatida, ó minha alma?
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio e Deus meu.
Por que está abatida a tua alma meu irmão? Deus está no controle de tudo e de todas as coisas e você é especial para ele, como a menina de seus próprios olhos. Ele não se esqueceu de ti, por isso, como Davi, conclua dizendo para sua alma abatida: - espera em Deus mais um pouquinho que ainda o louvarei a ele que é meu Deus e auxílio meu.

Alguns exemplos bíblicos de conversas com a própria alma:

  • Gn 49.6 - No seu concílio não entres, ó minha alma!
  • Jz 5.21 - Ó minha alma, calcaste aos pés a força.
  • Sl 35.3 - Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.
  • Sl 42 e 43 - [salmos estudado aqui e no próximo capítulo]
  • Sl 57.8 - Despera, minha alma; despertai, alaúde e harpa, eu mesmo despertarei a aurora.
  • Sl 62.1 e 5 - [primeiro a declaração] Somente em Deus espera silenciosa a minha alma, dele vem a minha salvação. [depois, a oração] Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.
  • Sl 69.18 - Aproxima-te da minha alma, e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos
  • Sl 84.2 - A minha alma suspira!
  • Sl 103.1 - Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não te esqueça de nehum de seus benefícios
  • Sl 104.1 - Bendize, ó minha alma, ao Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo
  • Sl 116.7 - Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem
  • Sl 130.6 - A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, mais do que os guardas pela manhã
  • Sl 146.1 - Louvai ao Senhor, Ó minha alma, louva ao Senhor.
Para aqueles que desejam estudar cada versículo deste Salmo 42 e do 43:
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Salmo 41: 1-13 - A CALÚNIA DOS INIMIGOS E O SOCORRO DE DEUS

O salmo 41 de Davi primeiramente começa falando daquele que tem bom coração e que não se ocupa apenas com o seu umbigo, mas que é capaz de dividir o que tem recebido e compartilhar com o seu próximo, por simplesmente se importar com quem ali com ele está tendo a graça de Deus de conviver.
Ele diz que este que assim procede não será esquecido de Deus que o retribuirá e lhe afofará até a sua cama, livrando-o do dia mal e dos tantos infortúnios que podemos receber nesta vida. Como sou apaixonado pelo tema da soberania de Deus e como creio que ele é o governador absoluto de toda a vida, então entendo que Deus é quem nos dá de suas bênçãos sem fim.
Ontem, por exemplo, fui dormir chateado por causa de algumas coisas; no entanto, na hora de dormir, não resisti em elevar meu coração em gratidão a Deus pelo afofamento da minha caminha gostosa e que me proporcionou um bom sono reparador.
Eu creio que a gratidão deve explodir em nossos corpos,  poros, pensamentos e imaginações em todo tempo por que Deus está a cada instante provendo suas maravilhosas bênçãos e graças para nós.
