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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Salmo 88: 1-18 - O LAMENTO DE UM HOMEM EM TRIBULAÇÃO

É interessante neste salmo dos filhos de Corá que o salmista conhece bem ao Senhor e reconhecia nele a salvação, por isso clamava e insistia na sua própria oração apresentando o seu estado atual desesperador que era decorrente das iras do Senhor sobre ele.
No entanto, apesar de sua dor e insistência e aparente e tardia a ajuda do Senhor, ele jamais atribui culpa a Deus ou procura pressioná-lo como se Deus tivesse a obrigação de ser gracioso e de torcer toda a justiça. Ele reconhece a soberania de Deus em tudo e sabe que o mal que enfrenta não tem poder sobre ele, mas sim o Senhor.
Há momentos em que clamamos e clamamos e o Senhor parece que nem está perto e que realmente se esqueceu da gente ou que não se importa. É a fase do silêncio do Senhor que tem propósitos até nisto por que em todo o tempo o Senhor está a nos amar, a ensinar e a cuidar.
Somos como crianças mimadas que se recusam a crescer. Mesmo adultos temos comportamentos de meninos e, por natureza, somos muito instáveis emocionalmente, logo não sabemos lidar com nossas perdas e ganhos. Por este motivo é que há tantos crimes passionais, surtos, crises, vinganças nos relacionamentos e até suicídio e assassinato.
Este salmista nos ensina a chorar diante de Deus e devemos aprender a fazer isso como ele, pois a seu tempo o Senhor manifestará a sua ajuda e o seu socorro para nós.
Calvino contextualiza e explica detalhes importantes sobre as circunstâncias em que este salmo foi escrito e fala também de seu autor como sendo Heman, mencionado em I Re 4:31, homem sábio e contemporâneo de Salomão.
Este salmo contém lamentos muito dolorosos, derramados por seu escritor inspirado quando sob uma aflição muito severa e quase no ponto de desespero. Mas ele, ao mesmo tempo, enquanto luta com tristeza, declara a invencibilidade da firmeza de sua fé; que ele mostrou ao invocar a Deus para livrá-lo, mesmo quando ele estava na profunda escuridão da morte.
Uma canção ou salmo dos filhos de Corá. Ao músico-chefe sobre Machalath, para tornar humilde. Uma instrução de Heman, o Ezrahite.
Heman, cujo nome aparece na inscrição, é provavelmente a mesma pessoa que é mencionada na história sagrada, 1 Reis 4:31, onde Salomão, quando recomendado por sua sabedoria, é comparado com Ethan, Heman, Chalcol e Darda. Portanto, não é surpreendente que um homem, tão altamente distinguido pelo espírito de sabedoria, fosse o autor deste salmo. Alguns traduzem l-mhlt, al-machalath, em enfermidade; mas é provável, de acordo com o uso comum da palavra, que denota algum instrumento da música, ou o início de alguma música. Das outras palavras, eu já havia falado o suficiente em outro lugar. Além disso, é importante ter em mente que, na pessoa de um homem, é apresentado a nossa visão um exemplo de uma aflição rara e de uma paciência singular. Deus, no exercício tão doloroso de Heman, a quem ele tinha adornado com presentes tão excelentes para ser um exemplo para os outros, não fez isso por causa de seu servo somente. Seu objetivo era apresentar uma questão comum de instrução a todos os seus povos. Realizando este objeto, Heman subindo, por assim dizer, um estágio elevado, atesta a toda a Igreja suas enfermidades, bem como sua fé e constância. Nos preocupa muito olhar um servo tão distinto de Deus, e aquele que foi tão eminentemente adornado com as graças do Espírito Santo, assim dominado por uma carga tão pesada de aflições que o fez reclamar tristemente que não diferiu nada de um morto homem, muito nos preocupa, eu digo, para olhar esse espetáculo, que nossas angústias, por mais penosas que sejam, não podem nos dominar com desespero; ou se devemos, às vezes, estar prontos para desmaiar por cansaço, cuidado, tristeza, tristeza ou medo, para que não possamos desesperar, especialmente quando vemos que não é sem o maior esforço que o santo profeta emerge desta profunda escuridão na luz desejosa da esperança. Devemos ter a certeza de que o Espírito de Deus, pela boca de Heman, nos forneceu uma forma de oração para encorajar todos os aflitos que estão, de certa maneira, a abandonar o desespero para se achegarem a si mesmo.
Sl 88:1 Ó SENHOR,
Deus da minha salvação,
dia e noite clamo diante de ti.
Sl 88:2 Chegue à tua presença
a minha oração,
inclina os ouvidos
ao meu clamor.
Sl 88:3 Pois a minha alma
está farta de males,
e a minha vida
já se abeira da morte.
Sl 88:4 Sou contado
com os que baixam à cova;
sou como um homem
sem força,
Sl 88:5 atirado entre os mortos;
como os feridos de morte que jazem na sepultura,
dos quais já não te lembras;
são desamparados de tuas mãos.
Sl 88:6 Puseste-me na mais profunda cova,
nos lugares tenebrosos,
nos abismos.
Sl 88:7 Sobre mim
pesa a tua ira;
tu me abates
com todas as tuas ondas.
Sl 88:8 Apartaste de mim
os meus conhecidos
e me fizeste
objeto de abominação para com eles;
estou preso
e não vejo como sair.
Sl 88:9 Os meus olhos
desfalecem de aflição;
dia após dia,
venho clamando a ti, SENHOR,
e te levanto as minhas mãos.
Sl 88:10 Mostrarás tu
prodígios aos mortos
ou os finados
se levantarão para te louvar?
Sl 88:11 Será referida
a tua bondade na sepultura?
A tua fidelidade,
nos abismos?
Sl 88:12 Acaso,
nas trevas se manifestam as tuas maravilhas?
E a tua justiça,
na terra do esquecimento?
Sl 88:13 Mas eu,
SENHOR,
clamo a ti por socorro,
e antemanhã
já se antecipa diante de ti a minha oração.
Sl 88:14 Por que rejeitas,
SENHOR,
a minha alma
e ocultas de mim
o rosto?
Sl 88:15 Ando aflito
e prestes a expirar desde moço;
sob o peso dos teus terrores,
estou desorientado.
Sl 88:16 Por sobre mim
passaram as tuas iras,
os teus terrores
deram cabo de mim.
Sl 88:17 Eles me rodeiam como água, de contínuo;
a um tempo me circundam.
Sl 88:18 Para longe de mim
afastaste amigo
e companheiro;
os meus conhecidos
são trevas.

