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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Salmo 77: 1-20 - AS GRANDES OBRAS E A MISERICÓRDIA DE DEUS

Salmo de Asafe que começa elevando a Deus a sua voz por causa de seu clamor e a sua certeza é de que elevando a sua voz e clamando, Deus irá atendê-lo. Ele se encontra em angústia por causa das provações de sua alma e isso o motiva a ir até o Senhor.
Há quem queira afogar as suas mágoas bebendo, drogando-se, praticando coisas inconvenientes, mas Deus tem uma porta aberta para nós para que nos acheguemos a ele com confiança apresentando nossas lutas e dores.
Ele mesmo diz que sua alma recusa-se consolar em outra coisa se não no Senhor. Em seguida, ele vai recorrer as suas memórias que apontam o caminho para Deus no passado quando aconteceu algo que similar o levou até ele. Muitos são os feitos do Senhor no passado da nação de Israel e junto com os homens de Deus da história.
Muitos são também os feitos do Senhor conosco, por isso recorremos as nossas próprias lembranças e experiências e elas nos mostram Deus agindo a nosso favor e nos livrando de cada uma. Melhor é o consolo do Senhor do que qualquer outro consolo que poderá até mascarar a angústia no momento, mas não terá o poder de transformar e agir em nada.
Calvino, em sua introdução deste salmo, irá contextualizá-lo e explicar certos fatos para melhor entendermos a narrativa. Ele chega a comparar o salmo com um modelo de oração eficaz que o Espírito Santo está nos instruindo pela sua palavra.
Quem fosse o autor deste salmo, o Espírito Santo parece, por sua boca, ter ditado uma forma comum de oração pela Igreja em suas aflições, que mesmo sob as perseguições mais cruéis, os fiéis não podem deixar de dirigir suas orações ao céu . Não é o sofrimento privado de um indivíduo particular aqui expresso, mas as lamentações e gemidos do povo escolhido. Os fiéis celebram a libertação que uma vez foi forjada para eles e que foi um testemunho da graça eterna de Deus, para animar e fortalecer-se para se envolver no exercício da oração com maior seriedade.
Ao músico-chefe de Jeduthun. Um salmo de Asafe.
Sl 77:1 Elevo a Deus
a minha voz
e clamo,
elevo a Deus
a minha voz,
para que me atenda.
Sl 77:2 No dia da minha angústia,
procuro o Senhor;
erguem-se as minhas mãos
durante a noite
e não se cansam;
a minha alma recusa consolar-se.
Sl 77:3 Lembro-me de Deus
e passo a gemer;
medito,
e me desfalece o espírito.
Sl 77:4 Não me deixas pregar os olhos;
tão perturbado estou,
que nem posso falar.
Sl 77:5 Penso nos dias de outrora,
trago à lembrança os anos de passados tempos.
Sl 77:6 De noite indago o meu íntimo,
e o meu espírito perscruta.
Sl 77:7 Rejeita o Senhor para sempre?
Acaso, não torna a ser propício?
Sl 77:8 Cessou perpetuamente a sua graça?
Caducou a sua promessa para todas as gerações?
Sl 77:9 Esqueceu-se Deus de ser benigno?
Ou, na sua ira,
terá ele reprimido as suas misericórdias?
Sl 77:10 Então, disse eu:
isto é a minha aflição;
mudou-se a destra do Altíssimo.
Sl 77:11 Recordo os feitos do SENHOR,
pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.
Sl 77:12 Considero também
nas tuas obras todas
e cogito dos teus prodígios.
Sl 77:13 O teu caminho, ó Deus,
é de santidade.
Que deus é tão grande
como o nosso Deus?
Sl 77:14 Tu és o Deus
que operas maravilhas
e, entre os povos,
tens feito notório o teu poder.
Sl 77:15 Com o teu braço
remiste o teu povo,
os filhos de Jacó e de José.
Sl 77:16 Viram-te as águas,
ó Deus;
as águas te viram e temeram,
até os abismos se abalaram.
Sl 77:17 Grossas nuvens se desfizeram em água;
houve trovões nos espaços;
também as suas setas cruzaram de uma parte para outra.
Sl 77:18 O ribombar do teu trovão
ecoou na redondeza;
os relâmpagos
alumiaram o mundo;
a terra
se abalou e tremeu.