Davi reconhece seu pecado, pede perdão a Deus e a cura devida. Ele conhece a Deus  por isso que ora a ele e apresenta a ele suas petições. Ele apresenta aqueles que estão tramando contra ele e até do amigo íntimo que o trai, ele fala. O Messias vai aproveitar o texto e aplicá-lo a ele mesmo e a Judas.
Há tantos mistérios na palavra de Deus e nos relacionamentos com seus servos e servas ao longo de toda a história dos homens desde o primeiro até ao último Adão.
Veja o comentário de Calvino, em sua introdução sobre este salmo:
Davi, enquanto ele estava severamente afligido pela mão de Deus, percebeu que ele era injustamente culpado por homens que o consideravam alguém que já havia sido condenado e devotado à destruição eterna. Sob essa prova, ele se fortalece pelo consolo da esperança. Ao mesmo tempo, ele se queixa em parte da crueldade e, em parte, da traição de seus inimigos. E, embora reconheça a aflição com que ele é visitado como uma justa punição de seus pecados, ele carrega seus inimigos com crueldade e malícia, na medida em que perturbaram e afligiram alguém que sempre se esforçou para fazê-los bons. Finalmente, ele grava uma expressão de sua gratidão e alegria, porque ele havia sido preservado pela graça de Deus.
Para o principal músico. Um salmo de David.
Sl 41:1 Bem-aventurado
o que acode ao necessitado;
o SENHOR
o livra no dia do mal.
Sl 41:2 O SENHOR
o protege,
preserva-lhe a vida
e o faz feliz na terra;
não o entrega à discrição dos seus inimigos.
Sl 41:3 O SENHOR
o assiste no leito da enfermidade;
na doença, tu lhe afofas a cama.
Sl 41:4 Disse eu:
compadece-te de mim, SENHOR;
sara a minha alma,
porque pequei contra ti.
Sl 41:5 Os meus inimigos falam mal de mim:
Quando morrerá e lhe perecerá o nome?
Sl 41:6 Se algum deles me vem visitar,
diz coisas vãs, amontoando no coração malícias;
em saindo, é disso que fala.
Sl 41:7 De mim rosnam à uma
todos os que me odeiam;
engendram males contra mim, dizendo:
Sl 41:8 Peste maligna deu nele, e:
Caiu de cama, já não há de levantar-se.
Sl 41:9 Até o meu amigo íntimo,
em quem eu confiava,
que comia do meu pão,
levantou contra mim o calcanhar.
Sl 41:10 Tu, porém, SENHOR,
compadece-te de mim
e levanta-me, para que eu lhes pague segundo merecem.
Sl 41:11 Com isto conheço que tu te agradas de mim:
em não triunfar contra mim o meu inimigo.
Sl 41:12 Quanto a mim,
tu me susténs na minha integridade
e me pões à tua presença para sempre.
Sl 41:13 Bendito seja o SENHOR,
Deus de Israel,
da eternidade para a eternidade!
Amém e amém!
Como será que sei que te agradas de mim Senhor a não ser em ver que não triunfa sobre mim o meu inimigo? E você, como sabe que o Senhor se agrada de ti? Ele conclui seu salmo bendizendo ao Senhor de eternidade a eternidade. Sabe como eu sei que ele se agrada de mim? Por causa de Jesus Cristo que morreu por mim para que eu pudesse hoje ser feito filho de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Salmo 40: 1-17 - ESPEREI COM PACIÊNCIA NO SENHOR