O salmo termina sem sinais de que o salmista fora atendido, também não se vê que houve nele mudanças de atitude passando agora a ter esperanças na vitória e a declarar palavras de vitórias, no entanto, em todo tempo, os seus olhos estão postos no Senhor. Isso, este salmo ensina!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 14 de abril de 2013

Salmo 87: 1-7 - JERUSALÉM, AMADA DE DEUS

Salmo feito pelos filhos de Corá que enaltece a cidade de Sião. Ela foi escolhida por Deus Pai para ser a cidade do grande Rei que ali também foi crucificado por amor de nós. As outras nações do mundo por conta disso sentem inveja e caçoam de Jerusalém ou mesmo muitos querem exterminá-la para porem fim a história dos judeus.
Quem é que pode exterminar aquilo que o Senhor quer preservar? Vejamos a história dos povos que todos que quiseram arruiná-la sofreram grande destruição e algumas até já sumiram de nossos mapas restando apenas a lembrança por causa dos registros bíblicos.
O último e mais cruel homem e nação que se levantou contra os judeus foi Hitler que conseguiu causar grande estrago e exterminar milhares e milhões de pessoas de descendência dos judeus. Essa nação teve a sua glória, mas foi destruída, o povo judeu, pelo contrário, continua firme, forte e crescendo cada vez mais.
Deus tem levantado tantos homens ilustres e poderosos nesta face da terra de origem judia que isso já deveria ser um sinal para o incrédulo da predileção de Sião por parte de Deus. Satanás até hoje e até o final de sua existência procurará apagar Israel e os judeus da face da terra por causa de Deus, mas JAMAIS prosperará.
O levante moderno de homens e mulheres em todo o mundo, exceto nos países muçulmanos, a favor de práticas sexuais que o Senhor reprova com veemência esbarra justamente no Deus que ama Sião, que preserva Jerusalém, que escolheu um povo, os judeus, que criou a igreja e que breve voltará para ser sobre todos Senhor.
Não há como crescerem e ficarem tranquilos com suas práticas por causa de Deus; o que farão então? De todos os modos acabarão tendo de ir de encontro ao Senhor. E a história, o que nos ensina? Então você que é crente em todo o mundo, aproveite o momento para orar ainda mais, pois Deus está no controle de tudo e de todos.
Calvino explica e contextualiza o cenário em que o salmo foi redigido e dá outros esclarecimentos. O texto é longo para sua própria introdução, mas interessante.
É evidente, a partir de uma observação atenta, que, enquanto os filhos deste mundo estão em prosperidade, parecem estar bem satisfeitos com essa condição e, assim, eles se exaltam com força, enquanto olham para a Igreja com orgulhoso desprezo; e mesmo depois de terem sofrido calamidades, eles não parecem tão afligidos por elas e assim não renunciam à presunção tola pela qual eles estão intoxicados. Também, desprezam tajentemente toda religião e adoração de Deus, porque, contentando-se com os prazeres, as riquezas e o esplendor dessas coisas, acham-se felizes sem ele (Deus). Assim, muitas vezes, o Senhor os aborrece com todo o tipo de coisas, a fim de infligir-lhes punição por sua ingratidão, até que a época dos ajustes chegará. Às vezes, Deus deixa sua Igreja com aflições diversas e penosas, ou, pelo menos, a mantém em condições humildes e desprezadas, para que ela pareça ser miserável, ou ela é pelo menos exposta ao desprezo de outros.
]Para que os fiéis não sejam enganados com essa aparência sombria das coisas, é importante chamar a atenção para um assunto diferente, para que possam ser persuadidos da verdade do que é dito no Salmo 33:12: - "Bem-aventurada a nação cujo Deus é o Senhor, e as pessoas que ele escolheu para a sua própria herança". (Salmo 33:12)