Sl 77:19 Pelo mar
foi o teu caminho;
as tuas veredas,
pelas grandes águas;
e não se descobrem os teus vestígios.
Sl 77:20 O teu povo,
tu o conduziste,
como rebanho,
pelas mãos de Moisés e de Arão.

Ele não parece concluir o salmo por que ficou na memória dos fatos e feitos que o Senhor realizou com seu povo ao longo dos anos. Ele termina este salmo com Deus conduzindo seu povo como um rebanho que foi conduzido por um servo que ele mesmo levantou, Moisés e Arão, antes mesmo de existir qualquer problema.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Salmo 76: 1-12 - A MAJESTADE E O PODER DE DEUS

Salmo de Asafe escrito após a morte de Davi que começa, como sempre, exaltando Deus que é conhecido pela sua grandeza entre as nações. Depois, fala de Salém e de Sião onde estão o tabernáculo e a sua morada.
Contra Deus, não há prosperidade no mal por que todo intento maligno não será capaz de afetá-lo, antes até a ira humana irá louvá-lo por causa de seu poder e soberania. Deus é o governante supremo acima de todas as coisas e aquele que nos concedeu o dom da vida para no momento vivermos uma vida santa, justa e boa.
Ultimamente temos visto muitas notícias violentas de homens sanguinários, sem escrúpulos que matam o seu semelhante por banalidades e violentam suas vítimas sentindo nisso grande alegria e prazer. Eu vi as fotos dos jovens que estupraram e violentaram vítimas no Rio de Janeiro usando uma VAN exclusivamente para esse intento. O povo está se corrompendo e indo de mal a pior. Nos diz o sábio: Pv 29:18 “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz.” – Igreja que tal sairmos do confortável banco onde nos sentamos todos os domingos e dias de culto e nos colocarmos, como um  grande exército, nas ruas para pregar a palavra da profecia deste livro?
Deus não está no controle? Certamente que está! Então que leitura faço do quadro atual de nossa sociedade que despreza a sua palavra e as suas leis? Que o juízo de Deus já está determinado sobre nós. Por isso que as coisas estão indo de mal a pior. A hora agora é de muita oração, humilhação, busca a Deus dos que sabem do que estou falando.
Calvino em seu comentário, na sua introdução, contextualiza o salmo (fala dos Amonitas, dos Assírios) e dá interpretações sobre o seu conteúdo.
Aqui celebra-se a graça e a verdade de Deus ao ter, de acordo com a promessa de ele ser o protetor da cidade de Jerusalém, defendê-lo por seu poder maravilhoso contra os inimigos, que eram conhecidos por seu poderio bélico e bem equipados com tudo necessário para a guerra.
Ao músico-chefe sobre Neginoth. Um salmo de Asafe. Uma canção.
Este salmo, provável, foi composto após a morte de Davi; e, consequentemente, alguns pensam que o que aqui se descreve é ​​a libertação dos judeus dos amonitas que ocorreram sob o reinado de Jeosafá. Mas estou bastante inclinado a adotar uma opinião diferente e a encaminhar o salmo para a libertação que obtiveram dos assírios, registrados em 2 Reis 19. Os assírios, sob a conduta de Senaqueribe, não apenas invadiram a Judéia, mas também fizeram uma assalto violento à cidade de Jerusalém, a capital do reino. O resultado disso é bem conhecido. Eles foram obrigados a criar o cerco pela interferência milagrosa de Deus, que em uma noite destruiu esse exército com terrível matança pela mão de seu anjo (2 Reis 19:35). Por isso, o profeta não afirma de forma inadequada que Deus quebrou as setas, as espadas e os escudos. O ponto, no entanto, que é principalmente necessário conhecer e atender é que o cuidado contínuo de Deus na defesa da Igreja, que ele escolheu, é aqui celebrado para encorajar os fiéis sem qualquer dúvida ou hesitação para a glória em sua proteção.
Sl 76:1 Conhecido
é Deus em Judá;
grande,
o seu nome em Israel.
Sl 76:2 Em Salém,
está o seu tabernáculo,
e, em Sião,
a sua morada.
Sl 76:3 Ali,
despedaçou ele os relâmpagos do arco,
o escudo, a espada e a batalha.
Sl 76:4 Tu
és ilustre e mais glorioso do que os montes eternos.