Davi esperou com paciência pelo Senhor e o Senhor se inclinou para ele que o esperava. Não está o Espírito Santo falando com você nesta hora que está querendo se desanimar e parar de esperar pelo Senhor por que acha que o tempo já avançou demais e as suas promessas foram esquecidas?
Davi aqui foi livrado de um grande laço e perigo de morte que armavam contra a sua vida, por isso exalta ao Deus que ele conhece que sempre o livra dos perigos. Não havia como evitar certas coisas, como o passar por elas, mas em passando, lá estava o Senhor o livrando. Ele conhecia seu Deus muito bem e o exalta pelo livramento maravilhoso.
Queridos a vida é um dom de Deus gratuito. Nada fizemos por merecê-la, mas nós costumeiramente não damos valor nem temos gratidão ao nosso Deus que tanto nos tem livrado e nos tem sustendado. Recebemos um simples prato de feijão com arroz e ovo com murmurações não reconhecendo de onde veio a grande bênção, mas o mesmo prato seria recebido com festa diante de muitos que não tem o que comer, por exemplo em certos lugares da África.
Davi conhecia seu Deus por isso exalta a esperança por que ela tem endereço certo. Ninguém que põe a sua esperança em Deus há de ser frustrado. Então, ele passa a proclamar e anunciar a palavra de Deus que foi o que o Messias veio fazer. Ele veio e anunciou a palavra de Deus sendo ele mesmo a palavra. Depois, seus discípulos e agora nós que somos os arautos da vez viemos também para proclamarmos igualzinho ao Senhor a sua palavra diante da congregação e de todos os viventes.
Vejamos a introdução do comentário de Calvino sobre este salmo:
David, sendo libertado de um grande perigo, e pode ser, não de um só, mas de muitos, exalta muito a graça de Deus, e por meio disso, sua alma está cheia de admiração da providência de Deus, que se estende a toda a raça humana. Então ele protesta que ele se entregará inteiramente ao serviço de Deus, e define brevemente de que maneira Deus deve ser servido e honrado. Depois, ele retorna novamente ao exercício de ação de graças e celebra os lábios do Eterno, ensaiando muitos de seus atos gloriosos e poderosos. Finalmente, quando ele se queixou de seus inimigos, ele conclui o salmo com uma nova oração.
Para o principal músico. Um salmo de David.
Sl 40:1. Esperei com paciência pelo Senhor,
e ele se inclinou para mim
e ouviu o meu clamor
Sl 40:2. Também me tirou duma cova de destruição,
dum charco de lodo;
pôs os meus pés sobre uma rocha,
firmou os meus passos
Sl 40:3. Pôs na minha boca um cântico novo,
um hino ao nosso Deus;
muitos verão isso e temerão,
e confiarão no Senhor
Sl 40:4. Bem-aventurado
o homem que faz do Senhor a sua confiança,
e que não atenta para os soberbos
nem para os apóstatas mentirosos
Sl 40:5. Muitas são, Senhor,
Deus meu,
as maravilhas que tens operado
e os teus pensamentos para conosco;
ninguém há que se possa comparar a ti;
eu quisera anunciá-los,
e manifestá-los,
mas são mais do que se podem contar
Sl 40:6. Sacrifício e oferta não desejas;
abriste-me os ouvidos;
holocauto e oferta de expiação pelo pecado
não reclamaste
Sl 40:7. Então disse eu:
Eis aqui venho;
no rolo do livro está escrito a meu respeito:
Sl 40:8. Deleito-me em fazer a tua vontade,
ó Deus meu;
sim, a tua lei está dentro do meu coração
Sl 40:9. Tenho proclamado
boas-novas de justiça na grande congregação;
eis que não retive os meus lábios;
  1. Não ocultei dentro do meu coração
a tua justiça;
apregoei a tua fidelidade
e a tua salvação;
não escondi da grande congregação
a tua benignidade
e a tua verdade
Sl 40:11. Não detenhas para comigo,
Senhor a tua compaixão;
a tua benignidade
e a tua fidelidade sempre me guardem
Sl 40:12. Pois males sem número me têm rodeado;
as minhas iniqüidades me têm alcançado,
de modo que não posso ver;
são mais numerosas do que
os cabelos da minha cabeça,
pelo que desfalece o meu coração
Sl 40:13. Digna-te, Senhor,
livra-me; Senhor,
apressa-te em meu auxílio
Sl 40:14. Sejam à uma
envergonhados e confundidos
os que buscam a minha vida para destruí-la;
tornem atrás
e confundam-se os que me desejam o mal
Sl 40:15. Desolados sejam em razão da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!
Sl 40:16. Regozijem-se e alegrem-se em ti
todos os que te buscam.
Digam continuamente os que amam a tua salvação:
Engrandecido seja o Senhor
Sl 40:17. Eu, na verdade,
sou pobre e necessitado,
mas o Senhor cuida de mim.
Tu és o meu auxílio
e o meu libertador;
não te detenhas, ó Deus meu