O que nos ensina este salmo pode resumir-se nisso, de que a Igreja de Deus vencerá todos os reinos e as políticas do mundo, na medida em que ela for vigiada e protegida por Ele em todos os seus interesses e colocada sob o seu governo. Ela vencerá, em primeiro lugar, em meio às violentas agitações e terríveis tempestades com as quais o mundo inteiro é muitas vezes abalado, pois ela pode continuar segura; e, em segundo lugar, e principalmente, porque que está maravilhosamente preservada pela proteção do mesmo Deus, ela pode, por fim, após o trabalho e a luta de uma guerra prolongada, ser coroada com os louros triunfantes de sua alta vocação.
É, na verdade, um benefício singular de Deus e, ao mesmo tempo, um sinal milagroso, que, em meio às grandes e diversas revoluções dos reinos deste mundo, ele a sustenta continuamente de tempos e tempos e a preserva da destruição; de modo que em todo o mundo não há nada duradoura, exceto a Igreja. No entanto, muitas vezes acontece que, enquanto os ímpios abundam em riquezas e sobre eles se derramam bens mundanos e autoridade, a Igreja aflita é lançada em meio a muitos perigos, ou melhor, está tão sobrecarregada com inundações impetuosas que parece ser inteiramente naufragada. A sua felicidade parece ser considerada como consistindo principalmente nisso, que ele reservou para ela um estado eterno no céu.
Uma atenção ao tempo em que este salmo foi composto contribuirá, em menor grau, para uma compreensão clara de seus conteúdos. Embora o povo tivesse retornado do seu cativeiro na Babilônia; embora a Igreja de Deus tenha sido novamente reunida e unida em um só corpo após uma longa dispersão; embora o templo tenha sido reconstruído, o altar montado e o serviço de Deus restaurado; ainda, como de uma vasta multidão de pessoas, havia apenas uma pequena porção, o que tornava a condição da Igreja muito fraca e desprezada, - como o número deixado diminuiu diariamente por seus inimigos - e como o templo era muito inferior em magnificência ao que era originalmente; - tudo isso sendo considerado, os fiéis não tinham nenhum motivo para terem esperanças favoráveis ​​quanto ao futuro.
Certamente parecia impossível que eles mais uma vez fossem restaurados para o estado anterior do qual eles haviam caído. Havia, portanto, razão para entenderem que as mentes dos piedosos, tanto da lembrança da queda que já tinham experimentado, quanto do peso das misérias atuais com as quais estavam oprimidas, desfaleceriam e, finalmente, afundariam em desespero. Para que não se sucumbissem sob tão pesadas adversidades, o Senhor não só prometeu neste salmo que recuperaria o que perderam, como também os encorajou na esperança de uma incomparável glória com a qual a Igreja ainda deveria ser investida, de acordo com aquilo profecia de Haggai,
"A glória desta última casa será maior que a primeira". (Ageu 2: 9).
Por último, aprendemos a usar este salmo para nossas próprias circunstâncias, e o estudamos para aprender lições. A consolação contida deveria ter tido tal influência sobre os piedosos daquela época, de modo a torná-los não só a se erguer no meio de suas adversidades, mas também a levantá-los do túmulo e levá-los ao céu . Nos dias de hoje, quando sabemos que tudo o que foi predito pelo Espírito foi cumprido, somos mais do que ingratos se a experiência dos pais, acrescentada às palavras do Espírito, não confirma mais poderosamente a nossa fé.