Sl 76:5 Despojados
foram os de ânimo forte;
jazem
a dormir o seu sono,
e nenhum dos valentes
pode valer-se das próprias mãos.
Sl 76:6 Ante a tua repreensão,
ó Deus de Jacó,
paralisaram carros e cavalos.
Sl 76:7 Tu, sim,
tu és terrível;
se te iras,
quem pode subsistir à tua vista?
Sl 76:8 Desde os céus
fizeste ouvir o teu juízo;
tremeu a terra e se aquietou,
Sl 76:9 ao levantar-se Deus
para julgar
e salvar todos os humildes da terra.
Sl 76:10 Pois até a ira humana
há de louvar-te;
e do resíduo das iras
te cinges.
Sl 76:11 Fazei votos
e pagai-os ao SENHOR, vosso Deus;
tragam presentes todos os que o rodeiam,
àquele que deve ser temido.
Sl 76:12 Ele quebranta
o orgulho dos príncipes;
é tremendo aos reis da terra.

O final deste salmo é um alerta aos que fazem votos para os pagar ao Senhor. Ainda nos diz para trazermos presentes ao que deve ser temido e qual o maior presente que podemos dar a Deus se não nossa gratidão a ele e nossa oferta voluntária para dele sermos instrumentos de justiça na pregação de sua palavra?
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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terça-feira, 2 de abril de 2013

Salmo 75: 1-10 - DEUS É JUIZ

Salmo de Asafe no qual começa dando graças a Deus, invocando o seu nome e declarando as suas maravilhas. Que tal começarmos nosso dia também como Asafe?
Em primeiro lugar, devemos dar graças a Deus por reconhecer que sem ele não podemos nem ter vida. Assim, tudo o que temos recebido do qual desfrutamos vem de sua graça e seu amor. A vida é um dom de Deus que deve ser recebido com ações de graça.
Em segundo lugar, tendo o coração cheio de gratidão, vamos invocar o nome do Senhor. Apresentar ao amanhecer a nossa oração. Chamar por seu nome e lhe rogar proteção. Orar por nossos amigos, famílias e principalmente àqueles que ele tem colocado diante de nós para juntos convivermos pacificamente.
Em terceiro lugar, já de corações gratos e tendo invocado o seu santo nome que traz a sua presença, vamos declarar as suas maravilhas. Por meio de nosso testemunho, devemos falar dos seus feitos para aqueles que Deus tem colocado diante de nós. Ontem, eu conversava com minha esposa sobre um ponto ou local de pregação para abrirmos e administramos e conjeturamos sobre o local adequado e chegamos à conclusão que quanto ao local, ele deve ser aquele no qual Deus nos tem colocado! Tão simples, não é?
Onde Deus nos quer? Ora, onde ele nos tem colocado! Sim, neste local vamos declarar as suas maravilhas com nossos corações cheios de gratidão por termos já invocado o seu santo nome.
Em seguida, Asafe vai meditar na soberania de Deus, na sua graça e poder, em Deus como justo juiz de toda a terra. Os orgulhosos e soberbos, desprezadores da graça abundante de Deus, irão sendo conduzidos por sua própria loucura de mal a pior.
No comentário de Calvino, em sua introdução, ele explica que o mundo é governado exclusivamente de acordo com a vontade de Deus, e que é sustentado também exclusivamente por sua graça e poder, sem a ajuda de qualquer ser ou força. Encorajados por esta consideração, eles triunfam sobre os desprezadores e orgulhosos, que, por sua presunção apaixonada, são conduzidos de cabeça em todos os tipos de excessos.
Para o músico-chefe. Destruir não. Salmo de Asafe. Uma Canção
Isso proporciona uma questão de alegria e ação de graças a toda a Igreja, para refletir que o mundo é governado exclusivamente de acordo com a vontade de Deus, e que ela própria é sustentada unicamente por sua graça e poder. Encorajado por esta consideração, ela triunfa sobre os orgulhosos desprezadores de Deus, que, por sua presunção infatuada, são levados de cabeça para todo o excesso.
Para o principal músico. Não destrua. Um salmo de Asafe. Uma canção.
Sl 75:1 Graças te rendemos,
ó Deus;
graças te rendemos,
e invocamos o teu nome,
e declaramos as tuas maravilhas.