O Senhor também cuida de mim e também de ti e de todos nós. Anunciemos a sua mensagem e gozemos o dia de hoje com coração agradecido por mais um dia e pela sua grande misericórdia que não tem fim. No que depender de você, não fuja do seu dever de ser um arauto de Deus da geração presente. Ao crescer com os talentos que Deus te deu, jamais cobre pelos seus serviços para não se tornar mercenário da palavra de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Salmo 39: 1-13 - DAVI, ANGUSTIADO, SE CALA

Outro dos salmos de Davi em que começa contando de sua resolução de não abrir a sua boca diante do ímpio. Até aqui tudo bem, mas ele também resolve se calar quanto ao bem e ai começa o seu sofrimento.
A resolução dele de se calar diante do bem perante o ímpio é por que ele se encontrava zangado com alguma coisa e seu comportamento revela um pouco de infantilidade de sua parte. Todos nós humanos temos problemas com nossas emoções. Davi não era diferente.
Alguns conseguem superar e resolver isso magistralmente, mas a maioria de nós não sabe lidar com as suas emoções e por isso vivem presas dentro de si mesmas e produzem comportamentos que trazem à tona nossa natureza adâmica caída. É somente vermos os jornais que diariamente há crimes envolvendo esse aspecto.
Deveria haver em nossas escolas desde quando entramos no Jardim da Infância uma disciplina que deveria nos acompanhar até a nossa formatura numa faculdade: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ou algo assim que nos ensinasse a lidarmos com nossas emoções.
Davi teve a sua vida toda se lamentando por causa de seus pecados e pela péssima educação de seus filhos. Apesar de ser um exemplo em muitas áreas, principalmente na oração e no conhecimento ímpar de seu Deus com quem teve um excelente relacionamento, era um homem frágil e débil emocionalmente.
Calvino faz um comentário sobre este salmo que vale a pena conhecermos. O comentário citado abaixo é apenas a sua introdução.
No início do salmo, David insinua que seu coração estava com extrema amargura de tristeza, o que o forçou a expressar queixas com muita veemência e ardor. Ele confessa que, enquanto ele estava disposto a ficar em silêncio, e a exercer paciência, a dor somente aumentava. Assim, ele ainda era obrigado, pela força de sua tristeza, a sair desse silêncio contra a sua vontade. Então ele relata as queixas que ele fez misturadas com orações, que indicam grandes problemas de mente; de modo que, por isso, parece que ele lutou com com todas as suas forças para resistir à tentação, para que ele não caísse em desespero.
Para o músico-chefe, Jeduthun. Um salmo de David.
Sabe-se que Jeduthun era um dos principais cantores de quem a história sagrada faz referência. (1 Crônicas 9:16; 1 Crônicas 16:38, 41, 42). É, portanto, provável que este salmo foi entregue ao principal cantor, que era de sua casa. Alguns, de fato, entendem isso como denotando o tipo particular de sintonia, e suponha que foi o início de alguma outra música; mas isso também considero uma interpretação forçada. Nem eu posso concordar com outros que pensam que David aqui se queixa de alguma doença; pois, a menos que algum motivo urgente o exija, é impróprio limitar declarações gerais a casos particulares. Pelo contrário, do caráter extremo dos sofrimentos que ele aqui descreve, pode-se presumir que uma variedade de aflições está aqui incluída, ou, pelo menos, que alguém se refere a qual era mais severo do que todos os outros, e um que continuou por muito tempo. Além disso, deve-se considerar que neste salmo Davi não proclama seu próprio mérito, como se em sua aflição tivesse apresentado suas orações a Deus na linguagem e segundo o espírito ditado pela verdadeira piedade: ele confessa o pecado de sua enfermidade ao explodir em uma tristeza imoderada, e em ser liderada pela veemência desse afeto para entrar em queixas pecaminosas.
Sl 39:1 Disse comigo mesmo:
guardarei os meus caminhos,
para não pecar com a língua;
porei mordaça à minha boca,
enquanto estiver na minha presença o ímpio.
Sl 39:2 Emudeci em silêncio,
calei acerca do bem,
            e a minha dor se agravou.
Sl 39:3 Esbraseou-se-me no peito o coração;
            enquanto eu meditava,
ateou-se o fogo;
            então, disse eu com a própria língua:
                        Sl 39:4 Dá-me a conhecer, SENHOR,
                                   o meu fim e qual a soma dos meus dias,
                                   para que eu reconheça a minha fragilidade.
                        Sl 39:5 Deste aos meus dias
                                   o comprimento de alguns palmos;
                        à tua presença,
                                   o prazo da minha vida é nada.
                        Na verdade,
                                   todo homem,
                                               por mais firme que esteja,
                                                           é pura vaidade.
                        Sl 39:6 Com efeito,
                                   passa o homem como uma sombra;
                                               em vão se inquieta;
                                               amontoa tesouros
                                                           e não sabe quem os levará.
Sl 39:7 E eu, Senhor,
            que espero?
                        Tu és a minha esperança.
Sl 39:8 Livra-me de todas as minhas iniqüidades;
            não me faças o opróbrio do insensato.
Sl 39:9 Emudeço,
            não abro os lábios porque tu fizeste isso.
Sl 39:10 Tira de sobre mim o teu flagelo;
            pelo golpe de tua mão,
                        estou consumido.
Sl 39:11 Quando castigas o homem com repreensões,
            por causa da iniquidade,
                        destróis nele, como traça,
                                   o que tem de precioso.
            Com efeito,
                        todo homem é pura vaidade.
Sl 39:12 Ouve, SENHOR,
            a minha oração,
escuta-me
            quando grito por socorro;
não te emudeças
            à vista de minhas lágrimas,
                        porque sou forasteiro à tua presença,
                        peregrino como todos os meus pais o foram.
Sl 39:13 Desvia de mim o olhar,
            para que eu tome alento,
                        antes que eu passe
                                   e deixe de existir.
Na verdade, na verdade todos nós somos, como dizem as Escrituras, pura vaidade. Até o mais firme e valente entre nós é assim cheio de vaidades e frágil emocionalmente. Davi se consolava e se apoiava em seu Deus e nele buscava as suas respostas e a saída para seus problemas.

A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete  
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