É impossível expressar em linguagem adequada ao sujeito a glória com que Cristo embelezou sua Igreja pelo seu advento. Então, a verdadeira religião que antes tinha sido encerrada nos limites estreitos da Judéia foi espalhada pelo mundo inteiro. Então Deus, conhecido apenas por uma família, começou a ser chamado nas diferentes línguas de todas as nações. Então, o mundo, que foi miseravelmente alugado por inúmeras seitas de superstição e erro, foi reunido em uma santa unidade de fé. Então todos os homens, vivendo um com o outro, se associaram em empresas à sociedade dos judeus, que antes tinham abominado. Então os reis da terra e seu povo se renderam voluntariamente ao jugo de Cristo; lobos e leões foram convertidos em cordeiros; os dons do Espírito Santo foram derramados sobre os fiéis, presentes que superaram a glória, todas as riquezas e grandezas e os ornamentos preciosos do mundo. O corpo da Igreja também foi reunido fora de países distantes uns dos outros, e foi aumentado e preservado de uma maneira maravilhosa. O evangelho foi espalhado por um período de tempo incrivelmente curto, e igualmente extraordinário foi a rica colheita de frutos com a qual a pregação foi bem sucedida. Embora, portanto, o renome da Igreja nunca tenha sido celebrado por esta profecia, mas a condição boa e inigualável dessa idade, que pode ser chamada de Idade de Ouro, demonstra claramente que ela era verdadeiramente o reino celestial de Deus. No entanto, era necessário, mesmo naquele período, que os fiéis formassem sua estimativa de sua excelência por algo mais elevado do que o sentido ou razão carnal. No momento em que ela floresceu mais, não era ouro e pedras preciosas, o que lhe conferia o esplendor que a fazia brilhar, mas o sangue dos mártires. Rica, ela estava nas graças do Espírito, e ainda pobre e destituída de bens terrenos. Bela e gloriosa em santidade diante de Deus e dos anjos, ela era, no entanto, desprezível aos olhos do mundo. Sem que ela tivesse muitos inimigos declarados, que se exercitavam em direção a sua perseguição feroz e cruel, ou por atos indiretos praticados contra ela, o pior que poderia sugerir; enquanto estavam dentro eram alarmes e traição. Em suma, sua dignidade, venerável, mas ainda espiritual, ainda estava escondida sob a cruz de Cristo. O consolo, portanto, contido neste salmo foi muito sazonável, mesmo naquela época, para encorajar os fiéis a esperar um estado mais perfeito da Igreja, mas o caso está de outra forma conosco. Já aconteceu há muito tempo, através do padrão de nossos pais, que a beleza de renome da Igreja está contaminada e desfigurada sob os pés dos ímpios. E no dia de hoje, dominado pela carga de nossos pecados, ela geme sob uma miserável desolação, sob as reprovadoras derrotas do diabo e do mundo, sob a crueldade dos tiranos e sob as perversas calúnias dos inimigos; para que os filhos deste mundo, que desejam viver à vontade, não desejam nada menos do que ser considerados entre o povo de Deus. De onde podemos perceber com maior clareza quanto disso pode ser derivado desse salmo; e, ao mesmo tempo, como é necessário meditar continuamente sobre isso. O título não se refere tanto aos autores do salmo quanto aos principais músicos a quem se comprometeu a ser cantado. No entanto, é possível que algum levita da família de Korah o compôs.
Sl 87:1 Fundada por ele
sobre os montes santos,
Sl 87:2 o SENHOR
ama as portas de Sião
mais do que as habitações todas de Jacó.
Sl 87:3 Gloriosas coisas
se têm dito de ti,
ó cidade de Deus!
Sl 87:4 Dentre os que me conhecem,
farei menção de Raabe
e da Babilônia;
eis aí Filístia
e Tiro com Etiópia;
lá, nasceram.
Sl 87:5 E com respeito a Sião se dirá:
Este e aquele nasceram nela;
e o próprio Altíssimo a estabelecerá.
Sl 87:6 O SENHOR,
ao registrar os povos, dirá:
Este nasceu lá.
Sl 87:7 Todos os cantores,
saltando de júbilo, entoarão:
Todas as minhas fontes são em ti.