Sl 75:2 Pois disseste:
Hei de aproveitar o tempo determinado;
hei de julgar retamente.
Sl 75:3 Vacilem a terra e todos os seus moradores,
ainda assim eu firmarei as suas colunas.
Sl 75:4 Digo aos soberbos:
não sejais arrogantes;
e aos ímpios:
não levanteis a vossa força.
Sl 75:5 Não levanteis altivamente a vossa força,
nem faleis com insolência contra a Rocha.
Sl 75:6 Porque não é do Oriente,
não é do Ocidente,
nem do deserto que vem o auxílio.
Sl 75:7 Deus é o juiz;
a um abate,
a outro exalta.
Sl 75:8 Porque na mão do SENHOR
há um cálice cujo vinho espuma,
cheio de mistura;
dele dá a beber;
sorvem-no,
até às escórias,
todos os ímpios da terra.
Sl 75:9 Quanto a mim,
exultarei para sempre;
salmodiarei louvores ao Deus de Jacó.
Sl 75:10 Abaterei as forças dos ímpios;
 mas a força dos justos será exaltada.

Eu também exultarei, salmodiarei para sempre e sempre o meu Deus que por mim tudo executa. Obrigado Senhor por mais um dia e por mais esta oportunidade.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Salmo 74: 1-23 - LAMENTO POR CAUSA DA PROFANAÇÃO

Este é um salmo de Asafe. O salmista está triste e chateado por que não vê saída para o povo de Deus e assim apresenta sua queixa diante de Deus. Qualquer que seja a situação que vivemos, sempre haveremos de entender que Deus está no controle de tudo. Essa era a mentalidade do salmista. Eles estavam sendo rejeitados mesmo por Deus e a ira do Senhor os tinha alcançado. Por isso que desabafa dizendo esquecer-te-ás para sempre de nós?
Parece mesmo um ciclo vicioso. A gente enfrenta uma luta grande, vem uma tremenda perseguição, oramos a Deus pedindo misericórdia, arrependemo-nos e clamamos, Deus envia o socorro e um libertador/salvador, somos libertos, prosperamos e ai, caímos novamente. O povo de Deus estava colhendo aquilo que tinha semeado.
Então o salmista pede a Deus para se lembrar deles e de suas promessas. Os inimigos aproveitando a ocasião ultrajavam o nome de Deus e também o desafiavm não sabendo, estes, que tudo vinha do Senhor. Assim, cavavam sua própria ruína e destruição que logo se cumpriria com a execução da justiça e do juízo de Deus.
Depois de apresentarem a Deus, o que os ímpios estão fazendo e como estão oprimindo seu povo, eles agora começam a exaltar a Deus e a buscar em suas memórias os grandes feitos do Senhor no passado, por amor do povo e para preservação de sua aliança perpétua. Essa forma de fazer os salmos é bem peculiar e representava um padrão em toda a Bíblia, isso eu tenho observado.
No comentário de Calvino, na sua introdução acerca deste salmo, há detalhes procurando contextualizá-lo a fim de melhor compreender o que Asafe quis dizer.
O povo de Deus neste salmo lamenta a condição desolada da Igreja, que era tal que o próprio nome de Israel estava quase aniquilado. Parece daquelas suas humildes súplicas que imputaram aos seus próprios pecados todas as calamidades que sofreram; mas, ao mesmo tempo, colocaram diante de Deus a sua própria aliança pela qual ele adotou a raça de Abraão como seu povo peculiar. Depois, eles invocam a lembrança de quão poderosamente e gloriosamente eles foram nos tempos passados. Incentivando-se desta consideração, eles lhe pedem que ele viesse em sua ajuda, e remedie esse estado de assuntos tão deploráveis ​​e desesperados.
Uma instrução de Asaph.