Eu ainda sonho em ir visitar os montes de Sião e andar por onde andou aquele que adoro todos os dias e que me escolheu para dele ser seu arauto em todo o mundo. Maranata! Volta logo Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sábado, 13 de abril de 2013

Salmo 86: 1-17 - ORAÇÃO DE DAVI: SÚPLICA E CONFIANÇA

Mais um belo salmo de Davi que nos ensina a orar e a se derramar diante de Deus como a cera diante do fogo. Essa intimidade que Davi tinha, transparece em suas palavras. Ao ouvi-lo, ficamos cheios do Espírito Santo e com vontade de orar e passamos a acreditar, como ele, que Deus está nos ouvindo, apesar de nós.
A forma como ele se dirige ao Senhor é espetacular. Olha, Senhor, eu estou muito aflito, necessitado e já rodei por ai tudinho e não encontrei qualquer consolo, assim, por favor, inclina aqui os seus ouvidos para ouvir a minha oração e responder-me. Ele tem intimidade com o Senhor e sabe quem é Deus e quem é ele mesmo.
Quem não sabe quem é Deus e quem não sabe quem é, como irá se relacionar com Deus e consigo mesmo e ter esta intimidade que Davi tinha com a qual se dirigia ao Senhor apresentando suas orações?
Como Davi, no Senhor confiamos, clamamos, esperamos e sabemos que ele não nos desapontará nunca. Não que estejamos interessados apenas no que ele pode fazer por nós e na nossa vida. Não precisamos de saber isso por que sabemos o quanto Deus é bom de mais para nós, apesar de nós.
Contemplando as maravilhas da criação de Deus, que no dia de hoje sejamos inundados de sua graça e de seu favor a fim de que glorifiquemos ainda mais o seu nome e possamos contar seus grandes feitos àqueles que por nós cruzarem no dia de hoje.
Calvino faz a sua introdução e explica como Davi pediu e por que pediu que fosse colocado firmemente em seu coração o temor de Deus.
Nestas orações de salmo e meditações sagradas, envolvidas com a visão de nutrir e confirmar fé, juntamente com louvores e ações de graças, estão misturadas. Tendo sido difícil, no julgamento da razão carnal de Davi, escapar das angústias com as quais ele estava cercado, ele opõe a suas conclusões o infinito bem e o poder de Deus. Nem ele simplesmente solicita a libertação de seus inimigos; mas ele também ora para que o medo de Deus possa ser implantado e firmemente estabelecido no coração.
Uma Oração de Davi.
Sl 86:1 Inclina,
SENHOR,
os ouvidos
e responde-me,
pois estou aflito
e necessitado.
Sl 86:2 Preserva a minha alma,
pois eu sou piedoso;
tu,
ó Deus meu,
salva o teu servo que em ti confia.
Sl 86:3 Compadece-te de mim,
ó Senhor,
pois a ti clamo de contínuo.
Sl 86:4 Alegra a alma do teu servo,
porque a ti, Senhor,
elevo a minha alma.
Sl 86:5 Pois tu,
Senhor,
és bom e compassivo;
abundante em benignidade
para com todos os que te invocam.
Sl 86:6 Escuta,
SENHOR,
a minha oração
e atende à voz das minhas súplicas.
Sl 86:7 No dia da minha angústia,
clamo a ti,
porque me respondes.
Sl 86:8 Não há entre os deuses
semelhante a ti, Senhor;
e nada existe
que se compare às tuas obras.
Sl 86:9 Todas as nações que fizeste
virão,
prostrar-se-ão diante de ti, Senhor,
e glorificarão o teu nome.
Sl 86:10 Pois tu és grande
e operas maravilhas;
só tu és Deus!
Sl 86:11 Ensina-me,
SENHOR,
o teu caminho,
e andarei na tua verdade;
dispõe-me o coração
para só temer o teu nome.
Sl 86:12 Dar-te-ei graças,
Senhor, Deus meu,
de todo o coração,
e glorificarei para sempre
o teu nome.
Sl 86:13 Pois grande é a tua misericórdia para comigo,
e me livraste a alma do mais profundo poder da morte.
Sl 86:14 Ó Deus,
os soberbos
se têm levantado contra mim,
e um bando de violentos
atenta contra a minha vida;
eles não te consideram.
Sl 86:15 Mas tu, Senhor,
és Deus compassivo
e cheio de graça,
paciente
e grande
em misericórdia
e em verdade.
Sl 86:16 Volta-te para mim
e compadece-te de mim;
concede a tua força
ao teu servo
e salva o filho da tua serva.
Sl 86:17 Mostra-me
um sinal do teu favor,
para que o vejam
e se envergonhem
os que me aborrecem;
pois tu, SENHOR,
me ajudas
e me consolas.
Iremos concluir esta pequena meditação colocando também diante do nosso Deus e Senhor o nosso pedido por um sinal do seu favor. Se bem que pelo seu favor, somos continuamente assistidos de dia e de noite. Mas queremos isso para mostrar aos que zombam de nós por causa de nossa fé no Senhor que temos. Sabemos que ele é um Deus Zeloso e que se importa conosco. Quem irá ver o nosso triunfo e se envergonhar são os que aborrecem ao Senhor que nos ajuda e nos consola.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