A inscrição mskyl, maskil, concorda muito bem com o assunto do salmo; pois, embora às vezes seja aplicado a assuntos de uma descrição alegre, como vimos no salmo quarenta e cinco, contudo, geralmente indica que o sujeito tratado trata-se dos juízos divinos, pelos quais os homens são obrigados a se curvarem e a examinarem seus próprios pecados, para que se humilhem diante de Deus. É fácil reunir os conteúdos do salmo, que sua composição não pode ser atribuída a Davi; pois no seu tempo não havia motivo para luto por uma condição tão desperdiçada e calamitosa da Igreja como aqui é retratada. Os que são de uma opinião diferente alegam que Davi pelo espírito de profecia predisse o que ainda não havia acontecido. Mas, como é provável que haja muitos dos salmos que foram compostos por diferentes autores após a morte de Davi, esse salmo, sem dúvida, é um deles. De onde é falada a calamidade, não é fácil determinar com precisão. Neste ponto, existem duas opiniões. Alguns supõem que a referência é a esse período da história judaica quando a cidade e o templo foram destruídos, e quando as pessoas foram levadas cativas para a Babilônia sob o rei Nabucodonosor; e outros, que se relaciona com o período em que o templo foi profanado, sob Antíoco Epifânio. Existe uma certa plausibilidade em ambas as opiniões. Pelo fato de que os fiéis aqui se queixam de estar agora sem sinais e profetas, a última opinião pareceria mais provável; Pois é sabido que muitos profetas floresceram quando as pessoas foram levadas ao cativeiro. Por outro lado, quando se diz um pouco antes que os santuários foram queimados em cinzas, as obras esculpidas destruídas e que nada permaneceu inteira, essas declarações não se aplicam à crueldade e tirania de Antíoco. Ele realmente poluiu vergonhosamente o templo, introduzindo nessas superstições pagãs; mas o prédio em si continuou intacto, e a madeira e as pedras não estavam consumadas pelo fogo. Alguns afirmam que, por meio dos santuários, entendemos as sinagogas nas quais os judeus estavam acostumados a manter as suas sagradas assembléias, não só em Jerusalém, mas também nas outras cidades da Judéia. É também um caso suposto de que os fiéis que contemplam a terrível profanação do templo por Antíoco foram conduzidos de um espetáculo tão melancólico para levar seus pensamentos de volta ao tempo em que foi queimado pelos caldeus e que eles compreendem as duas calamidades em uma descrição. Assim, a conjectura será mais provável que essas queixas pertençam ao tempo de Antíoco; pois a Igreja de Deus estava sem profetas. Se, no entanto, qualquer um preferiria referir-se ao cativeiro babilônico, será uma questão fácil resolver essa dificuldade; pois, apesar de Jeremias, Ezequiel e Daniel, estavam vivos, mas sabemos que eles ficaram em silêncio por um tempo, como se tivessem terminado o curso de sua vocação, até que finalmente Daniel, um pouco antes do dia de sua libertação, novamente surgiram com o propósito de inspirar os pobres exilados com coragem para retornar ao seu próprio país. Para isso, o profeta Isaías parece ter um olho, quando ele diz no capítulo quarenta (Isaías 40: 1) de suas profecias no início: "Conforto, consolar o meu povo, o seu Deus dirá". O verbo, que está no tempo futuro, mostra que os profetas foram ordenados a manter a paz por um tempo.
Sl 74:1 Por que nos rejeitas,
ó Deus,
para sempre?
Por que se acende a tua ira
contra as ovelhas do teu pasto?
Sl 74:2 Lembra-te da tua congregação,
que adquiriste desde a antiguidade,
que remiste para ser a tribo da tua herança;
lembra-te do monte Sião,
no qual tens habitado.
Sl 74:3 Dirige os teus passos
para as perpétuas ruínas,
tudo quanto de mau tem feito o inimigo no santuário.
Sl 74:4 Os teus adversários
bramam no lugar das assembléias
e alteiam os seus próprios símbolos.
Sl 74:5 Parecem-se
com os que brandem machado no espesso da floresta,
Sl 74:6 e agora a todos esses lavores de entalhe
quebram também,
com machados e martelos.
Sl 74:7 Deitam fogo ao teu santuário;
profanam,
arrasando-a até ao chão,
a morada do teu nome.
Sl 74:8 Disseram no seu coração:
Acabemos com eles de uma vez.
Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra.
Sl 74:9 Já não vemos os nossos símbolos;
já não há profeta;
nem, entre nós,
quem saiba até quando.
Sl 74:10 Até quando, ó Deus,
o adversário nos afrontará?
Acaso,
blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?
Sl 74:11 Por que retrais a mão,
sim, a tua destra,
e a conservas no teu seio?
Sl 74:12 Ora, Deus,
meu Rei,
é desde a antiguidade;
ele é
quem opera feitos salvadores no meio da terra.
Sl 74:13 Tu,
com o teu poder,
dividiste o mar;
esmagaste sobre as águas a cabeça dos monstros marinhos.
Sl 74:14 Tu
espedaçaste as cabeças do crocodilo
e o deste por alimento às alimárias do deserto.
Sl 74:15 Tu
abriste fontes e ribeiros;
secaste rios caudalosos.
Sl 74:16 Teu é o dia;
tua, também, a noite;
a luz e o sol,
tu os formaste.
Sl 74:17 Fixaste os confins da terra;
verão e inverno,
tu os fizeste.
Sl 74:18 Lembra-te disto:
o inimigo tem ultrajado ao SENHOR,
e um povo insensato
tem blasfemado o teu nome.
Sl 74:19 Não entregues à rapina
a vida de tua rola,
nem te esqueças perpetuamente
da vida dos teus aflitos.
Sl 74:20 Considera a tua aliança,
pois os lugares tenebrosos da terra
estão cheios de moradas de violência.
Sl 74:21 Não fique envergonhado o oprimido;
louvem o teu nome
o aflito
e o necessitado.
Sl 74:22 Levanta-te,
ó Deus,
pleiteia a tua própria causa;
lembra-te
de como o ímpio te afronta todos os dias.
Sl 74:23 Não te esqueças
da gritaria dos teus inimigos,
do sempre crescente tumulto
dos teus adversários.

Ai dos que se levantam contra os que temem ao Senhor querendo deles se aproveitarem. Deus é vingador e ainda que os crentes não se vinguem a si mesmo, Deus age por eles e os vinga. Deus é zeloso e tem cuidado de nós. Vamos então confiar em Deus, louvá-lo e aceitar o seu governo, inda que contrário ao que queremos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 31 de março de 2013

Salmo 73: 1-28 - O PROBLEMA DA PROSPERIDADE DOS MAUS

Jesus Cristo ressuscitou dos mortos!
E se o Senhor não tivesse ressuscitado dos mortos, o que seria de nós? Certamente, continuaríamos mortos em nossos pecados e delitos.
"Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?" O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, mantenhamos firmes nossa confissão. Sejamos sempre dedicados à obra do Senhor, pois sabemos que, no Senhor, nosso trabalho não será inútil. 1 Coríntios 15:55-58.
Este é um salmo de Asafe: muitíssimo interessante este salmo que fala da prosperidade do ímpio e que isso incomodava o salmista por que não via razão em ser crente até que entrou no santuário de Deus e se atinou com o fim deles e com o seu fim e ai compreendeu que Deus os mantêm em lugares escorregadios prontos para descerem à cova.
Já Calvino não tem certeza do autor deste salmo e chega a conjecturar que possa ter sido feito por Davi. De fato, o autor do salmo começa exaltando a justiça e a bondade de Deus, mas em seguida, ele confessa que, quando viu o ímpio ser abundante em riqueza e viver na satisfação de todos os tipos de prazer, sim, inclusive com desdém e zombando de Deus, e, pior ainda, cruelmente assediando os justos enquanto os justos estavam sendo oprimidos com problemas e calamidades como se Deus não se importasse, ele estaria a ponto de abandonar a Deus, sua crença e seu temor a Deus.
No entanto, o salmista entra no santuário e tudo lhe é esclarecido e ele ve o fim de ambos, do justo e do ímpio. Assim, ele conclui que, desde que deixamos a providência de Deus para tomar nosso próprio caminho, o caminho que ele determinou em seu propósito secreto, no final, as coisas irão assumir um aspecto muito diferente, e será visto que, por um lado, os justos não serão defraudados de sua recompensa, e que, por outro lado, os maus não escaparão da mão do justo juiz.