1º Congresso Mais de Deus - 2013

Primeiro Congresso Mais de Deus 2013
Dias 26, 27 e 28 de abril, na Primeira Igreja PResbiteriana de Taguatinga 

Presenças: Pr. Silmar Coeljho, Pra. Janice Coelho, Pr. Felipe Valadão, Pra. MAriana Valaão, Rev. Saulo e moderadores: Pr. Sabino e Leila.

Salmo 85: 1-13 - VAMOS PEDIR O PERDÃO A DEUS?


Salmo dos filhos de Corá que começa com afirmações sobre o que Deus fez por nós: favorecimento, restauração, perdão, encobrimento dos pecados, retenção da ira divina, desvio de furor. 

Tudo isso são ações tomadas por Deus a nosso favor que nos permitem receber mais ainda de sua graça. O salmo foi escrito após o retorno do povo do cativeiro na Babilônia.
Somos ingratos de natureza e somente sentimos que algo da graça de Deus nos falta quando ela nos falta e ai sim, sofremos. Ninguém se lembra de dar graças a Deus, por exemplo, pelo alimento do dia por que temos a ilusão de que o alimento foi provido por nossa própria força e poder quando na verdade é a graça de Deus que nos faz alimentarmos bem.
O salmista tem a visão de Deus muito bem construída em sua mente e coração e reconhece a graça abundante de Deus na sua vida, por isso fala dos favores de Deus, por isso começa falando do que Deus fez por nós e ainda continua fazendo. Ele também tem firme a ideia da soberania de Deus, pois tudo vem dele.
É somente depois disso que ele pede a Deus o restabelecimento do povo de Deus, a retirada de sua ira. É engraçada a sua declaração no verso 5: “Estarás para sempre irado contra nós? Prolongarás a tua ira por todas as gerações?”. A sensação do salmista é que a dor do sofrimento decorrente da ira divina está durando muito... No entanto, como é pequena a sua ira comparada a sua graça e misericórdia!
O livro de salmos é um depositório eterno de orações nas quais meditando nelas de dia e de noite aprenderemos também a orar como oravam esses grandes homens de Deus que o Espírito Santo preservou para nossa orientação e ensino.
Olha que engraçado, primeiro ele reconhece as ações da graça de Deus, depois pede a Deus essa graça por causa da ira divina e por fim exalta e adora a Deus pela certeza do socorro que virá.
Ele fala do encontro da verdade com a justiça! Embora eu entenda o conceito absoluto da verdade, eu vejo nessa declaração do verso 10 esse encontro das duas pessoas que estão em Cristo Jesus. Uma procedente da terra e outra do céu.
Saiu no post do “O Tempora, O Mores” (http://tempora-mores.blogspot.com.br/): “Esta raiva que determinados liberais têm contra a ideia de que existe verdade absoluta e que a mesma pode ser entendia e transmitida mediante conceitos, argumentos, declarações e proposições chega ao ponto de quererem separar Jesus do registro que foi feito dele pelos seus próprios apóstolos, a mando e orientação do próprio Jesus.
Calvino contextualiza e explica nessa introdução alguns detalhes importantes deste salmo:
Deus tendo afligido o seu povo com novos problemas e calamidades, depois de retornarem do seu cativeiro na Babilônia, eles, em primeiro lugar, fazem menção de sua libertação como argumento por que ele não deve deixar inacabada a obra de sua graça. Então eles se queixam da longa continuação de suas aflições. E, em terceiro lugar, inspirados com esperança e confiança, triunfam com a bem-aventurança prometida; por sua restauração em seu próprio país estava ligado ao reino de Cristo, do qual eles anteciparam uma abundância de todas as coisas boas.
Para o principal músico, um salmo dos filhos de Corá.
Sl 85:1 Favoreceste,
SENHOR,
a tua terra;
restauraste
a prosperidade de Jacó.
Sl 85:2 Perdoaste
a iniquidade de teu povo,
encobriste
os seus pecados todos.
Sl 85:3 A tua indignação,
reprimiste-a toda,
do furor da tua ira
te desviaste.
Sl 85:4 Restabelece-nos,
ó Deus da nossa salvação,
e retira de sobre nós a tua ira.
Sl 85:5 Estarás para sempre
irado contra nós?
Prolongarás a tua ira
por todas as gerações?
Sl 85:6 Porventura,
não tornarás a vivificar-nos,
para que em ti se regozije o teu povo?
Sl 85:7 Mostra-nos, SENHOR,
a tua misericórdia
e concede-nos a tua salvação.
Sl 85:8 Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser,
pois falará de paz ao seu povo
e aos seus santos;
e que jamais caiam em insensatez.
Sl 85:9 Próxima está a sua salvação
dos que o temem,
para que a glória assista em nossa terra.
Sl 85:10 Encontraram-se
a graça e a verdade,
a justiça e a paz se beijaram.
Sl 85:11 Da terra
brota a verdade,
dos céus
a justiça baixa o seu olhar.
Sl 85:12 Também o SENHOR
dará o que é bom,
e a nossa terra produzirá o seu fruto.
Sl 85:13 A justiça irá adiante dele,
cujas pegadas ela transforma em caminhos.