Davi, ou quem quer que tenha sido o autor deste salmo, indo contra o julgamento do sentido e da razão carnal, começa por exaltar a justiça e a bondade de Deus. Ele confessou depois que ele viu o perverso abundante em riqueza e vivendo negligentemente em todo tipo de prazer, desdenhosamente, zombando de Deus e cruelmente castigando os justos e, isso o perturbou muito. Por conta disso, dessa visão da prosperidade dos maus, ele notou que os filhos de Deus estavam se afastando e viviam oprimidos com e em tristezas, enquanto Deus, parecia inerte, como se sentado no céu ocioso e despreocupado, não interferindo para remediar um estado tão desordenado de assuntos; isso deu-lhe um choque tão severo, que quase quis descartar a ideia de Deus para eliminar toda preocupação com a religião e com todo o medo de Deus. Ato contínuo, ele repreende sua própria insensatez em prosseguir precipitadamente e apressadamente com essa visão a pronunciar o julgamento, meramente por uma visão do estado atual das coisas, e mostra a necessidade de exercitar a paciência, para que nossa fé não possa falhar sob esses problemas e inquietações. Por fim, ele conclui que, desde que deixemos a providência de Deus para tomar nosso próprio caminho, na forma como ele determinou em seu propósito secreto, no final, as questões assumirão um aspecto muito diferente, e será visto que, por um lado, os justos não são defraudados de sua recompensa, e que, por outro lado, os ímpios não escapam da mão do juiz.
Um salmo de Asaph.
Sl 73:1 Com efeito,
Deus é bom para com Israel,
para com os de coração limpo.
Sl 73:2 Quanto a mim,
porém,
quase me resvalaram os pés;
pouco faltou para que se desviassem os meus passos.
Sl 73:3 Pois eu invejava os arrogantes,
ao ver a prosperidade dos perversos.
Sl 73:4 Para eles não há preocupações,
o seu corpo é sadio e nédio.
Sl 73:5 Não partilham das canseiras dos mortais,
nem são afligidos como os outros homens.
Sl 73:6 Daí, a soberba
que os cinge como um colar,
e a violência
que os envolve como manto.
Sl 73:7 Os olhos saltam-lhes da gordura;
do coração brotam-lhes fantasias.
Sl 73:8 Motejam
e falam maliciosamente;
da opressão
falam com altivez.
Sl 73:9 Contra os céus desandam a boca,
e a sua língua percorre a terra.
Sl 73:10 Por isso,
o seu povo se volta para eles
e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.
Sl 73:11 E diz:
Como sabe Deus?
Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
Sl 73:12 Eis que são estes os ímpios;
e, sempre tranqüilos,
aumentam suas riquezas.
Sl 73:13 Com efeito,
inutilmente conservei puro o coração
e lavei as mãos na inocência.
Sl 73:14 Pois de contínuo
sou afligido
e cada manhã, castigado.
Sl 73:15 Se eu pensara em falar tais palavras,
já aí teria traído a geração de teus filhos.
Sl 73:16 Em só refletir
para compreender isso,
achei mui pesada tarefa para mim;
Sl 73:17 até que entrei no santuário de Deus
e atinei com o fim deles.
Sl 73:18 Tu certamente os pões
em lugares escorregadios
e os fazes
cair na destruição.
Sl 73:19 Como ficam de súbito assolados,
totalmente aniquilados de terror!
Sl 73:20 Como ao sonho, quando se acorda,
assim, ó Senhor, ao despertares,
desprezarás a imagem deles.
Sl 73:21 Quando o coração se me amargou
e as entranhas se me comoveram,
Sl 73:22 eu estava embrutecido e ignorante;
era como um irracional à tua presença.
Sl 73:23 Todavia, estou sempre contigo,
tu me seguras pela minha mão direita.
Sl 73:24 Tu me guias com o teu conselho
e depois me recebes na glória.
Sl 73:25 Quem mais tenho eu no céu?
Não há outro em quem eu me compraza na terra.
Sl 73:26 Ainda que a minha carne
e o meu coração desfaleçam,
Deus é a fortaleza do meu coração
e a minha herança para sempre.
Sl 73:27 Os que se afastam de ti,
eis que perecem;
tu destróis todos os que são infiéis para contigo.
Sl 73:28 Quanto a mim,
bom é estar junto a Deus;
no SENHOR Deus
ponho o meu refúgio,
para proclamar todos os seus feitos.

O salmo termina com a palavra final de esperança, de vitórias e de alegria diante de Deus que há de julgar os mortos e os vivos. Aqueles que morreram com Cristo, já não mais morrerão por que a morte foi tragada na morte de Cristo sendo a sua ressurreição a prova de que venceu a morte e de que por isso também venceremos. A Deus toda a glória hoje e sempre!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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