Neste lindo salmo, a graça e a verdade e a justiça e a paz se encontrando e andando na terra transformando suas pegadas em caminhos e abençoando a terra para que produza frutos. Jesus Cristo é a resposta de Deus ao homem em todas as gerações. Tudo o que você precisa para viver e viver bem nesta terra, estão em Jesus Cristo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Salmo 84: 1-12 - SAUDADES DO TEMPLO

Um pequeno, mas grande salmo de Davi, no entanto, sendo proclamado pelos filhos de Corá que apresenta a Deus a sua oração na qual podemos tomar por modelo, principalmente pela abordagem que faz em sua introdução antes mesmo de fazer o seu pedido.
Todos nós sabemos, por exemplo, que uma boa abordagem pode nos conduzir ao êxito em nosso empreendimento e uma abordagem relaxada pode nos trazer problemas. Até o ímpio quando vai realizar o seu assalto ele precisa de saber abordar a sua vítima. Ele não assalta a pessoa do outro lado da rua anunciando o assalto, antes, ela procura por oportunidade para bem se aproximar e quando se sente seguro anuncia seu assalto.
Este salmista nos dá exemplo de uma excelente abordagem. Primeiro, ele se aproxima de Deus o exaltando, o adorando e mostrando seu coração desejoso de Deus, mais desejoso do que Deus pode fazer por ele. Seu exemplo das andorinhas e do pardal refletem qual deve ser o propósito do homem pelo qual Deus o criou.
Deus nos criou para estarmos diante dele em adoração! Por isso que o homem encontra sua segurança, abrigo, conforto somente nos átrios do Senhor. Isso é muito profundo. Longe do Senhor, seremos como esses pássaros do exemplo, longe de seus ninhos, perdidos e abandonados, podendo ser tragados pelos predadores naturais.
Nós também temos um predador que tem interesse em acabar com a nossa imagem e semelhança de Deus, Satanás, a antiga serpente, o diabo. Ele está ávido por acabar conosco. Antes, ele perseguia a semente para evitar que ela nascesse e cumprisse a profecia de Deus de que ela esmagaria a sua cabeça. Agora, ele faz guerra aos santos procurando devorar os filhos da mulher.
Depois de falar de duas bem aventuranças destinadas aos que habitam na casa de Deus e tem nele a sua força, ai sim, que ele apresenta sua oração, seu pedido para que Deus escute sua oração: olha, Deus e contempla o rosto do teu ungido. Contempla também meu rosto Senhor e permita que eu não saia de seus átrios perpetuamente.
Calvino contextualiza e dá maiores detalhes sobre o salmo.
O salmista reclama que nada lhe provocou uma fonte de maior sofrimento do que o impedimento de chegar ao tabernáculo, e que ele foi banido da assembléia dos santos, onde Deus foi chamado. E, no entanto, ele mostra que nada pode resistir aos anseios dos piedosos; e, superando todos os obstáculos, estarão constantemente envolvidos na busca de Deus e, por assim dizer, farão um caminho para eles mesmos, onde não há nenhum. Por fim, ele expressa seu desejo de ser restaurado no tabernáculo de Deus, e novamente testifica que um dia passado no tabernáculo era mais estimado para ser estimado do que viver por um longo tempo na sociedade de incrédulos.
Para o músico-chefe da Gittith. Um salmo de [454] os filhos de Corá. [455]
O título deste salmo não tem o nome de Davi; mas, como seu objeto é aplicável a ele, ele provavelmente foi seu autor. Alguns pensam que foi composto pelos filhos de Corá, para seu uso particular; mas para provar a falta de fundamento desta opinião, só é necessário advertir a essa consideração, que Davi, em seu tempo, se distinguiu tão eminentemente pelo dom da profecia quanto a não ser necessário empregar os levitas para realizar um serviço para o qual ele próprio estava tão bem qualificado. A única dificuldade para atribuí-lo a Davi é que a menção é feita do monte Sião, a que a arca da aliança não foi levada até que ele tenha sido posto em paz pelo reino. Como depois disso, ele nunca foi privado da liberdade de aparecer antes da arca com os outros, exceto uma vez, e depois só por um curto período de tempo; ou seja, quando ele estava sob a necessidade de fazer-se fugir por causa da rebelião levantada contra ele por seu filho Absalão. O conteúdo do salmo, no entanto, indica que, no momento da sua composição, ele tinha sido obrigado a vagar por muito tempo em diferentes lugares como um exílio. Se refletimos que Davi registrou nos salmos as perseguições que ele suportou sob Saul muito depois que ele foi libertado deles, não nos surpreenderemos ao encontrá-lo fazendo menção de Sião em conexão com eles. Da palavra Gittith, já falei no oitavo salmo.
Sl 84:1 Quão amáveis são os teus tabernáculos,
SENHOR dos Exércitos!
Sl 84:2 A minha alma suspira
e desfalece pelos átrios do SENHOR;
o meu coração e a minha carne
exultam pelo Deus vivo!
Sl 84:3 O pardal
encontrou casa,
e a andorinha,
ninho para si, onde acolha os seus filhotes;
eu,
os teus altares, SENHOR dos Exércitos,
Rei meu
e Deus meu!
Sl 84:4 Bem-aventurados
os que habitam em tua casa;
louvam-te perpetuamente.
Sl 84:5 Bem-aventurado
o homem cuja força está em ti,
em cujo coração se encontram os caminhos aplanados,
Sl 84:6 o qual,
passando pelo vale árido,
faz dele um manancial;
de bênçãos
o cobre a primeira chuva.
Sl 84:7 Vão indo
de força em força;
cada um deles aparece diante de Deus em Sião.
Sl 84:8 SENHOR, Deus dos Exércitos,
escuta-me a oração;
presta ouvidos,
ó Deus de Jacó!
Sl 84:9 Olha,
ó Deus, escudo nosso,
e contempla o rosto do teu ungido.
Sl 84:10 Pois um dia nos teus átrios
vale mais que mil;
prefiro estar à porta da casa do meu Deus,
a permanecer nas tendas da perversidade.
Sl 84:11 Porque o SENHOR Deus
é sol e escudo;
o SENHOR
dá graça e glória;
nenhum bem sonega
aos que andam retamente.
Sl 84:12 Ó SENHOR dos Exércitos,
feliz o homem que em ti confia.

Você tem falta de algum bem? A palavra de Deus diz que Deus não sonega bem algum aos que andam retamente e além disso dá de sua graça e glória, sendo dos seus um grande escudo. A estes que assim confiam em Deus, a Escritura diz, neste salmo 84, que são felizes. Deus é tremendo!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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